Síndrome da imunodeficiência adquirida: diferenças entre revisões

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=== Teste de HIV ===
=== Teste de HIV ===
{{AP|[[Teste de HIV]]}}
{{Artigo principal|Teste de HIV}}
Muitas pessoas desconhecem que estão infectadas com o HIV.<ref name=Kumaranayake>
Muitas pessoas desconhecem que estão infectadas com o HIV.<ref name=Kumaranayake>
{{cite journal
{{cite journal
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|doi=10.1556/AMicr.48.2001.3-4.10
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}}</ref>
}}</ref>

== Prevenção ==
=== Contato sexual ===

[[Ficheiro:Kondom.jpg|thumb|O [[preservativo]] é o metódo mais eficaz de prevenção contra o HIV/AIDS e outras [[DST]]s.]]
[[Ficheiro:AIDS Clinic, McLeod Ganj, 2010.jpg|thumb|Uma clínica de prevenção da AIDS em [[Dharamshala]], [[Himachal Pradesh]], [[Índia]].]]

O uso de preservativos reduz o risco de transmissão de HIV em cerca de 80% a longo prazo.<ref>{{cite journal|last=Crosby|first=R|coauthors=Bounse, S|title=Condom effectiveness: where are we now?|journal=Sexual health|date=Mar. de 2012|volume=9|issue=1|pages=10–7|pmid=22348628|doi=10.1071/SH11036}}</ref> Quando os preservativos são utilizados de forma consistente por um casal em que uma das pessoas está infectada, a taxa de contaminação por HIV é inferior a 1% por ano.<ref name=WHOCondoms>{{cite web| publisher=[[World Health Organization|WHO]]| month=August | year=2003|url=http://www.wpro.who.int/mediacentre/factsheets/fs_200308_Condoms/en/index.html | title=Condom Facts and Figures|accessdate=17 de janeiro de 2006}}</ref> Há algumas evidências que sugerem que o preservativo feminino pode oferecer um nível de proteção equivalente.<ref>{{cite journal|last=Gallo|first=MF|coauthors=Kilbourne-Brook, M; Coffey, PS|title=A review of the effectiveness and acceptability of the female condom for dual protection|journal=Sexual health|date=Mar. de 2012|volume=9|issue=1|pages=18–26|pmid=22348629|doi=10.1071/SH11037}}</ref> A aplicação de um gel vaginal contendo [[tenofovir]] (um [[inibidor da transcriptase reversa]]) imediatamente antes do sexo reduziu as taxas de infecção em aproximadamente 40% entre as mulheres africanas.<ref name=VagGel2012>{{cite journal|last=Celum|first=C|coauthors=Baeten, JM|title=Tenofovir-based pre-exposure prophylaxis for HIV prevention: evolving evidence|journal=Current opinion in infectious diseases|date=Fev. de 2012|volume=25|issue=1|pages=51–7|pmid=22156901|doi=10.1097/QCO.0b013e32834ef5ef|pmc=3266126}}</ref> Por outro lado , o uso do [[espermicida]] nonoxinol-9 pode aumentar o risco de transmissão, devido à sua tendência de causar irritação vaginal e retal.<ref>{{cite journal|last=Baptista|first=M|coauthors=Ramalho-Santos, J|title=Spermicides, microbicides and antiviral agents: recent advances in the development of novel multi-functional compounds|journal=Mini reviews in medicinal chemistry|date=1 de novembro de 2009|volume=9|issue=13|pages=1556–67|pmid=20205637|doi=10.2174/138955709790361548}}</ref> A [[circuncisão]] na África subsaariana "reduz a contaminação de HIV por homens heterossexuais por entre 38% e 66% em 24 meses."<ref>{{cite journal|last=Siegfried|first=N|coauthors=Muller, M; Deeks, JJ; Volmink, J|title=Male circumcision for prevention of heterosexual acquisition of HIV in men|journal=Cochrane database of systematic reviews (Online)|date=15 de abril de 2009|issue=2|pages=CD003362|pmid=19370585|doi=10.1002/14651858.CD003362.pub2|editor1-last=Siegfried|editor1-first=Nandi}}</ref> Com base nesses estudos, a [[Organização Mundial de Saúde]] e a [[UNAIDS]] recomendaram a circuncisão como um método válido de prevenção da transmissão de HIV da mulher para o homem em 2007.<ref>{{cite web |title=WHO and UNAIDS announce recommendations from expert consultation on male circumcision for HIV prevention |publisher=Organização Mundial da Saúde |date=28 de março de 2007|url=http://www.who.int/mediacentre/news/releases/2007/pr10/en/index.html}}</ref> A eficácia desse método na proteção contra a transmissão de homem para mulher ainda é contestada<ref>{{cite journal|last=Larke|first=N|title=Male circumcision, HIV and sexually transmitted infections: a review|journal=British journal of nursing (Mark Allen Publishing)|date=27 de maio - 9 de junho de 2010|volume=19|issue=10|pages=629–34|pmid=20622758}}</ref><ref name="pmid19849961">{{cite journal|last=Eaton|first=L|coauthors=Kalichman, SC|title=Behavioral aspects of male circumcision for the prevention of HIV infection|journal=Current HIV/AIDS reports|date=Nov. de 2009|volume=6|issue=4|pages=187–93|pmid=19849961|doi=10.1007/s11904-009-0025-9|pmc=3557929}}(subscription required)</ref> e os benefícios da circuncisão nos [[países desenvolvidos]] e entre homens que fazem sexo com homens ainda são indeterminados.<ref>{{cite journal|last=Kim|first=HH|coauthors=Li, PS, Goldstein, M|title=Male circumcision: Africa and beyond?|journal=Current opinion in urology|date=2010 Nov|volume=20|issue=6|pages=515–9|pmid=20844437|doi=10.1097/MOU.0b013e32833f1b21}}</ref><ref>{{cite journal|last=Templeton|first=DJ|coauthors=Millett, GA, Grulich, AE|title=Male circumcision to reduce the risk of HIV and sexually transmitted infections among men who have sex with men|journal=Current opinion in infectious diseases|date=Fev. de 2010 |volume=23|issue=1|pages=45–52|pmid=19935420|doi=10.1097/QCO.0b013e328334e54d}}</ref><ref>{{Cite journal | last1 = Wiysonge | first1 = CS. | last2 = Kongnyuy | first2 = EJ. | last3 = Shey | first3 = M. | last4 = Muula | first4 = AS.|last5 = Navti | first5 = OB. | last6 = Akl | first6 = EA. | last7 = Lo | first7 = YR. | title = Male circumcision for prevention of homosexual acquisition of HIV in men | journal = Cochrane Database Syst Rev | volume = | issue = 6 | pages = CD007496 | month = | year = 2011 | doi = 10.1002/14651858.CD007496.pub2 | pmid = 21678366 | editor1-last = Wiysonge |editor1-first = Charles Shey}}</ref> Alguns especialistas temem que a menor percepção de vulnerabilidade entre homens circuncidados pode causar um comportamento sexual de risco, negando assim os métodos preventivos.<ref>{{Cite journal|author=Eaton LA, Kalichman S |title=Risk compensation in HIV prevention: implications for vaccines, microbicides, and other biomedical HIV prevention technologies |journal=Curr HIV/AIDS Rep |volume=4 |issue=4 |pages=165–72 |year=2007|month=December|pmid=18366947|pmc=2937204 |doi=10.1007/s11904-007-0024-7}}</ref>

Programas de incentivo a abstinência sexual não parecem afetar o risco de contaminação por HIV.<ref>{{cite journal |author= Underhill K, Operario D, Montgomery P |title= Abstinence-only programs for HIV infection prevention in high-income countries |journal=Cochrane Database of Systematic Reviews |issue=4 |pages= CD005421|year=2008|pmid= 17943855|doi=10.1002/14651858.CD005421.pub2|url=http://onlinelibrary.wiley.com/o/cochrane/clsysrev/articles/CD005421/frame.html|editor1-last= Operario|editor1-first= Don}}</ref> Evidências de benefícios em educação de casais também são igualmente pobres.<ref name="pmid22641791">{{cite journal|last=Tolli|first=MV|title=Effectiveness of peer education interventions for HIV prevention, adolescent pregnancy prevention and sexual health promotion for young people: a systematic review of European studies|journal=Health education research|date=28 de maio de 2012|volume=27|issue=5|pages=904–13|pmid=22641791|doi=10.1093/her/cys055}}</ref> No entanto, uma [[educação sexual]] abrangente, desde a escola, pode diminuir o comportamentos de alto risco.<ref>{{cite journal|last=Ljubojević|first=S|coauthors=Lipozenčić, J|title=Sexually transmitted infections and adolescence|journal=Acta dermatovenerologica Croatica : ADC|year=2010|volume=18|issue=4|pages=305–10|pmid=21251451}}</ref> Uma minoria significativa de jovens continua a se envolver em práticas de alto risco, apesar de saberem sobre a existência e as consequências da AIDS, subestimando seu próprio risco de se infectar com o [[HIV]].<ref name="Patel2008">{{Cite journal| author=Patel VL, Yoskowitz NA, Kaufman DR, Shortliffe EH | title=Discerning patterns of human immunodeficiency virus risk in healthy young adults | journal=Am J Med | year=2008 | pages=758–764 | volume=121|issue=4 | pmid=18724961 |doi=10.1016/j.amjmed.2008.04.022 | pmc=2597652}}</ref> Não se sabe se o tratamento de outras doenças sexualmente transmissíveis é eficaz na prevenção do HIV.<ref name=CochraneSTI2012/>

=== Pré-exposição ===
O tratamento de pessoas com HIV, cuja contagem de CD4≥350 celulas/μL, com [[antirretrovirais]] protege 96% dos seus parceiros contra a infecção.<ref>{{cite journal|last=Anglemyer|first=A|coauthors=Rutherford, GW; Baggaley, RC; Egger, M; Siegfried, N|title=Antiretroviral therapy for prevention of HIV transmission in HIV-discordant couples|journal=Cochrane database of systematic reviews (Online)|date=2011-08-10|issue=8|pages=CD009153|pmid=21833973|doi=10.1002/14651858.CD009153.pub2|editor1-last=Rutherford|editor1-first=George W}}</ref> Trata-se de uma redução de 10 a 20 vezes no risco de transmissão.<ref name=Chou2012>{{cite journal |author=Chou R, Selph S, Dana T, ''et al.'' |title=Screening for HIV: systematic review to update the 2005 U.S. Preventive Services Task Force recommendation |journal=Ann. Intern. Med. |volume=157 |issue=10 |pages=706–18 |year=2012 |month=November |pmid=23165662 |doi=10.7326/0003-4819-157-10-201211200-00007 |url=}}</ref> A [[profilaxia]] pré-exposição com uma dose diária de [[tenofovir]], com ou sem [[emtricitabina]], é eficaz em uma série de grupos, incluindo homens que fazem sexo com homens, casais heterossexuais em que um dos membros está infectado pelo HIV e jovens africanos.<ref name=VagGel2012/> Ele também pode ser eficaz em usuários de drogas injetáveis, sendo que um estudo determinou uma diminuição no risco entre 0,7 e 0,4 por 100 pessoas por ano.<ref>{{cite journal|last=Choopanya|first=Kachit|coauthors=Martin, Michael; Suntharasamai, Pravan; Sangkum, Udomsak; Mock, Philip A; Leethochawalit, Manoj; Chiamwongpaet, Sithisat; Kitisin, Praphan; Natrujirote, Pitinan; Kittimunkong, Somyot; Chuachoowong, Rutt; Gvetadze, Roman J; McNicholl, Janet M; Paxton, Lynn A; Curlin, Marcel E; Hendrix, Craig W; Vanichseni, Suphak|title=Antiretroviral prophylaxis for HIV infection in injecting drug users in Bangkok, Thailand (the Bangkok Tenofovir Study): a randomised, double-blind, placebo-controlled phase 3 trial|journal=The Lancet|date=1 June 2013|volume=381|issue=9883|pages=2083–2090|doi=10.1016/S0140-6736(13)61127-7}}</ref>

Precauções universais dentro do ambiente de cuidados de saúde são acreditados para ser eficaz na redução do risco de HIV.<ref>{{Cite journal|title=Recommendations for prevention of HIV transmission in health-care settings|journal=MMWR|volume=36 |issue=Suppl 2 |pages=1S–18S |year=1987 |month=August|pmid=3112554|url=http://www.cdc.gov/MMWR/PREVIEW/MMWRHTML/00023587.htm |author1= Centers for Disease Control (CDC)}}</ref> O uso de drogas injetáveis ​​é um importante fator de risco e estratégias de [[redução de danos]], como programas de troca de agulhas e de terapia de substituição de opiáceos que parecem ser eficazes em diminuir este risco.<ref name=Kurth2011>{{cite journal|last=Kurth|first=AE|coauthors=Celum, C; Baeten, JM; Vermund, SH; Wasserheit, JN|title=Combination HIV prevention: significance, challenges, and opportunities|journal=Current HIV/AIDS reports|date=2011 Mar|volume=8|issue=1|pages=62–72|pmid=20941553|doi=10.1007/s11904-010-0063-3|pmc=3036787}}</ref><ref>{{cite journal|last=MacArthur|first=G. J.|coauthors=Minozzi, S.; Martin, N.; Vickerman, P.; Deren, S.; Bruneau, J.; Degenhardt, L.; Hickman, M.|title=Opiate substitution treatment and HIV transmission in people who inject drugs: systematic review and meta-analysis|journal=BMJ|date=4 October 2012|volume=345|issue=oct03 3|pages=e5945–e5945|doi=10.1136/bmj.e5945}}</ref>

=== Pós-exposição ===
Um grupo de antirretrovirais administrados dentro de 48 a 72 horas após a exposição ao sangue ou secreções genitais de uma pessoa HIV positivo é referido como profilaxia pós-exposição (PPE).<ref name=Prevention2012/> A utilização de um único agente de [[zidovudina]] reduz o risco de uma infecção por HIV em cinco vezes após um ferimento por picada de agulha.<ref name=Prevention2012>{{cite journal |author= |title=HIV exposure through contact with body fluids |journal=Prescrire Int |volume=21 |issue=126 |pages=100–1, 103–5 |year=2012 |month=April |pmid=22515138 |doi= |url= |author1= [No authors listed]}}</ref> Em 2013, o regime de prevenção recomendado nos [[Estados Unidos]] consistia em três medicamentos: [[tenofovir]], emtricitabina e [[raltegravir]], pois isso pode reduzir o risco ainda mais.<ref>{{cite journal |author=Kuhar DT, Henderson DK, Struble KA, ''et al.'' |title=Updated US Public Health Service Guidelines for the Management of Occupational Exposures to Human Immunodeficiency Virus and Recommendations for Postexposure Prophylaxis |journal=Infect Control Hosp Epidemiol |volume=34 |issue=9 |pages=875–92 |year=2013 |month=September |pmid=23917901 |doi=10.1086/672271 |url=}}</ref>

Tratamento PPE é recomendado após uma [[Estupro|agressão sexual]] quando sabe-se que o agressor seja HIV positivo, mas é controverso quando o seu estado serológico é desconhecido.<ref name=NEJM2011Sex>{{cite journal|last=Linden|first=JA|title=Clinical practice. Care of the adult patient after sexual assault|journal=The New England Journal of Medicine|date=2011-09-01|volume=365|issue=9|pages=834–41|pmid=21879901|doi=10.1056/NEJMcp1102869}}</ref> Geralmente, a duração do tratamento é de quatro semanas<ref name=CochranePEP2007>{{cite journal|last=Young|first=TN|coauthors=Arens, FJ; Kennedy, GE; Laurie, JW; Rutherford, G|title=Antiretroviral post-exposure prophylaxis (PEP) for occupational HIV exposure|journal=Cochrane database of systematic reviews (Online)|date=24 de janeiro de 2007|issue=1|pages=CD002835|pmid=17253483|doi=10.1002/14651858.CD002835.pub3|editor1-last=Young|editor1-first=Taryn}}</ref> e é frequentemente associada com efeitos adversos onde a zidovudina é usada; cerca de 70% dos casos, resultam em efeitos adversos, como náuseas (24%), fadiga (22%), angústia emocional (13%) e dores de cabeça (9%).<ref name=AFP2007/>

=== Mãe-filho ===
Programas de prevenção da [[infecção perinatal]] pelo HIV (de mãe para filho) pode reduzir as taxas de transmissão de 92 a 99%.<ref name=Mother2010>{{cite journal|last=Coutsoudis|first=A|coauthors=Kwaan, L; Thomson, M|title=Prevention of vertical transmission of HIV-1 in resource-limited settings|journal=Expert review of anti-infective therapy|date=2010 Oct|volume=8|issue=10|pages=1163–75|pmid=20954881|doi=10.1586/eri.10.94}}</ref><ref name=Kurth2011/> A prevenção é principalmente usar uma combinação de medicamentos antivirais durante a gravidez e após o nascimento do bebê, além de usar [[mamadeira]]s ao invés de [[Aleitamento materno|amamentar a criança]].<ref name=Mother2010/><ref>{{cite journal|last=Siegfried|first=N|coauthors=van der Merwe, L; Brocklehurst, P; Sint, TT|title=Antiretrovirals for reducing the risk of mother-to-child transmission of HIV infection|journal=Cochrane database of systematic reviews (Online)|date=6 de julho de 2011|issue=7|pages=CD003510|pmid=21735394|doi=10.1002/14651858.CD003510.pub3|editor1-last=Siegfried|editor1-first=Nandi}}</ref> Se a substituição da alimentação é aceitável, factível, acessível, sustentável e segura, as mães devem evitar amamentar seus bebês; amamentação exclusiva porém é recomendada durante os primeiros meses de vida, se este não for o caso.<ref>{{cite web|url=http://www.who.int/hiv/mediacentre/Infantfeedingconsensusstatement.pf.pdf |format=PDF |year=2006 |accessdate=March 12, 2008 |title=WHO HIV and Infant Feeding Technical Consultation Held on behalf of the Inter-agency Task Team (IATT) on Prevention of HIV – Infections in Pregnant Women, Mothers and their Infants – Consensus statement|date=25-27 de outubro de 2006| archiveurl=http://web.archive.org/web/20080409065845/http://www.who.int/hiv/mediacentre/Infantfeedingconsensusstatement.pf.pdf|archivedate=9 de abril de 2008 | deadurl= no}}</ref> Se a amamentação exclusiva é realizada, o fornecimento de profilaxia antirretroviral prolongada ao lactente diminui o risco de transmissão do vírus.<ref>{{cite journal|last=Horvath|first=T|coauthors=Madi, BC; Iuppa, IM; Kennedy, GE; Rutherford, G; Read, JS|title=Interventions for preventing late postnatal mother-to-child transmission of HIV|journal=Cochrane database of systematic reviews (Online)|date=21 de janeiro de 2009|issue=1|pages=CD006734|pmid=19160297|doi=10.1002/14651858.CD006734.pub2|editor1-last=Horvath|editor1-first=Tara}}</ref>

=== Vacinação e cura ===
Em 2012 ainda não existia uma vacina eficaz para o HIV ou AIDS.<ref>{{cite news|title=The quest for an HIV vaccine|url=http://www.unaids.org/en/resources/presscentre/featurestories/2012/may/20120518vaccinesday/|date=18 de maio de 2012|author=UNAIDS}}</ref> Um único teste da vacina RV 144, publicado em 2009, encontrou uma redução parcial do risco de transmissão de cerca de 30%, estimulando alguma esperança na comunidade de pesquisa de desenvolvimento uma vacina realmente eficaz.<ref>{{cite journal|last=Reynell|first=L|coauthors=Trkola, A|title=HIV vaccines: an attainable goal?|journal=Swiss medical weekly|date=2012-03-02|volume=142|pages=w13535|pmid=22389197|doi=10.4414/smw.2012.13535}}</ref> Mais estudos da vacina RV 144 estão em andamento.<ref>{{cite web| author = U.S. Army Office of the Surgeon General| title = HIV Vaccine Trial in Thai Adults| publisher = ClinicalTrials.gov| date = 21 de março de 2011| accessdate = 28 de junho de 2011| url =http://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT00223080}}</ref><ref>{{cite web| author = U.S. Army Office of the Surgeon General|title = Follow up of Thai Adult Volunteers With Breakthrough HIV Infection After Participation in a Preventive HIV Vaccine Trial| publisher = ClinicalTrials.gov| date = 2 de junho de 2010| url =http://www.clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT00337181}}</ref>

Em 2007, médicos de uma clínica na [[Alemanha]] conseguiram curar um paciente com SIDA (AIDS) e [[leucemia]]. Os médicos escolheram um doador que tivesse uma mutação no seu DNA capaz de defender o sistema contra o HIV. Após isso, fizeram o transplante de [[medula óssea]] no portador da SIDA e leucemia. A surpresa veio ao fazer novos testes, descobriu-se que o vírus HIV tinha sumido do sistema do paciente. Atualmente o paciente já está há mais de dois anos sem o [[vírus]] HIV e sem a [[leucemia]]. Contudo, a doença ainda pode estar escondida no corpo do paciente. No entanto, o médico que realizou a operação quis "minimizar as falsas esperanças" geradas pelo sucesso da operação, que já foi retratada nas revistas especializadas, já que foi obtida em um caso "muito concreto" e durante o tratamento de outra doença grave. Espera-se que este caso abra caminho para curar outros infectados.<ref name="canalup">{{citar web|url=http://www.canalup.tv/?menu=noticia&id_noticia=7467|titulo=Linha SOS sida não para de tocar desde cura de um doente com VIH|ultimo=Moreira|primeiro=Sara Marques|publicado=Canal UP|data=17 de Dezembro de 2010|acessodata=18 de Dezembro de 2010}}</ref><ref>[http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL859949-5602,00-MEDICOS+CURAM+PACIENTE+COM+AIDS+COM+TRANSPLANTE+DE+MEDULA+OSSEA.html G1 - Médicos curam paciente com aids com transplante de medula óssea]</ref> Em 2011, o Conselho Superior de Pesquisa Científica da Espanha (CSIC, na sigla em espanhol) anunciou ter criado uma [[vacina]] que foi capaz de criar uma respostas imunológica contra o vírus [[HIV]] em 90% dos voluntários, mantendo seu efeito após um ano em 85% deles.<ref>{{citar web |url=http://veja.abril.com.br/noticia/saude/nova-vacina-pode-tornar-a-aids-inofensiva |título=Nova vacina pode tornar a aids inofensiva |editor=[[Revista Veja]] |data=28 de setembro de 2011 |acessodata=4 de outubro de 2011}}</ref>


== Tratamento ==
== Tratamento ==

Revisão das 21h48min de 29 de setembro de 2013

Síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA)
Síndrome da imunodeficiência adquirida
A fita vermelha é um símbolo da solidariedade pelas pessoas infectadas com o HIV e por aquelas que têm de viver com SIDA.
Especialidade infecciologia
Classificação e recursos externos
CID-10 B24
CID-9 042
CID-11 1858812010
OMIM 609423
DiseasesDB 5938
MedlinePlus 000594
eMedicine emerg/253
MeSH D000163
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Síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA — em inglês: Acquired immunodeficiency syndrome - AIDS) é uma doença do sistema imunológico humano causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).[1][2][3] Esta condição reduz progressivamente a eficácia do sistema imunológico e deixa as pessoas suscetíveis a infecções oportunistas e tumores. O HIV é transmitido através do contato direto de uma membrana mucosa ou na corrente sanguínea com um fluido corporal que contêm o HIV, tais como sangue, sêmen, secreção vaginal, fluido preseminal e leite materno.[4][5] Esta transmissão pode acontecer durante o sexo anal, vaginal ou oral, transfusão de sangue, agulhas hipodérmicas contaminadas, o intercâmbio entre a mãe e o bebê durante a gravidez, parto, amamentação ou outra exposição a um dos fluidos corporais acima.

A aids hoje é considerada uma pandemia.[6] Em 2007, estimava-se que 33,2 milhões de pessoas viviam com a doença em todo o mundo e que a aids tenha matado cerca de 2,1 milhões de pessoas, incluindo 330.000 crianças.[7] Mais de três quartos dessas mortes ocorreram na África Subsaariana.[7]

A pesquisa genética indica que o HIV teve origem na África centro-ocidental durante o século XIX e início do século XX.[8][9] A aids foi reconhecida pela primeira vez pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, em 1981, e sua causa, o HIV, foi identificado no início dos anos 1980.[10]

Embora os tratamentos para a AIDS e HIV possam retardar o curso da doença, não há atualmente nenhuma cura ou vacina. O tratamento antirretroviral reduz a mortalidade e a morbidade da infecção pelo HIV, mas estes medicamentos são caros e o acesso a medicamentos antirretrovirais de rotina não está disponível em todos os países.[11] Devido à dificuldade em tratar a infecção pelo HIV, a prevenção da infecção é um objetivo-chave para controlar a pandemia da AIDS, com organizações de promoção da saúde do sexo seguro e programas de troca de seringas na tentativa de retardar a propagação do vírus.

História

Descoberta

A AIDS foi observada clinicamente pela primeira vez em 1981, nos Estados Unidos.[12] Os casos iniciais ocorreram em um grupo de usuários de drogas injetáveis ​​e de homens homossexuais estavam com a imunidade comprometida sem causa aparente e apresentavam sintomas de pneumonia por Pneumocystis carinii (PCP) , uma infecção oportunista rara que era conhecida por ocorrer em pessoas com o sistema imunológico muito comprometido.[13] Pouco depois, um número inesperado de homens gays desenvolveu um tipo de câncer de pele raro chamado Sarcoma de Kaposi (SK).[14][15] Muitos mais casos de PCP e KS surgiram, quando um alerta foi dado ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que enviou uma força-tarefa para acompanhar o surto.[16]

Robert Gallo, codescobridor do HIV no início dos anos 1980 entre (da esquerda para a direita) Sandra Eva, Sandra Colombini e Ersell Richardson.

Nos primeiros dias o CDC não tinha um nome oficial para a doença e referia-se a ela por meio das doenças associadas como, por exemplo, a linfadenopatia, doença pela qual os descobridores do HIV originalmente chamaram o vírus.[17][18] Eles também usavam "Sarcoma de Kaposi e infecções oportunistas", nome pelo qual uma força-tarefa foi criada em 1981.[19] Em um ponto, o CDC cunhou a frase "a doença do 4Hs", uma vez que a síndrome parecia afetar os haitianos, homossexuais, hemofílicos e usuários de heroína.[20] Na imprensa geral, o termo "GRID", de gay-related immune deficiency (em português: deficiência imunológica relacionada aos gays - tradução livre), tinha sido inventado.[21] No entanto, depois de determinar que a AIDS estava isolada à comunidade homossexual,[19] percebeu-se que o termo GRID estava errado e a sigla AIDS (de acquired immunodeficiency syndrome) foi introduzida em uma reunião em julho de 1982.[22] Em setembro de 1982, o CDC começou a se referir à doença como AIDS.[23]

Em 1983, dois grupos de pesquisa independentes liderados por Robert Gallo e Luc Montagnier declararam que um novo retrovírus poderia ter infectado os pacientes com AIDS e publicaram suas descobertas na mesma edição da revista Science.[24][25] Gallo afirmou que o vírus que seu grupo de pesquisa isolou de um paciente com AIDS tinha uma forma muito semelhante a de outros vírus T-linfotrópico, que seu grupo tinha sido o primeiro a isolar. O grupo de Gallo chamou o vírus recém isolado de HTLV-III. Ao mesmo tempo, o grupo de Montagnier isolou um vírus a partir de um paciente que apresentava inchaço dos nódulos linfáticos do pescoço e fraqueza física, dois sintomas característicos da AIDS. Contradizendo o relatório do grupo de Gallo, Montagnier e seus colegas mostraram que as proteínas do núcleo do vírus eram imunologicamente diferentes das do HTLV-I. O grupo de Montagnier chamou o vírus que isolaram de "vírus associado à linfadenopatia".[16] Quando, em 1986, descobriu-se que estes dois vírus eram o mesmo, LAV e HTLV-III foram renomeados para HIV.[26]

Origem

Acredita-se que os vírus HIV-1 e HIV-2 tenham se originado em primatas não-humanos no centro-oeste africano e foram transferidos para os seres humanos no início do século XX.[27] O HIV-1 parece ter se originado no sul de Camarões através da evolução do SIV (cpz), um vírus da imunodeficiência símia (SIV ), que infecta os chimpanzés selvagens (o HIV-1 descende do SIVcpz endêmico nas subespécies de chimpanzés Pan troglodytes troglodytes) .[28][29] O parente mais próximo do HIV-2 é o SIV (smm), um vírus do Cercocebus atys atys, um macaco do Velho Mundo que vive no litoral da África Ocidental (do sul do Senegal ao oeste da Costa do Marfim).[30] Os macacos do Novo Mundo, como o macaco-da-noite, são resistentes à infecção pelo HIV-1, possivelmente devido a uma fusão genômica de dois genes com resistência viral.[31] Acredita-se que HIV-1 tenha ultrapassado a barreira das espécies pelo menos em três ocasiões diferentes, dando origem a três grupos de vírus (M, N e O).[32]

Da esquerda para a direita: Chlorocebus, a fonte do SIV; Cercocebus atys, a fonte do HIV-2 e um chimpanzé, a fonte do HIV-1

Há evidência de que humanos que participavam de atividades com animais selvagens, como caçadores ou vendedores de animais silvestres, se infectaram com o SIV.[33] No entanto, o SIV é um vírus fraco que, normalmente, é suprimido pelo sistema imunológico humano dentro de poucas semanas após a infecção. Acredita-se que várias transmissões de pessoa para pessoa desse vírus em rápida sucessão são necessárias para dar-lhe tempo suficiente para se transformar no HIV. Além disso, devido a sua relativamente baixa taxa de transmissão pessoa-a-pessoa, o SIV só pode se espalhar por toda a população na presença de um ou mais canais de transmissão de alto risco, que eram ausentes na África antes do século XX.[34]

Os canais de transmissão de alto risco específicos, que permitiram que o vírus se adaptasse aos seres humanos e se espalhasse por toda a sociedade, dependem do calendário proposto para a travessia de animais para humanos. Estudos genéticos do vírus sugerem que o ancestral comum mais recente do grupo M do HIV-1 remonta ao ano de 1910.[35] Os defensores dessa data ligam a epidemia do HIV ao surgimento do colonialismo e do crescimento das grandes cidades africanas coloniais, o que levou a diversas mudanças sociais, como um maior grau de promiscuidade sexual, disseminação da prostituição e alta frequência de acompanhamento de doenças genitais (como a sífilis) nas cidades coloniais nascentes.[36] Embora as taxas de transmissão do HIV durante a relação sexual vaginal sejam baixas em circunstâncias normais, elas são muitas vezes aumentadas se um dos parceiros sofre de uma doença sexualmente transmissível que cause úlceras genitais. No início do anos 1900, as cidades coloniais eram notáveis ​por sua alta prevalência de prostituição e de casos de úlceras genitais, ao ponto em que que, em 1928, acredita-se que em torno de 45% das mulheres residentes no leste de Kinshasa, no Congo, eram prostitutas, e , a partir de 1933, cerca de 15% de todos os moradores da mesma cidade tinham sífilis.[36]

Uma visão alternativa defende que práticas médicas inseguras na África após a Segunda Guerra Mundial, como a reutilização de seringas não esterilizadas durante campanhas massivas de vacinação, anti-malária e tratamento com antibióticos foram os vetores iniciais que permitiram que o vírus se adaptasse aos seres humanos e se espalhasse.[34][37][38]

O caso mais antigo e bem documentado de HIV em humanos remonta a 1959, na República Democrática do Congo.[39] O vírus pode ter estado presente nos Estados Unidos desde 1966,[40] mas a grande maioria das infecções que ocorrem fora da África subsaariana (incluindo nos Estados Unidos) podem ser rastreadas até um único indivíduo desconhecido que se infectou com o HIV no Haiti e, em seguida, trouxe a infecção para os Estados Unidos por volta de 1969.[41] A epidemia se espalhou rapidamente entre os grupos de alto risco (inicialmente em homens que faziam sexo frequente com outros homens). Em 1978, a prevalência de HIV-1 entre homossexuais masculinos residentes de Nova York e [[São francisco (Califórnia)|São Francisco era estimada em 5% , sugerindo que vários milhares de pessoas no país estavam infectadas.[41]

Progressão e sintomas

Existem três fases principais da infecção pelo HIV: infecção aguda, latência clínica e AIDS.[42][43]

Infecção aguda

Sintomas da infecção aguda por HIV (em inglês)

O período inicial após a contaminação pelo HIV é chamado de infecção aguda ou síndrome retroviral aguda.[42][44] Muitos indivíduos desenvolvem uma doença semelhante à gripe ou à mononucleose entre 2 e 4 semanas após a exposição ao vírus, enquanto outras pessoas não têm sintomas significativos.[45][46] Os sintomas ocorrem entre 40% e 90% dos casos e geralmente incluem febre, inchaço dos gânglios linfáticos, inflamação de garganta, erupção cutânea, dor de cabeça e/ou feridas na boca e genitais.[44][46] A erupção a pele, que ocorre entre 20% e 50% dos casos, apresenta-se no tronco e é maculopapular, um tipo de exantema.[47] Algumas pessoas também desenvolvem infecções oportunistas nesta fase.[44] Sintomas gastrointestinais como náuseas, vômitos ou diarreia podem ocorrer, assim como sintomas neurológicos de neuropatia periférica ou da síndrome de Guillain-Barré.[46] A duração dos sintomas varia, mas geralmente persistem por uma ou duas semanas.[46]

Devido ao seu carácter não-específico, estes sintomas frequentemente não são reconhecidos como sinais de infecção por HIV. Mesmo os casos que os casos avaliados por um médico da família ou por um hospital são muitas vezes diagnosticados como uma das muitas doenças infecciosas comuns. Assim, recomenda-se que o HIV seja considerado em pacientes que apresentem febre sem explicação aparente que podem ter fatores de risco para a contaminação.[46]

Latência clínica

Os sintomas iniciais são seguidos por uma fase de latência clínica chamada de HIV assintomático ou HIV crônico.[43] Sem tratamento, esta segunda fase da infecção por HIV pode durar de três anos[48] a mais de 20 anos[49] (em média, cerca de oito anos).[50] Embora geralmente não apareçam sintomas no início, perto do final desta fase muitas pessoas sofrem com febre, perda de peso, problemas gastrointestinais e dores musculares.[43] Entre 50 e 70% das pessoas também desenvolvem linfadenopatia generalizada persistente, caracterizada por um inchaço inexplicado e indolor de mais de um grupo de gânglios linfáticos (excepto na virilha) por um período de três a seis meses.[42]

Embora a maioria dos indivíduos infectados com HIV-1 tenham uma carga viral detectável e, na ausência de tratamento, eventualmente acabam por desenvolver a AIDS, uma pequena percentagem (cerca de 5%) mantêm níveis elevados de células T CD4+ (linfócito T auxiliar) sem terapia antirretroviral por mais de 5 anos.[46][51] Estes indivíduos são classificados como "pacientes assintomáticos de longo prazo".[51] Outro grupo é daqueles que mantêm uma carga viral baixa ou indetectável sem tratamento antirretroviral, que são conhecidos como "controladores de elite" ou "supressores de elite". Eles são uma de cada 300 pessoas infectadas.[52]

Síndrome da imunodeficiência adquirida

Principais sintomas da AIDS

A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA ou AIDS - sigla em inglês) é definida quando a contagem de células CD4+ T está abaixo de 200 células por mL de sangue ou pela ocorrência de doenças específicas, em associação com uma infecção por HIV.[46] Na ausência de tratamento específico, cerca de metade das pessoas infectadas com HIV desenvolvem AIDS cerca de dez anos após a contaminação.[46] As condições iniciais mais comuns que alertam sobre a presença de AIDS são a pneumocistose(40%), caquexia (20%) e candidíase esofágica.[46] Outros sinais comuns incluem infecções respiratórias recorrentes.[46]

As infecções oportunistas podem ser causadas por bactérias, vírus, fungos e parasitas que normalmente seriam controlados pelo sistema imunológico.[53] Cada infecção ocorre, em parte, em relação aos organismos que são comuns no ambiente que a pessoa vive.[46] Estas infecções podem afetar quase todos os órgãos do organismo.[54]

As pessoas com AIDS têm um risco maior de desenvolver vários tipos de câncer, como o sarcoma de Kaposi, linfoma de Burkitt, linfoma do sistema nervoso central primário e câncer cervical.[47] O sarcoma de Kaposi é o tipo de câncer mais comum e ocorre entre 10% a 20% das pessoas com HIV.[12] O segundo tipo de câncer mais comum é o linfoma, que é a causa da morte de quase 16% das pessoas com AIDS e é o sinal inicial de AIDS em 3% a 4% delas.[12] Esses tipos de câncer estão associados com o herpesvírus humano 8.[12] O câncer cervical ocorre com mais frequência em pacientes com AIDS devido à sua associação com o vírus do papiloma humano (HPV).[12]

Além disso , as pessoas com AIDS frequentemente têm sintomas sistêmicos, como febre prolongada, suores (especialmente à noite), inchaço dos gânglios linfáticos, calafrios, fraqueza e perda de peso.[55] A diarreia é um sintoma comum presente em cerca de 90% das pessoas com AIDS.[56] Pacientes com AIDS também podem ser afetados por diversos sintomas psiquiátricos e neurológicos independentes de infecções oportunistas e cânceres.[57]

Transmissão

Estimativa de aquisição do HIV por método de contágio[58]
Forma de exposição Risco por 10 000 exposições a uma pessoa infectada em tratamento
Transfusão de sangue 9.000[59]
Nascimento 2.500[60]
Uso compartilhado de seringa 67[61]
Agulha cortante 30[62]
Penetração vaginal receptiva* 10[63][64][65]
Penetração vaginal insertiva* 5[63][64]
Penetração anal receptiva* 50[63][64]
Penetração anal insertiva* 6.5[63][64]
Penetração oral receptiva 1[64]§
Penetração oral insertiva 0.5[64]§
* assumindo o não uso de preservativo
§ Fonte refere-se ao relacionamento sexual praticado no homem

O HIV é transmitido por três vias principais: contato sexual, exposição a fluidos ou tecidos corporais infectados e de mãe para filho durante a gravidez, o parto ou a amamentação (conhecida como infecção perinatal).[66] Não há nenhum risco de contrair o HIV através de exposição a fezes, secreções nasais, saliva, escarro, suor, lágrimas, urina ou vômito de pessoas infectadas, a menos que estes estejam contaminados com sangue.[67] É possível se infectar por mais de uma cepa do HIV, uma condição conhecida como superinfecção pelo HIV.[68]

Relação sexual

O modo mais comum de transmissão do HIV é através do contato sexual com uma pessoa infectada.[66] A maior parte de todas as contaminações por HIV no mundo ocorrem através de contatos heterossexuais (ou seja, os contatos sexuais entre pessoas do sexo oposto);[66] no entanto, o padrão de transmissão varia significativamente entre os países. Nos Estados Unidos, em 2009, a maior parte das transmissões ocorreram em homens que fazem sexo com homens,[66] sendo 64% de todos os novos casos.[69]

No que diz respeito aos contatos heterossexuais não protegidos, as estimativas de risco de transmissão do HIV por ato sexual parecem ser de quatro a dez vezes maiores em países de baixa renda do que nos países de alta renda.[70] Em países pobres, o risco de transmissão de mulheres para homens é estimado em 0,38% por relação sexual e a transmissão de homens para mulheres em 0,30%. Estimativas equivalentes em países mais ricos são uma taxa de transmissão de 0,04% por relação sexual de mulheres para homens e de 0,08% de homens para mulheres.[70] O risco de transmissão durante o sexo anal é especialmente alto, estimado em 1,4% a 1,7% por contato sexual, heterossexual ou homossexual.[70][71] Embora o risco de transmissão através do sexo oral seja relativamente baixo, ele existe.[72] O risco de se infectar através do sexo oral tem sido descrito como "praticamente nulo",[73] no entanto alguns casos têm sido relatados.[74] O risco de transmissão por relação sexual oral receptiva é de 0% a 0,04%.[75] Em contextos que envolvem a prostituição em países de baixa renda, o risco de transmissão da mulher para o homem foi estimado em 2,4% por relação e de homem para mulher em 0,05%.[70]

O risco de transmissão aumenta com a presença de muitas doenças sexualmente transmissíveis[76] e úlceras genitais.[70] As úlceras genitais parecem aumentar o risco de infecção em cerca de cinco vezes.[70] Outras doenças sexualmente transmissíveis, como gonorreia, clamídia, tricomoníase e vaginose bacteriana, estão associadas com aumentos ligeiramente menores nos riscos de transmissão.[75]

A carga viral de uma pessoa infectada é um importante fator de risco para a transmissão tanto sexual quanto de mãe para filho.[77] Durante os primeiros 2,5 meses de uma transmissão de HIV, o poder de contágio de uma pessoa infectada é doze vezes maior devido a alta carga viral.[75] Se a pessoa está nos estágios finais da infecção, as taxas de transmissão são cerca de oito vezes maiores.[70]

Profissionais do sexo (incluindo os da indústria pornográfica) têm um aumento na taxa de HIV.[78][79] O sexo sem proteção pode ser um fator associado com aumento do risco de transmissão.[80] Agressões sexuais também aumentam o risco de transmissão do HIV, visto que preservativos raramente são usados​​ e traumas físicos na vagina ou no reto são frequentes, além de poder haver um maior risco de infecção simultânea de doenças sexualmente transmissíveis diferentes.[81]

Fluidos corporais

Um cartaz do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) de 1989 indicando o perigo da AIDS associada ao uso de drogas

O segundo modo mais frequente de transmissão do HIV é através de sangue e de hemoderivados.[66] Pelo sangue a transmissão pode ocorrer através da partilha de seringas durante o uso de drogas injetáveis​​, picada de agulha acidentais, transfusão de sangue ou hemoderivado contaminado ou injeções médicas com equipamento não esterilizado. O risco de transmissão ao compartilhar uma seringa durante o uso de drogas é de entre 0,63 e 2,4% por ato, com uma média de 0,8%.[82] O risco de contrair o HIV de uma picada de agulha a partir de uma pessoa infectada pelo vírus é estimado em 0,3% (cerca de 1 em 333) por ato e o risco por exposição a membrana ou mucosa com sangue infectado é de 0,09% (cerca de 1 em 1000 ) por ato.[67] Nos Estados Unidos, usuários de drogas intravenosas responderam por 12% de todos os novos casos de HIV em 2009,[69] e, em algumas áreas mais de 80 % das pessoas que usam drogas injetáveis ​​são portadoras do HIV.[66]

O HIV é transmitido em cerca de 93% das transfusões de sangue que envolvem sangue infectado.[82] Nospaíses desenvolvidos, o risco de contrair HIV de uma transfusão de sangue é extremamente baixo (menos de um em meio milhão), visto que há uma melhor seleção de doadores e uma triagem de HIV é realizada;[66] por exemplo, no Reino Unido, o risco é relatado em um em cinco milhões.[83] Nos países de baixa renda, apenas metade das transfusões são adequadamente selecionadas (em 2008)[84] e estima-se que até 15% das infecções por HIV nestas áreas vêm de transfusão de sangue e hemoderivados contaminados, o que representa entre 5% e 10% das infecções globais.[66][85]

O uso de equipamento médico sem esterilização desempenha um papel significativo na propagação do HIV na África subsaariana. Em 2007, entre 12 e 17% das infecções nesta região foram atribuídos ao uso de seringas médicas.[86] A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que o risco de transmissão como resultado de uma injeção médica na África é de 1,2%.[86] Riscos significativos também estão associados a procedimentos invasivos, assistência ginecológica e atendimentos odontológico nesta área do mundo.[86]

Pessoas com tatuagens, piercings e escarificações estão, teoricamente, em risco de infecção, mas nenhum caso confirmado foi documentado.[87] Não é possível para mosquitos ou outros tipos de insetos transmitir o HIV.[88]

Mãe-filho

O HIV pode ser transmitido de mãe para filho durante a gravidez, durante o parto ou através do leite materno.[89][90] Esta é a terceira forma mais comum de transmissão do HIV no mundo.[66] Na ausência de tratamento, o risco de transmissão antes ou durante o nascimento é de cerca de 20%, enquanto na amamentação é de 35%.[89] Em 2008, a transmissão perinatal foi responsável por cerca de 90% dos casos de HIV em crianças.[89] Com o tratamento adequado, o risco de infecção entre mãe e filho pode ser reduzido para cerca de 1%.[89] O tratamento preventivo envolve a mãe iniciar o antirretroviral durante a gravidez, fazer o parto através de uma cesariana, evitar a amamentação e administrar medicamentos antirretrovirais para o recém-nascido.[91] Muitas destes medidas não estão, porém, disponíveis no mundo em desenvolvimento.[91] Se o sangue contaminar alimentos durante a pré-mastigação, pode haver risco de transmissão.[87]

Virologia

Ver artigo principal: HIV
Um diagrama mostrando a estrutura do vírus HIV

O HIV é a causa da doença conhecida como AIDS/SIDA. O HIV é um retrovírus que infecta primariamente os componentes do sistema imunológico humano, tais como as células CD4+ T, macrófagos e células dendríticas. Ele direta e indiretamente destrói as células CD4+ T.[92]

O HIV é um membro do gênero lentivirus,[93] parte da família retroviridae.[94] Os lentivirus compartilham muitas características morfológicas e biológicas. Muitas espécies de mamíferos são infectadas pelos lentivirus, que são tipicamente responsáveis ​​por doenças de longa duração, com um longo período de incubação.[95] Os lentivirus são transmitidos como um vírus ARN em sentido positivo. Após a entrada na célula-alvo, o genoma do RNA viral é convertido em DNA de cadeia dupla através de uma transcriptase reversa codificada pelo vírus, que é transportada juntamente com o genoma viral na partícula do vírus. O DNA viral resultante é depois importado para o núcleo da célula e integrado ao DNA celular por uma integrase codificada pelo vírus.[96] Uma vez integrado, o vírus pode tornar-se latente, permitindo que o vírus e a sua célula hospedeira não sejam detectados pelo sistema imunológico.[97] Alternativamente, o vírus pode ser transcrito, produzindo novos genomas de RNA e proteínas virais que são embalados e liberados a partir da célula como novas partículas virais, que então começam o ciclo de replicação de novo.[98]

Dois tipos de HIV foram caracterizados: HIV-1 e HIV-2. O HIV-1 é o vírus que foi originalmente descoberto (e também inicialmente referido como LAV ou HTLV-III). É mais virulento, infeccioso,[99] e é a causa da maior parte das infecções de HIV no mundo. O HIV-2 é menos infeccioso em comparação ao HIV-1, o que indica que menos pessoas expostas ao HIV-2 serão infectadas por exposição. Devido à sua capacidade de transmissão relativamente fraca, o HIV-2 está largamente confinado à África ocidental.[30]

Fisiopatologia

Depois que o vírus entra no organismo, há um período de rápida replicação viral, levando a uma grande quantidade de vírus no sangue periférico. Durante a infecção primária, o nível de HIV pode chegar a vários milhões de partículas de vírus por mililitro de sangue.[100] Esta resposta é acompanhada por uma diminuição acentuada do número de células CD4+ T circulantes. A viremia aguda é quase invariavelmente associada com a ativação das células CD8+ T, que matam células infectadas com HIV e, subsequentemente, com a produção de anticorpos ou de seroconversão. A resposta de células CD8+ T é considerada importante no controle dos níveis de vírus, que chega a um pico e depois entra em declínio, conforme as contagens de células CD4+ T se recuperarem. Uma boa resposta das células CD8+ T tem sido associada a uma progressão mais lenta da doença e a um prognóstico melhor, apesar de não eliminar o vírus.[101] 

Micrografia eletrônica de varredura de HIV-1, em cor verde, saindo de um linfócito cultivado.

Em suma, o HIV causa a AIDS ao esgotar as células CD4+ T. Isto enfraquece o sistema imunológico e permite infecções oportunistas. As células T são essenciais para a resposta imunológica e, sem elas, o organismo não consegue combater infecções ou matar células cancerígenas. O mecanismo de depleção das CD4+ T difere nas fases aguda e crônica da doença.[102] Durante a fase aguda, a lise induzida pelo HIV resulta na morte das células infectadas pela contagem de linfócitos T citotóxicos no declínio de células CD4+ T, embora a apoptose também possa ser um fator. Durante a fase crônica, as consequências da ativação imunitária generalizada juntamente com a perda gradual da capacidade do sistema imunológico de gerar novas células T parecem representar o lento declínio do número de células CD4+ T.[103]

Embora os sintomas da característica deficiência imunológica causada pela AIDS/SIDA não apareçam durante anos depois que uma pessoa está infectada, a diminuição do volume de células CD4+ T ocorre durante as primeiras semanas de infecção, especialmente na mucosa intestinal, que alberga a maior parte dos linfócitos encontrados no corpo.[104] A razão para a perda preferencial de células CD4+ T é que a maioria das mucosas dessas células expressam a proteína CCR5 que o HIV utiliza como um co-receptor para ter acesso às células, ao passo que apenas uma pequena fracção de células CD4+ T presentes no sangue fazem isso.[105]

Durante a infecção aguda, o HIV procura e destrói as células CD4+ T que expressam a CCR5.[106] Eventualmente, uma resposta imune vigorosa pode controlar a infecção e iniciar a fase de latência clinica. As células CD4+ T nos tecidos da mucosa permanecem particularmente afetadas.[106] A replicação contínua do HIV provoca um estado de ativação imunológica generalizada persistindo durante toda a fase crônica.[107] A ativação imunológica, que é refletida pelo aumento de células imunológicas ativadas e pela liberação de citocinas pró-inflamatórias, resulta da atividade de vários produtos gênicos do HIV e da resposta imune à replicação do HIV. Ela está também relacionada com a composição do sistema da barreira mucosa gastrointestinal causada pelo esgotamento de células CD4+ T nas mucosas durante a fase aguda da doença.[108]

Diagnóstico

O diagnóstico de AIDS em uma pessoa infectada com o HIV é baseado na presença de certos sinais ou sintomas. Desde 5 de junho de 1981, muitas definições têm sido desenvolvidas para a vigilância epidemiológica. No entanto, o estadiamento clínico dos pacientes não era um destino para esses sistemas, pois eles não são sensíveis nem específicos. Nos países em desenvolvimento é usado o sistema de estadiamento da Organização Mundial da Saúde para infecção pelo HIV e para a doença, através de dados clínicos e de laboratório. Em países desenvolvidos, o sistema de classificação do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) é usado.

Classificação da OMS

Em 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) agrupou essas infecções e condições em conjunto através da introdução de um sistema de estadiamento para pacientes infectados com HIV-1.[109] Uma atualização ocorreu em setembro de 2005. A maioria dessas condições são infecções oportunistas que são facilmente tratáveis em pessoas saudáveis.

Sistema de classificação do CDC

Existem duas principais definições para a AIDS, ambos produzidos pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC). A velha definição é a referência para a AIDS usando doenças que eram associados a ela, como por exemplo a linfadenopatia, a doença que os descobridores do HIV originalmente nomearam o vírus.[17][18] Em 1993, o CDC expandiu a sua definição para a AIDS incluindo todas as pessoas HIV positivas com contagens de células T CD4 + abaixo de 200 por l de sangue ou 14% do total de linfócitos.[110] A maioria dos novos casos de aids nos países desenvolvidos usam essa definição ou a definição pré-1993 do CDC. O diagnóstico de AIDS ainda está de pé, mesmo que, após o tratamento, a contagem de células CD4 + T sobe para acima de 200 por l de sangue ou outras doenças definidoras da AIDS são curados.

Teste de HIV

Ver artigo principal: Teste de HIV

Muitas pessoas desconhecem que estão infectadas com o HIV.[111] Menos de 1% da população sexualmente ativa urbana na África foi testada e esta proporção é ainda menor em populações rurais. Além disso, apenas 0,5% das mulheres grávidas que frequentam as unidades de saúde urbana são aconselhadas, testadas ou recebem os seus resultados. Mais uma vez, essa proporção é ainda menor nas unidades de saúde rurais.[111] Assim, os produtos de doadores de sangue e do sangue utilizado em medicina e pesquisa médica são rastreados para o HIV.

Testes de HIV são geralmente realizados no sangue venoso. Muitos laboratórios utilizam testes de quarta geração de triagem que detectam anticorpos anti-HIV (IgG e IgM) e do antígeno p24 do HIV. A detecção de anticorpos anti-HIV ou antígeno em um paciente previamente conhecido como negativo, é evidência de infecção pelo HIV. Indivíduos cuja primeira amostra indica evidências de infecção pelo HIV terão uma repetição do teste em uma segunda amostra de sangue para confirmar os resultados.

O período de janela imunológica (tempo entre a infecção inicial e o desenvolvimento de anticorpos detectáveis contra a infecção) pode variar, uma vez que pode levar 3-6 meses para soroconversão e teste positivo. A detecção do vírus usando a reação em cadeia da polimerase (PCR) durante o período de janela é possível e as evidências sugerem que uma infecção pode ser detectada mais cedo do que quando se utiliza um teste de despistagem de quarta geração de AIA.

Os resultados positivos obtidos por PCR são confirmados por testes de anticorpos.[112] Testes de HIV rotineiramente utilizados para a infecção em recém-nascidos e lactentes (isto é, pacientes com menos de 2 anos),[113] nascidos de mães HIV-positivas, não têm valor por causa da presença de anticorpos maternos para o HIV no sangue da criança. A infecção pelo HIV só pode ser diagnosticada por PCR, o teste para HIV DNA pró-viral em linfócitos de crianças.[114]

Prevenção

Contato sexual

O preservativo é o metódo mais eficaz de prevenção contra o HIV/AIDS e outras DSTs.
Uma clínica de prevenção da AIDS em Dharamshala, Himachal Pradesh, Índia.

O uso de preservativos reduz o risco de transmissão de HIV em cerca de 80% a longo prazo.[115] Quando os preservativos são utilizados de forma consistente por um casal em que uma das pessoas está infectada, a taxa de contaminação por HIV é inferior a 1% por ano.[116] Há algumas evidências que sugerem que o preservativo feminino pode oferecer um nível de proteção equivalente.[117] A aplicação de um gel vaginal contendo tenofovir (um inibidor da transcriptase reversa) imediatamente antes do sexo reduziu as taxas de infecção em aproximadamente 40% entre as mulheres africanas.[118] Por outro lado , o uso do espermicida nonoxinol-9 pode aumentar o risco de transmissão, devido à sua tendência de causar irritação vaginal e retal.[119] A circuncisão na África subsaariana "reduz a contaminação de HIV por homens heterossexuais por entre 38% e 66% em 24 meses."[120] Com base nesses estudos, a Organização Mundial de Saúde e a UNAIDS recomendaram a circuncisão como um método válido de prevenção da transmissão de HIV da mulher para o homem em 2007.[121] A eficácia desse método na proteção contra a transmissão de homem para mulher ainda é contestada[122][123] e os benefícios da circuncisão nos países desenvolvidos e entre homens que fazem sexo com homens ainda são indeterminados.[124][125][126] Alguns especialistas temem que a menor percepção de vulnerabilidade entre homens circuncidados pode causar um comportamento sexual de risco, negando assim os métodos preventivos.[127]

Programas de incentivo a abstinência sexual não parecem afetar o risco de contaminação por HIV.[128] Evidências de benefícios em educação de casais também são igualmente pobres.[129] No entanto, uma educação sexual abrangente, desde a escola, pode diminuir o comportamentos de alto risco.[130] Uma minoria significativa de jovens continua a se envolver em práticas de alto risco, apesar de saberem sobre a existência e as consequências da AIDS, subestimando seu próprio risco de se infectar com o HIV.[131] Não se sabe se o tratamento de outras doenças sexualmente transmissíveis é eficaz na prevenção do HIV.[76]

Pré-exposição

O tratamento de pessoas com HIV, cuja contagem de CD4≥350 celulas/μL, com antirretrovirais protege 96% dos seus parceiros contra a infecção.[132] Trata-se de uma redução de 10 a 20 vezes no risco de transmissão.[133] A profilaxia pré-exposição com uma dose diária de tenofovir, com ou sem emtricitabina, é eficaz em uma série de grupos, incluindo homens que fazem sexo com homens, casais heterossexuais em que um dos membros está infectado pelo HIV e jovens africanos.[118] Ele também pode ser eficaz em usuários de drogas injetáveis, sendo que um estudo determinou uma diminuição no risco entre 0,7 e 0,4 por 100 pessoas por ano.[134]

Precauções universais dentro do ambiente de cuidados de saúde são acreditados para ser eficaz na redução do risco de HIV.[135] O uso de drogas injetáveis ​​é um importante fator de risco e estratégias de redução de danos, como programas de troca de agulhas e de terapia de substituição de opiáceos que parecem ser eficazes em diminuir este risco.[136][137]

Pós-exposição

Um grupo de antirretrovirais administrados dentro de 48 a 72 horas após a exposição ao sangue ou secreções genitais de uma pessoa HIV positivo é referido como profilaxia pós-exposição (PPE).[138] A utilização de um único agente de zidovudina reduz o risco de uma infecção por HIV em cinco vezes após um ferimento por picada de agulha.[138] Em 2013, o regime de prevenção recomendado nos Estados Unidos consistia em três medicamentos: tenofovir, emtricitabina e raltegravir, pois isso pode reduzir o risco ainda mais.[139]

Tratamento PPE é recomendado após uma agressão sexual quando sabe-se que o agressor seja HIV positivo, mas é controverso quando o seu estado serológico é desconhecido.[140] Geralmente, a duração do tratamento é de quatro semanas[141] e é frequentemente associada com efeitos adversos onde a zidovudina é usada; cerca de 70% dos casos, resultam em efeitos adversos, como náuseas (24%), fadiga (22%), angústia emocional (13%) e dores de cabeça (9%).[67]

Mãe-filho

Programas de prevenção da infecção perinatal pelo HIV (de mãe para filho) pode reduzir as taxas de transmissão de 92 a 99%.[89][136] A prevenção é principalmente usar uma combinação de medicamentos antivirais durante a gravidez e após o nascimento do bebê, além de usar mamadeiras ao invés de amamentar a criança.[89][142] Se a substituição da alimentação é aceitável, factível, acessível, sustentável e segura, as mães devem evitar amamentar seus bebês; amamentação exclusiva porém é recomendada durante os primeiros meses de vida, se este não for o caso.[143] Se a amamentação exclusiva é realizada, o fornecimento de profilaxia antirretroviral prolongada ao lactente diminui o risco de transmissão do vírus.[144]

Vacinação e cura

Em 2012 ainda não existia uma vacina eficaz para o HIV ou AIDS.[145] Um único teste da vacina RV 144, publicado em 2009, encontrou uma redução parcial do risco de transmissão de cerca de 30%, estimulando alguma esperança na comunidade de pesquisa de desenvolvimento uma vacina realmente eficaz.[146] Mais estudos da vacina RV 144 estão em andamento.[147][148]

Em 2007, médicos de uma clínica na Alemanha conseguiram curar um paciente com SIDA (AIDS) e leucemia. Os médicos escolheram um doador que tivesse uma mutação no seu DNA capaz de defender o sistema contra o HIV. Após isso, fizeram o transplante de medula óssea no portador da SIDA e leucemia. A surpresa veio ao fazer novos testes, descobriu-se que o vírus HIV tinha sumido do sistema do paciente. Atualmente o paciente já está há mais de dois anos sem o vírus HIV e sem a leucemia. Contudo, a doença ainda pode estar escondida no corpo do paciente. No entanto, o médico que realizou a operação quis "minimizar as falsas esperanças" geradas pelo sucesso da operação, que já foi retratada nas revistas especializadas, já que foi obtida em um caso "muito concreto" e durante o tratamento de outra doença grave. Espera-se que este caso abra caminho para curar outros infectados.[149][150] Em 2011, o Conselho Superior de Pesquisa Científica da Espanha (CSIC, na sigla em espanhol) anunciou ter criado uma vacina que foi capaz de criar uma respostas imunológica contra o vírus HIV em 90% dos voluntários, mantendo seu efeito após um ano em 85% deles.[151]

Tratamento

Não existe atualmente nenhuma vacina disponível para o HIV ou a cura para o HIV ou para a AIDS. Os únicos métodos conhecidos de prevenção baseiam-se evitar a exposição ao vírus ou, na falta desta, um tratamento antirretroviral diretamente após uma exposição, chamado profilaxia pós-exposição (PEP).[152] A PEP tem um calendário muito exigente de quatro semanas de dosagem. Ela também tem efeitos secundários muito desagradáveis incluindo diarreia, mal estar, náuseas e fadiga.[153]

Tratamento antiviral

Abacavir – um análogo nucleosídeo inibidor da transcriptase reversa (NRTIs ou NARTI)
Estrutura química do Abacavir

Fármacos usados no tratamento da infecção por HIV interferem com funções da biologia do vírus que são suficientemente diferentes de funções de células humanas:

  1. Existem inibidores da enzima transcriptase reversa que o vírus usa para se reproduzir e que não existem nas células humanas:

Hoje em dia o uso de medicamentos é em combinações de um de cada dos três grupos. Estes cocktails/coquetéis de antivíricos permitem quase categorizar, para quem tem acesso a eles, a SIDA em doença crónica. Os portadores de HIV que tomam os medicamentos sofrem de efeitos adversos extremamente incomodativos, diminuição drástica da qualidade de vida, e diminuição significativa da esperança de vida. Contudo é possível que não morram diretamente da doença, já que os fármacos são razoavelmente eficazes em controlar o número de virions. Contudo houve recentemente notícias de um caso em Nova Iorque cujo vírus já era resistente a todos os medicamentos, e essas estirpes poderão "ganhar a corrida" com as empresas farmacêuticas.

Os medicamentos atuais tentam diminuir a carga de vírus, evitando a baixa do número de linfócitos T CD4+, o que aumenta a longevidade do paciente e a sua qualidade de vida. Quanto mais cedo o paciente começar a ser tratado com medicamentos maior a chance de evitar o desenvolvimento das doenças oportunistas.

No Brasil, o Ministério da Saúde aborda o tratamento da doença da seguinte maneira: pacientes assintomáticos sem contagem de linfócitos T CD4+ disponível - não tratar; pacientes assintomáticos com CD4 > 350 células/mm3 - não tratar; pacientes assintomáticos com CD4 entre 200 e 350 células/mm3 - considerar tratamento; pacientes assintomáticos com CD4 < 200 células/mm3 - tratar e realizar profilaxia contra as doenças oportunistas mais comuns; pacientes sintomáticos - tratar e realizar profilaxia contra as doenças oportunistas mais comuns.

Sabe-se que o risco do desenvolvimento de infecções oportunistas (curto prazo) é baixo, muitos especialistas preferem não iniciar o tratamento e monitorar o paciente com contagens de linfócitos T CD4+ e quantificação da carga viral plasmática. Se a contagem de linfócitos T-CD4+ não for realizada, o tratamento deverá ser iniciado. E ao se optar pelo início do tratamento, é indispensável verificar a motivação do paciente e a probabilidade de adesão do mesmo antes de iniciar o tratamento, já que diferentes níveis de adesão podem levar a emergência de resistência ao tratamento (Guia de Tratamento, Ministério da Saúde, Brasil, 2004).

Como não há cura ou vacina, a prevenção tem um aspecto fundamental, nomeadamente práticas de sexo seguro como o uso de preservativo (ou "camisinha") e programas de troca de seringas nos toxicodependentes.

O tratamento anti-HIV causa lipodistrofia entre 15% a 50% dos pacientes.[154]

Cura e vacina

As pesquisas sobre Aids costumam receber muitas verbas. Apesar disso, sua cura ainda não foi descoberta, nem foi desenvolvida uma vacina. O que existe atualmente são vários remédios (alguns chamados de coquetéis) que aumentam a sobrevida dos portadores do vírus. Muitas pessoas que não apresentam sintomas podem viver muito tempo sem saber que são portadoras. Outras que manifestam sintomas, quando tratadas adequadamente, podem levar uma vida praticamente normal. Existem pessoas que são portadoras do vírus HIV há mais de dez anos levando uma vida completamente normal.[carece de fontes?]

Em 2007, médicos de uma clínica na Alemanha conseguiram curar um paciente com SIDA (AIDS) e leucemia. Os médicos escolheram um doador que tivesse uma mutação no seu DNA capaz de defender o sistema contra o HIV. Após isso, fizeram o transplante de medula óssea no portador da SIDA e leucemia. A surpresa veio ao fazer novos testes, descobriu-se que o vírus HIV tinha sumido do sistema do paciente. Atualmente o paciente já está há mais de dois anos sem o vírus HIV e sem a leucemia. Contudo, a doença ainda pode estar escondida no corpo do paciente. No entanto, o médico que realizou a operação quis "minimizar as falsas esperanças" geradas pelo sucesso da operação, que já foi retratada nas revistas especializadas, já que foi obtida em um caso "muito concreto" e durante o tratamento de outra doença grave. Espera-se que este caso abra caminho para curar outros infectados.[149][155] Em 2011, o Conselho Superior de Pesquisa Científica da Espanha (CSIC, na sigla em espanhol) anunciou ter criado uma vacina que foi capaz de criar uma respostas imunológica contra o vírus HIV em 90% dos voluntários, mantendo seu efeito após um ano em 85% deles.[156]

O Prêmio Nobel de Medicina pela descoberta da SIDA, Luc Montagnier, acredita que daqui a alguns anos será possível pelo menos parar com a transmissão da doença.[157]

Epidemiologia

Prevalência do HIV/AIDS por país (2008):
  Sem dados
  menos que 0,1%
  0,1-0,5%
  0,5-1%
  1-5%
  5-15%
  15-50%
Estimativa de pessoas vivendo com o HIV/AIDS por país.

A pandemia da AIDS também pode ser vista como várias epidemias de subtipos distintos, os principais fatores na sua propagação é a transmissão sexual e a transmissão vertical de mãe para filho no nascimento e através do leite materno.[6] Apesar da recente melhoria do acesso ao tratamento antirretroviral e os cuidados de prevenção em muitas regiões do mundo, a pandemia da AIDS custou cerca 2,1 milhões de vidas (variação de 1,9-2,4 milhões) em 2007, sendo que 330.000 pessoas eram menores de 15 anos.[7] Globalmente, cerca de 33,2 milhões de pessoas viviam com o HIV em 2007, incluindo 2,5 milhões de crianças. Estima-se que 2,5 milhões (variação de 1,8-4,1 milhões) pessoas foram infectadas em 2007, incluindo 420 mil crianças.[7]

A África Subsariana continua sendo de longe a região mais afetada. Estima-se que em 2007, a região continha 68% de todas as pessoas vivendo com AIDS e 76% de todos os óbitos por AIDS, com 1,7 milhões de novas infecções levando o número de pessoas vivendo com HIV para 22,5 milhões, com 11,4 milhões de órfãos da aids vivendo na região. Ao contrário de outras regiões, a maioria das pessoas vivendo com o HIV na África subsaariana em 2007 (61%) eram mulheres. A prevalência em adultos em 2007 foi estimada em 5,0% e a AIDS continua a ser a maior causa de mortalidade nesta região do planeta.[7]

A África do Sul tem a maior população de portadores do HIV no mundo, seguida pela Nigéria e pela Índia.[158] O Sul e o Sudeste da Ásia são a segunda região pior afetado e, em 2007, estima-se que esta região continha 18% de pessoas vivendo com a AIDS e um cerca de 300.000 óbitos devido a doença.[7] A Índia tem cerca de 2,5 milhões de infecções e uma prevalência estimada de adultos de 0,36%.[7] A expectativa de vida da população caiu drasticamente nos países mais afetados; por exemplo, em 2006, estimou-se que caiu de 65 para 35 anos em Botswana.[6]

Nos Estados Unidos, jovens mulheres afro-americanas também estão em risco invulgarmente elevado de infecção pelo HIV.[159] Os afro-americanos formam 10% da população, mas cerca de metade dos casos de HIV/AIDS em todo os Estados Unidos.[160] Isto acontece devido em parte à falta de informações sobre AIDS e uma percepção de que eles não são vulneráveis, bem como ao acesso limitado aos recursos de saúde e uma maior probabilidade de contato sexual sem proteção.[161]

Brasil

Ver artigo principal: HIV/AIDS no Brasil

No Brasil, estima-se que existam 630 mil pessoas vivendo com o HIV. De 1980 (o início da epidemia) até junho de 2009, foram registrados 217.091 óbitos em decorrência da doença. Cerca de 33 mil a 35 mil novos casos da doença são registrados todos os anos no país. A região Sudeste tem o maior percentual (59%) do total de notificações por ser a mais populosa do país, com 323.069 registros da doença. O Sul concentra 19% dos casos; o Nordeste, 12%; o Centro-Oeste, 6%; e a região Norte, 3,9%. Dos 5.564 municípios brasileiros, 87,5% (4.867) registraram pelo menos um caso da doença.[162]

Portugal

Ver artigo principal: KIT SIDA

Desde 1983 até 2009, a doença já infectou quase 35 mil pessoas em Portugal.[163]

Cultura e sociedade

Estigma

Ryan White tornou-se uma criança símbolo do HIV depois de ser expulso da escola por causa de sua infecção.

Não se pega Aids convivendo socialmente com um soropositivo. Apertar a mão, abraçar ou compartilhar o uso de utensílios domésticos não traz nenhum risco de contágio.[164]

No entanto, o estigma da AIDS existe no mundo em uma variedade de maneiras, incluindo o ostracismo, rejeição, discriminação e evitação de pessoas infectadas pelo HIV; teste obrigatório de HIV sem o consentimento prévio ou de proteção da confidencialidade das pessoas; a violência contra indivíduos infectados pelo HIV ou pessoas que são percebidas como infectadas pelo HIV e pessoas em quarentena de infectados pelo HIV.[165] O medo da violência e do preconceito impede que muitas pessoas que procuram fazer o teste de HIV retornem para ver o resultado ou iniciem o tratamento, transformando o que poderia ser uma doença crônica tratável em uma sentença de morte, perpetuando a propagação do HIV.[166]

O estigma foi dividido em três categorias a seguir:

  • Reflexo do medo e do receio de que possam ser associados com alguma doença mortal e transmissível.[167]
  • O uso de HIV/AIDS para expressar atitudes em relação aos grupos sociais e estilos de vida que alguns acreditam ser associado com a doença.[167]
  • Estigmatização de pessoas ligadas à questão do HIV/AIDS ou pessoas HIV-positivas.[168]

Muitas vezes, o estigma da AIDS é expresso em conjunto com um ou mais estigmas, particularmente aqueles associadas com a homossexualidade, bissexualidade, promiscuidade, prostituição e uso de drogas intravenosas.

Em muitos países desenvolvidos, há uma associação entre a aids e a homossexualidade ou a bissexualidade, e esta associação está relacionada com níveis mais elevados de preconceito sexual, tais como atitudes anti-homossexuais.[169] Existe também uma associação preconceituosa entre a aids e todo tipo de comportamento sexual entre dois homens, incluindo o sexo entre homens não infectados.[167]

Impacto econômico

Mudanças na expectativa de vida em alguns países africanos duramente atingidos pelo HIV (legendas em inglês).

O HIV e a AIDS afetam o crescimento econômico, reduzindo a disponibilidade de capital humano.[170] Sem alimentação adequada, cuidados de saúde e a medicina que está disponível em países desenvolvidos, um grande número de pessoas sofrem e morrem de complicações relacionadas à AIDS. Elas não só são incapazes de trabalhar, mas também necessitam de cuidados médicos importantes. A previsão é de que isto provavelmente irá causar um colapso das economias e das sociedades em países com uma população significativa portadora da AIDS. Em algumas áreas altamente infectadas, a epidemia deixou para trás muitos órfãos cuidados por avós idosos.[171]

O aumento da mortalidade tem resultados em um menor população qualificada e força de trabalho. Esta força de trabalho menor é constituída por pessoas cada vez mais jovens, com conhecimentos e experiências de trabalho reduzidas, levando à redução da produtividade. Um aumento no tempo de folga dos trabalhadores para cuidar de familiares doentes ou de licenças por doença também reduzem a produtividade. O aumento da mortalidade reduz os mecanismos de capital humano e de investimento nas pessoas, através da perda da renda e da morte dos pais.

Por afetar principalmente jovens adultos, a AIDS reduz a população tributável, por sua vez, reduzindo os recursos disponíveis para gastos públicos como educação e serviços de saúde não relacionados à AIDS, resultando em aumento da pressão sobre as finanças do Estado e em um crescimento mais lento da economia. Isso resulta em um menor crescimento da base de cálculo, um efeito que é reforçado se houver gastos crescentes para tratar os doentes, em treinamento (para substituir trabalhadores doentes), subsídio de doença e para cuidar dos órfãos da AIDS. Isto é especialmente verdadeiro se o aumento acentuado da mortalidade adulta deslocar a responsabilidade da família para o governo em cuidar desses órfãos.[171]

No nível familiar, os resultados da AIDS é a perda de renda e o aumento dos gastos com saúde pelo responsável da família. Um estudo realizado na Costa do Marfim mostrou que famílias com um paciente HIV/AIDS gastam duas vezes mais em despesas médicas do que outras famílias.[172]

Religião e aids

O tema da religião e da AIDS tornou-se extremamente controverso nos últimos 20 anos, principalmente porque muitos proeminentes líderes religiosos declararam publicamente a sua oposição ao uso de preservativos, o que os cientistas indicam como o único meio atual de deter a epidemia. Outras questões envolvem a participação de religiosos nos serviços de saúde universal e a colaboração com as organizações seculares como a UNAIDS e a Organização Mundial de Saúde.

Reavaliação da AIDS

Ver artigo principal: Reavaliação da SIDA

Um pequeno número de ativistas questionam a ligação entre o HIV e a AIDS,[173] a existência do HIV,[174] ou a validade dos métodos atuais de tratamento (indo longe ao afirmar que a terapia em si foi a causa de mortes por AIDS). Apesar de estas alegações terem sido examinadas e completamente rejeitadas pela comunidade científica,[175] continuam a ser promulgadas pela Internet[176] e ainda têm um impacto político significativo. Na África do Sul, o ex-presidente Thabo Mbeki apoiou a negação da AIDS, o que resultou em uma resposta ineficaz do governo à epidemia que tem sido responsável por centenas de milhares de mortes relacionadas à aids.[177][178]

Ver também

Notas

Referências

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