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Afonso d'Escragnolle Taunay

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 Nota: Se procura pelo Visconde de Taunay (1843-1899), veja Alfredo d'Escragnolle Taunay.
Afonso d'Escragnolle Taunay
Afonso d'Escragnolle Taunay.jpg
A. Taunay
Nascimento 11 de julho de 1876
Nossa Senhora do Desterro
Morte 20 de março de 1958 (81 anos)
São Paulo
Nacionalidade  Brasileiro
Ocupação Biógrafo, historiador, ensaísta, lexicógrafo e romancista
Escola/tradição Simbolismo/Modernismo

Afonso d'Escragnolle Taunay (Nossa Senhora do Desterro, 11 de julho de 1876São Paulo, 20 de março de 1958) foi um biógrafo, historiador, ensaísta, lexicógrafo, romancista e professor brasileiro.

Biografia

Afonso Taunay nasceu no Palácio sede do Governo, conhecido como "Palácio Rosado", em virtude da cor utilizada na parte externa da casa, na antiga Vila do Desterro, atual Florianópolis. Era filho do então presidente da província de Santa Catarina, Alfredo d'Escragnolle Taunay, e de Cristina Teixeira Leite, visconde e viscondessa de Taunay. Era neto pelo lado materno do barão de Vassouras, bisneto do barão de Itambé e sobrinho-bisneto do barão de Aiuruoca. Pelo lado paterno era sobrinho-neto do barão d'Escragnolle, bisneto do conde d'Escragnolle, neto do pintor e professor da Academia Imperial de Belas Artes, Félix Emílio Taunay e bisneto de outro conceituado pintor Nicolas-Antoine Taunay.

Formou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, no ano de 1900. Atuou como professor na Escola Politécnica de São Paulo no período de 1904 a 1910. Foi diretor do Museu Paulista (conhecido como Museu do Ipiranga), entre 1917 e 1939. Reorganizou a Biblioteca e o Arquivo do Ministério das Relações Exteriores em 1930. De 1934 a 1937, atuou como professor na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, da Universidade de São Paulo.

Sua atuação no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, na Academia Paulista de Letras, na Academia Portuguesa de História e como correspondente de Institutos Históricos estaduais, possibilitou a Afonso Taunay grande dedicação aos estudos historiográficos, especialmente ao bandeirismo paulista, ao período colonial brasileiro e à literatura, ciência e arte do Brasil. Teve destaque também como lexicógrafo especializando-se sobretudo na terminologia científica. Escreveu também diversos estudos de genealogia.[1]

Casou-se com Sahra de Souza Queiroz (Sara de Souza d'Escragnolle Taunay após o casamento), com a qual teve quatro filhos: Ana Queiroz Taunay, Paulo Taunay e Augusto de Escragnolle Taunay, Clarisse Taunay.[2]

Obras

  • Ao entardecer: contos vários (1901)
  • Leonor de Ávila, romance brasileiro seiscentista, publicado em 1ª edição com o título de "Crônica do tempo dos Filipes";
  • Ensaios de bibliografia (2ª parte: língua estrangeira);
  • Nicolau A. Taunay (documentos sobre sua vida e sua obra);
  • São Paulo nos primeiros anos (1920);
  • São Paulo no século XVI (1921, reeditado conjuntamente com a obra acima pela editora Paz e Terra, 2004)
  • Pedro Taques e seu tempo, (1923);
  • A vida gloriosa e trágica de Bartolomeu de Gusmão, biografia;
  • Obras diversas de Bartolomeu de Gusmão;
  • A missão artística de 1816 (Ed. original: ? - reeditado pela Editora Universidade de Brasília, 1983);
  • Non ducor, duco: notícias de São Paulo (1565-1820), (1924)
  • Escritores coloniais (1925);
  • História geral das bandeiras paulistas, 11 vols. (1924-1950);
  • História seiscentista da vila de São Paulo, 4 vols. (1926-1929);
  • História antiga da abbadia de São Paulo: escripta á vista de avultada documentação inedita (1598-1772), (1927)
  • História do café no Brasil, 11 vols. (1929-1941);
  • Pequena história do café no Brasil (1727-1937), (1945), resumo da obra em 11 volumes acima;
  • Zoologia fantástica do Brasil (séculos XVI e XVII)[3]
  • Rio de Janeiro de antanho: impressões de viajantes estrangeiros (1942);
  • Lexicografia: Léxico de termos técnicos e científicos;
  • A terminologia científica e os grandes dicionários portugueses.

Academia Brasileira de Letras

Ocupou a cadeira 1 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 7 de novembro de 1929. Foi recebido em 6 de maio de 1930 pelo acadêmico Edgar Roquette-Pinto.

Referências

Ligações externas


Precedido por
Luís Murat
(fundador)
ABL - segundo acadêmico da cadeira 1
19291958
Sucedido por
Ivan Monteiro de Barros Lins


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