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Linha 7 do Trem Metropolitano de São Paulo

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Predefinição:CPTM/LinhaA7

A Linha 7–Rubi da CPTM compreende o trecho definido entre as estações Brás e Francisco Morato e sua extensão, entre as estações Francisco Morato e Jundiaí. Foi construída pela extinta São Paulo Railway, sendo inaugurada em 16 de fevereiro de 1867. Até março de 2008, denominava-se Linha A–Marrom.[1]

É a linha mais longa da CPTM e de toda a rede metro-ferroviária de São Paulo, com 62,7 quilômetros de extensão (da Estação Brás até Jundiaí).[2][3] É também a única linha da CPTM que possui estações fora da Região Metropolitana de São Paulo (as estações Jundiaí, Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista e Botujuru, que ficam na Aglomeração Urbana de Jundiaí). O trecho da linha entre as cidades de Jundiaí e São Paulo juntamente com a continuação pela Linha 10 da CPTM entre São Paulo e Rio Grande da Serra, correspondem aos trechos ferroviários mais antigos do estado que ainda se encontram em operação, já que ambos formavam uma única linha pertencente à São Paulo Railway, posteriormente Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, a primeira ferrovia do estado.

Histórico

Antiga Estação Franco da Rocha.

A linha foi construída pela extinta São Paulo Railway (SPR), posteriormente Estrada de Ferro Santos-Jundiaí (EFSJ), tendo sido inaugurada em 16 de fevereiro de 1867. A linha é considerada "um dos marcos iniciais do desenvolvimento da cidade de São Paulo".[4] No início do século 20, graças à construção de várias estações intermediárias entre as originais da SPR, iniciou-se a circulação de trens de subúrbio, inicialmente até Pirituba. Na década de 1940, a linha seria eletrificada, mas continuou a prestar serviços com carros de madeira puxados por locomotivas até 1957, quando a Santos–Jundiaí adquiriu os primeiros TUEs da antiga série 101 (posteriormente Série 1100 da CPTM).

Em 1975, a linha passou a ser administrada diretamente pela Rede Ferroviária Federal (RFFSA), que desde 1957 tinha a Santos–Jundiaí como uma de suas subsidiárias. Em 1984, passou para a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que herdou todo o serviço de trens metropolitanos da rede, serviço este que seria estadualizado em 1994, passando para as mãos da recém-fundada Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Em abril de 2010, a Prefeitura de São Paulo anunciou uma operação urbana margeando a Linha 7, na tentativa de atrair investimentos para as regiões da Lapa e do Brás, então ocupadas por diversos galpões e terrenos abandonados, as últimas grandes áreas ociosas da cidade.[4] As regiões somam 135 mil moradores, mas a expectativa era de atrair quatrocentos mil novos ao longo dos vinte anos seguintes.[4]

Percurso

Mapa da Linha 7–Rubi em 2007.

A Linha 7 atende a circulação entre as estações Brás e Jundiaí,[5] passando pelos municípios de Caieiras, Franco da Rocha, Francisco Morato, Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista — estas duas últimas já fora da Região Metropolitana de São Paulo. O trajeto é feito em duas "pernas", com transferência livre em Francisco Morato. Esta sub-região metropolitana apresenta topografia muito acidentada (Serra dos Cristais), sendo que os núcleos urbanizados foram se localizando ao longo da ferrovia, como bairros dormitórios, devido a dificuldades locacionais para instalações industriais ou geradoras de emprego. Tem como ligação por rodovia de acesso, a SP-332, antiga ligação entre São Paulo e Campinas.

Quando passou a ser uma linha separada, a linha atendia apenas o trecho entre Luz e Jundiaí, mas em outubro de 2019 a CPTM prolongou o percurso até a Estação Brás, usando ali a plataforma 2, que fora usada pela Linha 10–Turquesa (que atualmente parte da plataforma 1). Essa mudança é feita apenas em dias úteis, sendo que, nos finais de semana e feriados, o percurso compreende o trecho entre Jundiaí e Luz.[5][6] Anteriormente, o percurso até a Estação Brás ocorria apenas em necessidades operacionais,[7][8] embora a CPTM tenha utilizado o trajeto entre Brás e Francisco Morato durante um certo período, quando, em 2001, transformou temporariamente a Estação Barra Funda em terminal da linha.[9]

Em parte do trecho inicial da linha, entre Bom Retiro e Lapa, ela corre ao lado da Linha 8–Diamante, com um desvio de integração ainda ativo, nos fundos do Pátio da Lapa.

A linha até hoje possui estações originais da SPR, algumas com prédios construído ainda no século XIX, como Caieiras, Perus e Jaraguá. Esta última tem as duas plataformas existentes (uma para cada sentido) em pontos diferentes da linha e não uma em frente à outra, sendo separadas por uma passagem de nível. O trajeto também passa por um túnel (de duas galerias), entre as estações Francisco Morato e Botujuru, e ainda possui duas vias auxiliares com trilhos originais da Santos–Jundiaí, pouco antes da Estação Perus, e logo após a Estação Água Branca.

Em setembro de 2018, foi anunciada a possibilidade da extensão do percurso até o município de Campinas, com previsão de início para 2019,[10][11] porém o projeto foi adiado para 2021.[12]

Características

Brás–Francisco Morato Francisco Morato–Jundiaí
Extensão 41,2 km 21,5 km
Média de passageiros transportados/dia[13] 435.000 35.000
Intervalo entre trens (pico) 6 min 11 min
Quantidade de estações 15 5
Trens (hora pico) 22 5
Tempo de percurso 56 min 25 min
Distância média entre estações 3.247m 5.381m
Oferta de lugares no pico 14.220 2.438
Velocidade máxima 90 Km/h 70 Km/h
Passagens em nível 1 Nenhuma

Estações

Sigla Estação Município Observações MDU (10/2018)[14]
BAS Brás São Paulo Integração gratuita com as linhas 3–Vermelha, 10–Turquesa, 10–Turquesa Expresso Linha 10+, 11–Coral, 12–Safira e 13–Jade Connect. 165 611
LUZ Luz São Paulo Integração gratuita com as linhas 1–Azul, 4–Amarela, 10–Turquesa Expresso Linha 10+ e 11–Coral, e tarifada com a linha 13–Jade Airport Express. 146 071
BFU Palmeiras–Barra Funda São Paulo Integração gratuita com as linhas 3–Vermelha e 8–Diamante.
Acesso ao Terminal Rodoviário da Barra Funda.
166 878
ABR Água Branca São Paulo Futura integração com as linhas 6–Laranja e 8–Diamante.[carece de fontes?] 8 213
LPA Lapa São Paulo Futura integração com a Linha 8–Diamante.[carece de fontes?] 32 306
PQR Piqueri São Paulo 6 695
PRT Pirituba São Paulo 16 743
VCL Vila Clarice São Paulo 4 172
JRG Jaraguá São Paulo 17 681
VAU Vila Aurora São Paulo 9 087
PRU Perus São Paulo 22 887
CAI Caieiras Caieiras 13 693
FDR Franco da Rocha Franco da Rocha 22 914
BFI Baltazar Fidélis Franco da Rocha 8 874
FMO Francisco Morato Francisco Morato Integração gratuita com a Extensão Operacional para Jundiaí. 34 284

Extensão operacional

Os trens que vêm da Luz param em Francisco Morato e voltam para a Luz. Para prosseguir até Jundiaí, é necessária baldeação. O trecho entre Francisco Morato e Jundiaí é feito por menos trens e com maiores intervalos. A partir do dia 9 de novembro de 2009, alguns trens (fora dos horários de pico e em caráter experimental) passaram a fazer o percurso completo Luz-Jundiaí e Jundiaí-Luz.[15]

Sigla Estação Município Observações MDU (10/2018)[14]
FMO Francisco Morato Francisco Morato Integração gratuita com o trecho principal da Linha 7–Rubi. 34 284
BTJ Botujuru Campo Limpo Paulista 1 697
CLP Campo Limpo Paulista Campo Limpo Paulista 3 954
VPL Várzea Paulista Várzea Paulista 1 855
JUN Jundiaí Jundiaí 8 323

MDU = média de passageiros embarcados por dia útil em cada estação, desde o início do ano. Nas estações com duas ou mais linhas o MDU representa a totalidade de passageiros embarcados na estação, sem levar em conta qual linha será utilizada pelo usuário.

Galeria

Referências

  1. «Linhas da CPTM ganham novos nomes». Governo do Estado de São Paulo. 3 de abril de 2008. Consultado em 26 de junho de 2018 
  2. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome extensão
  3. «Linha 7-Rubi da CPTM passa a operar de Jundiaí até a estação Brás nesta segunda». G1. 28 de outubro de 2019. Consultado em 3 de novembro de 2019 
  4. a b c Rodrigo Brancatelli (30 de abril de 2010). «Capital vai recuperar margens de ferrovia». Jornal da Tarde (14 494). São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. pp. 6A. ISSN 1516-294X. Consultado em 2 de maio de 2010 
  5. a b «CPTM confirma Linha 7-Rubi indo até a estação Brás». Metrô CPTM. 25 de outubro de 2019. Consultado em 26 de outubro de 2019 
  6. Adamo Bazani (25 de outubro de 2019). «Trens da Linha 7-Rubi prestará serviços até a Estação Brás a partir de segunda (28)». Diário do Transporte. Consultado em 25 de outubro de 2019 
  7. «Trens da CPTM funcionam normalmente nesta quinta-feira». Metrô Jornal. 17 de janeiro de 2018. Consultado em 27 de maio de 2018 
  8. «Estações do Metrô de São Paulo fecham para testes no fim de semana». Diário do Transporte. 23 de março de 2018. Consultado em 27 de maio de 2018 
  9. «CPTM muda temporariamente trajeto da Linha A (Brás-Francisco Morato)». Governo do Estado de São Paulo. 14 de setembro de 2001 
  10. Lobo, Renato (4 de setembro de 2018). «Marcio França anuncia trem da CPTM entre a Luz e Campinas». Via Trólebus. Consultado em 7 de setembro de 2018 
  11. Leandro Las Casas (4 de setembro de 2018). «França anuncia projeto de trem entre Campinas e São Paulo». Portal CBN. Consultado em 7 de setembro de 2018 
  12. «Governo Doria quer início de obras de trem para Campinas em 2021». Folha de S.Paulo. 31 de outubro de 2019. Consultado em 31 de dezembro de 2019 
  13. «CPTM conclui entrega dos novos trens para a Linha 7-Rubi | CPTM». www.cptm.sp.gov.br. Consultado em 7 de dezembro de 2019 
  14. a b «Tabela Novos Negocios Agosto 2018» (PDF). CPTM. Consultado em 8 de agosto de 2018. Cópia arquivada (PDF) em 18 de julho de 2018 
  15. «Novo esquema da CPTM fará viagens diretas entre as estações Luz e Jundiaí». Governo do Estado de São Paulo. 4 de novembro de 2009 

Ver também

Ligações externas

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