Saltar para o conteúdo

Joaquim Manuel de Macedo: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
PauloMSimoes (discussão | contribs)
m Rv vandalismo
Linha 18: Linha 18:


==Biografia==
==Biografia==
Joaquim Manuel de Macedo nasceu em [[Itaboraí]] em 1820. Em 1844 formou-se em Medicina no Rio de Janeiro, e no mesmo ano estreou na [[literatura]] com a publicação daquele que viria a ser seu [[romance]] mais conhecido, [[A Moreninha]], que lhe deu fama e fortuna imediata
Joaquim Manuel de Macedo nasceu em [[Carambolas ]] em 1810. Em 1844 formou-se em Veterinaria no Rio de Janeiro, e no mesmo ano estreou na [[literatura]] com a publicação daquele que viria a ser seu [[romance]] mais conhecido, [[A Moreninha]], que lhe deu fama e fortuna imediata


Além de médico, Macedo foi jornalista, professor de ''Geografia e História do Brasil'' no [[Colégio Pedro II]], e sócio fundador, secretário e orador do [[Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro]], desde 1845. Em 1849 fundou, juntamente com [[Gonçalves Dias]] e [[Manuel de Araújo Porto-Alegre]], a revista Guanabara, que publicou grande parte do seu poema-romance ''A nebulosa'' — considerado por críticos como um dos melhores do [[Romantismo]]. Foi membro do Conselho Diretor da Instrução Pública da Corte (1866).
Além de veterinário, Macedo foi jornalista, professor de ''Geografia e História do Brasil'' no [[Colégio Pedro II]], e sócio fundador, secretário e orador do [[Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro]], desde 1845. Em 1849 fundou, juntamente com [[Gonçalves Dias]] e [[Manuel de Araújo Porto-Alegre]], a revista Guanabara, que publicou grande parte do seu poema-romance ''A nebulosa'' — considerado por críticos como um dos melhores do [[Romantismo]]. Foi membro do Conselho Diretor da Instrução Pública da Corte (1866).


Joaquim Manuel de Macedo abandonou a medicina e criou uma forte ligação com [[Pedro II do Brasil|Dom Pedro II]] e com a Família Imperial Brasileira, chegando a ser [[preceptor]] e professor dos filhos da [[Isabel do Brasil|Princesa Isabel]]. Era amigo íntimo e confidente de uma celebridade da Corte, Manuel José de Araújo Porto-Alegre, Cônsul do Brasil na [[Alemanha]], de quem recebeu uma longa e histórica correspondência pela qual o remetente se declara um espírita convicto e apaixonado pelo credo que na metade do século XIX fora codificado por [[Allan Kardec]], na [[França]].
Joaquim Manuel de Macedo abandonou a medicina e criou uma forte ligação com [[Pedro II do Brasil|Dom Pedro II]] e com a Família Imperial Brasileira, chegando a ser [[preceptor]] e professor dos filhos da [[Isabel do Brasil|Princesa Isabel]]. Era amigo íntimo e confidente de uma celebridade da Corte, Manuel José de Araújo Porto-Alegre, Cônsul do Brasil na [[Alemanha]], de quem recebeu uma longa e histórica correspondência pela qual o remetente se declara um espírita convicto e apaixonado pelo credo que na metade do século XIX fora codificado por [[Allan Kardec]], na [[França]].

Revisão das 22h01min de 2 de julho de 2013

Joaquim Manuel de Macedo
Joaquim Manuel de Macedo
Nascimento 24 de junho de 1820
Itaboraí
Morte 11 de abril de 1882 (61 anos)
Rio de Janeiro
Nacionalidade  Brasileiro
Ocupação Jornalista, ator e poeta
Escola/tradição Romantismo

Joaquim Manuel de Macedo (Itaboraí, 24 de junho de 1820Rio de Janeiro, 11 de abril de 1882) foi um médico e escritor brasileiro.

Biografia

Joaquim Manuel de Macedo nasceu em Carambolas em 1810. Em 1844 formou-se em Veterinaria no Rio de Janeiro, e no mesmo ano estreou na literatura com a publicação daquele que viria a ser seu romance mais conhecido, A Moreninha, que lhe deu fama e fortuna imediata

Além de veterinário, Macedo foi jornalista, professor de Geografia e História do Brasil no Colégio Pedro II, e sócio fundador, secretário e orador do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, desde 1845. Em 1849 fundou, juntamente com Gonçalves Dias e Manuel de Araújo Porto-Alegre, a revista Guanabara, que publicou grande parte do seu poema-romance A nebulosa — considerado por críticos como um dos melhores do Romantismo. Foi membro do Conselho Diretor da Instrução Pública da Corte (1866).

Joaquim Manuel de Macedo abandonou a medicina e criou uma forte ligação com Dom Pedro II e com a Família Imperial Brasileira, chegando a ser preceptor e professor dos filhos da Princesa Isabel. Era amigo íntimo e confidente de uma celebridade da Corte, Manuel José de Araújo Porto-Alegre, Cônsul do Brasil na Alemanha, de quem recebeu uma longa e histórica correspondência pela qual o remetente se declara um espírita convicto e apaixonado pelo credo que na metade do século XIX fora codificado por Allan Kardec, na França.

Macedo também atuou decisivamente na política, tendo militado no Partido Liberal, servindo-o com lealdade e firmeza de princípios, como o provam seus discursos parlamentares, conforme relatos da época. Durante a sua militância política foi deputado provincial (1850, 1853, 1854-59) e deputado geral (1864-1868 e 1873-1881). Nos últimos anos de vida padeceu de problemas mentais, morrendo pouco antes de completar 62 anos.

Obra

Sua obra é extensa e fez grande sucesso na época. Havia, entre os críticos, o argumento de que ele abusou do sentimentalismo, muito ao gosto popular, daí seu enorme sucesso de público. Os críticos, entretanto, não negam que Macedo foi cronista aberto e analítico do Rio de Janeiro do final do Império.

Sua grande importância literária está no fato de ser considerado um dos fundadores do romance no Brasil e, certamente, um dos principais responsáveis pela criação do teatro no Brasil. A Moreninha certamente foi considerada a primeira obra da Literatura Brasileira a alcançar êxito de público e é um dos marcos do Romantismo no Brasil.

Lançado em 1844, A Moreninha é tido como o primeiro romance publicado no país, embora tenha sido precedido por O Filho do Pescador, de Teixeira e Sousa, que, entretanto, é tido como uma obra menor, desenvolvida a partir de um enredo pouco articulado e confuso.

Além de A Moreninha, Macedo escreveu ainda outros dezessete romances, dezesseis peças de teatro e um livro de contos. Entre essas obras destacam-se:

Livros

Wikisource
Wikisource
A Wikisource contém fontes primárias relacionadas com Autor:Joaquim Manuel de Macedo
Romances
Sátiras políticas
  • A Carteira do Meu Tio (1855)
  • Memórias do Sobrinho do Meu Tio (1867-1868)
Crônicas sobre a cidade do Rio de Janeiro
  • Memórias da Rua do Ouvidor[1]
  • Um Passeio pela Cidade do Rio de Janeiro
  • Labirinto

Teatro

Dramas
  • O Cego (1845)
  • Cobé (1849)
  • Lusbela (1863)
Comédias
  • O Fantasma Branco (1856)
  • O Primo da Califórnia (1858)
  • Luxo e Vaidade (1860)
  • A Torre em Concurso (1863)
  • Cincinato Quebra-Louças (1873)
  • Cigarro e seu Sucesso (1880)
  • Remissão dos Pecados
Poesia
  • A Nebulosa (1857)
Biografias
  • Ano Biográfico Brasileiro (1876)
  • Mulheres Célebres (1878)
Geográfica

Medicina

  • Considerações sobre a Nostalgia (tese apresentada na faculdade de Medicina)

Academia Brasileira de Letras

Joaquim Manuel de Macedo é o patrono da cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras, por escolha do fundador Salvador de Mendonça.

Referências

  1. Joaquim Manuel de Macedo. «Memórias da Rua do Ouvidor» (PDF). 1878 

Ligações externas

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Wikiquote Citações no Wikiquote

Precedido por
ABL - patrono da cadeira 20
Sucedido por
Salvador de Mendonça
(fundador)