Nacional Fast Clube

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Fast Clube
Nome Nacional Fast Clube
Alcunhas Tricolor do Boulevard
Tricolor Amazonense
Rolo Compressor
Clube da Estrela de Ouro
Tricolor Cintado
Torcedor(a)/Adepto(a) Fastiano
Tricolor
Mascote Rolo Compressor
Principal rival Nacional-AM
Rio Negro-AM
São Raimundo-AM
Fundação 8 de julho de 1930 (93 anos)
Estádio Colina
Capacidade 10 000
Localização Manaus, AM
Mando de jogo em Arena da Amazônia
Capacidade (mando) 44 000
Presidente Denis Albuquerque
Patrocinador(a) Ulbra
Competição Amazonas Campeonato Amazonense - 2ª Divisão
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
titular
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo

O Nacional Fast Clube (conhecido por Fast Clube ou simplesmente Fast) é um clube de futebol brasileiro com sede na cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas.

Fundado em 8 de julho de 1930 por um grupo de dissidentes do Nacional, que desde então se tornou o grande rival do clube, tem como suas cores o azul, o branco e o vermelho, que são as mesmas da bandeira do Amazonas, e seu mascote é o Rolo Compressor, que também é uma das principais alcunhas do clube. É detentor de 7 títulos no Campeonato Amazonense, sendo o último deles ganho em 2016 e uma Copa Norte conquistada em 1970. Em nível nacional, soma 3 participações na primeira divisão do Campeonato Brasileiro e 5 na Copa do Brasil, além de 2 na Copa Verde.

História[editar | editar código-fonte]

O clube foi fundado no dia 8 de Julho de 1930, por um grupo de sócios e jogadores dissidentes do Nacional Futebol Clube, que comandados pelo dirigente Vivaldo Lima e pelo então jogador e capitão do time nacionalino Rodolpho Gonçalves, resolveram sair do clube. A dissidência se deu por discordâncias sobre a política interna do clube. Rodolpho sugeriu em assembleia geral que o estatuto do clube fosse alterado no ponto em que os jogadores eram obrigados a pagar mensalidades e também não tinham direito a voto. O Nacional era presidido pelo coronel Leopoldo Mattos, e sob sua ordem mudou-se o estatuto do clube às vésperas da eleição presidencial, tirando dos jogadores o direito a voto. Parte considerável dos jogadores queriam Vivaldo Lima para a presidência, e estavam fechados em torno do nome do médico e dirigente. Com a manobra, os jogadores, cassados em seus direitos estatutários, não aceitaram a imposição e resolveram sair do Nacional. A ideia inicial foi a de se juntar a outra agremiação da cidade, mas, aos poucos foi sendo amadurecida a ideia de um novo clube, que acabou se consolidando e levado à fundação do Fast Clube e fizeram valer seu desejo fazendo de Vivaldo Lima o primeiro presidente.[1]

Como torcedores que eram do clube do qual haviam saído e apegados a seus símbolos, segundo eles, algumas características precisavam ser mantidas:

  • O nome Nacional, que seria oficialmente o nome do clube. A ideia é de que o clube nascido da cisão seria uma continuação alternativa do Nacional já existente.
  • A cor azul, que se juntou ao vermelho e ao branco, para homenagear as cores da bandeira do estado do Amazonas.
  • A sigla NFC.
  • A estrela como símbolo, que foi adotada na cor amarela, como vigora até hoje.

Assim, o novo clube já tinha como nome Nacional, as iniciais NFC, as cores vermelho, azul e branco em virtude da bandeira do Amazonas, além da estrela amarela ao centro do escudo. O grupo então resolveu consultar o professor Carlos Mesquita, do tradicional Gimnasyo Amazonense Dom Pedro II, para que sugerisse um nome iniciado pela letra F para diferenciar-se do antigo clube. Assim, o professor, que lecionava Inglês, batizou o clube com o termo "Fast", que em inglês significa "rápido", fazendo uma analogia com a rapidez e a destreza que os jogadores que fundavam a nova associação de futebol apresentavam em campo.

O primeiro jogo

O primeiro jogo que se tem registro do "Tricolor" foi um amistoso contra o Rio Negro, valendo a posse da Taça Sylvio Franco, realizado no Parque Amazonense.[1]

  • 12 de Outubro de 1930 - Fast Clube 2x1 Rio Negro - Parque Amazonense

O início[editar | editar código-fonte]

O Fast Clube, assim como todo clube novo que ingressava na Federação Amazonense, tinha que jogar as divisões de acesso à elite. O clube já nascia com a premissa de ser uma grande força do futebol local por contar com jogadores e dirigentes dissidentes do Nacional, que já colecionava títulos no futebol do estado. O "tricolor" veio a iniciar suas atividades na primeira divisão do Campeonato Amazonense de Futebol em 1932, depois de passar pela "Prova de Fogo" no final de 1931 contra o pior clube dela, e naquele ano já teria sido vice-campeão da competição.

Década de 1930

A década de 30 foi de enorme valor para o Fast, que disputou algumas finais do estadual, vindo a perder todas. Apesar disso, o time era respeitado e, de forma unânime, era considerado um dos melhores times ao lado do Rio Negro e Nacional, formando aquele que anteriormente era chamado de "Trio de Ferro". Nesta mesma década foi convidado a disputar competições interestaduais e amistosos em estados brasileiros, estes raros pela distância e amadorismo local, com destaque para a viagem ao Maranhão e Ceará.

Primeiros títulos nos anos 1940

Nos primeiros dez anos de fundação o Fast Clube amargou 05 (cinco) vices campeonatos. Os primeiros títulos apareceram no final da década de 40 com as conquistas de 1948-49, um bi-campeonato com um belo time comandado por Raul, Nêgo, Marcílio, Aurélio, Mário Torres, Waldemir Osório, Paulo Onety, Dedé, Zequinha, entre outros grandes jogadores. Esta década consolidou o Fast como um dos principais times da cidade de Manaus, tendo realizado vários amistosos e recebido convites para jogos fora do estado, confirmando a fama do time manauara como uma das forças locais.[1]

Anos 1950

Em 1950, o Fast Clube estava prestigiado no futebol amazonense e despontava com destaque, com o prestígio e reconhecimento ao clube, o Fast Clube proporcionou um amistoso de grandes proporções, este o primeiro da história do clube e de um time amazonense, contra o Flamengo do Rio de Janeiro, o time carioca vinha de uma extensa excursão pelo Brasil, já tinha passado pelos estados nortistas do Pará e Amapá. O jogo foi realizado no Campo do Parque Amazonense, com o término no placar de 6-1 para os cariocas no dia 31 de março. Mas foi nesta década que veio o terceiro título estadual em 1955. Além disso, existiu uma grande rivalidade com o América por este ser o principal concorrente às taças na primeira metade deste período.

Já no final da década, em 1959, outro grande clube carioca, o Fluminense, veio para a realização de uma série de amistosos em Manaus, e o Fast Clube era um dos seus adversários. No Parque Amazonense lotado, o jogo terminou 5-1 para os cariocas, mas na verdade o jogo foi uma grandiosa festa.

Anos 1960

Em 1960, o Fast conquistava seu quarto título, com um time arrasador, e foi nesta década que veio a primeira disputa do Torneio Norte-Nordeste em 1969, muito disputada na época e de grande importância. Um jogo que entrou para a histórica do Rolo Compressor nesta década foi contra a equipe pernambucana do Sport, que veio para a inauguração dos refletores do Estádio da Colina. O jogo foi realizado em fevereiro de 1961, o Sport vinha de duas vitórias frente a São Raimundo e Santos e o Fast Clube, em uma tarde inspirada, aplicou uma goleada de 7-5, levando os amazonense ao delírio com a bela atuação do Clube.

Anos 1970[editar | editar código-fonte]

A virada dos anos 60 e os anos 70 foram os melhores da história do tricolor quando assume a presidência o industrial Jonas Martins Lopes , o clube foi finalista de cinco campeonatos consecutivos, de 1968 a 1972, enfrentando o Nacional em quatro finais e a Rodoviária em 1971. O clube seria o primeiro amazonense a jogar o Campeonato Brasileiro de Futebol em 1971, quando, por ser campeão amazonense, jogaria a Série B. Acabou se juntando a clubes e federações descontentes com a não inclusão na primeira divisão do futebol brasileiro na disputa da Copa de Integração Nacional, disputada em Goiás, e a vaga na Taça de Prata acabou ficando com a Rodoviária, que não tinha a mesma força que o tricolor naqueles anos. Naquele tempo, o grande empresário Jonas Martins Lopes, que sempre foi fastiano, montou um excelente time e se tornou o maior presidente da história do Fast, conquistando além do Bicampeonato Amazonense, a Taça Norte.

A partir do seu último título em 1971, passou a figurar entre a 2ª e a 3ª posição do campeonato, num período de grande domínio dos seus dois grandes rivais, ainda assim conseguiu ser finalista por dois anos seguidos em 1977-78, garantindo assim sua estreia na elite do futebol nacional. O Fast Clube teve três participações na primeira divisão, sendo a de 1978, a mais comemorada e lembrada pelos torcedores mais antigos e saudosos. Neste ano o Fast Clube surpreendeu o Fluminense, em pleno estádio do Maracanã, vencendo por 2x1, com gols de Gildázio e Cabral. No mesmo ano fez dois grandes jogos contra Cruzeiro e Atlético-MG, os placares foram de 5x4 e 2x1 para os mineiros.

Bicampeonato Amazonense 70-71[editar | editar código-fonte]

Sob o comando do induatrial Jonas Martins Lopes , o Fast Clube recebeu uma grande evolução, montando um dos times mais fortes da história do futebol amazonense. O clube conquistou seu 2º bicampeonato com o melhor time de sua história, conhecido como o "time dos irmãos Piola" que ganharam fama no Norte-Nordeste do país naquele período.[1]

Em 1970 num campeonato de pontos corridos, superou o Nacional numa briga ponto a ponto. Em 1971 venceu a Rodoviária no último jogo de uma melhor de três por 4x1 depois de dois empates em 0x0 e levantou sua sexta taça oficial. Naqueles dois anos, o faz disputou 29 jogos pelo Campeonato Amazonense de Futebol, conquistando 18 vitórias, 7 empates e 4 derrotas.[1]

Os times base do Fast Clube eram:

  • Em 1970 – Zé Carlos (Maneco) Antônio Piola, Casemiro, Zequinha Piola e Pompeu; Zezinho e Parada; Laércio, Afonso, Edson Piola e Adinamar Abib. Participaram da campanha, também: Ney, Valdocir, Itagiba, e Zequinha Paraense.
  • Em 1971 – Marialvo (Zé Carlos), Antônio Piola, Casemiro, Zequinha Piola e Pompeu; Zezinho e Holanda; Mano, Afonso Edson Piola e Adinamar Abib. Técnico: Osvaldinho. No elenco, estavam também: Formiga, Hélito, Melo, Barrote, Simão, Paulo Pernambucano, Marcos Pintado, Rangel, Ivo e Pibo.

Copa Norte-Nordeste de 1968 a 1970[editar | editar código-fonte]

O "Tricolor Eterno" disputou a Copa Norte-Nordeste em suas três edições oficiais(1968, 1969 e 1970), sendo que em 1970 conquistou sua melhor campanha. Na fase final do Norte-Nordeste, o Fast Clube deixou escapar o título num confronto direto com a equipe do Fortaleza que brigava diretamente pelo título, jogo disputado em Fortaleza, com uma derrota amazonense por 4x1 e deixando o título para a equipe cearense que ficou 1 ponto a frente do tricolor amazonense.

Os jogos do Fast na final do Norte-Nordeste de 1970:

  • 16-12-1970 - Fast Clube 1-1 Fortaleza
  • 20-12-1970 - Fast Clube 3-0 Sport
  • 14-01-1971 - Fast Clube 1-1 Tuna Luso
  • 24-01-1971 - Sport 1x0 Fast Clube
  • 27-01-1971 - Fortaleza 4x1 Fast Clube
  • 31-01-1971 - Tuna Luso 0x1 Fast Clube

Primeiro jogo contra um clube europeu[editar | editar código-fonte]

Em 1971 o Futebol Clube do Porto veio a Manaus fazer alguns amistosos, o Fast Clube iria enfrentar a equipe portuguesa no dia 17 de novembro, no Estádio Vivaldo Lima com quase 40 mil pessoas. Ao final do confronto, o Porto vence por 3 a 1. Este é o primeiro jogo do Fast contra uma equipe do exterior.

Torneio da Integração Nacional – 1971[editar | editar código-fonte]

O Fast foi o representante do Amazonas no torneio organizado pela Federação Goiana de Futebol. Na época a CBD só permitia a participação de clubes que tivessem um estádio para até 50 mil pessoas e principalmente renda para se manter na Série A, como o futebol amazonense foi considerado abaixo do que era pedido, assim como todos os outros estados da Região Norte, o Amazonas foi limitado a disputar a disputar a Série B e foi representado pela Rodoviária, vice-campeã estadual daquele ano.

Esta competição foi promovida em represália a CBD pelo que havia feito. Muitos aderiram ao Torneio da Integração Nacional, e o Fast Clube fez ótimas partidas até ser eliminado na justiça pelo Goiás, dono da casa, após estar vencendo o jogo por 1x0 e assim terminado o jogo. A competição teve bastante divulgação pela revista Placar e rádios da época. Até porque os jogos eram válidos pela loteria federal, então havia muita expectativa em relação aos resultados.

Os jogos:

  • 11 de Setembro - Fast Clube 3x2 Moto Club
  • 18 de Setembro - Atlético-GO 3x1 Fast Clube
  • 26 de Setembro - Fast Clube 1x0 Goiás

Campeonato Brasileiro – Série A[editar | editar código-fonte]

O Fast estreou na principal competição nacional no ano de 1977 como uma surpresa, era o único estreante em anos dentre os estados do Norte e Meio-norte que geralmente só mandavam dois clubes. Após a desistência do Rio Negro que era o mais cotado para a vaga já que havia sido vice-campeão em 1976, o Fast Clube se candidatou a vaga.

A segunda vaga do Amazonas era cassada por todos os cantos do Brasil, e, na época, muita gente queria apenas o Nacional no campeonato. Porém o Fast, na época comandado pelos irmãos Piola, onde Edson Piola era o presidente e Antônio Piola era o técnico do clube, e eles prometiam que o clube poderia causar surpresas.

A diretoria do clube sabia que do Nacional ela não tirava nada, mas do Rio Negro com certeza sairia algum triunfo, e de lá trouxeram alguns jogadores de certo renome, logo, o clube teria como seus maiores destaques o goleiro Iane, o meia Rolinha e o centroavante Dentinho. Porém o problema maior que foi considerado pelos diretores na época foi a falta de torcida, mas não foi problema, já que muitos clubes com rendas muito menores já haviam participado.

Na Série A o Fast Clube enfrentou as seguintes equipes:

O jogo de estreia deu se em 17 de outubro de 1977 em jogo contra o Nacional, em mando do adversário no Estádio Vivaldo Lima, com derrota de 2-0. Ao todo a equipe disputou 17 jogos, onde conseguiu:

  • 4 Vitórias, 2 Empates e 11 Derrotas; 22 Gols próprios, 31 Gols adversários e 9 de saldo de gols.

Na classificação geral o Fast terminou na 24ª colocação.

Anos 1980[editar | editar código-fonte]

Nesta década, o clube provou de um declínio, não disputou final, com exceção de 1981, por toda a década e, ficou de fora do Campeonato Brasileiro na maior parte das temporadas. Jogou a Série B em 1980 e em 1981, únicas edições desta divisão que disputou e em ambas não obteve êxito ficando em posições indigestas. A partir de 1986, o Fast entrou em uma grave crise financeira embalando uma série de fracassos no estadual e Brasileirão série B, a crise veio junto com o insucesso do futebol amazonense, ocasionado em anos sem nenhuma conquista e sem nenhuma competição de destaque.

Maior público[editar | editar código-fonte]

O Fast possuiu o maior público da antiga estrutura do Estádio Vivaldo Lima que será imbatível por toda a história, no jogo contra o Cosmos de Nova Iorque, onde 56 mil pessoas foram ao estádio, público que jamais será alcançando porque o antigo estádio foi demolido, e a Arena da Amazônia, inaugurada em 2014, tem capacidade para 45.000 pessoas.[1]

O dia era 9 de Março de 1980 e a expectativa era enorme em torno de um amistoso internacional que parava Manaus. Foi o acontecimento do ano, realizado graças aos esforços do então presidente Joaquim Alencar e alguns patrocinadores, o Fast Clube vivia dias bem movimentados. Desde as primeiras horas daquele dia o movimento era intenso em Manaus, que não recebia jogos deste quilate há bastante tempo. O time americano onde jogou Pelé, de 1975 até 1977, vinha com craques conhecidos e de destaque no cenário internacional. O Cosmos era um clube conhecido mundialmente e vinha com o tricampeão mundial Carlos Alberto Torres, o alemão Franz Beckenbauer, o ainda iniciante Romerito, o italiano Giorgio Chinaglia, para proporcionar um jogo inédito em toda Região Norte. O Estádio Vivaldo Lima. O jogo em si agradou a todos, os dois times procuraram o gol, mas apesar dos esforços de ambos o resultado ficou em 0 a 0. O esforço do modesto Fast Clube foi de grande valia e reconhecido, pois não possuía muitas estrelas, apesar de ter um bom time e ter sido reforçado naquele jogo pelo também tricampeão mundial Clodoaldo.[1]

Fundo do Poço[editar | editar código-fonte]

Nos 13 anos que foram de 1992 até 2005 o Fast Clube teve seu pior momento em toda a sua história, colecionando péssimas posições e também deixando de participar por três oportunidades, antes disso havia quebrado uma sequencia de 10 anos sem ser campeão ou vice em 1991, perdendo a decisão para o Nacional. Nos anos 90 em campeonatos de poucos clubes, o Futebol Amazonense estava indo às mínguas e o Fast Clube sempre se via amargurando as últimas posições, levando goleadas outrora raras. Depois do vice em 91, a última colocação em 92 já dava indícios dos anos ruins que o clube enfrentaria, vindo a se ausentar do campeonato em 1998, pela primeira vez desde seu ingresso em 1932.

Clube tradicional de Manaus, foi obrigado a buscar reduto do interior para se manter minimamente competitivo no campeonato estadual, e foi assim que em 2002 passou a mandar seus jogos na cidade de Tefé, que lhe acolheu muito bem e lhe rendeu bons públicos. Porém, a parceria não perdurou para o ano seguinte e o clube voltou a ficar sem disputar a competição estadual, voltando em 2004 jogando em Manaus, para ausentar-se novamente em 2005.

Mudança para Itacoatiara e renascimento[editar | editar código-fonte]

Para o ano de 2006 o Fast Clube firmou parceria com o município de Itacoatiara, tendo como colaborador Donmarques, que chegou a ser prefeito da cidade. A cidade adotou o futebol do clube e o financiou, oferecendo ainda boa estrutura para este, que foi abraçado pela cidade como se fosse um representante legitimo e chegou a levar em média 4,5 mil pessoas por jogo ao estádio Floro de Mendonça, feito este que nem o Penarol teve até hoje.

A mudança para a cidade marcou o renascimento do Fast Clube para o futebol amazonense, já que desde então o clube voltou a sempre figurar nas primeiras posições do certame regional. Os frutos vieram logo no ano de estreia, com o vice-campeonato amazonense de 2006, onde mobilizou 9 mil itacoatiarenses a se fazerem presentes no estádio Vivaldo Lima onde, após empatar em 1x1, perdeu o título para o São Raimundo. O clube ainda naquele ano disputou a Série C, encerrando um período de 11 anos sem jogar competições nacionais.

Estreia na Copa do Brasil

Ainda ligado à cidade, foi novamente vice-campeão estadual em 2007 e 2008, ganhando o direito de jogar as Copas do Brasil de 2007, 2008 e 2009. Em 2007 foi um ano especial ao Fast Clube, disputando a Copa do Brasil pela primeira vez em sua história, onde logo na estreia enfrentou a equipe do Vasco da Gama/RJ, conseguindo levar o confronto para a partida de volta no Rio de Janeiro, onde acabou sendo eliminado. Em 2008 eliminou a tradicional agremiação pernambucana do Santa Cruz na 1ª fase para posteriormente ser eliminado pelo Goiás. Em 2009 o clube foi eliminado na 1° fase pelo ABC de Natal.

O retorno ao Campeonato Brasileiro

O clube com o vice-campeonato de 2006 garantiu o direito de disputar a Série C do mesmo ano, e, nesta competição avançou até a 2ª fase. Em 2007 sua melhor campanha, avançou até a 3ª fase da competição, ficando entre os 16 melhores. Já em 2008 a situação não foi boa para o clube, que em meio a problemas internos acabou perdendo por W.O. em jogo da 1ª fase diante da equipe mato-grossense do Luverdense que hoje encontra-se na Série B do Campeonato Brasileiro.

Década de 2010 e o Retorno a Manaus[editar | editar código-fonte]

Após o acesso do Penarol(clube original da cidade de Itacoatiara) à primeira divisão amazonense e o fim da parceria com o colaborador e município, o Fast Clube moveu seu departamento de futebol de volta a Manaus em 2009. Um ano depois, em 2010, firmou parceria com a Universidade Luterana Brasileira - ULBRA para utilizar de suas estruturas e também da assistência de profissionais em formação na entidade. Por conta dessa parceria, passou a adotar o nome fantasia Fast/ULBRA[2] e ainda em 2010 o clube conquistou novamente um vice-campeonato, quando perdeu nas finais para o próprio Penarol, com quem disputava o carinho de itacoatiarenses, com dois resultados de 0x1.[3] Depois, em 2011, o clube ficou com o 3º lugar no estadual. Em 2013, pela falta de estádios na capital, o clube voltou ao interior, mandando seus jogos no município de Manaquiri. Em 2014, em forma emergencial, construiu um mini-estádio no campo de futebol da ULBRA, onde mandou parte dos seus jogos no estadual.[4]

2016 e a quebra do jejum[editar | editar código-fonte]

O ano de 2016 marcava o 45º ano do Fast Clube sem conquistar o Campeonato Amazonense, o maior periodo de jejum entre os principais clubes do estado. A agremiação tricolor bateu na porta diversas vezes como em 1972, 1977, 1978, 1981, 1991 e mais 5 vezes no período entre 2006 e 2015.[1]

No inicio da temporada o clube jogou a Copa Verde apenas com jogadores da base, pela falta de calendário no primeiro semestre e os resultados não foram positivos e acabou caindo na fase preliminar diante do Águia de Marabá. Mas, uma reviravolta botou o clube amazonense novamente na competição, onde enfrentou na 1ª fase o Paysandu e depois de empate em 1x1 em Manaus e derrota por 4x1 em Belém a agremiação amazonense foi definitivamente eliminada.

Para o estadual os prognósticos não eram bons mas o clube soube se organizar e montou um time que foi crescendo com o passar das rodadas da competição. Acabou se classificando às finais em 1º lugar e chegava como grande favorito ao título. Nas decisões foi impecável e quebrou uma sequencia de 45 anos sem levantar o principal torneio oficial do estado, após vencer o Princesa por 3x1 na disputada na Arena da Amazônia.

A Disputa pelo Acesso na Série D 2020[editar | editar código-fonte]

O ano de 2020 vinha sendo um ano difícil e não parecia nada promissor para a agremiação amazonense, após a capital do estado passar por sérias dificuldades no enfrentamento da epidemia de Covid 19. No estadual, o clube acabou não indo para a final, porem, conquistou a vaga para disputar a Série D 2021 em disputa de 3º lugar contra o São Raimundo.

Na disputa do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2020 - Série D, na contramão dos prognósticos, o Fast conseguiu se classificar com louvor na Primeira fase, em 2º lugar num grupo com 8 clubes. Na segunda fase enfrentou o tradicional Moto Club do Maranhão, que foi um duro adversário, o Fast novamente se classificou, ao vencer nos pênaltis por 6 a 5, após dois empates por 2 a 2 e 1 a 1.[5]. Nas Oitavas de Final, o "Tricolor Cintado" voltou a se classificar com uma vitória em disputa de pênaltis por 6 a 5, desta vez passando pelo Globo-RN após derrota por 1 a 2 e vitória por 1 a 0.[6]

A disputa pelo acesso.

Após classificações diante de equipes que haviam recentemente passado pela Série C, o Fast buscaria seu acesso à terceira divisão do Campeonato Brasileiro enfrentando o Novorizontino, do interior de São Paulo.[7] Era a primeira vez que o "Tricolor de Aço" disputava um acesso em nível nacional, principalmente na Série D, onde sequer havia passado da primeira fase em suas participações anteriores. Com partidas sendo disputadas já no ano de 2021, o clube amazonense acabou sendo derrotado duas vezes, por 1 a 0[8] e 3 a 0,[9] encerrando assim sua histórica participação.

2021 - O banho de água fria[editar | editar código-fonte]

Após a grande temporada de 2020, muita confiança se colocou no Tricolor da Boulevard. Porem, o primeiro indicio de que a boa temporada não se repetiria foi quando decidiu desistir de disputar o Campeonato Amazonense de Futebol de 2021 após imunidade da Federação Amazonense de Futebol, alegando dificuldades financeiras[10]. O clube não se ausentava de um estadual desde 2005. Ainda de acordo com a nota divulgada, o clube inicialmente não deu certeza de disputar a Série D do ano de 2021[11]. Porem, depois, confirmou que disputaria a competição nacional.[12] Na disputa da Série D, o clube não repetiu sua boa campanha de 2020, e acabou sendo eliminado ainda na 1ª fase. Em sua última competição do ano, a Copa Verde, veio nova eliminação e assim encerrou sua temporada.

2023 - desistência e rebaixamento[editar | editar código-fonte]

Em 2023 o Tricolor da Boulevard desistiu de disputar o Campeonato Amazonense de Futebol de 2023 alegando dificuldades financeiras e sendo rebaixado automaticamente à Série B. É o primeiro rebaixamento a nível estadual do "Tricolor" e a primeira vez que ficará ao menos duas temporadas ausente na Primeira Divisão.[13][14][15]

Estrutura[editar | editar código-fonte]

Centro de Treinamento da ULBRA[editar | editar código-fonte]

Em 2009, com a administração de Ednailson Rozenha e seus colaboradores, o Fast Clube fechou parceria com a Ulbra Amazonas, onde foi oferecido ao clube um campo para treinos e salas destinadas a tratamento médico e áreas diversas, além do auditório da empresa, onde o clube faz coletivas de imprensa. No Campo oferecido foi construída uma pequena arquibancada que possibilitou ao clube receber jogos do estadual de profissionais, inclusive o Clássico Pai e Filho, entre o Fast e o Nacional. Por conta dessa duradoura parceria o clube passou a adotar o nome fantasia Fast ULBRA.[16]

Sede Social[editar | editar código-fonte]

O Fast Clube possuía sede social na Boulevard Álvaro Maia. A sede teve sua pedra fundamental lançada em 13 de Abril de 1968 com a presença de figuras importantes da sociedade manauara como o governador Danilo Areosa, o prefeito Paulo Nery, o arcebispo metropolitano dom João de Sousa Lima, tendo o desembargador Leôncio Souza como orador.[17] A sede foi construída em tempo recorde e foi inaugurada em 8 de Julho de 1968, dia de aniversário do clube com o governador Danilo Areosa desmanchando a fita simbólica de inauguração.[18]

A sede é localizada na Avenida Boulevard Alváro Maia, onde em 2007 o clube resgatou o balneário e construiu três piscinas, uma loja de material esportivo e roupas, lanchonete e uma área de lazer, que abrigava o conhecido "Bolerão do Fast", festa popular nas noites da cidade.

A sede passou a ser alugada para a Igreja Assembleia de Deus Tradicional em 2014. Em 22 de Fevereiro de 2019 se noticiou a venda do imóvel para a referida instituição religiosa pelo valor de R$6 milhões. O ex-presidente Sérgio Ribeiro fez uma denuncia alegando que os tramites foram fraudulentos o que foi de pronto negado por Claudio Nobre(então vice-presidente), dizendo que nada estava fechado, mas estavam em negociações.[19] Menos de uma semana depois, em 28 de Fevereiro, o mesmo Cláudio Nobre voltou à imprensa local para dizer que de fato havia um processo de venda, o que classificou como "um grande negócio para o Fast".[20]

A sede foi de fato vendida e muito se disse sobre a compra de uma nova sede e até projeção esportiva, mas nada mais foi noticiado nem constatado sobre esses possíveis benefícios para o clube. Mais tarde, em 2020 o Ministério Público do Amazonas resolveu apurar as vendas da sede do Fast Clube, assim como a do Rio Negro e do Ideal Clube para atestar a regularidade dos eventos.[21]

Torcida[editar | editar código-fonte]

O Fast Clube até os anos 80 tinha uma das maiores torcidas da região, com pesquisas apontando cerca de 7% da torcida da capital amazonense. Isso se refletia nas médias de público. Em votações via jornais locais, o clube chegava até mesmo a rivalizar com o Rio Negro. Em uma pesquisa feita pelo IPEN(Instituto de Pesquisas do Norte) realizada em 2012 o Fast era apontado como clube preferido de 10% dos manauaras, o que significaria cerca de 200 mil pessoas, o que o colocaria como uma das maiores torcidas da região norte, atrás apenas de Nacional, São Raimundo, Clube do Remo e Paysandu.[22] Outra pesquisa, divulgada em 2015, apontava dessa vez o clube como preferido dentre os locais para 5,8% dos manauaras(cerca de 120.000 apoiadores), o suficiente para ainda assim despontar como uma das maiores torcidas da região[23].

Historicamente, o clube detêm a terceira maior torcida do estado dentre os clubes do estado do Amazonas, principalmente no período que vai do início dos anos 60 até o final dos anos 90, quando ao lado da dupla Rio-Nal comandava com hegemonia o futebol no estado. Hoje a sua torcida está longe da grandeza que tinha no passado, mas vem conquistando jovens torcedores em decorrência das boas temporadas a nível local que vem tendo, que culminaram na quebra de 45 anos de jejum em 2016.

Grupos organizados
  • Torcida Jovem do Fast (TJF): Atualmente a maior e mais presente torcida organizada do clube e uma das maiores do estado.
  • Barra Brava Tricolores do Boulevard (TDB): Fundada no fim de 2016, em meio a disputa do estadual daquele ano, segue os moldes das torcidas argentinas e uruguaias, além de ser uma das torcidas mais simpáticas do amazonas, sempre mostrando um clima família nas arquibancadas.
  • Torcida Esquadrão Tricolor (TET): Foi a principal representante do clube no início dos anos 2000, mas perdeu forças com a criação da Torcida Jovem. Atualmente, apesar de poucos integrantes, é a mais tradicional do clube.

Diretoria[editar | editar código-fonte]

  • Presidente -Denis Cabral de Albuquerque .
  • Vice-Presidente - Cláudio Lúcio Muniz Nobre.
  • Presidente de Honra - Dr. Luís Alberto de Aguiar Albuquerque.
  • Vice Presidente de Futebol - Hugo Sérgio de Lima Ribeiro
  • Presidente do Conselho Deliberativo (CONDEL) - Luciano Mauro Nascimento de Albuquerque.
  • 1º Vice-presidente do CONDEL: Raimundo Nonato da Silva Benarrós.
  • 2º Vice-presidente do CONDEL: Thiago Melo da Silva.

Rivalidades[editar | editar código-fonte]

Pai-Filho[editar | editar código-fonte]

Clássico Pai e Filho é o nome dado ao embate contra o Nacional, o nome deve-se ao fato do Fast Clube ter sido fundado por dissidentes do Nacional, e por isso, a imprensa na época e os próprios torcedores do Nacional o chamaram de "Filho" o que deu ao confronto o nome de "Pai e Filho". A rivalidade não demorou muito para nascer, sendo que nos anos 30 o Fast Clube já montava times fortes para bater de frente com o Nacional, obtendo grandes destaques no confronto.

A rivalidade é historicamente iniciada em 1932 quando o Fast Clube disputou a divisão principal do futebol amazonense pela primeira vez e é considerado o segundo confronto de maior rivalidade do estado, depois do clássico RioNal. O Fast clube é a segunda equipe do estado do Amazonas que mais venceu o Nacional, atrás somente do Rio Negro.

Último jogo considerado: Nacional 1-2 Fast Clube, no dia 26 de fevereiro de 2022, no Estádio Carlos Zamith pelo Campeonato Amazonense da 1ª Divisão.

Estatísticas
Número de jogos 214
Vitórias do Nacional 100
Vitórias do Fast Clube 61
Empates 53
Número de gols 575
Gols feitos pelo Nacional 336
Gols feitos pelo Fast Clube 239

O Clássico da Elite[editar | editar código-fonte]

Chamado também de "Clássico da Elite", devido ao fato destes clubes concentrarem maior parte dos torcedores da classe abastada, o jogo contra o Rio Negro é bastante concentrado, nos últimos anos o Fast Clube desforrou várias goleadas no Galo, a rivalidade tinha grande destaque na mídia, mesmo sem as duas equipes decidirem títulos na era profissional. Mas isso não tira a rivalidade que o Fast Clube encontrou no clube barriga preta, e ainda nos idos anos 70 e 80 os dois se alternavam nas finais contra o Nacional, sempre fortes e com constante presença nos torneios fora do estado.

O Fast Clube perdeu em 15 de Outubro de 2016 a sua maior invencibilidade diante do clube alvinegro, perdendo por 1x0, pondo fim a um período de 8 anos sem derrotas onde foram disputados 13 jogos, vencendo 9 e empatando 4.

Último jogo considerado: Fast Clube 1-1 Rio Negro, 17 de Março de 2019 - Estádio Ismael Benigno

Estatísticas
Número de jogos 159
Vitórias do Fast Clube 57
Vitórias do Rio Negro 63
Empates 39
Número de gols 366
Gols feitos pelo Fast Clube 184
Gols feitos pelo Rio Negro 182

São-Fas[editar | editar código-fonte]

O São Raimundo em tão pouco tempo chegou ao mesmo patamar que o Fast conquistou em toda sua história, com conquistas que igualavam e até mesmo superavam o Fast num espaço de menos de 10 anos.A rivalidade nasceu no final dos anos 90 quando o São Raimundo emergiu como uma potencia no Amazonas e também no norte, acirrando a rivalidades com o clube alviceleste. Se for levado o fator histórico, hoje Fast e São Raimundo se equivalem no ranking amazonense, sendo 3° e 4° respectivamente.


Último jogo considerado: Fast Clube 2x1 São Raimundo, pelo Campeonato Amazonensede 2022, no dia 2 de Fevereiro de 2022, no Estádio Ismael Benigno.

Estatísticas
Número de jogos 138
Vitórias do Fast Clube 56
Vitórias do São Raimundo 44
Empates 38
Número de gols 356
Gols feitos pelo Fast Clube 188
Gols feitos pelo São Raimundo 168

Símbolos[editar | editar código-fonte]

Escudo[editar | editar código-fonte]

O escudo do Fast Clube é em estilo suíço, com uma estrela de cinco pontas ao centro, até este ponto muito parecido com o escudo do Botafogo carioca. O que diferencia é a divisão do escudo em 4 partes por uma faixa vertical e outra horizontal que rumam ao centro onde encontram a estrela, estas partes são: 2 vermelhas acima e 2 azuis em baixo. No escudo do clube não há qualquer letra ou número, apesar de em décadas passadas o clube ter utilizado oficialmente o seu nome acima do escudo.

Cores[editar | editar código-fonte]

As cores oficiais do Fast Clube são: Branco, Azul e Vermelho, o que dá a agremiação a alcunha de “Tricolor” e apesar do escudo ter uma estrela na cor amarela, o clube jamais adotou a referida cor como oficial em seus uniformes.

O clube vem alternando dois tipos de uniformes, remetendo aos mais tradicionais:

  • Número 1 - Camisa Branca, com duas faixas transversais no abdome, com as cores obedecendo a ordem do escudo que geralmente está situando-se ao meio. Nesta combinação geralmente os shorts são brancos e as meias não obedecem a um padrão.
  • Número 2 - Uniforme tricolor, geralmente combinado com shorts azuis, onde se alternam faixas azuis e vermelhas limitadas por uma fina listra branca.

Alcunhas[editar | editar código-fonte]

  • Tricolor da Boulevard: Deve-se ao fato das cores principais e da grande ligação da equipe com a antiga Boulevard Amazonas, hoje conhecida como Boulevard Alvaro Maia. Nesta que é uma das maiores avenidas da capital amazonense, o clube está sediado.
  • Rolo Compressor: Citada no hino, esta alcunha foi adotada pela torcida em sinônimo à equipe do clube que massacrava os rivais no período dos 60 a 70.
  • Tricolor Cintado: remete-se ao fato da camisa branca da equipe receber duas faixas transversais que lembram um cinto na altura da barriga
  • Clube da Estrela de Ouro: O clube nos anos 40 até meados da década de 60 recebia essa alcunha na imprensa geral de Manaus pelo fato de ter uma estrela amarela em seu escudo.

Hino[editar | editar código-fonte]

O Fast Clube teve dois hinos criados. O primeiro deles é o oficial, de autoria de Mafra Júnior, e o o outro é o da torcida, composto por Paulo Farias e interpretado por seu irmão, Abílio Farias. Este último é o mais conhecido entre os adeptos.[24]

Trecho do Hino Oficial do Fast Clube, de autoria de Mafra Junior
Fast, sempre Fast!

Uma vez Fast até morrer
O querido esquadrão de ouro
Tesouro estrelado tricolor
Outras vitórias e glórias virão
Dessa pujança que és tu
Tua torcida não se intimida
Porque o lema é vencer
Com lealdade
Com galhardia
Gigante do esporte

O mais forte há de ser

O hino oficial do Fast Clube foi composto em 1969 e gravado pela CBS, na cidade do Rio de Janeiro. Este hino sofreu plágio por parte dos autores do hino do Gama, que foi gravado na década de 90 na mesma CBS. O clube chegou a notificar o Gama, porem, nada se sabe sobre as decisões judiciais em torno da causa.[25]

Trecho do Hino popular da torcida, de autoria de Abílio Farias
«Sua glória é lutar, seduz a gente popular;

E hoje é dia de alegria, acabou a nostalgia!!!
Fast Clube, tu és a esperança, O povo deposita confiança...
Quando entras pra lutar

Hahahahaha... Hohohohoho

Mascote[editar | editar código-fonte]

O clube não tem propriamente uma mascote, pois a sua torcida aparentemente nunca se preocupou em escolher um. Com o tempo a torcida do clube adotou uma simples alcunha como mascote do clube: o rolo compressor, o que é um fato curioso, pois, a grande maioria dos clubes adota animais ou personagens como mascote. Muitos clubes no Brasil recebem ou já receberam este apelido, mais todos eles têm uma mascote particular, como por exemplo, Internacional-RS que recebeu a alcunha nos anos 40 e 50, mas tem como mascote o Saci.

Ídolos e Artilheiros[editar | editar código-fonte]

Ídolos[editar | editar código-fonte]

  • Adinamar Abib: Jogador paraense com grande destaque na década de 70.
  • Afonso: Nascido em Monte Alegre-PA, foi um dos muitos paraenses que fizeram parte do histórico Fast de 1971.
  • Antonio Piola: Um dos maiores atletas dos anos 70 da região norte, um dos irmãos Piola.
  • Carlos Almada: Goleiro dos anos 40
  • Dadá(A): Grande artilheiro que atuou e foi campeão pelo Fast em 1960.
  • Dedé(Z): Atuou pelo Fast na década de 60.
  • Edson Piola(A): Um dos grandes artilheiros do Futebol Amazonense, e maiores atacantes da Região Norte, talvez o maior ídolo da história do Fast, Fez parte do grupo histórico que foi bicampeão em 70-71. Atuou no clube de 62 a 66 e de 68 a 73 se despedindo em 01 de Julho deste ano no empate em 2-2 contra o Sul América
  • Jonas(Z): Zagueiro começou no clube em 1957 e fez parte do elenco no título de 1960.
  • Lafayette(?): Do primeiro título em 1948.
  • Marialvo(G): Um dos grandes goleiros do futebol amazonense e da Região Norte.
  • Pompeu (Iomar Estevam Pompeu) - maranhense, chegou ao Fast em 1967 e ficou até 1972, sendo bicampeão amazonense e campeão da Taça Norte de 1970. Depois voltou em 1975 para uma temporada. Ao todo atuou em 115 jogos com a camisa do tricolor.[26]
  • Raul: Do primeiro título em 1948;
  • Paulo Onety(A): Do primeiro título em 1948;
  • Raul Cerqueira: Goleiro do clube nos anos 40;
  • Sandoval: Goleiro dos anos 50;
  • Zequinha Piola: Cria da base do clube, um dos irmãos Piola que fizeram parte do grande Fast de 1970.

Futebolistas renomados[editar | editar código-fonte]

Alguns jogadores de grande renome passaram pelo clube. Podemos mencionar:

Artilheiros[editar | editar código-fonte]

O clube formou os seguintes artilheiros durante o campeonato profissional:

  • 1970 - Afonso, 10 gols em 14 jogos.
  • 1971 - Edson Piola, 9 gols em 14 jogos.
  • 1975 - Domingos, 12 gols em 13 jogos.
  • 1991 - Badir, 8 gols em 10 jogos.
  • 2006 - Bazinho, 13 gols em 13 jogos.
  • 2008 - Ernandes, 11 gols.
  • 2015 - Charles Chenko

Estatísticas[editar | editar código-fonte]

Participações[editar | editar código-fonte]

Participações em 2021
Competição Temporadas Melhor campanha Estreia Última P Aumento R Baixa
Amazonas Campeonato Amazonense 85 Campeão (7 vezes) 1932 2022 1
Copa Verde 5 Oitavas-de-final (2016 e 2017) 2016 2021
Brasil Campeonato Brasileiro 3 24º colocado (1977) 1977 1979
Série B 2 40º colocado (1982) 1980 1982
Série C 4 15º colocado (2007) 1995 2008
Série D 4 7º colocado (2020) 2017 2021
Copa do Brasil 8 2ª Fase (2008) 2007 2020

Títulos[editar | editar código-fonte]

Conquistas oficiais
Regionais
Competição Títulos Temporadas
Taça Norte 1 1970
Estaduais
Competição Títulos Temporadas
Campeonato Amazonense 7 1948, 1949, 1955, 1960, 1970, 1971 e 2016
Copa Amazonas de Futebol 5 1955, 1964, 1971, 1972,2015
Torneio Início 6 1957, 1972, 1985, 1994, 2006 e 2017
Taça Estado do Amazonas 12 1964, 1965, 1971, 1972, 1977, 1979, 1980, 1981, 1991, 2007, 2008 e 2010
Campeonato Amazonense - Segunda Divisão 1 1931

Campeão Invicto

Conquistas não oficiais
Estaduais
Competição Títulos Temporadas
Amazonas Torneio Danilo Areosa 1 1971
Amazonas Torneio Duque de Caxias 1 1970
Amazonas Taça Silvio Franco 1 1930

Campeão Invicto

Categorias de base[editar | editar código-fonte]

Juniores (Sub-20)
Regionais
Competição Títulos Temporadas
Copa Norte 1 2015
Estaduais
Competição Títulos Temporadas
Amazonas Campeonato Amazonense 5 2009, 2015, 2016, 2017 e 2018
Juvenil (Sub-15)
Estaduais
Competição Títulos Temporadas
Amazonas Campeonato Amazonense 1 2015

Títulos em outras modalidades[editar | editar código-fonte]

  • AmazonasCampeonato Amazonense de Tênis de Mesa - 1955[30].

Ranking da CBF[editar | editar código-fonte]

Ranking da CBF atualizado em dezembro de 2017

  • Posição: 141º
  • Pontuação: 355 pontos[31]

Ranking criado pela Confederação Brasileira de Futebol para pontuar todos os clubes do Brasil.[32]

Ranking local[editar | editar código-fonte]

  • Região Norte: 18º
  • Estadual: 3º

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d e f g h Silvio Lima (8 de julho de 2020). «De 50 mil no Vivaldão a fim de jejum de quatro décadas: recorde momentos nos 90 anos do Fast». ge.globo.com/am. Consultado em 24 de junho de 2022 
  2. CEULM/ULBRA (19 de fevereiro de 2010). «Time de futebol amazonense passa a se chamar FAST ULBRA». ulbra.br. Consultado em 22 de junho de 2022 
  3. CEULM/ULBRA (20 de maio de 2010). «Fast Ulbra é Vice-Campeão Amazonense de Futebol». ulbra.br. Consultado em 22 de junho de 2022 
  4. Adeílson Albuquerque e Tadeu Matsunaga (23 de janeiro de 2014). «Dirigente do Fast põe fim a polêmica e confirma estádio da Ulbra no Estadual». ge.com.br/am. Consultado em 22 de junho de 2022 
  5. «Fast supera Moto Club nos pênaltis e chega às oitavas da Série D». Agência Brasil. 13 de dezembro de 2020. Consultado em 31 de maio de 2023 
  6. «Fast Clube elimina o Globo nos pênaltis em Manaus». Portal AM24h. 26 de dezembro de 2020. Consultado em 31 de maio de 2023 
  7. Sílvio Lima (27 de dezembro de 2020). «Amazonas chega ao terceiro ano seguido na luta pelo acesso; Fast terá Novorizontino-SP pela frente». Globo Esporte-AM. Consultado em 31 de maio de 2023 
  8. «Cirúrgico, Novorizontino vence Fast em Manaus e larga na frente rumo ao acesso». Globo Esporte-AM. 3 de janeiro de 2021. Consultado em 31 de maio de 2023 
  9. «Novorizontino vence o Fast e garante inédito acesso à Série C do Brasileiro». Globo Esporte-SP. 10 de janeiro de 2021. Consultado em 31 de maio de 2023 
  10. https://emtempo.com.br/esporte/294652/fast-clube-comunica-que-nao-disputara-o-barezao-2021?d=1
  11. https://ge.globo.com/am/futebol/times/fast/noticia/a-dois-dias-da-abertura-fast-oficializa-desistencia-do-estadual-de-2021-clube-nao-sera-punido.ghtml
  12. https://ge.globo.com/am/futebol/times/fast/noticia/apos-desistencia-do-estadual-2021-presidente-do-fast-assegura-vamos-disputar-a-serie-d.ghtml
  13. Endividado, Fast Clube desiste de disputar Barezão 2023
  14. Fast Clube desiste do 'Barezão 2023' após alegar problemas financeiros
  15. Fast anuncia desistência do Campeonato Amazonense e é rebaixado para a Série B
  16. CEULM (19 de fevereiro de 2010). «time de futebol amazonense passou a adotar o nome fantasia Fast Ulbra». ulbra.br. Consultado em 25 de junho de 2022 
  17. O Jornal (14 de abril de 1968). «A PEDRA FUNDAMENTAL DO NACIONAL FAST CLUB». Instituto Durango Duarte. Consultado em 25 de junho de 2022 
  18. O Jornal (9 de julho de 1968). «A PEDRA FUNDAMENTAL DO NACIONAL FAST CLUB». Instituto Durango Duarte. Consultado em 25 de junho de 2022 
  19. Gabriel Ferreira (22 de fevereiro de 2019). «Sede do Fast Clube é vendida para igreja, mas diretoria nega processo de negociação». Jornal Acritica(Portal). Consultado em 25 de junho de 2022 
  20. Rômulo Almeida (28 de fevereiro de 2019). «Vice-presidente confirma processo venda da sede do clube: "Um grande negócio para o Fast"». ge.globo.com. Consultado em 25 de junho de 2022 
  21. Amazonas Atual (27 de outubro de 2020). «MP apura vendas das sedes do Fast, Rio Negro e Ideal Clube em Manaus». amazonasatual.com.br. Consultado em 25 de junho de 2022 
  22. http://www.ipenmanaus.com/artigos/preferencia_futebol.pdf
  23. http://ge.globo.com/am/futebol/noticia/2017/01/fla-e-vasco-tem-653-da-torcida-do-am-diz-pesquisa-naca-e-lider-local.html
  24. Carlos Zamith (27 de maio de 2009). «Hino do Fast Clube». Baú Velho. Consultado em 7 de dezembro de 2022. Cópia arquivada em 19 de abril de 2015 
  25. Gabriel Mansur (26 de dezembro de 2018). «Fast-AM notificará Gama-DF sobre suposto plágio em hino oficial dos clubes; compare as canções». ge.globo.com/am. Consultado em 7 de junho de 2022 
  26. Carlos Zamith (20 de outubro de 2009). «Jogou 115 vezes pelo Fast». Baú Velho. Consultado em 7 de dezembro de 2022. Cópia arquivada em 10 de junho de 2021 
  27. Carlos Zamith (12 de junho de 2010). «Jogaram em Manaus e na Copa do Mundo». Baú Velho. Consultado em 9 de dezembro de 2022. Cópia arquivada em 16 de abril de 2015 
  28. Marcos Dantas (21 de outubro de 2016). «De Dadá a Dodô: relembre figurões que passaram pelo futebol manauara». Globo Esporte/AM. Consultado em 9 de dezembro de 2022 
  29. «Fast Clube contrata Carlinhos Bala para a disputa do Amazonense 2014». Globo Esporte/AM. 13 de novembro de 2013. Consultado em 9 de dezembro de 2022 
  30. «Baú Velho». Jornal do Commercio. Manaus-AM. 20 de julho de 1963. Consultado em 7 de junho de 2022 
  31. RNC - RANKING NACIONAL DOS CLUBES 2015 Confederação Brasileira de Futebol - acessado em 11 de dezembro de 2014
  32. Cruzeiro lidera o Ranking Nacional de Clubes 2015 Arquivado em 22 de dezembro de 2014, no Wayback Machine. CBF