Mangá

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O mangá (português brasileiro) ou manga (português europeu) (japonês: 漫画 Hepburn: manga?, lit. “história em quadrinhos”), é a palavra usada para designar história em quadrinhos (português brasileiro) ou banda desenhada (português europeu) feita no estilo japonês. No Japão, o termo designa quaisquer histórias em quadrinhos.

Vários mangás dão origem a animes para exibição na televisão, em vídeo ou em cinemas, mas também há o processo inverso em que os animes tornam-se uma edição impressa de história em sequência ou de ilustrações.

A palavra pode ser escrita, em japonês, das seguintes formas: kanji (漫画?), hiragana (まんが?), katakana (マンガ?) e romaji (Manga).

Etimologia

Os kanjis que são usados para escrever a palavra mangá em japonês pode ser traduzido como "desenhos irresponsáveis" Surgido originalmente no século 18, era usado na pintura chinesa conhecida como sumi-ê,[1] a palavra foi usada pela primeira vez no Japão no final do século 18, com a publicação de obras como Shiji no yukikai (1798) de Santō Kyōden, e no início do século 19, em obras como Manga Hyakujo de Aikawa Minwa (1814) e os célebres livros Hokusai Manga (1814-1834) contendo desenhos variados a partir de esboços do famoso artista de ukiyo-e Katsushika Hokusai.[2] Rakuten Kitazawa (1876-1955) usou pela primeira vez a palavra "mangá" no sentido moderno.[3]

Características

O sentido de leitura de um mangá japonês
Exemplo de arte no estilo mangá moderno.

A ordem de leitura de um mangá japonês é a inversa da ocidental, ou seja, inicia-se da capa do livro com a brochura à sua direita (correspondendo a contracapa ocidental), sendo a leitura das páginas feita da direita para a esquerda. Scott McCloud observa, por exemplo, a presença do que ele chama de efeito de máscara, ou seja, a combinação gráfica de um personagens de quadrinhos com um ambiente realista, como também acontece na linha clara franco-belga. No entanto, nos mangás, podem ser desenhados de forma mais realista ou os personagens ou os objetos (este último quando se quer indicar certos detalhes). Nota-se também o uso de olhos grandes em muitos dos personagens, que tem sua origem na influência da Disney no estilo de Osamu Tezuka.

No mangá, é comum o uso de numerosas linhas paralelas para representar o movimento ou surpresa.[4]



História

emakimono:"batalha de 12 animais Emaki" no século 14 ou 15[5]
Kibyoshi: precursora do mangá no século 18[6][7]

Os mangás têm suas raízes no período Nara (século VIII d.C.), com o aparecimento dos primeiros rolos de pinturas japonesas: os emakimono. Eles associavam pinturas e textos que juntos contavam uma história à medida que eram desenrolados. O primeiro desses emakimono, o Ingá Kyô, é a cópia de uma obra chinesa e separa nitidamente o texto da pintura.

A partir da metade do século XII, surgem os primeiros emakimono com estilo japonês. O Genji Monogatari Emaki é o exemplar de emakimono mais antigo conservado, sendo o mais famoso o Chojugiga, atribuído ao bonzo Kakuyu Toba e preservado no templo de Kozangi em Kyoto. Nesses últimos surgem, diversas vezes, textos explicativos após longas cenas de pintura. Os emakimono deram origem aos kamishibai, os teatros de papel ambulante.[8] Essa prevalência da imagem assegurando sozinha a narração é hoje uma das características mais importantes dos mangás.

No período Edo, em que os rolos são substituídos por livros, as estampas eram inicialmente destinadas à ilustração de romances e poesias, mas rapidamente surgem livros para ver em oposição aos livros para ler, antes do nascimento da estampa independente com uma única ilustração: o ukyo-ê no século XVI.

edição de abril de 1883 da revista satírica The Japan Punch, por Charles Wirgman.
Viagem a Tóquio de Tagosaku e Mokube (田吾作と杢兵衛の東京見物 Tagosaku to Mokube no Tokyo Kenbutsu?), 1902.

Charles Wirgman foi cartunista britânico que exerceu muita influência sobre o futuro dos mangás. Este cartunista chega em Yokohama em 1861 e no ano seguinte ele criou um jornal satírico, o The Japan Punch onde publicou até 1887, muitos de seus desenhos traziam balões de diálogos.[9] Ele ensinou técnicas ocidentais de desenho e pintura para um grande número de artistas japoneses como Takahashi Yuichi.[10] Influenciados pela The Japan Punch de Wirgman, Kanagaki Robun e Kawanabe Kyosai criaram a primeira revista de mangá em 1874: Eshinbun Nipponchi.[11] Eshinbun Nipponchi tinha um estilo muito simples de desenhos e não se tornou popular. Eshinbun Nipponchi terminou depois de três edições. A revista Kisho Shimbun lançada em 1875 foi inspirado por Eshinbun Nipponchi, que foi seguido por MaruMaru Chinbun em 1877, e, em seguida Garakuta Chinpo em 1879. Shōnen Sekai foi a primeira revista shōnen criada em 1895 por Iwaya Sazanami, um famoso escritor de japonês de literatura infantil. Shōnen Sekai teve uma forte ênfase sobre a Primeira Guerra Sino-Japonesa. Nesse período, os mangás ficaram conhecidos como Ponchi-ê (abreviação de Punch-picture).[12]


A expansão de técnicas europeias resultou em uma lenta, mas segura produção de artistas nativos japoneses como Kiyochika Kayashi, Takeo Nagamatsu, Ippei Okamoto, Ichiro Suzuki e, especialmente, Rakuten Kitazawa, cujo mangá Tagosaku to Mokube no Tokyo Kenbutsu (田吾作と杢兵衛の東京見物?) (1902) é considerado o primeira mangá no seu sentido moderno. Em 1905, Kitazawa criou sua primeira revista Tokyo Pakku, no mesmo ano, lança Shōjo Sekai, uma versão feminina da Shōnen Sekai, considerada a primeira revista shōjo[13] e a Shonen Pakku , que é considerado revista de mangás para as crianças (kodomo).[14]

Ippei Okamoto

Em 1912, Ippei Okamoto começa a colaborar como cartunista o jornal Asahi Shinbun, ele é responsável pela publicação das tiras americanas Mutt e Jeff de Bud Fisher e Bringing up Father (Pafúncio e Marocas, no Brasil) de George McManus.[15]

Em 1923, Katsuichi Kabashima desenha a tira "As aventuras de Sho-chan" (正チヤンの冒険 Shōchan no bōken??), roteirizado por Oda Nobutsune para o jornal Asahi Graph.[16] Diversas séries comparáveis as de além-mar surgem nos jornais japoneses: Norakuro Joutouhei (Primeiro Soldado Norakuro) uma série antimilitarista de Tagawa Suiho, e Boken Dankichi (As aventuras de Dankichi) de Shimada Keizo são as mais populares até a metade dos anos quarenta, quando toda a imprensa foi submetida à censura do governo, assim como todas as atividades culturais e artísticas. Entretanto, o governo japonês não hesitou em utilizar os quadrinhos para fins de propaganda.


Machiko Hasegawa e Osamu Tezuka, mangakás que iniciaram a carreira no pós-guerra


Sob ocupação americana após a Segunda Guerra Mundial, os mangakas, como os desenhistas são conhecidos, sofrem grande influência das histórias em quadrinhos ocidentais da época, traduzidas e difundidas em grande quantidade na imprensa cotidiana.

Em 1946, surge, o primeiro mangá feito por uma mulher, a tira Sazae-san de Machiko Hasegawa, publicada no jornal Asahi Shimbun. É então que um artista influenciado por Walt Disney, revoluciona esta forma de expressão e dá vida ao mangá moderno: Osamu Tezuka. As características faciais semelhantes às dos desenhos da Disney, onde olhos, boca, sobrancelhas e nariz são desenhados de maneira bastante exagerada para aumentar a expressividade dos personagens tornaram sua produção possível. É ele quem introduz os movimentos nas histórias através de efeitos gráficos, como linhas que dão a impressão de velocidade ou onomatopeias que se integram com a arte,[17] destacando todas as ações que comportassem movimento, mas também, e acima de tudo, pela alternância de planos e de enquadramentos como os usados no cinema. As histórias ficaram mais longas e começaram a ser divididas em capítulos.

Em 1947, Fukujiro Yokoi lança "Fushigina Kuni no Putcha" (Putcha no País das Maravilhas), ambientada mil anos no futuro, a história apresenta o garoto Putcha e o um robô chamado Perii, que é comparado a Tetsuwan Atom (Astro Boy) de Tezuka, lançado em 1952, o autor viria a falecer em 1948, vítima de tuberculose.[18] Ainda em 1947, Tezuka publicou no formato akahon, um mangá escrito por Sakai Shichima, Shin Takarajima (A Nova Ilha do Tesouro), um título de grande de sucesso que chegou a vender 400 mil exemplares.[12]

Osamu Tezuka produz através de seu próprio estúdio, o Mushi Production, a primeira série de animação para a televisão japonesa em 1963, a partir de uma de suas obras: Tetsuwan Atom (Astro Boy). Finalmente a passagem do papel para a televisão tornou-se comum e o aspecto comercial do mangá ganhou amplitude, mas Tezuka não se contentou com isso. Sua criatividade o levou a explorar diferentes gêneros — na sua maioria, os mangás tinham como público-alvo as crianças e jovens —, assim como a inventar outros, participando no aparecimento de mangás para adultos nos anos sessenta com os quais ele pôde abordar assuntos mais sérios e criar roteiros mais complexos. Ele também foi mentor de um número importante de mangakas como Fujiko & Fujio (dupla criadora de Doraemon), Akira "Leiji" Matsumoto, e Shotaro Ishinomori.

Nessa época, mangás eram bastante caros, começaram a surgir compilações em akahons (ou akabons, livros vermelhos), livros produzidos com papel mais barato e capa vermelha e do tamanho dos cartões postais (B6).[12] Assim, os mangás cresceram simultaneamente com seus leitores e diversificaram-se segundo o gosto de um público cada vez mais importante, tornando-se aceitos culturalmente. A edição de mangás representa hoje mais de um terço da tiragem e mais de um quarto dos rendimentos do mercado editorial em seu país de origem. Tornaram-se um verdadeiro fenômeno ao alcançar todas as classes sociais e todas as gerações graças ao seu preço baixo e a diversificação de seus temas. De fato, como espelho social, abordam todos os temas imagináveis: a vida escolar, a do trabalhador, os esportes, o amor, a guerra, o medo, séries tiradas da literatura japonesa e chinesa, a economia e as finanças, a história do Japão, a culinária e mesmo manuais de "como fazer", revelando assim suas funções pedagógicas.

Um artista de kamishibai em Tóquio, apresentando uma história de Ōgon Bat.

Na década de 1930, os kamishibais se tornaram bastante populares, o personagem Ōgon Bat, conhecido no Brasil como Fantomas,[8] estreou nesse período e chegou a aparecer em um mangá de Osamu Tezuka publicado em 1947[19] e outro no ano seguinte por seu co-criador, Takeo Nagamatsu.[20]além de um filme de 1966 estrelado por Sonny Chiba[21] e um anime lançado no ano seguinte.[8] artistas como Shigeru Mizuki, Goseki Kojima e Sanpei Shirato, começaram fazendo kamishibais e migraram para os mangás.[22]

Em 1957, Yoshihiro Tatsumi cunhou o termo gekigá (劇画? lit. figuras dramáticas) para definir seus mangás de temáticas adultas.[23]

Tipologia

Demografia

É comum para os fãs de mangás, em vez de usar as classificações por gênero, classificarem os títulos pela demografia.

  • Kodomo , destinado a crianças de tenra idade.
  • Shonen , destinado a garotos adolescentes.
  • Shoujo , destinado a garotas adolescentes.
  • Seinen , destinado a homens jovens e adultos.
  • Josei , destinado a mulheres jovens e adultas.
Gêneros

A classificação das mangas por gênero torna-se extremamente difícil, dada a riqueza de produção japonesa, na qual uma mesma série pode abranger vários gêneros e sofrer mutações ao longo do tempo.

Publicação

Ver artigos principais: Lista de revistas de mangá e Tankōbon

Os mangás são publicados no Japão originalmente em revistas antológicas impressas em papel-jornal parecidas com listas telefônicas. Essas revistas com cerca de 300 à 800 páginas são publicadas em periodicidades diversas que vão da semana ao trimestre. Elas trazem capítulos de várias séries diferentes. Cada capítulo normalmente tem entre dez e 40 páginas. Além disso, o conteúdo é impresso em preto e branco, contendo esporadicamente algumas páginas coloridas, geralmente no início dos capítulos, e em papel reciclado tornando-o barato e acessível a qualquer pessoa.

Assim que atingem um número de páginas em torno de 160~200, é publicado um volume encadernado, chamado tankohon ou Tankōbon, no formato de bolso, que então contém apenas histórias de uma série.[12][25] Esses volumes são os vendidos em diversos países dependendo do sucesso alcançado por uma série, ela pode ser reeditada em formato bunkoubon ou bunkouban (完全版?) (mais compacto com maior número de páginas) e wideban (ワイド版?) (melhor papel e formato um pouco maior que o de bolso).

Loja de mangá no Japão.

Uma das revistas mais famosas é a Shonen Jump da editora Shueisha. Ela publicou clássicos como Dragon Ball, Saint Seiya (ou Cavaleiros do Zodíaco), Yu Yu Hakusho e continua publicando outra séries conhecidas como Hunter x Hunter, Naruto, One Piece, Bleach e Toriko. Existem também outras revistas como a Champion Red mensal (Akita Shoten), que publica Saint Seiya Episode G (Cavaleiros do Zodíaco Episódio G), a Shonen Sunday semanal (Shogakukan), que publicava InuYasha, e a Afternoon mensal (Kodansha). Entre outras, podem-se citar também a Nakayoshi (Kodansha), revista de shoujo famosa que publicou entre outros Bishoujo Senshi Sailor Moon e Sakura Card Captors, e a Hana to Yume (Hakusensha) que publica Hana Kimi e Fruits Basket.

Revistas de mangá também contêm quadrinhos one-shot e vários yonkoma (um tipo tira de quatro painéis).

Há também os dōjinshis (fanzines) que são revistas feitas por autores independentes sem nenhum vínculo com grandes empresas. Algumas dessas revistas criam histórias inéditas e originais utilizando os personagens de outra ou podem dar continuidade a alguma série famosa.[26][27][28] Esse tipo de produto pode ser encontrado normalmente em eventos de cultura japonesa e na internet. O Comiket (abreviação de comic market), uma das maiores feiras de quadrinhos do mundo com mais de 400.000 visitantes em três dias que ocorre anualmente no Japão, é dedicada ao dōjinshi.[29]

Em Portugal

Em Portugal, mangás foram publicados pelas editoras Bertrand, Devir, Mangaline, ASA Editores, Meribérica/Líber, Planeta deAgostini e Texto Editora. Os primeiros mangás publicados em Portugal foram Ranma ½ e Spriggan, ambos em 1995. Há também uma revista em quadrinhos portuguesa inspirada mangás, a Banzai.[30]

No Brasil

Claudio Seto, precursor do mangá no Brasil.

A popularidade do estilo japonês de desenhar é marcante, também pela grande quantidade de japoneses e descendentes residentes no país. Já na década de 1960, alguns autores descendentes de japoneses, como Minami Keizi e Claudio Seto, começaram a utilizar influências gráficas, narrativas ou temáticas de mangá em seus trabalhos na editora EDREL (Editora de Revistas e Livros) fundada por Keizi.

A primeira publicação brasileira a citar os mangás japoneses foi um livro da EDREL: "A técnica universal das histórias em quadrinhos" de Fernando Ikoma, autor que só teve contatos com os quadrinhos japoneses quando foi trabalhar na editora[31], na época Seto e Keizi foram aconselhados a mudar o traço mangá para estilos ocidentais[31][32].

A EDREL teve muitos problemas com a censura do Regime Militar por conta dos quadrinhos eróticos publicados pela Editora[33]. Nessa época, Seto cria a Maria Erótica[34].

Em meados da década de 1970, a Editora Abril começa a publicar Speed Racer (Mach Go Go no original), as primeiras histórias em quadrinhos baseadas em uma produção japonesa. As histórias eram oriundas da revista Meteoro da Editorial Abril da Argentina[35][36], fundada por Cesar Civita, irmão de Victor Civita, criador da Editora Abril brasileira[37]. A revista brasileira também publicaria histórias produzidas por artistas locais[38]. O mangá original de Speed Racer só seria publicado país na década de 2000[39]. A série de anime foi exibida no programa do Capitão Aza[39].

Em 1978, Claudio Seto conheceu Faruk El Kathib, dono da Grafipar, editora de livros vendidos de porta em porta de Curitiba. Seto havia se mudado para Curitiba três anos antes, onde trabalhou como ilustrador em um jornal[34]. Na Grafipar, Seto trouxe de volta a Maria Erótica[34].

Nos anos 80, os tokusatsus (as séries de super-herói em live-action) fizeram bastante suceso no Brasil. Em 1982, a Grafipar (pelo selo Bico de Pena) lançou duas revistas em formatinho no estilo mangá: Super-Pinóquio, de Claudio Seto (nitidamente baseado em Astro Boy e em Pinóquio de Carlo Collodi) e Robô Gigante, que continha duas histórias: uma sobre um robô gigante, roteirizado por Seto e ilustrado por Watson Portela,[40] e Ultraboy, uma espécie de Ultraman brasileiro, de Franco de Rosa[41]. Ambas as revistas tiveram apenas uma edição.

Pela Nova Sampa, o casal Ataide Braz e Neide Harue lançam a série "Dracula A Sombra da Noite", série influenciada pelo livro Drácula de Bram Stoker[42].

Spectreman também possuía um mangá no Japão, produzido por Daiji Kazumine e pelo criador Souji Ushio,[43] contudo, a Bloch Editores publicou no país uma versão não-oficial desenhada por Eduardo Vetillo, a revista era produzida no estilo dos comics de super-heróis.[44]

No final da década de 1980 e início da década de 1990, foram lançadas revistas em quadrinhos licenciadas das séries Jaspion, Maskman, Changeman e Spielvan, Sharivan e Goggle V. Inicialmente, pela EBAL e depois pela Bloch (que lançou uma fotonovela de Jaspion) e pela editora Abril, que também publicou Black Kamen Rider e Cybercop,[45] única das séries que não pertencia a Toei Company[46], todas produzidas por artistas brasileiros do Studio Velpa[47], pela EBAL os roteiros ficaram a cargo de Ataíde Braz, Rodrigo de Góes e Alexandre Nagado e desenhos de Roberto Kussumoto,[48], Neide Harue, Edson Kohatsu (desenhos),[49] pela Abril: roteiros de Alexandre Nagado, Marcelo Cassaro e Rodrigo de Góes[47], e desenhos de Aluir Amâncio, Marcello Arantes, João Pacheco, Jaime Podavin, Watson Portela[50] e Arthur Garcia[51].

Tal qual Spectreman, essas também seguiam o padrão dos comics[52], entretanto vários dos artistas que participaram dessas publicações publicarIam HQs no estilo mangá[45][53].

Ainda nos anos 80, foram licenciados os primeiros mangás japoneses originais. Esses títulos foram publicados em vários formatos diferentes e com as páginas espelhadas (da esquerda para direita)[54].

Alguns clássicos foram publicados nos anos 80 e começo dos anos 90 sem muito destaque, como Lobo Solitário, em 1988, pela editora Cedibra, primeiro mangá lançado no Brasil[55]; Akira, pela Editora Globo; Crying Freeman, pela Nova Sampa; A Lenda de Kamui (Sanpei Shirato) e Mai - Garota Sensitiva, pela Editora Abril[56] e Cobra, pela Dealer[40].

Em 3 de fevereiro de 1984, é criada a Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações (Abrademi). No mesmo ano, Osamu Tezuka visita o Brasil e é apresentado a uma exposição com trabalhos de vários artistas brasileiros. Algum tempo depois, Tezuka conhece o brasileiro Mauricio de Sousa, com que estabelece uma amizade. Ambos planejaram um crossover entre seus personagens em longa-metragens de animação, mas o projeto foi engavetado após a morte de Tezuka em 1989[57].

O primeiro "boom" de animes e mangás no Brasil vem em 1994, com o sucesso do anime Os Cavaleiros do Zodíaco, de Masami Kurumada, exibido pela Rede Manchete. Surgem várias revistas informativas, como a Revista Herói (publicada em conjunto pela Acme e a Nova Sampa)[58] e também as primeiras revistas dedicadas exclusivamente a animes e mangás, como a Japan Fury e Animax[59][60].

Capa da primeira edição de Holy Avenger.

Conjuntamente, surge um grande número de fanzines e revistas em quadrinhos baseados em animes e mangás[59]. A Magnum (editora que publicava a revista Animax) publica a revista Hyper Comix (que originalmente era um fanzine) e Megaman (adaptação do jogo eletrônico homônimo), ambas produzidas por artistas brasileiros. Com exceção de Daniel HDR, que já trabalhava para a Marvel Comics, vários artistas fazem suas estréias profissionais nessas revistas, como a desenhista Érica Awano)[61].

A Editora Escala também publica uma revista baseada numa franquia de video games, Street Fighter (pertencente a Capcom, mesma proprietária de Megaman). A revista traz alguns artistas que participaram das revistas "O Fantástico Jaspion" e Heróis da TV, da Editora Abril : roteirizadas por Marcelo Cassaro, Alexandre Nagado e Rodrigo de Góes e ilustradas por Arthur Garcia, João Pacheco, Neide Harue e Silvio Spotti e apresenta um estilo híbrido entre os quadrinhos americanos e os mangás[47].

Ainda em 1994, Marcelo Cassaro sai da Editora Escala e vai trabalhar na Editora Trama, onde cria a revista Dragão Brasil[62] e o sistema de RPG Defensores de Tóquio, o qual satiriza franquias japonesas de mangás, animes e tokusatus[63]. Pela Trama, vários de seus projetos apresentados na revista viram histórias em quadrinhos, como Holy Avenger[64].

Em 1998, a editora Animangá lança Ranma ½, primeiro título adolescente (shonen) publicado no Brasil. As edições seguem o padrão usado pela editora Viz (formato americano, lombada com grampos, leitura ocidental)[59] e tem uma periodicidade irregular. A tradução fica a cargo de Cristiane Akune, da Abrademi[65]. Nesse mesmo ano, a Editora Trama lança a mini-série Street Fighter Zero com roteiros de Marcelo Cassaro e arte de Érica Awano[66].

Em 1999, Marcelo Cassaro lança pela Trama[47] a revista Holy Avenger, (baseada uma aventura de RPG publicada na revista em 1998) com arte de Erica Awano, tornando-se o título de "mangá brasileiro" mais longevo até então[64].

O grande marco da publicação de mangás no Brasil acontece por volta de dezembro de 2000, com o lançamento dos títulos Samurai X[67], Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco[68] pelas editoras JBC e Conrad (antiga Editora Acme). Os diferenciais desses títulos são a ordem de leitura (da direita para a esquerda, como no Japão); lombada quadrada; número de páginas de meio-tankohon (metade das páginas de um volume japonês) e dois formatos: o de bolso (usado pela JBC)[69] e o formatinho (adotado pela Conrad). Nessa época, a editora Escala lança antologias inspiradas nas revistas japonesas e mescla material de artistas veteranos como Claudio Seto, Mozart Couto e Watson Portela com o de aspirantes a quadrinistas, além de lançar vários manuais de "Como Desenhar no Estilo mangá"[70].

Combo Rangers

O quadrinista Fábio Yabu lança revistas em quadrinhos baseadas em sua webcomic Combo Rangers, que satiriza produções japonesas (sobretudo os super sentais)[54].

Em 2002, a Editora Cristal lança a primeira adaptação em estilo mangá: "O Pequeno Ninja Mangá" (originalmente uma revista infantil do início da década de 1990)[71].

Com o aumento dos títulos originais japoneses, os títulos brasileiros diminuem, sobretudo com o lançamento, em 2002, de Gundam Wing[72], pelo selo Planet Manga[73], da italiana Panini Comics, que também licenciou os sucessos Naruto[74] e Bleach[75].

Em 2003, Marcelo Cassaro publica Dungeon Crawlers, pela Mythos Editora, com arte de Daniel HDR[76] e uma reedição de Holy Avenger[77]. Nesse mesmo ano, Franco de Rosa negocia com a King Features Syndicate[78] uma versão mangá de O Fantasma, mas a empresa recusa. Lança, então, o herói Fantagor, pelo selo Mangaijin da editora Minuano, desenhado por Pierre Vargas, que teve apenas uma edição[79].

No mesmo ano, a Via Lettera publica o álbum "Mangá Tropical", com trabalhos de: Marcelo Cassaro e Erica Awano; Fábio Yabu e Daniel HDR, Alexandre Nagado, Arthur Garcia e Silvio Spotti; Elza Keiko e Eduardo Müller; Rodrigo de Góes, Denise Akemi e prefácio de Sônia Maria Bibe Luyten[80].

Capa de Turma da Mônica Jovem #1

Em 2008, Mauricio de Sousa e a esposa Alice Takeda são escolhidos para criar mascotes para o Centenário da imigração japonesa ao Brasil[81] e anunciam o lançamento de Turma da Mônica Jovem, versão mangá adolescente da Turma da Mônica[82]. Com isso, surgem vários "Mangás Jovens"[83], como Luluzinha Teen (versão adolescente da Turma da Luluzinha)[84] e Didi & Lili - Geração Mangá (baseado na personagem Didi Mocó de Renato Aragão e sua filha, Lívian Aragão, a Lili), em 2009 e 2010 respectivamente[85].

Também em 2008, em virtude do Centenário da imigração japonesa ao Brasil, o Troféu HQ Mix, pela primeira vez o Troféu premiava cinco artistas ao mesmo tempo na categoria "grande mestre", premiados quadrinista da EDREL (Editora de Revistas e Livros): os irmãos Paulo e Roberto Fukue, Fernando Ikoma e Minami Keizi, o troféu foi inspirado no personagem "O Samurai" de Claudio Seto (falecido naquele ano), além do animador japonês naturalizado brasileiro Ypê Nakashima (1926-1974),[86] que também produziu charges e tiras para publicações da colonia japonesa, tais como Cooperativa Agrícola de Cotia, Nippak Shimbum e São Paulo-Shimbun, Nakashima é conhecido pelo longa de animação Piconzé (1972).[87] A editora cristã Edições Vida nova inicia a publicação de mangás inspirados na Bíblia, publicados originalmente pela editora japonesa Next,[88] essa não foi a primeira vez que a Bíblia foi adaptada por japoneses, Osamu Tezuka chegou a produzir anime coproduzido entre um canal japonês e um italiano, produzido em 1989, ano em que o mangaká faleceu, o anime permaneceu inédito até 1997,[89] um outro exemplo é o anime Superbook (1981), co-produzido pela Tatsunoko.[90]

Em 2009, o arte-educador Fabio Shin (que apesar do nome artístico não é descendente de japoneses), ilustrou uma graphic novel sobre a vida do cantor Michael Jackson em estilo mangá,[91] Shin é conhecido pelas caricaturas em estilo mangá (conhecidas como Nigaoê mangá ou Nikayou mangá), Shin chegou a criar versões em mangá de personagens do Sítio do Picapau Amarelo do escritor Monteiro Lobato para uma exposição.[92][93]

No fim de 2009, começam a ser lançados mangás didáticos, com a série O Guia Mangá, da editora Novatec, publicada originalmente pela editora Ohmsha como The Manga Guide.[94]

Em 2010, o Studio Seasons publica uma versão encadernada de Zucker, pela Newpop Editora, mangá publicado na revista informativa Neo Tokyo da Editora Escala[95]. Em julho do mesmo ano, a HQM Editora publica os mangás Vitral e O Príncipe do Best Seller, do Futago Studio[96].

Em 2011, o jornalista e ilustrador Alexandre Lancaster lança uma editora própria, a Lancaster Editorial, que publica o Almanaque Ação Magazine, uma nova tentativa de implantar uma antologia de mangá brasileira[97]. Lancaster, outrora redator do site Anime Pró e da revista Neo Tokyo[98], já havia lançado o projeto Ação Total em formato online, hospedado no site Anime Pró, porém o projeto foi cancelado[99][100].

Em julho do mesmo ano, o roteirista JM Trevisan (que, ao lado de Marcelo Cassaro e Rogério Saladino, forma o Trio Tormenta) e o desenhista Lobo Borges lançam a webcomic "Ledd", uma nova HQ ambientada no universo ficcional de Tormenta (o mesmo de Holy Avenger e Dungeon Crawlers), tendo como meta lançar os episódios encadernados pela Jambô Editora[101] (semelhante ao que acontece com Combo Rangers).

Trabalhando inicialmente apenas com livros de RPG, a Jambô fez sua estreia no mercado de quadrinhos publicando a versão encadernada de DBride, também ambientada em Tormenta e publicada originalmente na revista Dragon Slayer da Editora Escala[102]. Em 2012, Mauricio de Sousa lança uma edição especial da Turma da Mônica Jovem, na qual suas personagens contracenam com as de Osamu Tezuka[57].

Em outros países

Ver artigo principal: Amerimanga

Os termos "mangá global","mangá internacional",[103] "neo-mangá",[104][105] e "mangaijin" (criado a partir das palavras mangá e gaijin, literalmente "estrangeiro") são usados para definir histórias em quadrinhos na estética japonesa.[106] Há muito tempo o estilo tem deixado sua influência nos quadrinhos e nas animações no mundo todo.[107]

Atualmente na Coreia do Sul e na China, podemos observar um movimento em direção aos mangás muito forte. Os manhwas coreanos e manhuas chineses têm atingido vários países pelo globo.[106] Um exemplo claro de manhwas no Brasil são algumas histórias de sucesso como Ragnarök e Chonchu (manhwas)[108] e O Tigre e o Dragão (manhua).

Artistas americanos de quadrinhos como Frank Miller foram de alguma maneira influenciados em algumas de suas obras. As influências recebidas dos mangás japoneses ficaram mais evidentes com a minissérie Ronin (1983).[109]

Outros artistas como os americanos Brian Wood, Adam Warren, Ben Dunn (autor de Ninja High School), Fred Gallagher (autor de Megatokyo)[110], Becky Cloonan (autor de Demo), o coreano Tommy Yune (autor de quadrinhos baseados na série de anime e mangá Speed Racer, publicadas pela Wildstorm entre 1999 e 2000)[111] o canadense Brian Lee O'Malley (autor de Lost At Sea e Scott Pilgrim)[112] são muito influenciados pelo estilo e têm recebido muitos aplausos por parte da comunidade de fãs de fora dos mangás. Estes artistas têm outras influências que tornam seus trabalhos mais interessantes para os leigos nesta arte. Além disso, eles têm suas raízes em subculturas orientais dentro de seus próprios países.

Histórias em quadrinhos americanas que utilizam a estética dos mangás, são constantemente chamados de OEL Manga (Original English-Language mangá) ou Amerimanga.

O americano Paul Pope trabalhou no Japão pela editora Kodansha na revista antológica mensal Afternoon. Antes disso ele tinha um projeto de uma antologia que seria mais tarde publicada nos Estados Unidos — a Heavy Liquid[113]. O resultado deste trabalho demonstra fortemente a influência da cultura do mangá em nível internacional.

J. M. Ken Niimura

Em 2011, a minissérie I Kill Giants, escrita por Joe Kelly e ilustrada pelo quadrinhista espanhol e descendente de japoneses J. M. Ken Niimura e publicada entre 2008 e 2009 pela Image Comics,[114] ganhou a 5ª edição do International Manga Awards, prêmio concedido pelo governo japonês, em 2013, Niimura publicou a webcomic Henshin no site da revista japonesa Ikki, publicada pelo Shogakukan.[115]


Jesulink, autor de Raruto

Na França existe o movimento artístico, descrito em manifesto como la nouvelle manga. Esse foi iniciado por Frédéric Boilet através da combinação dos mangás maduros com o estilo tradicional de quadrinhos franco-belgas. Enquanto vários artistas japoneses se uniam ao projeto outros artistas franceses resolveram também abraçar essa ideia. Há também franquias mais comerciais, há a caso dos jogos Wakfu e Dofus da produtora Ankama Games, que também possuem quadrinhos e animações inspirados em produções japonesas.[116]

Em 2015, Radiant de Tony Valente, publicado originalmente pela Ankama foi o primeiro "mangá francês" a ser publicado no Japão.[117]

Da Espanha destacam-se as paródias de anime, Dragon Fall de Nacho Fernández e Álvaro López e Raruto de Jesulink, baseadas respectivamente em Dragon Ball e Naruto.[118]

Além de tudo isso, é bastante comum encontrar histórias on-line de vários países nesse estilo e até ilustrações mais corriqueiras como das relacionadas à publicidade.

Críticas

Desenho de uma personagem segundo alguns elementos típicos do gênero ecchi. Note que os contornos são enfatizados e o cabelo desaparece na frente dos olhos, o que é geralmente o caso, mas não sempre.

Uma crítica comum aos mangás feita por ocidentais é a de que são excessivamente violentos e pornográficos ou eróticos. Contudo, segundo Frederik L. Schodt, esse tipo de generalização está longe da verdade, ainda que ele admita que há sim mangás em que a pornografia e a violência são excessivos.[119] Para ele, esse tipo de generalização habitualmente ignora as origens dos quadrinhos japoneses no ukyo-ê e no kibyoshi, que costumavam retratar cenas eróticas ou violentas, além de comparar os mangás com os quadrinhos ocidentais (Schodt refere-se mais especificamente aos quadrinhos dos Estados Unidos que costumavam sofrer autocensura desde a década de 1950).[119] Vale lembrar que no Japão existem vários estilos e tipos de mangá destinados a públicos diferentes e idades diferentes.

Mesmo no Japão surgem, de tempos em tempos, polêmicas envolvendo alguma publicação. Por exemplo, na década de 1960, Harenchi Gakuen de Go Nagai foi acusado de erotismo excessivo.[54] Este mangá trata de uma escola em que acontecem situações eróticas, foi criticado e chegou a ser queimado em público por pais.[120] O caso de Tsutomu Miyazaki, assassino em série japonês considerado um otaku, levou vários pais e educadores a se preocuparem com o conteúdo dos mangás, já que foram encontrados vários mangás e animes eróticos na casa deste.[54] Em resposta a esse caso, surgiu na década de 1990 um movimento contra os "livros daninhos". Pais, professores, políticos e a imprensa cobraram mais responsabilidade das editoras acerca do conteúdo dos mangás e de sua explícita classificação etária. Por exemplo, o jornal Asahi Shimbun disse em um editorial em 1990 que os mangás influenciavam negativamente as crianças, o governo de Tóquio adotou em 1991 a "Resolução Restringindo Livros Daninhos" e criou-se uma comissão na Dieta para discutir a questão.[121] Tudo isso fez com que as editoras criassem um código moral para os mangás e passassem a indicar conteúdo inadequado na capa das publicações utilizando selos específicos.[54] Mas, de acordo com Alfons Moliné,[54] pouco depois, a partir de 1993, o policiamento diminuiu e as editoras deixaram de marcar as publicações e de por o código moral em prática. Os artistas, por seu lado, se reuniram para defender a liberdade de expressão nos mangás.[54] Finalmente, em 2002 o mangaká Motonori Kishi foi julgado e condenado a um ano de prisão por obscenidade por sua obra Misshitsu. Este é o primeiro caso em que um mangá é julgado por violação do artigo 175 do Código Penal japonês, o qual controla o conteúdo de filmes, livros e obras de arte em geral e gerou discussões acerca da liberdade de expressão. Segundo o juiz, o mangá era "gráfico demais".[122][123]

Nos Estados Unidos, os mangás foram repetidas vezes alvo de discussões envolvendo o empréstimo de exemplares de mangás ou mesmo de livros sobre eles por adolescentes em bibliotecas ou a presença deles em seções inadequadas de livrarias. Em 2006, uma mãe pediu e conseguiu que o livro do estudioso Paul Gravett fosse retirado das bibliotecas públicas do condado de Victorville na Califórnia depois que seu filho de 16 anos disse ter visto imagens de sexo no livro.[124] Em um caso semelhante, um pai em Portland, Oregon, descobriu que seu filho havia pego mangás com classificação para maiores de 18 anos em uma biblioteca local.[125] E uma livraria em Lexington, na Carolina do Sul mudou a localização da sua seção de mangás após receber reclamações de uma mãe.[126]

Algumas críticas envolvem a pornografia infantil, os mangás dos gêneros lolicon e shotacon (além de videogames e pornografia na internet em geral no Japão) e a sua proibição. Em 1999 e 2004 foram aprovadas no Japão leis criminalizando a prostituição infantil e a criação e venda de material pornográfico envolvendo menores, mas a posse de tais materiais continua sendo permitida.[127][128] Pressões internacionais têm forçado o país a rever estas leis. Em 2008, a UNICEF afirmou que o país não estava se esforçando o bastante para colocar em prática acordos internacionais dos quais é signatário e combater a pedofilia.[128][129] Contudo, a nova legislação não deve incluir os mangás e animes: seus defensores argumentam que regulamentações feririam a liberdade de expressão e que os personagens não são reais e, portanto, não são vítimas de violência.[130] Em 2015, a ONU pediu que o Japão proíba mangás com mangás com teor pedófilo.[131]


Outra corrente de críticas se dirige a "invasão" dos mangás no mercado ocidental. Em 2005, no álbum Asterix e o Dia em que o Céu caiu de Asterix o autor, Albert Uderzo, coloca Asterix e outros personagens lutando contra Nagma, anagrama de mangá, e contra clones que ironizam super-heróis dos Estados Unidos,[132] no que seria a realidade de autores europeus no presente.[133] Contudo, o autor se defendeu dizendo que não tem nada contra os mangás e menos ainda contra os quadrinhos dos Estados Unidos, que teriam lhe inspirado sua profissão, e que foi mal interpretado.[134] No mesmo estilo, Arnaldo Niskier da Academia Brasileira de Letras publicou em 12 de fevereiro de 2008, coluna na Folha de S.Paulo criticando a influência dos mangás nos jovens e afirmando que "conhecer o fenômeno é uma forma de colocar limites em sua expansão, para que prevaleça, no espírito dos jovens, se possível, muito mais a riqueza da cultura brasileira".[135]

Ver também

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Bibliografia

Ligações externas

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