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Linha de Sines

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Linha de Sines
Ponte ao PK 158 da Linha.
Ponte ao PK 158 da Linha.
Ponte ao PK 158 da Linha.
Bitola:Bitola larga
Continuation to left Track turning from right
000000 L.ª Sul
Unknown route-map component "exCONTg"
000000 L.ª Alentejo Beja (proj. ab.)
Continuation to left
Unknown route-map component "exLUECKE" + Track turning from right
L.ª SulCampolide A
Station on track
129,631 Ermidas-Sado
Junction both to and from left Continuation to right
000000 L.ª Sul
000000 L.ª Sul Tunes
Unknown route-map component "vSTRe"
131,025 C.ª Ermidas
Unknown route-map component "eBHF"
143,607 Abela-São Domingos
Unknown route-map component "eBHF"
151,121 São Bartolomeu da Serra
Underbridge
Unknown route-map component "eHST"
158,504 Cumiados/Cumeadas/Cumiadas
Non-passenger station/depot on track
Subestação de tracção de S. C.
Unknown route-map component "eBHF"
160,770 Santiago do Cacém
Unknown route-map component "exCONTr"
Unknown route-map component "exLLSTR2" + Unknown route-map component "eABZlg"
Unknown route-map component "exLLÜWc3"
L.ª SulGrândola (proj. 2009)
Unknown route-map component "exLLCONT4"
L.ª Aljezur(pj. abd.) → L.ª Alg.
Unknown route-map component "eHST"
165,856 Ortiga
Continuation to left Junction to right
168,530 R. Sines
Continuation to left Junction to right
168,530 Bif. de Sines R. Sines
Level crossing
Unknown route-map component "eWSLgr"
170,047 Raquete
Non-passenger station/depot on track
170,047 Raquete
Unknown route-map component "KRW+l" Unknown route-map component "KRWgr"
169,230 R. Raquete
Level crossing Level crossing
Level crossing Unknown route-map component "vSTRa"
Unknown route-map component "xENDEe" Unknown route-map component "vxENDEe-STR"
Unknown route-map component "exSTRlf" Unknown route-map component "evSTRrf"
Non-passenger terminus from left Junction to right
170,669 Petrogal-Asfaltos
Unknown route-map component "KRW+l" Unknown route-map component "KRWgr"
170,669 R. Petrogal-Asfaltos
Unknown route-map component "vSTRa" Underbridge
Unknown route-map component "vBUE" Underbridge
Unknown route-map component "vKDSTe" Straight track
Refinaria Galp
Junction to left Non-passenger terminus from right
174,713 EDP-Cinzas
Unknown route-map component "KRWgl" Unknown route-map component "KRW+r"
174,713 R. EDP-Cinzas
Straight track Underbridge
Level crossing Non-passenger end station
central termoelétrica EDP
Junction to left Non-passenger terminus from right
177,905 Terminal XXI / PSA
Unknown route-map component "KRWgl" Unknown route-map component "KRW+r"
177,905 R. Terminal XXI
Straight track Unknown route-map component "vSTRa"
Underbridge Unknown route-map component "vKDSTe"
Terminal XXI / PSA
Non-passenger station/depot on track
180,170 Porto de Sines
180,170
Unknown route-map component "vDST"
180,170 Porto de Sines(estação)
Unknown route-map component "vSBRÜCKE"
Junction to left Non-passenger terminus from right
000000 Portsines-carvão
000000 Terminal carvão Portsines
Unknown route-map component "vBS2+r"
Level crossing
Level crossing
Non-passenger end station
000000 Porto de Sines
Vagões porta-contentores no Porto de Sines.
Aspeto da linha junto ao extinto apeadeiro de Cumiados (PK 158).

A Linha de Sines, originalmente conhecida como Transversal de Sines e Ramal de Sines (não confundir com outra ferrovia com este nome), é uma ligação ferroviária situada na costa sudoeste de Portugal. Une o Porto de Sines com a Linha do Sul (na estação de Ermidas-Sado), num total de pouco mais de cinquenta quilómetros; antes do encerramento do Ramal de Sines fazia ligações de passageiros entre Sines e o resto da rede.

História

Antecedentes

Ver artigo principal: Linha do Sul

Desde meados do Século XIX que se procurava ligar o Alentejo a Lisboa, de modo a fornecer uma alternativa às deficientes vias rodoviárias nesta região[1], de forma a facilitar o transporte de mercadorias, especialmente cereais, para a capital[2]; duas empresas foram encarregadas de instalar este caminho de ferro, tendo a Companhia Nacional dos Caminhos de Ferro ao Sul do Tejo sido encarregada de construir o troço entre a Margem Sul do Tejo e Vendas Novas, e a Companhia dos Caminhos de Ferro do Sueste devia continuar a linha até Évora e Beja.[3] A linha chegou, assim, a Beja em 15 de Maio de 1864[4], mas o facto das duas empresas utilizarem bitolas de via diferentes obrigou à realização de transbordos de mercadorias e passageiros em Vendas Novas[5], pelo que, no mesmo ano, o Estado Português contratou a Companhia do Sueste para uniformizar as bitolas e, entre outros empreendimentos, continuar a linha de Beja até ao Algarve.[6] No entanto, vários problemas financeiros impediram a Companhia de executar os vários empreendimentos acordados, pelo que o Estado tomou conta das linhas e abriu vários concursos, que não tiveram concorrentes; assim, em 1883, o próprio estado foi autorizado a continuar as obras, tendo uma lei de 14 de Julho de 1899 formado os Caminhos de Ferro do Estado, um órgão governamental para construir e gerir as linhas da rede ferroviária ao Sul do Rio Tejo.[4]

Desde 1877, no entanto, que o engenheiro e político Sousa Brandão defendia a continuação da linha de Setúbal até ao Algarve, porque acreditava que este caminho de ferro iria proporcionar viagens mais rápidas entre Lisboa e o Algarve do que o Caminho de Ferro do Sul, que, devido ao facto de transitar por Beja, era demasiado extensa; o traçado desta nova linha teria o seu início no Pinhal Novo ou no Poceirão, e terminaria em Lagos, passando por Santiago do Cacém e por Alcácer do Sal ou Montalvo.[7]

A inauguração oficial da Linha do Sado, entre o Pinhal Novo e a Funcheira, fez-se no dia 1 de Junho de 1925, após a instalação da ponte definitiva sobre o Rio Sado, em Alcácer do Sal.[7][8]

Planeamento, construção e inauguração

O plano para a ligação ferroviária até Sines foi inserido no Plano Geral da Rede Ferroviária ao Sul do Tejo, documento oficial, publicado em 1902, que regulava o planeamento ferroviário naquela zona; a sua construção era justificada pelo facto desta localidade ser já um centro industrial, com um importante porto marítimo.[9]

Segundo uma lei publicada em 1 de Julho do ano seguinte, o ponto de entroncamento com a Linha do Sado deveria ser em Alvalade, porque este ponto era um dos locais aonde seria obrigatória a passagem daquele caminho de ferro; uma lei de 27 de Outubro de 1909 autorizou a construção da Linha de Sines, após a Linha do Sado ser concluída, tendo o financiamento para aquele empreendimento sido garantido pela lei n.º 731, publicada em 5 de Julho de 1917, e pelo decreto n.º 4811, de 30 de Agosto do ano seguinte, que autorizaram o Director Geral dos Transportes Terrestres a contrair empréstimos para, entre outros planos, continuar as obras no Ramal de Sines.[10][11]

O decreto 18190, datado de 28 de Março de 1930, estabeleceu que a Linha de Sines deveria ser o primeiro troço de um caminho de ferro transversal, que ligaria Sines a Beja.[12] A construção iniciou-se em 6 de Dezembro de 1919, tendo o primeiro troço, entre Ermidas-Sado e São Bartolomeu da Serra, sido aberto em 9 de Abril de 1927; o segundo troço, entre esta estação e o quilómetro 156,4, entrou ao serviço em 1 de Julho de 1929, e o tramo até Santiago do Cacém abriu em 20 de Junho de 1934.[7] A linha entre esta estação e Sines foi aberta à exploração em 14 de Setembro de 1936.[13][14]

Ver também

Referências

  1. Martins et al, 1996:8, 11
  2. Viegas, 1988:26
  3. Santos, 1995:107
  4. a b TORRES, Carlos Manitto (1 de Fevereiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário». Lisboa: Gazeta dos Caminhos de Ferro. Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1683): 75, 77 
  5. Santos, 1995:108
  6. Santos, 1995:109
  7. a b c TORRES, Carlos Manitto (16 de Fevereiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário». Lisboa: Gazeta dos Caminhos de Ferro. Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1684): 91, 92 
  8. Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006, p. 62
  9. SOUSA, José (1 de Dezembro de 1902). «A rêde ferro-viaria ao Sul do Tejo» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (359). 355 páginas. Consultado em 18 de Junho de 2011 
  10. PORTUGAL. Lei nº 731, de 5 de Julho de 1917. Ministério do Trabalho e Previdência Social - Direcção Geral do Trabalho - 2.ª Repartição - 1.ª Secção, Paços do Governo da República.
  11. PORTUGAL. Decreto nº 4811, de 31 de Agosto de 1918. Secretaria de Estado do Comércio - Direcção Geral dos Transportes Terrestres - Secretaria Geral, Paços do Governo da República.
  12. PORTUGAL. Decreto n.º 18:190, de 28 de Março de 1930. Ministério do Comércio e Comunicações: Direcção Geral de Caminhos de Ferro - Divisão Central e de Estudos, Secção de Expediente, Paços do Governo da República.
  13. TORRES, Carlos Manitto (16 de Março de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário». Lisboa. Gazeta dos Caminhos de Ferro. 71 (1686). 139 páginas 
  14. «Cronologia: 1926/1949 - Período de Grande Depressão e II Guerra Mundial». Comboios de Portugal. Consultado em 18 de Junho de 2011 

Bibliografia

  • Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. [S.l.]: Público-Comunicação Social S. A. e CP-Comboios de Portugal. 2006. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X 
  • MARTINS, João Paulo, BRION, Madalena, SOUSA, Miguel de, LEVY, Maurício, AMORIM, Óscar (1996). O Caminho de Ferro Revisitado. O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. [S.l.]: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas 
  • SANTOS, Luís Filipe Rosa (1995). Os Acessos a Faro e aos Concelhos Limítrofes na Segunda Metade do Séc. XIX. Faro: Câmara Municipal de Faro. 213 páginas 
  • VIEGAS, Francisco José (1988). Comboios Portugueses. Um Guia Sentimental. Lisboa: Círculo de Editores. 185 páginas 
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Ligações externas