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República da Hungria
Magyar Köztársaság
Bandeira da Hungria [[Ficheiro:|85px|center|Brasão de armas da Hungria]]
Bandeira Brasão de armas
Hino nacional:
Himnusz ("Isten, áldd meg a magyart")
Hino ("Deus, abençoe os húngaros")
Gentílico: Húngaro

Localização da Hungria
Localização da Hungria

Localização da Hungria (em vermelho)
No continente europeu (em castanho claro e branco)
Na União Européia (em castanho claro)
Capital Budapeste
47º26'N 19º15'E
Cidade mais populosa Budapeste
Língua oficial Húngaro
Governo República parlamentar
• Presidente László Sólyom
• Primeiro-ministro Ferenc Gyurcsány
Independência  
• Formação do Reino da Hungria fevereiro de 1000 
• Ocupada pelos Otomanos 29 de agosto de 1526 
• do Império Austro-Húngaro 31 de outubro de 1918 
• da URSS 23 de outubro de 1989 
Entrada na UE 1 de maio de 2004
Área  
  • Total 93 030 km² (109.º)
 • Água (%) 0,74
População  
  • Estimativa para 2007 10 064 000 hab. (79.º)
 • Censo 2001 10 198 315 hab. 
 • Densidade 109 hab./km² (92.º)
PIB (base PPC) Estimativa de est. 2007
 • Total US$ US 208,157 bi (48.º)
 • Per capita US$ US 20 700 (39.º)
IDH (2004) 0,869 (35.º) – alto
Moeda Florim húngaro (forint) (HUF)
Fuso horário (UTC+1)
 • Verão (DST) (UTC+2)
Cód. ISO HUN
Cód. Internet .hu1
Cód. telef. +36
Website governamental http://www.magyarorszag.hu
1. Também .eu, compartilhado com outros Estados-membros da União Européia.

Hungria[editar | editar código-fonte]

Introdução[editar | editar código-fonte]

A Hungria (húngaro:Magyarország) é um país do planalto dos cárpatos na Europa Central. Faz fronteira com a Áustria, Eslováquia, Romênia, Ucrânia, Sérvia, Croácia e a Eslovênia. Tem dez milhões de habitantes, distribuídos em 93 mil quilômetros quadrados.

Sua capital é Budapeste, maior cidade do país e que concentra 25% de toda a população húngara. População na qual é a mais homogênea etnicamente de toda a Europa, sendo composta em sua maioria pelos magiares, termo pelo qual eles mesmos se chamam. Os magiares eram um povo nômade que ocupou o planalto dos Cárpatos no século IX e lutou contra os outros povos durante séculos para se manterem no mesmo lugar. Mesmo oprimidos por austríacos, turcos e russos, os magiares permaneceram unidos.

O nome Hungria vem do turco On-ogur que significa Dez lanças e simbolizava a união das dez tribos que ocuparam o território húngaro no século IX, 7 tribos magiares e 3 cazares. [1] O termo latino hunni para os hunos, antigo povo que dominou a Hungria até o século IV gerou os termos latinos para definir a Hungria. O termo magiar provavelmente vem das palavras magi e eri, a primeira de raiz proto-úgrica significa homem ou povo e a segunda vem do turco, que dá o mesmo significado povo. Então era o nome que os próprios húngaros se chamavam: Povo.[2]

Em 1º de janeiro de 2004 a Hungria foi aceita na União Européia, junto com outros países do Leste Europeu, como os países bálticos, República Tcheca e Polônia.

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: História da Hungria
Pintura do final do século XIX, que retrata a chegada dos magiares nas planícies húngaras.

O império romano chamava a região a oeste do Danúbio de Panônia, na qual estabeleceram uma província no local, com este nome. Ao século IV, os hunos começaram as ondas de migração que passariam pelas terras húngaras, montando o grande império dos Hunos, que entraria em colapso em 455. Após a queda do Império Romano em 476, sucederam-se ondas migratórias de germanos, eslavos, ávaros, francos, búlgaros e, finalmente, magiares, estes no final do século IX.

Segundo a tradição, os magiares atravessaram os Cárpatos e entraram na planície panônia em 895, sob a liderança de Árpád, o líder dos magiares que queria a aproximação com a Europa Cristã[3]. Em 1000, o Rei Santo Estêvão I, filho de Géza da dinastia dos Árpards, fundou o Reino da Hungria, ao receber uma coroa enviada pelo Papa Silvestre II e sedimentou o reino em 1006, com o extermínio dos opositores crentes da fé pagã.[4] Entre 1241 e 1242, uma invasão mongol devastou a Hungria, com grandes perdas em vidas e propriedades. Quando os mongóis foram embora, o rei Béla IV, mandou construir castelos de pedra, que seriam importantes na batalha contra os otomanos, no século XIV.

Paulatinamente, o Reino da Hungria conseguiu livrar-se das ingerências polacas, boêmias e papais, consolidando a sua independência. Matias Corvino, que reinou entre 1458 e 1490, fortaleceu o país, repeliu os otomanos e fez com que a Hungria se tornasse um centro cultural europeu durante o Renascimento.

Hungria dividida, aproximadamente em 1550, nas três partes: Otomana ao sul, Austríaca à oeste e o Principado sob à Dinastia dos Zápolya à leste.

A independência da Hungria chegou ao fim em 1526, após a queda de Nándorfehérvár(Belgrado) e a derrota para os otomanos na batalha de Mohács.[5] O Reino foi então dividido em três partes: o terço meridional caiu sob o controle otomano e o ocidental, sob o controle austríaco. A porção oriental permaneceu nominalmente independente, com o nome de Principado da Transilvânia e sob a dinastia dos Habsburgos, que retomariam a totalidade da Hungria das mãos dos otomanos 150 anos depois, no final do século XVII.

Ilustração que mostra Sándor Petõfi, recitando o Nemzeti Dal, a canção que inspirou a Revolução de 1848, em busca da autonomia húngara, no império austríaco.

Com o recuo dos turcos, começou a luta da nobreza húngara por autonomia no seio do Império Austríaco. A Revolução de 1848 e a posterior guerra civil, eliminaram a servidão e garantiram os direitos civis, mas a revolução foi duramente reprimida pelos austríacos em 1849. Em 1867, porém, após duras batalhas internas e externas, a Áustria se obrigou a fazer reformas internas, e para evitar a independência húngara, fez um acordo na qual reconhecia o estado autônomo da Hungria, surgindo então a chamada Monarquia Dual, ou Austro-Húngara.

O governo húngaro, que era autônomo mas obedecia às mesmas regras que a Áustria, deu início a um processo de magiarização das populações de outras etnias, o que motivou o nacionalismo sérvio, eslovaco e romeno dentro do reino. A magiarização continuou até o término da Primeira Guerra Mundial, quando todo o Império Austro-Húngaro desmoronou.

Em novembro de 1918, a Hungria tornou-se uma república independente. Após uma experiência comunista sob Béla Kun, que proclamou uma república soviética húngara, e uma invasão por tropas romenas, forças militares de direita sob o comando do Almirante Miklós Horthy, entraram em Budapeste e instalaram um novo governo.[6] Em 1920 elegeu-se uma assembléia unicameral, expressivamente de direita, Horthy foi indicado Regente e a Hungria voltou a ser uma monarquia, embora sem rei designado.

O Tratado de Trianon, celebrado em junho de 1920, determinou as fronteiras da Hungria no pós-guerra. O país perdia então 71% de seu território, 66% de sua população, grande parte das suas reservas de matéria prima e seu único porto marítimo (Fiume, hoje Rijeka, na Croácia) para os países vizinhos. O inconformismo com a perda de territórios e população foi a tônica do processo político húngaro do entre-guerras e perdura, de certa maneira, até hoje.

Após um período conturbado politicamente na década de 20, com István Bethlen, a Hungria se aliou aos nazistas alemães a partir dos anos 30, no pós-depressão, na expectativa, conforme explicações de seus líderes da época, de obter de volta os territórios perdidos. Entre 1938 e 1941, a Hungria retomou territórios como a Eslováquia, a Rutênia, a Transilvânia e parte da Iugoslávia.[7] Declarou guerra em 1941 à União Soviética, mas depois de sucessivas derrotas tentou um acordo com os Aliados. [8]Hitler com medo disso, ordenou a invasão da Hungria em março de 1944. No período de invasão alemã, ocorreram os envios de judeus à campos de concentração na Polônia. Depois de diversas batalhas por toda a Hungria, os alemães foram derrotados em 4 de abril de 1944.

Como consequência, ao fim da Segunda Guerra Mundial, tornou-se um Estado comunista sob influência de Moscou. A Revolução de 1956 foi a oportunidade para que os húngaros se manifestassem contra o regime soviético instalado no país. Após o 1º ministro deposto Imre Nagy tentar tomar o poder, apoiado pela população, a União Soviética invadiu Budapeste e, pela força das armas, acabou com a revolução, prendeu Nagy e executou-o tempo depois.[9]

Nos anos 80, a Hungria foi um dos primeiros países da órbita soviética a procurar dissolver o Pacto de Varsóvia e a evoluir para uma democracia pluripartidária e para uma economia de mercado. As primeiras eleições livres nessa nova fase da história da Hungria foram realizadas em 1990, com poucos votos, os socialistas foram rechaçados. Mas em 1994, voltaram ao poder, apoiados pela queda do padrão de vida e da economia húngara. Desde então, socialistas e centro-direitistas disputam o poder político na Hungria. Seguiu-se de uma aproximação com o Ocidente que levou o país a aderir à OTAN em 1999 e à União Européia em 2004.

Política[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Política da Hungria
A Assembléia Nacional da Hungria, às margens do rio Danúbio em Budapeste.

O Presidente da República é eleito pela Assembléia a cada 5 anos.Ele é o comandante-chefe das forças armadas e é quem nomeia o Primeiro Ministro, que também deve ser aprovado pela Assembléia. O primeiro-ministro é quem nomeia o gabinete de ministros e, segundo a constituição húngara, tem poder para demití-los. Os nomeados só assumem o cargo após aprovação por votos pelo parlamento e, quando forem formalmente aprovados pelo presidente.

A Assembléia Nacional (Országgyűlés) é composta por uma câmara só, com 386 membros eleitos diretamente. Na última eleição, 176 foram eleitos pelo voto direto dos distritos eleitorais, 152 pela representação proporcional do partido e 58 pelo votos de compensação. Num primeiro turno, os eleitores escolhem um voto para um candidato e um voto para um partido. O candidato que obtiver mais de 50% dos votos do distrito, ocupa uma cadeira na assembléia. Quando no distrito não houver a maioria ou a participação for menor que 50%, há 2° turno. No 2° turno, ocorre da mesma forma que o primeiro, mas o candidato mais votado assume o cargo. É declarada inválida a eleição que não obtiver 25% de participação, sendo essas cadeiras postas pros votos de compensação. A distribuição dos votos de compensação é feita pela ordem de votação dos partidos.[10] Na Hungria, dois partidos dominam o cenário eleitoral: o Magyar Polgári Szövetség,Fidesz[11], União Cívica Húngara, e o Magyar Szocialista Párt, MSZP[12], Partido Socialista Húngaro.

O Sistema Judiciário húngaro consiste na Corte constitucional, que é formada por apenas 9 membros, e pode julgar os atos de inconstitucionalidade do governo. Além dele, há a Suprema Corte e os Sistemas judiciários legal e penal, que são independentes do poder executivo e, assim, podem fazer julgamentos imparciais mesmo quando se trata de problemas políticos.

Geografia[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Geografia da Hungria
Mapa topográfico da Hungria, onde a imensa parte amarelo clara e verde são as planícies que cobrem quase 90% do território húngaro.

Com 93 000 km², a Hungria é um dos maiores países da Europa Central. Suas dimensões são de 250 quilômetros de norte à sul e 524 quilômetros de leste à oeste, com 2 258 quilômetros de divisas com os 7 países(Sérvia, Croácia, Eslovênia, Ucrânia, Romênia, Eslováquia e Áustria) que o cerca.

Sua população é estimada em 10 064 000 de habitantes, apresentando um decréscimo populacional desde o último censo oficial em 2001. Tal fato vem ocorrendo nos últimos anos no país, seguindo uma linha de todos os países do leste europeu. A Hungria é um país mediamente povoado, apresentando uma densidade de 109 habitantes por km².

A maior cidade é a capital Budapeste, que em sua região metropolitana tem 2 550 000 de habitantes. Com menor proporção, a universitária Debrecen, em Hajdú-Bihar, é a segunda maior com 205 000 habitantes. A terceira é Miskolc, com pouco mais de 179 000 habitantes, no condado de Borsod-Abaúj-Zemplén, no nordeste húngaro.

Relevo[editar | editar código-fonte]

A maior parte do país é composta por planícies, que não chegam a 200 m de altitude. Em alguns pontos existem pequenas cadeias de montanhas, mas as qur passam de 300 metros de altura são apenas 2% do território húngaro. O ponto mais alto é a montanha Kékes com 1.014 metros e está localizada à nordeste de Budapeste. O ponto mais baixo é nas proximidades de Szeged no sul, em uma depressão com 77,6 metros.

Vista do rio Danúbio em Budapeste. O Danúbio é o rio mais importante da Europa, por ser navegável, e passa, também, dentro de outra capital do Leste, Bratislava na Eslováquia.

Os maiores e mais importantes rios que cruzam a Hungria são o Danúbio e o Tisza. O Danúbio é um dos rios mais importantes da Europa e, na Hungria, ele é navegável por 418 metros. O Tisza é navegável por 444 metros. Vale ainda ressaltar o lago Balaton, que com uma área de 592 km² é o maior lago da Europa Central e Ocidental, e até é conhecido por "Mar Húngaro". Outros lagos menores são o Velence e o Neusiedl, que tem 315 km² de superficie, mas apenas 75 km² em território húngaro (o restante localiza-se na Áustria).

Clima[editar | editar código-fonte]

A Hungria possui um clima temperado continental, com um frio e úmido inverno e um verão quente. A temperatura média anual é de 9,7ºC(com extremos de 42°C e -29°C). [13]. A média pluviométrica é de 600 mm por ano. As chuvas são irregulares, caindo mais à oeste do Danúbio do que ao leste. Uma pequena vila, próxima de Pécs, tem um clima diferente do resto do país, semelhante ao clima mediterrâneo, o que é um diferencial na região.

Durante os anos 80, a Hungria começou a sentir os efeitos da poluição das indústrias e dos agrotóxicos nas plantações. Continuamente foram relatados contaminações em reservatórios de água e uma sensível mudança na fauna. Até hoje, não foi feita nenhuma grande mudança sobre o meio ambiente, apenas pequenas discussões são feitas.

Divisões Administrativas[editar | editar código-fonte]

Mapa da Hungria com os 19 condados em laranja e a capital Budapeste em vermelho.
Ver artigo principal: Condados da Hungria


Administrativamente, a Hungria é dividida em 19 condados mais a capital, que é independente de qualquer condado. Esses são o terceiro nível de divisão administrativa da Hungria. Os 19 condados e Budapeste, são agrupados em 7 regiões, para propósitos demográficos e de desenvolvimento. São eles o segundo nível de divisão húngaro: Transdanúbio ocidental, Transdanúbio meridional, Transdanúbio central, Hungria central, Hungria setentrional, Grande planície setentrional, Grande planície meridional.

Os 19 condados são, ainda, subdividos em 167 subregiões e Budapeste é a sua própria subregião. Cada subregião pode ser classificada em Cidade ou Vila, ou ainda em Condado urbano, uma cidade com direitos de condado, mas que tem que se submeter às ordens do condado na qual está inserido, não tendo, portanto, independência política do condado.


Condados da Hungria
Condado
(Capital)
Bács-Kiskun
(Kecskemét)
Fejér
(Székesfehérvár)
Komárom-Esztergom
(Tatabánya)
Tolna
(Szekszárd)
Baranya
(Pécs)
Győr-Moson-Sopron
(Győr)
Nógrád
(Salgótarján)
Vas
(Szombathely)
Békés
(Békéscsaba)
Hajdú-Bihar
(Debrecen)
Pest
(Budapeste)
Veszprém
(Veszprém)
Borsod-Abaúj-Zemplén
(Miskolc)
Heves
(Eger)
Somogy
(Kaposvár)
Zala
(Zalaegerszeg)
Csongrád
(Szeged)
Jász-Nagykun-Szolnok
(Szolnok)
Szabolcs-Szatmár-Bereg
(Nyíregyháza)
Budapeste
(Capital)

Todas as capitais de condados são cidades com "direitos de condado" ou condados urbanos. Além delas, mais 5 cidades detém esses direitos: Érd, Dunaújváros, Hódmezővásárhely, Nagykanizsa e Sopron.

Economia[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Economia da Hungria
Banco National Húngaro em Budapeste.

Durante o Império Austro-Húngaro, a Hungria foi o principal território utilizado para a agricultura. As vastas planícies que cobrem 90% do país e as terras férteis em abundância, comum nessa parte da Europa, favoreceram a intensivo uso da agricultura em toda a sua história. Durante o período socialista, a agricultura foi mecanizada e modernizada. Mas com o fim da URSS, a agricultura húngara perdeu o apoio que tinha do estado e sofreu de uma crise, só igualando a sua produção de 16 milhões de grãos no século XXI.

Durante o regime socialista, a Hungria passou também por uma forte industrialização, através de projetos que usufruiam melhor os abundantes recursos naturais do país. Na década de 80, a Hungria foi considerada o país mais moderno industrialmente, exportando bens de consumo até para grandes países industrializados como Alemanha e Estados Unidos.

Depois da queda do regime socialista, com o fim da União Soviética, o país sofreu um baque com a entrada e adaptação ao regime capitalista. No entanto, devido à sua economia já ser voltada à exportação, o país sofreu um menor viés em sua economia do que os outros país ex-soviéticos.

O crescimento da economia húngara entre 1996-2006 que se manteve constante, na média de 4.3%

Entre 1990 e 1993, a economia húngara recuou 18%, frente à, por exemplo, 40% da Bulgária. Em 1994, após algumas reformas econômicas reagiu e, desde 1996 a taxa média de crescimento do PIB é de 4,3%. Em 2006, o PIB fechou em 197,1 bilhões de dólares[14], sendo 80% vindo de capital privado e fortemente influenciado pelas altas taxas de capital estrangeiro aplicada no país.

Atualmente, a maior parte do PIB da Hungria vem da área de serviços, que sofreu um forte crescimento na década de 90 com a capitalização da economia. A inflação e o desemprego diminuiram substancialmente desde 1998 - era de 13%, hoje é 7,4%. As medidas de reforma econômica, tais como a reforma da saúde, tributária e do financiamento da administração local, ainda não foram postas em prática pelo atual governo. Em 1º de janeiro de 2004, junto com outros países do leste, a Hungria entrou na União Européia e o país prepara a economia para a adoção do euro, fato que deve ocorrer entre 2010 e 2014[15].

Demografia[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Demografia da Hungria

Para 94% da população, na sua maioria composta por húngaros, a língua utilizada é o húngaro, uma língua fino-úgrica distantemente relacionada com o finlandês e o estoniano. Existem muitas minorias étnicas na Hungria: Ciganos (2,1%), Alemães (1,2%), Eslovacos (0,4%), Croatas (0,2%), Romenos (0,1%), Ucranianos (0,1%) e Sérvios(0,1%).[16]

Devido à sua história, quando países vizinhos faziam parte do mesmo país, existem minorias húngaras significativas em países vizinhos como Romênia (na Transilvânia), Eslováquia, Sérvia (em Voivodina), Ucrânia, Croácia(na Eslavônia) e Áustria. A Eslovênia, no entanto, tem um número muito grande de húngaros nas cidades próximas à fronteira e até adota o húngaro como língua oficial.

Catedral Basílica São Estevão em Budapeste, sede da arquidiocese católica da Hungria. A Hungria é um país predominantemente cristão, sendo metade do país de católicos.

Religião[editar | editar código-fonte]

A maioria dos húngaros eram cristãos no século X, data da criação do reino da Hungria. O primeiro rei, São Estevão I trouxe o cristianismo ocidental ao país. E assim, a Hungria permaneceu até o século XVI, quando a onda protestante que atingia a Europa chegou ao país. Primeiro com o luteranismo e após com o calvinismo. Mas na segunda metade desse mesmo século, os jesuítas preparam uma grande contra-reforma para buscar novamente os fiéis perdidos. Construíram diversas escolas, igrejas e a mais antiga universidade da Hungria, que permanece até hoje, a Pázmány Péter. Alguns lugares afastado de Budapeste, principalmente ao redor de Debrecen e na Transilvânia ainda seguiram o protestantismo e assim o fazem até hoje.

A Hungria sempre foi berço dos judeus, desde os primórdios da Idade Média, até a maior sinagoga da Europa se localiza em Budapeste. Entretanto, a maioria dos judeus sofreu pelo holocausto, durante a invasão alemã na Segunda Guerra Mundial. A grande maioria foi deportada para os campos de concentração ou simplesmente executada. Atualmente, declaram-se judeus apenas 0,1% de toda a população húngara.

A grande maioria da população é de Cristãos, que chegam a quase 75% de toda a população. A maioria é de católicos(54,5%)[17], mas a população protestante é numerosa também(19,5%)[18]. O número de pessoas que se definiram sem-religião é de 14,5%, que está bem próximo à média européia.

Idiomas ***[editar | editar código-fonte]

Escrever

Cultura[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Cultura da Hungria

Culinária[editar | editar código-fonte]

Goulash, um dos pratos típicos húngaros mais conhecidos.

A cozinha húngara tem uma posição de destaque na cultura da Hungria, com tradicionais pratos como o goulash, difundido por todo o mundo e uma das bases da culinária húngara. A batata é usada em diversos pratos, e as sopas e os guisados são componentes da culinária dos húngaros.

Os pratos são geralmente temperados com páprica, cebola e pimenta preta. Os guisados são, comumente, encontrados com elementos tradicionais como carne de porco e de gado, como usado no pörkölt. Existe ainda, diversas sobremesas na culinária húngara que são feitas com frutas, sendo elas umas das especialidades da cozinha húngara.

Existe ainda, uma influência de outros povos na culinária, como elementos da cozinha turca e a presença de doces e bolos, fruto da influência alemã. Mas durante a existência da Áustria-Hungria, alguns pratos, como o goulash, foram passados aos austríacos e tchecos.

Ciências[editar | editar código-fonte]

John Von Neumann, um dos precurssores da computação digital no mundo.

A Hungria é famosa pelo seu excelente ensino na matemática, que produziu diversos cientistas de sucesso. O rol de matemáticos famosos húngaros incluem Paul Erdős, famoso por ter seus trabalhos produzidos em 40 línguas na qual os números de Erdõs ainda são procurados; János Bolyai desenvolvedor da geometria não euclidiana em 1831[19] e John Von Neumann, um pioneiro da computação digital, que leva o seu nome em uma das arquiteturas de processador para computadores. Muitos dos cientistas judeus, como Erdõs e Von Neumann, sofreram perseguições durante a época do anti-semitismo na Europa e fizeram as suas contribuições nos Estados Unidos.

Muitas invenções são atribuídas a inventores húngaros. Uma delas são os fósforos sem barulho, de János Irinyi, o Cubo de Rubik de Ernő Rubik e a lâmpada de criptônio de Imre Bródy. Ainda mais invenções são de húngaros, como a holografia (Dennis Gabor), a caneta esferográfica (László Bíró), a teoria da Bomba de hidrogênio (Edward Teller) e a linguagem de programação BASIC (John Kemeny, com Thomas E. Kurtz).[19] Mas todos esses inventores publicaram seus produtos nos Estados Unidos, em vista da Segunda Guerra Mundial.

Arquitetura ***[editar | editar código-fonte]

Primeira página do Gesta Hungarorum, que conta a história dos húngaros, escrito em 1200.

Literatura[editar | editar código-fonte]

Nos tempos antigos, a língua húngara era escrita com um alfabeto rúnico (no entanto ela não foi utilizada na literatura, devido aos interesses de uma interpretação moderna para ela). O país mudou para o alfabeto latino após ser cristianizado sob o reino de Estevão I(1000-1038). Não existem documentos anteriores ao século XI, sendo o mais antigo relato em húngaro um fragmento do documento de fundação da Abadia de Tihany(1055), na qual contém muitos termos húngaros, entre elas as palavras feheruuaru rea meneh hodu utu rea, "até a estrada militar de Fehérvár". O resto do documento está em latim. O mais antigo texto completo é o "Sermão e Oração para Funeral" (Halotti beszéd és könyörgés) (1192–1195), a tradução de um sermão em Latim. O mais antigo poema é o "Lamentos de Maria", tradução do Latim do século XIII. É também o mais antigo poema Fino-Úgrico. Entre as primeiras crônicas sobre a história húngara está o Gesta Hungarorum("Feitos dos Húngaros") e o Gesta Hunnorum et Hungarorum ("Feitos dos Hunos e dos Húngaros") por Simon Kézai. Ambos em latim. Tais crônicas misturam história com lendas, mas historicamente elas não são sempre certas. Outra crônica conhecida é a Képes krónika ("Crônica Ilustrada"), que foi escrita por Luis, o Grande.

O iluminismo húngaro aconteceu aproximadamente cinqüenta anos depois se comparados ao iluminismo da Europa Ocidental. Os novos pensamentos chegaram à Hungria através de Viena. Os primeiros escritores do iluminismo húngaro foram György Bessenyei e János Batsányi. Contemporâneos à eles, Mihály Csokonai Vitéz e Dániel Berzsenyi eram os grandes poetas da época e a grande figura da reforma da língua era Ferenc Kazinczy. A língua húngara tornou-se praticável para explanações científicas desta vez, com a criação de muitas palavras novas para descrever as novas invenções, preservando a língua húngara.

Esportes/Desporto ***[editar | editar código-fonte]

Lazer ***[editar | editar código-fonte]

Cultura Popular ***[editar | editar código-fonte]

Ver Também[editar | editar código-fonte]

Notas e Referências[editar | editar código-fonte]

Ligações Externas[editar | editar código-fonte]

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