Eunício Oliveira

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Eunício Oliveira
Eunício Oliveira
Foto:Waldemir Barreto/Agência Senado
Senador pelo  Ceará
Período 1 de fevereiro de 2011
até a atualidade
Deputado federal pelo  Ceará
Período 1 de fevereiro de 1999
até 31 de janeiro de 2011
(3 mandatos consecutivos)
Ministro das Comunicações do  Brasil
Período 23 de janeiro de 2004
até 14 de julho de 2005
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Antecessor(a) Miro Teixeira
Sucessor(a) Hélio Costa
Dados pessoais
Nascimento 30 de setembro de 1952 (71 anos)
Lavras da Mangabeira, CE
Cônjuge Mônica Paes de Andrade
Partido PMDB
Profissão Empresário

Eunício Lopes de Oliveira (Lavras da Mangabeira, 30 de setembro de 1952)[1] é um político, agropecuarista e empresário brasileiro, filiado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Foi ministro das Comunicações no governo Luiz Inácio Lula da Silva, de 23 de janeiro de 2004 a 14 de julho de 2005.[1] Deputado federal por três mandados, Eunício foi eleito Senador da República, em outubro de 2010, com 2.688.833 votos.

Formado em Administração de Empresas e Ciências Políticas no Centro Universitário de Brasília (CEUB), proprietário de empresas, especialmente de limpeza e conservação no Distrito Federal.

Encontra-se filiado ao mesmo partido há 40 anos, desde 1972 no antigo MDB que, extinto em 1981, originou o PMDB.

Trajetória

Filho de Otoni Lopes de Oliveira, ex-vereador de Lavras da Mangabeira, e de Discinelha Lopes de Oliveira, Eunício saiu de casa aos 12 anos de idade para estudar na capital cearense, Fortaleza. Aos 14 anos já trabalhava numa fábrica de biscoitos, onde começou como auxiliar de estoque. Em seu primeiro emprego rapidamente assumiu o cargo de gerente. [2] Sua primeira ligação no movimento estudantil ocorreu quando foi morar na Casa do Estudante do Ceará. Em seu segundo ano como morador, Eunício foi eleito presidente da instituição. [3] Antes de se dedicar a política, Eunício fez carreira como empresário[2] e agropecuarista.

Carreira política

Em 1998 iniciou na política elegendo-se presidente do PMDB-CE quando ainda não tinha mandato eletivo. No mesmo ano elegeu-se como o deputado federal mais votado do PMDB com 98 mil votos. [1] Na eleição seguinte reelegeu-se com 190 mil votos.[1] Em fevereiro de 2007 iniciou o seu terceiro mandato como deputado federal, quando foi eleito pelo Ceará, no pleito de 2006, com mais de 240 mil votos.[1] Notoriamente um raro exemplar ainda remanescente do coronelismo brasileiro. Colocou o genro inexperiente de 29 anos na diretoria na ANAC - conhecido por ter colocado combustível adulterado em uma aeronave e, assim, tê-la derrubado. Apresenta, aparentemente, fortes ligações com os esquemas da Petrobras, apesar de ter escapado das investigações, o que pode ser consequência de seu grande poder.

Atuação

Eunício Oliveira em 2013.

Incluído entre os 32 parlamentares de todo o país (no total a Câmara é composta por 513 deputados) que se elegeram sozinhos, atingindo o chamado quociente eleitoral, Eunício Oliveira foi o deputado mais votado de seu partido e o segundo da coligação (PMDB, PT, PC do B e PHS) que elegeu Cid Gomes governador do Ceará e deu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, proporcionalmente, a segunda maior votação (82%) no Estado.

No Congresso, se empenhou nas negociações de apoio político do PMDB ao governo Lula, fato que o credenciou para ocupar o cargo de Ministro das Comunicações (2004/2005) do presidente Lula. [2]

Em 2008 Eunício foi reconduzido à Presidência Estadual do PMDB-CE, quando teve seu nome indicado por unanimidade para continuar os trabalhos frente à legenda, no Biênio 2009/2010 no Estado. Ainda em 2009, foi reconduzido ao cargo de vice-líder do PMDB na Câmara dos Deputados. Aos 57 anos, Eunício Oliveira elegeu-se Senador Federal nas eleições 2010.

Na Câmara, Eunício foi relator para a área de infra-estrutura na Comissão Mista de Orçamento, levando o Governo Federal a destinar mais de R$ 90 milhões para Complexo do Castanhão, além de recursos para obras consideradas importantes em todo o Nordeste e, pelo volume de projetos de lei e participação nas comissões temáticas da Câmara. Atuou ainda como membro titular da Comissão Mista do Orçamento e presidiu em 2010 a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, além da Tesouraria Nacional do PMDB.

Eunício é relator da MP 285, que permitiu aos agricultores da região da Agência Nacional de Desenvolvimento do Nordeste (ADENE) renegociar dívidas que, há mais de dez anos, havia levado para os cadastros de inadimplentes os nomes desses agricultores e impediam novos empreendimentos rurais na região. Batizada como “Lei Eunício Oliveira”, a Lei 11.322, beneficiou mais de 350 mil famílias do semi-árido nordestino, principalmente no Ceará. [3]

Eleição ao Governo do Ceará

Em 29 de junho de 2014, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) oficializou a candidatura de Eunício Oliveira ao Governo do Ceará, tendo como vice de chapa o o ex-prefeito de Maracanaú e ex-deputado federal, Roberto Pessoa (PR). [4] No dia seguinte, o ex-governador e ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) foi confirmado para disputar o Senado na chapa de Eunício. [5] A coligação de Eunício, denominada Ceará de Todos, foi composta por oito partidos. [6]

Eunício finalizou o primeiro turno, em 5 de outubro de 2014, com 46,41% da preferência do eleitorado, performance que lhe garantiu o segundo lugar, com 1.979.499 votos, disputando o segundo turno contra Camilo Santana (PT), que era apoiado pelo então governador Cid Gomes (PROS). Em 26 de outubro de 2014, com 2.113.940 votos (46,65%), Eunício foi derrotado no segundo turno da eleição para governador do Ceará. Após o resultado, Eunício agradeceu aos votos e desejou sorte ao governador eleito. [7]

Embora derrotado, Eunício venceu na Capital do Estado, Fortaleza, a qual teve 57,17% dos votos contra 42,83% obtidos pelo governador eleito Camilo. [8]

Vida pessoal

Eunício Oliveira é casado com Mônica Paes de Andrade, filha do ex-embaixador do Brasil em Portugal e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Antonio Paes de Andrade, tendo quatro filhos: Rodrigo Antônio, Manuella, Maria Eduarda e Marcela. [9]

Referências

  1. a b c d e Biografia na página da Câmara Federal.
  2. a b c Policarpo Junior. «O ministro Eunício». VEJA on-line 
  3. a b «PMDB no Senado escolhe Eunício Oliveira (CE) para líder do partido». DIAP. 31 de janeiro de 2013 
  4. «No CE, coligação do PMDB oficializa candidatura de Eunício Oliveira». G1. 29 de junho de 2014. Consultado em 27 de outubro de 2014 
  5. «PSDB confirma que Tasso disputará Senado em chapa com Eunício e Roberto Pessoa». O Povo Online. 30 de junho de 2014. Consultado em 27 de outubro de 2014 
  6. «Raio X das coligações partidárias». G1. Consultado em 27 de outubro de 2014 
  7. Uzêda, André (26 de outubro de 2014). «Eunício agradece votos, deseja sorte a Camilo e evita temas polêmicos». G1. Consultado em 27 de outubro de 2014 
  8. «Eleito governador, Camilo perdeu em Fortaleza com 14 pontos atrás de Eunício». O Povo Online. 26 de outubro de 2014. Consultado em 29 de outubro de 2014 
  9. «No território da política». Diário do Nordeste. 23 de outubro de 2004 

Ligações externas

  • Sítio pessoal
  • MACEDO, Dimas. Lavrenses Ilustres, 3ª edição. (Fortaleza: Editora RDS, 2012).


Precedido por
Miro Teixeira
Ministro das Comunicações do Brasil
2004 — 2005
Sucedido por
Hélio Costa


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