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Amapá: diferenças entre revisões

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* [http://www.prap.mpf.gov.br Procuradoria da República no Estado do Amapá]
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* [http://www.mp.ap.gov.br Ministério Público do Estado do Amapá]
* [http://www.mp.ap.gov.br Ministério Público do Estado do Amapá]
* [http://www.keroir.com/br/index.php?option=com_events&region_info=AP&city_info=all&Itemid=107&task=view_year&month=03&year=2009 Eventos no Estado do Amapá | keroir.com - banco de eventos]


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Revisão das 20h24min de 17 de julho de 2009

 Nota: Para outros significados, veja Amapá (desambiguação).

Predefinição:DadosEstadoBrasil2

O Amapá é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado a nordeste da região Norte e tem como limites a Guiana Francesa a norte, o Oceano Atlântico a leste, o Pará a sul e oeste e o Suriname a noroeste. Ocupa uma área de 142.814,585 km². A capital é Macapá. As cidades mais populosas são Macapá e Santana.

O relevo é pouco acidentado, em geral abaixo dos 300 metros de altitude. A planície litorânea se caracteriza pela presença de mangues e lagoas. Amazonas, Jari, Rio Oiapoque, Araguari, Calçoene e Maracá são os rios principais. Veja a lista de rios do Amapá.

O Amapá tem esse nome devido ao amapazeiro, árvore típica da região e que está ameaçada de extinção, devido a exploração intensa. O desenho de um amapazeiro está no brasão do estado.

História

Ver artigo principal: História do Amapá

Pré-história e povoamento indígena

A região do atual estado do Amapá foi originalmente povoada por grupos indígenas do tronco Aruaque, entre os quais destacam-se:

  • Guaiampis
  • Palicures
  • Tucujus

Chegada dos europeus

Em sua obra "A Descoberta da Guiana", o navegador e explorador britânico Sir Walter Raleigh descreveu uma "Província da Amapaia" como uma terra "maravilhosa e rica em ouro", povoada por indígenas chamados "anebas" que teriam presenteado o espanhol Antonio de Berreo com várias jóias daquele metal:

"A Província da Amapaia é um terreno muito plano e pantanoso próximo ao rio; e por causa da água barrenta que se espraia em pequenas ramificações por entre a terra úmida, lá crescem vermes e serpentes venenosas. (.) Berreo esperava que a Guiana fosse mil milhas mais próxima do que calhou de ser ao final; por meios dos quais suportaram tanta carência e tanta fome, oprimidos com doenças dolorosas, e todas as desgraças que se pode imaginar, perguntei àqueles na Guiana que haviam viajado pela Amapaia, como sobreviveram com aquela água parda ou rubra quando andaram por lá; e disseram-me que após o sol estar no meio do céu, eles costumavam encher seus potes e pás com aquela água, mas antes disso ou até o crepúsculo era perigosa de beber e, à noite, forte veneno."

Raleigh narra ainda como o rival espanhol tentou sair da região para tomar a cidade mítica de Eldorado (que então se acreditava ficar na Guiana) e não conseguiu, barrado pelo que seria hoje chamada de Serra Tumucumaque: "Desta província Berreo se apressou em sair tão logo a primavera e o início do verão aparecera, e buscou sua entrada nas fronteiras do Orinoco pelo lado sul; mas lá havia uma cordilheira de montanhas tão altas e impenetráveis, que ele não pôde por modo algum marchar sobre elas (.); e mais, para sua desvantagem, os caciques e reis da Amapaia haviam dado saber de seu propósito aos guianeses, e que ele queria saquear e conquistar o império, por esperar sua tão grande abundância e quantidade de ouro. Ele passou pelas desembocaduras de vários grandes rios que caem no Orinoco tanto do norte quanto do sul, que evito listar, por enfado, e porque são mais prazerosos de descrever do que de ler."

Embora várias destas características sejam condizentes com o território do Amapá, no entanto a interpretação da historiografia oficial situa esta terra de "Amapaia" junto ao vale do rio Orinoco, no leste da Venezuela.

O período colonial

Durante a Dinastia Filipina (1580-1640), estabelecida a presença portuguesa em Belém do Pará a partir de 1616, iniciou-se a luta pela ocupação e posse da bacia amazônica, que perdurou cerca de meio século pelas armas, e mais de dois séculos pela diplomacia.

Em 1619, Manuel de Souza d'Eça foi designado para servir na Capitania do Pará, no Estado do Maranhão, por três anos. As suas funções incluíam a "(.) expulsão do inimigo do Cabo do Norte, e mais descobrimentos (.)", para o que requeria homens, armas e equipamentos diversos. O memorial que apresentou a respeito, detalha a situação estratégica da embocadoura do rio Amazonas à época, descrevendo as atividades estrangeiras e sugerindo as providências mais urgentes a serem tomadas pela Coroa.

O Aviso de 4 de novembro de 1621 do Conselho da Regência de Portugal, recomendava que se tomassem as medidas necessárias com o fim de povoar e fortificar a costa que se estendia do Brasil a São Tomé da Guyana e bocas do Rio Drago na Venezuela, e os rios daquela costa.

Finalmente, a partir de 1623, Luiz Aranha de Vasconcelos e Bento Maciel Parente, tendo como subordinados Francisco de Medina, Pedro Teixeira e Ayres de Souza Chichorro, com forças recrutadas em Lisboa, no Recife, em São Luís do Maranhão e Belém do Pará, apoiadas por mais de mil índios flecheiros mobilizados pelo frade franciscano Cristóvão de São José, atacaram e destruíram posições inglesas e neerlandesas ao longo da embocadoura do rio Amazonas, na ilha de Gurupá e na ilha dos Tocujus. Como conseqüência, seis fidalgos ingleses foram mortos, os fortes neerlandeses, de Muturu e Nassau foram destruídos, centenas de combatentes mortos ou capturados, provisões, armas, munições e escravos da Guiné foram apresados, e um navio neerlandês afundado.

Dois anos mais tarde, em 1625, Pedro da Costa Favela, Jerônimo de Albuquerque e Pedro Teixeira, com destacamentos de Belém e Gurupá, reforçados por algumas centenas de indígenas chefiados pelo franciscano Frei Antônio de Merciana, destruíram novos estabelecimentos na costa do Rio Macapá e no rio Xingú. O Rio Macapá era a designação genérica da região compreendida entre a foz do rio Paru e a margem esquerda da foz do rio Amazonas, abrangendo quatro províncias de indígenas ali aldeados por missionários franciscanos, entre elas a chamada Província dos Tocujus.

Em 1637, o Rei Filipe IV de Espanha (em Portugal, como Filipe III) concedeu a donataria da Capitania do Cabo Norte a Bento Maciel Parente. A doação foi registrada no livro Segundo da Provedoria do Pará.

Até meados do século XVII foram registrados choques entre portugueses, neerlandeses e britânicos no delta do Rio Amazonas e na Capitania do Cabo Norte. No século XVIII, a França reivindicou a posse da região do Cabo Norte, e embora o Tratado de Utrecht (1713) tenha estabelecido os limites entre o Estado do Maranhão e a Guiana francesa, estes não foram respeitados pelos franceses: o problema da posse da região permaneceria pendente nas relações entre as duas Cortes.

À época, o governador de Caiena, marquês de Férolles, à frente de uma força expedicionária francesa e indígena, arrasou os fortes portugueses na região do Cabo Norte e apossou-se da região. Foram logo expulsos.

Da ocupação de Caiena à Proclamação da República

No contexto da Guerra Peninsular, após a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil (1808), D. João VI determinou a ocupação da Guiana Francesa como forma de retaliação pela ocupação de Portugal continental.

A Guiana Francesa esteve sob domínio português de 14 de janeiro de 1809 a 21 de novembro de 1817, tendo sido seu governador João Severiano Maciel da Costa.

Dessa ocupação resultou a introdução, no Brasil, de certas plantas e árvores ali aclimatadas e depois difundidas no país. Entre elas contam-se a cana-de-açúcar (variedade caiena ou caiana), e a fruta-pão.

Após a Independência do Brasil (1822), a região mergulha em relativo esquecimento, entrecortada por episódios da história regional, como a Cabanagem (1835-1840).

A descoberta do ouro e a valorização da borracha no mercado internacional, no último quartel do século XIX, promoveram o povoamento do Amapá e acirraram as disputas territoriais. Uma comunidade de colonos russos foi fundada em Calçoene em fins do século XIX.

Da proclamação da República aos nossos dias

Ver artigo principal: Território Federal do Amapá

Graças à brilhante defesa da diplomacia do Barão do Rio Branco, a Comissão de Arbitragem em Genebra, na Suíça, concedeu a posse do território disputado ao Brasil (1 de maio de 1900), incorporado ao Estado do Pará com o nome de Araguari.

Em plena Segunda Guerra Mundial, visando fatores estratégicos e de desenvolvimento econômico, a região foi desmembrada do estado do Pará pelo Decreto-lei n° 5.812, de 13 de setembro de 1943, constituindo o Território Federal do Amapá.

A descoberta de ricas jazidas de manganês na Serra do Navio, em 1945, revolucionou a economia local.

Com a promulgação da Constituição brasileira de 1988, a 5 de Outubro, o Amapá foi elevado à categoria de Estado.

Guerra da Lagosta
Ver artigo principal: Guerra da Lagosta

Em 1961, o então presidente da República, Jânio da Silva Quadros, preparou um plano secreto para a invasão e conseqüente anexação brasileira da Guiana Francesa. A operação chegou a entrar em fase de treinamento militar, mas foi abortada pela inesperada renúncia de Quadros.

Política

Atualmente, o governador do Amapá é Waldez Góes, desde de 1º de janeiro de 2003.

Senadores

Representam o Amapá no Senado:[1]

Deputados Federais

Representam o Amapá na Câmara dos Deputados:[2]

  • Dalva Figueiredo - PT
  • Antônio Feijão - PSDB
  • Evandro Milhomen - PCdoB
  • Fátima Pelaes - PMDB
  • Janete Capiberibe - PSB
  • Jurandil Juarez - PMDB
  • Lucenira Pimentel - PR
  • Sebastião Bala Rocha - PDT
Deputados estaduais
Ver artigo principal: Assembléia Legislativa do Amapá

Subdivisão

Norte do Amapá

Ver artigo principal: Mesorregião do Norte do Amapá

A mesorregião do Norte do Amapá é uma das duas mesorregiões do estado. É formada por duas microrregiões. No século XVIII, a França reivindicou a posse da área.

Sul do Amapá

Ver artigo principal: Mesorregião do Sul do Amapá

A mesorregião do Sul do Amapá é uma mesorregião do estado do Amapá. É formada por duas microrregiões.

O Amapá é composto por 16 municípios dentre eles destacamos a capital Macapá, juntamente com Santana, Mazagão, Pracuúba, Cutias, Tartarugalzinho, Porto Grande, Serra do Navio, Calçoene, Amapá, Pedra Branca do Amapari, Vitória do Jari, Laranjal do Jari, Ferreira Gomes, Oiapoque e Itaubal do Piririm.

Geografia

Ver artigo principal: Geografia do Amapá

[3]

Floresta Amazônica

Como o clima do Estado é quente e úmido a cobertura vegetal é bastante diversificada e apresenta Florestas, e essas são classificadas em Floresta de Várzea, Floresta de Terra Firme, além de campos e cerrados. Nas áreas próximas ao litoral a vegetação encontrada é o mangue ou manguezal. Aproximadamente 73% da área estadual é coberta pela Floresta Amazônica.

O estado do Amapá, em sua totalidade, é influenciado pelo clima equatorial superúmido, isso significa que ocorre uma grande quantidade de calor e umidade que favorece a propagação da biodiversidade. As temperaturas médias que ocorrem no Estado variam de 36°C a 20°C, a primeira ocorre principalmente no fim da tarde e o segundo acontece no alvorecer. O clima local apresenta duas estações bem definidas, denominadas de verão e inverno. Os índices pluviométricos ocorrem anualmente em média superior a 2.500 mm.

Relevo

O Estado do Amapá apresenta basicamente três modalidades de relevo, são elas:

  • Planície Litorânea: é caracterizada por ambientes propícios a inundações, pois a superfície é muito plana e dificulta a drenagem das águas.
  • Planalto Cristalino: essa unidade de relevo predomina no Estado, ocupa grande parte do território, se localiza em uma região que concentra diversas serras, colinas e morros.

O relevo do Estado é predominantemente plano, isto é, com baixas altitudes, se faz presente nas proximidades da foz do Rio Amazonas, litoral e bacia Oiapoque. Na porção centro-oeste e noroeste apresentam maiores elevações, podendo atingir 500 metros acima do nível do mar.

Hidrografia

O Rio Oiapoque

Cerca de 39% da bacia hidrográfica do Estado faz parte da bacia do Amazonas. A rede hidrográfica do Amapá é formada por rios que desempenham um grande papel econômico na região desde a atividade pesqueira até o transporte hidroviário. A maioria dos rios do Amapá deságuam no oceano Atlântico. Dessa forma, os principais rios são:

Economia

Dentre outras atividades econômicas praticadas no Amapá as principais estão envolvidas no extrativismo, na agricultura e na indústria.[4]

Uma importante fonte de recursos financeiros é a extração de castanha-do-pará e madeira, outro item de destaque na economia amapaense é a extração de manganês.

Economicamente falando o Amapá não se destaca como um grande produtor de riquezas, automaticamente contribui de maneira reduzida na composição do PIB nacional, além disso, consome muitos produtos oriundos de outros estados, especialmente do Pará.

Na pecuária é desenvolvida a criação de gado bovino e búfalo, na agricultura são cultivados, entre outros, mandioca e arroz.

As empresas privadas são responsáveis por, aproximadamente, 70% dos postos de trabalho, no ano de 2006 surgiram mais de mil empresas e o emprego no segmento industrial cresceu 33%, número superior à média nacional que é de 23%.

Em R$
PIB 3.720.359
PIB per capita 6.796

Demografia

Cor/Raça Porcentagem
Brancos 21,4%
Negros 4,5%
Pardos 74,4%
Amarelos ou Indígenas 0,8%

Educação

Resultados no ENEM
Ano Português Redação
2006[5]
Média
31,44 (22º)
36,90
50,00 (15º)
52,08
2007[6]
Média
44,48 (22º)
51,52
55,15 (13º)
55,99
2008[7]
Média
35,23 (23º)
41,69
58,14 (16º)
59,35

Cultura

Tacacá

Ver artigo principal: Tacacá

Tacacá é uma iguaria não só do Amapá, mas também da região amazônica brasileira, em particular do Acre, Pará, Amazonas e Rondônia. É preparado com um caldo fino de cor amarelada chamado tucupi, sobre o qual se coloca goma, camarão e jambu. Serve-se muito quente, temperado com sal e pimenta, em cuias.

Sua origem é indígena e, segundo Câmara Cascudo, deriva de um tipo de sopa indígena denominada mani poi. Câmara Cascudo diz que “Esse mani poí fez nascer os atuais tacacá, com caldo de peixe ou carne, alho, pimenta, sal, às vezes camarões secos.”.

Referências

Ver também

Predefinição:Portal-AP

Ligações externas