As Filhas da Mãe

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As Filhas da Mãe
As Filhas da Mãe
Informação geral
Formato Telenovela
Gênero comédia romântica
Duração 50 minutos
Criador(es) Silvio de Abreu
Elenco
País de origem Brasil
Idioma original português
Episódios 125
Produção
Diretor(es) Jorge Fernando
Câmera multicâmera
Roteirista(s) Alcides Nogueira
Bosco Brasil
Sandra Louzada
Tema de abertura "Alô, Alô, Brasil", Eduardo Dussek[2]
Exibição
Emissora original TV Globo
Distribuição TV Globo
Formato de exibição 480i (SDTV)
Transmissão original 27 de agosto de 2001 – 19 de janeiro de 2002
Cronologia
Um Anjo Caiu do Céu
Desejos de Mulher

As Filhas da Mãe é uma telenovela brasileira produzida pela TV Globo e exibida de 27 de agosto de 2001 a 19 de janeiro de 2002 em 125 capítulos.[2] Substituiu Um Anjo Caiu do Céu e foi substituída por Desejos de Mulher, sendo a 62ª "novela das sete" exibida pela emissora.

Escrita por Silvio de Abreu, com a colaboração de Alcides Nogueira, Bosco Brasil e Sandra Louzada, teve direção de Marcelo Travesso e Marcus Alvisi. A direção geral e de núcleo foram de Jorge Fernando.[2]

Contou com as participações de Fernanda Montenegro, Francisco Cuoco, Cláudia Raia, Andréa Beltrão, Bete Coelho, Patrícya Travassos, Thiago Lacerda e Raul Cortez.[1]

Enredo[editar | editar código-fonte]

Na década de 60, Lucinda foi ludibriada, e trocou o amor de Arthur pelos falsos galanteios de Fausto, que passava a imagem de bom moço, mas na verdade era um grande pilantra. Após matar um homem que tentou estuprá-la em legítima defesa, ela teve que deixar o Brasil quando o próprio marido ameaçou incriminá-la pelo ocorrido para tomar posse dos seus bens. Em Hollywood, e sob o nome de Lulu de Luxemburgo, ela despontou como uma grande diretora de cinema, sendo premiada oito vezes com o Óscar. Após 35 anos, Lulu finalmente pôde voltar ao Brasil, ao lado da fiel assistente Milagros. Então descobre que seu ex-marido desapareceu misteriosamente após aplicar um golpe nos sócios, Arthur e Manolo Gutierrez. Porém ela terá que ficar cara-a-cara com suas três filhas, as quais ela abandonou nos primeiros anos de vida, e que só pensam em dinheiro.

Alessandra, a mais nova, sempre sonhou em se tornar uma grande escritora, mas nunca teve criatividade para desenvolver algo concreto, gastando todo o dinheiro que tinha durante os anos que morou em Roma. Tatiana, a irmã do meio, também não conseguiu se tornar diretora e, igualmente, gastou cada centavo, tendo passado os últimos anos trabalhando como vendedora de pipoca em Londres. Já a estilista de moda Ramona, a mais velha, nasceu Ramon e se descobriu transexual, mudando-se para Paris, onde fez a cirurgia de redesignação sexual sem que as irmãs soubessem, guardando o segredo até o dia de reencontrá-las. A vida delas vem abaixo quando elas descobrem que existe uma quarta herdeira, fruto de um relacionamento secreto do pai, Rosalva, uma pernambucana simples que nem imagina quem é o pai e que sua vida está prestes a mudar. Abalada com a morte do marido caminhoneiro Edmilson, e pela descoberta das inúmeras traições dele, ela cria com muito custo os quatro filhos: Pedro, Zeca, Amanda e Joana. Esta treina para ser boxeadora, contra a vontade da mãe, e desperta o interesse de Diego, filho de Manolo e o desgosto de sua vida, uma vez que o pai queria que ele lutasse boxe, mas o garoto sonha mesmo em se tornar estilista, chegando a trabalhar no ateliê de Ramona.

Manolo está mesmo às voltas com sua noiva, a ex-stripper Aurora, uma mulher cômica sem nenhum refinamento, que tenta se adequar à vida de emergente. Já Arthur nunca foi feliz no amor e, apesar de ser noivo de Valentine, nunca esqueceu Lulu e fica estremecido quando sabe de sua volta. Ele tem dois filhos: o modelo Ricardo e Leonardo, um homem extremamente machista e que adora demonstrar sua virilidade, contrastando este conservadorismo com o que sente por Ramona ao descobrir que ela é transexual. Quem fica de olho nas quatro irmãs é o ambicioso Adriano, afilhado de Fausto e que almeja se apoderar das empresas, nem que pra isso precise seduzir cada uma delas.

Elenco[editar | editar código-fonte]

Intérprete Personagem
Fernanda Montenegro Lucinda Maria Barbosa Cavalcante (Lulu de Luxemburgo)
Raul Cortez Arthur Brandão
Thiago Lacerda Adriano Araújo[3]
Cláudia Raia Ramona Barbosa Cavalcante / Ramón Barbosa Cavalcante
Alexandre Borges Leonardo Brandão[3]
Andréa Beltrão Tatiana Barbosa Cavalcante
Bete Coelho Alessandra Barbosa Cavalcante
Regina Casé Rosalva Rocha dos Anjos Cavalcante[4]
Tony Ramos Manolo Gutierrez[5]
Cláudia Ohana Aurora Áurea (Orora)
Reynaldo Gianecchini Ricardo Brandão[3]
Cláudia Jimenez Dagmar Cerqueira / Dadá Fortuna
Priscila Fantin Joana Rocha dos Anjos
Mário Frias Diego Gutierrez
Lavínia Vlasak Valentine Ventura
Tuca Andrada Nicolau Rocha (Nico)
Patrícya Travassos Milagros Quintana
Diogo Vilela Webster Pereira
Virgínia Cavendish Maria Leopoldina Pereira
Yoná Magalhães Violante Ventura
Cleyde Yáconis Georgina Gutierrez (Gorgo)
Flávio Migliaccio Barnabé
Elias Gleiser Deodoro Rocha (Seu Dedé)
Bruno Gagliasso José Carlos Rocha dos Anjos (Zeca)[6]
Pedro Garcia Netto Pedro Rocha dos Anjos
Viviane Novaes Érika
Lulo Scroback Waldeck Ventura
Nelson Xavier Mauro das Flores
Emiliano Queiroz João Alberto
Jacqueline Laurence Margot de Montparnasse
Cristina Pereira Divina
Nelson Freitas Clóvis
Gustavo Falcão Faísca
Marcelo Barros Polenta
Hilda Rebello Dona Geralda
Ana Beatriz Cisneiros Amanda Rocha dos Anjos
Felipe Latgé Felipe Augusto Pereira (Felipinho)
Isabella Cunha Maria Elizabeth Pereira
Samanta Precioso Mônica

Participações especiais[editar | editar código-fonte]

Intérprete Personagem
Francisco Cuoco Fausto Cavalcante
Fernanda Torres Lulu de Luxemburgo (jovem)
Cláudio Lins Fausto Cavalcante (jovem)
Henrique Taxman Artur Brandão (jovem)
Edson Celulari Edmilson Rocha
Rosamaria Murtinho Dona Cissa Italiana
Roberto Bataglin Mr. Andrews
Ana Carbatti Luzineide
Cláudia Lira Dalete
Henri Pagnoncelli Comendador Mengion
Maria Alves Jussara
Joana Medeiros Milena
Malu Valle Sandra
Mário Cardoso Dr. Aírton
Daniela Cicarelli Larissa
Henri Castelli Pércio
Norton Nascimento Investigador Marcelo
Bárbara Paz Caroline Alves
Isadora Ribeiro Madalena
Angelita Feijó Hudeny
Maurício Gonçalves Martinez
Silvio de Abreu Mestre de cerimônia do Oscar

Produção[editar | editar código-fonte]

As primeiras cenas da novela foram gravadas em Paris e Londres.

Originalmente a novela se chamaria A Incrível Batalha das Filhas da Mãe no Jardim do Éden, porém a direção considerou-a muito longa, abreviando para Filhas da Mãe no Jardim do Éden e, posteriormente, apenas As Filhas da Mãe, utilizando o original como subtítulo na abertura.[7]

Miguel Falabella escreveria a novela junto com Silvio de Abreu, uma vez que o projeto era focado na comédia e ele tinha uma vasta experiência no gênero, porém o autor teve que desistir da co-autoria quando Sai de Baixo foi solicitada para mais duas temporadas.[8]

A novela teve as primeiras cenas gravadas em Los Angeles, Paris, Londres e Roma, onde se davam as histórias iniciais das quatro principais personagens.[9]

Silvio citou como referência a novela O Sheik de Agadir, de 1966, para o mistério do sumiço de Fausto.[10]

A abertura era representada por bonecos marionetes, manipulados por membros da companhia teatral "O Navegante" e contando o enredo inicial da história. No começo de cada capítulo era mostrado um rap explicando o que tinha acontecido no dia anterior.

A novela foi aprovada para ter duzentos capítulos iniciais, com possibilidades de ampliação, dependendo da repercussão, uma vez que a emissora acreditava que o projeto tivesse o mesmo sucesso de Uga Uga. Porém, devido à baixa audiência, acabou sendo reduzida para 120 capítulos.[11] Desejos de Mulher, que estava planejada para estrear apenas em abril de 2002, teve que ser adiantada às pressas para cobrir o horário a partir de janeiro.[12]

Cenografia e figurinos[editar | editar código-fonte]

O bairro de Vila Havana foi inspirado na arquitetura de Santa Teresa, no Rio de Janeiro.

O figurino da personagem de Fernanda Montenegro foi inspirado na famosa colecionadora de arte Peggy Guggenheim, que marcou época com visuais exóticos.[2] Já o personagem de Tony Ramos teve o visual inspirado em uma mistura de Elvis Presley com o fator latin lover de Rudolph Valentino, enquanto Lavínia Vlasak usava peças sessentistas inspiradas nas clássicas peças românticas de Audrey Hepburn e nas coleções do estilista Hubert de Givenchy; Raul Cortez teve peças mais clássicas e sóbrias referenciadas pelos visuais refinados de Fred Astaire; Alexandre Borges incorporou não só o figurino, mas a personalidade sedutora de John F. Kennedy, Jr.; já Patricya Travassos apresentou uma mistura de cores latinas e floridas inspirada na pintora Frida Kahlo e na atriz Carmen Miranda.[2]

As peças da personagem de Cláudia Raia foram as mais complexas, compostas pelo figurinista Cao Albuquerque com uma equipe de três outros estilistas para criar um visual glamouroso e, ao mesmo tempo, moderno para que pudesse ser utilizado no dia-a-dia, tendo como referência a atriz italiana Sophia Loren.[2] Uma cidade cenográfica em uma área de 12 mil m² foi construida nos Estúdios Globo, dividido entre as moradias dos personagens, o resort Jardim do Éden e o fictício bairro paulistano de Vila Havana, inspirado em Santa Teresa, bairro do Rio de Janeiro, onde moravam as famílias dos personagens Manolo e Rosalra.[2]

Escolha do elenco[editar | editar código-fonte]

Luiz Fernando Guimarães foi convidado para interpretar Manolo, porém o ator optou por protagonizar o sitcom Os Normais, passando o personagem para Tony Ramos.[13] Sílvio escreveu a personagem Dagmar especialmente para Cláudia Jimenez, que só aceitou interpretá-la após confirmar que Miguel Falabella não seria co-autor, uma vez que os dois tinham uma relação estremecida na época.[14] A direção quis aproveitar o sucesso do casal formado por Priscila Fantin e Mário Frias – ele era o campeão de cartas da emissora – em Malhação e escalou-os novamente como principal par romântico jovem da trama.[15][16]

Música[editar | editar código-fonte]

Nacional[editar | editar código-fonte]

As Filhas da Mãe - Nacional
As Filhas da Mãe
Trilha sonora de Vários intérpretes
Lançamento Setembro de 2001
Gênero(s)
Duração 55:21
Idioma(s) Português. Inglês
Formato(s) CD
Gravadora(s) Som Livre

A primeira trilha sonora da telenovela foi lançada em setembro de 2001 pela Som Livre, mesclando músicas do repertório nacional com do internacional e trazendo na capa o logo de abertura.[17]

Lista de faixas
N.º TítuloMúsicaPersonagem tema Duração
1. "Ela é Bamba"  Ana CarolinaRosalva 3:43
2. "Acima do Sol"  SkankJoana e Diego 3:25
3. "Odara"  Lulo ScrobackWaldeck 3:31
4. "Primavera"  Maria BethâniaLulu e Arthur 3:16
5. "Sem Parar"  Gabriel, o PensadorTatiana 3:42
6. "Dream"  John PizzarelliRicardo 3:20
7. "Janela Indiscreta"  Lulu SantosLeonardo 3:47
8. "Química Perfeita"  Banda Eva e NetinhoManolo e Aurora 3:45
9. "São Paulo-SP"  Fernanda AbreuGeral 3:45
10. "Os Olhos do Meu Amor"  Sylvia MassariRicardo e Dagmar 3:20
11. "Orora"  ExaltasambaAurora 3:24
12. "You Don't Know Me"  Diane Schuur & B.B. KingRamona e Leonardo 3:15
13. "Mero Detalhe"  LenineAdriano 3:31
14. "Fuck the Fashion"  VinnyAlessandra 3:38
15. "Dancing in the Dark"  Diana KrallLulu e Arthur 3:27
16. "Vai Pegar"  Zé RicardoWebster 3:31
17. "Alô Alô Brasil"  Eduardo DussekAbertura 3:11

Internacional[editar | editar código-fonte]

As Filhas da Mãe - Internacional
As Filhas da Mãe
Trilha sonora de Vários intérpretes
Lançamento 18 de setembro de 2001
Gênero(s)
Duração 52:11
Idioma(s) Inglês. Português
Formato(s) CD
Gravadora(s) Som Livre

A segunda trilha sonora da telenovela foi lançada em 18 de setembro de 2001 pela Som Livre, mesclando músicas do repertório nacional com do internacional e trazendo Reynaldo Gianecchini estampando a capa.[18]

Lista de faixas
N.º TítuloMúsicaPersonagem tema Duração
1. "Mirame a Los Ojos"  Paulina RubioMilagros 3:43
2. "When You Told Me You Loved Me"  Jessica SimpsonValentine 3:25
3. "Me, Myself & I"  Jive JonesPedro e Érika / Zeca e Érika 3:31
4. "Emotion"  Destiny's ChildRicardo e Valentine 3:16
5. "Baila Sexy Thing"  ZuccheroAlessandra 3:42
6. "I Believe in You"  Joe e 'N SyncNico e Rosalva 3:20
7. "Eternal Flame"  Atomic KittenJoana e Diego 3:47
8. "Your Song"  Billy PaulGeral 3:45
9. "Dance Anymore"  Double YouAdriano 3:45
10. "Pra Você Eu Digo Sim"  Rita LeeLulu e Arthur 3:20
11. "Se Nos Muere El Amor"  Ricardo ArjonaViolante e Barnabé 3:24
12. "Addicted To Love"  Adriana MezzadriViolante 3:15
13. "Colo de Menina"  RastapéRosalva 3:31
14. "Selfish"  'N SyncWebster 3:38
15. "Hero"  Enrique IglesiasRamona e Leonardo 3:27
16. "The Land"  IbizaGeral 3:31

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

Classificação indicativa[editar | editar código-fonte]

O Ministério da Justiça tentou bloquear a novela de ser exibida antes das 20h, alegando que a temática da transexualidade era muito delicada para se tratar em um horário assistido por crianças e adolescentes.[19] Cláudia Raia, intérprete da personagem, considerou a decisão discriminatória com as transexuais, uma vez que a personagem nem sequer abordaria a redesignação sexual ou temáticas sobre sexo, alegando que programas com alto teor sexual cisgênero eram exibidos livremente em qualquer horário: "É uma hipocrisia só. Todos os domingos a gente vê bundas em profusão na tevê e ninguém fala nada. Ramona é a mocinha. É como se ela fosse a Regina Duarte da novela"[20]. Pouco tempo antes da estreia, a novela foi liberada para o horário[21].

Declarações contra as classes D e E[editar | editar código-fonte]

A recepção desastrosa de As Filhas da Mãe fez com que o autor Silvio de Abreu fizesse declarações públicas controversas. Durante entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Silvio alegou que a baixa audiência da novela devia-se às classes D e E, que não se preocupavam em opções de qualidade: "O que para as classes A e B é estimulante e positivo, para a D é incompreensível: todo o "feedback" que eu tinha de conhecidos era de que a novela era uma maravilha, quando vi as pesquisas, caí do cavalo. O problema da TV é que quem manda na audiência é uma maioria que só busca entretenimento, uma imensidão de gente que consome sandalinha, biscoito, cerveja e móveis pagos em 538 prestações".[22] Além disso, autor também alegou que seu texto era muito sofisticado para uma população com baixo nível intelectual: "Eu queria fazer algo mais sofisticado, o público não entendia nada da novela. Não sabem o que é Óscar, Hollywood ou transexual, não têm referências, e, mesmo que eu explicasse, continuariam não entendendo. Não há compreensão intelectual".[22][23] Logo após o fim da novela, Silvio preparou um workshop para discutir metodos de trabalho sobre o controverso tema de "Como aumentar a audiência sem apelar para o populacho".[24] As declarações do autor contrastavam, ironicamente, com a exibição da "novela das oito" Porto dos Milagres na mesma época, pautada em personagens humildes e temáticas extremamente populares e fora do luxo, cuja audiência batia os 65 pontos.[25]

Audiência[editar | editar código-fonte]

O primeiro capítulo marcou 39 pontos, com picos de 42, mantendo a mesma média da estreia da telenovela anterior, Um Anjo Caiu do Céu.[26] Porém, logo nos primeiros dias a trama começou a perder audiência, fechando a primeira semana com 31 pontos de média, cinco a menos que a novela anterior e dez a menos do que Uga Uga marcava um ano antes.[27]

As Filhas da Mãe sofreu perda de audiência causada por fatos ocorridos, que fizeram a novela perdesse público para os programas policiais exibidos por outras emissoras no mesmo horário. Logo no segundo dia da novela, deu-se o desfecho do sequestro de Patrícia Abravanel, filha de Silvio Santos, o que fez com que os telespectadores migrassem para os programas policiais exibidos pelo SBT e RecordTV. Na terceira semana de exibição da novela aconteceram os Ataques Terroristas de 11 de Setembro nos Estados Unidos, aí as atenções se voltaram para esse acontecimento, que contribuiu novamente para a queda da audiência da novela.[28]

Após duas semanas a novela já marcava 29 pontos apenas, se tornando a trama menos vista da emissora, atrás de Malhação[27] Em novembro, dois meses após a estreia, a trama mantinha médias entre 25 e 27 pontos.[29] Por esse fato a emissora decidiu encurtar drasticamente a novela – que tinha previsão inicial de 200 capítulos com possibilidades de ser esticada até 250 – para encerrá-la com 125 capítulos e quatro meses antes do previsto, o que fez com que sua sucessora tivesse que ser adiantada às pressas.[30] As Filhas da Mãe só não se tornou a telenovela menos assistida da TV Globo durante sua exibição pelo fato da emissora passar por uma situação pior ainda com a "novela das seis", A Padroeira, que chegava a amargar 19 pontos.[31] Na reta final, porém, a novela chegou a atingir também 19 pontos e sua média semanal ficava entre 20 e 25 pontos, números nunca antes atingidos por uma novela das sete.[32] O último capítulo surpreendeu e marcou 37 pontos.[33] As Filhas da Mãe teve média geral de 28 pontos, a menor registrada na história do horário em 31 anos, desde Pigmalião 70, sendo superada em 2005, por Bang Bang e considerado muito insatisfatório, uma vez que a emissora tinha a meta de 35 para o horário.[34]

Reprises[editar | editar código-fonte]

O compacto da novela foi exibido dentro do programa Vídeo Show, no quadro Novelão, em 5 capítulos exibidos de 4 de março de 2013 a 8 de março de 2013.[35]

A novela está atualmente sendo reapresentada com sucesso pela Globo Portugal desde 28 de agosto de 2023.[36]

Prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]

Ano Prêmio Categoria Indicação Resultado Ref.
2001 Troféu APCA Melhor Ator Tony Ramos Venceu [37]
Melhores do Ano Melhor Atriz Fernanda Montenegro Indicado
Melhor Ator Raul Cortez
Melhor Atriz Coadjuvante Cláudia Raia
Melhor Ator Coadjuvante Alexandre Borges Venceu
2002 Troféu Imprensa Melhor Ator Tony Ramos [38]
Prêmio Contigo! Melhor Atriz Fernanda Montenegro Indicado
Melhor Ator Tony Ramos
Melhor Atriz Infantil Ana Beatriz Cisneiros
Melhor Par Romântico Alexandre Borges e Cláudia Raia

Referências

  1. a b Redação Folha Online (24 de agosto de 2001). «Conheça os personagens de "As Filhas da Mãe"». Folha de S.Paulo. Consultado em 24 de julho de 2018. Arquivado do original em 2 de abril de 2018 
  2. a b c d e f g Memória Globo (julho de 2010). «As Filhas da Mãe - Trama Principal». Rede Globo. Memoriaglobo.globo.com. Consultado em 21 de janeiro de 2014 
  3. a b c Franca, Luciana (27 de agosto de 2001). «A constelação de As Filhas da Mãe». Isto É Gente Online. Exclusivo.terra.com.br 
  4. Redação Globo.com (8 de julho de 2009). «Conheça as mil faces de Regina Casé na tela da Rede Globo». TV Globo 
  5. Redação Contigo! Online (julho de 2010). «Perfil Tony Ramos». Revista Contigo! Online. Contigo! 
  6. Felícia, Carla (27 de janeiro de 2003). «Revelação: Bruno Gagliasso - Frutos do sucesso». Revista Isto É Gente. Terra Networks 
  7. «Zapping Fernando Miragaya». Folha de Londrina. 4 de abril de 2001. Consultado em 1 de abril de 2018 
  8. «"Já fui até go go boy"». Terra. Consultado em 1 de abril de 2018 
  9. «Bete Coelho acerta contas com a televisão». Folha de S.Paulo. 27 de junho de 2001. Consultado em 1 de abril de 2018 
  10. «Novela: "As Filhas da Mãe" busca opção ao óbvio». Folha de S.Paulo. Consultado em 1 de abril de 2018 
  11. «Novela 'As Filhas da Mãe' será encurtada». Diário do Grande ABC. Consultado em 1 de abril de 2018 
  12. «Desejos de Mulher é "novelão" adaptado para as 19h». Terra. Consultado em 1 de abril de 2018 
  13. «Globo imita SBT e cria seu 'Show do Milhão'». Observatório da Televisão. Consultado em 1 de abril de 2018 
  14. «"Nunca vivi um romance com um homem"». Terra. Consultado em 1 de abril de 2018 
  15. «Cobiçado pelas moças». Terra. Consultado em 1 de abril de 2018 
  16. «Galã em ascensão». O Mossoroense. Consultado em 1 de abril de 2018 
  17. «O Beijo do Vampiro - Nacional». Teledramaturgia. Consultado em 18 de março de 2018 
  18. «As Filhas da Mãe: Volume 2». Teledramaturgia. Consultado em 18 de março de 2018 
  19. «Transexual opõe Globo e governo». Folha de S.Paulo. 3 de junho de 2001. Consultado em 26 de junho de 2021 
  20. «Depois do susto, Cláudia Raia está pronta para viver transexual». Terra. 1 de setembro de 2001. Consultado em 26 de junho de 2021 
  21. «Transexual pode, sem glamour». Folha de S.Paulo. 10 de junho de 2001. Consultado em 26 de junho de 2021 
  22. a b «"Se não tem sexo, ninguém assiste"». Folha de S.Paulo. Consultado em 1 de abril de 2018 
  23. «15 novelas problemáticas que a Globo prefere esquecer». UOL. Consultado em 1 de abril de 2018 
  24. «Para Globo, foi "êxito total"». Folha de S.Paulo. Consultado em 1 de abril de 2018 
  25. Jorge Brasil; Fábio Dobbs. «Porto dos Milagres bate recorde de audiência das 20h». Babado IG. Consultado em 10 de setembro de 2015 
  26. «'As Filhas da Mãe' estréia com média de 39 pontos no Ibope». Diário do Grande ABC. 28 de agosto de 2001. Consultado em 26 de julho de 2015 
  27. a b Daniel Castro (10 de setembro de 2001). «Apesar do elenco, "As Filhas da Mãe" empaca no Ibope». Folha de S>paulo. Consultado em 26 de julho de 2015 
  28. Xavier, Nilson. «As Filhas da Mãe». Teledramaturgia. Consultado em 12 de julho de 2023 
  29. «"As Filhas da Mãe" deve sair do ar três meses antes do previsto». Folha de S.Paulo. Consultado em 31 de março de 2018 
  30. Daniel Castro (24 de novembro de 2001). «Globo antecipa final de "As Filhas da Mãe"». Folha de S.Paulo. Consultado em 26 de julho de 2015 
  31. Daniel Castro (20 de agosto de 2001). «"A Padroeira" tem menos Ibope do que "Malhação"». Folha de S.Paulo. Consultado em 26 de julho de 2015 
  32. «"O Clone" bate recorde em pleno terremoto». Folha de S.Paulo. Consultado em 31 de março de 2018 
  33. «Saiba a audiência do último capítulo de Haja Coração». O Fuxico. Consultado em 31 de março de 2018 
  34. Feltrin, Ricardo (18 de setembro de 2008). «Ibope de novelas desaba na Globo». Terra Gente & Tv. Noticias.uol.com.br. Consultado em 26 de julho de 2015 
  35. Vídeo Show | Próximo Novelão será As Filhas da Mãe | Globoplay, consultado em 14 de dezembro de 2023 
  36. Chamada: As Filhas Da Mãe: Primeira Chamada De Estréia Na Globo Portugal; canal Guga, no Youtube.
  37. Redação APCA (27 de janeiro de 2003). «Os Melhores da APCA - Premiados de 2001». Associação Paulista de Críticos de Arte. Apca.org.br 
  38. Redação Terra (9 de março de 2008). «Silvio Santos anuncia melhores de 2007 com Troféu Imprensa». Terra Gente & Tv. Exclusivo.terra.com.br 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]