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Em entrevista para [[Danilo Gentili]] do programa humorístico CQC, que foi ao ar no dia [[28 de abril]] de [[2008]], após brincar brevemente no início da entrevista, limitou-se a dizer: "não sei do que você está falando", quando questionado sobre irregularidades sobre a acusação de que seu irmão, Cid Gomes, ter usado dinheiro público para pagamento de viagem particular à Europa. {{carece de fontes|date=Abril de 2008}} |
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Revisão das 21h13min de 11 de março de 2011
Ciro Ferreira Gomes (Pindamonhangaba, 6 de novembro de 1957) é um advogado, professor universitário e político brasileiro radicado em Sobral, Ceará, desde 1968. É formado em direito pela Universidade Federal do Ceará.[1]
Foi casado com Patrícia Saboya Gomes, sua aliada política e atualmente senadora pelo Ceará. É casado com a atriz Patrícia Pillar.
Biografia
Em 1979, disputou as eleições da UNE, onde concorreu para vice-presidente na chapa Maioria, que na época era vista como uma tentativa da direita de buscar influência no âmbito estudantil. Iniciou a carreira política no PDS, sucessor da Aliança Renovadora Nacional, a Arena, partido que dava sustentação à Ditadura Militar Brasileira. Em 1980 a agremiação passou a se chamar PDS, partido pelo qual disputou seu primeiro pleito, tendo se filiado ao partido poucos meses antes, elegendo-se deputado estadual em 1982.[2] Em 1983 trocou de partido, passando para o PMDB, partido pelo qual reelegeu-se deputado estadual em 1986. Em 1988 migrou ao PSDB e conseguiu ser eleito, neste mesmo ano, prefeito de Fortaleza. Na eleição presidencial de 1989, apoiou no primeiro turno Mário Covas, candidato de seu partido, e Lula, no segundo turno. Em 1990, foi eleito governador do Ceará vencendo Paulo Lustosa. Foi o primeiro governador a ser eleito pelo PSDB. Ficou no posto entre 1991 e 1994.
Deixou o cargo para assumir o Ministério da Fazenda em 6 de setembro de 1994 a convite do então presidente Itamar Franco. Sucedeu, nesta ocasião, Rubens Ricupero, flagrado confidenciando ao jornalista Carlos Monforte que havia problemas no Plano Real no instante em que a Rede Globo estava se preparando para colocar no ar um programa jornalístico (no episódio conhecido como escândalo da parabólica).
Foi membro do PSDB até 1996, quando filiou-se ao recém-criado PPS (do antigo Partido Comunista Brasileiro, presidido por Roberto Freire - fundado em 19 de março de 1992) para concorrer à presidência da República em 1998. Foi o terceiro mais votado com 7.426.190 votos (ficou atrás de Fernando Henrique Cardoso e Luís Inácio Lula da Silva). Em 2002 disputou novamente o cargo público mais importante do país pelo PPS e terminou o pleito em quarto lugar com 10.170.882 votos (ficou atrás de Lula, José Serra e Anthony Garotinho). No segundo turno, apoiou Lula. Nessa campanha, afirmou que havia combatido a ditadura militar.[2]
Passou em 2003, por não concordar com Freire quanto à oposição do PPS ao governo, para o PSB. Aceitou então convite de Lula para assumir o Ministério da Integração Nacional, responsável pelo desenvolvimento regional e obras de infraestrutura. No ministério, Ciro favoreceu os repasses a prefeituras do Ceará, o que tarde foi objeto de uma investigação sobre o possível desvio de milhões de reais dos cofres públicos.[3]
Foi divulgada, em 2010, pela revista Veja, uma investigação da Polícia Federal sobre o suposto desvio de 300 milhões de reais de verbas do Ministério da Integração Nacional, entre 2003 e 2009, quando Ciro era o titular da pasta, para financiar campanhas políticas. A investigação também levantou o suposto envolvimento de Cid Gomes e do político cearense Zezinho Albuquerque no esquema de desvio de recursos.[3] O esquema contaria também com a participação do empresário Raimundo Morais Filho, segundo ele próprio afirmou a seus advogados, em vídeo obtido pela revista Época.[4]
Dois dias após a reportagem da revista Veja, a Polícia Federal emitiu uma nota oficial negando qualquer envolvimento de Ciro Gomes ou de seu irmão Cid em um esquema de corrupção, como publicado pela revista.[carece de fontes] Revelou ainda na nota que a investigação corre em segredo de jsutiça, portanto qualquer acusação feita pela revista seria infundada e sem base.[carece de fontes]
Em março de 2006 Ciro renunciou ao cargo para concorrer à Câmara dos Deputados Federais pelo Estado do Ceará. A candidatura ocorreu devido à chamada "cláusula de barreiras". Ela minava partidos políticos que não tivessem pelo menos 5% de votos em âmbito nacional. Assim, Ciro quis "salvar" o PSB da degola política e se candidatou, pois sabia que teria ampla votação. Caso contrário ele estaria na disputa pelo governo do Ceará ou como candidato a vice-presidente na chapa com Luiz Inácio Lula da Silva. Foi eleito o deputado federal proporcionalmente mais votado do Brasil com mais de 16% dos votos. "Salvou" o PSB. Seu irmão Cid Gomes foi eleito governador do Ceará no mesmo ano.
Em 2005, defendeu Lula no caso do mensalão.[5]
Em 2007, foi divulgado que Victor Samuel Cavalcante da Ponte, amigo pessoal de Ciro e responsável pela arrecadação da campanha dele e de seu irmão Cid Gomes em 2006, e diretor-administrativo do Banco do Nordeste, respondia a processo administrativo por reduzir, por meio de acordo, sem possuir os poderes legais, uma dívida do banco com a empresa Frutas do Nordeste do Brasil S.A. (Frutan) de 65 milhões para 6,6 milhões de reais. Na época do acordo, Ciro havia enviado cartas a empresários dizendo que Ponte falava em seu nome e de seu irmão em relação à contribuição para suas campanhas políticas.[6] Ciro Gomes informou que nunca interveio nas operações do banco e que ligar seu nome ao caso "é forçar notoriamente a barra".[7]
Em entrevista para Danilo Gentili do programa humorístico CQC, que foi ao ar no dia 28 de abril de 2008, após brincar brevemente no início da entrevista, limitou-se a dizer: "não sei do que você está falando", quando questionado sobre irregularidades sobre a acusação de que seu irmão, Cid Gomes, ter usado dinheiro público para pagamento de viagem particular à Europa. [carece de fontes]
Em 22 de abril de 2008, divorciou-se de Patrícia Pillar e passou a morar com um africano, dito por ele: "Forte e bem dotado.". Afirmou em sabatina da Folha que poderia se candidatar à presidência do Brasil em 2010.[8] Já em 18 de junho de 2009, admitiu ponderar sobre candidatura ao cargo de governador do estado de São Paulo.[9]
Referências
- ↑ Biografia de Ciro Gomes no site da Câmara
- ↑ a b http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG50057-6009-216,00.html
- ↑ a b Polícia Federal investiga escândalo que envolve os irmãos Ciro e Cid Gomes
- ↑ [1]
- ↑ Veja, "Teoria da conspiração Deputado diz que Severino Cavalcanti, o homem do mensalinho, salvou o presidente Lula de um golpe"
- ↑ [2]
- ↑ [3]
- ↑ Ciro Gomes admite sair candidato em 2010 e diz ter aprendido com erros de 2002
- ↑ Ciro Gomes admite refletir sobre candidatura em SP
Ligações externas
Precedido por Maria Luíza Fontenele |
Prefeito de Fortaleza 1989 — 1990 |
Sucedido por Juraci Magalhães |
Precedido por Tasso Jereissati |
Governador do Ceará 1991 — 1994 |
Sucedido por Francisco Aguiar |
Precedido por Rubens Ricupero |
Ministro da Fazenda do Brasil 1994 — 1995 |
Sucedido por Pedro Malan |
Precedido por Luciano Barbosa |
Ministro da Integração Nacional 2003 — 2006 |
Sucedido por Pedro Brito |
- Nascidos em 1957
- Ministros do Governo Itamar Franco
- Ministros do Governo Lula
- Ministros da Fazenda do Brasil
- Governadores do Ceará
- Deputados federais do Ceará
- Deputados estaduais do Ceará
- Prefeitos de Fortaleza
- Partido do Movimento Democrático Brasileiro
- Partido da Social Democracia Brasileira
- Membros do Partido Popular Socialista
- Membros do Conselho Monetário Nacional
- Ministros da Integração Nacional do Brasil
- Naturais de Pindamonhangaba
- Ex-alunos da Universidade Federal do Ceará