Ramal de Mora
Ramal de Mora | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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![]() Antiga estação de Mora, término do Ramal. | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Comprimento: | 60 km | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Bitola: | Bitola larga | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c8/Arraiolos_train_station.jpg/220px-Arraiolos_train_station.jpg)
O Ramal de Mora, conhecido originalmente como Linha de Ponte de Sor e Linha de Mora, é um caminho de ferro português extinto, com cerca de 60 quilómetros de extensão, que ligava a cidade de Évora à vila de Mora, servindo várias povoações dos concelhos de Évora, Arraiolos e Mora; foi inaugurado 1908.[1]
História
Antecedentes
O ramal de Évora do Caminho de Ferro do Sul (posteriormente denominado de Linha do Sul e Linha do Alentejo) foi completado em 14 de Setembro de 1863, com a chegada a Évora; o governo contratou, em 21 de Abril do ano seguinte, com a Companhia dos Caminhos de Ferro do Sueste, que tinha construído esta ligação, para, entre outros projectos, continuar a Linha de Évora até ao Crato, na Linha do Leste, uma vez que esta linha tinha acesso directo à rede ferroviária espanhola, em Badajoz.[2] No entanto, o projecto original para a continuação da Linha de Évora passava por Estremoz, o que provocou protestos por parte dos militares, que consideravam que uma linha a passar tão próxima da fronteira seria prejudicial para a defesa do país; por outro lado, este caminho de ferro ficava, em grande parte, dentro da zona tributária da Linha do Leste.[3] Devido a problemas financeiros, a Companhia do Sueste não pôde continuar os projectos ferroviários contratados, pelo que o governo assumiu, após vários concursos sem resultados, as obras naqueles troços.[3]
Planeamento, construção e inauguração
Desta forma, tornou-se necessário criar um traçado alternativo, que ligasse as duas linhas, mas que se situasse mais no interior do país; assim, no Plano da Rede Ferroviária ao Sul do Tejo, documento oficial, publicado em 1902, com os projectos ferroviários da região a Sul do Rio Tejo, figurava um caminho de ferro, denominado de Linha de Ponte de Sor, entre Évora, na Linha com o mesmo nome, e Ponte de Sor, na Linha do Leste.[3] Por outro lado, este traçado seria de construção muito mais fácil, e supriria a falta de boas vias de comunicação naquelas regiões.[3]
A construção deste ramal foi autorizada por uma lei de 1 de Julho de 1903, e os vários troços foram aprovados por portarias de 29 de Março e 22 de Agosto de 1904; o primeiro troço, até à localidade de Arraiolos, foi inaugurado no dia 21 de Abril de 1907, tendo a linha chegado até Mora em 11 de Julho de 1908.[2]
Em 1950, este ramal passou para um regime de exploração económica.[4]
Encerramento
A escassez de passageiros e de mercadorias foi a razão apontada para o encerramento definitivo da linha em 1990, no seguimento de igual justificação para o encerramento das várias centenas de quilómetros de via-férrea encerrados entre 1987 e 1992. O que é facto é que os horários eram poucos e desajustados, afastando os utentes que foram obrigados a procurar outras alternativas. Poucos anos depois os carris foram removidos.
Ver também
Referências
- ↑ Martins et al, 1996:12
- ↑ a b TORRES, Carlos Manitto (1 de Fevereiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário». Lisboa: Gazeta dos Caminhos de Ferro. Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1683): 76, 78
- ↑ a b c d SOUSA, José (1 de Dezembro de 1902). «A rêde ferro-viaria ao Sul do Tejo» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (359): 354, 355. Consultado em 11 de Junho de 2011
- ↑ Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006, p. 102
Bibliografia
- Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. [S.l.]: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 2006. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X
- MARTINS, João Paulo, BRION, Madalena, SOUSA, Miguel de, LEVY, Maurício, AMORIM, Óscar (1996). O Caminho de Ferro Revisitado. O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. [S.l.]: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas
Ligações externas