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Papa Francisco: diferenças entre revisões

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É ligado a setores católicos [[conservadorismo|conservadores]] na [[Argentina]] no que se refere a [[teologia católica]]<ref>{{cite web|title=Os conservadores argentinos sonham com um papa próprio | url=http://cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=21612 | date=13 de março de 2013 |accessdate=13 de março de 2013}}</ref>, como o movimento de leigos [[Comunhão e Libertação]]<ref>{{cite web|title=Análise: Novo papa foi vice em 2005 e lavou pés de vítimas de Aids | url=http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1245607-analise-novo-papa-foi-vice-em-2005-e-ganhou-fama-por-lavar-pes-de-doentes-de-aids.shtml | date=13 de março de 2013 |accessdate=13 de março de 2013}}</ref>, contrário ao [[aborto]], à [[eutanásia]] e ao [[Casamento entre pessoas do mesmo sexo|casamento entre pessoas do mesmo sexo]]. Todavia, apresentou durante os anos de episcopado um forte impulso simplificador e modernizante no que se refere a prática e vida pastoral, em especial na administração arquidiocesana de Buenos Aires.
É ligado a setores católicos [[conservadorismo|conservadores]] na [[Argentina]] no que se refere a [[teologia católica]]<ref>{{cite web|title=Os conservadores argentinos sonham com um papa próprio | url=http://cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=21612 | date=13 de março de 2013 |accessdate=13 de março de 2013}}</ref>, como o movimento de leigos [[Comunhão e Libertação]]<ref>{{cite web|title=Análise: Novo papa foi vice em 2005 e lavou pés de vítimas de Aids | url=http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1245607-analise-novo-papa-foi-vice-em-2005-e-ganhou-fama-por-lavar-pes-de-doentes-de-aids.shtml | date=13 de março de 2013 |accessdate=13 de março de 2013}}</ref>, contrário ao [[aborto]], à [[eutanásia]] e ao [[Casamento entre pessoas do mesmo sexo|casamento entre pessoas do mesmo sexo]]. Todavia, apresentou durante os anos de episcopado um forte impulso simplificador e modernizante no que se refere a prática e vida pastoral, em especial na administração arquidiocesana de Buenos Aires.



Revisão das 13h41min de 30 de abril de 2013

Francisco
Francisco (20-03-2013).jpg
Atividade eclesiástica
Predecessor Bento XVI
Ordenação e nomeação
Dados pessoais
Assinatura {{{assinatura_alt}}}
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo
Lista de papas

Francisco (em latim: Franciscus)[1], nascido Jorge Mario Bergoglio SJ (Buenos Aires, 17 de dezembro de 1936) é o 266º. Papa da Igreja Católica e atual chefe de estado do Vaticano,[2] sucedendo o Papa Bento XVI, que abdicou ao papado em 28 de fevereiro de 2013.

É o primeiro papa nascido no continente americano, o primeiro pontífice não europeu em mais de 1200 anos[3] e o único jesuíta da história. Arcebispo de Buenos Aires desde 28 de fevereiro de 1998 e cardeal-presbítero desde 21 de fevereiro de 2001, foi eleito em 13 de março de 2013.

Biografia

Infância e juventude

Jorge Mario Bergoglio nasceu numa família de imigrantes italianos. Seu pai, Mario Bergoglio, nascido em Portacomaro, era um trabalhador ferroviário e sua mãe, nascida em Buenos Aires de pais genoveses, era dona de casa. Seu pai também jogava basquetebol no San Lorenzo, um dos cinco grandes do futebol argentino e cujas origens haviam sido impulsionadas por um padre. Jorge tornaria-se torcedor sanlorencista, já tendo afirmado que não perdeu nenhum jogo do título argentino de 1946, quando tinha então dez anos.[4] Em carta aos dirigentes do clube que o visitaram após tornar-se Papa, relembrou: "Tem vindo à minha memórias belas recordações, começando desde a minha infância. Segui, aos dez anos, a gloriosa campanha de 1946. Aquele gol de Pontoni!".[5]

Nascido e criado no bairro de Flores,[6] atual sede do San Lorenzo,[4] Jorge Bergoglio fez graduação e mestrado em química, na Universidade de Buenos Aires.[7] Na juventude, teve uma doença respiratória que numa operação de remoção lhe fez perder um pulmão.[8][9] Durante a sua adolescência, teve uma namorada, Amalia.[10][11][12] Segundo ela, Bergoglio chegou a pedi-la em casamento durante a época, tendo ele inclusive afirmado que, do contrário, se tornaria padre.[13][14][15]

Companhia de Jesus (jesuítas)

Ingressou no noviciado da Companhia de Jesus em março de 1958. Fez o juniorado em Santiago, Chile. Graduou-se em Filosofia em 1960, na Universidade Católica de Buenos Aires. Entre os anos 1964 e 1966, ensinou Literatura e Psicologia, no Colégio Imaculada, na Província de Santa Fé, e no Colégio do Salvador, em Buenos Aires. Graduou-se em Teologia em 1969. Recebeu a ordenação presbiteral no dia 13 de dezembro de 1969, pelas mãos de Dom Ramón José Castellano. Emitiu seus últimos votos na Companhia de Jesus em 1973. Em 1973 foi nomeado Mestre de Noviços, no Seminário da Villa Barilari, em San Miguel. No mesmo ano foi eleito superior provincial dos jesuítas, na Argentina. Em 1980, após o período do provincialato, retornou a San Miguel, para ensinar em uma escola dos jesuítas. [7]

No período de 1980 a 1986 foi reitor da Faculdade de Filosofia e Teologia de San Miguel [16]. Após seu doutorado na Alemanha, foi confessor e diretor espiritual em Córdoba. Além do [[Língua espanhola|espanhol, fala fluentemente italiano, alemão, francês e inglês, tendo razoáveis conhecimentos de português[17][18][19].

Episcopado

Brasão de armas enquanto cardeal

Em 20 de maio de 1992, o Papa João Paulo II o nomeou bispo auxiliar de Buenos Aires, com a sé titular de Auca (Aucensi)[20][16]. Sua ordenação episcopal deu-se a 27 de junho de 1992, pelas mãos do cardeal Quarracino, de Dom Emilio Ogñénovich e de Dom Ubaldo Calabresi [21]. Em 3 de junho de 1997, foi nomeado arcebispo coadjutor de Buenos Aires[22]. Tornou-se arcebispo metropolitano de Buenos Aires no dia 28 de fevereiro de 1998.

Foi nomeado ordinário para os fiéis de rito oriental, sem ordinário próprio, na Argentina, pelo Papa João Paulo II, em 30 de novembro de 1998 [23].

Cardinalato

Foi criado cardeal no Consistório Ordinário Público de 2001[24], ocorrido em 21 de fevereiro de 2001, presidido pelo Papa João Paulo II, recebendo o título de cardeal-presbítero de São Roberto Belarmino[16]. Quando foi nomeado, convenceu centenas de argentinos a não viajarem para Roma. Em vez de irem ao Vaticano celebrar a nomeação, pediu que dessem o dinheiro da viagem aos pobres[25].

Foi membro dos seguintes dicastérios na Cúria Romana:

Pontificado

Eleição

Ver artigo principal: Conclave de 2013

O cardeal Bergoglio foi eleito em 13 de março de 2013, no segundo dia do conclave, escolhendo o nome de Francisco. Ele é o primeiro jesuíta a ser eleito Papa, o primeiro Papa do continente americano, do Hemisfério Sul e o primeiro não-europeu investido como bispo de Roma em mais de 1.200 anos, desde São Gregório III, que nasceu na Síria e governou a Igreja Católica entre 731-741.[32][33]

Quando lhe foi perguntado, na Capela Sistina, se aceitava a escolha, disse: "Eu sou um grande pecador, confiando na misericórdia e paciência de Deus, no sofrimento, aceito"[34].

Papa Francisco, recém-eleito, na sua primeira aparição pública, na varanda central da Basílica de São Pedro.
Annuntio vobis gaudium magnum: Anuncio-vos com grande alegria
habemus Papam! temos um Papa!
Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum, O Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor
Dominum Georgium Marium D. Jorge Mario
Sanctæ Romanæ Ecclesiæ Cardinalem Bergoglio Cardeal da Santa Igreja Romana, Bergoglio
qui sibi nomen imposuit Franciscum. que adotou o nome de Francisco.

[35]

Primeira aparição como Papa

O Papa Francisco apareceu ao povo na sacada (ou varanda) central da Basílica de São Pedro por volta das 20 horas e 30 minutos (hora de Roma). Vestindo apenas a batina papal branca, acompanhou a execução da Marcha Pontifical e saudou a multidão com um discurso:

O Papa rezou as orações do Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai, dedicando-os ao Papa Emérito. Em seguida, completou:

O Papa abaixou a cabeça em sinal de oração, e toda a praça silenciou por um momento. Por fim, realizou sua primeira bênção Urbi et Orbi, e despediu-se da multidão dizendo "Boa noite, e bom descanso!". [36]

Nome papal

Ao ser eleito, o novo pontífice escolheu o nome de Francisco. Segundo o próprio, uma referência a São Francisco de Assis fazendo referência a "sua simplicidade e dedicação aos pobres" e motivado pela frase dita por Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, logo após sua eleição, ainda na Capela Sistina: "Não esqueça dos pobres".[37][38][39]. Francisco de Assis (1182 — 1226), padroeiro da Itália, foi o fundador da família franciscana.

O nome do pontífice não será acrescido do ordinal "I" (primeiro) em algarismo romano. Segundo a Santa Sé isso só acontecerá se, um dia, houver um papa Francisco II[44].

Brasão e Lema

Brasão do Papa Francisco
  • Descrição: Escudo eclesiástico de blau, com um sol radiante e flamejante de jalde carregado do monograma IHS de goles, sobreposta a letra H de uma cruz do mesmo e três cravos de sable postos em pala, sob o monograma – armas da Companhia de Jesus - acompanhado em ponta de uma estrela de cinco pontas senestrada de um ramo de flor de nardo, ambos de jalde. O escudo está assente em tarja branca, na qual se encaixa o pálio papal (omofório) branco com cruzetas de goles. O conjunto pousado sobre duas chaves decussadas, a primeira de jalde e a segunda de argente, atadas por um cordão de goles, com seus pingentes[45].
  • Timbre: uma mitra papal de argente, com três faixas de jalde. Sob o escudo, um listel de jalde com o mote: "MISERANDO ATQVE ELIGENDO", em letras de blau. Quando são postos suportes, estes são dois anjos de carnação, sustentando cada um, na mão livre, uma cruz trevolada tripla, de jalde[45].
  • Interpretação: O escudo obedece às regras heráldicas para os eclesiásticos. Nele estão representadas armas da Companhia de Jesus, a qual pertence o pontífice, sendo que a cor blau (azul) simboliza o firmamento e o manto de Maria Santíssima e, heraldicamente, significa: justiça, serenidade, fortaleza, boa fama e nobreza; o sol (radiante de 16 pontas retilíneas e flamejante de dezesseis pontas ondeantes, alternadamente) representa Nosso Senhor Jesus Cristo, o “Sol da Justiça”, reforçado pelo monograma de Cristo: IHS (adotado por Santo Inácio em 1541) sobreposto pela cruz, que sendo de goles (vermelho) simboliza: o fogo da caridade inflamada no coração do Soberano Pontífice pelo Divino Espírito Santo, que o inspira diretamente do governo supremo da Igreja, bem como valor e o socorro aos necessitados, que o Vigário de Cristo deve dispensar a todos os homens[45]. Os cravos, enquanto instrumentos da paixão, lembram a nossa redenção pelo sangue de Cristo e sua cor, sable (preto), representa: sabedoria, ciência, honestidade e firmeza. A estrela, de acordo com a antiga tradição heráldica, simboliza a Virgem Maria, mãe de Cristo e da Igreja[45]; enquanto a flor de nardo simboliza São José, patrono da Igreja Universal, que na tradição da iconografia hispânica, é representado com um ramo de nardo nas mãos. Sendo ambos de jalde, têm o significado heráldico deste metal, já descrito acima. Colocando no seu escudo tais imagens, o Papa pretendeu exprimir a própria particular devoção a Nossa Senhora e ao seu castíssimo esposo. Somadas as três representações, têm-se a homenagem do pontífice à Sagrada Família: Jesus, Maria e José, modelo da família humana que devem ser defendidas pela Igreja. Os elementos externos do brasão expressam a jurisdição suprema do papa. As duas chaves decussadas, uma de jalde (ouro) e a outra de argente (prata) são símbolos do poder espiritual e do poder temporal. E são uma referência do poder máximo do Sucessor de Pedro , relatado no Evangelho de São Mateus, que narra que Nosso Senhor Jesus Cristo disse a Pedro: "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra, será desligado no céu" (Mt 16, 19). Por conseguinte, as chaves são o símbolo típico do poder dado por Cristo a São Pedro e aos seus sucessores. A mitra pontifícia usada como timbre, recorda em sua forma e esmalte, a simbologia da tiara, sendo que as três faixas de jalde (ouro) significam os três poderes papais: Ordem, Jurisdição e Magistério, ligados verticalmente entre si no centro para indicar a sua unidade na mesma pessoa.O pálio papal (omofório), muito usado nas antigas representações papais, simboliza ser o Papa pastor universal do rebanho que lhe foi confiado por Cristo. No listel, o lema " MISERANDO ATQVE ELIGENDO " (Com misericórdia o elegeu), foi retirado de uma homilia de São Beda, o Venerável, (Hom. 21; CCL 122, 149-151) que, comenta o evangelho de São Mateus (Mt 9,9), escrevendo "Vidit ergo lesus publicanum et quia miserando atque eligendo vidit, ait illi Sequere me' ("Viu Jesus a um publicano e, olhando-o com misericórdia, o elegeu e lhe disse: siga-me"). Este lema, presente na Liturgia das Horas da festa de São Mateus, é um tributo à misericórdia divina, tendo um significado especial e particular na vida e no itinerário espiritual do pontífice[46]

Opiniões éticas e sociopolíticas

Parte da série sobre
Política do Vaticano
Portal do Vaticano

Sex symbol

É ligado a setores católicos conservadores na Argentina no que se refere a teologia católica[47], como o movimento de leigos Comunhão e Libertação[48], contrário ao aborto, à eutanásia e ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Todavia, apresentou durante os anos de episcopado um forte impulso simplificador e modernizante no que se refere a prática e vida pastoral, em especial na administração arquidiocesana de Buenos Aires.

Evita aparições na mídia e possui hábitos simples. Utiliza o transporte coletivo e não frequenta restaurantes.[6] Aprecia música clássica, literatura e é associado[49] e torcedor do clube de futebol San Lorenzo de Almagro.[50][51]

Tradicionalismo

Embora não esteja ligado a nenhum movimento tradicionalista dentro da Igreja Católica, nem tenha tendências nessa direção, quando Arcebispo de Buenos Aires, Dom Bergoglio foi um dos primeiros a aplicar as disposições do Motu Proprio Summorum Pontificum[52], no qual o Papa Bento XVI concede a todo e qualquer padre a faculdade de celebrar a missa no rito tridentino. Dois dias depois da promulgação do Motu Proprio, Dom Bergoglio concedeu uma capela para a celebração da missa tridentina. [53] Fontes tradicionalistas, porém, alegam que o capelão nomeado por Bergoglio para celebrar a Missa tridentina, uma vez por mês, introduzia, com o conhecimento do arcebispo, mudanças na celebração da missa tridentina, que o aproximavam da forma ordinária do Rito Romano, concluindo assim que a aplicação da Summorum Pontificum na arquidiocese de Buenos Aires, de facto, não existiu.[54]

As mesmas fontes, ligadas ao tradicionalismo na Argentina, afirmam ainda que, enquanto arcebispo de Buenos Aires, Bergoglio teve uma ação inibidora da Missa tridentina, alegadamente proibindo padres de a celebrar. Criticam ainda as suas ações ecuménicas e acusam-no de perseguir os padres que apresentassem um pendor mais tradicionalista, por exemplo, na forma de vestir.[55]

Bioética

O cardeal Bergoglio convidou os seus clérigos e os leigos para que se opusessem ao aborto e à eutanásia.[56]

Relações homoafetivas

O pontífice é coerente com a posição histórica da Igreja Católica com relação à homossexualidade: as práticas realizadas são consideradas intrinsecamente imorais, mas que os homossexuais devem sempre ser respeitados.[57][58] De tal forma, opôs-se fortemente à legislação argentina que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Tendo dito que: "se o projeto de lei que prevê às pessoas do mesmo sexo a possibilidade de se unirem civilmente e adotarem também crianças vier a ser aprovado, poderia ter efeitos seriamente danosos sobre a família. O povo argentino deverá afrontar nas próximas semanas uma situação que, caso tenha êxito, pode ferir seriamente a família. Está em jogo a identidade e a sobrevivência da família: pai, mãe e filhos. Não devemos ser ingénuos: essa não é simplesmente uma luta política, mas é um atentado destrutivo contra o plano de Deus"[59].

Justiça social

É conhecido por sua postura a favor da justiça social, tendo dito em 2007 que: "Vivemos na região mais desigual do mundo, a que mais cresceu e a que menos reduziu a miséria. A distribuição injusta de bens persiste, criando uma situação de pecado social que grita aos céus e limita as possibilidades de vida mais plena para muitos de nossos irmãos". Além disso, tal como São Francisco de Assis lavava os pés dos leprosos, o Cardeal Bergoglio ganhou notoriedade em 2001 ao lavar os pés de 12 doentes de Aids em visita a um hospital [60].

Relações com o governo argentino

Bergoglio, então cardeal, foi denunciado em 2005 por supostas conexões com o sequestro, pela ditadura argentina, dos padres jesuítas Orlando Virgilio Yorio e Francisco Jalics, em 23 de maio de 1976, quando trabalhavam sob o comando de Bergoglio. A denúncia teve por base artigos jornalísticos e o livro Igreja e Ditadura, escrito por Emilio Mignone, fundador do Centro de Estudos Legais e Sociais (CELS)[61][62][63][64]. Além do trabalho de pesquisa de Mignone, também o livro El Silencio de Horacio Verbitsky, membro do grupo guerrilheiro de extrema-esquerda Montoneros, faz referência a supostas ligações com a ditadura. No capítulo "As Duas Faces do Cardeal", Verbitsky explora o eventual papel de agente duplo desempenhado por Bergoglio junto à ditadura argentina. Segundo o autor do livro, que alega ter acesso a documentos do Ministério das Relações Exteriores e do Culto da Argentina, Bergoglio "vai à Chancelaria, pede um trâmite em favor do sacerdote (Jalics), mas, por baixo do pano, diz para não o concederem porque se trata de um subversivo".[65] [66].

Francisco com a presidente argentina Cristina Kirchner no Vaticano, março de 2013.

Porém, todas essas denúncias foram desmentidas por pessoas envolvidas direta ou indiretamente nos fatos. O próprio Francisco Jalicz desmentiu de forma categórica as insinuações, numa declaração sua publicada no site da ordem jesuíta alemã: "O missionário Orlando Yorio e eu mesmo não fomos denunciados pelo padre Bergoglio."[67]

Sergio Rubin,[68] o seu biógrafo autorizado, relatou que Bergoglio, após a prisão dos dois sacerdotes, trabalhou nos bastidores para a sua libertação e intercedeu, de forma privada e pessoal, junto do ditador Jorge Rafael Videla: a sua intercessão poderia ter contribuído para a posterior libertação destes sacerdotes. Ele também relatou que, em segredo, Bergoglio deu frequentemente abrigo a pessoas perseguidas pela ditadura em propriedades da Igreja, e houve uma vez que chegou mesmo a dar os seus próprios documentos de identidade a um homem que se parecia com ele, para que pudesse fugir da Argentina.[69]

Também o vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1980, o argentino Adolfo Pérez Esquivel, refutou todas as acusações referentes ao Papa Francisco. Esquivel, perseguido pela ditadura, afirmou que alguns bispos foram cúmplices do regime, mas não foi o caso de Bergoglio.[70] A argentina Graciela Fernández Meijide, membro da organização não governamental "Assembleia Permanente para os Direitos Humanos" (APDH) e ex-membro da Comissão Nacional sobre o Desaparecimento de Pessoas (CONADEP), também declarou que não há provas que ligam Bergoglio com a ditadura. Numa entrevista ao Clarín (15 de Março de 2013), ela afirmou que "não há informação e a Justiça não conseguiu provar [esta ligação]. Eu estava na APDH durante todos os anos da ditadura e recebi centenas de depoimentos. Bergoglio nunca foi mencionado. Aconteceu o mesmo na CONADEP. Ninguém falou dele nem como instigador nem como nada."[71]

O ex-promotor argentino, Julio Strassera,[72] que ganhou notoriedade por seu trabalho de investigação e acusação no histórico julgamento das juntas militares, afirmou também que é "uma canalhice" vincular o Papa Francisco com a última ditadura argentina (1976-1983). "Tudo isto é uma canalhice, absolutamente falso, em todo o julgamento não houve uma só menção a (Jorge) Bergoglio", declarou Strassera a "Rádio Mitre", em referência ao julgamento das juntas militares no qual atuou como promotor em 1985. Após a eleição de Bergoglio como Papa, organizações de direitos humanos denunciaram o papel da Igreja na ditadura e lembraram que o cardeal argentino depôs como testemunha em duas causas por delitos de lesa-humanidade. Para Strassera, estas acusações estão motivadas, porque nem a presidente argentina, Cristina Kirchner, nem os seus partidários "podem suportar que alguém a quem desprezaram antes esteja acima deles".[73]

Nos seus últimos anos como arcebispo de Buenos Aires, a relação entre Bergoglio e os Kirchner se tornou ainda mais turbulenta com a aprovação das leis sobre o aborto e o casamento homossexual na Argentina. Após todas estas desavenças, o Papa recebeu em 18 de março de 2013 a presidente Cristina Kirchner para um almoço, em um gesto que o Vaticano considerou "de cortesia e afeto" para com a chefe de Estado e o povo argentino, e não uma visita formal ou de Estado.[74][75]

Proteção do meio ambiente

Na homilia da missa inaugural de seu pontificado, o Papa Francisco reiterou o exemplo de São Francisco de Assis de respeitar todas as criaturas de Deus e o ambiente em que vivem. Na mesma ocasião, fez um apelo aos governantes e a todas as pessoas para que cuidem do meio ambiente. Em outras palavras: que se desenvolvam sem destruir o que é de Deus.[76]

Luta contra a pedofilia na Igreja

Em 5 de abril de 2013 o Papa Francisco, em audiência com o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, arcebispo Gerhard Ludwig Müller, pediu que a congregação continue com a linha desenvolvida por Bento XVI, agindo de forma decisiva contra os abusos sexuais cometidos por membros da Igreja, promovendo medidas para a proteção e ajuda às crianças que sofreram esse tipo de violência e auxiliando nos processos contra os culpados. Essas ações devem reafirmar o compromisso das Conferências Episcopais na formulação e aplicação das diretivas necessárias nesta área, tão importantes para o testemunho da Igreja e sua credibilidade.[77]

Encontro histórico com o Papa Emérito

No dia 23 de março de 2013 o papa Francisco, após um breve voo de helicóptero, chegou ao Palácio Pontifício de Castel Gandolfo, residência de verão dos papas, para um encontro com o Papa Emérito Bento XVI. O encontro entrou para a história por ter sido o primeiro entre dois papas em, pelo menos, 600 anos.[78] Após uma reunião de aproximadamente 45 minutos, os dois almoçaram e o Papa Francisco voltou ao Vaticano.[79][80]

Estilo pessoal

Ficheiro:Misa de inauguración del Pontificado del Papa Francisco.jpg
Francisco sendo saudado por autoridades durante sua missa inaugural de pontificado.

O Papa Francisco é conhecido por um estilo pessoal despojado e frugal de viver. Durante seus anos como cardeal em Buenos Aires, vivia num pequeno e austero quarto atrás da Catedral Metropolitana e usava normalmente apenas transporte público, como metrô e ônibus, para se locomover,[81] além de cozinhar a própria comida.[82] Eleito Papa, seu crucifixo sobre a batina branca quando apareceu ao povo na sacada do Vaticano era de aço e não de ouro, como de costume com Papas anteriores, e também recusou o manto vermelho decorado com peles usado por Bento XVI com a alegação de que "o carnaval acabou".[82]

Mostrando desde o início do papado um novo estilo, Francisco recusou a limusine blindada papal para comparecer a um primeiro encontro, na residência de Santa Marta, no dia seguinte de sua eleição, preferindo um veículo comum, e espantou a todos ao pagar pessoalmente a conta do hotel onde se hospedou para o Conclave, hotel este pertencente à própria Igreja Católica.[83] Dias depois de eleito, surpreendeu o telefonista de uma ordem jesuíta em Roma, ao ligar pessoalmente querendo falar com um padre amigo e anunciando-se ao atendente - nunca outro Papa fez ligações telefônicas diretamente, sempre feitas por assessores ou por seu secretário - ouvindo de volta: "Você é o novo Papa? Ah sim, e eu sou Napoleão!."[84] Na semana seguinte em que foi eleito, ele ligou direto do Vaticano para a banca da Praça de Maio, em Buenos Aires, onde comprava os seus jornais e revistas quando vivia na cidade, para cumprimentar o jornaleiro, seu amigo de muitos anos, e avisar que dificilmente voltariam a se ver. Nesta ocasião, ao ter sua chamada novamente confundida com um trote, foi chamado de "idiota".[85]

Ordenações episcopais

Ordenações episcopais antes do pontificado

Dom Mario Bergoglio presidiu a ordenação episcopal dos seguintes prelados:[21]

  • Horacio Ernesto Benites Astoul (1999)
  • Jorge Rubén Lugones, SJ (1999)
  • Jorge Eduardo Lozano (2000)
  • Joaquín Mariano Sucunza (2000)
  • José Antonio Gentico (2001)
  • Fernando Carlos Maletti (2001)
  • Andrés Stanovnik, OFM Cap (2001)
  • Mario Aurelio Poli (2002)
  • Eduardo Horacio García (2003)
  • Adolfo Armando Uriona, FDP (2004)
  • Eduardo Maria Taussig (2004)
  • Raúl Martín (2006)
  • Hugo Manuel Salaberry Goyeneche, SJ (2006)
  • Óscar Vicente Ojea Quintana (2006)
  • Hugo Nicolás Barbaro (2008)
  • Enrique Eguía Seguí (2008)
  • Ariel Edgardo Torrado Mosconi (2008)
  • Luis Alberto Fernández (2009)
  • Vicente Bokalic Iglic, CM (2010)
  • Alfredo Horacio Zecca (2011)

Foi concelebrante nas ordenações episcopais dos seguintes prelados:[21]

  • Oscar Domingo Sarlinga (2003)
  • Luis Mariano Montemayor (2008)


Obras

O registro de autoria de obras de pontífices são padronizados conforme regras do Código de Catalogação Anglo-Americano. Têm-se três entradas distintas, conforme a responsabilidade autoral[86]:

  • Francisco, papa, 1936-
  • Bergoglio, Jorge Mario, 1936-
  • Igreja Católica. Papa (2013- : Francisco)

Publicações antes do pontificado

  • Bergoglio, Jorge Mario (1982). Meditaciones para religiosos (em espanhol). Buenos Aires: Ediciones Diego de Torres. 311 páginas. OCLC 644781822 
  • Bergoglio, Jorge Mario (1987). Reflexiones espirituales sobre la vida apostólica (em espanhol). Buenos Aires: Ediciones Diego de Torres. 321 páginas. ISBN 9789509210073 
  • Bergoglio, Jorge Mario (1992). Reflexiones en esperanza (em espanhol). [S.l.]: Ediciones Universidad del Salvador. OCLC 36380521 
  • João Paulo II, Papa; Castro, Fidel; Bergoglio, Jorge Mario (ed.) (1998). Diálogos entre Juan Pablo II y Fidel Castro (em espanhol). Buenos Aires: Ciudad Argentina/Editorial de Ciencia y Cultura. ISBN 9789875070745 
  • Bergoglio, Jorge Mario (2003). Educar: exigencia y pasión. desafíos para educadores cristianos (em espanhol). Buenos Aires: Editorial Claretiana. 190 páginas. ISBN 9505124570 
  • Bergoglio, Jorge Mario (2004). Ponerse la patria al hombro. memoria y camino de esperanza (em espanhol). Buenos Aires: Editorial Claretiana. 80 páginas. ISBN 9789505125111 
  • Bergoglio, Jorge Mario (2005). La nación por construir. utopía, pensamiento y compromiso (em espanhol). Buenos Aires: Editorial Claretiana. 78 páginas. ISBN 9789505125463 
  • Bergoglio, Jorge Mario (2005). Corrupción y pecado subtítulo. algunas reflexiones en torno al tema de la corrupción (em espanhol). Buenos Aires: Editorial Claretiana. ISBN 9789505125722 
  • Bergoglio, Jorge Mario (2006). Sobre la acusación de sí mismo. [S.l.: s.n.] 
  • Bergoglio, Jorge Mario (2007). El verdadero poder es el servicio (em espanhol). Buenos Aires: Editorial Claretiana. 364 páginas. OCLC 688511686 
  • Bergoglio, Jorge Mario; Rubin, Sergio; Ambrogetti, Francesca (entrevistadores) (2010). El jesuita. conversaciones con el cardenal Jorge Bergoglio, sj (em espanhol). Barcelona: Vergara, Grupo Zeta. 192 páginas. ISBN 9789501524505 
  • Bergoglio, Jorge Mario; Abraham Skorka (2010). Sobre el cielo y la tierra (em espanhol). Buenos Aires: Editorial Sudamericana. ISBN 9789500732932 
  • Bergoglio, Jorge Mario (2011). Nosotros como ciudadanos, nosotros como pueblo. hacia un bicentenario en justicia y solidaridad (em espanhol). Buenos Aires: Editorial Claretiana. 89 páginas. ISBN 9789505127443 
  • Bergoglio, Jorge Mario (2012). Mente abierta, corazón creyente. [S.l.: s.n.] 
  • Bergoglio, Jorge Mario; et al. (2012). Dios en la ciudad : primer Congreso pastoral urbana región Buenos Aires (em espanhol). Buenos Aires: San Pablo. 248 páginas 
  • BERGOGLIO, Jorge Mario (1999-2013). «Homilías y mensajes» (em espanhol). Arzobispado de Buenos Aires 

Biografias

  • Rubin, Sergio (2013). O Papa Francisco. Conversas Com Jorge Bergoglio. [S.l.]: Editora Verus. 200 páginas. ISBN 8576862727 
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Referências

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Ligações externas

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