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O Silêncio dos Inocentes[1][2] (em inglês: The Silence of the Lambs) é um filme americano de 1991, do gênero terror psicológico, dirigido por Jonathan Demme e escrito por Ted Tally, com base no romance homônimo publicado em 1988 por Thomas Harris. Estrelado por Jodie Foster, Anthony Hopkins, Ted Levine e Scott Glenn, é o segundo filme a apresentar o Dr. Hannibal Lecter, um brilhante psiquiatra e assassino em série canibal, antecedido por Manhunter (1986). O enredo da película gira em torno de Clarice Starling, uma jovem estagiária do FBI a qual pede ajuda do prisioneiro Dr. Lecter para prender outro assassino em série, conhecido como Buffalo Bill, que esfola os cadáveres de suas vítimas do sexo feminino.

O Silêncio dos Inocentes foi lançado em 14 de fevereiro de 1991 nos Estados Unidos e arrecadou mais de 130 milhões de dólares durante sua exibição no país. Em todo o mundo, sua bilheteria alcançou 272.742.922 de dólares. Foi um de apenas três filmes (sendo os outros dois Aconteceu naquela noite e Um Estranho no Ninho) na história do cinema a ser galardoado com os prêmios Oscar nas cinco categorias principais: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator, Melhor Atriz e Melhor Roteiro Adaptado; permanece, então, como o mais recente e último filme a vencer tais categorias. Foi também o primeiro filme amplamente considerado como um filme de terror, a vencer o Oscar de Melhor Filme, e o terceiro desse gênero a ser indicado, depois de O Exorcista (1973) e Tubarão (1975). O filme é considerado "culturalmente, historicamente e esteticamente" importante pela Biblioteca do Congresso e foi escolhido para ser preservado no National Film Registry em 2011. Uma sequência titulada Hannibal foi lançada em 2001 com Hopkins reprisando seu papel, seguido por dois prelúdios: Dragão Vermelho de 2002 e Hannibal: A Origem do Mal de 2007.

Enredo[editar | editar código-fonte]

[3]

Clarice Starling é uma jovem agente do FBI escalada para entrevistar um criminoso terrível, inteligente e violento, com a intenção de capturar um assassino em série que está solto, matando mulheres. Como elemento de ligação entre os crimes, apenas uma inusitada pista: casulos de uma mariposa tropical eram encontrados no interior dos corpos das vítimas.

O assassino sequestra a filha de uma senadora, Ruth Martin e, com isso, todo o aparato policial é mobilizado para sua captura.

Para fazer o perfil psicológico do sequestrador, Clarice serve-se de um sociopata, Hannibal Lecter, condenado à prisão perpétua por nove assassinatos e detido há mais de oito anos.

Tem início um jogo de pistas e enigmas que elevam a tensão do filme, onde Hannibal, um ex-psiquiatra que se tornara canibal, consegue engendrar uma espetacular fuga.

O sequestrador que acredita ser uma transexual que, insatisfeita com sua forma física, planeja construir para si uma segunda pele feminina, servindo-se das peles de suas vítimas. Sua última vítima era justamente a filha da senadora, que é aprisionada num poço aberto no porão de uma velha casa.

Seguindo as pistas do psiquiatra-canibal, Clarice passa a concentrar suas investigações na primeira vítima do serial-killer: aquela que despertara sua cobiça deveria viver próximo a ele. Com isso, ela descobre a residência atual de um ex-vizinho dessa vítima e, já indo embora, vê uma mariposa exótica voando no interior da residência, indicando ser aquele o verdadeiro homicida. Tem início uma das sequências mais tensas do cinema, que ocorre na escuridão dos porões da casa do assassino.

O filme encerra, com a cena de Hannibal Lecter livre, nas ruas do Haiti, indo atrás do Dr. Chilton, o diretor do seu antigo sanatório.

Elenco[editar | editar código-fonte]

Produção[editar | editar código-fonte]

Desenvolvimento[editar | editar código-fonte]

O enredo de The Silence of the Lambs foi baseado no romance homônimo, de Thomas Harris, escrito em 1988, sendo este o segundo longa-metragem em que o personagem Hannibal Lecter aparece; o primeiro foi em Manhunter (1986). Antes que o livro fosse lançado, a Orion Pictures já havia negociado com Gene Hackman para que ele dirigisse, estrelasse no papel do detetive Jack Crawford e adaptasse o romance em cinema. O acordo foi feito a fim de que ele pudesse dividir o custo dos direitos autorais de quinhentos mil dólares com o estúdio. O próximo passo para os produtores foi o de adquirir os direitos para o nome "Hannibal Lecter", que estava sob domínio do produtor de Manhunter, Dino De Laurentiis. Devido ao fracasso financeiro de seu filme, De Laurentiis concedeu-lhes os direitos do personagem gratuitamente.

Em novembro de 1987, Hackman contratou Ted Tally para escrever a adaptação; sua escolha foi com base no trabalho deste em White Palace e pelo fato de que o roteirista já havia discutido muitas vezes com Harris a possibilidade de uma adaptação de seu livro. Contudo, na ocasião em que Tally já estava na metade do primeiro rascunho do roteiro, o diretor retirou-se do projeto, visto que o considerou "violento demais"; ele recuperou seu dinheiro investido, e a Orion Pictures iniciou a procura por um novo cineasta, apesar de que o co-fundador do estúdio, Mike Medavoy, assegurou a Tally que ele continuaria a composição roteiro enquanto a companhia cuidaria do financiamento e do cineasta substituto. Depois de muita pesquisa, o trabalho ficou sob a responsabilidade de Jonathan Demme, que se atraiu pelo projeto por causa da profundidade dos personagens e por uma trama com "tantos temas complicados e interessantes". Ele estava particularmente interessado na figura da personagem Clarice Starling e gostou da ideia de uma heroína. "Adorei a ideia de protagonista feminina. É mais interessante para uma mulher, porque esse é um ponto contra ela desde o início."[4] Dado que mulheres em missões perigosas chamavam-lhe muita atenção, e afirmou que elas são desemparadas em uma sociedade dominada pelos homens e que é mais difícil para elas alcançarem o que querem do que é para eles, nomeou a empresa produtora de Strong Heart Productions, em homenagem à Starling. Uma vez que o argumento já estava finalizado, o cineasta leu o rascunho, aprovou o projeto e conheceu Tally em maio de 1989, e as gravações começaram em novembro daquele ano.

Seleção de elenco[editar | editar código-fonte]

A primeira escolha de Demme para o papel de Clarice foi a atriz Michelle Pfeiffer, com quem trabalhara na comédia Married to the Mob (1988); no entanto, ela agradeceu-lhe a oportunidade e não aceitou a função porque considerou o enredo muito violento e afirmou que foi uma decisão difícil, "uma vez que fiquei nervosa sobre o assunto". Depois de ter lido o romance e obtido informações de que a produção do filme havia sido aprovada, Jodie Foster interessou-se imediatamente pelo papel. Todavia, apesar de sua vitória no Oscar 1989 por seu desempenho no filme The Accused (1988), o diretor não estava convencido de que ela fosse a escolha certa; por outro lado, a Orion Pictures mostrou interesse em contratá-la. Posteriormente, Ted Tally afirmou que ela "carregou o filme em seus ombros".[5] As atrizes Meg Ryan, Geena Davis e Melanie Griffith também foram consideradas para o papel, mas acharam a trama "muito ruim", enquanto Emma Thompson e Kim Basinger fizeram testes. A atriz-mirim Masha Skorobogatov conseguiu o papel da jovem Clarice.

Para o papel do psicopata Hannibal Lecter, a equipe do filme queria um "ator realmente ótimo", visto ele ser, de acordo com Tally, "o maior vilão da ficção popular"; o roteirista ainda o comparou a Sherlock Holmes em seu brilhantismo.[6] O cineasta queria que Sean Connery o interpretasse, porém ele recusou porque achava os personagens "repulsivos"; além disso, atores conhecidos na época como Al Pacino, Dustin Hoffman e Morgan Freeman interessaram-se pelo papel, mas Demme queria outro artista. Christopher Lloyd, Derek Jacobi, Daniel Day-Lewis, Jack Nicholson, Patrick Stewart e Robert Duvall também foram considerados,[7] mas a eventual escolha por Anthony Hopkins baseou-se em sua interpretação no filme The Elephant Man (1980). A companhia cinematográfica, no entanto, acreditava que ele não era conhecido o suficiente para conseguir um papel principal no filme; dessa maneira, ela e o diretor fizeram um acordo: o ator estrelaria como Hannibal se Foster interpretasse Clarice. Inicialmente, quando ele viu o título, O Silêncio dos Inocentes, no roteiro, assumiu que estava lendo para um papel para filme infantil.[7][8] O ator afirmou que, depois de ter lido o roteiro, sabia que esse filme mudaria para sempre sua vida, que esse era um "papel único na vida".[9] "Eu li o roteiro. E — boom! — eu sabia intuitivamente como interpretá-lo."[4] Hopkins explica sua atração pelo personagem: "Estou fascinado com o lado sombrio de nossa psique [...] porque geralmente é também o nosso lado mais criativo".[10] Enquanto se preparava para interpretar Hannibal Lecter, o ator estudou vários assassinos em série da vida real, visitou prisões e se reuniu com assassinos condenados, a fim de investigar a psicologia do que leva as pessoas a matar outras pessoas. Inclusive, até assistiu a algumas audiências envolvendo assassinatos terríveis. O diretor disse-lhe que acreditava que Hannibal era um homem bom, o que confundiu Hopkins, e argumentou que o psicólogo não era uma pessoa má; ele estava preso em uma mente desumana. O ator incorporou essa perspectiva enquanto interpretava o personagem.[11]

Scott Glenn conseguiu o papel de Jack Crawford — o qual inicialmente seria de Hackman. Ele passou quatro dias em Quantico, Virgínia, com o chefe da Unidade de Ciência do Comportamento do Federal Bureau of Investigation (FBI), John E. Douglas, no qual baseou seu personagem.[12] Também escutou uma gravação de áudio em que duas adolescentes foram torturadas e estupradas pelos assassinos em série Lawrence Bittaker e Roy Norris, o que fez com que o ator chorasse e até mudasse seu conceito liberal com relação à pena de morte. Foster também conheceu Douglas para se preparar para o papel. Com base em sua carreira no teatro, Anthony Heald foi escolhido para interpretar Frederick Chilton. Brooke Smith estava no começo de sua carreira e teve de engordar mais de dez quilos para desempenhar o papel da vítima Catherine Martin. Na concepção de Demme, a inexperiência dela ajudou alcançar o que ele queria, pois queria honrar as vítimas da vida real ao não ter alguém "atuando" no filme. Ainda disse que a cena mais difícil para ele fazer foi a da personagem, no poço, implorando pela vida, e. sentiu que tinha que "... confiar muito em Smith para honrar dramaticamente as pessoas que foram confinadas dessa maneira".[12]

Após ter feito teste de elenco com "vários atores fantásticos" para o papel de Jame Gumb, o diretor afirmou que ninguém foi realmente assustador tanto quanto Ted Levine, que foi "aterrorizante".[12] O ator, para compor seu personagem, leu vários materiais sobre assassinos em série, dentre os quais Ed Gein, Jerry Brudos.[13] Você disse antes que achava que sua audição foi melhor do que sua performance real. É difícil imaginar o quão desconcertante sua audição deve ter sido.[14] outras[15]

Chris McGinn, que representou a vítima na autópsia em cuja boca a equipe de detetives encontra uma Acherontia styxa, teve que treinar seu pescoço para que ela pudesse abrir sua mandíbula e distender um pouco sua garganta. Inicialmente, a atriz havia feito um teste para o papel de Catherine Martin, porém um membro da equipe a convidou para interpretar a vítima, e ela aceitou; assim, de modo a preparar-se para o papel, ela le ou roteiro e o livro e recebeu treinamentos de Foster e Damme.[16] Edward Saxon, um dos produtores do filme, fez uma aparição como "a cabeça decapitada" a qual Clarice encontra no armazém de Buffalo Bill, ao passo que Kenneth Utt, outro produtor, interpretou o Dr. Akin. Os cineastas George A. Romero e Roger Corman também fizeram aparições: o primeiro aparece por volta de 1h 13m, como um dos agentes do FBI em Memphis que separa Clarice de Hannibal, enquanto o segundo se apresenta em aproximadamente 1h 1m, como Hayden Burke, o diretor do FBI. O roqueiro Chris Isaak e o ator Charles Napier retrataram policiais.[12]

Filmagens[editar | editar código-fonte]

Com o orçamento de 20 milhões de dólares, as filmagens iniciaram-se em 15 de novembro de 1989 e foram concluídas em 1.º de março de 1990.[17] (outra fonte[18]) Embora o filme seja ambientado em diversos locais, como Ohio, Virgínia Ocidental e Tennessee, foi gravado em grande parte em Pittsburgh e arredores, na Pensilvânia, e algumas outras, na Virgínia Ocidental.[19] A escolha pela primeira cidade se deu principalmente por seus inúmeros rios e montanhas, o que seria ideal para conciliar com a história do filme.[20] As primeiras cenas de Hannibal foram gravadas em uma fábrica abandonada em Westinghouse, enquanto o interior da instituição onde ele é mantido em cativeiro foi registrado na cadeia de Allegheny County, em Pittsburgh.

A equipe de filmagem fez uma rara colaboração com o FBI: este, após ter lido o roteiro e aprovado o conteúdo, permitiu que as cenas fossem filmadas em sua Academia localizada em Quantico; inclusive, alguns membros do grupo do FBI tiveram pequenos papéis, e viram-no como uma potencial ferramenta de recrutamento para contratar mais agentes do sexo feminino. Com intuito de "honrar as pessoas que trabalham nesse segmento", a equipe de produção construiu réplicas muito pequenas de escritórios, os quais não têm janelas, causando uma sensação de claustrofobia; isso pode ser visto no início do filme, quando Clarice é convocada a comparecer ao escritório; durante seu deslocamento, os planos são fechados, com alguns close-ups.[21] Além disso, Jodie Foster juntou-se ao programa de treinamento local para se preparar para o papel[22] e trabalhou com uma agente chamada Mary Ann Krause. Isso a ajudou a entrar na mentalidade de um agente feminino e a retratar com precisão as mulheres que ela estava representando no filme.[11]

Para a casa de Buffalo Bill, foi usada uma residência emprestada por uma família de Layton, Pensilvânia, na qual as gravações duraram três dias, 12, 13 e 14 de fevereiro de 1990, em seu interior e um dia no exterior. No entanto, a masmorra onde o assassino mantinha suas vítimas foi construída em um estúdio.[23] Posteriormente, a casa se tornou uma atração turística e, em agosto de 2015, foi colocada à venda para grandes meios de comunicação.[24][25] O exterior do Western Center, perto de Canonsburg, serviu de cenário para o Hospital Estadual de Baltimore para os Criminosos Insanos.[26]

Durante as gravações das cenas das vítimas encontradas mortas, houve vários dias de chuva, dificultando o trabalhos das atrizes que interpretaram as vítimas, as quais tiveram que estar nuas em grande parte do tempo, parcialmente dentro de água suja.[27]

Várias cenas do filme não estavam no roteiro original e foram improvisadas, como a dança de Buffalo Bill, a qual Ted Levine improvisou com base no que ele achava que o personagem faria. Quando Clarice conhece Dr. Lecter pela primeira vez, ele zomba do sotaque sulista dela e, logo depois, ela parece genuinamente ofendida, o que a atriz realmente estava, pois, como Hopkins havia improvisado a zombaria, ela não a esperava e ela a acatou como um ataque pessoal. No entanto, Foster permaneceu na personagem pelo resto da cena, e depois agradeceu ao ator por ter extraído uma performance autêntica dela.[11] Ainda nessa mesma sequência, ele improvisou o som de sucção logo depois de ter afirmado ter comido, "com favas portuguesas e um bom Chianti", o fígado de um agente.[28] Por fim, o último dia de filmagem (22 horas) foi a cena do porão, a qual foi gravada em luz — o que pode ser comprovado quando Gumb levanta a arma, e sua sombra pode ser vista nas costas de Clarice — , embora, no filme, o ambiente esteja escuro. Demme chamou Foster de "um tremendo ator físico" por sua habilidade de tirar as balas da bolsa de munição e recarregar a pistola, enquanto estava completamente apavorada.[12]

Fotografia[editar | editar código-fonte]

Em grande parte do filme usou-se a técnica da câmera subjetiva, inspirada no trabalho do diretor Alfred Hitchcock,[29] na qual os atores falaram e olharam diretamente para a câmera; aqui, foi utilizada para simular e enfatizar a visão do ponto de vista de Clarice, como na cena em que ela é circundada por olhares dos homens policiais, os quais representam a forma como ela foi desafiada na sociedade. Para rodar esse momento, os atores e figurantes tiveram que ficar completamente parados para que a câmera do filme permanecesse focada. Demme afirmou ser a "melhor maneira de colocar o público no lugar do personagem", e aplicou a técnica de forma contínua para que os espectadores se acostumassem.[29] Para a cena em que Clarice atravessa o corredor da prisão para encontrar Hannibal pela primeira vez, um membro da equipe conduziu o diretor de fotografia Tak Fujimoto sob uma dolly, e este, por sua vez, carregava uma câmera de mão, o que fez com que criasse a sensação de que o público estava caminhando com (sob a perspectiva de) Clarice em direção à cela de Hannibal.[12] Nesse primeiro encontro, o cineasta usou planos e contraplanos e valeu-se de uma profundidade de campo pequena de modo a destacar a distância entre os personagens. Contudo, quando Clarice desobedece as instruções recebidas (de que não era para chegar muito perto da cela em que Hannibal se encontrava) e se aproxima do vidro para mostrar-lhe sua credencial, Demme aproxima a câmera dos personagens, o que provoca o sentimento de aflição no público.[30]

Demme quis transmitir muita tensão em algumas circunstâncias, tais como quando Clarice, na casa de Jame Gumb, dá-se conta, por intermédio de uma pista (mariposa), de que ele é o assassino. O diretor, grande fã de Hitchcock, e influenciado por ele, usou o paradoxo do suspense, que é quando um objeto (pessoa ou evento), geralmente perigoso, é mostrado ao público, mas não aos personagens do filme; isso pode ser visto logo após a agente descobrir a identidade dele, momento em que a câmera revela que ele tem uma arma em cima do fogão — o que aumenta ainda mais a aflição do espectador, o chamado suspense de antecipação. Mais adiante, à medida que a agente perscruta a casa, as luzes se apagam; imediatamente, a câmera subjetiva põe a audiência na perspectiva do assassino, o "objeto perigoso", invertendo o ponto de vista que previamente era dela e exprimindo que ele está no controle da situação; este usa os óculos de visão noturna, já mostrados anteriormente, causando surpresa no público e levando-o a lembrar-se imediatamente de que já o havia visto. Todos esses elementos foram utilizados de modo a causar apreensão no espectador.[31]

Fujimoto e Demme queriam que os quatro encontros entre Hannibal e Clarice fossem visualmente distintos; portanto, procuraram alcançar uma progressão no relacionamento. Em certa medida, houve diferenças de composição. O primeiro encontro ocorreu em plena luz, enquanto o segundo aconteceu sob pouca luz; no terceiro, eles tentaram desenvolver intensidade. O último encontro, em que Hannibal está preso numa gaiola Tribunal Do Condado de Shelby, foi composto principalmente de close-ups. Fujimoto abaixou a luz de fundo, então os personagens conversaram entre si "no vazio". A gaiola foi projetada e feita de modo a ter um espaçamento maior entre as barras para garantir que os rostos do ator ficassem mais visíveis, sem interrupções de barras. A intenção temática e o design dessa cena revelam que, enquanto Hannibal é um prisioneiro de corpo, Starling é prisioneira de seus próprios sentimentos;[32] para isso, a câmera é aproximada do rosto dele em sua última conversa com ela, encadeando a sensação de que ele "entra na mente da 'paciente/vítima'".[30] O uso dos reflexos de seus rostos também ajuda a compor a relação entre os personagens (além da influência que Hannibal exerce sobre Clarisse): inicialmente, esses reflexos surgem enfraquecidos no vidro que os separa; no entanto, é à medida que a relação aumenta e começam a trocar informações ("Quid pro quo") que seus rostos aparecem praticamente sobrepostos.[30]

Arte[editar | editar código-fonte]

O diretor de arte do filme foi Tim Galvin, enquanto Kristi Zea ficou responsável pelo design de produção, a qual, para compor o seu trabalho, inspirou-se no trabalho de Francis Bacon, especialmente no que tange às nuances e cores que ele usava em suas pinturas. As influências do pintor são visíveis na gaiola em que Hannibal ficou preso depois de ter sido foi transferido para o Tribunal Do Condado de Shelby, bem como na carnificina que ocorre durante sua fuga — como o policial pendurado e estripado com os braços abertos.[33] Zea inspirou-se em imagens dos julgamentos de Nuremberg para desenhar o corredor das celas.[34] Contudo, inicialmente, ela não queria aceitar trabalhar em filme cujo um personagem masculino "esfola mulheres"; posteriormente, foi convencida pelo diretor por, segundo ele, tratar-se de "um filme feminista".[35]

No romance, a cela onde Hannibal se encontra com Clarice pela primeira vez é de grade, circundada de uma camada extra de rede, e era isso que seria projetado para o filme; porém, o diretor não ficou contente com resultado, pois a intenção era fazer com que ambos personagens conversassem entre si sem que houvesse barras de ferro em seu campo de visão, já que isto impedi-los-ia de terem uma interação fluida, ofuscaria os desempenhos dos atores e comprometeria o impacto de suas primeiras cenas ao estabelecer um relacionamento delicado. À vista disso, Zea lembrou-se do uso de placas de acrílico usadas em lojas de bebidas e em bancos e sugeriu que fizessem a divisa com acrílico grosso, o que facilitou a gravação e, ao mesmo tempo, enfatizou o quão perigoso Hannibal realmente era, e tornou as interações entre eles íntimas e ameaçadoras.[36][32] A sequência em que Clarice atira em Jame Gumb, na qual ela acerta um vitral preto em frente à janela de modo a clarear o ambiente com a luz exterior, foi inspirada na Segunda Guerra Mundial, quando as janelas tinham de ser pintadas de preto com finalidade de fazer com que as aeronaves alemãs não vissem as luzes no interior dos edifícios.

No livro, o "mundo de Jame Gumb" é rico em detalhes e específico no que se refere às suas diferentes áreas. Dessa maneira, de modo a transpor isso no filme, a equipe de arte, composta por Galvin e Zea juntamente com os decoradores de arte Ken Turek e Karen O'Hara, detalhou esse aspecto na casa dele, a qual representa, de forma física, como sua mente funciona. A parte térrea simboliza sua vida na superfície, ao passo que "sua verdadeira vida/identidade" encontra-se toda abaixo desse nível, que é onde, por exemplo, ele mantem Catherine em cativeiro. Para criarem a cozinha, a equipe pesquisou arquivos fotográficos de Ed Gein nos quais este se encontrava em sua cozinha lotada de pilhas de papéis e comidas velhos e "lixos hippies". Embora a casa não pudesse parecer "muito grande" pelo lado de fora, a equipe queria "crescê-la para baixo", criar um mundo consideravelmente grande, em que quanto mais se descesse, mais distante do "mundo real se ficaria e mais imerso em sua fantasia manter-se-ia". Nos projetos de Zea, os cômodos da casa foram desenhados em forma de labirintos, em círculos; enquanto a cova, baseada no modelo de um poço, continha um alçapão para que a atriz Brooke Smith pudesse usar quando quisesse urinar, por exemplo.[37]

Figurino[editar | editar código-fonte]

Colleen Atwood, encarregada de fabricar os figurinos do filme, queria que eles parecessem atemporais, para que quem o assistisse anos depois não tivesse referência alguma sobre a qual época ele fora produzido. Com intuito de dar sentido às emoções de Clarice, a figurinista, que estudou a psicologia da personagem em busca de inspiração, recorreu, na maioria das vezes, a roupas com tons sóbrios e monótonos, indicando uma personalidade sem vida e camuflando quase por inteiro seus tênues esforços de embelezamento e feminilidade, por exemplo, suas modestas bijuterias e a maquiagem praticamente impercebível, além de escolher o cabelo no tom escuro.[30][38] "Ela não tinha muito dinheiro, mas queria parecer que vinha de outro lugar que não fosse da comunidade, da maneira como cresceu. Seu traje principal era uma jaqueta, porque a tornava vulnerável, mas também um pouco clássica e moderna. É atraente para as pessoas."[38] Pelo fato de que naquela época não havia manipulação das cores nos filmes durante a pós-produção como há na atualidade, foram muitas tentativas e erros antes que Atwood acertasse a cor do macacão laranja de Hannibal, pois, muitas vezes, o laranja que aparecia nas câmeras não era o mesmo laranja do set de produção. O mesmo se sucedeu no uso dos verdes escuros do figurino de Clarice, os quais lembram cores militares e se saíram bem nos ambientes das gravações, e isso, nas suas palavras, "foi [um processo] interessante".[38]

Para Lecter, o figurino foi produzido de modo a encaixar com todo o resto de forma precisa.[39] Enquanto há publicações que afirmam que a ideia de vestir-se de branco foi do próprio Hopkins, o qual teria se inspirado no medo do público de visitar médicos e dentistas, Atwood disse que a escolha se deu porque o ator imaginava o canibal como uma pessoa "espiritual", e também porque a equipe procurava algo "quase espiritual", e complementou: "O negócio com Anthony é que [as roupas] tinham de encaixar com todo o resto de forma precisa. Parte do personagem era essa precisão, então a camiseta tinha de vestir perfeitamente. O que era minimalista de certa maneira era profundamente transformado em outras. Mas tudo caiu como uma luva.".[40] Para máscara de Hannibal Lecter, a figurinista, ao fazer seu primeiro desenho "muito simples", baseou-se em uma máscara de hóquei e o enviou ao fabricante. Inicialmente, a equipe ia pintá-la de branco, mas quando o protótipo foi recebido, a mascara — feita de fibra de vidro que parecia couro velho, seco — aparentava ser "tão mais fria e assustadora" que a produção adorou a cor, não retocou a pintura, e a escolheu para ser usada no filme. Posteriormente, a figurinista afirmou que não imaginava que a máscara e o macacão laranja de Hannibal tornar-se-iam icônicos.[38][41]

Efeitos[editar | editar código-fonte]

Ray Mendez, escolhido por seu trabalho em Creepshow (1982) e creditado como "adestrador de mariposas", ficou incumbido para manejá-las. A produção queria um tipo específico de mariposa, a Acherontia styx, conhecida como "mariposa da morte"; muitas foram as tentativas de encontrar os insetos na Ásia, porém aquela não era uma boa época do ano para encontrá-los, o que impossibilitou a equipe adquiri-los em grande quantidade. Havia apenas uma colônia na época, e era na Inglaterra e elas tinham um vírus.[15] Por conseguinte, Mendez teve a ideia de usar outra espécie de mariposa da mesma família, a Acherontia atropos, e cobri-la com uma pequena fantasia (casulo): dentro desta, ele pintou a esfinge caveira em uma unha falsa e usou uma cola especial para fixá-la na mariposa de maneira que não a prejudicasse.[42] Ele ainda dirigiu as mariposas em um momento do filme, que é quando a câmera passa pelo habitat de mariposas na casa de James Gumb; Mendez estava correndo atrás da câmera, fora de vista, jogando-as "igualmente os romanos faziam com pétalas de rosa".[15][42] Outro obstaculo encontrado pelo entomologista foi o clima frio de Pittsburgh, ainda mais no local onde as filmagens ocorreriam. À vista disso, ele criou um cômodo cuja umidade e calor eram controlados e no qual alojou as mariposas até que as gravações em que elas aparecem se iniciassem.[43]

Para se produzir o casulo encontrado na boca da vítima na autópsia, foi feita uma cópia de uma verdadeira pupa de mariposa valendo-se de um molde de borracha. Depois, Mendez despejou Tootsie Rolls derretidos no molde para formar as pupas, uma vez que a produção queria que houvesse algo comestível na boca da atriz, não algo de plástico — e eliminasse as chances de ela engasgar-se.[16] Em uma cena posterior, quando o casulo é dissecado, usou-se um modelo de plástico e K-Y Gel.[44]

Montagem e pós-produção[editar | editar código-fonte]

Para a montagem do filme, Craig McKay foi contratado. Com finalidade de se realizar com perfeição duas das "grandes surpresas" de Thomas Harris, foi necessário muito empenho por parte da equipe técnica e dos atores. O diretor queria a primeira cena "surpreendente" — o escape de Hannibal — fiel ao livro, sendo minuciosamente escrita e cuidadosamente coreografada tanto para as câmeras como para os atores, e a chamou de "um filme dentro do filme". McKay, no início desta ação, introduz curtos planos-detalhe que mostram componentes que serão relevantes subsequentemente, por exemplo, o mostrador do elevador, o spray, o cassetete, as faixas nas paredes e os holofotes sobre a cela de Hannibal. Outro componente importante para a cena é um plano aberto que destaca a geografia do cenário. Deste modo, à medida que a câmera perscruta e mostra a estratégia do psicólogo, o público se dá conta de que tudo o que fora exposto anteriormente foi de grande importância para a compreensão do que está em ação.[45]

A segunda é o momento em que o grupo de SWAT entra na casa errada. Aqui, Demme resolveu fazê-la um pouco diferente do que estava escrito no livro: neste, primeiramente, a equipe descobre que encontrou a casa errada; em seguida, Clarice chega à residência de Jame Gumb. O cineasta sugeriu ao roteirista, durante o trabalho no roteiro, que fossem "mais adiante" com essa ação e tornassem-na simultânea. À vista disso, McKay realizou um corte paralelo entre as ações da equipe e de Clarice: primeiro, esta é atendida por Gamb, e, rapidamente, a cena corta para a SWAT invadindo a casa errada; imediatamente a isso, a atenção se volta a Clarice; depois, a Jack Crawford, o qual finalmente percebe seu erro (assim como o público), com o corte seguinte dando continuidade à ação de Clarice.[46]

Outro desafio para o montador foi encaixar e intercalar sequências de flashbacks que exibem momentos significativos da infância de Clarice com elementos visualmente parecidos, como o seu carro que dá lugar ao carro de seu pai, assim como quando ela se depara com um funeral, e imediatamente a imagem é alternada com o velório do pai dela. Há outros momentos no filme em que acontecem essas combinações de cenas, por exemplo, os binóculos de visão noturna que Buffalo Bill usa na primeira vez em que é mostrado na tela aparecerão na conclusão do filme; o close nas unhas partidas de um cadáver, e depois, a câmera mostra o local onde exatamente elas haviam se quebrado; bem como a mutilação em formato de diamante vista nas costa da vítima é rememorada, posteriormente, quando é visto, no armário de umas das vítimas, o mesmo formato de costura em uma roupa.[30]

Muitas cenas do filme foram encurtadas, especialmente aquelas dos encontros entre Clarice e Hannibal, bem como sequências inteiras foram cortadas, tais como: o momento em que uma professora do FBI explica o relacionamento disfuncional de Jame Gumb com a mãe dele; quando Clarice sugere a Jack Crawford que ele verifique mais cadáveres para ver se encontra mariposas inseridas neles; quando ele procura um médico para ajudar na perseguição a Buffalo Bill, e uma cena em que Crawford sugere que Clarice seja colocada no caso.[47]

O roteirista William Goldman havia visto o filme durante uma prévia e sugeriu a Demme que cortasse mais algumas cenas. No primeiro rascunho do filme, há uma tomada após a fuga de Lecter em que Jack Crawford e Clarice Starling foram chamados ao escritório de Roger Corman, chefe do FBI, e Ron Vawter, do Departamento de Justiça: Crawford foi retirado do caso, enquanto Clarice foi expulsa da Academia por causa de seu fracasso. Em uma cena imediatamente depois disso, Clarice, do lado de fora do prédio do FBI,  diz que está convencida de que Jame Gumb está na cidade onde Fredrica Bimmel morava. Goldman sugeriu a retirada desses momentos e que o corte fosse direto à conversa de Clarice com sua amiga Ardelia Mapp: Demme concordou que eles não se encaixavam e os cortou.

Música[editar | editar código-fonte]

A trilha sonora de O Silêncio dos Inocentes foi composta por Howard Shore, gravada em Munique durante a segunda metade do verão de 1990 e executada pela Orquestra Sinfônica de Munique. Jonathan Demme queria que a trilha sonora refletisse o ponto de vista das mulheres no filme, e Shore sentiu que ela expressa especificamente a posição de Clarice. "Mesmo nas cenas com [Hannibal] Lecter, a música é sobre Starling. Suas emoções, suas ansiedades, seus medos, seu desejo de ter sucesso, sua luta. É tudo sobre Starling". Sobre a composição de seu trabalho, o compositor disse tê-lo feito de maneira que se encaixasse no âmago do filme e que fosse algo que quando o público assistisse ao filme não estaria ciente da música, e completou: "Você sente seus sentimentos de todos os elementos simultaneamente: iluminação, cinematografia, figurinos, atuação, música. Jonathan Demme foi muito específico sobre a música. Suas sugestões foram valiosas."[48][49] Ainda afirmou ter ficado fascinado, olhando as imagens da performance de Foster, em um monitor pequeno, durante a gravação com a orquestra, e, embora conheça as cenas "tão bem", ainda "estou constantemente fascinado como a aparência dela e como a sua atuação, assim como a [atuação] de Anthony Hopkins".[49] Ele também subverteu o modelo proposto a cenas de determinados gêneros, como nas cenas de ação, as quais são acompanhadas de uma trilha sonora "muito exuberante e lenta, um pouco diferente do que você pode esperar, o que é incomum nesse sentido. É contra o gênero. Eu tentei muito evitá-lo."[49] Shore declarou que, assim como em The Fly, este filme evoluiu o seu trabalho em composição de trilha sonoras.[50]

Várias músicas de outros artistas e compositores também foram usadas no filme, incluindo "Goodbye Horses", de Q Lazzarus, e "Alone", de Colin Newman. A canção da caixa de música no quarto de Frederika Bimmel pertence à A Flauta Mágica, de Wolfgang Amadeus Mozart,[51] enquanto a melodia Lecter escuta enquanto após ter matado os policiais Boyle e Jim Pembry é a ária de Variações Goldberg (BWV 988), de Johann Sebastian Bach.[52]

The Silence of the Lambs: The Original Motion Picture Score
N.º Título Duração
1. "Main Title"   5:04
2. "The Asylum"   3:53
3. "Clarice"   3:03
4. "Return to the Asylum"   2:35
5. "The Abduction"   3:01
6. "Quid Pro Quo"   4:41
7. "Lecter in Memphis"   5:41
8. "Lambs Screaming"   5:34
9. "Lecter Escapes"   5:06
10. "Belvedere, Ohio"   3:32
11. "The Moth"   2:20
12. "The Cellar"   7:02
13. "Finale"   4:50
Duração total:
57:09

Efeitos sonoros[editar | editar código-fonte]

O sonoplasta do filme foi Christopher Newman, enquanto o engenheiro de som foi Ron Bochar. O primeiro, antes mesmo das filmagens começarem, foi chamado por Demme para discutirem a respeito de como criariam "um clima extraordinário de pavor e suspense". Para a cena em que Clarice conhece o Dr. Lecter, Newman coletou sons de baleias-jubarte e os mixou, de modo a parecer que ela está em um submarino, seguindo a ideia do diretor de se gerar um sentimento de pavor por lá;[53] Bochar, por sua vez, incluiu gritos e ruídos de animais gravados de um filme no qual ele havia trabalhado, chamado Little Monsters; então, essa gravação, ele a processou, reduziu a velocidade e reproduziu ao contrário.[54] Ainda na composição dessa sequência, o sonoplasta, durante a produção da cela de Hannibal, feita com acrílico, ficou apreensivo sobre como o som fluiria entre a parte interior da cela e o corredor de onde Clarice dialoga com Hannibal, pois a ideia inicial seria construir apenas uma grande placa sem lugar no qual o som pudesse se deslocar sem dificuldade. Portanto, de modo a resolver esse empecilho, foram abertos alguns buracos nela para que, assim, o som não fosse abafado.[55] Posteriormente, Newman afirmou que este filme, The Godfather e Amadeus foram os seus trabalhos favoritos, porque "foram desafios criativos".[56]

Os efeitos sonoros foram criados por Skip Lievsay, que considerou este "um trabalho muito desafiador" por causa dos diferentes desejos dos profissionais da produção com relação a qual abordagem seguir. Demme gostou dos "sons estranhos" produzidos por Lievsay e convenceu todos a deixá-lo inclui-los no filme, o que muitas vezes significava tirar a partitura de Shore e substitui-la por esses sons. E, embora o compositor e Lievsay tivessem uma amizade muito boa, outros membros da equipe diziam ao diretor que ele estava "estragando o filme, por que está colocando todo esse barulho aí? A música [de Shore] é tão boa."[57] Na cena em que a equipe do FBI tira o casulo da garganta da vítima, o diretor pediu que fosse inserido um som de respiração em consonância com essa ação de modo a aludir "a última respiração de seu corpo".[58] Tal-qualmente, no último encontro entre Hannibal e Clarice, durante a narração dela sobre o massacre de um rebanho de ovelhas em uma madrugada fria que ela havia presenciado, foram introduzidos sons de ecos de um vento distante para remeter à história.[30]

Álbuns[editar | editar código-fonte]

O álbum com a trilha sonora original do filme foi lançado pela gravadora MCA Records em 5 de fevereiro de 1991. O site Filmtracks.com considerou a trilha como "consistentemente estressante" e escreveu que ela provoca uma "intangível sensação de pavor. [...] Os instrumentos de percussão oferecem um vislumbre de esperança no começo e no final da trilha sonora (...) e são neutralizados no momento mais sombrio ("The Cellar") com combinações eletrônicas alternativamente desafiadoras".[59] Posteriormente, Foster chamou a composição de "não chamativa. Não há momentos orquestrais bombásticos. Isto é atonal e é sobre o vento e Clarice, que está de certa forma traumatizada por sons". Por seu trabalho, Shore foi nomeado aos prêmios BAFTA e Saturno na categoria de Melhor Trilha Sonora.[60]

Parte da trilha sonora foi usada nos trailers de Hannibal (2001), e, em março de 2015, o álbum foi lançado em vinil.[61] Em 2018, em conjunto com a MGM e Universal Music Group, a Quartet Records lançou a versão remasterizada e ampliada da trilha sonora, com o número limitado de mil cópias vendidas por vinte dólares, as quais se esgotaram dentro de semanas.[59] Sobre o lançamento, a Quartet destacou a inclusão de tons que não estavam presente no álbum de 1991, bem como a partitura completa mais cerca de vinte minutos de material adicional — produzidos por Neil S. Bulk, supervisionado pelo próprio Shore e masterizado por Doug Schwartz a partir das fitas originais, fornecidas pela MGM; e completou "a música não soa como algo de um filme de terror ou suspense — é operística, sombria e muito bonita".[59][62]

Clarice[editar | editar código-fonte]

9m (11:28)

Lançamento[editar | editar código-fonte]

O Silêncio dos Inocentes deveria ter sido lançado no outono de 1990; porém, sendo um pequeno estúdio, a Orion Pictures adiou a data da estreia para promover o lançamento de Dances with Wolves, um filme que eles consideravam com mais chances de concorrer ao Oscar e porque a equipe do estúdio não acreditava poder administrar teatros suficientes para os dois filmes. Desse modo, depois de ter sido arquivado por meses, a estreia de O Silêncio dos Inocentes aconteceu na cidade de Nova York em 30 de janeiro de 1991.[63] (mais [18]) ...estreou em 1 497 salas de cinemas em 14 de fevereiro de 1991, durante a Guerra do Golfo, e arrecadou mais de dezessete milhões de dólares em menos de uma semana. Inúmeras filas se formaram nas entradas de diversos cinemas e se estendiam a quarteirões, o que Ted Tally descreveu como "um imenso lançamento para aquela época".[64] Rita Kempley, do The Washington Post, comentou que a estreia da obra no dia dos namorados foi "terrivelmente apropriada", pois "em espírito, ela vai além do enrendo macabro [do livro] para tornar-se uma versão hipnotizante e diabólica de A Bela e a Fera";[65] apesar disso, inicialmente, muitos membros do elenco e da produção, incluindo Tally, não eram a favor de o lançamento ocorrer naquela data. "Fevereiro é tradicionalmente uma temporada morta para filmes [...] e não ficamos felizes com essa decisão, mas não havia nada que pudéssemos fazer a respeito", disse Tally.[66]

Sua primeira apresentação fora do território norte-americano aconteceu no dia seguinte, na Alemanha, no Festival de Berlim, em que estreou sob o título Das Schweigen der Lämmer,[67] competiu o Urso de Ouro e recebeu o Urso de Prata de Melhor Diretor.[68][69] O segundo país foi a Noruega, exibido nos cinemas em 14 de março e intitulado Nattsvermeren;[70] seguido da Suécia, comercializado oito dias depois, como När lammen tystnar.[71] No fim do mês, dia 29, foi a vez da Finlândia, em que foi distribuído como Uhrilampaat.[72] Em 10 de abril, seu lançamento aconteceu na França, alcunhado Le Silence des agneaux;[73] no dia seguinte, voltou a se apresentar em território alemão, só que desta vez nos cinemas;[74] no dia subsequente, na Itália, onde foi nomeado Il silenzio degli innocenti, e na Suíça.[75][71] Em circuito brasileiro, estreou em 17 de maio, sob o título O Silêncio dos Inocentes;[76] no Reino Unido, no dia 31.[71] Em Portugal, sob o mesmo título recebido no Brasil, foi lançado em 6 de setembro.[77] Suas últimas estreias do ano aconteceram no mês de outubro no Uruguai, dia 2; na Turquia, dia 11; e na Checoslováquia, dia 24; e também foi nesse mês em que se encerrou suas exibições nos cinemas dos Estados Unidos.[78]

Durante sua comercialização nos cinemas dos Estados Unidos, foi relatado que pessoas passavam mal, como casos de cinéfilos que vomitavam nos corredores. Em New York, por exemplo, uma psicóloga afirmou que um terço de seus pacientes queria conversar sobre Hannibal Lecter. Dois anos depois, em 1993, o filme voltou a causar distúrbios quando a ITV decidiu transmitir uma versão atenuada — com menos cenas sangrentas —, e isso provocou tanta agitação de pânico moral inúmeras manchetes de jornais relataram os casos.[79]

Classificação indicativa[editar | editar código-fonte]

Nos Estados Unidos, O Silêncio dos Inocentes recebeu uma classificação R (Restrito, isto é, "menores de dezessete anos precisam de acompanhamento de pais ou responsáveis") da Motion Picture Association of America (MPAA) pelo seu conteúdo de "intensa violência, comportamento perturbador, cenas terríveis, linguagem, algum conteúdo sexual forte e nudez breve".[80][81] O portal Common Sense Media concordou com a classificação concedida pela MPAA à obra e recomendou-a para maiores de dezessete anos; por sua vez, os pais usuários do site recomendaram-na para maiores de dezesseis anos, enquanto as crianças optaram pela classificação de maiores de quatorze anos.[81] No Reino Unido, em 1991, recebeu o selo 18 (Apropriado para maiores de dezoito anos) do sistema de classificação British Board of Film Classification (BBFC), visto possuir "violência forte, sangue, referências sexuais, calão"; porém, em seu relançamento nos cinemas em 2017, o BBFC rebaixou sua classificação de dezoito para quinze anos.[79] (adicionar o motivo, se possível)....

Na Austrália, o filme recebeu a restrição mais alta, que é MA15 +, ou seja, para público-alvo adulto, não sendo adequado para menores de quinze anos por conter "violência de alto nível e uso palavras de calão com regularidade".[82][83] Em território alemão, foi recebido pelo Freiwillige Selbstkontrolle der Filmwirtschaft com o nível de restrição alto, o FSK 16, em outras palavras, recomendado apenas para maiores de dezesseis anos.[74] A Norwegian Media Authority, da Noruega, estabeleceu um limite de idade de quinze anos com base no seguinte argumento: "Acredita-se que repentinas cenas dramáticas combinadas com uma trilha sonora assustadora aterrorizem criança de cerca de dez anos".[84] No Brasil, em seu lançamento para DVD, o filme foi classificado como "impróprio para menores de quatorze anos" por apresentar "conflitos psicológicos, violência e tensão atenuada", de acordo com o Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação (DEJUS).[85] Em Portugal, a organização de Inspeção-Geral das Atividades Culturais atribuiu uma classificação M/18, o que significa que foi recomendado para maiores de dezoito anos.[86]

Recepção[editar | editar código-fonte]

Bilheteria[editar | editar código-fonte]

O filme teve sua estreia em 14 de fevereiro de 1991, em uma quinta-feira, e arrecadou 1 412 862 de dólares em 1 497 salas de cinemas, cerca de 943 dólares por cines, debutando no topo nas bilheterias.[87] Nos três dias posteriores, que concluiu seu primeiro fim de semana, já havia angariado 13 766 814 de dólares, permanecendo em primeiro lugar nas bilheterias, ficando à frente de filmes como Home Alone, Dances with Wolves, The Godfather: Part III e Goodfellas;[88] e fechou seus sete dias de comercialização com 18 948 193 de dólares.[89] Na semana seguinte — de 22 a 28 de fevereiro —, apresentou uma queda de -16.1%, embora sua receita já chegava a marca de 34 837 792 de dólares, mantendo-se na mesma colocação.[90] Até o dia 7 de março, continuava a ser o filme mais procurado pelo público americano, com a bilheteria marcando 49 232 164 de dólares,[91] e permaneceu em primeiro lugar nas duas semanas subsequentes.[92][93] Após a quinta semana, sua bilheteria apresentou oscilações, embora permaneceu apresentando alta na participação em salas de cinemas.[94] Em 14 de abril, dois meses após sua estreia e já em seu nono fim de semana, o longa alcançou a marca de cem milhões de dólares e era o segundo mais assistido nos Estados Unidos.[95] Com o lançamento de outros filmes e já em sua décima semana, O Silêncio dos Inocentes desceu para a terceira posição entre os mais procurados pelos espectadores do país;[96] para a quarta posição na semana seguinte,[97] sexta posição nas duas semanas posteriores e subiu para a quinta em 16 de maio.[94] A obra concluiu sua exposição ao público norte-americano em 10 de outubro de 1991, tendo arrecadado 130 742 922 de dólares, cerca de 47% de sua receita total, e se tornado a quarta maior arrecadação do ano no país.[98] Até agosto de 2020, é o 81.º filme com classificação R (Restrito) de maior bilheteria da história nos Estados Unidos,[99] bem como 97.º na bilheteria mundial.[100] Internacionalmente, arrecadou 142 010 962 de dólares, e um total mundial de 272 753 884.[101]


26 milhões de espectadores que mais tarde o tornariam o terceiro maior sucesso de bilheteria em 1991[102]

Resposta da crítica especializada[editar | editar código-fonte]

Após sua estreia, O Silêncio dos Inocentes foi bem recebido e frequentemente considerado um dos melhores filmes de 1991 pelos críticos cinematográficos, pela imprensa norte-americana e internacional; elogios voltaram-se principalmente às atuações de Foster, Hopkins e Levin, à direção de Demme, ao roteiro e à fotografia. Por seu subsequente êxito internacional e sua aceitação por parte do público e da crítica especializada, além da alta performance nas bilheterias, foi chamado de um "sucesso inesperado."[103] No agregador de resenhas Rotten Tomatoes, o filme recebeu um "Certificado Fresco" e marca uma pontuação de 96 por cento de aprovação com base em comentários de cem críticos, e registra uma nota 8,8 de 10. De acordo com o site, o consenso crítico do filme diz: "O suspense inteligente e tenso do diretor Jonathan Demme oscila entre o estudo psicológico e o terror puro, e se beneficia enormemente das atuações excepcionais de Anthony Hopkins e Jodie Foster."[104] O Metacritic atribui à obra 85 pontos de 100 baseados em 19 resenhas de críticos, indicando "aclamação universal";[105] ainda no website, foi classificado como o 5.º melhor filme do ano.[106]

O crítico de cinema Roger Ebert, em sua resenha de 1991 ao Chicago Sun-Times, deu ao filme uma nota de três estrelas e meia em quatro e elogiou a direção de Demme, "o verdadeiro suspense, o terror absoluto" e as atuações de Foster e, principalmente, de Hopkins, "que provavelmente será mencionada por muitos anos quando os filmes de terror forem discutidos".[107] Porém, em 2001, ele revisou sua avaliação e classificou-o com a pontuação máxima de quatro estrelas, e endossou seus elogios à atuação de Hopkins e reconheceu o filme como uma "obra-prima do terror" ao lado de clássicos como Nosferatu, Psycho e Halloween e destacou como a obra "ilustra que os melhores suspenses não envelhecem"; também ressaltou que "[O Silêncio dos Inocentes] não é apenas um espetáculo de emoção. É também sobre dois dos personagens mais memoráveis ​​da história do cinema, Clarice Starling e Hannibal Lecter, e seu relacionamento estranho e tenso". Por fim, adicionou-o à sua lista de Os Grandes Filmes.[108] Dando-lhe a nota máxima de cinco estrelas, Peter Travers, escrevendo para Rolling Stone, chamou-o de "[um] thriller de suspense soberbamente elaborado" e continuou: "O Silêncio [dos Inocentes] [...] mostra Demme em seu melhor e mais ousado. Mesmo os flashbacks cafonas e uma sequência tirada de Wait Until Dark não conseguem neutralizar a força do filme. Demme celebra suas guerreiras. Você pode sentir seu orgulho por Starling por lutar contra seus demônios masculinos. Apesar de toda a selvageria desenfreada em exibição, o que é astuto, significativo e finalmente esperançoso sobre o Silêncio dos Inocentes é a maneira que prova que um filme pode ser impiedosamente assustador e misericordiosamente humano ao mesmo tempo".[109] Rita Kempley, do The Washington Post, descreveu-o como "um thriller de suspense magistral que brinca com nossa antecipação. [...] é simplesmente assustador - de seus ângulos de câmera condenados e aturdidos ao seu subtexto freudiano assustador. Assusta como um corvo Poeviano grasnando um aviso, empoleirado na noite sobre a porta do quarto."[65] Para o mesmo jornal, Desson Thomson o elogiou como "um entretenimento inteligente e contido, que não mergulha em sangue e histeria. Não precisa".[110]

Em sua análise para o site Plano Crítico, o crítico brasileiro Leonardo Campos deu-lhe o selo de "obra-prima" e elogiou aspectos como a direção, atuações, fotografia, montagem e roteiro e o intitulou de "clássico moderno", "um dos filmes na lista dos obrigatórios para cinéfilos, críticos, simpatizantes da linguagem cinematográfica ou o leigo que quer aprender algo sobre audiovisual, ou até mesmo, por diletantismo. [...] Assistir ao filme é como sentar diante de uma vigorosa e bem preparada aula de cinema."[111] Para o mesmo site, Isabel Wittmann escreveu: "Não resta dúvidas de que O Silêncio dos Inocentes é uma obra cinematográfica que vence facilmente a barreira do tempo e do gênero em que se enquadra, mostrando-se um belo filme até hoje".[112] No entanto, o filme não foi bem recebido por Gene Siskel, que, em sua publicação ao Chicago Tribune, disse, "a personagem de Foster, que é atraente, é diminuída pelos monstros que ela procura."[113]

O elenco do filme recebeu elogios por parte da crítica e do público, principalmente Hopkins, Foster e Levine. Para o Los Angeles Times, Sheila Benson observou que "o desempenho insinuante de Hopkins o coloca lá no topo com o grande bicho-papão da tela",[114] enquanto descreveu a atuação de Foster como "forte"; sobre Scott Glenn, "é uma surpresa muito agradável"; por fim, concluiu: "o papel mais interessante é o de Hopkins, e ele aproveita ao máximo. Ajudado por uma iluminação altamente dramática, o ator torna o personagem a personificação do mal brilhante e hipnótico, e a tela sacode com eletricidade sempre que ele aparece. Esta é, sem dúvida, sua aparição no cinema mais eficaz até hoje."[115] A química entre as personagens Lecter e Clarice foi apreciada. "Arrepiante e assustador, e não há como negar que o aspecto mais celebrado do filme — a conexão Clarice / Hannibal — não poderia ter sido realizado com maior habilidade", escreveu James Berardinelli.[116] Jean Oppenheimer concordou e elogiou a "eletricidade entre Foster e Hopkins durante seu tête-à-têtes".[117] O desempenho de Levine, embora bem recebido, é considerado subestimado.[118] O site Listverse analisou: "Levine se supera ao interpretar um tipo de vilão completamente diferente, alguém nojento e repugnante e totalmente horripilante. [...] Ele pode ter sido desprezado por causa da infelicidade de estar em um filme com uma atuação incrivelmente mais assustadora, repugnante e fascinante de um psicopata. Depois de sentir o gostinho disso, você tende a esquecer tudo o mais."[119] Matthew Stanley, do Taste of Cinema, endossou: "Enquanto todos estavam olhando para Jodie Foster e Anthony Hopkins para consideração de prêmios e, com certeza, vitórias do Oscar, as pessoas negligenciaram o ator real neste filme, Ted Levine como o assassino em série Buffalo Bill. Foster e Hopkins, embora ambos sejam ótimos e merecedores de seus elogios, é Levine que rouba os holofotes."[118] Eric Hanson, do ScreenHub Entertainment, descreveu Gumb como "um personagem complexo soberbamente interpretado pelo ator Ted Levine para criar um dos vilões mais assustadores do cinema".[120] Adam McPartlan, para o This Is The Bronx, declarou: "De forma deprimente, porém, Ted Levine, que interpretou o perturbado Buffalo Bill, não recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, algo que ele merecia ganhar apenas por sua fala: "Passa a loção na pele!"[121] As três publicações concordaram que o ator deveria ter recebido (ou mesmo ganhado) uma nomeação ao prêmio supracitado. Roger Ebert observou que ele "cria um psicopata genuinamente repugnante (observe o momento em que Starling o avalia [e percebe que ele é o assassino] antes de [ela] gritar 'Parado!')"[108] Brooke Smith, interprete de Catherine, também o elogiou e afirmou que o desempenho dele a apavorou muito durante as gravações.[122]

Prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]

Os êxitos comercial e crítico também mostraram-se presentes nas premiações do filme; contudo, inicialmente, ele não havia sido considerado um favorito para dominar a temporada de prêmios norte-americanos. Dentre os principais motivos eram que a obra foi lançada no início do ano, algo considerado arriscado para filme que quisesse concorrer aos principais prêmios do cinema, como o Oscar, e porque sua distribuidora, a Orion Pictures, era pequena no mercado para concorrer com produções de estúdios maiores e, em 1990, já estava com um lançamento em andamento, Dances with Wolves (vencedor do Oscar de Melhor Filme), o que levou o adiamento de O Silêncio dos Inocentes para o ano seguinte.[63][123] Vários outros competidores estrearam no final de 1991, e os críticos especializados distribuíram suas honrarias para eles ao compilar suas listas de final de ano dos "melhores filmes"; nesse momento, O Silêncio dos Inocentes parecia estar esquecido da memória do grande público e dos críticos, uma vez que filmes como JFK, The Prince of Tides, Bugsy e Beauty and the Beast ainda estavam chamando a atenção do público. Outro ponto que poderia desfavorecer o filme na corrida do Oscar era seu tema, que "parecia horrível demais para superar uma tradição da Academia em reconhecer filmes com temas saudáveis."[124] Apesar disso, seus primeiros prêmios recebidos foram em dezembro, quando a National Board of Review, Associação de Críticos de Nova Iorque e a Sociedade de Críticos de Cinema de Boston reconheceram-lhe com seus prêmios importantes, tendo recebido quatro dos principais troféus destas duas últimas.[125][126]

Foi em novembro de 1991 quando a campanha para O Silêncio dos Inocentes foi lançada de fato. Com intuito de manter o filme ativo na memória dos membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, a Orion Pictures enviou-lhes cópias "bem embaladas" de videoteipe e um pacote contendo o videocassete, uma fita de áudio da trilha sonora e um calendário de exposições do filme; junto a isso, foi apresentada uma "campanha comercial razoável, mas não excessiva", de acordo com Mike Kaiser, presidente de marketing, a qual custou a mesma quantia não revelada gasta para Dancing with Wolves.[124] Inicialmente, houve diversas discussões nos círculos de Hollywood a respeito do papel de Hopkins, se ele era protagonista ou coadjuvante (a National Board of Review havia lhe dado o troféu na categoria de Melhor Ator Coadjuvante). Em 17 de dezembro de 1991, um porta-voz da Orion disse que "não há dúvida de que a empresa está promovendo uma indicação de Hopkins como melhor ator" e produtor de Ed Saxon complementou que sempre o considerou "o ator principal do filme" e que ele deveria ser indicado na categoria; porém afirmou que não haveria o que reclamar caso Hopkins ganhasse na categoria de ator coadjuvante.[125]

No decorrer da temporada de premiações, os prêmios foram repartidos a diversos filmes, não tendo um favorito ao Oscar se emergido. Em 18 de janeiro de 1992, nos Prêmios Globo de Ouro, a obra recebeu cinco nomeações, das quais ganhou apenas a categoria de Melhor Atriz em Filme Dramático (Foster), o que levou David J. Fox a descrever como "a corrida para o Oscar mais incerta em anos".[127][128] Nos Prêmios BAFTA, o filme empatou com Dances with Wolves com o maior número de indicações: nove, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado, e ganhou as categorias de Melhor Ator e Melhor Atriz.[129] A obra continuou a receber indicações e ganhar prêmios do início do ano. No 41.º Festival Internacional de Berlim, concorreu ao Urso de Ouro,[130] e Demme ganhou o Urso de Prata de Melhor Diretor.[131] Foi indicado ao Grande Prêmio da Associação Belga de Críticos de Cinema,[132] enquanto Ted Tally venceu o Prêmio Edgar de Melhor Roteiro de Cinema.[133] Posteriormente, foi premiado como Melhor Filme de Terror do Ano durante a 2.ª transmissão do Horror Hall of Fame, em que Vincent Price entregou o prêmio ao produtor executivo Gary Goetzman.[134]

Em fevereiro, o filme foi indicado a sete Oscars; seus rivais mais próximos, Bugsy, JFK e The Prince of Tides, receberam dez, oito e sete indicações, respectivamente. No mês seguinte, as principais organizações de trabalho da indústria deram suas mais importantes honrarias a O Silêncio dos Inocentes.[nota 1][102][135][136] No dia 30 de março de 1992, na 64.ª cerimônia do Oscar, a obra venceu seu primeiro prêmio na categoria de Melhor Roteiro Adaptado (para Ted Talley); em seguida, Hopkins ganhou a estatueta de Melhor Ator "em meio a uma ovação estrondosa",[137] fazendo desta a segunda a segunda atuação mais breve a receber o prêmio de Melhor Ator da história do Oscar, com apenas dezesseis minutos de tela, ou seja, catorze por cento do tempo total do filme.[138] Alguns minutos depois, foi a vez de Foster conquistar seu segundo troféu de Melhor Atriz, a qual havia ganhado em 1988 por sua atuação em The Accused e agradeceu à academia "por abraçar uma heroína feminista tão forte que estou orgulhosa de ter interpretado".[137] Aos 29 anos, tornou-se a segunda pessoa, depois de Luise Rainer, a ganhar dois Óscares antes dos trinta anos.[139] As categorias seguintes, que eram as duas últimas, foram a de Melhor Diretor e Melhor Filme, vencidas, respectivamente, por Demme e pelos produtores Edward Saxon, Kenneth Utt e Ron Bozman. Por essa conquista, O Silêncio dos Inocentes tornou-se o terceiro (sendo os outros dois It Happened One Night (1934) e One Flew Over the Cuckoo's Nest (1975)) e último filme até a data a ganhar o "Big Five", ou seja, as principais categorias da premiação, além de ter se tornado o primeiro e único filme de terror a ganhar Melhor Filme.[140][141][142]

Retrospecto[editar | editar código-fonte]

O Silêncio dos Inocentes quebrou inúmeras convenções do Oscar, a começar por ter sido o terceiro filme que contém elementos do gênero terror a ser nomeado à categoria principal (melhor filme) — depois de The Exorcist (1973) e Jaws (1975), além de outras categorias importantes, como a de direção, atuações principais e roteiro.[143] O fato de o filme ter sido lançado no início do ano era (ainda é) uma ação considerada arriscada se quisesse concorrer aos prêmios de fim de ano, como o Oscar. Para Terry Pristin, do Los Angeles Times, tendo base em lançamentos ocorridos ao longo da história, "O Silêncio dos Inocentes certamente teria parecido um tiro no escuro. Na verdade, nas últimas duas décadas, a Academia concedeu seu prêmio de melhor filme a apenas dois filmes — The Godfather em 1972 e Annie Hall em 1977 — [que foram lançados no começo do ano]".[124] Roger Ebert analisou os pontos altos da produção e reconheceu ser extraordinário o fato de a Academia lembrar-se, quanto mais destacar, "um filme lançado 13 meses antes do Oscar; geralmente, vota em filmes que ainda estão nos cinemas ou novos em [home] video. Mas O Silêncio dos Inocentes era tão claramente único que não podia ser ignorado".[123] Arlene Ludwig, uma publicitária que trabalhou para a Disney por mais de 50 anos e é eleitora do Oscar desde 1980, afirmou que poucos de seus colegas na época consideravam-no simplesmente como um filme de terror. "Teve uma produção tão brilhante, um roteiro incrível e ótimas atuações. Parecia tão novo e diferente. Teve uma intensidade que capturou a todos. As pessoas estavam falando sobre ele o ano todo. É preciso ser um p#ta filme para manter esse tipo de lembrança."[144]

Susan Wloszczyna também considerou a data de seu lançamento um "obstáculo" e reconheceu as dificuldades que é "manter um filme que estreia nos primeiros meses do ano de ser esquecido" e ainda destacou o fato de que sua distribuidora estava em processo de falência na época, o que "dificultava ainda mais as coisas". Ela, no entanto, observou que a companhia já tinha experiência anterior "em fazer mágica com Dances with Wolves, um faroeste raro que ganhou o troféu de Melhor Filme e reviveu o gênero ao grande público", e conseguiu arrecadar duzentos mil dólares para promover O Silêncio dos Inocentes; por fim, comparou-o a Gone with the Wind, que dominou o Oscar 1940, "O Silêncio dos Inocentes não era apenas um mero filme, mas um fenômeno cultural baseado em um best-seller que assombrava a imaginação do público comprador de ingressos — e dos membros da Academia também. Nenhuma surpresa que Billy Crystal memoravelmente começou sua terceira apresentação do Oscar vestindo uma máscara enquanto, [amarrado em uma maca], era carregado em direção ao palco por dois homens uniformizados, ao estilo de Hannibal".[144]

Após sua vitória, observadores da indústria afirmaram que o filme desafiou o "truísmo de Hollywood de que um lançamento antecipado é o beijo da morte para o Oscar."[124] Junto com Annie Hall, Forrest Gump, Braveheart, Gladiator, Crash e The Hurt Locker, "O Silêncio dos Inocentes é um dos sete filmes nos últimos 40 anos a ganhar o prêmio principal do setor com uma data de lançamento anterior a agosto", observou Kristopher Tapley, da Variety, em 2017.[127]

Oscar 1992 (EUA)[145] (59:00-1:00:40)

Os 10 maiores vencedores do Oscar de melhor filme.[146]

Controvérsia[editar | editar código-fonte]

Demme disse que era seu único arrependimento sobre o filme, que o personagem Gumb não era melhor esclarecido.[12] Ted Levine declarou que interpretou o personagem sem a intenção de que fosse gay, e complementou que a "sexualidade masculina é algo complicado e mira a diferentes direções [...] e se [Gumb] fosse gay, ele também mataria homens e garotos." Ainda falou que ele (?) também estava preocupado com essa questão gay no filme, mas ele o acalmou dizendo-lhe que não se preocupasse, pois este não seria um filme clichê que lida erroneamente com a homossexualidade. Levine disse que o modo como o personagem fala deve-se muito à forma como a mãe deste falava e que ele não é travesti nem transsexual. "Ele estava atuando essas ideias, tentando incorporar várias personas e se viciou a ideia de vestir-se com peles de mulheres. Ele queria o poder de manter as mulheres em sua possessão.[147] Levine afirmou ter se sentido "louco" com cenas em que seu personagem trata Catherine como "apenas um objeto".[148] (57:16-58:50) "‘Buffalo Bill Is NOT Transgender’ Claims ‘Silence of the Lambs’ Actor – ScreenHub Entertainment"[120]

A casa de Gumb representa como funciona sua mente: quanto mais Clarice desce, ficando mais distante da superfície, mais obscura se mostra a mente dele.[37]

"Clarice igual mariposa"[15]

Análises[editar | editar código-fonte]

Ambos usam seus poderes de persuasão para escapar de suas armadilhas - Lecter é capaz de se livrar da praga na próxima cela, convencendo-o a engasgar com a própria língua, e Clarice é capaz de persuadir Lecter a ajudá-la na busca por o serial killer chamado Buffalo Bill. E ambos compartilham feridas de infância semelhantes. Lecter fica emocionado quando descobre que Clarice perdeu seus pais ainda jovem, foi enviado para parentes, era essencialmente um órfão não amado. E o próprio Lecter foi vítima de abuso infantil (na faixa de comentários do DVD, Demme diz que se arrepende de não enfatizar mais isso)...... Ele pode ser comparado, de fato, com outros monstros do cinema como Nosferatu, Frankenstein (especialmente em “ Noiva de Frankenstein ”), King Kong e Norman Bates. Eles têm duas coisas em comum: eles se comportam de acordo com suas naturezas e são incompreendidos.[123] "Seu Lecter é uma espécie de Sherlock Holmes satânico cujos espasmos de violência são ainda mais aterrorizantes porque emergem de uma máscara tão inteligente e refinada."[149]

“Houve muita preocupação com um retrato negativo da homossexualidade”, disse Levine. “Eu nunca pensei que Bill fosse gay. Ele era psicótico. E os críticos estavam por toda parte por isso, e outros se ofenderam com a caracterização disso. Mas o fato é que ele não estava interessado em pessoas de seu próprio gênero. Então, houve um pouco de medo de Jon em relação a isso, mas ele me apoiou muito e me deixou fazer o que eu fiz. "[150]

No entanto, essa dança não foi planejada , nem alguns dos adornos de Bill, como a tatuagem em seu peito e o piercing no mamilo. O roteirista Ted Tally ficou chocado quando finalmente viu esses momentos na tela. O ator de Buffalo Bill, Ted Levine, que havia feito muitas pesquisas para desenvolver o personagem, estava tão nervoso para filmar esta cena que ele realmente tirou fotos de tequila para passar por ela. O produtor Edward Saxon disse sobre a performance de Levine: "A cena exigiu muita coragem. Não estava no roteiro e, para mim, é uma cena muito comovente, identifica a dor e a psicologia distorcida desse personagem".[151]

E embora os defensores dos direitos das mulheres, como Betty Friedan, tenham feito objeções à premissa sinistra de vítimas femininas serem esfoladas vivas (com base nos crimes da vida real de Ed Gein, que também foi uma inspiração para "Psicose"), uma observação mais atenta revelará isso é provavelmente um dos filmes de terror com visão mais feminista já feito. Clarice é constantemente confrontada por homens que a olham maliciosamente, a rejeitam ou subestimam suas habilidades. Até mesmo seu mentor do FBI, Jack Crawford ( Scott Glenn ), está usando-a como isca para obter informações sobre o assassino. O único homem que não age dessa maneira é Lecter. No final, ela e a agressiva cativa de Brooke Smith , Catherine Martin, conseguem frustrar Buffalo Bill e se resgatar.[144]


Uma reencarnação do Drácula, ele personifica uma alta cultura auto-devoradora que se volta para sua própria ordem impecável. Mais assustadoramente, como um sumo sacerdote da religião do século vinte, a psicanálise, ele é realmente diabólico.[152]

É por isso que "Silêncio" é uma mudança tão importante, porque significa as mesmas coisas, mas você tem uma heroína feminina de verdade. Não se trata de esteróides e força, é sobre usar sua mente e usar suas insuficiências para combater o vilão. "

Gênero[editar | editar código-fonte]

O que você acha das pessoas que descrevem O silêncio dos inocentes como um filme de terror?[153]

Legado[editar | editar código-fonte]

O filme foi amplamente aclamado a quando da sua estreia. Os atores principais, Jodie Foster, Anthony Hopkins e Ted Levine foram igualmente bastante elogiados pelas suas atuações, sendo que o papel do psiquiatra canibal desempenhado por Hopkins recebeu o título de 'maior vilão da história', enquanto que o da jovem agente do FBI, Clarice Starling, desempenhado por Foster ocupa o 6º lugar na lista de 'maiores heróis', pelo American Film Institute[154]. O filme ocupa atualmente a 74.ª posição na lista dos 100 melhores filmes de sempre.[155] Devido à elevada qualidade das atuações, da direção de Demme, assim como por outros fatores largamente mencionados como a cinematografia, a trilha sonora e o enredo, o Silêncio dos Inocentes é extensamente citado como sendo um dos melhores filmes de sempre[156][157][158].

O filme influenciou Seven.[159] [160] The Celluloid Closet (aparece). // 2.º filme mais assustador de sempre.[161] 29.º The 101 Scariest Movies Ever Made.[162] Hopkins "a obra de melhor atuação dos anos 90". Em entrevistas, Foster indicou que, de todos os papéis que desempenhou em uma carreira que começou na infância, Clarice é a sua favorita.[116] THE 200 BEST HORROR MOVIES OF ALL TIME[163] O filme é um dos favoritos de Willie Geist.[66]

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Livros
Vídeos
  • Schwarz, Jeffrey (2001). Inside the Labyrinth: The Making of 'The Silence of the Lambs' [Dentro do Labirinto: o 'Making Of' de 'O Silêncio dos Inocentes'] (em inglês). Metro-Goldwyn-Mayer. Em cena em 61 min 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


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