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Linha do Vale do Lima

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Linha do Vale do Lima
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Ramal de Viana-Doca
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Linha do MinhoValença
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0,0 Viana do Castelo
Straight track Unknown route-map component "exSTR" Unknown route-map component "uCONTf"
Elevador de Santa Luzia
Continuation forward Unknown route-map component "exSTR"
Linha do MinhoPorto S. Bento
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Lanheses
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Vitorino das Donas
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21,0 Ponte de Lima (Arcozelo)
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Linha de Braga a Monção

A Linha do Vale do Lima teria sido uma ferrovia, em via estreita (1000 mm) eletrificada[1], que ligaria Viana do Castelo a Ponte de Lima e à linha de Linha de Braga a Monção, numa extensão de cerca 21 km.[2]

História

A 28 de Março de 1930, foi aprovada, pelo Decreto-Lei nº 1890 (Plano Geral da Rede Ferroviária do Continente),[3][4] a construção, em via reduzida, da Linha do Vale do Lima.[2]

As obras de construção foram iniciadas, foi terraplanado o percurso e procedeu-se ao assentamento de material ferroviário, travessas e carris,[2] ficando a via praticamente acabada.[1]

Automotora elétrica Wumag, de 1926, utilizada em Berlim.

A falta de financiamento e a concorrência das rodovias, entre outras, levou à paragem do projecto, ordenado por despacho ministerial de 31 de Dezembro de 1936.[5] O material ferroviário instalado foi vendido a uma empresa espanhola.[2] O material circulante (automotoras elétricas) e o equipamento fixo da rede aérea de alimentação, tudo da casa alemã Wumag, foi adquirido e fornecido,[1] mas nunca utilizado[2].

Teria sido a segunda ferrovia pesada eletrificada em Portugal (após a Linha de Cascais em 1926), e a primeira a ser construída de raiz. (Existiam já sistemas eletroviários ligeiros em Portugal: Porto, Lisboa, Braga, e Sintra — este último inaugurado como tal, os outros por adaptação de ferrovias de tração animal.) A 22 de Julho de 1962, pelo Decreto-Lei nº4780, a linha é desclassificada do Plano Geral da Rede Ferroviária Continental, libertando, como diz o decreto, de condicionamentos ferroviários as zonas abrangidas pelo seu traçado.[5]

Itinerário

Saindo de Viana do Castelo, o percurso seguia, pela margem direita do rio Lima até à freguesia de Arcozelo, em Além da Ponte, local situado em frente da vila de Ponte de Lima.[2]

Actualidade

Apesar do quase total desaparecimento do que foi a linha, restam alguns vestígios da Linha do Vale do Lima. O leito da linha é, ainda hoje, visível ao longo da estrada nacional que liga Viana do Castelo a Ponte do Lima.[2] A ruas de S. Vicente, da Igreja.[6] e da Linha do Vale do Lima, em Viana do Castelo, foram construídas aproveitando o leito da linha.

Referências

  1. a b c Manuel Margarido TÃO: “150 Anos de Material Motor Francês em Portugal” O Foguete 17 (2007.01-03): p. 23-24.
  2. a b c d e f g Silva, J.R. e Ribeiro, M. (2009). Os comboios de Portugal - Volume II. 2ª Edição.Terramar.Lisboa
  3. CP - Comboios de Portugal. «Os Caminhos de Ferro - Cronologia». Consultado em 3 de Janeiro de 2010 
  4. Sinfa - Sindicato Nacional de Ferroviários e Afins. «Cronologia de efemérides ferroviárias». Consultado em 3 de Janeiro de 2010 
  5. a b «Decreto-Lei nº4780». 22 de Junho de 1967 
  6. António Alves da Rocha. «Zé Amorim - O último dos barqueiros desta freguesia de Torre (São Salvador)». Consultado em 3 de Janeiro de 2010 


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