Ramal de Moura

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Ramal de Moura
Ponte do Guadiana, ao PK 178,6
Ponte do Guadiana, ao PK 178,6
Ponte do Guadiana, ao PK 178,6
Comprimento:58,8 km
Bitola:Bitola larga
Continuation to left Track turning from right
L.ª AlentejoBarreiro
Unknown route-map component "KBHFxe"
153,900 Beja
Unknown route-map component "exCONTr" Unknown route-map component "exABZrf"
L.ª AlentejoFuncheira
Unknown route-map component "RP2e" Unknown route-map component "exSKRZ-G2u" Unknown route-map component "RP2w"
154,048 × EN260
Unknown route-map component "exHST"
156,900 Alcoforado
Unknown route-map component "exHST"
159,600 Vila Azedo
Unknown route-map component "exHST"
160,600 Neves
Unknown route-map component "exBHF"
166,000 Baleizão
Unknown route-map component "exHST"
169,700 Torre da Cardeira
Unknown route-map component "exHST"
173,200 Quintos
Unknown route-map component "RP4e" Unknown route-map component "exSKRZ-G4u" Unknown route-map component "RP4w"
× IP8
Unknown route-map component "RP2rg" + Unknown route-map component "exBUE"
Unknown route-map component "RP2w"
Transverse water Unknown route-map component "exWBRÜCKE" Transverse water
178,600Pte Guadiana × R. Guadiana
Unknown route-map component "exHST"
178,600 Ponte do Guadiana
Unknown route-map component "RP2rg"
Unknown route-map component "RP2rf" + Unknown route-map component "exBUE"
Unknown route-map component "exBHF"
183,000 Serpa-Brinches
Unknown route-map component "exCONTr" Unknown route-map component "exABZgr+r"
R. SerpaSerpa (proj. abd.)
Unknown route-map component "exBUE"
× EN265
Unknown route-map component "exHST"
187,000 Corte do Poço
Unknown route-map component "exBUE"
195,546 × EN255
Unknown route-map component "exBHF"
196,000 Pias
Unknown route-map component "exBUE"
× EN392
Unknown route-map component "exHST"
202,100 Pipa
Unknown route-map component "exHST"
205,600 Machados
Unknown route-map component "exHST"
208,800 Vale de Rãs
Unknown route-map component "exBUE"
× EN255-1
Unknown route-map component "exBHF"
212,700 Moura
Unknown route-map component "exSTRlf" Unknown route-map component "exCONTl"
L.ª GuadianaMourão (proj. abd.)
Estação de Moura, término do Ramal de Moura.
Vista ao PK 178 em Abril de 2008.

O Ramal de Moura, igualmente conhecido como Linha de Moura, e originalmente denominado de Linha do Sueste, é um troço ferroviário desactivado, que unia a localidade de Moura à Linha do Alentejo na Estação de Beja, em Portugal. O primeiro troço, entre Beja e Quintos, foi aberto em 2 de Novembro de 1869[1] , tendo a linha ficado concluída com a chegada a Moura, em 1902.[2][3]

História

Antecedentes

Desde meados do Século XIX que se pretendia ligar o Alentejo a Lisboa por via ferroviária, para facilitar o transporte dos produtos agrícolas, especialmente cereais, para a capital, e fornecer uma alternativa às desadequadas ligações rodoviárias.[4] Assim, o governo começou a projectar uma união entre as duas localidades mais importantes desta região, Beja e Évora, à Margem Sul do Tejo, onde seria estabelecida uma ligação fluvial a Lisboa; em 1854, este projecto foi atribuído totalmente à Companhia Nacional dos Caminhos de Ferro ao Sul do Tejo, mas, em 1859, o governo contratou com a Companhia dos Caminhos de Ferro do Sueste o troço entre Vendas Novas e Beja e o respectivo Ramal para Évora.[1] A ligação até Beja foi inaugurada em 15 de Maio de 1864, mas as bitolas de via utilizadas pelas empresas eram diferentes, o que impedia a continuidade das composições em ambos os sentidos, forçando ao transbordo da carga e passageiros em Vendas Novas; para resolver este problema, o governo nacionalizou a Companhia ao Sul do Tejo e vendeu, no mesmo ano, as linhas desta empresa à Companhia do Sueste, para que esta continuasse as obras e uniformizasse as bitolas.[1]

Troço entre Beja e Pias

Em 1864, a concessão à Companhia do Sueste foi expandida com um ramal entre Beja e a fronteira com Espanha, na direcção de Sevilha, passando por Quintos[5][1]; o objectivo seria ligar este caminho de ferro à linha espanhola que terminava no Porto de Huelva.[6]

Esta empresa começou, no entanto, a sofrer de vários problemas financeiros, que impediram o pagamento das suas obrigações junto do estado português, pelo que as linhas foram nacionalizadas em 1867; o estado tomou, então, conta das obras, tendo o primeiro troço da então denominada Linha do Sueste, entre Beja e Quintos, entrado ao serviço em 2 de Novembro de 1869.[1] O troço seguinte, até Serpa, abriu em 14 de Abril de 1868, e a linha chegou a Pias em 14 de Fevereiro de 1887.[1]

O troço entre Beja e Quintos foi construído com carris de ferro T duplo assimétrico, no sistema champignon simples, com 30 kg de peso por metro, seguros por coxins, e que foram aproveitados dos troços entre o Barreiro, Setúbal e Vendas Novas, quando se aproveitou para reforçar essas vias aquando da mudança de bitola.[7]

Troço entre Pias e Moura

Nos finais do Século XIX, assistiu-se a uma revisão no planeamento desta linha, tendo-se chegado à conclusão que não seria viável a sua continuação até Espanha, passando a sua principal função a ser apenas de servir aquela zona da margem esquerda do Rio Guadiana.[6]

Desde o Século XIX que estava planeada a construção de uma linha entre Évora a Zafra, passando por Reguengos e Mourão; no entanto, a oposição dos militares em relação a este projecto provocou uma alteração no seu traçado, pelo que, depois de passar por Mourão, deveria inflectir para Sul, e passar por Moura, Pias e Serpa, terminando no Pomarão, aonde se encontrava um porto fluvial.[6] Assim, e como foi definido pelo Plano Geral da Rede ao Sul do Tejo, publicado em 15 de Maio de 1899, o troço entre Pias e Moura seria comum tanto à Linha do Sueste como à Linha do Guadiana, como se denominaria o troço de Évora ao Pomarão.[8][6]

Uma lei de 14 de Julho de 1899 autorizou o governo a despender até 3.000:000$000 réis na construção de várias linhas, incluindo o troço entre Pias e Moura.[9] A construção deste troço inseriu-se numa nova tendência, introduzida em Portugal na transição para o Século XX, e que foi promovida pelo Ministro das Obras Públicas, Alfredo Vieira de Vilas-Boas, na qual as associações públicas e privadas de cariz municipal tomavam a iniciativa e apoiavam activamente os projectos ferroviários, principalmente através da prestação de apoio financeiro ou da oferta de terrenos, em detrimento do protagonismo do estado central; desta forma, facilitava-se a construção dos caminhos de ferro, e melhorava-se a sua adequação às necessidades das populações.[10]

O projecto primitivo deste troço, da autoria de Effigenio Antonio, e datado de 11 de Novembro de 1899, preconizava um comprimento de 16,280 metros, sendo 13.655 em alinhamento recto e 2625 em curvas, dos quais 915 possuiriam raios de 300 metros, enquanto que os restantes seriam de raios superiores.[11] O perfil da linha apresentaria 6040 metros em patamar, 4137 em rampa, e 6103 em declive, dos quais seriam 3455 em pendentes de 16 mm, 939 metros entre 15 e 16 mm, e 3563 de 10 a 15 mm.[11] As obras de arte consistiam em 16 aquedutos de 0 metros, 66 de 1 metro, 1 pontão com 2 metros, e 2 pontões de 9 metros, com tabuleiros metálicos.[11] O troço contaria com 5 casas de guarda e uma de partido, e, em Moura, deveria ser construída uma estação terminal, com cais cobertos e descobertos, uma cocheira, uma ponte redonda, e habitações para o pessoal.[11] Este documento foi aprovado por uma portaria de 23 de Abril de 1900, tendo a sua execução sido autorizada por uma portaria de 15 de Junho de 1900.[11] Em 5 de Março de 1901, a Câmara Municipal de Moura ofereceu um subsídio no valor de 10:000$000 réis, e comprometeu-se a fazer as expropriações por sua conta, tendo, para isso, contraído um empréstimo; o apoio da autarquia foi aceite pelo conselho de administração em 31 de Maio, e, em 1 de Junho, uma portaria autorizou a aceitação do subsídio, e ordenou a construção da linha.[11] Em 29 de Julho, foi aberto o concurso para as terraplanagens, que foram adjudicadas em 5 empreitadas, pela soma de 39:910$000 réis.[11]

Em Abril de 1902, numa reunião do conselho de Administração dos Caminhos de Ferro do Estado, foi discutida a construção deste troço.[12] Um decreto de 19 de Junho do mesmo ano dividiu os estudos e construção da Rede Complementar ao Sul do Tejo em duas secções, tendo a primeira, de Lisboa, sido dedicada, entre outros projectos ferroviários, ao troço entre Pias e Moura.[13] No mês seguinte, as obras estavam a ser aceleradas, para se tentar inaugurar a linha no dia 8 de Setembro[14]; no dia 3 de Maio, foi marcado, para 31 de Maio, o concurso para a construção da Estação de Moura, e, no dia 6, ficou estabelecido que o concurso para a instalação de 4 casas de guarda e uma de partido, no troço de Pias a Moura, teria lugar em 5 de Junho.[15]

Em Agosto, previa-se a inauguração para os dias 4 ou 5 de Setembro, de forma a ser realizada antes da feira anual de Moura; nesta altura, estava a ser instalada a linha telegráfica, estava em construção a Estação de Moura, e a via já estava assente até à ponte sobre o Barranco da Pipa, cujo tabuleiro metálico estava a ser instalado.[16] Porém, em Setembro, foi anunciado que a linha não poderia ser inaugurada antes do final do mês, devido a atrasos nas obras[17]; assim, foi estabelecido um novo prazo, para 3 de Outubro, que também não foi cumprido.[18] Nesse mês, alguns temporais causaram grandes prejuízos na via já construída, com abatimento de aterros; o ponto mais grave deu-se junto à Herdade das Enfermarias, a cerca de 2 quilómetros de Moura, tendo a linha ficado totalmente obstruída, e os carris torcidos.[19] As fortes chuvas também atrasaram os trabalhos de balastragem, já de si prejudicados pela grande distância a que se encontravam os depósitos de balastro.[20]

Os estabelecimentos comerciais de Moura nomearam uma comissão para planear os festejos de inauguração do caminho de ferro, tendo o Ministro das Obras Públicas sido convidado para assistir à cerimónia.[19]

A data para a inauguração do ramal foi marcada para dia 15 de Novembro, tendo sido planeado um serviço especial para o transporte de convidados, a partir do Barreiro[21]; no entanto, a data de inauguração foi, uma vez mais, atrasada, tendo sido prevista a cerimónia para 27 de Dezembro.[11] Em meados de Dezembro, a estação de Moura ainda não estava construída, mas, devido à sua proximidade em relação à povoação, considerou-se que não seria necessário terminar esta obra para se inaugurar a linha.[11] A abertura oficial à exploração deu-se, como previsto, em 27 de Dezembro.[22] Na altura da inauguração, os trabalhos de via não estavam concluídos, faltando terminar a balastragem e a rectificação dos carris, sendo estas obras realizadas nos intervalos entre a circulação dos comboios.[23]

O comboio especial que assegurou o transporte dos convidados, incluindo o conselheiro Justino Teixeira e outros altos quadros da Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses, e vários jornalistas, saiu do Barreiro às 8 horas e 25 minutos, tendo chegado a Pias às 14 horas.[23] Pouco tempo depois, o comboio chegou a Moura, onde foram recebidos pelo povo.[23] Devido aos reduzidos recursos da autarquia e ao facto do troço a ser inaugurado contar apenas com alguns quilómetros de extensão, os festejos foram bastante modestos; ainda assim, a cerimónia contou com grande afluência popular, com animação musical e foguetes, tendo sido organizado um cortejo que percorreu toda a vila, tendo as ruas e as casas sido enfeitadas.[23] Discursaram o Visconde de Altas Moras, e o deputado Fialho Gomes.[23] Após o cortejo, foi realizado um banquete, oferecido pela comissão dos comerciantes, e uma visita à vivenda do Visconde de Altas Moras; o regresso foi realizado a bordo do comboio especial, que levou os convidados até Beja, tendo o resto da viagem até Lisboa sido feito num comboio correio.[23] A cerimónia ficou marcada, no entanto, pela ausência dos autarcas de Moura, devido a diferenças de política partidária.[23]

O engenheiro Magalhães Braga, que conduziu as obras, alterou o traçado primitivo com várias variantes, que aumentaram o comprimento e os custos de construção, mas melhoraram consideravelmente o traçado e aproximaram a estação da localidade de Moura.[11] O orçamento amontou a 146:620$000 réis, correspondente a cerca de 9:000$000 réis por quilómetro, sem contar com o apoio financeiro da autarquia de Moura.[11] Em grande parte do percurso, os terrenos foram oferecidos pelo proprietário José Maria dos Santos, para a construção da linha.[23]

Em 3 de Outubro de 1903, o Governo autorizou a construção de uma passagem superior ao PK 154,048 deste ramal, para a passagem de uma estrada entre Beja e Baleizão[24] (EN260).

Em 14 de Dezembro de 1926, reuniram-se, no Instituto Comercial, vários representantes de autarquias, sindicatos agrícolas e de outras associações, para pedir a construção de vários troços de caminhos de ferro, incluindo a ligação entre Évora e Pomarão, passando por Reguengos, Moura e Serpa.[25]

Encerramento

O Ramal de Moura foi encerrado em 1990.[26]

Ver também

Referências

  1. a b c d e f TORRES, Carlos Manitto (1 de Fevereiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário». Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1683): 75, 76 
  2. História de Portugal em Datas, 1994:252
  3. Martins et al, 1996:12
  4. Viegas, 1988:26
  5. SOUSA, José Fernando de (16 de Setembro de 1934). «A transformação das oficinas gerais dos C. F. E., no Barreiro». Gazeta dos Caminhos de Ferro. 46 (1122). 465 páginas 
  6. a b c d «Parte Official» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (360): 381, 383. 16 de Dezembro de 1902. Consultado em 17 de Setembro de 2012 
  7. SOUSA, José Fernando de (1 de Fevereiro de 1903). «O material de via das Linhas do Estado». Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 (363). 33 páginas 
  8. SOUSA, José Fernando de (1 de Dezembro de 1902). «A rêde ferro-viaria ao Sul do Tejo» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (359): 354, 355. Consultado em 7 de Junho de 2010 
  9. SOUSA, José Fernando de (16 de Abril de 1903). «A proposta de lei sobre construção de caminhos de ferro» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 (368). 117 páginas. Consultado em 24 de Agosto de 2012 
  10. «Linha do Valle do Sado» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 (369): 147, 148. 1 de Maio de 1903. Consultado em 24 de Agosto de 2012 
  11. a b c d e f g h i j k «Pias a Moura» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (360): 402, 403. 16 de Dezembro de 1902. Consultado em 23 de Agosto de 2012 
  12. «Linhas Portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (344). 16 de Abril de 1902. 124 páginas. Consultado em 25 de Agosto de 2012 
  13. «Linhas Portuguezas». Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (349). 202 páginas. 1 de Julho de 1902 
  14. «Linhas Portuguezas». Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (350). 218 páginas. 16 de Julho de 1902 
  15. «Arrematações» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (346). 156 páginas. 16 de Maio de 1902. Consultado em 25 de Agosto de 2012 
  16. «Linhas Portuguezas». Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (352). 250 páginas. 16 de Agosto de 1902 
  17. «Linhas Portuguezas». Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (354). 282 páginas. 16 de Setembro de 1902 
  18. «Linhas Portuguezas». Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (355). 298 páginas. 1 de Outubro de 1902 
  19. a b «Linhas Portuguezas». Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (356). 315 páginas. 16 de Outubro de 1902 
  20. «Linhas Portuguezas». Lisboa. Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (358). 346 páginas. 16 de Novembro de 1902 
  21. «Linhas Portuguezas». Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (357). 330 páginas. 1 de Novembro de 1902 
  22. «De Pias a Moura». Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 (361). 10 páginas. 1 de Janeiro de 1903 
  23. a b c d e f g h «De Pias a Moura» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 (361). 10 páginas. 1 de Janeiro de 1903. Consultado em 24 de Agosto de 2012 
  24. «Parte Official» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 (380). 346 páginas. 16 de Outubro de 1903. Consultado em 25 de Agosto de 2012 
  25. «Arrendamento das linhas do Estado» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (359). 373 páginas. 16 de Dezembro de 1926. Consultado em 25 de Agosto de 2012 
  26. CORREIA, Teixeira (5 de Junho de 2011). «Ciclistas pedem ecopista para antigo ramal». Jornal de Notícias. Consultado em 5 de Setembro de 2010 

Bibliografia

  • História de Portugal em Datas. [S.l.]: Círculo de Leitores, Lda. e Autores. 1994. 480 páginas. ISBN 972-42-1004-9 
  • MARTINS, João Paulo, BRION, Madalena, SOUSA, Miguel de, LEVY, Maurício, AMORIM, Óscar (1996). O Caminho de Ferro Revisitado. O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. [S.l.]: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas 
  • VIEGAS, Francisco José (1988). Comboios Portugueses. Um Guia Sentimental. Lisboa: Círculo de Editores. 185 páginas 
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Ligações externas