Aluízio Alves

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Aluízio Alves
Aluízio Alves
40.º Governador do Rio Grande do Norte
Período 31 de janeiro de 1961
até 31 de janeiro de 1966
Vice-governador Walfredo Gurgel (1961-1962)
Theodorico Bezerra (1962-1966)
Antecessor(a) Dinarte Mariz
Sucessor(a) Walfredo Gurgel
Ministro da Administração do Brasil
Período 15 de março de 1985
até 15 de fevereiro de 1989
Presidente José Sarney
Ministro da Integração Regional do Brasil
Período 8 de abril de 1994
até 1 de janeiro de 1995
Presidente Itamar Franco
Deputado federal do Rio Grande do Norte
Período 1º: 5 de fevereiro de 1946
até 31 de janeiro de 1961
2º: 1 de fevereiro de 1967
até 21 de outubro de 1969
3º: 1 de fevereiro de 1991
até 1 de fevereiro de 1995
Dados pessoais
Nome completo Aluízio Alves
Nascimento 11 de agosto de 1921
Angicos, Rio Grande do Norte
Morte 6 de maio de 2006 (84 anos)
Natal, Rio Grande do Norte
Cônjuge Ivone Lira Alves (c. 1944; v. 2003)
Partido UDN (1945-1957)
PSD (1957-1965)
ARENA (1965-1969)
MDB (1969-1979)
PP (1979-1980)
PMDB (1980-2006)
Profissão jornalista, advogado

Aluízio Alves (Angicos, 11 de agosto de 1921Natal, 6 de maio de 2006) foi um jornalista, advogado e político brasileiro natural do Rio Grande do Norte, estado do qual foi o 40.º Governador entre 1961 e 1966 sendo depois cassado pelo Ato Institucional Número Cinco em 1969. É o decano do clã dos Alves, contraparte política da família Maia num embate que há anos domina a cena política potiguar, em especial a partir dos anos oitenta do Século XX.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Manuel Alves Filho e Maria Fernandes Alves, casou-se em 1944 com Ivone Lyra e teve quatro filhos: Aluízio Alves Filho, os gêmeos Ana Catarina Alves e o ex-deputado, ex-presidente da câmara dos deputados e ex-ministro Henrique Eduardo Alves, e Henrique José Alves. Advogado com Bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de Maceió com especialização em Serviço Social, voltou-se às atividades jornalísticas após a graduação: primeiro como funcionário dos jornais A Razão e A República, ambos em Natal tendo se dirigido em 1949 ao Rio de Janeiro onde foi redator-chefe da Tribuna da Imprensa, que pertencia a Carlos Lacerda. De volta ao seu estado natal no ano seguinte, fundou e dirigiu a Tribuna do Norte. Ainda no ramo de comunicação foi diretor da Rádio Cabugi, da TV Cabugi e da Rádio Difusora de Mossoró. Antes foi Oficial de Gabinete da Interventoria potiguar chefe do Serviço Estadual de Reeducação e Assistência Social (SERAS) e diretor estadual da Legião Brasileira de Assistência.

Vida política[editar | editar código-fonte]

Deputado Federal, Governador e Ministro[editar | editar código-fonte]

Com Abelardo de Araújo Jurema, em 1963.

Sua vocação política surgiu em consequência das suas atividades profissionais e a estréia se deu sob as bênçãos de José Augusto Medeiros e Dinarte Mariz, líder-mor da UDN potiguar e assim Aluízio Alves foi eleito deputado federal em 1945 e participou da Assembleia Nacional Constituinte que promulgaria a nova Constituição em 18 de setembro de 1946. Reeleito em 1950, 1954 e 1958, chegou aos postos de secretário-geral da UDN e vice-líder da bancada.

Figura de proa na eleição de Mariz para o governo do estado em 1955, rompeu com seu aliado em face de um episódio onde o governador recém-eleito ignorou uma série de ações de governo que foram reunidas por Aluízio Alves num extenso documento. Irritado, afastou-se politicamente de seu mentor e ingressou no PSD e foi eleito governador em 1960, derrotando o deputado Djalma Marinho para o desgosto de Dinarte Mariz.

A animosidade entre os dois líderes tornou-se cada dia mais férrea e com o advento do Regime Militar de 1964 foi Mariz quem retomou o comando da cena política, o que não impediu, contudo, o ingresso de Aluízio Alves na ARENA e a conquista de seu quinto mandato de deputado federal em 1966 após Mariz vetar sua candidatura a senador. No ano anterior Aluísio Alves derrotou o senador Dinarte Mariz na eleição estadual de 1965, ao eleger o monsenhor Valfredo Gurgel para governador.

Veio então o revés: em 7 de fevereiro de 1969 teve seu mandato cassado pelo AI-5 sob a acusação de corrupção sendo indiciado em um processo que foi arquivado em fevereiro de 1973. Mesmo sem poder atuar diretamente na política usou sua experiência e se manteve influente ao levar seus correligionários para o MDB em 1970 e ademais sua condição de empresário permitiu que mantivesse boas relações com os arenistas, à exceção de Dinarte Mariz.

Executivo da União das Empresas Brasileiras, expandiu suas atividades para além da área de comunicação e tão logo foi restaurado o pluripartidarismo ingressou no PP e a seguir no PMDB sendo derrotado na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte em 1982 por José Agripino Maia do PDS.

Entusiasta da candidatura vitoriosa de Tancredo Neves à Presidência da República foi indicado Ministro da Administração pelo presidente eleito sendo confirmado no cargo por José Sarney e permaneceu à frente desse ministério entre 15 de março de 1985 e 15 de fevereiro de 1989 e durante a sua gestão foi criada a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP).

Em 1990 foi eleito para o sexto mandato de deputado federal, cargo do qual esteve licenciado durante o governo Itamar Franco quando foi Ministro da Integração Regional entre 8 de abril de 1994 e 1 de janeiro de 1995. Como Ministro da Integração, Aluízio retomou o projeto de transposição do Rio São Francisco.

Morte[editar | editar código-fonte]

Aluízio Alves faleceu em Natal, em 2006 vítima de isquemia cerebral.

Referências[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]