Christian Vieri
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Vieri em sua passagem pela Fiorentina. | ||
Nome completo | Christian Vieri | |
---|---|---|
Data de nasc. | 12 de julho de 1973 (46 anos) | |
Local de nasc. | Bolonha, Itália | |
Altura | 1,86 m | |
Pé | canhoto | |
Posição | Atacante | |
Clubes de juventude | ||
Marconi Stallions Santa Lucia Prato Torino | ||
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1991–1992 1992–1993 1993–1994 1994–1995 1995–1996 1996–1997 1997–1998 1998–1999 1999–2005 2005–2006 2006 2006 2006–2007 2007–2008 2008–2009 Total |
Torino Pisa Ravenna Venezia Atalanta Juventus Atlético de Madrid Lazio Internazionale Milan Monaco Sampdoria Atalanta Fiorentina Atalanta |
18 (2) 32 (12) 29 (11) 21 (9) 37 (14) 31 (29) 28 (14) 190 (123) 14 (2) 11 (5) 0 (0) 7 (2) 39 (9) 9 (2) 4 (1) 475 (236) | 9 (2)
Seleção nacional | ||
1992–1996 1997–2005 |
Itália Sub-21 Itália |
49 (23) | 22 (11)
Christian Vieri (Bolonha, 12 de julho de 1973) é um ex-futebolista italiano que jogava como atacante. Ao lado de Paolo Rossi e Roberto Baggio, é o maior artilheiro da Itália na Copa do Mundo FIFA - cada um com nove gols.[1] Em seu auge, notabilizou-se como um artilheiro implacável; embora não fosse considerado um jogador refinado, era reconhecido pelo ótimo posicionamento, oportunismo e poder de finalização, seja de cabeça ou com a perna esquerda,[2] sendo capaz de decidir jogos com uma única oportunidade. Considera-se que está entre os trinta maiores jogadores do campeonato italiano.[3]
Bobo Vieri também teve uma carreira marcada por contínuas trocas de clubes, sem que isso impedisse ser uma figura destacada em quase todos eles;[2] em sua única temporada no Atlético de Madrid, foi artilheiro do campeonato espanhol, marcando 24 gols em 24 jogos, o suficiente para ele ser considerado o segundo italiano de maior importância em La Liga (é o único de seu país a ser artilheiro desse campeonato), abaixo apenas do longevo Amedeo Carboni.[4] Na terra natal, além de estar no grupo seleto dos onze jogadores que atuaram pelos três principais clubes do país, que são Juventus, Internazionale e Milan (na ordem que ele defendeu), Vieri é um dos dois únicos que jogaram pelos dois clubes de Milão (Inter e Milan) e pelos dois de Turim - Juventus e Torino,[5] onde se profissionalizou.[6]
Embora o Torino tenha sido o clube onde iniciou a carreira e a Internazionale seja o time que por mais tempo atuou,[2] estando entre os dez maiores artilheiros interistas,[5] Vieri curiosamente é torcedor da Juventus,[7] a grande rival dos outros outros dois, no clássico da cidade de Turim com o Toro e no Derby D'Italia com a Inter.[8][9] Foi exatamente na Juve, um dos clubes em que esteve por uma única temporada e onde seu pai chegou a atuar, que o atacante conquistou pela única vez o campeonato italiano. Além de Atlético, Juventus e Inter, Vieri é considerado uma figura destacada também por Atalanta e Lazio.[2]
Índice
Carreira em clubes[editar | editar código-fonte]
Início[editar | editar código-fonte]
Filho do ex-jogador Roberto Vieri, Christian cresceu na Austrália a partir dos quatro anos de idade, acompanhando o pai, que prosseguiu carreira naquele país.[2] O irmão mais novo, Max Vieri, nasceria lá e defenderia brevemente a seleção australiana no início da década de 2000.[10] Na infância, o esporte favorito de Christian era o críquete,[11] considerado a modalidade mais difundida em toda a Austrália - popular em todas as regiões do país, enquanto o futebol australiano é forte apenas em uma parte e os códigos de rúgbi (league, especialmente, e union), em outra.[12] Vieri declararia que nessa época saía-se melhor no críquete do que no futebol, sonhando em ser "o próximo Allan Border", seu ídolo.[11] Foi somente aos 14 anos que iniciou carreira juvenil, no Marconi Stallions, time da numerosa comunidade ítalo-australiana em Sydney e onde o pai jogava. Inicialmente, atuava como lateral-esquerdo. Paulatinamente, foi sendo deslocado para posições mais ofensivas até definir-se como atacante.[2]
Ainda como juvenil, Vieri regressou à Itália, acertado com o time Santa Lucia da cidade de Prato,[2] local de nascimento do seu pai.[13] Pouco tempo depois, mudou-se para outo clube da mesma cidade, o Prato, onde o pai havia sido ídolo.[2] Com 17 anos, foi contratado pelo Torino. Nos grenás, foi bicampeão da categoria juvenil primavera e ocasionalmente aproveitado no time principal a partir da temporada 1991-92. Era o último ciclo de alto desempenho do clube, terceiro colocado na Serie A e vice-campeão da Copa da UEFA daquela temporada.[2][6] No campeonato, Vieri foi usado seis vezes e marcou um gol.[14] Foi o terceiro em vitória de 4-0 em 10 de maio de 1992, sobre o Genoa,[15] clube que na época também vivia seu último grande momento, semifinalista da mesma Copa da UEFA.[16]
No Toro, Vieri ainda fez mais uma partida na Serie A na temporada 1992-93,[14] na qual o clube venceria a Copa da Itália, seu último troféu de alto nível, conseguindo na campanha eliminar a própria rival Juventus.[17] Na época, as figuras principais nas posições ofensivas estavam em Walter Casagrande, Carlos Alberto Aguilera, Rafael Martín Vázquez, Enzo Scifo e Gianluigi Lentini.[18] Vieri pôde estrear em outubro pela seleção italiana sub-21 no campeonato europeu da categoria realizado naquele ano,[19] mas, sem espaço no clube, começou a rodar por equipes da Serie B. Ainda em novembro de 1992 foi negociado com o Pisa, onde não deixou saudades:[2] marcou apenas dois gols ao longo de dezoito partidas. Para a temporada 1993-94, já estava no Ravenna.[14] Embora ainda jovem, foi titular e pôde destacar-se com doze gols. Não impediu o rebaixamento do time à Serie C1, mas conseguiu transferir-se ao Venezia. Com onze gols em 29 partidas pelos vênetos, convenceu a Atalanta para voltar a jogar na primeira divisão, para a temporada 1995-96.[2]
Na Atalanta, Vieri foi treinado por Emiliano Mondonico, que já havia sido seu técnico no Torino.[18] Marcou sete gols em dezenove jogos na Serie A.[14] Era reserva no time de Bérgamo, mas ainda assim fez mais gols que os atacantes titulares.[2] Fez o mesmo número de gols de Roberto Baggio, do campeão Milan, enquanto a Atalanta terminou salva a sete pontos do rebaixamento,[20] enquanto paralelamente chegou à final da Copa da Itália, campanha em que Bobo marcou os dois gols do 2-0 sobre o Bologna que classificou sua equipe à decisão, perdida para a Fiorentina.[21] Ele e o colega Paolo Montero terminaram contratados pela Juventus, que havia acabado de vencer a Liga dos Campeões da UEFA de 1995–96.[2] Vieri teria ainda outras duas passagens pela Atalanta, sem o o mesmo desempenho da primeira,[2] mas ainda assim é considerado um dos vinte maiores jogadores da história da Dea.[22]
Três temporadas, destaque em três clubes[editar | editar código-fonte]
No clube do coração,[7] Vieri conquistou ainda em 1996 a Supercopa da UEFA e o Mundial Interclubes, mas individualmente não rendeu de imediato o retorno esperado à Juventus.[6] Concorrendo com Alessandro Del Piero, Nicola Amoruso e Alen Bokšić,[2] começou a destacar-se a partir do fim da temporada.[6] Fez oito gols na Serie A, sete deles nas dez rodadas finais; dois deles foram em vitória de 3-0 sobre a Roma, outros dois em 6-1 sobre o Milan dentro de Milão e o que abriu o placar no empate em 2-2 com a Lazio na rodada final, quando o time de Turim garantiu o título.[23] Os oito gols foram suficiente para que ele se tornasse o artilheiro do elenco campeão.[5] Foi em meio a essa boa fase que Vieri estreou na seleção italiana, ainda em março.[2]
Ao todo, foram 14 gols na temporada, em que a Juve também chegou a nova final na Liga dos Campeões da UEFA.[5] Marcou quatro gols nessa campanha, incluindo em cada partida semifinal contra o Ajax, em vitórias de 2-1 e 4-1.[24] Para a decisão contra o Borussia Dortmund, foi titular. A diretoria juventina pretendia mantê-lo, mas a abundância de bons jogadores e uma proposta de 34 bilhões de liras do Atlético de Madrid o levaram ao futebol espanhol.[5][6]
No Atleti, Vieri teve problemas físicos, que não impediram um desempenho de sucesso. Foram 24 gols em 24 jogos em La Liga. Em uma partida, apesar da derrota de 5-4 para o Salamanca, fez os quatro gols rojiblancos.[2] Embora auxiliado por Juninho Paulista e Kiko,[4] a falta de um time mais consistente foi justamente um entrave para uma temporada coletiva melhor; o clube terminou o campeonato em quinto, foi eliminado precocemente nas oitavas-de-final da Copa do Rei para o Real Zaragoza - clube que depois perderia de 5-1 com três gols do italiano, pela liga - focando-se na Copa da UEFA. Nessa competição, Vieri teve seu momento mais lembrado como colchonero: foi no dia em que marcou três vezes sobre o PAOK, incluindo o gol mais famoso de sua passagem pela Espanha, em que aproveitou-se de falha do goleiro para dominar em cima da linha de fundo e bateur com curva para dentro da baliza,[25] com tamanha falta de ângulo que o lance foi chamado de "o gol impossível".[4]
No torneio europeu, o time chegou até as semifinais, eliminado pela Lazio. No campeonato espanhol, Vieri, que chegou a marcar oito gols em espaço de seis partidas, homenageando em uma delas o colega Juninho após a violenta lesão que tirou este da Copa do Mundo FIFA de 1998,[25] terminou na artilharia - com seis gols a mais que o vice-artilheiro, Rivaldo. Somando todas as competições, Vieri reuniu 29 gols em 32 jogos, média altíssima, em especial naquele contexto. Com um vigor que impressionava ao reunir potência, velocidade e força para desconforto total dos marcadores, permitia ao Atlético muita confiança em sair jogando de trás através de uma ligação direta: o italiano conseguia dominar todas as bolas. A grande temporada o garantiu na Copa do Mundo, mas terminou amarga: Vieri teve desentendimentos com o treinador Radomir Antić e escancarou a insatisfação ao ser substituído aos dez minutos do segundo tempo ao ser substituído em derrota de 2-1 para o Real Mallorca, quando os madrilenhos lutavam para classificar-se à Liga dos Campeões. Recuou-se a cumprimentar o técnico.[4] Anos mais tarde, em autobiografia, Vieri declararia-se arrependido de ter ido ao clube, admitindo que aceitou a oferta apenas pelo dinheiro.[26]
O entrevero com Antić favoreceu o regresso de Vieri à Itália, acertado com a Lazio.[4] No clube romano, Vieri integrou um elenco histórico, invicto da 11ª até a 27ª rodada da Serie A. Fez grande dupla com outro reforço, o chileno Marcelo Salas, que fez 15 gols enquanto Bobo fez 12,[27] um deles no clássico com a Roma.[28] No campeonato italiano, o time,[27] que tinha apenas uma conquista até então (em 1974),[29] foi vice-campeão por um único ponto,[27] para o Milan.[2] Vieri foi, pela primeira vez, eleito o melhor jogador do país.[3]
A decepção no campeonato foi compensada com um título continental, na última edição da Recopa Europeia. Na decisão, Vieri aproveitou cruzamento de Giuseppe Pancaro para abrir o placar na vitória de 2-1 sobre o Real Mallorca,[27] que vivia o auge de sua história na Cúperativa do técnico Héctor Cúper.[30] Vieri foi então vendido por 90 bilhões de liras à Internazionale, no que foi para a época o pagamento-recorde em uma transferência no futebol.[27]
Internazionale[editar | editar código-fonte]
Em seu primeiro jogo na Serie A da temporada 1999-2000, Vieri marcou os três gols da Internazionale na vitória de 3-0 sobre o Hellas Verona. Mas o time terminaria o torneio distante do título, apenas em quarto, enquanto ficou no vice da Copa da Itália. Ao todo, Vieri fez treze gols na liga, em dezenove jogos.[14] Os treze gols foram suficientes para fazer dele o artilheiro do elenco interista,[31] embora incapazes de suprir a expectativa gerada para um ataque que tinha de opções Roberto Baggio, Ronaldo, Álvaro Recoba e Iván Zamorano. Esperava-se em especial uma dupla entre Vieri e Ronaldo, que poucas vezes atuaria junta por lesões que acometeram ambos - no caso de Vieri, ficou impossibilitado de ir à Eurocopa 2000.[2] Fora dos campos, a parceria foi um sucesso: se tornaram grandes amigos e parceiros na vida noturna de Milão.[32]
Na temporada seguinte, Vieri marcou dezoito gols, sendo novamente o artilheiro do elenco nerazzurro, mas sem impedir que a Inter terminasse novamente distante do título, em quinto.[33] O clube chegava ao 13º ano de jejum na Serie A, mas para a temporada 2001-02 a sina parecia prestes a terminar: após a séria lesão sofrida em 2000, Ronaldo pôde voltar aos poucos à antiga forma, marcando sete gols em dez partidas.[34] Já Vieri fez 22 gols em 25 jogos,[14] incluindo o único a doze minutos do fim de um clássico com o Milan.[35] Vieri marcou em oito rodadas seguidas, o que só seria igualado em 2018.[36]
A Inter disputou o título do início ao fim do torneio. Inicialmente, concorria com a Juventus, que poucos anos antes havia levado a melhor em disputa polêmica da temporada 1997-98, marcada por um pênalti não marcado em Ronaldo em pleno Derby D'Italia. Posteriormente, o surpreendente Chievo Verona chegou a liderar por dois meses, com o time de Milão recuperando a ponta antes do fim de 2001. Nas rodadas inicias do segundo turno, a Roma apareceu como maior concorrente, chegando inclusive a liderar o torneio.[34] Contra ela, Vieri marcou um dos gols de vitória por 3-1 em março.[35] Nesse jogo, os milaneses reassumiram de forma isolada a liderança, embora a Juventus já houvesse reaparecido na disputa. Na última rodada, os três postulantes jogaram fora de casa. A Inter era a líder e enfrentou a Lazio, que buscava classificar-se à Copa da UEFA. Vieri abriu o placar quando a Juve, em paralelo, já vencia sua partida. A Lazio empatou e os visitantes reagiram rapidamente, marcando quatro minutos depois um segundo gol.[34] O adversário acabou vencendo por 4-2 e o time de Milão, de líder, terminou em terceiro.[35] A rival Juventus terminou campeã e a Inter acumulou o 13º ano de jejum, em um dos episódios mais lembrados da forte rivalidade entre bianconeri e nerazzurri.[34] A despeito da derrapada, uma das mais marcantes da temporada a ponto de render lágrimas de Ronaldo,[37] Vieri foi, pela segunda vez, escolhido o melhor jogador do campeonato,[3] no qual ficou na vice-artilharia, a dois gols de David Trezeguet.[35]
Inter e Juventus novamente disputaram o título italiano na temporada seguinte. Os milaneses fizeram um grande primeiro turno, mas caíram de rendimento a partir de janeiro de 2003 e a liderança não foi mais recuperada após derrota de 3-0 exatamente no Derby D'Italia em fevereiro. A Inter também sofreu revés diante do rival local Milan, que levou a melhor nas semifinais da Liga dos Campeões da UEFA de 2002-03, em que os vizinhos foram campeões exatamente sobre a Juve.[34] Vieri, por outro lado, teve outra temporada de grande destaque: em 23 jogos na Serie A, marcou 24 gols,[14] um deles empatando o próprio clássico com a Juventus no minuto 95 e seis minutos após o rival abrir o marcador; também chegou a marcar os quatro gols de 4-0 sobre o Brescia, os três de 3-0 no Empoli.[38] A média superior a um gol por jogo quebrou um recorde de setenta anos, de Felice Borel.[8] Bobo obteve pela primeira e única vez a artilharia geral do campeonato italiano,[39] conseguindo, sobretudo, quebrar um recorde de setenta anos (de Felice Borel) ao conseguir média superior a um gol por jogo no torneio.[8]
A falta de títulos permaneceu por mais uma temporada,[5] com Vieri marcando treze vezes em 22 jogos na de 2003-04,[14] um deles em vitória de 3-2 no dérbi com a Juventus. Porém, o campeão foi o outro rival, o Milan, do qual os interistas terminaram 23 pontos abaixo.[40] O único trofeu que Vieri pôde conquistar na Inter veio exatamente na sua última temporada pelo clube, na Copa da Itália de 2004-05;[2] embora não tenha entrado em campo nas duas finais com a Roma, fez os dois primeiros gols da classificação na semifinal com o Cagliari, em vitória por 3-1 em que o terceiro gol milanês, de Obafemi Martins, só ocorreu no minuto final - a classificação foi assegurada pois no primeiro jogo os dois clubes empataram em 1-1.[41] Na Serie A, Vieri marcou treze gols em 27 jogos,[14] um deles em 2-2 na rival Juventus, clube que terminaria campeão mas veria a conquista revogada em 2006.[42]
Apesar do título, a relação de Vieri com a diretoria desgastou-se severamente após o atacante descobrir que vinha sendo espionado pelos dirigentes da Inter, episódio que lhe renderia depressão. Vieri rescindiu o contrato com o clube e, além de processar o presidente Massimo Moratti, acertou com o rival Milan.[2] Em uma rivalidade marcada pela cordialidade entre os diretores de ambos os clubes, que por diversas vezes combinaram trocas diretas de jogadores, o ato de Vieri ficou marcado como uma rebeliosa exceção.[43] Em 2010, ele chegou a iniciar ação perante a Federação Italiana de Futebol para que o título italiano de 2005-06, repassado nos tribunais à Inter, fosse cassado em função da espionagem ilegal que sofreu.[44]
Decadência[editar | editar código-fonte]
Vieri tornou-se o sétimo dos onze jogadores a ter passado por Juventus, Inter e Milan, as três maiores forças do futebol italiano, e o segundo e último (após Aldo Serena) a ter defendido os dois clubes de Milão e os dois de Turim.[5] A longo prazo, a "traição" de Vieri não afastou a idolatria conquistada perante a torcida nerazzurra: sua trajetória como milanista foi péssima e em seis meses deixou os rossoneri,[5] após apenas dois gols marcados. Acertou com o Monaco, onde pôde atuar em apenas onze jogos.[2] Sete deles foram pelo campeonato francês, marcando três vezes.[14] Porém, os problemas físicos impediram-no de ir à Copa do Mundo FIFA de 2006. Em junho, chegou a acertar com a Sampdoria, clube em que seu pai mais havia feito sucesso. Porém, já em agosto o negócio foi desfeito devido aos problemas físicos do atacante, que então pactuou contrato de produtividade com a Atalanta, recebendo conforme gols marcados. Somente em abril de 2007 é que pôde reestrear pelo antigo clube. Chegou a marcar um gol antológico do meio-campo, em vitória de 3-1 sobre o Siena, mas marcou apenas outro gol em sete jogos na volta a Bérgamo.[2]
Apesar do declínio, a Fiorentina, que brigava pelas primeiras colocações, apostou em Vieri para a temporada 2007-08. Bobo, em seu último grande momento, fez uma temporada regular, com nove gols e algumas assistências importantes para a Viola terminar em quarto lugar na Serie A e chegar às semifinais da Copa da UEFA de 2007-08.[2] Ainda assim, terminou a temporada como vilão ao perder chance incrível de gol na eliminação, em lance que também lhe rendeu lesão muscular.[45] Voltou à Atalanta, embora a torcida já não o quisesse. Já sem forma física,[2] marcou somente dois gols em nove jogos.[14]
Sem clube, Vieri chegou a declarar em março de 2009 que iria dedicar-se a campeonatos de pôquer e também ao futevôlei enquanto aguardava alguma proposta: "gosto muito de jogar baralho, mas o futebol ainda faz parte do meu futuro. Só vou me aposentar oficialmente quando estiver de saco cheio de correr atrás de uma bola".[46] Em outubro daquele ano, confirmou que estava aposentado do futebol,[47] embora ainda tenha negociado uma volta em 2010 em equipes brasileiras - o Boavista e o Botafogo de Ribeirão Preto. Nada foi confirmado e Vieri aposentou-se com 265 gols em 522 partidas oficiais.[2] Poucos anos depois, admitiu ter sofrido prejuízo de 16 milhões de euros na empresa familiar, que faliu. O ex-atacante se mantém como DJ amador e comentarista televisivo.[48] Vieri tornou-se o sétimo dos onze jogadores a ter passado por Juventus, Inter e Milan, as três maiores forças do futebol italiano.[5]
Seleção[editar | editar código-fonte]
Vieri, curiosamente, fez sua primeira e sua última partida pela Itália diante da Moldávia, marcando gol em ambas, todas válidas por eliminatórias à Copa do Mundo FIFA. A estreia ocorreu em 29 de março de 1997, em vitória de 3-0 em Trieste,[49] em meio à boa fase de Bobo na reta final da temporada 1996-97 pela Juventus. O gol marcado foi precisamente o milésimo da história da seleção italiana.[2] Vieri foi usado em outras quatro partidas das eliminatórias da Copa do Mundo FIFA de 1998, marcando apenas outro gol,[49] mas fundamental: arrematou contra-ataque para abrir o placar no empate em 1-1 arrancado sob neve em Moscou, no jogo de ida da repescagem contra a Rússia. Na volta, a Azzurra se classificou por 1-0 em Nápoles.[50]
A grande temporada de Bobo no Atlético de Madrid, terminando artilheiro do campeonato espanhol de 1997-98 com 24 gols em 24 jogos, convenceu Cesare Maldini a levar Vieri à Copa do Mundo FIFA de 1998.[2] A princípio, seria reserva de Alessandro Del Piero e Fabrizio Ravanelli, mas uma lesão do primeiro e uma broncopneumonia que cortou o segundo lhe favoreceram. Embora acabasse prejudicado pela tática excessivamente defensiva do treinador, Vieri foi o grande destaque italiano na França, marcando cinco gols, de todos os tipos: de cabeça contra a Áustria, ganhando na corrida contra a Noruega, de toque sutil contra Camarões e até trombando e tropeçando na bola, também contra os africanos.[51] Com cinco gols em cinco jogos,[49] Vieri, eliminado nas quartas-de-final, era o artilheiro do torneio até ser superado por Davor Šuker na partida deste pelo terceiro lugar.[52]
Nas eliminatórias à Eurocopa 2000, Vieri marcou três gols em cinco jogos,[49] mas uma lesão impediu sua convocação ao torneio.[2] Nas eliminatórias da Copa do Mundo FIFA de 2002, só atuou em uma partida,[49] mas a boa temporada na Internazionale quase campeã após treze anos o colocou na Ásia.[2] Vieri fez quatro gols em quatro jogos,[49] mas também perdeu chance incrível de classificar a Azzurra diante da anfitriã Coreia do Sul nos acréscimos do tempo normal, minutos após o adversário ter empatado já no fim da partida. O cruzamento chegou à sua perna ruim, a direita, e atacante acabou concluindo muito para cima com o gol vazio. O jogo foi à prorrogação e nela os italianos terminaram eliminados.[53]
Para as eliminatórias à Eurocopa 2004, Vieri marcou cinco gols em cinco jogos, incluindo o da vitória de 1-0 sobre a Alemanha em Stuttgart, mas não fez nenhum em três jogos na Euro, em que a Itália terminou eliminada ainda na fase de grupos.[49] Ele posteriormente atuou em quatro partidas da seleção nas eliminatórias da Copa do Mundo FIFA de 2006, duas delas em outubro de 2005,[49] quando já estava na curta e fracassada passagem pelo Milan.[2] Marcou apenas um gol, justamente no último desses jogos, em reencontro com a Moldávia, em Lecce, no dia 12 de outubro.[49] As lesões no Monaco impediram que fosse confirmado para o mundial.[2]
Estatísticas[editar | editar código-fonte]
Abaixo estão as estatísticas do Christian Vieri ao longo de toda a sua carreira.
Clubes[editar | editar código-fonte]
Clube | Temporada | Campeonato nacional |
Copa nacional |
Competições europeias¹ |
Total | ||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Jogos | Gols | Jogos | Gols | Jogos | Gols | Jogos | Gols | ||
![]() |
1991–92 | 6 | 1 | 1 | 1 | — | — | 7 | 2 |
1992–93 | 1 | 0 | 1 | 0 | — | — | 2 | 0 | |
Total | 7 | 1 | 2 | 1 | — | — | 9 | 2 | |
![]() |
1992–93 | 18 | 2 | — | — | — | — | 18 | 2 |
Total | 18 | 2 | — | — | — | — | 18 | 2 | |
![]() |
1993–94 | 32 | 12 | — | — | — | — | 32 | 12 |
Total | 32 | 12 | — | — | — | — | 32 | 12 | |
![]() |
1994–95 | 29 | 11 | — | — | — | — | 29 | 11 |
Total | 29 | 11 | — | — | — | — | 29 | 11 | |
![]() |
1995–96 | 19 | 7 | 2 | 2 | — | — | 21 | 9 |
Total | 19 | 7 | 2 | 2 | — | — | 21 | 9 | |
![]() |
1996–97 | 23 | 8 | 5 | 1 | 9 | 5 | 37 | 14 |
Total | 23 | 8 | 5 | 1 | 9 | 5 | 37 | 14 | |
![]() |
1997–98 | 24 | 24 | — | — | 7 | 5 | 31 | 29 |
Total | 24 | 24 | — | — | 7 | 5 | 31 | 29 | |
![]() |
1998–99 | 22 | 12 | 2 | 1 | 4 | 1 | 28 | 14 |
Total | 22 | 12 | 2 | 1 | 4 | 1 | 28 | 14 | |
![]() |
1999–00 | 20 | 13 | 5 | 5 | — | — | 25 | 18 |
2000–01 | 27 | 18 | — | — | 5 | 1 | 32 | 19 | |
2001–02 | 25 | 22 | 1 | 0 | 2 | 3 | 28 | 25 | |
2002–03 | 23 | 24 | — | — | 14 | 3 | 38 | 27 | |
2003–04 | 22 | 13 | 1 | 0 | 9 | 4 | 32 | 17 | |
2004–05 | 27 | 13 | 3 | 3 | 6 | 1 | 36 | 17 | |
Total | 144 | 103 | 10 | 8 | 36 | 12 | 190 | 123 | |
![]() |
2005–06 | 8 | 1 | 1 | 1 | 5 | 0 | 14 | 2 |
Total | 8 | 1 | 1 | 1 | 5 | 0 | 14 | 2 | |
![]() |
2006 | 7 | 3 | 2 | 1 | 2 | 1 | 11 | 5 |
Total | 7 | 3 | 2 | 1 | 2 | 1 | 11 | 5 | |
![]() |
2006 | — | — | — | — | — | — | 0 | 0 |
Total | — | — | — | — | — | — | 0 | 0 | |
![]() |
2006–07 | 7 | 2 | — | — | — | — | 7 | 2 |
Total | 7 | 2 | — | — | — | — | 7 | 2 | |
![]() |
2007–08 | 26 | 6 | 1 | 0 | 12 | 3 | 39 | 9 |
Total | 26 | 6 | 1 | 0 | 12 | 3 | 39 | 9 | |
![]() |
2008–09 | 9 | 2 | — | — | — | — | 9 | 2 |
Total | 9 | 2 | — | — | — | — | 9 | 2 | |
Total na Carreira | 375 | 194 | 25 | 15 | 75 | 27 | 475 | 236 |
¹Na categoria Competições europeias estão incluidos jogos da Liga dos Campeões, Copa da UEFA e Supercopa Europeia
Seleção Italiana[editar | editar código-fonte]
Ano | ||
---|---|---|
Jogos | Gols | |
1997 | 7 | 2 |
1998 | 7 | 6 |
1999 | 5 | 2 |
2000 | 1 | 0 |
2001 | 2 | 0 |
2002 | 8 | 5 |
2003 | 6 | 4 |
2004 | 7 | 3 |
2005 | 6 | 1 |
Total | 49 | 23 |
Títulos[editar | editar código-fonte]
- Juventus
- Lazio
- Internazionale
- Seleção Italiana
Prêmios individuais[editar | editar código-fonte]
Ligações Externas[editar | editar código-fonte]
Perfil de Christian Vieri em site especializado em futebol italiano.
Referências
- ↑ OWSIANSKI, Jaroslaw (9 de agosto de 2018). «World Cup 1930-2018 - Final Tournaments - Top-100 Goal Scorers». RSSSF. Consultado em 20 de dezembro de 2018
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab ac ad ae af OLIVEIRA, Nelson (fevereiro de 2010). «Goleador implacável, Christian Vieri foi ídolo da Inter e cigano do futebol». Calciopédia. Consultado em 20 de dezembro de 2018
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