Ramal de Aljustrel
Ramal de Aljustrel | |
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Estação de Aljustrel | |
Informações principais | |
Área de operação | Estação de Castro Verde-Almodôvar às Minas de Aljustrel, em Portugal |
Tempo de operação | 1929–1993 |
Interconexão Ferroviária | Linha do Alentejo, na Estação de Castro Verde-Almodôvar |
Especificações da ferrovia | |
Extensão | 11,6 km |
Bitola | 1668 mm (Bitola Ibérica) |
Ramal de Aljustrel | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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O Ramal de Aljustrel é um troço ferroviário desactivado, que ligava a estação de Castro Verde - Almodôvar, na Linha do Alentejo, à localidade e às zonas mineiras de Aljustrel, em Portugal. Abriu oficialmente à exploração no dia 2 de Junho do 1929.[1]
Caracterização
Este ramal, com uma extensão total de 11,6 km, é usado apenas por composições de mercadorias e não é gerido pela Rede Ferroviária Nacional.[2]
História
Antecedentes
A ligação ferroviária a Aljustrel foi primeiro referida em 1858, quando se discutiu qual o traçado que o Caminho de Ferro do Sul (antigo nome da Linha do Alentejo e parte da Linha do Sul) deveria seguir após a sua chegada a Beja; uma das propostas sugeria a passagem por São Martinho das Amoreiras, Santa Clara-a-Velha, Sabóia, Vale da Mata e São Bartolomeu de Messines, terminando em Faro. Apesar deste traçado forçar a passagem pelas serras algarvias, oferecia uma maior proximidade às Minas de Aljustrel e de Neves-Corvo, razão pela qual foi seleccionado.[3] A primeira ligação ferroviária a servir Aljustrel foi uma linha, de bitola reduzida, que ligava os jazigos de Algares e de São João do Deserto com a Estação de Figueirinha, na Linha do Sul.
Construção e abertura ao serviço
Um alvará, publicado em 28 de Novembro de 1928, autorizando a Société Belge des Mines de Aljustrel a construir uma ligação ferroviária mineira, entre o jazigo de Algares, explorado por esta empresa, e a estação de Aljustrel-Castro Verde, na Linha do Sul; este documento exigia que a empresa efectuasse, além de comboios mineiros, serviços de transporte de outras mercadorias e de passageiros.[1] A entrada ao serviço provisória foi autorizada por um portaria de 9 de Julho de 1928, que estipulava que a abertura definitiva só podia ser feita após terem sido realizados os trabalhos, indicados pela comissão de vistoria.[1] No dia 25 de Outubro, foi realizado um contrato, entre a empresa e a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, para que esta gerisse o ramal, durante o tempo em que fizesse a exploração das linhas do Sul e Sueste; este contrato foi aprovado por um despacho de 22 de Dezembro.[1] Após terem sido efectuadas as obras exigidas pela comissão de vistoria, o ramal foi inaugurado, de forma definitiva, em 2 de Junho do ano seguinte, com o nome de Ramal de Aljustrel.[1]
Ligação proposta a Ermidas-Sado
Já na altura da sua inauguração, planeava-se continuar o ramal até entroncar com a Linha de Sines[1] ; em 1932, o Governador Civil de Beja e o presidente da Câmara de Aljustrel reuniram-se com o Ministro das Obras Públicas, de forma a que este autorizasse a construção de um ramal entre esta localidade e Ermidas, de forma a reduzir o desemprego na região e assegurar a continuidade da laboração das minas, cujo funcionamento regular se encontrava ameaçado devido à falta de transportes sentida naquela altura.[4]
Construção do Ramal das Pirites Alentejanas e reactivação do Ramal de Aljustrel
Em 1991, a construtora Somafel concluiu a construção do Ramal das Pirites Alentejanas, em Aljustrel.[5]
O Ramal foi desactivado em data desconhecida, tendo a laboração nas minas sido suspensa em 1993; em 2008, a empresa Pirites Alentejanas, concessionária da Mina de Aljustrel, procurou reabilitar esta ligação ferroviária, de modo a assegurar o transporte dos produtos da mina, que nesse ano foi reactivada, até ao Porto de Setúbal.[6] O processo de reactivação do Ramal foi, no entanto, atrasado pela sua complexidade.[6]
Ver também
Referências
- ↑ a b c d e f TORRES, Carlos Manitto (16 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário». Lisboa. Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1682). 64 páginas
- ↑ Refer: Directório da Rede, 2009
- ↑ Santos, 1995:123-124
- ↑ «Linhas Portuguêsas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 45 (1076). 26 páginas. 1932
- ↑ «Actividades/Via Férrea». Somafel. 2005. Consultado em 20 de Junho de 2010
- ↑ a b «Concessionária assinala segunda-feira arranque simbólico da produção comercial». Rádio Televisão Portuguesa. 15 de Maio de 2008. Consultado em 20 de Junho de 2010
Bibliografia
- SANTOS, Luís Filipe Rosa (1995). Os Acessos a Faro e aos Concelhos Limítrofes na Segunda Metade do Séc. XIX. Faro: Câmara Municipal de Faro. 213 páginas
Ligações externas