Câncer: diferenças entre revisões

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== Prevenção ==
== Prevenção ==
[[Imagem:Corredores de la segunda edición de Corro Contra el Càncer.png|thumb|Membros da Corrida Contra o Câncer na [[Catalunha]], [[Espanha]]. O [[sedentarismo]] pode contribuir para o desenvolvimento de alguns tipos de câncer]]
=== Exames genéticos ===
A prevenção é definida como uma série de medidas ativas que podem diminuir o risco de desenvolvimento de câncer.<ref>{{cite web | url=http://www.mayoclinic.com/health/cancer-prevention/CA00024 | title=Cancer prevention: 7 steps to reduce your risk | publisher=[[Mayo Clinic]] | date=27 de setembro de 2008 | accessdate=30 de janeiro de 2010}}</ref> A grande maioria dos casos de câncer ocorrem devido a fatores de risco ambientais e muitos, se não todos, são escolhas de [[estilo de vida]] controláveis. Assim, o câncer é considerado uma doença em grande parte evitável.<ref name=Danaei>{{cite journal | author = Danaei G, Vander Hoorn S, Lopez AD, Murray CJ, Ezzati M | title = Causes of cancer in the world: comparative risk assessment of nine behavioural and environmental risk factors | journal = Lancet | volume = 366 | issue = 9499 | pages = 1784–93 | year = 2005 | pmid = 16298215 | doi = 10.1016/S0140-6736(05)67725-2 }}</ref> Entre 70% e 90% dos cânceres comuns são devido a fatores ambientais e, portanto, possivelmente evitáveis.<ref>{{cite journal|last1=Wu|first1=S|last2=Powers|first2=S|last3=Zhu|first3=W|last4=Hannun|first4=YA|title=Substantial contribution of extrinsic risk factors to cancer development.|journal=Nature|date=16 December 2015|pmid=26675728|doi=10.1038/nature16166}}</ref>
O [[exame genético]] para pessoas de alto-risco já está disponível para algumas mutações genéticas relacionadas ao câncer. Portadores de mutações genéticas que aumentam o risco de incidência de câncer podem se submeter a uma inspeção mais detalhada, prevenção química ou cirurgias que diminuam o risco. A identificação precoce de um risco genético herdado para o câncer, associada com outras intervenções de prevenção ao câncer como a cirurgia ou inspeções mais detalhadas, pode salvar a vida destas pessoas em alto-risco.


Mais de 30% das mortes por câncer poderia ser prevenida evitando fatores de risco, como [[tabagismo]], excesso de peso/[[obesidade]], dieta insuficiente, [[sedentarismo]], [[alcoolismo]], [[doenças sexualmente transmissíveis]] e a [[poluição do ar]]. No entanto, nem todas as causas ambientais são controláveis, tais como ocorrência natural de [[radiação]] e outros casos de câncer, são causados por doenças genéticas hereditárias, e, assim, não é possível evitar todos os casos da doença.<ref name="Cancer Cancer">{{cite web |url=http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs297/en/ |title=Cancer |work=[[Organização Mundial da Saúde]] |accessdate=9 de janeiro de 2011}}</ref>
{| class="wikitable"
|-
! Gene
! Tipos de câncer
! Disponibilidade
|-
| [[BRCA1]], [[BRCA2]]
| Mama, ovário, pancreático
| Disponível comercialmente
|-
| [[MLH1]], [[MSH2]], [[MSH6]], PMS1, PMS2
| Cólon, uterino, intestino delgado, estômago, trato urinário
| Disponível comercialmente
|}


=== Cura ===
=== Alimentação ===
{{Artigo principal|Alimentação e câncer}}
Recentemente, cientistas da [[Harvard Medical School]], de [[Boston]], divulgaram uma maneira revolucionária na luta contra o câncer.
[[Imagem:Make_healthy_choices_poster.jpg|thumb|Propaganda de 1987 do [[National Cancer Institute]] sobre a importância de uma alimentação saudável]]
Enquanto muitas recomendações dietéticas têm sido propostas para reduzir o risco de câncer, a evidência para apoiá-las não é definitiva.<ref name=Kushi2012 /><ref name=Diet11>{{cite journal | author = Wicki A, Hagmann, J | title = Diet and cancer | journal = Swiss medical weekly | volume = 141 | issue = | pages = w13250 |date=Setembro de 2011 | pmid = 21904992 | doi = 10.4414/smw.2011.13250 }}</ref> Os fatores dietéticos primários que aumentam o risco são a obesidade e o consumo de álcool; uma dieta pobre em [[fruta]]s e [[legume]]s e rica em [[carne vermelha]] também foi apontada, mas não confirmada.<ref name="pmid22202045">{{cite journal | author = Cappellani A, Di Vita M, Zanghi A, Cavallaro A, Piccolo G, Veroux M, Berretta M, Malaguarnera M, Canzonieri V, Lo Menzo E | title = Diet, obesity and breast cancer: an update | journal = Front Biosci (Schol Ed) | volume = 4 | issue = | pages = 90–108 | year = 2012 | pmid = 22202045 | doi = }}</ref><ref name="pmid21119663">{{cite journal | author = Key TJ | title = Fruit and vegetables and cancer risk | journal = Br. J. Cancer | volume = 104 | issue = 1 | pages = 6–11 |date=Janeiro de 2011 | pmid = 21119663 | pmc = 3039795 | doi = 10.1038/sj.bjc.6606032 }}</ref> Um estudo de 2014 não encontrou uma relação entre consumo de frutas e vegetais e câncer.<ref>{{cite journal|last1=Wang|first1=X|last2=Ouyang|first2=Y|last3=Liu|first3=J|last4=Zhu|first4=M|last5=Zhao|first5=G|last6=Bao|first6=W|last7=Hu|first7=FB|title=Fruit and vegetable consumption and mortality from all causes, cardiovascular disease, and cancer: systematic review and dose-response meta-analysis of prospective cohort studies.|journal=BMJ (Clinical research ed.)|date=29 July 2014 |volume=349|pages=g4490|pmid=25073782|doi=10.1136/bmj.g4490|pmc=4115152}}</ref> O consumo de [[café]] está associado com um risco reduzido de [[câncer de fígado]].<ref name="pmid17484871">{{cite journal | author = Larsson SC, Wolk A | title = Coffee consumption and risk of liver cancer: a meta-analysis | journal = Gastroenterology | volume = 132 | issue = 5 | pages = 1740–5 |date=Maio de 2007 | pmid = 17484871 | doi = 10.1053/j.gastro.2007.03.044 }}</ref> Estudos têm relacionado o consumo excessivo de carne vermelha ou processada para o aumento do risco de [[câncer de mama]], [[câncer de cólon]] e [[câncer de pâncreas]], um fenômeno que poderia ocorrer devido à presença de substâncias [[cancerígenas]] em carnes cozidas em altas temperaturas.<ref name="pmid19838915">{{cite journal | author = Zheng W, Lee SA | title = Well-done meat intake, heterocyclic amine exposure, and cancer risk | journal = Nutr Cancer | volume = 61 | issue = 4 | pages = 437–46 | year = 2009 | pmid = 19838915 | pmc = 2769029 | doi = 10.1080/01635580802710741 }}</ref><ref name="pmid20374790">{{cite journal | author = Ferguson LR | title = Meat and cancer | journal = Meat Sci. | volume = 84 | issue = 2 | pages = 308–13 |date=February 2010 | pmid = 20374790 | doi = 10.1016/j.meatsci.2009.06.032 }}</ref> Isto foi confirmado em 2015 pela [[Agência Internacional de Pesquisa em Câncer]], da [[Organização Mundial da Saúde]] (OMS), que determinou que a ingestão de carne processada (por exemplo, [[bacon]], [[presunto]], [[cachorros-quentes]], [[salsichas]]) e, em menor grau, carne vermelha foi associada a alguns tipos de câncer.<ref name="WHO-20151026">{{cite news |author=Staff |title=World Health Organization - IARC Monographs evaluate consumption of red meat and processed meat |url=http://www.iarc.fr/en/media-centre/pr/2015/pdfs/pr240_E.pdf |format=[[PDF]] |date=26 de outubro de 2015 |work=[[International Agency for Research on Cancer]] |accessdate=26 de outubro de 2015 }}</ref><ref name="NYT-20151026">{{cite news |last=Hauser |first=Christine |title=W.H.O. Report Links Some Cancers With Processed or Red Meat |url=http://www.nytimes.com/2015/10/27/health/report-links-some-types-of-cancer-with-processed-or-red-meat.html |date=October 26, 2015 |work=[[New York Times]] |accessdate=26 de outubro de 2015 }}</ref>


Recomendações dietéticas para a prevenção do câncer geralmente incluem uma maior ênfase em legumes, frutas, [[grãos]] integrais e [[peixe]]s, e uma fuga de carne processada e vermelha (carne de vaca, porco, cordeiro), gorduras animais e [[carboidrato]]s refinados.<ref name=Kushi2012/><ref name=Diet11/>
Segundo o estudo, dirigido por [[Pier Paolo Pandolfi]], em vez de matar células cancerígenas com [[drogas tóxicas]], os cientistas descobriram um caminho molecular que as força a envelhecer e morrer.


=== Medicação ===
As [[células cancerígenas]] se espalham e crescem porque podem dividir-se indefinidamente.


O conceito de que medicamentos podem ser utilizados para prevenir o câncer é atraente e evidências apoiam a sua utilização em algumas circunstâncias definidas.<ref>Holland Chp.33</ref> Na população em geral, [[anti-inflamatórios não esteroides]] (AINEs) reduzem o risco de [[câncer colorretal]], no entanto, devido aos efeitos secundários cardiovasculares e gastrointestinais, eles causam danos globais quando utilizados para a prevenção.<ref name="pmid17339623">{{cite journal | author = Rostom A, Dubé C, Lewin G, Tsertsvadze A, Barrowman N, Code C, Sampson M, Moher D | title = Nonsteroidal anti-inflammatory drugs and cyclooxygenase-2 inhibitors for primary prevention of colorectal cancer: a systematic review prepared for the U.S. Preventive Services Task Force | journal = Annals of Internal Medicine | volume = 146 | issue = 5 | pages = 376–89 |date=March 2007 | pmid = 17339623 | doi = 10.7326/0003-4819-146-5-200703060-00010 }}</ref> A [[aspirina]] também reduz o risco de morte por câncer em cerca de 7%.<ref name="pmid21144578">{{cite journal | author = Rothwell PM, Fowkes FG, Belch JF, Ogawa H, Warlow CP, Meade TW | title = Effect of daily aspirin on long-term risk of death due to cancer: analysis of individual patient data from randomised trials | journal = Lancet | volume = 377 | issue = 9759 | pages = 31–41 |date=January 2011 | pmid = 21144578 | doi = 10.1016/S0140-6736(10)62110-1 }}</ref> [[Inibidores seletivos de COX-2]] podem diminuir a taxa de formação de [[pólipo]]s em pessoas com [[polipose adenomatosa familiar]], no entanto que está associada com os mesmos efeitos adversos dos AINEs.<ref name="pmid20594533">{{cite journal | author = Cooper K, Squires H, Carroll C, Papaioannou D, Booth A, Logan RF, Maguire C, Hind D, Tappenden P | title = Chemoprevention of colorectal cancer: systematic review and economic evaluation | journal = Health Technol Assess | volume = 14 | issue = 32 | pages = 1–206 |date=June 2010 | pmid = 20594533 | doi = 10.3310/hta14320 }}</ref> A utilização diária de [[tamoxifeno]] ou [[raloxifeno]] tem sido demonstrada como eficaz na redução do risco de desenvolver câncer da mama em mulheres com alto risco.<ref name="pmid19020189">{{cite journal | author = Thomsen A, Kolesar JM | title = Chemoprevention of breast cancer | journal = Am J Health Syst Pharm | volume = 65 | issue = 23 | pages = 2221–8 |date=December 2008 | pmid = 19020189 | doi = 10.2146/ajhp070663 }}</ref> O benefício contra danos por [[inibidor da 5-alfarredutase]], tal como [[finasterida]], ainda não foi confirmado.<ref name="pmid18425978">{{cite journal | author = Wilt TJ, MacDonald R, Hagerty K, Schellhammer P, Kramer BS | title = Five-alpha-reductase Inhibitors for prostate cancer prevention | journal = Cochrane Database Syst Rev | volume = | issue = 2 | pages = CD007091 | year = 2008 | pmid = 18425978 | doi = 10.1002/14651858.CD007091 | editor1-last = Wilt | editor1-first = Timothy J }}</ref>
A equipe usou para o estudo ratos geneticamente modificados que desenvolveram uma forma de câncer de próstata.


As [[vitamina]]s não foram provadas como eficazes na prevenção de câncer,<ref name="pmid20939459">{{cite journal | title = Vitamins and minerals: not for cancer or cardiovascular prevention | journal = Prescrire Int | volume = 19 | issue = 108 | page = 182 |date=Agosto de 2010 | pmid = 20939459 | doi = | url = http://english.prescrire.org/en/81/168/46461/0/2010/ArchiveNewsDetails.aspx?page=2 }}</ref> embora os níveis sanguíneos de [[vitamina D]] estejam correlacionados com um risco aumentado do câncer.<ref name="pmid16595781">{{cite journal | author = Giovannucci E, Liu Y, Rimm EB, Hollis BW, Fuchs CS, Stampfer MJ, Willett WC | title = Prospective study of predictors of vitamin D status and cancer incidence and mortality in men | journal = J. Natl. Cancer Inst. | volume = 98 | issue = 7 | pages = 451–9 |date=April 2006 | pmid = 16595781 | doi = 10.1093/jnci/djj101 }}</ref><ref>{{cite web|url=http://www.cancer.org/docroot/NWS/content/NWS_1_1x_Vitamin_D_Has_Role_in_Colon_Cancer_Prevention.asp|title=Vitamin D Has Role in Colon Cancer Prevention|accessdate=27 de julho de 2007 | archiveurl = //web.archive.org/web/20061204052746/http://www.cancer.org/docroot/NWS/content/NWS_1_1x_Vitamin_D_Has_Role_in_Colon_Cancer_Prevention.asp| archivedate = 4 de dezembro de 2006 }}{{dead link|date=March 2015}}</ref> Se esta relação é causal e se a suplementação com vitamina D causa algum grau de proteção ainda é algo que não foi determinado.<ref name="pmid16595770">{{cite journal | author = Schwartz GG, Blot WJ | title = Vitamin D status and cancer incidence and mortality: something new under the sun | journal = J. Natl. Cancer Inst. | volume = 98 | issue = 7 | pages = 428–30 |date=April 2006 | pmid = 16595770 | doi = 10.1093/jnci/djj127 }}</ref> A suplementação com [[beta-caroteno]] aumenta as taxas de câncer de pulmão em pessoas que com alto risco.<ref name="pmid21738614">{{cite journal | author = Fritz H, Kennedy D, Fergusson D, Fernandes R, Doucette S, Cooley K, Seely A, Sagar S, Wong R, Seely D | title = Vitamin A and retinoid derivatives for lung cancer: a systematic review and meta analysis | journal = PLoS ONE | volume = 6 | issue = 6 | pages = e21107 | year = 2011 | pmid = 21738614 | pmc = 3124481 | doi = 10.1371/journal.pone.0021107 |bibcode = 2011PLoSO...6E1107F | editor1-last = Minna | editor1-first = John D }}</ref> A suplementação com [[ácido fólico]] não foi previne o [[câncer de cólon]] e pode aumentar [[pólipo]]s do [[cólon]].<ref name="pmid17551129">{{cite journal | author = Cole BF, Baron JA, Sandler RS, Haile RW, Ahnen DJ, Bresalier RS, McKeown-Eyssen G, Summers RW, Rothstein RI, Burke CA, Snover DC, Church TR, Allen JI, Robertson DJ, Beck GJ, Bond JH, Byers T, Mandel JS, Mott LA, Pearson LH, Barry EL, Rees JR, Marcon N, Saibil F, Ueland PM, Greenberg ER | title = Folic acid for the prevention of colorectal adenomas: a randomized clinical trial | journal = JAMA | volume = 297 | issue = 21 | pages = 2351–9 |date=Junho de 2007 | pmid = 17551129 | doi = 10.1001/jama.297.21.2351 }}</ref> Não está claro se a suplementação com [[selênio]] tem algum efeito.<ref>{{cite journal|last1=Vinceti|first1=M|last2=Dennert|first2=G|last3=Crespi|first3=CM|last4=Zwahlen|first4=M|last5=Brinkman|first5=M
Em alguns deles, os cientistas tornaram inativo o gene Skp2. Quando o rato atingiu seis meses de vida, eles descobriram que os portadores de um gene Skp2 inativo não desenvolveram [[tumores]], ao contrário dos outros ratos da pesquisa.
|last6=Zeegers|first6=MP|last7=Horneber|first7=M|last8=D'Amico|first8=R|last9=Del Giovane|first9=C|title=Selenium for preventing cancer.|journal=The Cochrane database of systematic reviews|date=30 de março de 2014|volume=3|pages=CD005195|pmid=24683040|doi=10.1002/14651858.CD005195.pub3}}</ref>

Quando eles analisaram os tecidos de [[nódulos linfáticos]] e da [[próstata]], descobriram que muitas células tinham começado a envelhecer, e também encontraram uma lentidão na divisão de células. Eles obtiveram efeito semelhante quando usaram a droga [[MLN4924]] no bloqueio do [[Skp2]] em culturas de laboratório de células de [[câncer da próstata]].

O estudo em ratos mostrou que o bloqueio de um gene causador do câncer chamado Skp2 forçou células cancerígenas a passar por um processo de envelhecimento conhecido como [[senescência]] --o mesmo processo envolvido na ação de livrar o corpo de [[células]] danificadas pela [[luz solar]].

A descoberta pode significar uma nova estratégia para o combate ao câncer.


=== Vacinação ===
=== Vacinação ===
Foram desenvolvidas [[vacina]]s que previnem a [[infecção]] por alguns vírus [[cancerígeno]]s.<ref name=vacc_facts_nci>{{cite web | url=http://www.cancer.gov/cancertopics/factsheet/cancervaccine | title=Cancer Vaccine Fact Sheet | publisher=[[National Cancer Institute|NCI]] | date=8 de junho de 2006 | accessdate=15 de novembro de 2008}}</ref> A [[vacina contra hepatite B]] (a vacina e CERVARIX) diminui o risco de desenvolvimento de [[câncer cervical]].<ref name=vacc_facts_nci/> A [[vacina contra o HPV]] previne a infecção com o vírus da [[hepatite B]] e, assim, diminui o risco de [[câncer de fígado]].<ref name=vacc_facts_nci/> A administração de vacinas de papilomavírus humano e da hepatite B é recomendada quando os recursos permitirem.<ref name="pmid24176569">{{cite journal| author= Lertkhachonsuk AA, Yip CH, Khuhaprema T, Chen DS, Plummer M, Jee SH, Toi M, Wilailak S| title=Cancer prevention in Asia: resource-stratified guidelines from the Asian Oncology Summit 2013| journal=Lancet Oncology| year=2013 | volume=14 | issue=12| pages=e497-507| pmid=24176569 | doi=10.1016/S1470-2045(13)70350-4}}</ref>
Atualmente existem vacinas para o [[HPV]] e o [[tumor cerebral]].


== Epidemiologia ==
== Epidemiologia ==

Revisão das 18h39min de 17 de março de 2016

 Nota: "Câncer" redireciona para este artigo. Para outros significados, veja Câncer (desambiguação) ou Cancro (desambiguação).
 Nota: Não confundir com cancro duro, nem com cancro mole.
Cancro/Câncer
Normal cancer cell division from NIH.png
(FIGURA A) Células normais danificadas de modo irreversível são eliminadas através de um mecanismo conhecido como apoptose. (FIGURA B) Células cancerígenas evitam a apoptose e continuam a multiplicar-se de maneira desregulada.
Especialidade oncologia
Classificação e recursos externos
CID-10 C80, C80.1
CID-9 199
CID-ICD-O 8000/3
CID-11 1594217552
DiseasesDB 28843
MedlinePlus 001289
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Cancro (português europeu) ou Câncer (português brasileiro) é um grupo de doenças que envolvem o crescimento celular anormal, com potencial para invadir e se espalhar para outras partes do corpo.[1][2] Nem todos os tumores são cancerosos; tumores benignos não se espalham para outras partes do corpo.[2] Sinais e sintomas possíveis incluem: surgimento de uma massa cancerígena, sangramento anormal, tosse prolongada, perda de peso inexplicada, mudança nos movimentos intestinais, entre outros. [3] Enquanto estes sintomas podem indicar câncer, eles também podem ocorrer devido a outros problemas.[3] Há mais de 100 diferentes cânceres conhecidos que afetam os seres humanos.[2]

O uso do tabaco é a causa de cerca de 22% das mortes por câncer.[1] Outros 10% é devido à obesidade, uma dieta pobre, falta de atividade física e consumo de álcool.[1][4] Outros fatores incluem certas infecções, exposição à radiação ionizante e poluentes ambientais.[5] No mundo em desenvolvimento, cerca de 20% dos cânceres surgem devido a infecções, tais como hepatite B, hepatite C e vírus do papiloma humano (HPV).[1] Estes fatores acuam, pelo menos parcialmente, na alteração dos genes de uma célula.[6] Normalmente muitas dessas mudanças genéticas são necessárias antes que o câncer se desenvolva.[6] Cerca de 5-10% dos cânceres surgem por conta de defeitos genéticos hereditários.[7] O câncer pode ser detectado por certos sinais e sintomas ou testes de rastreio.[1] Em seguida, é tipicamente mais investigado por imagens médicas e confirmado pela biópsia.[8]

Muitos cânceres podem ser evitados ao evitar o hábito de fumar, manter um peso saudável, não beber muito álcool, comer muitos vegetais, frutas e grãos integrais, ser vacinado contra certas doenças infecciosas, não comer muita carne vermelha processada e evitar demasiada exposição à luz solar.[9][10] A detecção precoce através de mamografia é útil para o câncer do colo do útero e colorretal.[11] Os benefícios do rastreio do câncer de mama são controversos.[11][12] O câncer é frequentemente tratado com uma combinação de radioterapia, cirurgia, quimioterapia e terapia dirigida.[1][13] A gestão da dor e dos sintomas são uma parte importante do tratamento. Os cuidados paliativos são particularmente importantes para os doentes com com cânceres em estágio avançado.[1] A chance de sobrevivência depende do tipo de câncer e da extensão da doença no início do tratamento.[6] Em crianças menores de 15 anos no momento do diagnóstico a taxa de sobrevivência de cinco anos no mundo desenvolvido é, em média, de 80%.[14] Nos Estados Unidos a taxa média de sobrevivência de cinco anos é de 66%.[15]

Em 2012, cerca de 14,1 milhões de novos casos de câncer ocorreram globalmente (excluindo câncer de pele que não seja melanoma).[6] A doença causou cerca de 8,2 milhões de mortes, ou 14,6% de todas as mortes humanas.[6][16] Os tipos mais comuns de câncer nos homens são de pulmão, próstata, colorretal e de estômago. Nas mulheres, os tipos mais comuns são o câncer de mama, colorretal, pulmão e cervical.[6] Se o câncer de pele que não for melanoma for incluído no total de novos casos anuais representaria cerca de 40% dos registros da doença.[17][18] Em crianças, leucemia linfoide aguda e tumores cerebrais agudos são os mais comuns, exceto na África, onde o linfoma não Hodgkin ocorre com mais frequência.[14] Em 2012, cerca de 165 mil crianças com menos de 15 anos de idade foram diagnosticadas com câncer. O risco de câncer aumenta significativamente com a idade e muitos cânceres ocorrem mais comumente em países desenvolvidos.[6] As taxas estão a aumentar à medida que mais pessoas vivem até uma idade avançada e com as mudanças de estilo de vida que ocorrem no mundo em desenvolvimento.[19] Os custos financeiros do câncer foram estimados 1,16 trilhão de dólares por ano em 2010.[20]

Etimologia

A palavra "Câncer" é oriunda do latim cancer, "caranguejo"[21]. É uma referência à proliferação de células cancerosas no organismo (metástase), que se espalham pelo corpo como as patas e pinças do caranguejo se irradiam do seu cefalotórax. "Cancro" é oriundo do latim cancru[22].

Sinais e sintomas

Sintomas da metástase do câncer a depender do local do tumor (em inglês)

Quando o câncer começa, invariavelmente, não produz sintomas. Sinais e sintomas só aparecem quando a massa cancerígena continua a crescer ou forma úlceras. As conclusões que resultam da doença dependem do tipo e localização do câncer. Alguns sintomas são específicos, sendo que muitos deles também ocorrem com frequência em indivíduos que têm outras patologias. O câncer é o novo "grande imitador". Assim, não é incomum que pessoas diagnosticadas com câncer tenham sido tratadas antes para outras doenças, que foram assumidas como as causas de seus sintomas.[23]

Efeitos locais

Os sintomas locais podem ocorrer devido à massa do tumor ou a sua ulceração. Por exemplo, efeitos de massa cancerígena no pulmão podem causar obstrução do brônquio resultando em tosse ou pneumonia; câncer de esôfago pode causar o estreitamento do esôfago, o que torna o ato de engolir difícil ou doloroso; e câncer colorretal pode levar ao estreitamento ou ao bloqueio do intestino, resultando em alterações nos hábitos intestinais. Massas em seios ou testículos podem ser facilmente sentidas. A ulceração pode causar hemorragia que, se ocorrer no pulmão, conduzirá a tossir sangue, nas entranhas levará à anemia ou ao sangramento retal, na bexiga ao sangue na urina e no útero a uma hemorragia vaginal. Embora dores localizadas possam ocorrer em câncer em estágios avançados, o inchaço inicial é geralmente indolor. Alguns tipos de câncer podem causar um acúmulo de líquido dentro do peito ou no abdômen.[23]

Sintomas sistêmicos

Os sintomas gerais ocorrer devido a efeitos distantes do câncer que não estão relacionados a a propagação metastática. Estes podem incluir: perda involuntária de peso, febre, cansaço excessivo e alterações na pele.[24] A doença de Hodgkin, leucemias e câncer de fígado ou rins podem causar uma febre persistente de origem desconhecida.[23]

Alguns tipos de câncer podem causar grupos específicos de sintomas sistêmicos, denominado fenômenos para-neoplásicos. Exemplos incluem o aparecimento de miastenia grave em timoma e hipocratismo digital em câncer de pulmão.[23]

Metástase

Ver artigo principal: Metástase

O câncer pode se espalhar a partir do seu local original de propagação através da disseminação linfática para os linfonodos regionais ou pelo sangue para locais distantes, processo conhecido como metástase. Quando o câncer se espalha por uma rota sanguínea, normalmente se espalha por todo o corpo. No entanto, "sementes" de câncer crescem em determinado locais selecionados. Os sintomas de cânceres metastáticos dependem da localização do tumor e podem incluir linfadenopatia, hepatomegalia ou esplenomegalia, dor ou fratura dos ossos afetados e sintomas neurológicos.[23]

Causas

Ver artigo principal: Carcinogênese

A grande maioria dos cânceres, cerca de 90-95% dos casos, são devido a fatores ambientais. Os 5-10% restantes são devido a genética herdada.[5] O "ambiente", como usado pelos pesquisadores de câncer, significa qualquer causa que não é herdada geneticamente, tais como estilo de vida, nível econômico e fatores comportamentais, e não apenas a poluição.[25] Entre os fatores ambientais que contribuem para a morte por câncer estão o tabagismo (25-30%), dieta pobre e obesidade (30-35%), infecções (15-20%), radiação (tanto ionizante e não ionizante, até 10%), estresse, sedentarismo e poluentes ambientais.[5]

É quase impossível provar o que causou um câncer em qualquer indivíduo, porque a maioria dos cânceres têm várias causas possíveis. Por exemplo, se uma pessoa que usa tabaco fortemente desenvolve câncer de pulmão, então ele provavelmente foi causado pelo uso do tabaco, mas visto que todo mundo tem uma pequena chance de desenvolver câncer de pulmão, como resultado da poluição do ar ou da radiação, há uma pequena chance que o câncer possa ter se desenvolvido por conta da poluição do ar ou da radiação. Aceitando as transmissões raras que ocorrem com gestações e em apenas alguns doadores de órgãos, o câncer não é geralmente uma doença transmissível.[26]

Produtos químicos

Ver artigo principal: Tabagismo e saúde
A incidência de câncer de pulmão é altamente correlacionada com o tabagismo

A exposição a determinadas substâncias têm sido associada a tipos específicos de câncer. Estas substâncias são chamadas de cancerígenas. O tabagismo, por exemplo, causa 90% dos casos de câncer de pulmão.[27] Ele também causa câncer de laringe, cabeça, pescoço, estômago, bexiga, rins, esôfago e pâncreas.[28] O fumo de tabaco contém mais de cinquenta agentes cancerígenos conhecidos, incluindo nitrosaminas e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos.[29] O tabaco é responsável por cerca de uma em cada três mortes por câncer no mundo desenvolvido[30] e cerca de um em cada cinco em todo o mundo.[29] As taxas de mortalidade por pulmão nos Estados Unidos têm espelhado padrões, com aumentos de fumantes seguidos por aumentos dramáticos nas taxas de mortalidade por câncer de pulmão e, mais recentemente, diminuição nas taxas de tabagismo desde a década de 1950, seguido por decréscimos nas taxas de mortalidade por câncer de pulmão em homens desde 1990.[31][32]

Na Europa Ocidental, 10% dos cânceres em homens e 3% de todos os cânceres em mulheres são atribuídos à exposição ao álcool, especialmente em casos de câncer do fígado e do trato digestivo.[33] Acredita-se que o câncer relacionado a exposições de substâncias no local de trabalho possa representar entre 2-20% de todos os casos.[34] Todos os anos, pelo menos 200 mil pessoas morrem de câncer no mundo em casos relacionados a seus locais de trabalho.[34] Milhões de trabalhadores correm o risco de de desenvolver a doença, como o câncer de pulmão e mesotelioma por inalação do fumo do tabaco ou de fibras de amianto no trabalho, ou leucemia por exposição ao benzeno.[35]

Dieta e sedentarismo

Ver artigo principal: Alimentação e câncer
A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, da Organização Mundial da Saúde, alertou em 2015 que o consumo de carne processada e carne vermelha está ligado a alguns tipos de câncer

Dieta ruim, sedentarismo e obesidade estão relacionados com até 30-35% de mortes por câncer.[5][36] O excesso de peso corporal Estados Unidos está associado com o desenvolvimento de muitos tipos de câncer e é um fator relevante em 14-20% de todas as mortes por câncer.[36] Do mesmo modo, um estudo do Reino Unido, incluindo dados de mais de 5 milhões de pessoas, apresentou que um maior índice de massa corporal esta relacionado a pelo menos dez tipos de câncer e é responsável por cerca de 12 mil casos anuais da doença no país.[37] Acredita-se que o sedentarismo possa contribuir para o risco de câncer, não só através do seu efeito sobre o peso corporal, mas também através de efeitos negativos sobre o sistema endócrino e imunológico. Mais da metade do efeito da dieta é devido a supernutrição (comer demais), em vez de comer muito poucos legumes ou outros alimentos saudáveis.[36]

Alguns alimentos específicos estão ligados a cânceres específicos. Uma dieta rica em sal está ligada ao câncer gástrico. A aflatoxina B1, que frequentemente contamina alimentos, provoca o câncer de fígado. A mastigação de noz de areca provoca câncer oral.[38] As diferenças de práticas alimentares podem explicar em parte as diferenças de incidência de câncer em diferentes países. Por exemplo, o câncer gástrico é mais comum no Japão, devido à sua dieta de alto teor salino,[39] enquanto o câncer de cólon é mais comum nos Estados Unidos. Imigrantes também desenvolvem maior risco em seu novo país, muitas vezes dentro de uma geração, sugerindo um vínculo substancial entre dieta e câncer.[40]

Infecção

Helicobacter pylori

Em todo o mundo aproximadamente 18% das mortes por cãncer estão relacionadas com doenças infecciosas.[5] Esta proporção varia em diferentes regiões do mundo de um máximo de 25% na África para menos de 10% no mundo desenvolvido.[5] Os vírus são usuais agentes infecciosos que causam câncer, mas bactérias e parasitas cancerosos também podem ter efeito.[5]

Um vírus que pode causar câncer é chamado de oncovírus. Estes incluem papilomavírus humano (carcinoma cervical), vírus de Epstein-Barr, herpesvírus (sarcoma de Kaposi), hepatite B e hepatite C (carcinoma hepatocelular) e vírus linfotrópico da célula T humana (leucemia de células T). A infecção bacteriana pode também aumentar o risco de câncer, como visto no carcinoma gástrico induzida por Helicobacter pylori.[41] As infecções parasitárias fortemente associadoas com câncer incluem Schistosoma haematobium' (carcinoma de células escamosas da bexiga) e os vermes do fígado, como Opisthorchis viverrini e Clonorchis sinensis (colangiocarcinoma).[42]

Radiação

Símbolo internacional de alerta para nível de radiação perigoso para humanos

Até 10% dos cânceres invasivos estão relacionadas com a exposição à radiação, incluindo tanto a radiação ultravioleta e a radiação não ionizante.[5] Além disso, a grande maioria dos cânceres não invasivos são cânceres da pele que não são melanomas causados ​​por radiação ultravioleta não ionizante, a maior parte da luz solar. Fontes de radiação ionizante incluem imagens médicas e gás radônio.[5]

A radiação ionizante não é um mutagênico particularmente forte.[43] A exposição residencial ao radônio, por exemplo, tem riscos de câncer semelhantes ao do tabagismo passivo.[43] A radiação é uma fonte mais potente de câncer quando é combinada com outros agentes causadores da doença, como a exposição a radônio, além de tabaco.[43] A radiação pode causar câncer na maioria das partes do corpo, em todos os animais e em qualquer idade. Crianças e adolescentes têm duas vezes mais probabilidade de desenvolver leucemia induzida por radiação que adultos; a exposição à radiação antes do nascimento tem dez vezes mais efeito.[43]

O uso médico da radiação ionizante é uma pequena, mas crescente fonte de cânceres induzidos por radiação. A radiação ionizante pode ser utilizada para tratar outros tipos de cânceres, mas esta pode, em alguns casos, induzir a uma segunda forma da doença. [46] Também é utilizada em alguns tipos de imagens médicas.[44]

A exposição prolongada à radiação ultravioleta do sol pode conduzir a melanoma e outras malignidades de pele. Evidências estabelecem a radiação ultravioleta, em particular a onda média não ionizante UV, como a causa da maior parte dos cânceres da pele não-melanoma, que são as mais formas comuns de câncer no mundo.[45]

A radiofrequência não ionizante a partir de telefones móveis, transmissão de energia elétrica e outras fontes semelhantes têm sido descrita como um possível agente cancerígeno pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer da Organização Mundial da Saúde.[46] No entanto, os estudos não encontraram uma ligação consistente entre a radiação do telefone celular e o aumento do risco de câncer.[47]

Hereditariedade

Polipose adenomatosa familiar

A grande maioria dos cãnceres não são hereditários ("cânceres esporádicos"). Cânceres hereditários são causados ​​principalmente por um defeito genético herdado. Menos do que 0,3% da população é portadora de uma mutação genética que tem um grande efeito no risco de câncer e estas causam menos do que 3-10% de todos os casos de câncer no mundo.[48] Por exemplo, certas mutações hereditárias nos genes BRCA1 e BRCA2 ampliam o risco de câncer da mama, câncer de ovário[48] e de câncer colorretal hereditário sem polipose (que está presente em cerca de 3% das pessoas com câncer colorretal) em 75%.[49]

Agentes físicos

Algumas substâncias causam câncer, principalmente através de seus efeitos físicos, em vez de químicos, sobre as células.[50] Um exemplo proeminente disto é a prolongada exposição ao amianto, que ocorre naturalmente em fibras minerais, que são uma das principais causas de mesotelioma, que é um câncer da membrana serosa que envolve os pulmões.[50] Outras substâncias nesta categoria são a wollastonita, paligorsquite, lã de vidro e lã mineral, que têm efeitos semelhantes.[50] Materiais particulados não fibrosos que causam câncer incluem o pó metálico de cobalto e níquel e o dióxido de silício (quartzo, cristobalita e tridimita).[50] Normalmente, agentes cancerígenos físicos devem ficar no interior do corpo (tal como por meio de inalação de pedaços minúsculos) e requerem anos de exposição para desenvolver câncer.[50]

Trauma físico resultar em câncer é algo relativamente raro.[51] Afirmações de que ossos quebrados resultaram em câncer ósseo, por exemplo, nunca foram provadas.[51] Da mesma forma, traumas físicos não são aceitos como uma das causas para o câncer de colo do útero, de mama, ou no cérebro.[51] Uma fonte aceita é a aplicação frequente, a longo prazo, de objetos quentes no corpo. É possível que repetidas queimaduras na mesma parte do corpo, possam produzir câncer de pele, especialmente se substâncias químicas cancerígenas também estiverem presentes.[51] Beber chá muito quente pode produzir câncer do esôfago.[51] De um modo geral, acredita-se que o câncer surge através de câncer preexistente que é impulsionado durante o processo de reparação do trauma, ao invés do câncer ser causado diretamente pelo trauma.[51] No entanto, repetidas lesões nos mesmos tecidos podem promover uma proliferação celular excessiva, que poderia, então, aumentar as chances de uma mutação cancerosa.[51]

É controverso se inflamações crônicas podem causar mutações diretamente.[51][52] Reconhece-se, no entanto, que a inflamação pode contribuir para a proliferação, a sobrevivência, a angiogênese e a migração de células cancerosas por influenciar o microambiente em torno dos tumores.[53][54] Além disso, os oncogenes são conhecidos para construir-se em um microambiente inflamatório pró-tumorigénico.[55]

Hormônios

Algumas hormônios desempenham um papel no desenvolvimento de câncer através da promoção da proliferação de células.[56] Os fatores de crescimento semelhante à insulina e as suas proteínas de ligação desempenham um papel fundamental na proliferação de células cancerosas, na diferenciação e na apoptose, sugerindo um possível envolvimento na carcinogênese.[57]

Hormônios são agentes importantes na cancros relacionados ao sexo, como câncer de mama, do endométrio, da próstata, do ovário e do testículo, além de câncer de tireoide e câncer ósseo.[56] Por exemplo, as filhas de mulheres que têm câncer de mama têm níveis significativamente mais elevados de estrogênio e progesterona do que as filhas de mulheres sem câncer da mama. Estes níveis hormonais elevados podem explicar por que essas mulheres têm maior risco de câncer de mama, mesmo na ausência de um gene deste tipo de câncer.[56] Da mesma forma, os homens de ascendência africana têm níveis significativamente mais elevados de testosterona do que os homens de ascendência europeia, além de ter um nível correspondentemente muito maior de câncer de próstata.[56] Os homens de ascendência asiática os têm níveis mais baixos de câncer de próstata.[56]

Outros fatores que também são relevantes: pessoas obesas têm níveis mais elevados de alguns hormônios associados ao câncer e uma taxa mais elevada de certos cânceres.[56] As mulheres que fazem terapia de reposição hormonal têm um maior risco de desenvolver cânceres associados a esses hormônios.[56] Por outro lado, pessoas que se exercitam muito mais do que a média têm menores níveis desses hormônios e menor risco de desenvolver câncer.[56] O osteossarcoma pode ser promovida por hormônios de crescimento.[56]

Diagnóstico

A maioria dos cânceres são inicialmente reconhecidos por causa de seus sintomas e sinais ou através de exames. Nenhum dos dois leva a um diagnóstico definitivo, que geralmente requer a opinião de um patologista.

Raio-X de tórax mostrando câncer de pulmão no pulmão esquerdo.

Pessoas com suspeita de câncer são investigadas com exames médicos. Estes geralmente incluem exames de sangue, radiografia, tomografia computadorizada, endoscopia entre outros.

Nomenclatura

Cancros adultos

Nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos, o câncer é responsável por cerca de 25 por cento de todas as mortes.[58] Anualmente, 0,5 por cento da população é diagnosticada com câncer. As estatísticas abaixo são para adultos nos Estados Unidos, e variam consideravelmente em outros países:

Homens Mulheres
mais comum causa de morte[58] mais comum causa de morte[58]
câncer de próstata (33%) câncer de próstata (10%) câncer de mama (32%) câncer de mama (15%)
câncer de pulmão (13%) câncer de pulmão (31%) câncer de pulmão (27%) câncer de pulmão (12%)
câncer colorretal (10%) câncer colorretal (10%) câncer colorretal (11%) câncer colorretal (10%)
câncer de bexiga (7%) câncer pancreático (5%) câncer endometrial (6%) câncer ovariano (6%)
melanoma cutâneo (5%) leucemia (4%) linfoma não-Hodgkin (4%) câncer pancreático (6%)

Cânceres infantis

O câncer também ocorre em crianças jovens e adolescentes, mas é raro. Alguns estudos concluíram que cânceres pediátricos, especialmente leucemia, estão em uma tendência de aumento de incidência.[59][60]

A idade do pico de incidência de câncer em crianças ocorre durante o primeiro ano de vida. Leucemia (geralmente leucemia linfoblástica aguda) é a forma maligna infantil mais comum (trinta por cento), seguida pelos do sistema nervoso central e neuroblastoma. Também são presentes o tumor de Wilms, linfomas, rabdomiosarcoma (surgindo nos músculos), retinoblastoma, osteossarcoma e sarcoma de Ewing.[58] Teratoma é o tumor mais comum nesta faixa etária, mas as maioria dos teratomas são cirurgicamente removidos enquanto ainda são benignos.

Os meninos e meninas possuem essencialmente as mesmas taxas de incidência, mas crianças brancas possuem taxas de câncer substancialmente maiores do que crianças negras para a maioria dos tipos de câncer. A sobrevivência das crianças é muito boa para neuroblastoma, tumor de Wilms e retinoblastoma e para leucemia (oitenta por cento), mas não para a maioria dos outros tipos de câncer.

Biópsia

Um câncer pode ser suspeitado devido diversas razões, mas o diagnóstico definitivo da maioria dos casos malignos deve ser confirmado através de exame histológico das células cancerosas por um patologista. O tecido pode ser obtido através de uma biópsia ou cirurgia. Muitas biópsias (como aquelas da pele, mama ou fígado) podem ser feitas em um consultório médico. Biópsias em outros órgãos são realizadas sob anestesia e requerem cirurgia em uma sala de operação.

O diagnóstico do tecido indica o tipo de célula que está proliferando, sua graduação histológica e outras características do tumor. Toda esta informação reunida é útil para avaliar o prognóstico do paciente e escolher o melhor tratamento. A citogenética e a imuno-histoquímica podem fornecer informações sobre o comportamento futuro do câncer (prognóstico) e melhor tratamento.

Progressão

Exemplo de progressão do câncer/cancro.

Há várias etapas na progressão de um cancro invasivo a partir de uma célula normal, cada etapa correspondendo a novas mutações num subgrupo das células que partilham a mutação anterior:

  1. Proliferação independente: uma célula ganha mecanismos internos de estimulação ao crescimento em vez de responder a hormonas externas (mutação num oncogene, e.g. RAS). Esta célula multiplica-se.
  2. Insensibilidade a factores inibitórios externos: uma célula das que tinham a mutação 1 sofre duas novas mutações (em ambas as cópias do gene) que a liberta de factores que inibem a proliferação, como produtos de genes supressores tumorais. Esta célula multiplica-se ainda mais rapidamente.
  3. Evasão de apoptose: uma das células em 2 sofre mutações nos dois genes que levam grande número das suas células-irmãs não mutadas à apoptose (morte celular). Esta célula divide-se na mesma velocidade mas as suas células-filhas sobrevivem em muito maior número.
  4. Defeitos na Reparação do DNA: inactivados os genes de reparação de DNA numa célula das de 3. Esta célula divide-se à mesma velocidade mas as suas células filhas acumulam novas mutações muito mais rápido.
  5. Proliferação Ilimitada: uma das células de 4 ganha capacidade de estender os seus telómeros: a sua divisão é ainda mais rápida.
  6. Angiogenese: uma célula de 5 ganha capacidade de secretar proteínas que chamam a criação de novos vasos sanguíneos -menos necrose das suas células filhas devido à isquémia (má irrigação sanguínea de um determinado órgão ou tecido devido a obstrução de vasos e artérias) e novas vias de disseminação.
  7. Habilidade de invasão e metastização: ganho de função de genes que degradam a cápsula (colagenases entre outras enzimas), ganho de função de genes correspondentes a receptores membranares (silenciosos nas células normais progenitoras) que permitem a invasão dos vasos sanguíneos ou linfáticos. Perda da adesividade das células umas às outras (inactivação dos genes correspondentes às proteínas ligantes, como as integrinas).
  8. Estabelecimento de células filhas em outros locais do corpo e crescimento de massas neoplásicas nessas localizações- metastização.

Anatomia patológica

O aspecto microscópico das neoplasias malignas é variado. A maioria é pouco diferenciada, ao contrário da maioria dos tumores benignos, ou seja, as células neoplásicas mais malignas têm mais aspecto de células embrionárias sem diferenciação típica ou de diferenciação caótica do que do tecido ordenado de onde provêm (anaplásia). No entanto alguns tipos de cancro podem apresentar aspecto bem diferenciado, por vezes até funcional. Ultimamente a distinção entre neoplasia benigna e maligna só pode ser feita através da detecção de indícios de invasão de outros tecidos. Assim, um tumor que infiltre a sua cápsula (por vezes colorida com tinta da china para mais fácil identificação) será maligno, assim como um tumor não encapsulado que se mistura livremente com o tecido normal. Invasão dos microvasos sanguíneos e/ou linfáticos por células neoplásicas é considerado prova de invasão e carácter maligno do tumor.

Algumas características gerais que distinguem células neoplásicas provavelmente malignas de células normais ou benignas: pleomorfismo celular (várias formas de células no mesmo tecido); grandes núcleos relativamente ao citoplasma; núcleos com formas diversas; células gigantes com vários núcleos; nucléolos prominentes; mitoses em elevado número; áreas de necrose e/ou apoptose extensas.

Um tumor epitelial ainda que não invasivo, que apresente várias destas características é considerado maligno com elevada probabilidade de invasão subsequente se não for retirado -é um carcinoma in situ.

As indicações da anatomia patológica baseiam-se, mais que em diagnósticos exactos definitivos, em probabilidades de prognóstico de acordo com as características. Estas probabilidades foram determinadas em estudos exaustivos. É mais uma ciência empírica que conhecimento de causas profundas que correlacionem as características ao prognóstico.

Neoplasia e cancro

Ver artigo principal: Carcinogênese
Basalioma.

Os tumores neoplásicos são qualquer massa de células que surge por divisão inapropriada de uma célula mãe original (multiplicação clonal), na qual a expressão dos genes que regulavam essa divisão estão alterados. Cancro é entendido como a grave situação patológica clínica que é gerada por uma neoplasia, a qual é classificada como maligna devido à situação clínica potencialmente fatal que origina.

O tumor maligno ou cancro distingue-se do tumor benigno principalmente porque o primeiro põe a vida do doente em risco mas o segundo geralmente não. A grande maioria dos tumores malignos é invasivo, e é a sua infiltração progressiva de estruturas adjacentes, ou distantes através de metástases que cria disfunções nos órgãos invadidos e reacções imunitárias às lesões que levam à insuficiência ou má função de órgãos vitais e à morte. No entanto, nem todos os cancros são invasivos. Alguns tumores são considerados malignos apesar de serem em tudo semelhantes aos benignos porque produzem graves danos pela produção de hormonas (e.g. feocromocitoma), enquanto outros comprimem órgãos devido às limitações ao seu crescimento como tumores do cérebro que não se podem expandir devido ao crânio e acabam comprimindo o cérebro, o que resulta em morte (devido a asfixia após disfunção do sistema respiratório na maioria dos casos).

As neoplasias benignas em geral não se transformam em malignas, apesar de existirem numerosas excepções, e portanto podem ser mantidas no corpo do paciente, mas geralmente recomenda-se a retirada por motivos estéticos.

No entanto em casos raros as neoplasias de comportamento benigno podem levar à morte, se o seu crescimento local, por azar, comprimir mecanicamente uma artéria, veia ou nervo importante, por exemplo.

As células cancerosas podem ainda se soltar do tecido neoplásico original e, através da corrente sanguínea, linfática ou de outros líquidos (peritoneal, pleural) instalar-se em outros órgãos distantes da localização inicial, as metástases. A metastização constitui a fase do câncer cujo tratamento é mais difícil e quando é obtido menos sucesso na recuperação de pacientes. O paciente com câncer deve, sempre que possível, ser operado o mais rapidamente possível para a extração do tecido ou do órgão afetado, seguido de um tratamento de quimioterapia ou radioterapia.

Progressão entre os órgãos

Estômago

Ver artigo principal: Câncer esofágico

O câncer estomacal inicia com o desenvolvimento nas células do epitélio. No segundo estágio o câncer invade o estômago e vai para os gânglios. Afeta a parede gástrica e invadem áreas adjacentes. No último estágio as evidências são apresentadas.

Pele

Ver artigo principal: Câncer de pele

A batimetria do câncer é menor de um milímetro. Quando localizado na área cutânea é maior que dois centímetros. Encontra-se nos gânglios no terceiro estágio. No quarto estágio as evidências são facilmente encontradas.

Colo do útero

Invade o colo pélvico no primeiro estágio. No segundo estágio limita a parede pélvica. No terceiro estágio encontra-se na vagina ou continua na parede pélvica. No último estágio o câncer atinge os órgãos próximos.

Próstata

O órgão produz a enzima PSA. No segundo estágio o câncer apenas fica na próstata. No terceiro estágio fica na cápsula da próstata ou na vesícula seminal. O câncer continua em outros órgãos no quarto estágio.

Pulmão

No primeiro estágio ele é pequeno. No segundo estágio o tumor pulmonar é de três centímetros. No tórax, tem alterações nos linfonodos. No quarto estágio o problema de oncologia atinge o sistema hepático e neurológico.

Cólon e Reto

A parede do reto ou no cólon para as áreas vizinhas. Toma completamente o cólon ou o reto. Espalha-se para órgãos vizinhos. No quarto estágio atinge o fígado, pulmão, cérebro,etc.

Mama

No primeiro estágio o tumor atinge no máximo dois centímetros, invade os nódulos axiliares, atinge os nódulos línfaticos e mamários. No quarto estágio atinge órgãos distantes como ossos, pele, etc.

Tratamento

Existem muitas opções de tratamento para o câncer, como cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapia hormonal, terapia-alvo e cuidados paliativos. Quais tratamentos são utilizados depende do tipo, localização e estágio do câncer, bem como da saúde e dos desejos da pessoa. O objetivo do tratamento pode ser curativo ou não curativo.

Quimioterapia

Ver artigo principal: Quimioterapia
Uma mulher em tratamento quimioterápico.

A quimioterapia é o tratamento do câncer com uma ou mais drogas anti-neoplásicas citotóxicas (agentes quimioterápicos), como parte de um regime normalizado. O termo engloba uma grande variedade de diferentes fármacos anticancerígenos, que são divididos em categorias amplas, tais como agentes alquilantes e anti-metabólitos. Agentes quimioterápicos tradicionais agem matando as células que se dividem muito rapidamente, uma das principais propriedades da maioria das células cancerosas.[61]

A terapia-alvo é uma forma de quimioterapia que tem como alvo as diferenças moleculares específicas entre o câncer e as células normais. As terapias direcionadas bloqueiam a molécula de receptor de estrogênio, o que inibe o crescimento de câncer de mama, por exemplo. Outro exemplo comum é a classe de inibidores de Bcr-Abl, que são utilizados para o tratamento de leucemia mielóide crônica (LMC).[62] Atualmente, não são orientadas para câncer de mama, mieloma múltiplo, linfoma, câncer próstata, melanoma e outros tipos de cânceres.[63]

A eficácia da quimioterapia depende do tipo e do estágio do câncer. Em combinação com a cirurgia, a quimioterapia tem-se revelado útil em diferentes tipos de câncer, como da mama, colorretal, do pâncreas, osteossarcoma, testicular, do ovário, e certos tipos de câncer de pulmão.[64] A eficácia global varia entre ser curativa para alguns tipos de câncer, como algumas leucemias,[65][66] para ser ineficaz, como em alguns tumores cerebrais,[67] ou simplesmente desnecessária em outros, como a maioria dos cânceres de pele que não são melanomas.> A eficácia da quimioterapia está frequentemente limitada a toxicidade de outros tecidos do corpo. Mesmo quando é impossível para quimioterapia fornecer uma cura permanente, a quimioterapia pode ser útil para reduzir os sintomas tais como dor ou para reduzir o tamanho de um tumor inoperável, na esperança de que a cirurgia seja possível no futuro.[68]

Radioterapia

Ver artigo principal: Radioterapia
Uma mulher em tratamento radioterápico na pélvis

A radioterapia envolve o uso de radiação ionizante numa tentativa de curar ou melhorar os sintomas de câncer. Ela funciona por danificar o DNA de tecido canceroso que conduz à morte celular. Para poupar tecidos normais (tais como pele ou órgãos, os quais a radiação precisa passar por tratar o tumor), feixes de radiação são lançados a partir de vários ângulos de exposição a se cruzam no tumor, proporcionando uma dose absorvida muito maior lá do que em torno de tecido saudável. Tal como acontece com a quimioterapia, cânceres diferentes respondem de forma diferente a terapia de radiação.[69][70][71]

A radioterapia é usada em cerca de metade de todos os casos e a radiação pode ser tanto de fontes internas na forma de braquiterapia ou de fontes de radiação externa. A radiação de raios-x é geralmente de baixa energia para o tratamento de cânceres da pele, enquanto que feixes de raios-x mais com graus mais elevados de energia são usados ​​no tratamento de cânceres que se desenvolveram dentro do corpo.[72] A radiação é tipicamente utilizada em associação com cirurgia e/ou quimioterapia, mas para certos tipos de câncer, tais como na cabeça e no pescoço, pode ser utilizada isoladamente.[73] Para uma metástase óssea dolorosa, a radioterapia verificou-se ser eficaz em cerca de 70% das pessoas.[73]

Cirurgia

A cirurgia é o principal método de tratamento de cânceres sólidos mais isolados e pode desempenhar um papel no tratamento paliativo e no prolongamento da sobrevivência do paciente. É tipicamente uma parte importante parte do diagnóstico definitivo e estadiamento do tumor, visto que biópsias são geralmente necessárias. A cirurgia de câncer localizado normalmente tenta remover toda a massa, juntamente com, em certos casos, os nódulos linfáticos na área. Para alguns tipos de câncer isto é tudo o que é necessário para eliminar a doença.[64]

Cuidados paliativos

Os cuidados paliativos se referem ao tratamento que tenta fazer a pessoa se sentir melhor e pode ou não pode ser combinada com uma tentativa de tratar o câncer. Os cuidados paliativos incluem medidas para reduzir o sofrimento físico, emocional, espiritual e psicossocial vivido por pessoas com câncer. Ao contrário do tratamento que visa matar diretamente as células cancerosas, o principal objetivo dos cuidados paliativos é melhorar a qualidade de vida da pessoa. Pessoas em todas as fases do tratamento do câncer devem ter algum tipo de cuidado paliativo para proporcionar conforto. Em alguns casos, as organizações profissionais de especialidades médicas recomendam que as pessoas e os médicos respondam ao câncer apenas com cuidados paliativos e não com a terapia dirigida a cura.[74]

Os cuidados paliativos são muitas vezes confundidos com a chamada "unidade de cuidados paliativos", que é aplicada quando as pessoas se aproximam fim da vida. Os cuidados paliativos na verdade tentam ajudar a pessoa a lidar com as necessidades imediatas e aumentar o seu conforto. Várias orientações médicas nacionais recomendam cuidados paliativos logo no início do diagnóstico para pessoas cujo câncer produz sintomas angustiantes (dor, falta de ar, fadiga, náuseas) ou que precisam de ajuda para lidar com a sua doença. Em pessoas que têm a doença metastática quando diagnosticadas pela primeira vez, os oncologistas devem considerar iniciar os cuidados paliativos imediatamente. Além disso, um oncologista deve considerar um tratamento paliativo em qualquer pessoa que se sentir com menos de 12 meses de vida, mesmo se continuar o tratamento agressivo.[75][76][77]

Imunoterapia

Uma variedade de terapias utilizando imunoterapia, estimulantes que ajudam o sistema imunológico a combater o câncer, entraram em uso desde 1997 e este continua a ser uma área de pesquisa muito ativa.[78]

Medicina alternativa

Tratamentos de câncer complementares e alternativos são um grupo diverso de sistemas, práticas e produtos de assistência médica que não fazem parte da medicina convencional.[79] A "medicina complementar" refere-se a métodos e substâncias utilizadas juntamente com a medicina convencional, enquanto que a "medicina alternativa" refere-se a compostos utilizados ao invés da medicina convencional.[80] Medicamentos complementares e alternativos para o câncer não foram rigorosamente estudados ou testados. Alguns tratamentos alternativos têm sido investigados e mostraram-se ineficazes, mas ainda continuam a ser comercializados e promovidos. O pesquisador de câncer Andrew J. Vickers afirmou: "O rótulo de 'não comprovado' é impróprio para tais terapias, é o momento de afirmar que muitas terapias alternativas de câncer foram 'refutadas'".[81]

Prognóstico

O câncer possui a reputação de ser uma doença mortífera. Enquanto isso é verdade para alguns tipos particulares de câncer, as verdades por trás das conotações históricas do câncer estão cada vez mais sendo superadas pelos avanços no cuidado médico. Alguns tipos de câncer possuem prognóstico que é substancialmente melhor que outras doenças não-malignas como a insuficiência cardíaca e AVC.

Uma doença maligna progressiva e disseminada possui um impacto substancial na qualidade de vida do paciente, e muitos tratamentos de câncer (como a quimioterapia) podem ter efeitos colaterais severos. Nos estágios avançados do câncer, muitos pacientes precisam de cuidado extensivo, afetando membros da família e amigos.

Os pacientes com câncer, pela primeira vez na história da oncologia, estão visivelmente retornando para suas vidas normais. Pacientes estão vivendo mais tempo com a doença persistente, mas silenciada ou mesmo com a completa remissão. As histórias como a de Lance Armstrong, que ganhou o Tour de France após o tratamento de um câncer testicular metastático ou de Tony Snow, que estava trabalhando como secretário de imprensa da Casa Branca dos Estados Unidos apesar de seu câncer de cólon, continuam a ser uma inspiração para pacientes com câncer em todo mundo.

Prevenção

Membros da Corrida Contra o Câncer na Catalunha, Espanha. O sedentarismo pode contribuir para o desenvolvimento de alguns tipos de câncer

A prevenção é definida como uma série de medidas ativas que podem diminuir o risco de desenvolvimento de câncer.[82] A grande maioria dos casos de câncer ocorrem devido a fatores de risco ambientais e muitos, se não todos, são escolhas de estilo de vida controláveis. Assim, o câncer é considerado uma doença em grande parte evitável.[83] Entre 70% e 90% dos cânceres comuns são devido a fatores ambientais e, portanto, possivelmente evitáveis.[84]

Mais de 30% das mortes por câncer poderia ser prevenida evitando fatores de risco, como tabagismo, excesso de peso/obesidade, dieta insuficiente, sedentarismo, alcoolismo, doenças sexualmente transmissíveis e a poluição do ar. No entanto, nem todas as causas ambientais são controláveis, tais como ocorrência natural de radiação e outros casos de câncer, são causados por doenças genéticas hereditárias, e, assim, não é possível evitar todos os casos da doença.[85]

Alimentação

Ver artigo principal: Alimentação e câncer
Propaganda de 1987 do National Cancer Institute sobre a importância de uma alimentação saudável

Enquanto muitas recomendações dietéticas têm sido propostas para reduzir o risco de câncer, a evidência para apoiá-las não é definitiva.[9][86] Os fatores dietéticos primários que aumentam o risco são a obesidade e o consumo de álcool; uma dieta pobre em frutas e legumes e rica em carne vermelha também foi apontada, mas não confirmada.[87][88] Um estudo de 2014 não encontrou uma relação entre consumo de frutas e vegetais e câncer.[89] O consumo de café está associado com um risco reduzido de câncer de fígado.[90] Estudos têm relacionado o consumo excessivo de carne vermelha ou processada para o aumento do risco de câncer de mama, câncer de cólon e câncer de pâncreas, um fenômeno que poderia ocorrer devido à presença de substâncias cancerígenas em carnes cozidas em altas temperaturas.[91][92] Isto foi confirmado em 2015 pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, da Organização Mundial da Saúde (OMS), que determinou que a ingestão de carne processada (por exemplo, bacon, presunto, cachorros-quentes, salsichas) e, em menor grau, carne vermelha foi associada a alguns tipos de câncer.[93][94]

Recomendações dietéticas para a prevenção do câncer geralmente incluem uma maior ênfase em legumes, frutas, grãos integrais e peixes, e uma fuga de carne processada e vermelha (carne de vaca, porco, cordeiro), gorduras animais e carboidratos refinados.[9][86]

Medicação

O conceito de que medicamentos podem ser utilizados para prevenir o câncer é atraente e evidências apoiam a sua utilização em algumas circunstâncias definidas.[95] Na população em geral, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) reduzem o risco de câncer colorretal, no entanto, devido aos efeitos secundários cardiovasculares e gastrointestinais, eles causam danos globais quando utilizados para a prevenção.[96] A aspirina também reduz o risco de morte por câncer em cerca de 7%.[97] Inibidores seletivos de COX-2 podem diminuir a taxa de formação de pólipos em pessoas com polipose adenomatosa familiar, no entanto que está associada com os mesmos efeitos adversos dos AINEs.[98] A utilização diária de tamoxifeno ou raloxifeno tem sido demonstrada como eficaz na redução do risco de desenvolver câncer da mama em mulheres com alto risco.[99] O benefício contra danos por inibidor da 5-alfarredutase, tal como finasterida, ainda não foi confirmado.[100]

As vitaminas não foram provadas como eficazes na prevenção de câncer,[101] embora os níveis sanguíneos de vitamina D estejam correlacionados com um risco aumentado do câncer.[102][103] Se esta relação é causal e se a suplementação com vitamina D causa algum grau de proteção ainda é algo que não foi determinado.[104] A suplementação com beta-caroteno aumenta as taxas de câncer de pulmão em pessoas que com alto risco.[105] A suplementação com ácido fólico não foi previne o câncer de cólon e pode aumentar pólipos do cólon.[106] Não está claro se a suplementação com selênio tem algum efeito.[107]

Vacinação

Foram desenvolvidas vacinas que previnem a infecção por alguns vírus cancerígenos.[108] A vacina contra hepatite B (a vacina e CERVARIX) diminui o risco de desenvolvimento de câncer cervical.[108] A vacina contra o HPV previne a infecção com o vírus da hepatite B e, assim, diminui o risco de câncer de fígado.[108] A administração de vacinas de papilomavírus humano e da hepatite B é recomendada quando os recursos permitirem.[109]

Epidemiologia

Ver artigo principal: Epidemiologia do câncer
Taxa de mortalidade padronizada para a idade por câncer maligno a cada 100 mil habitantes em 2004[110]
  sem dados
  ≤ 55
  55–80
  80–105
  105–130
  130–155
  155–180
  180–205
  205–230
  230–255
  255–280
  280–305
  ≥ 305

Em 2008, cerca de 12,7 milhões de casos de câncer foram diagnosticados (excluindo câncer de pele não-melanoma e outros cânceres não invasivos)[19] e em 2010 cerca de 7,98 milhões de pessoas morreram por causa da doença.[111] O câncer causa aproximadamente 13% de todas as mortes a cada ano, sendo os tipos mais comuns: câncer de pulmão (1,4 milhões de mortes), câncer do estômago (740.000 mortes), câncer de fígado (700.000 mortes), câncer colorretal (610.000 mortes) e câncer da mama (460.000 mortes).[112] Este câncer invasivo é a principal causa de morte no mundo desenvolvido e a segunda principal causa de morte no mundo em desenvolvimento.[19] Mais de metade dos casos ocorrem no mundo em desenvolvimento.[19]

Foram registradas 5,8 milhões mortes por câncer em 1990[111] e as taxas têm vindo a aumentar, principalmente devido a uma população que vive por mais tempo e por mudanças no estilo de vida no mundo em desenvolvimento.[19] O fator de risco mais importante para o desenvolvimento de câncer é a velhice.[113] Embora seja possível que o câncer surge em qualquer idade, a maioria das pessoas que são diagnosticadas com câncer invasivo estão sobre em torno dos 65 anos de idade.[113] De acordo com o pesquisador Robert A. Weinberg: "Se vivêssemos tempo suficiente, mais cedo ou mais tarde todos nós teríamos câncer."[114] A associação entre o envelhecimento e o câncer é atribuída a imunossenescência,[115] erros acumulados no DNA ao longo da vida[116] e alterações relacionadas com a idade no sistema endócrino.[117] O efeito da envelhecimento sobre o câncer é complexo, com uma série de fatores, tais como danos no DNA.[118]

Alguns tipos de câncer de crescimento lento são particularmente comuns. Estudos de autópsias na Europa e na Ásia têm mostrado que até 36% das pessoas não diagnosticadas e câncer de tireoide, aparentemente inofensivo no momento da sua morte, e que 80% dos homens desenvolvem câncer de próstata aos 80 anos.[119][120]

Os três tipos de câncer mais comuns na infância são leucemia (34%), tumores cerebrais (23%) e linfomas (12%).[121] Nos Estados Unidos o câncer afeta cerca de 1 em 285 crianças.[122] As taxas de câncer infantil aumentaram 0,6% por ano entre 1975-2002 nos Estados Unidos[123] e de 1,1% por ano entre 1978 e 1997 na Europa.[121] As mortes por câncer infantil diminuíram pela metade desde 1975 nos Estados Unidos.[122]

História

Gravura com dois pontos de vista de uma mulher holandesa que teve um tumor removido de seu pescoço em 1689

O câncer tem existido por toda a história da humanidade.[124] O mais antigo registro escrito sobre o câncer é de cerca de 1600 aC, no Papiro de Edwin Smith do Egito Antigo e que descreve o câncer de mama.[124] Hipócrates (cerca de 460 aC -.. Ca. 370 aC ) descreveu vários tipos de câncer, referindo-se a eles com a palavra grega καρκίνος karkinos (caranguejo ou lagostas).[124] Este nome vem da aparência da superfície de corte de um tumor maligno sólido, com "as veias esticadas por todos os lados como o animal caranguejo tem seus pés, de onde deriva seu nome".[125] Cláudio Galeno afirmou que "o câncer da mama é assim chamado por causa da semelhança imaginária de um caranguejo dado os prolongamentos laterais do tumor e as veias dilatadas adjacentes."[126] Aulo Cornélio Celso (cerca de 25 aC - 50 dC) traduziu karkinos para o latim cancer, que também significa caranguejo, e recomendou a cirurgia como tratamento.[124] Galeno (século 2 dC) discordou do uso de cirurgia e recomendava purgantes.[124] Estas recomendações em grande parte permaneceram por 1000 anos.[124]

Nos séculos XV, XVI e XVII, tornou-se aceitável para os médicos dissecar corpos para descobrir a causa da morte.[127] O professor alemão Wilhelm Fabry acreditava que o câncer de mama era causado por um coágulo de leite em um duto mamário. O professor holandês Franciscus Sylvius, um seguidor de Descartes, acreditava que toda doença era o resultado de processos químicos e que o fluido linfático ácido era a causa do câncer. Seu contemporâneo Nicolaes Tulp acreditava que o câncer era um veneno que se espalha lentamente e concluiu que era contagioso.[128]

O médico John Hill descreveu rapé de tabaco como a causa de câncer de nariz em 1761.[127] Isto foi seguido pelo relatório em 1775 pelo cirurgião britânico Percivall Pott que dizia que um tipo específico de câncer no escroto era uma doença comum entre limpadores de chaminés.[129] Com o uso generalizado do microscópio, no século XVIII, foi descoberto que o "veneno câncer" se espalhava a partir do tumor primário através dos gânglios linfáticos para outros locais do corpo ("metástase"). Este ponto de vista da doença foi formulado pela primeira vez pelo cirurgião britânico Campbell De Morgan entre 1871 e 1874.[130]

Ver também

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