Fernando de Noronha: diferenças entre revisões

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* [http://www2.uol.com.br/JC/especial/noronha/index.html Noronha às Avessas - Relato sobre as mazelas e os abusos desse cartão postal]
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* [http://www.noronha.com.br/ Portal Noronha]
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* [http://www.cidades.ibge.gov.br/brasil/pe/fernando-de-noronha Dados do IBGE de Fernando Noronha]
* [http://www.cidades.ibge.gov.br/brasil/pe/fernando-de-noronha Fernando Noronha no IBGE Cidades]


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Revisão das 02h12min de 12 de dezembro de 2018

 Nota: Para outros significados de "Fernando de Noronha", veja Fernando de Noronha (desambiguação).
Fernando de Noronha

Distrito estadual de Fernando de Noronha

  Distrito do Brasil  
Imagem de satélite do arquipélago
Imagem de satélite do arquipélago
Imagem de satélite do arquipélago
Símbolos
Bandeira de Fernando de Noronha
Bandeira
Brasão de armas de Fernando de Noronha
Brasão de armas
Hino
Gentílico noronhense[1]
Localização
Localização de Fernando de Noronha
Localização de Fernando de Noronha
Localização de Fernando de Noronha
Fernando de Noronha está localizado em: Brasil
Fernando de Noronha
Localização de Fernando de Noronha no Brasil
Mapa
Mapa de Fernando de Noronha
Coordenadas 3° 51' 13.71" S 32° 25' 25.63" O
País Brasil
Unidade federativa Pernambuco
Distância até a capital 545 km
História
Fundação 10 de agosto de 1503 (520 anos)
Administração
Prefeito(a) Luís Eduardo Cavalcanti Antunes[nota 1]
Características geográficas
Área total [3] 17,017 km²
População total (estatísticas IBGE/2017[4]) 3 016 hab.
Densidade 177,2 hab./km²
Clima tropical (As')
Fuso horário Hora de Fernando de Noronha (UTC−2)
CEP 53990-000 a 53999-999
Indicadores
IDH (PNUD/2010[5]) 0,788 alto
PIB (IBGE/2015[6]) R$ 98 593,63 mil
PIB per capita (IBGE/2015[6]) R$ 33 649,70
Sítio www.noronha.pe.gov.br (Administração)

Fernando de Noronha é um arquipélago brasileiro do estado de Pernambuco. Formado por 21 ilhas, ilhotas e rochedos de origem vulcânica, ocupa uma área total de 26 km² — dos quais 17 km² são da ilha principal — e se situa no Oceano Atlântico, distante 360 km a nordeste de Natal, no Rio Grande do Norte, e 545 km a nordeste da capital pernambucana, Recife.[7] O centro comercial da ilha é o núcleo urbano de Vila dos Remédios. A administração do Parque Nacional está atualmente a cargo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[8]

Avistada pela primeira vez entre 1500 e 1502, tem sua descoberta atribuída a uma expedição comandada pelo explorador Fernão de Loronha, embora haja controvérsias; porém é certo que o primeiro a descrevê-la foi Américo Vespúcio, em expedição realizada entre 1503 e 1504. Primeira capitania hereditária do Brasil, o arquipélago sofreu constantes invasões de ingleses, franceses e holandeses entre os séculos XVI e XVIII. Em 24 de setembro de 1700, Fernando de Noronha tornou-se, por carta régia, dependência de Pernambuco, capitania com a qual já tinha uma ligação histórica. Em 1736, a ilha foi invadida pela Companhia Francesa das Índias Orientais, passando-se a chamar Isle Dauphine, porém, no ano seguinte, uma expedição enviada pelo Recife expulsou os franceses.[9]

Em 1942, com a Segunda Guerra Mundial, o arquipélago tornou-se território federal, cuja sigla era FN, passando a servir como base avançada de guerra; mas voltou à administração pernambucana quatro décadas e meia depois, no ano de 1988.[9][10][11] Atualmente Fernando de Noronha constitui um distrito estadual de Pernambuco, e é gerida por um administrador-geral designado pelo governo do estado.[9]

Após uma campanha liderada pelo ambientalista José Truda Palazzo Júnior, em 14 de outubro de 1988 a maior parte do arquipélago foi declarada Parque Nacional, com cerca de 11 270 ha,[8] para a proteção das espécies endêmicas lá existentes e da área de concentração dos golfinhos rotadores (Stenella longirostris), que se reúnem diariamente na Baía dos Golfinhos — o lugar de observação mais regular da espécie em todo o planeta. No ano de 2001 a UNESCO declarou Fernando de Noronha Patrimônio Natural da Humanidade.[12]

História

Descoberta

Muitas controvérsias marcam o descobrimento do arquipélago pelos europeus. Pelo menos três nomes — São Lourenço, São João e Quaresma — têm sido associados com a ilha na época de sua descoberta. Com base em registros escritos, a ilha Fernando de Noronha foi descoberta em 10 de agosto de 1503 por uma expedição portuguesa, organizada e financiada por um consórcio comercial privado liderado pelo comerciante de Lisboa, Fernão de Loronha. A expedição estava sob o comando geral do capitão Gonçalo Coelho e levou o aventureiro italiano Américo Vespúcio a bordo, sendo que escreveu um relato sobre ele.[13] A nau capitânia da expedição atingiu um recife e naufragou perto da ilha e a tripulação e a carga tiveram que ser resgatados. Sob ordens de Coelho, Vespúcio ancorou na ilha e passou uma semana lá, enquanto o resto da frota de Coelho ficou ao sul. Em sua carta a Piero Soderini, Vespúcio descreve uma ilha desabitada e relata o seu nome coma "ilha de São Lourenço" (10 de agosto é o dia da festa de São Lourenço, era um costume de explorações portuguesas nomear locais de acordo com o calendário litúrgico).

Detalhe do Planisfério de Cantino, de 1502, mostrando a ilha de "Quaresma" na costa brasileira.

A existência do arquipélago foi relatada a Lisboa em algum momento até 16 de janeiro de 1504, quando o rei D. Manuel I de Portugal emitiu uma carta de concessão da "ilha de São João" como uma capitania hereditária de Fernão de Loronha.[14] A data e o novo nome na carta ainda são um enigma para os historiadores. Como Vespúcio não regressou a Lisboa até setembro de 1504, a descoberta deve ter sido anterior. Os historiadores têm a hipótese de que um navio perdido da frota de Coelho, sob o comando de um capitão desconhecido, pode ter retornado para a ilha (provavelmente no dia 29 de agosto de 1503, dia da festa da decapitação de São João Batista) para pegar Vespúcio, mas não o encontrou ou a qualquer outra pessoa e voltou para Lisboa com a notícia.[15] (Vespúcio, em sua carta, afirma que ele deixou a ilha em 18 de agosto de 1503 e em sua chegada a Lisboa um ano depois, em 7 de setembro de 1504, o povo da cidade foi surpreendido, uma vez que "tinha sido dito" que o navio havia se perdido.[16] O capitão, que regressou a Lisboa com a notícia (e com o nome São João) ainda é desconhecido.

Mapa de Fernando de Noronha, 1886. Arquivo Nacional.

Esta versão, reconstruída a partir de registros escritos, é severamente prejudicada pelo registro cartográfico. Uma ilha, chamada Quaresma, parecendo muito com a ilha de Fernando de Noronha, aparece no Planisfério de Cantino. O mapa de Alberto Cantino foi composto por um cartógrafo português anônimo e terminado antes de novembro de 1502, bem antes da expedição de Coelho ser estabelecida. Isso levou à especulação de que a ilha foi descoberta por uma expedição anterior. Entretanto, não há consenso sobre qual expedição que poderia ter sido a pioneira. O nome, "Quaresma", sugere que o arquipélago deve ter sido descoberto em março ou início de abril, o que não corresponde bem com expedições conhecidas. Há também uma ilha misteriosa vermelha à esquerda de Quaresma no mapa de Cantino que não se encaixa com a ilha de Fernando de Noronha. Alguns explicaram estas anomalias lendo quaresma como anaresma (de significado desconhecido, mas que evita o período da Quaresma)[17] e propuseram que a ilha vermelha é apenas uma mancha acidental de tinta.[18]

Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha 

Morro do Pico

Critérios ix, x
Referência 1000
Região Brasil
Países  Brasil
Coordenadas 3º 51' 13″ N, 32º 25' 25″ O
Histórico de inscrição
Inscrição 2001

Nome usado na lista do Património Mundial

  Região segundo a classificação pela UNESCO

Assumindo que "Quaresma" seja, de fato Fernando de Noronha, não se sabe quem a descobriu. Uma das propostas é de que ela foi descoberta por uma expedição de mapeamento portuguesa real que foi enviado em maio de 1501, comandada por um capitão (possivelmente André Gonçalves) e também acompanhada por Américo Vespúcio.[19] De acordo com Vespúcio, esta expedição retornou a Lisboa em setembro de 1502, apenas a tempo de influenciar a composição final do mapa de Cantino. Infelizmente, Vespúcio não relata ter descoberto esta ilha; na verdade, ele é bastante claro que a primeira vez que ele (e seus companheiros marinheiros) viu a ilha foi na expedição de Coelho em 1503. No entanto, há uma carta escrita por um italiano de que um navio chegou "da terra dos papagaios" em Lisboa no dia 22 de julho de 1502 (três meses antes Vespúcio).[20] Este poderia ser um navio perdido da expedição de mapeamento que retornou prematuramente, sobre a qual ainda não há informação.[21] O momento da sua famosa chegada (julho de 1502), faz com que seja possível que ele passou na ilha em algum momento de março de 1502, na viagem de volta, bem dentro do período da Quaresma.

Uma terceira teoria possível (mas improvável) é de que a ilha foi descoberta já em 1500, logo após a descoberta do Brasil pela Segunda Armada da Índia, sob a liderança de Pedro Alvares Cabral. Após sua breve parada em terra firme em Porto Seguro, na Bahia, Cabral despachou um navio de suprimentos sob o comando de Gaspar de Lemos ou André Gonçalves de volta a Lisboa para relatar a descoberta. Este navio de abastecimento retornando teria seguido em direção ao norte ao longo da costa brasileira e pode ter chegado até a ilha de Fernando de Noronha e relatado a sua existência ao governo de Lisboa em julho de 1500.[22] No entanto, isso contradiz o nome Quaresma, uma vez que o navio de abastecimento partiu bem após o tempo da Quaresma.

Uma quarta possibilidade (também improvável) é que a ilha foi descoberta pelo Terceiro Armada da Índia de João da Nova, que partiu de Lisboa em março ou abril de 1501 e chegou de volta em setembro de 1502, também a tempo de influenciar o Planisfério de Cantino. O cronista Gaspar Correia afirma que na viagem de ida, a Terceira Armada fez uma parada na costa brasileira em torno do Cabo de Santo Agostinho.[23] Dois outros cronistas (João de Barros e Damião de Góis) não mencionam a terra firme, mas eles relatam a descoberta de uma ilha (que eles acreditam ser identificado como ilha de Ascensão, mas isso não é certo).[24] Portanto, é possível que a Terceira Armada pode de fato ter descoberto a ilha Fernando de Noronha em sua volta. No entanto, o calendário é muito apertado: a Páscoa foi em 11 de abril de 1501, enquanto que a data prevista de partida da Terceiro Armada de Lisboa varia de 5 março a 15 abril, não deixando tempo suficiente para chegar a esses locais dentro da Quaresma.

Como resultado destas controvérsias, alguns historiadores modernos têm proposto que o arquipélago de Fernando de Noronha não está representado no mapa de Cantino, de 1502. Em vez disso, eles propuseram que a ilha Quaresma e a "mancha de tinta" vermelha que acompanha são, na verdade, o Atol das Rocas, um pouco deslocada no mapa. Estes também consideram que Fernando de Noronha foi descoberta em 10 de agosto de 1503, pela expedição de Gonçalo Coelho, como relatado originalmente por Vespúcio..[25]

A transição do nome de "São João" para "Fernando de Noronha" foi, provavelmente, apenas pelo uso natural. A carta régia datada de 20 de maio de 1559, aos descendentes da família Noronha, ainda se refere à ilha por seu nome oficial, ilha de São João.[26] No entanto, em outros lugares por exemplo, o diário de bordo de Martim Afonso de Sousa na década de 1530 referia-se ao arquipélago como "ilha de Fernão de Noronha" ("Noronha" era um erro ortográfico comum de "Loronha"). O nome informal eventualmente se tornou o nome oficial.

Colonização e era moderna

Igreja de Nossa Senhora dos Remédios vista do forte homônimo.
Antigos canhões usados na defesa do arquipélago, expostos em frente ao Palácio de São Miguel.

O comerciante de Lisboa Fernão de Loronha não apenas tornou a ilha uma capitania hereditária, mas também (de 1503 até 1512) um monopólio comercial sobre o comércio no Brasil. Entre 1503 e 1512, os agentes de Loronha configuraram uma série de armazéns (feitorias) ao longo da costa brasileira e envolveram-se no comércio de pau-brasil (uma madeira nativa que servia como corante vermelho e era altamente valorizada pelos costureiros europeus) com os povos indígenas locais. A ilha de Fernando de Noronha era o ponto de coleta central desta rede.[9]

O pau-brasil, continuamente colhido pelos índios costeiros e entregues aos vários armazéns litorâneos, era enviado para o armazém central no arquipélago, que era visitado por um navio de transporte maior que levava as cargas coletadas de volta para a Europa. Após o vencimento do alvará comercial de Loronha em 1512, a organização da empresa de pau-brasil foi assumida pela coroa portuguesa, mas Loronha e seus descendentes mantiveram a posse privada da ilha como uma capitania hereditária pelo menos até a década de 1560.[9]

Em 24 de setembro de 1700, Fernando de Noronha tornou-se, por carta régia, dependência de Pernambuco, capitania com a qual já tinha uma ligação histórica. Em 1736 a llha foi invadida pela Companhia Francesa das Índias Orientais, passando-se a chamar Isle Dauphine, porém, no ano seguinte, uma expedição enviada pelo Recife expulsou os franceses.[9]

O capitão Henry Foster parou em Fernando de Noronha durante sua expedição de pesquisa científica como comandante do HMS Chantecler, que havia sido estabelecido em 1828. Para fazer o levantamento das costas e correntes oceânicas, Foster usou um pêndulo de Kater para fazer observações sobre a gravidade.[27] Ele usou a ilha como o ponto de junção de sua linha dupla de longitudes que estabeleceram a sua pesquisa. Foi-lhe dada uma assistência considerável pelo Governador do Fernando Noronha, que deixou Foster usar parte de sua própria casa para os experimentos com o pêndulo.[28] A longitude do Rio de Janeiro feita por Foster estava entre aquelas em um lado de uma discrepância significativa, o que significava que os gráficos da América do Sul estavam em dúvida.

Para resolver isso, o Almirantado instruiu o capitão Robert FitzRoy a comandar o HMS Beagle em uma expedição de pesquisa. Uma das suas tarefas essenciais foi uma parada em Fernando Noronha para confirmar sua longitude exata, usando os 22 cronômetros a bordo do navio para dar o tempo preciso de observações.[28] Eles chegaram à ilha no final da noite de 19 de fevereiro de 1832, ancorando à meia-noite. Em 20 de fevereiro, FizRoy desembarcou em um pequeno pedaço de terra para tomar observações, apesar das dificuldades causadas por ondas fortes, e então navegou para a Bahia ainda naquela noite.[29]

Durante o dia, a ilha foi visitada pelo naturalista Charles Darwin, que era um dos passageiros do HMS Beagle. Ele tomou notas para seu livro sobre geologia. Ele escreveu sobre sua admiração com as madeiras:

"Toda a ilha é uma floresta e é tão densamente interligada que exige grande esforço para passar. — O cenário era muito bonito e grandes magnólias, louros e árvores cobertas de flores delicadas deveriam ter me satisfeito. — Mas eu tenho certeza que toda a grandeza dos trópicos ainda não foi vista por mim ... — Nós não vimos pássaros vistosos, nem beija-flores. Nem grandes flores."[30]

Suas experiências em Fernando de Noronha foram registradas em seu diário, mais tarde publicado como The Voyage of the Beagle.[31] Ele também incluiu uma breve descrição da ilha em sua obra Geological Observations on the Volcanic Islands, de 1844, feita com base nas observações da viagem do HMS Beagle.[32]

Período contemporâneo

Representação da ilha em 1903
Detentos durante o trabalho na ilha em 1930.
O monoplano francês Couzinet 70 na ilha em 14 de junho de 1934

No final do século XVIII, uma prisão foi construída e os primeiros prisioneiros foram enviados para Fernando de Noronha. Em 1897, o governo do estado de Pernambuco tomou posse da prisão.[33] Entre 1938 e 1945, Fernando de Noronha foi uma prisão política. O ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes, foi preso lá após ser deposto do cargo de Governador de Pernambuco pelo golpe militar de 1964. Em 1957, a prisão foi fechada e o arquipélago foi visitado pelo presidente Juscelino Kubitschek.[34]

Reportagem da revista O Cruzeiro, de 2 de agosto de 1930, descreve o presídio como fantasma infernal para esses proscritos da sociedade, que viviam completamente alheios ao que se passava no resto do mundo, apesar de o Governo proporcionar aos presos uma vida saudável de trabalho e de conforto.[35]

No início do século XX, os britânicos chegaram a prestar cooperação técnica em telegrafia (The South American Company). Mais tarde, os franceses vieram com o French Cable[36] e os italianos com o Italcable.[37]

Em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, o arquipélago se tornou um território federal, que incluía o Atol das Rocas e o Arquipélago de São Pedro e São Paulo. O governo enviou presos comuns e políticos para a prisão local. O Território Federal de Fernando de Noronha foi criado em 9 de fevereiro de 1942, pelo decreto-lei federal, de n.º 4102, desmembrado do estado de Pernambuco. A entidade administrativa durou 46 anos.

Base americana em Fernando de Noronha, 1959. Arquivo Nacional.

Durante a Segunda Guerra Mundial, um aeroporto foi construído em setembro de 1942 pelas Forças Aéreas do Exército dos Estados Unidos para a rota aérea Natal-Dakar. É então fornecida uma ligação transoceânica entre o Brasil e a África Ocidental Francesa para carga, trânsito das aeronaves e pessoal durante a campanha dos Aliados na África. O Brasil transferiu o aeroporto para a jurisdição da Marinha dos Estados Unidos em 5 de setembro de 1944.[38] Após o fim da guerra, a administração do aeroporto foi transferido de volta para o governo brasileiro. O Aeroporto de Fernando de Noronha é servido por voos diários de Recife e Natal, na costa brasileira.

Em 1988 o governo brasileiro designou cerca de 70% do arquipélago como um parque nacional marítimo, com o objetivo de preservar o meio ambiente terrestre e marítimo. Em 5 de outubro de 1988 o Território Federal foi dissolvido e Fernando de Noronha reintegrado ao estado de Pernambuco.

Hoje a economia de Fernando de Noronha depende do turismo, restrito pelas limitações do seu ecossistema delicado. Além do interesse histórico mencionado anteriormente, o arquipélago tem sido alvo da atenção de vários cientistas dedicados ao estudo de sua flora, fauna, geologia, etc. O local também é considerado uma "entidade" separada pela Century DX club e, por isso, é visitado com bastante frequência por operadores de rádio amador.

Em 2001, a UNESCO declarou o arquipélago de Fernando de Noronha e o Atol das Rocas como um Patrimônio Mundial. A organização citou os seguintes motivos para isso: a) a importância da ilha como área de alimentação para várias espécies, incluindo atum, peixe agulha, cetáceos, tubarões e tartarugas marinhas; b) uma elevada população de golfinhos residentes e c) proteção para espécies ameaçadas de extinção, como a tartaruga-de-pente e diversas aves.[39]

Em 2009, o voo Air France 447 desapareceu ao largo da costa nordeste do Brasil. Presumiu-se que a aeronave caiu no Oceano Atlântico, próxima a de Fernando de Noronha. Operações de salvamento e resgate foram lançadas a partir da ilha.

Vista panorâmica da Baía dos Porcos

Geografia

Fotografia aérea da ilha principal do arquipélago.
Golfinhos na Baía dos Golfinhos.
Nuvens carregadas cobrindo o céu de Fernando de Noronha. Os meses mais chuvosos na ilha são março, abril e maio.[40]

De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde 2017,[41] Fernando de Noronha pertence às Regiões Geográficas Intermediária e Imediata do Recife.[42] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Fernando de Noronha, que por sua vez estava incluída na mesorregião Metropolitana do Recife.[43]

Geologia

As ilhas deste arquipélago são as partes visíveis de uma cadeia de montanhas submersas. Fernando de Noronha é composto por 21 ilhas, ilhotas e rochedos de origem vulcânica, e possui uma área total de 26 km².[7] A ilha principal compreende 91% da área total do arquipélago, com uma área de 17 km2, sendo 10 km de comprimento e 3,5 km de largura no seu ponto máximo. A base dessa enorme formação vulcânica está cerca de 4 000 metros abaixo do nível do mar. O planalto central da ilha principal é chamado de "Quixaba". As ilhas da Rata, Sela Gineta, Cabeluda e São José, juntamente com as ilhotas do Leão e Viúva compõem praticamente todo o restante do arquipélago.[44]

Flora e fauna

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) lista 15 possíveis espécies de plantas endêmicas do arquipélago, incluindo espécies dos gêneros Capparis noronhae (duas espécies), Ceratosanthes noronhae (três espécies), Cayaponia noronhae (duas espécies), Moriordica noronhae, Cereus noronhae, Palicourea noronhae, Guettarda noronhae, Bumelia noronhae, Physalis noronhae e Ficus noronhae.[45]

As ilhas têm duas aves endêmicas - a cocoruta (Elaenia ridleyana) e o Noronha Vireo (Vireo gracilirostris). Ambas estão presentes na ilha principal; Noronha Vireo também está presente na Ilha Rata. Além disso, há uma corrida endêmica do avoante Zenaida auriculata noronha. Um roedor sigmodontine endêmico, Noronhomys vespuccii, citado por Américo Vespúcio, está extinto.[46] As ilhas têm dois répteis endêmicos, Amphisbaena ridleyi e Trachylepis atlantica.[47]

O Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha é uma unidade de conservação de proteção integral administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Criado em 1988, ocupa a maior parte do arquipélago e possui uma variedade de fauna e flora únicas. Ótimo local para turismo, porém, devido à fiscalização do ICMBio, algumas das ilhas têm a visitação controlada. Boldró é onde está localizado o centro de convenções do Projeto TAMAR/ICMBio. Seu nome foi dado por militares americanos e é originário da expressão em inglês Bold Rock, que significa Pedra Saliente em português.

Clima

O clima da ilha é o tropical (do tipo As' na classificação climática de Köppen-Geiger, quente o ano todo, com temperatura média anual de 26 °C e chuvas concentradas entre fevereiro e julho, sendo abril o mês mais chuvoso (290 mm). A amplitude térmica é muito pequena, característica da região da Linha do Equador. Ao longo do ano a temperatura da água do mar varia entre 26 °C e 28 °C. Com mais de 2 900 horas de sol por ano, a umidade do ar é relativamente elevada, com médias mensais entre 70% e 90%.[40][48][49]

Dados climatológicos para Fernando de Noronha (1961-1990)
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima média (°C) 29,8 30 29,7 29,6 29,2 28,7 28,1 28,1 28,7 29,1 29,5 29,8 29,2
Temperatura média (°C) 27 27,1 26,9 26,7 26,6 26,2 25,7 25,7 26 26,3 26,6 27 26,5
Temperatura mínima média (°C) 24,9 24,8 24,6 24,5 24,5 24,2 23,8 23,8 24,1 24,4 24,6 24,9 24,4
Precipitação (mm) 63,1 110,6 263,6 290,3 280,3 190,2 122 37 18,5 12 13 17,8 1 418,4
Umidade relativa (%) 78 76 81 84 83 81 81 77 73 75 75 76 78,3
Horas de sol 250,6 209,3 189,5 238,8 208,4 222,5 224,7 260,2 265 285,3 281,5 271,2 2 907
Fonte: Climate Charts/NOAA.[40][49]

Praias

Mapa do Arquipélago de Fernando de Noronha.

Problemas ecológicos

Embora protegida pela designação de parque nacional, muito do seu ecossistema terrestre está destruído. A maior parte de vegetação original foi cortada na época em que a ilha funcionava como presídio, para tornar mais difícil que prisioneiros fugissem e se escondessem.

Existe também o problema das espécies invasivas, especialmente a linhaça, originalmente introduzida com a intenção de alimentar gado, sendo que, atualmente, a sua disseminação pelo território está fora de controle, ameaçando o que resta da vegetação original. Sem a cobertura das plantas, a ilha não retém água suficiente durante a estação seca, e a vegetação adquire um tom marrom, secando como consequência.

Observa-se também a incoerência da permissão de criação de ovelhas na ilha, ao mesmo tempo em que se pede aos visitantes que preservem a Mata Atlântica insular, em recuperação.

Outra espécie invasiva é o lagarto localmente conhecido como teiú, originalmente introduzido para tentar controlar uma infestação de ratos. A ideia não funcionou, uma vez que os ratos são noturnos e o teiú diurno. Atualmente o lagarto passou a ser considerado praga em vez dos ratos.

Galeria

Economia

Placa indicativa das trilhas ecológicas.

O arquipélago de Fernando de Noronha possuía em 2015 um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 98 593,63 mil e um PIB per capita de R$ 33 649,70.[6] O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do distrito estadual foi calculado em 0,788 (PNUD/2010).[5] No arquipélago existem duas agências bancárias, uma do Banco Santander e outra do Banco Bradesco além de um Banco Postal (Banco do Brasil) na agência dos Correios na Vila dos Remédios.

Turismo

Fernando de Noronha é um dos melhores lugares para a prática de mergulho do mundo.
Ruínas do Forte Santana.

As praias de Fernando de Noronha são promovidas para o turismo e o mergulho recreativo. Devido à Corrente Sul Equatorial, que empurra a água quente da África para a ilha, o mergulho a profundidades de 30 a 40 metros não exige uma roupa de mergulho. A visibilidade debaixo d'água pode chegar a até 50 metros.

Próximo à ilha existe a possibilidade de se fazer um mergulho avançado e visitar a Corveta Ipiranga, que repousa a 62 metros de profundidade, depois de ser afundada naquele ponto intencionalmente, após um acidente de navegação.

A ilha conta com três operadoras de mergulho, oferecendo diferentes níveis de qualidade de serviço. Além disso, o arquipélago conta com interessantes pontos de mergulho livre, como a piscina natural do Atalaia, o naufrágio do Porto de Santo Antônio, a laje do Boldró, dentre outros. O arquipélago possui diversificada vida marinha, sendo comum observar diversas espécies de peixes recifais, tartarugas e eventualmente tubarões e golfinhos.

Pontos turísticos

Cultura

Esportes

Fernando de Noronha é, reconhecidamente, um dos melhores lugares do Brasil para a prática do surfe, e suas ondas tubulares e cristalinas atraem surfistas para praias como a Cacimba do Padre, Boldró, Cachorro, entre outras. Além disso, em Fernando de Noronha há a prática de esportes, entre eles o futebol, voleibol, futebol de salão e futebol de areia. Possui competições das quatro categorias, chamada "Copa Noronha", sendo a Copa Noronha de Futebol, Copa Noronha de Voleibol, Copa Noronha de Futsal e Copa Noronha de Futebol de Areia, respectivamente. Há também a Copa Noronha de Futebol Masters, para jogadores com idade acima de 30 anos. Todas as competições são organizadas pelo Conselho de Esportes de Fernando de Noronha, setor esportivo do governo distrital.

Vista panorâmica da Praia da Conceição

Ver também

Referências

  1. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Fernando de Noronha». Consultado em 4 de agosto de 2018. Cópia arquivada em 4 de agosto de 2018 
  2. Governo de Pernambuco. «Administração Geral de Fernando de Noronha». Consultado em 4 de agosto de 2018. Cópia arquivada em 4 de agosto de 2018 
  3. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Área territorial oficial». Consultado em 15 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 16 de outubro de 2015 
  4. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (30 de agosto de 2017). «Estimativas da população residente no Brasil e unidades da federação com data de referência em 1º de julho de 2017» (PDF). Consultado em 4 de agosto de 2018 
  5. a b Atlas do Desenvolvimento Humano (29 de julho de 2013). «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Consultado em 31 de agosto de 2013. Cópia arquivada (PDF) em 8 de julho de 2014 
  6. a b c Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2015). «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2015». Consultado em 4 de agosto de 2018. Cópia arquivada em 4 de agosto de 2018 
  7. a b «Fernando de Noronha - IBGE Cidades». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 17 de janeiro de 2015 
  8. a b Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. Cadastro Nacional de Unidades de Conservação do Ministério do Meio Ambiente (Relatório Completo). Página visitada em 20 de dezembro de 2013.
  9. a b c d e f «História de Fernando de Noronha». Noronha.com.br. Consultado em 4 de janeiro de 2015 
  10. «História de Fernando de Noronha». Brasil Escola. Consultado em 11 de janeiro de 2016 
  11. «Fernando De Noronha». PUC-PR. Consultado em 11 de janeiro de 2016 
  12. «Unesco declara Fernando de Noronha Patrimônio da Humanidade». Folha de S.Paulo. Consultado em 30 de janeiro de 2015 
  13. A expedição de Coelho é também conhecida com a "Quarta Viagem" de Vespúcio e é relatada na carta de Américo Vespúcio a Piero Soderini, c. 1504-05. Veja a versão em inglês da carta em Letter to Soderini
  14. Uma cópia real desta carta nunca foi encontrada. Seu conteúdo e data, no entanto, são resumidos em carta régia de 3 março de 1522, confirmando isso e ainda uma outra carta régia de 20 de maio de 1559, que identifica a localização de São João precisamente como a ilha Fernando de Noronha. Veja Duarte Leite (1923: p.276-8) e Roukema (1963: p.21).
  15. Roukema (1963: p.22)
  16. Roukema (1963: p.21)
  17. Para o termo "Anaresma", veja Henry Harrisse (1891) The Discovery of North America (1961 ed., p.319) and Orville Derby (1902) "Os mappas mais antigos do Brasil", Revista do Instituto Historico e Geografico de São Paulo, vol. 7, p.244. This reading was insisted upon later by historian Marcondes de Sousa (1949) Américo Vespúcio e suas viagens (São Paulo). Essa hipótese causou uma breve controvérsia com outros historiadores, e.g. Damião Peres, Duarte Leite.
  18. A teoria da mancha de tinta foi sugerido por Duarte Leite (1923: p.275-8).
  19. A expedição de mapeamento de 1501 também é conhecida como a "terceira viagem" de Américo Vespúcio (e seu primeiro sob a bandeira portuguesa). Américo Vespúcio relaciona esta expedição duas vezes - primeiro em uma carta a Lorenzo Pietro Francesco di Medici, escrito no início de 1503 (ver(account) em Letter do Medici), e de novo em suas cartas a Piero Soderini, escritas em 1504-05 (Letter to Soderini). EM sua carta, Vespúcio não menciona o nome do capitão dessa expedição de 1501 e sua identidade tem sido especulada. O cronista do século XVI Gaspar Correia sugeriu que era André Gonçalves (Lendas da India, p.152). Greenlee (1945) analisa vários nomes possíveis - e se instala na conjectura de que poderia ser o próprio Fernão de Loronha (a hipótese também sugerido por Duarte Leite (1923)). Mas isso é fortemente contestado por outros autores como, por exemplo, Roukema (1963). Seria altamente improvável que um comerciante proeminente e rico como Loronha fosse se ausentar de seus negócios para ir pessoalmente comandar navios por si mesmo. O apoio da Loronha (se houver) para a expedição de mapeamento foi provavelmente limitado ao financiamento.
  20. Esta carta foi escrita pelo emissário veneziano Pascualigo em 12 de outubro de 1502 e é citada no diário de Marino Sanuto. veja Greenlee (1945: p.11n) e Roukema (1963:p.19).
  21. Roukema (1963) aceita a hipótese de uma expedição em separado não registrada em 1501 - e que esta pode ser a única liderado por André Gonçalves. No entanto, Greenlee (1945) rejeita a teoria da expedição não registrada, considerando-a supérflua e abraça a teoria do navio perdido (e que este navio era comandado, pessoalmente, por Fernão de Loronha).
  22. Roukema (1963) rejects this theory.
  23. Gaspar Correia, Lendas da India (p.235)
  24. João de Barros, Decadas da Asia, vol.1, p.466; Damião de Góis, Chronica de D.Manuel, p.84. Veja Roukema (1963).
  25. Roukema (1963: p.19-22). Roukema conclui que o Atol das Rocas é que foi descoberto pelo navio/expedição sem registro perdido e que retornou em 16 de março de 1502, bem dentro do tempo da Quaresma.
  26. Duarte Leite (1923: p.276-8)
  27. «Image of 'sketches of the island of fernando noronha', south atlantic, 1828-1831.». Science Museum. Science & Society Picture Library. Consultado em 24 de fevereiro de 2012 
  28. a b FitzRoy, R. (1839) Narrative of the surveying voyages of His Majesty's Ships Adventure and Beagle between the years 1826 and 1836, London: Henry Colburn, pp. 24–26.
  29. FitzRoy, R. (1839) Narrative of the surveying voyages of His Majesty's Ships Adventure and Beagle between the years 1826 and 1836, London: Henry Colburn, pp. 58–60.
  30. Keynes, R. D. ed. (2001) Charles Darwin's Beagle diary. Cambridge: Cambridge University Press, p. 39.
  31. Darwin, C. R. (1839) Journal and remarks. 1832-1836. London: Henry Colburn, 10–11.
  32. Darwin, C. R. (1844) Geological observations on the volcanic islands visited during the voyage of H.M.S. Beagle, London: Smith Elder and Co., pp. 23–24.
  33. Noronha História
  34. Fernando de Noronha: História da ilha remete ao inferno e ao paraíso
  35. «A ilha de Fernando Noronha». O Cruzeiro. 2 de agosto de 1930. Consultado em 1 de julho de 2011 
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  38. USAFHRA Document 00001957
  39. Patrimônio Mundial pela UNESCO
  40. a b c «Climate Statistics for Fernando de Noronha, Brazil 1961–1990» (em inglês). National Oceanic and Atmospheric Administration. 1961–1990. Consultado em 12 de outubro de 2014 
  41. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Divisão Regional do Brasil». Consultado em 4 de agosto de 2018. Cópia arquivada em 4 de agosto de 2018 
  42. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome IBGE_DTB_2017
  43. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1990). «Divisão regional do Brasil em mesorregiões e microrregiões geográficas» (PDF). Biblioteca IBGE. 1: 52–55. Consultado em 4 de agosto de 2018. Cópia arquivada (PDF) em 4 de agosto de 2018 
  44. Carlos Secchin, Clóvis Barreira e Castro, Arquipélago de Fernando de Noronha, 2.ª ed. 1991.
  45. «Fernando de Noronha»  Islands of Brazil, UN System-wide Earthwatch
  46. Carleton, M.D. and Olson, S.L. 1999. Amerigo Vespucci and the rat of Fernando de Noronha: a new genus and species of Rodentia (Muridae, Sigmodontinae) from a volcanic island off Brazil's continental shelf. American Museum Novitates 3256:1–59.
  47. Mausfeld, P., Schmitz, A., Böhme, W., Misof, B., Vrcibradic, D. and Duarte, C.F. 2002. Phylogenetic affinities of Mabuya atlantica Schmidt, 1945, endemic to the Atlantic Ocean archipelago of Fernando de Noronha (Brazil): Necessity of partitioning the genus Mabuya Fitzinger, 1826 (Scincidae: Lygosominae). Zoologischer Anzeiger 241:281–293.
  48. «Clima: Quando visitar Fernando de Noronha». Consultado em 4 de março de 2015. Cópia arquivada em 13 de maio de 2015 
  49. a b «Fernando De Noronha, Brazil: Climate, Global Warming, and Daylight Charts and Data» (em inglês). Climate Charts. Consultado em 5 de junho de 2014. Cópia arquivada em 13 de outubro de 2014 
  50. «Praia de Fernando de Noronha é eleita a mais bela do mundo; veja lista». G1. Consultado em 18 de março de 2014 

Notas

  1. Por ser um distrito estadual de Pernambuco, não há prefeitos eleitos e sim administradores gerais nomeados pelo governador para exercer a função executiva que seria a de um prefeito.[2]

Bibliográficas

  • Duarte Leite (1923) "O Mais antigo mapa do Brasil" in História da Colonização Portuguesa do Brasil, vol.2, pp. 221–81.
  • Greenlee, W.B. (1945) "The Captaincy of the Second Portuguese Voyage to Brazil, 1501-1502", The Americas, Vol. 2, p. 3-13.
  • Roukema, E. (1963) "Brazil in the Cantino Map", Imago Mundi, Vol. 17, p. 7-26

Ligações externas

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