KGB: diferenças entre revisões
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Segundo o [[dissidente]] e [[Deserção|desertor]] [[Ion Mihai Pacepa]], a ''[[Securitate]]'' (da [[Romênia]]) sob orientação soviética, esteve encarregada de diversas operações no [[oriente médio]].<ref>''Da Rússia, com terror (From Russia, with terror).'' Entrevista do dissidente Ion Mihai Pacepa concedida a [[Jamie Glazov]] em 1 de Março de 2004. <br />Link 1: [http://newconcepts.club/start/view.html?source=/articles/195.html New Concepts] {{en}} Acessado em 09/06/2019.<br />Link 2: [http://archive.frontpagemag.com/readArticle.aspx?ARTID=13975 Front Page Magazine] {{Wayback|url=http://archive.frontpagemag.com/readArticle.aspx?ARTID=13975# |date=20140605051923 }} {{en}} <br />Link 3: [http://fatosemfocobrasil.com/2013/08/19/da-russia-com-terror-from-russia-with-terror/ Fatos em Foco Brasil] {{Wayback|url=http://fatosemfocobrasil.com/2013/08/19/da-russia-com-terror-from-russia-with-terror/# |date=20140605051218 }} {{pt}} Acessado em 18/08/2014.</ref> |
Segundo o [[dissidente]] e [[Deserção|desertor]] [[Ion Mihai Pacepa]], a ''[[Securitate]]'' (da [[Romênia]]) sob orientação soviética, esteve encarregada de diversas operações no [[oriente médio]].<ref>''Da Rússia, com terror (From Russia, with terror).'' Entrevista do dissidente Ion Mihai Pacepa concedida a [[Jamie Glazov]] em 1 de Março de 2004. <br />Link 1: [http://newconcepts.club/start/view.html?source=/articles/195.html New Concepts] {{en}} Acessado em 09/06/2019.<br />Link 2: [http://archive.frontpagemag.com/readArticle.aspx?ARTID=13975 Front Page Magazine] {{Wayback|url=http://archive.frontpagemag.com/readArticle.aspx?ARTID=13975# |date=20140605051923 }} {{en}} <br />Link 3: [http://fatosemfocobrasil.com/2013/08/19/da-russia-com-terror-from-russia-with-terror/ Fatos em Foco Brasil] {{Wayback|url=http://fatosemfocobrasil.com/2013/08/19/da-russia-com-terror-from-russia-with-terror/# |date=20140605051218 }} {{pt}} Acessado em 18/08/2014.</ref> |
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Em conjunto com a [[StB]] <ref> StB, (em [[tcheco]]): ''Státní bezpečnost'', (em [[eslovaco]]): ''Štátna bezpečnosť'' ("Segurança Estatal"). Adicionado em 18/08/2014.</ref> (serviço secreto da [[Tchecoslováquia]]), a inteligência soviética teve sucesso em infiltrar seus [[agente de influência|agentes de influência]] na [[América latina]] (''ver: [[Ladislav Bittman]]''). Países como [[Argentina]], [[Brasil]], [[Chile]], [[México]], [[Uruguai]] e outros foram alvo de ações objetivando a consolidação da influência político-ideológica soviética para fins de [[subversão]] com uso intensivo de [[desinformação]] e [[manipulação da mídia]].<ref>''The KGB and Soviet Disinformation: An Insider's View.'' [[Ladislav Bittman]], Pergamon-Brassey's International Defense Pub., 1985. ISBN 9780080315720 {{en}} Adicionado em 18/08/2014.</ref> O arquivo da StB, atualmente sob a guarda do [[Instituto para o Estudo dos Regimes Totalitários]] <ref>Instituto para o Estudo dos Regimes Totalitários da República Tcheca [http://www.ustrcr.cz/cs Link 1] {{Wayback|url=http://www.ustrcr.cz/cs# |date=20140915213114 }} {{cz}} e [http://www.ustrcr.cz/en Link 2] {{en}} Acessado em 18/08/2014.</ref> e, posto em [[domínio público]] pelo governo da [[República Tcheca]], comprova a ação conjunta da KGB/StB na América latina.<ref>''Arquivo dos Serviços de Segurança'' [http://www.abscr.cz/cs Link 1] {{Wayback|url=http://www.abscr.cz/cs# |date=20150127053925 }} {{cz}} e [http://www.abscr.cz/en Link 2] {{en}}. Acessado em 18/08/2014.</ref> Segundo ''[[O Arquivo Mitrokhin]]'', em [[1974]] a KGB chegou a ter 14 agentes em [[Portugal]], baseados em [[Lisboa]].<ref>[[Expresso (Portugal)|Expresso]] - [http://expresso.sapo.pt/sociedade/2016-03-12-KGB-tinha-14-espioes-em-Lisboa ''KGB tinha 14 espiões em Lisboa.''] Miguel Cadete, 12 de Março de 2016. Acessado em 16/09/2017.</ref> E, na [[década de 1980]], o Brasil era considerado um dos quatro "alvos prioritários" da KGB no [[continente americano]].<ref>[[Zero Hora]] - [http://zh.clicrbs.com.br/rs/entretenimento/livros/noticia/2016/07/jornalista-portugues-comenta-ligacao-de-josue-guimaraes-com-a-kgb-sovietica-6770323.html ''Jornalista português comenta ligação de Josué Guimarães com a KGB soviética.''] Entrevista de Paulo Anunciação concedida a Alexandre Lucchese, 21 de Julho de 2016. Acessado em 16/09/2017.</ref> |
Em conjunto com a [[StB]] <ref> StB, (em [[tcheco]]): ''Státní bezpečnost'', (em [[eslovaco]]): ''Štátna bezpečnosť'' ("Segurança Estatal"). Adicionado em 18/08/2014.</ref> (serviço secreto da [[Tchecoslováquia]]), a inteligência soviética teve sucesso em infiltrar seus [[agente de influência|agentes de influência]] na [[América latina]] (''ver: [[Ladislav Bittman]]''). Países como [[Argentina]], [[Brasil]], [[Chile]], [[México]], [[Uruguai]] e outros foram alvo de ações objetivando a consolidação da influência político-ideológica soviética para fins de [[subversão]] com uso intensivo de [[desinformação]] e [[manipulação da mídia]].<ref>''The KGB and Soviet Disinformation: An Insider's View.'' [[Ladislav Bittman]], Pergamon-Brassey's International Defense Pub., 1985. ISBN 9780080315720 {{en}} Adicionado em 18/08/2014.</ref> O arquivo da StB, atualmente sob a guarda do [[Instituto para o Estudo dos Regimes Totalitários]] <ref>Instituto para o Estudo dos Regimes Totalitários da República Tcheca [http://www.ustrcr.cz/cs Link 1] {{Wayback|url=http://www.ustrcr.cz/cs# |date=20140915213114 }} {{cz}} e [http://www.ustrcr.cz/en Link 2] {{en}} Acessado em 18/08/2014.</ref> e, posto em [[domínio público]] pelo governo da [[República Tcheca]], comprova a ação conjunta da KGB/StB na América latina.<ref>''Arquivo dos Serviços de Segurança'' [http://www.abscr.cz/cs Link 1] {{Wayback|url=http://www.abscr.cz/cs# |date=20150127053925 }} {{cz}} e [http://www.abscr.cz/en Link 2] {{en}}. Acessado em 18/08/2014.</ref> Segundo ''[[O Arquivo Mitrokhin]]'', em [[1974]] a KGB chegou a ter 14 agentes em [[Portugal]], baseados em [[Lisboa]].<ref>[[Expresso (Portugal)|Expresso]] - [http://expresso.sapo.pt/sociedade/2016-03-12-KGB-tinha-14-espioes-em-Lisboa ''KGB tinha 14 espiões em Lisboa.''] Miguel Cadete, 12 de Março de 2016. Acessado em 16/09/2017.</ref> E, na [[década de 1980]], o Brasil era considerado um dos quatro "alvos prioritários" da KGB no [[continente americano]].<ref>[[Zero Hora]] - [http://zh.clicrbs.com.br/rs/entretenimento/livros/noticia/2016/07/jornalista-portugues-comenta-ligacao-de-josue-guimaraes-com-a-kgb-sovietica-6770323.html ''Jornalista português comenta ligação de Josué Guimarães com a KGB soviética.''] Entrevista de Paulo Anunciação concedida a Alexandre Lucchese, 21 de Julho de 2016. Acessado em 16/09/2017.</ref> |
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Um ano após [[revolução cubana]], o conselheiro da KGB, Aleksandr Shitov, chegou a [[Cuba]] para auxiliar na criação de uma inteligência e de forças armadas de modelo soviético.<ref>{{citar web|URL=https://www.nationalreview.com/2006/08/who-ra-l-castro-ion-mihai-pacepa/|título=Who Is Raúl Castro?|autor=[[Ion Mihai Pacepa|Mihai Pacepa, Ion]]|data=10 de agosto de 2006|publicado=National Review|acessodata=20 de setembro de 2020}}</ref> Durante certo período, StB e KGB competiram pela hegemonia sob a ''[[Dirección de Inteligencia]]'' (G2 - serviço de inteligência cubano).<ref>{{citar web|URL=https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/07075332.2019.1692892?journalCode=rinh20|título=‘Africanos’ versus ‘Africanitos’ the Soviet-Czechoslovak Competition to Protect the Cuban Revolution|autor=Jan Koura, Robert Waters|data=1 de dezembro de 2019|publicado=Tandfonline {{en}}|acessodata=20 de setembro de 2020}}</ref> Em 1962, logo após a [[crise dos mísseis de Cuba]], Moscou convidou 1.500 agentes do G2, incluindo [[Che Guevara]], ao centro da KGB, para treinamento intensivo em operações de inteligência.<ref>{{citar web|URL=https://books.google.com.br/books?id=lwojDAAAQBAJ&pg=PT190&lpg=PT190&dq=1962+Guevara+KGB+training+school&source=bl&ots=KIogTW99c5&sig=ACfU3U3r2qZGr7kT0oXZjB0zSfs7uZdTaQ&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwjl0cLyxfXrAhUcIbkGHWtbBvMQ6AEwEXoECAcQAQ#v=onepage&q=1962%20Guevara%20KGB%20training%20school&f=false|título=Cuba: the Truth, the Lies, and the Cover-Ups|autor=Antonio del Mármol, Julio|data=2016|publicado=Trafford Publishing ([[Google Livros]]) {{en}}|acessodata=20 de setembro de 2020}}</ref> Em [[Granada (país)|Granada]], os embaixadores Gennadiy I. Sachenev (URSS, associado com a KGB) e Julian Enrique ToresRiza (oficial do G2 cubano), orientavam sigilosamente o partido [[Movimento New Jewel]],<ref>{{citar web|URL=https://www.sofmag.com/grenada-one-we-won/|título=Grenada: One We Won|autor=Robert K. Brown, Dr. Vann Spencer|data=27 de outubro de 2018|publicado=Sofmag {{en}}|acessodata=20 de setembro de 2020}}</ref> que foi dissolvido após a [[Invasão de Granada|invasão do país]] em 1983.<ref>{{citar web|URL=http://www.caribbeanelections.com/knowledge/parties/gd_parties/njm.asp|título=New Jewel Movement (NJM)|autor=|data=19 de setembro de 2020|publicado=Caribbean elections {{en}}|acessodata=20 de setembro de 2020}}</ref> |
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Políticos da [[Lituânia]] manifestaram o temor de que lituanos ligados a KGB, no período em que o país foi [[República Socialista Soviética da Lituânia|uma república soviética]], ainda estejam associados aos atuais serviços de inteligência russos.<ref name="Vox Europ"/> O governo da Lituânia divulgou uma lista <ref>[http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/uma_lista_de_colaboradores_da_kgb.html História Viva] {{Wayback|url=http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/uma_lista_de_colaboradores_da_kgb.html |date=20140819125910 }} - Uma lista de agentes da KGB. Acessado em 18/08/2014.</ref> <ref>{{citar web|URL=http://www.archive.is/X4Hmu|título=Uma lista de agentes da KGB|autor=História Viva|data=|publicado=|acessodata=14 de julho de 2017}}</ref> com os nomes de 238 cidadãos do país que colaboraram com a KGB durante a Guerra Fria.<ref>[http://www.kgbveikla.lt KGB Veikla] {{lt}} Acessado em 18/08/2014.</ref> |
Políticos da [[Lituânia]] manifestaram o temor de que lituanos ligados a KGB, no período em que o país foi [[República Socialista Soviética da Lituânia|uma república soviética]], ainda estejam associados aos atuais serviços de inteligência russos.<ref name="Vox Europ"/> O governo da Lituânia divulgou uma lista <ref>[http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/uma_lista_de_colaboradores_da_kgb.html História Viva] {{Wayback|url=http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/uma_lista_de_colaboradores_da_kgb.html |date=20140819125910 }} - Uma lista de agentes da KGB. Acessado em 18/08/2014.</ref> <ref>{{citar web|URL=http://www.archive.is/X4Hmu|título=Uma lista de agentes da KGB|autor=História Viva|data=|publicado=|acessodata=14 de julho de 2017}}</ref> com os nomes de 238 cidadãos do país que colaboraram com a KGB durante a Guerra Fria.<ref>[http://www.kgbveikla.lt KGB Veikla] {{lt}} Acessado em 18/08/2014.</ref> |
Revisão das 00h25min de 20 de setembro de 2020
Комитет государственной безопасности | |
---|---|
Organização | |
Missão | Serviço de inteligência |
Dependência | União das Repúblicas Socialistas Soviéticas |
Chefia | Ivan Serov (1954-1958) Yuri Andropov (1967-1982) Viktor Tchebrikov (1982-1988) |
Localização | |
Sede | Moscou, Distrito Federal Central União Soviética |
Histórico | |
Criação | 13 de Março de 1954 |
Extinção | 6 de Novembro de 1991 |
Sucessor | FSB e SVR |
A KGB foi a principal organização de serviços secretos da União Soviética que desempenhou as suas funções entre 13 de março de 1954 e 6 de novembro de 1991.[1] Após a dissolução da União Soviética, o serviço de inteligência foi desmembrado em dois: o Serviço Federal de Segurança da Federação Russa (FSB), na segurança doméstica, e o Serviço de Inteligência Estrangeiro (SVR), no plano externo.
A sigla deste serviço de inteligência extinto vem da língua russa КГБ (Комите́т Госуда́рственной Безопа́сности ou Komitet Gosudarstvennoy Bezopasnosti ( ouvir ? · ficheiro) que pode ser literalmente traduzido como "Comité de Segurança do Estado".
O domínio de atuação do KGB, durante a Guerra Fria, era uma combinação de operações secretas no estrangeiro unificadas às funções de uma polícia federal. A União Soviética teve, desde sempre, uma polícia política muito poderosa, que esteve sempre presente em todas as etapas da sua evolução social, independentemente de qual fosse o regime instituído. Em algumas épocas, a atuação era mais intensa no interior da sociedade; em outros momentos, o serviço secreto priorizava a recolha de informação e operações nos países estrangeiros, o que provocou diversas mudanças nestas instituições.
O KGB surgiu com o final da Segunda Guerra Mundial, no período da Guerra Fria, com o colapso do então serviço secreto NKVD, apesar de suas origens remontarem a antes da Revolução de 1917, quando Félix Dzerjinsky fundou o grupo paramilitar denominado Tcheka — a instituição que seria a matriz de todos os serviços secretos da URSS.
O KGB era uma polícia secreta e política que não tinha equivalente no mundo, porque se situava num nível completamente diferente dos outros serviços secretos, pois constituía igualmente um ministério. Dispunha de trezentos mil associados, blindados, caças e barcos, sendo uma organização militar totalmente independente das Forças Armadas.
A organização compreendia 5 direções-gerais. A primeira direcção, a mais importante, incluía a subdirecção dos ilegais (agentes que viviam no estrangeiro sob uma falsa identidade), a subdirecção científica e técnica, um serviço de contraespionagem, serviço de acção e um serviço dos negócios sujos (assassinatos, atentados, sequestros, bombas). A segunda e terceira direcções-gerais eram encarregadas da informação, vigilância e da segurança interna, a quarta dos guardas da fronteira e a quinta, das escolas, que são muitas e variadas.
História
Com o fortalecimento dos bolcheviques nos anos que antecediam a Revolução de 1917, houve a necessidade de criar uma organização que pudesse defender os interesses do governo revolucionário contra os monarquistas. Assim, ocorreu a criação da Tcheka, que investigava monarquistas e aumentou o domínio do exército rebelde (ver: Movimento Branco).
Com a vitória dos bolcheviques na revolução e a consolidação da URSS, este grupo então se vinculou ao estado, sob a sigla OGPU, e pretendia defender a revolução através do fuzilamento de políticos inimigos e desafetos do regime, como Leon Trótski.
Com o início da Segunda Guerra Mundial, surge o NKVD — um serviço secreto que tinha como centro de suas operações os territórios além das fronteiras, e que atuava por meio de sabotagens e execuções.
Em 1954, com a reestruturação do país após a guerra e o início da Guerra Fria, nasce finalmente o KGB, criado como uma força a se opor aos movimentos ocidentais, que com toda a força procuravam expandir as influências norte-americanas aos países que se libertaram do fascismo, e ao mesmo tempo combater guerrilhas de trotyskistas.
Na década de 1980, a liberalização da glasnost da sociedade soviética levou o presidente da KGB, Vladimir Kryuchkov (1988-91), a liderar a tentativa de golpe de estado soviético de agosto de 1991 de depor o presidente Mikhail Gorbachev. O golpe de Estado frustrado pôs fim ao KGB em 6 de novembro de 1991. Os principais sucessores do KGB são o FSB (Serviço de Segurança Federal da Federação Russa) e o SVR (Serviço de Inteligência Estrangeira).
Diretorias
Diretoria | Operações |
---|---|
(1ª) Operações Estrangeiras | Responsável pelas operações estrangeiras. |
(2ª) Contra-inteligência | Contra-inteligência e controle político de cidadãos e estrangeiros da União Soviética. |
(3ª) Forças Armadas | Responsável pela contra-informação militar e a fiscalização política das Forças Armadas. |
(4ª) Segurança do Transporte | Responsável pela segurança do transporte. |
(5ª) Diretoria Z | Combate à dissidência política, artística e religiosa, responsável pela censura. |
(6ª) Contra-Inteligência Econômica | Responsável pela segurança industrial, e contra-inteligência econômica. |
(7ª) Fiscalização | Responsável por fiscalizar os cidadãos e os processos de cidadania. |
(8ª) Monitoramento | Responsável pelo monitoramento, comunicação, pesquisa e desenvolvimento nacionais e estrangeiros. |
(9ª) Guarda | Responsável pela segurança dos membros do Presidium e suas famílias, e pela operação da linha VIP do metrô de Moscou, que liga o Kremlin aos quartéis do FSB e ao Aeroporto Internacional Vnukovo. Mais tarde, se tornaria o FPS, sob a gestão de Boris Iéltsin. |
(15ª) Manutenção | Responsável pela guarda de propriedade governamental, como zonas, edifícios restritos e instalações perigosas. |
(16ª) Interceptação | Responsável pela interceptação de informações nos meios de comunicação, controle dos telefones e telégrafos. |
Fronteiriça | Responsáveis pela guarda da fronteira da União Soviética, contavam com os mais variados recursos — terrestres, aéreos e marítimos, além de mais de 245 mil agentes disponíveis. |
Tecnológica | Responsáveis pela pesquisa e desenvolvimentos de tecnologias usadas em operações de espionagem, desde o aprimoramento de armamentos ao desenvolvimento de substâncias químicas mortíferas ou não. |
Seções Independentes
O KGB também possuía seções independentes:
- Departamento pessoais do KGB;
- Secretariado do KGB;
- Equipe de funcionários de suporte laboratorial do KGB;
- Departamento de finanças do KGB;
- Arquivo do KGB;
- Departamento de administração do KGB;
- Comitê do PCUS.
Números da KGB
Das memórias de um ex-KGB, Presidente Vladimir Bakatin que em 1991 o número de agentes da KGB eram cerca de 480 000 pessoas, entre elas:
- 220 000 pessoas - soldados de tropas de fronteira da KGB;
- 50 000 pessoas - as tropas de comunicações do governo;
- 3 divisões de tropas aerotransportadas e uma brigada de infantaria separada (janeiro 1991) - 23 767;
- SPN unidades KGB - cerca de 1000 pessoas.
Como apontado em Bakatin, 180 000 funcionários foram oficiais da KGB , 90 000 funcionários trabalharam na República da KGB. Pessoal operacional contados em cerca de 80 000 pessoas.
Emissário do aparelho KGB consistia de cerca de 260 000 policiais disfarçados, e todos os registros de vários negócios operacionais foram de 10 008 pessoas. O aparelho consistia de agentes de ambos os cidadãos soviéticos e estrangeiros (a partir do relatório "Sobre a atividade da KGB da URSS" em 1968).
Operações Especiais
O KGB atuava junto a diversos grupos de operações especiais representantes do Spetsnaz, existentes na URSS e Rússia, através do OMSDON, entre eles se destacava o Grupo Alpha, uma unidade especial Antiterror, que teve muita importância no combate aos extremistas islâmicos, durante a intervenção no Afeganistão, em 1979, e durante os conflitos na Chechênia, nos anos 1990, e que continuam atuando contra rebeldes chechenos.
O Vympel também atuava junto ao KGB, sendo uma organização especializada em infiltração e sabotagem, atuava principalmente no Oriente Médio e Ásia, durante as décadas de 1970 e 1980.
A Guarda do Kremlin, apesar de fazer parte da 9ª Diretoria, era praticamente uma organização independente, responsável pela escolta do Presidium, tanto que após a dissolução da URSS, o serviço se transformou no FPS — uma organização desvinculada do serviço secreto, de fato.
Cooperação de outros serviços de inteligência
A KGB contava com o auxílio de serviços de inteligência dos países na esfera de influência do bloco comunista.
Segundo o dissidente e desertor Ion Mihai Pacepa, a Securitate (da Romênia) sob orientação soviética, esteve encarregada de diversas operações no oriente médio.[8]
Em conjunto com a StB [9] (serviço secreto da Tchecoslováquia), a inteligência soviética teve sucesso em infiltrar seus agentes de influência na América latina (ver: Ladislav Bittman). Países como Argentina, Brasil, Chile, México, Uruguai e outros foram alvo de ações objetivando a consolidação da influência político-ideológica soviética para fins de subversão com uso intensivo de desinformação e manipulação da mídia.[10] O arquivo da StB, atualmente sob a guarda do Instituto para o Estudo dos Regimes Totalitários [11] e, posto em domínio público pelo governo da República Tcheca, comprova a ação conjunta da KGB/StB na América latina.[12] Segundo O Arquivo Mitrokhin, em 1974 a KGB chegou a ter 14 agentes em Portugal, baseados em Lisboa.[13] E, na década de 1980, o Brasil era considerado um dos quatro "alvos prioritários" da KGB no continente americano.[14]
Um ano após revolução cubana, o conselheiro da KGB, Aleksandr Shitov, chegou a Cuba para auxiliar na criação de uma inteligência e de forças armadas de modelo soviético.[15] Durante certo período, StB e KGB competiram pela hegemonia sob a Dirección de Inteligencia (G2 - serviço de inteligência cubano).[16] Em 1962, logo após a crise dos mísseis de Cuba, Moscou convidou 1.500 agentes do G2, incluindo Che Guevara, ao centro da KGB, para treinamento intensivo em operações de inteligência.[17] Em Granada, os embaixadores Gennadiy I. Sachenev (URSS, associado com a KGB) e Julian Enrique ToresRiza (oficial do G2 cubano), orientavam sigilosamente o partido Movimento New Jewel,[18] que foi dissolvido após a invasão do país em 1983.[19]
Políticos da Lituânia manifestaram o temor de que lituanos ligados a KGB, no período em que o país foi uma república soviética, ainda estejam associados aos atuais serviços de inteligência russos.[6] O governo da Lituânia divulgou uma lista [20] [21] com os nomes de 238 cidadãos do país que colaboraram com a KGB durante a Guerra Fria.[22]
Sucessões e Remanescentes
Ver também
- Central Intelligence Agency
- FSB
- SVR
- Espionagem na Guerra Fria
- Máfia Piramida
- NKVD
- OMSDON
- Operação INFEKTION
- Spetsnaz
- Tcheka
- Yuri Bezmenov
Referências
- ↑ [1] - O FSB é agora mais poderoso que o KGB, Público, (português europeu) consultado em 14 de Abril 2018|
- ↑ Esparza, Pablo (8 de abril de 2017). «Como espanhola criou rede de espiões para os soviéticos na América do Sul». BBC. Consultado em 6 de agosto de 2019
- ↑ Ruspred - ЛЮДИ ИЗ ЧИСТОЙ СТАЛИ ("Pessoas de puro aço"). Vladimir Antonov, Fevereiro de 2003, (em russo) Acessado em 25/06/2016.
- ↑ X-Libri (em russo) Acessado em 25/06/2016.
- ↑ The Mitrokhin Archive: The KGB in Europe and the West. Autores: Christopher Andrew & Vasili Mitrokhin. Penguin UK, (especificar página(s) 2015, (em inglês) ISBN 9780141966465 Adicionado em 25/06/2016.
- ↑ a b Vox Europ - O KGB ainda mexe! Acessado em 18/08/2014.
- ↑ Inside the KGB - Entrevista de Oleg Kalugin para a CNN (27 de Junho de 2007) arquivada no Wayback Machine, (em inglês) Acessado em 09/06/2019.
- ↑ Da Rússia, com terror (From Russia, with terror). Entrevista do dissidente Ion Mihai Pacepa concedida a Jamie Glazov em 1 de Março de 2004.
Link 1: New Concepts (em inglês) Acessado em 09/06/2019.
Link 2: Front Page Magazine Arquivado em 5 de junho de 2014, no Wayback Machine. (em inglês)
Link 3: Fatos em Foco Brasil Arquivado em 5 de junho de 2014, no Wayback Machine. (em português) Acessado em 18/08/2014. - ↑ StB, (em tcheco): Státní bezpečnost, (em eslovaco): Štátna bezpečnosť ("Segurança Estatal"). Adicionado em 18/08/2014.
- ↑ The KGB and Soviet Disinformation: An Insider's View. Ladislav Bittman, Pergamon-Brassey's International Defense Pub., 1985. ISBN 9780080315720 (em inglês) Adicionado em 18/08/2014.
- ↑ Instituto para o Estudo dos Regimes Totalitários da República Tcheca Link 1 Arquivado em 15 de setembro de 2014, no Wayback Machine. (em tcheco) e Link 2 (em inglês) Acessado em 18/08/2014.
- ↑ Arquivo dos Serviços de Segurança Link 1 Arquivado em 27 de janeiro de 2015, no Wayback Machine. (em tcheco) e Link 2 (em inglês). Acessado em 18/08/2014.
- ↑ Expresso - KGB tinha 14 espiões em Lisboa. Miguel Cadete, 12 de Março de 2016. Acessado em 16/09/2017.
- ↑ Zero Hora - Jornalista português comenta ligação de Josué Guimarães com a KGB soviética. Entrevista de Paulo Anunciação concedida a Alexandre Lucchese, 21 de Julho de 2016. Acessado em 16/09/2017.
- ↑ Mihai Pacepa, Ion (10 de agosto de 2006). «Who Is Raúl Castro?». National Review. Consultado em 20 de setembro de 2020
- ↑ Jan Koura, Robert Waters (1 de dezembro de 2019). «'Africanos' versus 'Africanitos' the Soviet-Czechoslovak Competition to Protect the Cuban Revolution». Tandfonline (em inglês). Consultado em 20 de setembro de 2020
- ↑ Antonio del Mármol, Julio (2016). «Cuba: the Truth, the Lies, and the Cover-Ups». Trafford Publishing (Google Livros) (em inglês). Consultado em 20 de setembro de 2020
- ↑ Robert K. Brown, Dr. Vann Spencer (27 de outubro de 2018). «Grenada: One We Won». Sofmag (em inglês). Consultado em 20 de setembro de 2020
- ↑ «New Jewel Movement (NJM)». Caribbean elections (em inglês). 19 de setembro de 2020. Consultado em 20 de setembro de 2020
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