Tocantins: diferenças entre revisões
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Revisão das 12h25min de 8 de março de 2012
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Estado do Tocantins | |
Lema: Co yvy ore retama (traduzido da língua tupi, significa: "Esta terra é nossa"[1]) | |
Hino: s:Hino do estado do Tocantins|Hino do estado do Tocantins | |
Gentílico: tocantinense | |
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Localização | |
- Região | Norte |
- Estados limítrofes | Maranhão (NE), Piauí (L), Bahia (SE), Goiás (S), Mato Grosso (SO) e Pará (NO) |
- Municípios | 139 |
Capital | Palmas |
Governo | |
- Governador(a) | José Wilson Siqueira Campos (PSDB) |
- Vice-governador(a) | João Oliveira (PSD) |
- Deputados federais | 8 |
- Deputados estaduais | 24 |
- Senadores | João Ribeiro (PR) Kátia Abreu (PSD) Vicentinho Alves (PR) |
Área | |
- Total | 277 620,914 km² (10º) [2] |
População | 2010 |
- Estimativa | 1 383 453 hab. (24º)[3] |
- Densidade | 4,98 hab./km² (22º) |
Economia | 2007 |
- PIB | R$ 11 094 000 000,00 (24º) |
- PIB per capita | R$ 8 921,00 (16º) |
Indicadores | 2008[4] |
- Esperança de vida ({{{esp_vida_ano}}}) | 71,6 anos (16º) |
- Mortalidade infantil ({{{mort_infantil_ano}}}) | 26,4‰ nasc. (17º) |
- IDH (2005) | 0,756 (15º) – alto [5] |
Fuso horário | UTC−3 |
Clima | Tropical seco e tropical úmido Aw, Am |
Cód. ISO 3166-2 | BR-TO |
Site governamental | http://portal.to.gov.br/ |
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![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/14/Pal%C3%A1cio_Araguaia_em_Palmas%2C_Tocantins%2C_Brasil.jpg/220px-Pal%C3%A1cio_Araguaia_em_Palmas%2C_Tocantins%2C_Brasil.jpg)
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/10/Assembleia_Legislativa_do_Tocantins_em_Palmas.jpg/220px-Assembleia_Legislativa_do_Tocantins_em_Palmas.jpg)
O Tocantins é uma das 27 unidades federativas do Brasil, sendo o seu mais novo estado. Está localizado a sudeste da Região Norte e tem como limites o Maranhão a nordeste, o Piauí a leste, a Bahia a sudeste, Goiás a sul, Mato Grosso a sudoeste e o Pará a noroeste. Ocupa uma área de 277 620 km², pouco maior que o Equador, Burkina Faso e Nova Zelândia. Sua capital é a cidade planejada de Palmas. Na bandeira nacional e no selo nacional do Brasil, o Tocantins é representado pela estrela Adhara (ε Canis Majoris).
As maiores cidades do estado são respectivamente: Palmas, Araguaína, Gurupi, Porto Nacional e Paraíso do Tocantins. Juntas, estas cinco cidades abrigavam, em 2009, cerca de 39,71 por cento da população total do estado.[6] O relevo apresenta chapadas ao centro, ao sul e ao leste, a Serra Geral a sudeste, a Serra das Traíras (ou das Palmas) ao sul, e a planície do Araguaia, com a Ilha do Bananal, nas regiões norte, oeste e sudoeste. São importantes o Rio Tocantins (incluindo o Rio Maranhão), o Rio Araguaia, o Rio Javaés, o Rio do Sono, o Rio das Balsas, o Rio Manuel Alves e o rio Paranã. O clima é tropical. Veja lista de rios do Tocantins.
A economia se baseia no comércio, na agricultura (arroz, milho, feijão, soja, melancia), na pecuária e em criações.
Topônimo
"Tocantins" é um termo oriundo da língua tupi que significa "bico de tucano", através da junção dos termos tukana ("tucano") e tim ("bico")[7].
TCHÊLE TCHÊLE TCHÊLE DESCASCA A BANANA COM OS OLHOS
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Estado de Goiás
O estado de Goiás tinha uma região geográfica extensa e uma grande diferença no modo de vida dos habitantes das regiões ao norte e ao sul do estado[carece de fontes].
Sendo a capital Goiânia localizada mais a sul, e com a construção de Brasília, o sul de Goiás rapidamente se desenvolveu, se tornando uma região próspera e rica, com grande ênfase na indústria e no agronegócio, um estado promissor a novos investimentos, com grandes usinas hidrelétricas em construção e em projeto, como em Itumbiara, Cachoeira Dourada e Serra da Mesa. Assim, a região sul de Goiás se desenvolvia a todo vapor.
Norte de Goiás
Devido à distância e a terras com pouca cultura e pela falta de tecnologia para cultivos agrícolas, a região norte goiana sempre se tornou atrasada em relação ao resto do estado. Assim, a população e autoridades dessa região, preocupadas com o desenvolvimento, decidiram não mais brigar para que o governo de Goiás olhasse para o norte: optaram por se libertarem e constituírem um novo estado brasileiro. Daí, nasceu a ideia do que, futuramente, viria a ser o estado do Tocantins.
Primeiros movimentos emancipacionistas
Em 1821, Joaquim Teotônio Segurado chegou a proclamar um governo autônomo, mas o movimento foi reprimido e a luta pela emancipação do norte goiano ficou estagnada até que em 13 de maio de 1956 Feliciano Machado Braga, juiz de Direito de Porto Nacional juntamente com Fabrício César Freire, Osvaldo Cruz da Silva, João Matos Qunaud, Dr. Francisco Mascarenhas e Dr. Severo Gomes, lançou o "Movimento Pró-Criação do Estado do Tocantins" como uma expressão do desejo emancipacionista do norte de Goiás. Formaram-se comissões para estudar as formas de implantação do novo estado, sendo criados, então uma bandeira e hino. Durante quatro anos, foram realizadas paradas cívicas no dia 13 de maio alusivas à data de lançamento do movimento.
Em sinal de sua dedicação à causa, o juiz Feliciano Machado Braga passou a despachar documentos oficiais como: "Porto Nacional, Estado do Tocantins".
Repressão do Governo de Goiás
O juiz Feliciano Machado Braga foi transferido de Porto Nacional e, assim, o movimento perdeu sua força e seu líder.
Os Conflitos Agrários
A ocorrência de intensos conflitos agrários na região do Bico do Papagaio, na divisa entre o norte de Tocantins, o Pará e o Maranhão, a partir de 1960, alimentou a causa dos que defendiam a emancipação da região, ao longo das décadas seguintes.
O Veto de José Sarney
Em 1982, circulou um rumor segundo o qual o governo federal estaria disposto a criar o "Território Federal do Tocantins" de modo a contrabalançar a influência do Partido do Movimento Democrático Brasileiro na Região Norte do país, visto que a legenda oposicionista conquistou os governos do Amazonas, Pará e Acre, restando ao Partido Democrático Social o controle, por nomeação presidencial, do estado de Rondônia e dos territórios federais do Amapá e Roraima. Tal alarido logo foi desmentido. Entretanto, o movimento autonomista já havia se articulado e, em 1985, o Senador Benedito Ferreira(PFL-Goiás) , também conhecido por Benedito Boa Sorte em 1985 protocolou no Senado Federal um projeto de lei para criar o Estado do Tocantins, este sob o número Nº 201. Depois de ter seu projeto vetado pelo presidente Sarney, o deputado federal José Wilson Siqueira Campos (Partido Democrático Social-Goiás) apresentou, ao Congresso Nacional, um projeto de lei criando o estado do Tocantins. Aprovado pelos parlamentares em março, foi encaminhado ao presidente José Sarney[8] que o vetou em 3 de abril de 1985. Sarney afirmou na época, que tal matéria deveria ser submetida à Constituinte, que elaboraria a nova Constituição nacional.
Constituição de 1988
Uma nova tentativa de emancipação foi durante a Assembleia Nacional Constituinte, que estabeleceu, no Artigo 13 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, as condições para a criação do novo estado no bojo de uma reforma que extinguiu os territórios federais existentes e concedeu plena autonomia política ao Distrito Federal.
Em 5 de outubro de 1988, o norte de Goiás finalmente foi emancipado, passando a se chamar Tocantins. Em 1º de janeiro de 1989, a Unidade Federativa do Tocantins foi oficialmente instalada.
O girassol tornou-se a planta-símbolo do estado. Sua flor amarela, aberta em várias pétalas, simboliza o sol que nasce para todos. As cores oficiais do estado são o amarelo, o azul e o branco.
Subdivisões
O Tocantins é dividido em duas mesorregiões e oito microrregiões.
Posição | Nome da Microrregião | Área em km² | População | Número de Municípios |
---|---|---|---|---|
01 | Bico do Papagaio | 15 767,856 km² | 198 388 | 25 |
02 | Araguaína | 26 493,499 km² | 260 498 | 17 |
03 | Miracema do Tocantins | 34 721,860 km² | 145 535 | 24 |
04 | Jalapão | 53 416,435 km² | 65 705 | 15 |
05 | Porto Nacional | 21.197,989 km² | 304 110 | 11 |
06 | Rio Formoso | 51 405,340 km² | 112 020 | 13 |
07 | Gurupi | 27 445,292 km² | 127 816 | 14 |
08 | Dianópolis | 47 172,643 km² | 118 377 | 20 |
Total | 277 621,858 km² | 1 383 453 | 139 |
Municípios
Geografia
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a0/Jalap%C3%A3o.jpg/220px-Jalap%C3%A3o.jpg)
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b0/Ilha_do_bananal.svg/220px-Ilha_do_bananal.svg.png)
Vegetação
A vegetação do Tocantins é bastante variada; apresenta desde o campo cerrado, cerradão, campos limpos ou rupestres a floresta equatorial de transição, sob forma de "mata de galeria", extremamente variada.
A vegetação é o espelho do clima. Em área, o cerrado ocupa o primeiro lugar no estado do Tocantins. As árvores do cerrado estão adaptadas à escassez de água durante uma estação do ano. Caracterizam-se por uma vegetação campestre, com árvores e arbustos esparsos, útil à criação extensiva do gado, por ser uma vegetação de campos naturais, em espécie vegetal dos diferentes tipos de cerrado.
- Cerrado – Árvores de pequeno porte, poucas folhagens, raízes longas adequadas à procura de água no sub-solo, folhas pequenas duras e grossas, ciando grande parte na Estação seca. As espécies nativas mais comuns são: pau-terra, pau-santo, barbatimão, pequi, araticum e murici.
- Campo sujo – Uma divisão do cerrado, que apresenta árvores bastante espaçadas uma das outras e, às vezes, em formação compacta. Ex: lixeira, gramínea etc.
- Campo limpo – Caracteriza-se por se constituir uma formação tipicamente herbácea, com feição de estepes, quando isoladas; se em tubas deixam parcelas de terrenos descobertas, sob a forma de praiarias; quando é contínua, reveste densamente o terreno. Está ligada à topografia e hidrografia, notando-se uma associação nos divisores de água, nas encostas das elevações onde o lençol freático aflora, e, também, nas várzeas dos rios. Ex: Ilha do Bananal – onde se dá criação extensiva do gado no estado.
- Floresta equatorial – Aparece de modo contínuo no norte do estado, próximo ao paralelo 5º, e acompanha o curso dos rios, sob forma de "mata de galeria". Essa formação em área de temperatura quente e pluviosidade elevada, propicia o aparecimento de uma forma densa bastante estratificada, composta de espécies variadas.
- Floresta tropical – Características de regiões cuja temperatura é permanentemente quente com chuvas superiores a um total de 1 500 mm anual. Apresenta muitas espécies vegetais de grande valor econômico como as madeiras-de- lei, destacando-se o mogno e o pau-brasil etc. As bordas litorâneas do vale do Tocantins, no norte do estado, notadamente Tocantinópolis e Babaçulândia, oferecem uma grande riqueza vegetal – o babaçu. O estado ocupa o terceiro lugar, no Brasil, em relação à sua produção.
Resultantes da interação entre altitudes, latitudes, relevo, solo, hidrografia e o clima, o estado pode ser dividido em três regiões que são:
- Região Norte: de influência Amazônica, caracterizada pelas florestas pluviais.
- Região do Médio Araguaia: constituída, principalmente, pelo complexo do Bananal – onde se encontram os cerrados associados às matas de Galeria e à Floresta Estacional Semidecidual.
- Região Centro-Sul e Leste: onde predomina o cerrado com algumas variações de Floresta Estacional Decidual nas fronteiras de Bahia- Goiás.
De maneira geral podemos afirmar que a cobertura vegetal predominante no Tocantins é o cerrado, perfazendo um percentual superior a sessenta por cento. O restante é composto por florestas esparsas que podem ser identificadas, sobretudo, nas Bacias hídricas Tocantins-Araguaia – Paranã e seus afluentes.
Os recursos naturais de origem vegetal que merecem maior destaque no Tocantins são: o coco babaçu, o pequi e o buriti. O babaçu é rico em celulose e óleo, que, ao lado do pequi é aproveitado nos pratos típicos da região. O coco tem grande valor industrial, pois serve para a fabricação de gorduras, sabões e sabonetes. A casca do coco serve como combustível e a palha do babaçu presta-se para o fabrico de redes, cordas, cobertura de casas etc.
Outra riqueza vegetal largamente explorada é a produção da madeira-de-lei.
Relevo
O relevo do estado do Tocantins é sóbrio. Pertence ao Planalto Central Brasileiro. Caracteriza-se, sobretudo, pelo solo sob cerrados, predominando, na sua maioria, superfícies tabulares e aplainadas, resultantes dos processos de pediplanação.
- Regiões geográficas
- Chapada da Bahia do Meio-Norte: fronteiras gerais Bahia - Maranhão – são chapadas com altitudes variadas de 300 a 600 metros, representadas pela Serra da Cangalha e Mangabeira no Município de Itacajá.
- Chapada da Bacia de São Francisco: apresenta como divisor das águas das Bacias São Francisco/Tocantins, com altitude média de novecentos metros. Característica fisionômica: a Serra Geral de Goiás, a Leste do estado.
- Planalto do Tocantins: com altitude médias de setecentos metros. Os planaltos Cristalino e Peneplanície do Araguaia se constituem em degraus intermediários, com altitudes médias entre mil metros e trezentos metros.
- Peneplanície do Araguaia: constituída por um peneplano de colinas suaves com altitudes de trezentos a quatrocentos metros, ao longo dos vales dos rios Araguaia e das Mortes.
O estado, num todo, é caracterizado por variadas gamas de rochas ígneas e metamórficas do complexo cristalino e unidades sedimentares de diversas idades.
- Pontos extremos
O ponto culminante do estado fica localizado na nascente do Rio Claro, em Paranã, numa serra conhecida como Serra das Traíras (ou das Palmas). O local possui uma altitude aproximada de 1 340 metros, segundo o IBGE e a Diretoria de Serviço Geográfico do Exército Brasileiro, estando a apenas 2,5 km da divisa com o estado de Goiás.[9][10] Pode-se chegar até a região através da TO-130, da GO-241 e da GO-464 que é a rodovia asfaltada mais próxima (via Minaçu - Goiás). As localidades mais próximas do local são o povoado do Mocambo (ou Baliza) e o povoado do Campo Alegre, em Paranã, além do povoado São José e da UHE Cana Brava, em Goiás. Já o ponto mais baixo do estado, está localizado na parte oeste da Ilha dos Bois em Esperantina e possui noventa metros de altitude. Esta ilha se encontra localizada logo após a confluência entre os rios Tocantins e Araguaia, na divisa com os estados do Maranhão e do Pará. Isso pode ser explicado pelo fato de que toda a bacia hidrográfica do estado (Bacia do Tocantins-Araguaia) converge justamente neste ponto.
- Serras e Formações Geológicas
- Morro Solteiro - em Wanderlândia
- Serra dos Cavalos - em Babaçulândia
- Serra da Capela - em Piraquê
- Serra da Raposa - em Piraquê
- Serra do Lajeado - em Palmas
- Serra do Estrondo - em Paraíso do Tocantins
- Serra Traíras (ou das Palmas) - em Paranã
- Serra do Espírito Santo - em Mateiros
- Morro da Igreja - em São Félix do Tocantins
- Morro da Agrocan - em Araguaína
- Morro da Pedra Furada - no Jalapão
- Dunas do Jalapão
- Chapadas de areia
Clima
O clima predominante no estado é o tropical seco, que é caracterizado por uma estação chuvosa (de outubro a abril) e outra seca (de maio a setembro). É condicionado fundamentalmente pela sua ampla extensão latitudinal e pelo relevo de altitude gradual e crescente de norte a sul, que variam desde as grande planícies fluviais até as plataformas e cabeceiras elevadas entre duzentos e seiscentos metros, especialmente pelo relevo mais acidentado, acima de seiscentos metros de altitude, ao sul.
Há uma certa homogeneidade climática no Tocantins. Porém, por sua grande extensão de contorno vertical definem-se duas áreas climáticas distintas a saber.
- Ao Norte do paralelo 6ºS, onde o relevo é suavemente ondulado, coberto pela Floresta Fluvial Amazônica, o clima é úmido, segundo Kopper, sem inverno seco. Com temperaturas médias anuais variando entre 24°C e 28°C, as máximas ocorrem em agosto/setembro com 38ºC e a média mínima mensal em julho, com 22°C, sendo que a temperatura média anual é de 26°C. Em geral as precipitações pluviométricas são variáveis entre 1 500 e 2 100 mm, com chuvas de novembro a março.
- Ao Sul do paralelo 6º S, onde o clima predominante é subúmido ou (estacionalmente) seco, os meses chuvosos e os secos se equilibram e as temperaturas médias anuais diminuem lentamente, à medida que se eleva a altitude. As máximas coincidem com o rigor das secas em setembro/outubro com ar seco e enfumaçado das queimadas de pastos e cerrados. Assim, a temperatura compensada no extremo sul, varia de 22°C e 23°C, no centro varia de 26°C a 27°C e no norte, de 22°C a 23°C. As chuvas ocorrem de outubro a abril.
Hidrografia
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/54/Tocantins_watershed.png/220px-Tocantins_watershed.png)
A hidrografia do estado do Tocantins é delimitada a oeste pelo Rio Araguaia e ao centro pelo Rio Tocantins. Ambos correm de sul para norte e se unem no município de Esperantina, banhando boa parte do território tocantinense.
O Projeto de Desenvolvimento Integrado da Bacia do Araguaia-Tocantins (PRODIAT) dividiu a hidrografia do estado em duas sub-bacias, a saber:
- Sub-bacia do Rio Araguaia: formada pelo Rio Araguaia e seus afluentes, tendo um terço de seu volume no estado.
- Sub-bacia do Rio Tocantins: formada pelo Rio Tocantins e seus afluentes, ocupando dois terços de seu volume aproximadamente no Estado.
O Rio Araguaia nasce nas vertentes da Serra do Caiapó e corre de sul para norte, formando a maior ilha fluvial do mundo, a Ilha do Bananal e lança suas águas no Tocantins, depois de percorrer 1 135 km engrossado por seus afluentes.
O Rio Tocantins nasce em Goiás, com o nome de Rio Padre Souza, no limite entre os municípios de Ouro Verde de Goiás (GO), Anápolis (GO) e Petrolina de Goiás (GO). O Rio Tocantins só passa a receber o seu nome após a confluência entre o Rio das Almas e o Rio Maranhão, localizada entre os municípios tocantinenses de Paranã e São Salvador do Tocantins. Sendo um rio de planalto, lança suas águas barrentas em plena baía de Guajará, no Pará.
O regime hídrico da Bacia Araguaia-Tocantins é bem definido, apresentando um período de estiagem, que culmina em setembro-outubro e um período de cheias, de fevereiro a abril. Há anos em que as enchentes ocorrem mais cedo, em dezembro, dependendo da antecipação das chuvas nas cabeceiras. (MINTER/1988).
- Rios Tocantinenses
- Rio Tocantins
- Rio Araguaia
- Rio Javaés
- Rio do Sono
- Rio Lontra
- Rio Guaxupé
- Rio Jacuba
- Rio Capela
- Rio Manoel Alves
- Rio Corrente
- Rio Inhumas
- Rio Murici
- Rio Baixa-Grande
- Rio Brejão
- Rio Laje
- Rio Raposa
- Rio Curiti
- Rio Taquaruçu
- Rio Solteiro
- Rio Neblina
- Rio São Valério
Unidades de Conservação
O Estado do Tocantins possui várias Unidades de Conservação de âmbito Federal e Estadual.
As Unidades de Conservação Federais são:
- Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba
- Parque Nacional do Araguaia
- Estação Ecológica da Serra Geral do Tocantins
- Área de Proteção Ambiental dos Meandros do Rio Araguaia
- Área de Proteção Ambiental Serra da Tabatinga
- Reserva Extrativista do Extremo Norte do Tocantins
As Unidades de Conservação Estaduais são:
- Parque Estadual do Cantão
- Parque Estadual do Jalapão
- Parque Estadual do Lajeado
- Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Estado do Tocantins
- Área de Proteção Ambiental das Nascentes de Araguaína
- Área de Proteção Ambiental do Rio Taquari
- Área de Proteção Ambiental Foz do Rio Santa Teresa
- Área de Proteção Ambiental Ilha do Bananal-Cantão
- Área de Proteção Ambiental Jalapão
- Área de Proteção Ambiental Lago de Peixe-Angical
- Área de Proteção Ambiental Lago de Palmas
- Área de Proteção Ambiental Lago de Santa Isabel
- Área de Proteção Ambiental Lago de São Salvador do Tocantins, Paranã e Palmeirópolis
- Área de Proteção Ambiental Sapucaia
- Área de Proteção Ambiental Serra do Lajeado
Em 5 de abril de 2005, através da Lei Estadual nº 1.560, o Governo do Estado do Tocantins instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC), estabelecendo os critérios e normas para a criação e gestão das unidades estaduais.
Economia
O Tocantins, estado mais novo da nação, é conhecido como uma terra nova, de novas possibilidades e oportunidades, atrativa para migrantes e propícia ao aporte de novos investimentos com uma série de incentivos fiscais: a economia tocantinense está assentada em um agressivo modelo expansionista de agroexportações e é marcada por seguidos records de hiper-superávits primários: cerca de 89% de sua pauta de exportação é soja em grão, cerca de 10% é carne bovina e 1% outros, revelando sua forte inclinação agropecuária.
Em 2005, Tocantins exportou 158,7 milhões de dólares e importou 14,3 milhões. Sua indústria é principalmente a agroindústria, centralizada em seis distritos instalados em cinco cidades-polo: Palmas, Araguaína, Gurupi, Porto Nacional e Paraíso do Tocantins. Sua indústria é ainda pequena e voltada principalmente para consumo próprio.
Boa parte de suas importações é de maquinário, material de construção, ferro e aeronaves de pequeno porte, produtos que representam a base de um expansionismo econômico. Não se observa a importação de produtos produtíveis em solo estadual: o que representa uma contenção de evasão econômica, garantindo um superávit na balança comercial, retendo mais divisas dentro do estado.
Uma importante ajuda à economia estadual, como ocorre com a maioria das prefeituras do país, consiste no recebimento de verbas federais, principalmente através do FPM – Fundo de Participação dos Municípios.
No setor terciário (comércio e serviços) suas principais atividades estão concentradas na capital Palmas e também nas cidades que estão localizadas à beira da Rodovia Belém-Brasília (BR's 153 e 226). Faz-se importante frisar a relevância dessa rodovia para o Tocantins, pois ela corta o estado de norte a sul e possibilita um melhor desempenho no crescimento econômico das cidades localizadas às suas margens, servindo como entreposto de transportes rodoviários e de serviços a viajantes. Além disso, a Rodovia Belém-Brasília também facilita o escoamento da produção do Tocantins para outros estados e para portos no litoral.
Observa-se uma economia, que com sucesso consegue reter capitais com sua pequena indústria (reduzindo a necessidade de importações), uma população com renda per capita em posição mediana, uma potência agrícola em expansão com um PIB cada vez maior e com deficiências principalmente no setor secundário (indústrias).
Demografia
Tocantins (Estimativa 2021 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)[11] | Municípios mais populosos do |||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
![]() Palmas ![]() Araguaína | |||||||||||
Posição | Localidade | Região intermediária | Pop. | Posição | Localidade | Divisão administrativa | Pop. | ||||
1 | Palmas | Palmas | 313 349 | 11 | Augustinópolis | Araguaína | 18 870 | ||||
2 | Araguaína | Araguaína | 186 245 | 12 | Formoso do Araguaia | Gurupi | 18 358 | ||||
3 | Gurupi | Gurupi | 88 428 | 13 | Miracema do Tocantins | Palmas | 17 628 | ||||
4 | Porto Nacional | Palmas | 53 618 | 14 | Taguatinga | Gurupi | 16 966 | ||||
5 | Paraíso do Tocantins | Palmas | 52 521 | 15 | Nova Olinda | Araguaína | 15 798 | ||||
6 | Araguatins | Araguaína | 36 573 | 16 | Lagoa da Confusão | Palmas | 13 989 | ||||
7 | Colinas do Tocantins | Araguaína | 36 271 | 17 | Pedro Afonso | Araguaína | 13 964 | ||||
8 | Guaraí | Araguaína | 26 403 | 18 | Miranorte | Palmas | 13 551 | ||||
9 | Tocantinópolis | Araguaína | 22 820 | 19 | Goiatins | Araguaína | 13 169 | ||||
10 | Dianópolis | Gurupi | 22 704 | 20 | São Miguel do Tocantins | Araguaína | 12 445 |
Cor/Raça | Porcentagem |
---|---|
Brancos | 25,5% |
Negros | 4,0% |
Pardos | 70,2% |
Amarelos ou Indígenas | 0,3% |
Fonte: PNAD (dados obtidos por meio de pesquisa de autodeclaração)[12] .
Povos indígenas
No Tocantins, assim como no restante do país, foram os índios os seus primeiros habitantes, sendo de assinalar que, após o descobrimento, houve um genocídio da raça indígena, uma vez que eram em número superior a 150 mil os que povoaram especialmente a zona litorânea. Mesmo assim, até hoje ainda existe um pequeno grupo de índios da tribo Avá-Canoeiro que continua vivendo sem nenhum tipo de contato com a sociedade nacional na região da Mata do Mamão, localizada no interior da Ilha do Bananal. Até hoje, não há nenhum registro ou relato de contato com esse grupo de índios, apesar de já terem sido encontrados diversos vestígios na área.
- Quilombos do Tocantins
- Lagoa da Pedra
- Mimoso Kalungas
- Malhadinha
- Córrego Fundo
- São José
- São Joaquim
- Laginha
- Redenção
- Barra da Aroeira
- Cocalinho
- Morro de São João
- Baviera
- Povoado do Prata
- Mumbuca
- Grotão
- Mata Grande
Infraestrutura
Mídia
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3a/Magnifying_glass_01.svg/17px-Magnifying_glass_01.svg.png)
A telefonia fixa no Tocantins foi prestada inicialmente pela Telegoiás (até 1998), e mais posteriormente pela concessionária Brasil Telecom (até 2009). Hoje a Brasil Telecom foi incorporada pela Oi, que passou a deter a concessão do sistema telefônico do estado. Além da Oi, a GVT e a Embratel também atuam no Tocantins como empresas permissionárias. A telefonia celular é prestada por quatro operadoras, sendo elas a Claro, a Oi, a Vivo e a TIM. O código de DDD de todos os municípios do estado é o 63.
Obs.: A GVT atua somente em Palmas, enquanto que a Embratel também atua nos municípios de Araguaína e Gurupi, além de outras localidades remotas do estado através da telefonia pública via-satélite.
Educação
Ano | Português | Redação |
---|---|---|
2006[13] Média |
30,76 (27º) 36,90 |
45,96 (26º) 52,08 |
2007[14] Média |
42,77 (27º) 51,52 |
50,70 (27º) 55,99 |
2008[15] Média |
34,92 (25º) 41,69 |
56,25 (25º) 59,35 |
- Universidade Federal do Tocantins (UFT)
- Fundação Universidade do Tocantins (UNITINS)
- Instituto Federal do Tocantins (IFTO)
- Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA) - Palmas
- Faculdade Católica do Tocantins (FACTO) - Palmas
- Faculdade de Palmas (FAPAL) - Palmas
- Faculdade Serra do Carmo (FASEC) - Palmas
- Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos (ITPAC) - Araguaína/Porto Nacional
- Faculdade Católica Dom Orione (FACDO) - Araguaína
- Universidade Regional de Gurupi (UNIRG) - Gurupi
- União Educacional de Ensino Superior do Medio Tocantins (UNEST) - Paraíso do Tocantins
- Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Paraíso (FEPAR-FECIPAR) - Paraíso do Tocantins
- Faculdade Integrada de Ensino Superior de Colinas (FIESC) - Colinas do Tocantins
- Faculdade Antônio Propício Aguiar Franco (FAPAF) - Pium
- Faculdade para o Desenvolvimento do Sudeste Tocantinense -FADES - Dianópolis
Transporte
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/7a/Rodovia_BR_153_Trecho_Tocantins_Brasil_01.jpg/220px-Rodovia_BR_153_Trecho_Tocantins_Brasil_01.jpg)
- O Tocantins possui os seguintes aeroportos (com vôos regulares): Aeroporto de Palmas, Aeroporto de Araguaína, além do Aeroporto de Gurupi. Os demais aeroportos são servidos apenas por empresas de táxi aéreo.
- As principais rodovias federais do estado são a BR-153 e a BR-226, que juntas formam o eixo viário da Rodovia Belém-Brasília. As demais são a BR-010, a BR-230 (Rodovia Transamazônica), a BR-235 e a BR-242. Estas últimas rodovias, com a exceção da BR-230, ainda possuem muitos trechos sem pavimentação ou até mesmo incompletos.
- Dentre as rodovias estaduais, destacam-se a TO-050, TO-070, TO-255, TO-080, TO-010, TO-445, TO-342, TO-280, TO-040 (trecho entre Almas e a divisa com a Bahia), TO-374, TO-348, TO-336, TO-335, TO-222, além da TO-164.
- A Ferrovia Norte-Sul (ou EF-151) está em processo de construção, enquanto que a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (ou EF-334) ainda está em fase de planejamento no trecho que passará pelo estado.
- As principais hidrovias do estado são as hidrovias do Rio Tocantins e do Rio Araguaia.
Regiões Turísticas e Culturais
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/5b/Veredas_at_Jalapao.jpg/220px-Veredas_at_Jalapao.jpg)
- Jalapão
- Praias do Rio Araguaia e Rio Javaés
- Ilha do Bananal
- Parque Estadual do Cantão
- Palmas
- Taquaruçu (distrito de Palmas)
- Lagoa da Confusão
- Peixe (Praia da Tartaruga)
- Cidades históricas (Região sudeste do estado, além de Porto Nacional e Monte do Carmo)
Ligações externas
- «Site oficial do Governo do Estado do Tocantins»
- «Assembléia Legislativa do Estado do Tocantins»
- «Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins»
- «Ministério Público do Estado do Tocantins»
- «Agência de Desenvolvimento Turístico do Estado do Tocantins»
- «Site oficial do Jalapão»
- «Redesat Tocantins». - emissora de rádio e televisão do Governo do Estado do Tocantins
- «Universidade Federal do Tocantins»
- «Fundação Universidade do Tocantins»
- «Tocantins no Wikimapia»
- «Mapa Multimodal do Estado do Tocantins» (PDF)
Referências
- ↑ http://www.fflch.usp.br/dlcv/tupi/vocabulario.htm
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Área Territorial Oficial - Consulta por Unidade da Federação». Consultado em 29 de agosto de 2021
- ↑ «Estimativas do IBGE para 1º de julho de 2009» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 14 de agosto de 2009 Parâmetro desconhecido
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ignorado (|acessodata=
) sugerido (ajuda) - ↑ «Síntese dos Inidicadores Sociais 2009» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 22 de outubro de 2009
- ↑ «Ranking do IDH dos estados do Brasil em 2005». Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 15 de setembro de 2008. Consultado em 17 de setembro de 2008
- ↑ [1]Estimativas das populações residentes em 1º de julho de 2009, segundo os municípios - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
- ↑ http://www.fflch.usp.br/dlcv/tupi/vocabulario.htm
- ↑ Portal do Governo Brasileiro
- ↑ Secretaria de Indústria e Comércio do Estado de Goiás. «"Carta topográfica da região da Serra das Traíras"» (PDF). ISSN 0100-1299 Acesso em 16/04/2010.
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. «"Anuário Estatístico do Brasil - volume 66 - 2006"» (PDF). ISSN 0100-1299 Rio de Janeiro: 2007. Tabela 1.3.2.2, pág. 1-29. Acesso em 16/04/2010.
- ↑ «ESTIMATIVAS DA POPULAÇÃO RESIDENTE NO BRASIL E UNIDADES DA FEDERAÇÃO COM DATA DE REFERÊNCIA EM 1º DE JULHO DE 2021» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 28 de dezembro de 2021
- ↑ [2] Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
- ↑ http://download.globo.com/vestibular/enem2006_desempenhoregiaouf.doc
- ↑ http://download.uol.com.br/educacao/enem2007_mediasredacao.xls
- ↑ http://www.inep.gov.br/download/enem/2008/Enem2008_tabelas_01a101.xls
- ↑ http://www.abcdeluta.org.br/contexto.asp?id_ANO=7
- ↑ http://www.revistaoempreiteiro.com.br/index.php?page=materia.php&id=178