Saltar para o conteúdo

Economia do Paraná

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Economia do Paraná
Ficha técnica
Participação no PIB nacional 6.3% (2013).
PIB per capita R$ 30.264 (2013).
Composição do PIB
Agropecuária 9,22% (2012).
Indústria 20,96% (2012).
Serviços 69,82% (2012).
Atividades econômicas
Agricultura cana-de-açúcar (48.449.908 t), milho (17.342.302 t), soja (15.937.620 t), mandioca (3.759.705 t), trigo (1.900.178 t), feijão (619.623 t), batata (706.825 t), laranja (250.000 t), cevada (120.835 t), centeio (1.575 t) (2013).
Extrativismo madeira (3.587.266 m³), lenha (3.165.668 m³), noz de pinho (308.489 m³), madeira de pinheiro (262.317 m³), erva-mate (109.575 t), carvão vegetal (72.378 t), pinhão (1.321 t) (2000).
Pecuária aves (142.996.037), bovinos (9.645.866), suínos (4.224.838), ovinos (548.998), equinos (479.928), bubalinos (65.064) (2000).
Mineração gás natural (86 milhões m³), petróleo (386.237 m³) (2001), areia e cascalho (14.935.000 m³), pedra britada (10.321.185 m³), calcário (8.196.865 t), carvão (84.724 t), água mineral (191.197.582 l) (2000).
Exportações (US$ 5,3 bilhões): soja e derivados (31%), veículos e peças (21%), outros alimentos (13%), madeira (9%), carne congelada (8%).
Importações (US$ 4,9 bilhões): veículos e peças (17%), petróleo (11%), outras máquinas e motores (7%), fertilizantes (7%), componentes eletrônicos (6%), petroquímicos (5%), grãos (4%) (2001).
Energia elétrica
Geração 78.808 GWh (2001).
Consumo 17.539 GWh (2001).
Telecomunicações
Telefonia fixa 2,6 milhões de linhas (est. 2002).
Celulares 2,1 milhões (est. 2002).

As principais fontes de renda da economia do Paraná são a agricultura (cana-de-açúcar, milho, soja, trigo, café, mandioca), a indústria (agroindústria, indústria automobilística, papel e celulose) e o extrativismo vegetal (madeira e erva-mate).[1] O setor terciário é o maior e mais relevante da economia paranaense: em 2013, a participação dos serviços representava 63,4% do valor total adicionado à de todo o estado.[2]

Características gerais

[editar | editar código-fonte]

Das fontes de renda que desenvolvem-se no Paraná, merecem destaque a agricultura e a pecuária, além de um setor industrial bastante expansivo. Os mais importantes produtos da agricultura paranaense são a cana-de-açúcar o milho , a soja , a mandioca , o trigo , o algodão e a laranja (1,4 bilhão de frutos). O rebanho bovino possui mais de 9,5 milhões de cabeças; o suíno, 4,2 milhões; e o ovino, 570 mil. A avicultura conta 125 milhões de galináceos.[1]

Há relevantes depósitos paranaenses de calcário. Demais fontes de renda importantes são o extrativismo de gás natural e água mineral e a diminuta produção de petróleo. As mais importantes atividades da indústria no Paraná são a agroindústria, o de papel e celulose, o de fertilizantes e, mais há pouco tempo, o automobilístico e o de eletroeletrônicos.[1]

O Paraná é sede de importantes cooperativas agropecuárias, entre as quais a Coamo, de Campo Mourão, cuja receita é superior a R$ 5 bilhões; a C.Vale, de Palotina; a Lar, de Medianeira, de Maringá; a Integrada, de Londrina; a Agrária, de Guarapuava; a Batavo, de Carambeí, de Castro, entre outras.[3] As cooperativas agropecuárias paranaenses têm uma receita superior a R$ 21 bilhões, o que representa cerca de 55% do PIB agrícola do Paraná.[4] A Coamo é reconhecida como a maior cooperativa agropecuária da América Latina, sendo a única que realiza exportações diretas aos compradores europeus.[4]

Existem três lugares relevantes de turismo no Paraná. O primeiro lugar visitado é o Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, registrado por tombamento pela Unesco como patrimônio natural da humanidade, em que são encontradas as famosas cataratas do Iguaçu. Além disso, a região de Vila Velha tem atrações geológicas, e a serra da Graciosa, perto do litoral, fornece alternativas de turismo gastronômico. Na costa, a ilha do Mel traz banhistas do Brasil inteiro e do estrangeiro. A capital, Curitiba, firmou-se na história do Brasil como relevante centro cultural e de lazer.[1]

O Paraná conta com mais de 261,2 mil quilômetros de rodovias. Além disso, o estado é atravessado por relevantes estradas de rodagem federais, como a BR-101 e a BR-116, com grande tráfego de caminhões. A rede ferroviária no Paraná atinge cerca de 2.250 quilômetros.[1]

De acordo com a Revista Amanhã, as dez maiores empresas do Paraná são a Vivo, o HSBC, a Copel, a Rumo Logística, a Renault, a Coamo, a Klabin, a Itaipu Binacional e a Kraft Foods.[5] Outras empresas mais importantes são a Batavo, O Boticário, a Positivo Informática, a Sanepar e o Grupo J. Malucelli.[5]

O Paraná possui o 4º maior PIB do Brasil, com 332.837.000 bilhões de reais, representando 6,3% do PIB nacional no ano de 2013, contra 5,9% em 2012.[2] Esse aumento de participação foi a maior do Brasil na última apuração.[6] Esse aumento foi impulsionado pela produção agrícola e energética.[7] Cerca de 9% do PIB paranaense provém da agricultura. Outros 21% vem da indústria e os restantes 69% vem do setor de serviços.

Evolução do PIB e do PIB per capita do Paraná[2]
Anos PIB
(em reais)
PIB per capita
(em reais)
2002 88.407.076 8,926.93
2003 109.458.876 10,926.81
2004 122.433.731 12,088.33
2005 126.621.933 12,370.41
2006 136.614.637 13,211.75
2007 161.581.843 15,474.41
2008 179.270.000 17,007.88
2009 189.991.948 17,862.99
2010 217.289.676 20,252.63
2011 239.366.010 22,121.69
2012 255.926.607 23,457.18
2013 332.837.000 30,264.15
2014 358.544.000

Setor primário

[editar | editar código-fonte]
O café é um dos produtos agrícolas do Paraná.

Os mais importantes produtos da agricultura paranaense são o trigo, o milho e a soja,[8] riquezas das quais foram obtidos recordes de safra, competindo com os demais estados.[8] O cultivo da soja é o mais novo dos três e foi expandido tanto no norte como no oeste do estado, e depois no sul.[9] Tem importância, também, que o algodão herbáceo é especialmente produzido no norte.[9] A cafeicultura, que é uma das principais atividades agrícolas do estado, caso não desfrute da mesma grandiosidade de antigamente (o Paraná, sozinho, já chegou a produzir 60% do café de todo o mundo), ainda faz com que o Paraná continue sendo um dos principais produtores da federação brasileira.[10] As plantações mais densas de café revestem a área a oeste de Apucarana.[9] Em segundo lugar, o café é produzido nos terrenos da área zoneada de Bandeirantes, Santa Amélia e Jacarezinho.[9]

No que se refere à pecuária, o Paraná dispõe de uma imensa bovinocultura e é um dos estados brasileiros que mais criam porcos, principalmente no centro, sul e leste do estado.[11] Nos últimos vinte anos, a bovinocultura e a suinocultura foram muito expandidas.[9] Como nos demais estados da região Sul do Brasil, diferem, no Paraná, os modos de utilização das terras campestres ou florestais.[9] Geralmente, nas zonas campestres, a pecuária extensiva é praticada; nas zonas florestais, as plantações e pastos artificiais para engordar o gado são desenvolvidas.[9] No Paraná, a quantidade produzida de ovos, de casulos do bicho-da-seda, mel e cera de abelha ainda é expressiva.[12] Mas é na avicultura que o estado vem se destacando nos últimos dez anos, graças à implantação de frigoríficos pela iniciativa privada e pelas cooperativas.[13] A avicultura é produzida em praticamente todas as regiões acompanhando as áreas onde se produz milho, que é a matéria-prima para a ração das aves.[14] As aves são exportadas para mais de uma dezena de países.[14]

A madeira do pinheiro-do-paraná foi um produto importante do extrativismo vegetal.

A pesca não se expandiu como a pecuária e da agricultura fizeram. Em 2016, foram: 2 977 587 kg de carpa; 23 450 kg de curimatã; 2 700 kg de dourado; 2 765 kg de lambari; 1 500 kg de matrinxã; 1 883 540 kg de pacu e patinga; 132 230 kg de piau, piapara, piauçu e piava; 9 500 kg de pintado, cachara, cachapira, pintachara e surubim; 8 000 kg de pirarucu; 150 290 kg de tambacu e tambatinga; 7 200 kg de tambaqui; 69 924 178 kg de tilápia; 223 827 kg de traíra e trairão; 140 kg de truta; 300 kg de tucunaré; 710 240 kg de outros peixes; 259 719 kg de alevinos; 90 000 kg de camarão; e 68 934 kg de ostras, vieiras e mexilhões.[15]

O subsolo paranaense possui grandes riquezas minerais. Há reservas significativas de areia, argila, calcário, caulim, dolomita, talco e mármore, bem como demais menores (baritina, cálcio). A bacia carbonífera é a terceira do Brasil, e a de xisto, a segunda. Em relação aos minerais metálicos, mediram-se depósitos de chumbo, cobre e ferro.[16]

Uma riqueza importante do Paraná, a dos pinheirais, correu grande perigo devido à indústria de madeira e pela agricultura extensiva.[17] Em 1984, segundo informações do Instituto de Terras e Cartografia do Paraná, as florestas do estado reduziram para 11,9% do que foi cinquenta anos anteriores, durante a implantação no Paraná do mais antigo código florestal.[18] Dos últimos dias da década de 1980 para frente, o governo começou a ensinar o uso do solo e dos recursos florestais segundo uma política que protegesse o meio ambiente e de contínuo reflorestamento.[19] Uma segunda riqueza vegetal que extrai-se dos solos do Paraná é a erva-mate (utilizada para chimarrão, uma bebida típica da região sul do país).[13]

Setor secundário

[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Indústria no Paraná
Unidade Monte Alegre da Klabin S.A., em Telêmaco Borba.
Vista aérea da Usina Hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior usina hidrelétrica do mundo.

Em meados do século XX, as atividades econômicas da indústria impulsionaram consideravelmente a economia do Paraná.[20] Foi em consequência desse impulso que a urbanização cresceu, não somente na área ao redor de Curitiba, como em polos interioranos, exemplificando, Ponta Grossa — maior parque industrial do interior —, Londrina, Cianorte e Cascavel.[21] Os mais importantes gêneros industriais são o de alimentos e o madeireiro.[21] Curitiba é o município que possui mais indústrias e os mais importantes setores de sua atividade industrial são os de alimentos e de móveis, o madeireiro, de minerais não-metálicos, de produtos químicos e de bebidas.[21] Na Região Metropolitana de Curitiba, em São José dos Pinhais, encontram-se ainda unidades industriais (montadoras) da Volkswagen-Audi e da Renault, ambas de grande porte.[22] O setor madeireiro espalha-se no interior, com importantes centros em União da Vitória, Guarapuava e Cascavel.[21]

O centro mais expressivo dos alimentos produzidos é Londrina, sendo também muito importante a atividade em Ponta Grossa, considerado um dos maiores parques moageiros de milho e soja da América Latina.[21] A mais importante indústria do estado é a Companhia Fabricadora de Papel do grupo Klabin, que instalou-se no conjunto da Fazenda Monte Alegre, no município de Telêmaco Borba.[23][24][25][26][27]

O Paraná possui um imenso potencial hidrelétrico de muito bem empregado, principalmente no rio Iguaçu, onde foram erguidas diversas hidrelétricas, merecendo destaque as de foz do rio Areia, Salto Osório e Salto Santiago.[28] Perto de Curitiba localiza-se a Usina Hidrelétrica de Capivari Cachoeira, uma das mais antigas que a Copel, a companhia estadual de energia elétrica, já construiu.[28] Mais há pouco tempo foram erguidas centrais hidrelétricas em diversos pequenos rios, como a de Chavantes e Vossoroca.[28] No rio Chopim, no sudoeste do estado, foi erguida a Usina Hidrelétrica de Júlio Mesquita Filho.[28] No entanto, opera no Paraná a Usina Hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior do mundo em produção de energia (depois da Hidrelétrica de Três Gargantas, na China), mas ainda a maior em tamanho, na fronteira Brasil-Paraguai,[29] e erguida em grupo com este país.[30] Terminada em 1991, somente a partir daí a sua capacidade inteira, de 12 000 MW, começou a ser utilizado, o que fez do Paraná o estado brasileiro que mais produz energia.[31] Mas o Paraná igualmente é enriquecido de energia produzida pelas usinas açúcareiras e alcooleiras, produtoras de eletricidade desde a queima do bagaço da cana-de-açúcar.[32]

Setor terciário

[editar | editar código-fonte]
Exportações do Paraná - (2012)[33]

O Paraná é um dos maiores colaboradores das exportações do Brasil.[34] Diversas instituições, como o Centro de Exportação do Paraná (CEXPAR) e a Carteira de Comércio Exterior do Banco do Brasil (CACEX) estimulam a cada momento o comércio exterior.[35] A exportações do Paraná ao comércio exterior são realizadas através do porto de Paranaguá, por Foz do Iguaçu, do Aeroporto Internacional Afonso Pena e uma porção menor pelo município de Barracão, no sudoeste do estado.[36] A área comercial do porto de Paranaguá é extensa pelo Paraná inteiro, pela maioria de Santa Catarina, pela extremidade setentrional do Rio Grande do Sul, pela porção sul de Mato Grosso do Sul e pela República do Paraguai.[37]

Paranaguá possui qualquer requisito de um importante porto.[35] Tem inovadores instrumentos de carga e descarga, pátio para "contêineres", terminais para o sistema de transporte chamado "Roll-on-Roll-off"[38] e cais para inflamáveis.[39] Foi implantado um inovador terminal de grãos, o que facilitou que a safra agrícola fosse escoada.[40] Por esse motivo o porto de Paranaguá é um dos quatro terminais marítimos brasileiros formadores dos Corredores de Exportação.[41]

A atividade portuária de Antonina é voltada para o mercado interior do Brasil, por meio da navegação de cabotagem.[42] Em seu cais encontra-se um entreposto de importação de carvão mineral, que destina-se às indústrias do Paraná.[42]

Os mais importantes produtos de exportação paranaenses são: soja em grão, farelo de soja, milho, algodão, café, erva-mate, produtos refinados de petróleo, caminhões e outros.[34] Os mais importantes produtos de importação paranaenses são: trigo, petróleo e derivados, fertilizantes, veículos, máquinas, carvão mineral, vidros, eletrodomésticos e outros.[34] O mercado externo se faz com os seguintes países: Estados Unidos, Alemanha, Itália, Países Baixos, Japão, Bélgica, Noruega, Inglaterra, Canadá, Argentina e outros.[34] O mercado interior é feito com os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e demais.[42]

Ver artigo principal: Turismo no Paraná
Curitiba, capital do estado do Paraná, tem um planejamento urbanístico arrojado que serve de modelo a outras cidades brasileiras. Na fotografia, o Jardim Botânico, que reúne espécimes da variada flora local.
Palácio Avenida, em Curitiba.

O Paraná é um dos estados os quais possuem maior quantidade de parques nacionais, merecendo destaque o Parque Nacional do Iguaçu e o Parque Nacional de Superagui.[43] Foz do Iguaçu, com mais de 270 cachoeiras[44] e 80m de altura,[45] é mundialmente conhecida.[46] A Garganta do Diabo é um dos atrativos do mais extenso grupo de cataratas do mundo. Ademais da chegada de visitantes às atrações naturais, um passeio muito apreciado é visitar a Usina Hidrelétrica de Itaipu.[47]

Praia do Brejatuba em Guaratuba.

Uma segunda atração turística é o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, em que as rochas que os ventos e as águas esculpiram lembram ruínas de uma cidade muito populosa.[48] Ainda em Ponta Grossa pode ser visitado o Buraco do Padre,[49] a Capela de Santa Bárbara (erguida pelos Jesuítas)[50] e a Cachoeira da Mariquinha.[51] Em Maringá há a Catedral de Maringá (Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Glória), segundo monumento mais alto da América do Sul e décimo do mundo.[52] Tem aumentado as visitas na região do Canyon Guartelá, (6° maior do mundo e o maior do Brasil) em Tibagi.[53] Os balneários de Caiobá, Matinhos, Guaratuba, Pontal do Paraná e Praia de Leste são as mais visitadas com frequência no Paraná.[54] São frequentadas por turistas não somente no verão, igualmente, porém, no inverno, durante a fuga de uma parcela da população do frio do planalto ao litoral.[55]

Curitiba é hoje um importante destino turístico brasileiro, especialmente procurado por turistas oriundos de estados vizinhos que chegam à cidade por via terrestre.[56] Um importante aumento no "turismo de negócios" tem também se verificado nas últimas décadas.[57] Seja por razões de lazer ou trabalho, o fluxo de visitantes estimado no ano de 2006 chega a ser surpreendente: mais de 1.800.000 pessoas, ou seja, maior que o número de habitantes da cidade.[58]

Os mais importantes locais visitados na cidade são seus parques, e Curitiba dispõe de uma bem espalhada rede deles. Merecem destaque o Jardim Botânico, com sua estufa brilhante (conhecido cartão postal), o Parque Tanguá e a Ópera de Arame. Além dos parques, são visitados o museu Oscar Niemeyer, com seu interesse anexo no formato "ocular", a Rua 24 Horas, a espetacular Torre da Telepar (Torre das Mercês), a praça Santos Andrade onde estão o Teatro Guaíra e o prédio antigo da UFPR, e, em dezembro, o Palácio Avenida, sede do grupo Bradesco, onde acontece o famoso espetáculo do coral de Natal das crianças, que recebe milhões de visitantes no calçadão da rua XV de novembro.[59]

Os visitantes possivelmente têm permissão de entrada a qualquer dos mais importantes parques e atrações turísticas da cidade (menos os centrais) por meio de uma linha de ônibus circular especial, bem barata. Para os ciclistas, há uma grande (para os padrões do Brasil) rede de ciclovias, o qual possibilita entrada a diversos recantos aprazíveis da cidade ao longo de áreas verdes. Mas são encontrados poucos lugares onde se alugam bicicletas.[60]

Curitiba possui demais atrações turísticas curiosas e plausíveis de ser conhecidas: o Relógio das Flores, construído num imenso canteiro no centro histórico (o Largo da Ordem); o bairro de Santa Felicidade, onde são encontrados muitos restaurantes com pratos típicos de muitos países, dos quais destaca-se o Madalosso, o maior restaurante do Brasil e das Américas; a "Boca Maldita", na avenida Luís Xavier, a "menor do mundo", porque possui somente um quarteirão, em que políticos encontram-se ao entardecer para puxar conversa a respeito dos mais importantes temas do dia e confabular; as feiras de arte e artesanato aos finais de semana, além de demais parques e bosques.[59] Paranaguá, a mais antiga cidade criada no Estado, em 1648,[61] possui em suas igrejas barrocas certa coisa da história daquele tempo.[62] Também possivelmente se vai de litorina entre a capital e Paranaguá em uma viagem muito curiosa.[63]

Morretes.

A Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, erguida pelo império há aproximadamente cem anos, atravessa a serra do Mar por meio de túneis e viadutos, cortando abismos a qualquer momento.[64] Os precipícios valorizam a formosidade da paisagem, composta pela mata mais ou menos virgem e por várias quedas-d’água.[64] Um segundo caminho turístico da Serra do Mar é a estrada da Graciosa, de história mais velha do que a mesma ferrovia, um curto e sedutor caminho, em sua maioria de paralelepípedos, que corre a serra para baixo ao longo da bela vegetação e vistas espetaculares,[65] indo a Morretes (em que igualmente atravessa a estrada de ferro), cidade antiga, onde é comido o barreado, comida típica do litoral do Paraná, e em que são praticadas várias modalidades de ecoturismo.[66] A cidade é também conhecida pelo artesanato qualificado e variado[67] e por seus alambiques, os quais fabricam cachaça de primeira linha.[68]

Praias da Ilha do Mel.

De lancha, através da baía de Paranaguá, possivelmente chega-se à ilha do Mel, em que o passado e o meio-ambiente são mesclados.[69] No município da Lapa, são Benedito comemora-se (dezembro) com a "congada" (dança dos negros congos, originária da África, em que filhos, netos e bisnetos de escravos conversam, declamam, trovam e bailam).[70] Demais danças populares são o curitibano, com os casais rodando; o quebra-mana, que combina valsa com sapateado; e o nhô-chico, dança ao som de violas, típica do litoral.[71]

Durante o ano todo, são promovidas feiras e festivais, merecendo destaque a München Fest de Ponta Grossa,[72] a Oktoberfest de Rolândia,[73] Carnaval de Rua de Tibagi,[74] o Festival Internacional de Londrina,[75] Festival de Teatro de Curitiba (o mais importante do país),[76] Festival Folclórico e de Etnias do Paraná,[77] e a Feira de Móveis do Paraná (Movelpar).[78] Ainda são consideravelmente interessantes as grandes feiras agropecuárias, principalmente a Expo Londrina.[79]

Referências

  1. a b c d e MANTOVANI, Ana Margô (junho de 2003). «Paraná: Economia». Laboratórios de Informática Unilasalle. Consultado em 15 de julho de 2011. Arquivado do original em 18 de janeiro de 2012 
  2. a b c «Sobre o Paraná». Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social. 2010. Consultado em 15 de julho de 2011 
  3. Assessoria de Imprensa da Ocepar/Sescoop-PR (17 de julho de 2010). «Cooperativas do PR se destacam em ranking de grandes empresas. As cooperativas paranaenses se destacam no ranking de grandes empresas brasileiras da Revista Exame». Unimev Rio de Janeiro. Consultado em 31 de julho de 2011 [ligação inativa]
  4. a b Cooperativas Agropecuárias do Paraná – Produtos e serviços, 2010 e Paraná Cooperativo, ano 6, número 63, dez. 2010.
  5. a b Revista Amanhã (2011). «500 Maiores do Sul do Brasil». Site Oficial da Revista. Consultado em 3 de novembro de 2011 [ligação inativa]
  6. «Paraná passou Rio Grande do Sul e se tornou 4º maior PIB entre estados». Economia. Consultado em 23 de novembro de 2015 
  7. «PIB do Paraná ultrapassa o do RS em 2013 e é o quarto maior do país». Gazeta do Povo. plus.google.com/u/0/+gazetadopovo/. Consultado em 23 de novembro de 2015 
  8. a b Pesquisa Agrícola Municipal (2009). «Área plantada, área colhida, quantidade produzida e valor da produção da lavoura temporária». Site Oficial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 15 de julho de 2011 
  9. a b c d e f g Garschagen 1998, p. 135.
  10. IBGE (2014). «Lavoura Permanente 2014». Consultado em 24 de junho de 2016 
  11. IBGE Estados (2014). «Pecuária 2014». Consultado em 24 de junho de 2016. Cópia arquivada em 24 de junho de 2016 
  12. IBGE Estados (2014). «Pecuária 2014». Consultado em 24 de junho de 2016. Cópia arquivada em 24 de junho de 2016 
  13. a b IPARDES (2011). «Caderno Estatístico do Paraná». Site Oficial do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social. Consultado em 15 de julho de 2011 [ligação inativa]
  14. a b Informação cedida por Eloy Olindo Setti, ex-assessor de imprensa da Ocepar e jornalista
  15. IBGE (2016). «Tabela 3940: Produção da aquicultura, por tipo de produto». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 19 de janeiro de 2018 
  16. Garschagen 1998, p. 136.
  17. Miguel Mundstock Xavier (2006). «Uma História do Desmatamento das Florestas de Araucária no Médio Vale do rio Iguaçu». Universidade Federal de Santa Catarina. Consultado em 4 de abril de 2011 [ligação inativa]
  18. ITCG (1980). «Cobertura vegetal remanescente» (PDF). Site Oficial do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social. Consultado em 15 de julho de 2011 [ligação inativa]
  19. «Paraná». Nova Enciclopédia Barsa volume 11 ed. São Paulo: Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações Ltda. 1998. 136 páginas 
  20. TRINTIN, João Graciano. «História e desenvolvimento da indústria paranaense: da década de 1930 até meados dos anos 1990 do século XX» (PDF). Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser. Consultado em 15 de julho de 2011 [ligação inativa]
  21. a b c d e Garschagen 1998, p. 135.
  22. «Com a greve, Volks-Audi e Renault-Nissan já deixaram de produzir mais de sete mil veículos». Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba. 9 de setembro de 2009. Consultado em 15 de julho de 2011 
  23. «Unidades e Escritórios». Indústrias Klabin. Consultado em 15 de julho de 2011 [ligação inativa]
  24. «Telêmaco Borba - Economia». Prefeitura Municipal de Telêmaco Borba. Consultado em 18 de dezembro de 2019 [ligação inativa]
  25. Viaje Paraná (2019). «Telêmaco Borba». Secretaria de Comunicação Social do Paraná. Consultado em 18 de dezembro de 2019 
  26. Fernando Rogala (9 de novembro de 2016). «Klabin é a maior empresa da região». A Rede. Consultado em 18 de dezembro de 2019 
  27. Fernando Jasper (9 de novembro de 2016). «Venda da GVT enfraquece Paraná na lista das maiores empresas do Sul». Gazeta do Povo. Consultado em 18 de dezembro de 2019 
  28. a b c d Copel (2008). «História». Site Oficial da Companhia Paranaense de Energia Elétrica. Consultado em 15 de julho de 2011 
  29. «Geração». Itaipu Binacional. Consultado em 5 de julho de 2012 
  30. Garschagen 1998, vol. 11, p. 136.
  31. Itaipu. «Nossa História». Usina Hidrelétrica de Itaipu. Consultado em 15 de julho de 2011 
  32. «Histórico de Produção Paraná». Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná. Consultado em 15 de julho de 2011 
  33. «Exportações do Paraná (2012)». Plataforma DataViva. Consultado em 13 de janeiro de 2014. Arquivado do original em 14 de janeiro de 2014 
  34. a b c d MDIC (junho de 2010). «Balança comercial por Unidade da Federação». Site Oficial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Consultado em 15 de julho de 2011 
  35. a b WONS, Iaroslaw (1994). Geografia do Paraná. Curitiba: Ensino Renovado. p. 175 
  36. «Porto de Paranaguá bate recorde histórico de exportação de granéis». Notícias Agrícolas. 31 de maio de 2011. Consultado em 16 de julho de 2011 
  37. APPA (2009). «Área de influência». Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina. Consultado em 16 de julho de 2011 [ligação inativa]
  38. APPA. «Acostagem». Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina. Consultado em 6 de outubro de 2011 [ligação inativa]
  39. APPA. «Calados». Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina. Consultado em 6 de outubro de 2011 [ligação inativa]
  40. APPA. «Corredor de Exportação». Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina. Consultado em 6 de outubro de 2011 [ligação inativa]
  41. «Infraestrutura». Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina. 16 de julho de 2011. Consultado em 16 de julho de 2011 [ligação inativa]
  42. a b c WONS, Iaroslaw (1994). Geografia do Paraná. Curitiba: Ensino Renovado. p. 176 
  43. «Cadastro Nacional de Unidades de Conservação». Ministério do Meio Ambiente. Consultado em 20 de abril de 2012 
  44. Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu. «A Cidade». Consultado em 9 de março de 2013. Arquivado do original em 26 de outubro de 2013 
  45. Cataratas do Iguaçu S.A. «Cataratas do Iguaçu». Consultado em 5 de julho de 2012 [ligação inativa]
  46. Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu. «Atrativos turísticos». Consultado em 9 de março de 2013. Arquivado do original em 22 de setembro de 2013 
  47. «Aumenta número de visitantes brasileiros em Itaipu». Itaipu Binacional. 20 de fevereiro de 2008. Consultado em 1 de julho de 2012 
  48. «Pontos Turísticos de Ponta Grossa». Brasil Escola. 2011. Consultado em 16 de julho de 2011 
  49. Prefeitura Municipal de Ponta Grossa. «Buraco do Padre». Site Oficial do Município. Consultado em 16 de julho de 2011 [ligação inativa]
  50. Prefeitura Municipal de Ponta Grossa. «Capela Santa Bárbara». Site Oficial do Município. Consultado em 16 de julho de 2011 [ligação inativa]
  51. Prefeitura Municipal de Ponta Grossa. «Cachoeira da Mariquinha». Site Oficial do Município. Consultado em 16 de julho de 2011 [ligação inativa]
  52. «Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Glória». Portal Maringá. Consultado em 16 de julho de 2011 
  53. Prefeitura Municipal de Tibagi (2011). «Parque Estadual do Guartelá - Canyon do Rio Iapó». Site Oficial do Município. Consultado em 16 de julho de 2011. Arquivado do original em 27 de abril de 2011 
  54. «Turismo de Sol e Mar». Site Oficial da Secretaria de Estado do Turismo do Paraná. 2009. Consultado em 16 de julho de 2011 [ligação inativa]
  55. WONS, Iaroslaw (1994). Geografia do Paraná. Curitiba: Ensino Renovado. p. 179 
  56. «Curitiba». Ministério do Turismo do Brasil. Consultado em 16 de julho de 2011. Arquivado do original em 26 de setembro de 2011 
  57. «Turismo de negócios atrai investimentos a Curitiba». Bem Paraná. 1 de março de 2009. Consultado em 16 de julho de 2011 
  58. «Fluxo de Turistas em Curitiba - 2000 a 2006». Agência Curitiba de Desenvolvimento. 2006. Consultado em 18 de julho de 2011 [ligação inativa]
  59. a b Prefeitura Municipal de Curitiba. «Linha Turismo». Site Oficial do Município. Consultado em 16 de julho de 2011 
  60. «Mapa de ciclovias - Curitiba». Google Maps. Consultado em 16 de julho de 2011 
  61. «História de Paranaguá». Litoral do Paraná. Consultado em 16 de julho de 2011 [ligação inativa]
  62. «Paranaguá: o berço da civilização paranaense». Hostel Continental. Consultado em 17 de julho de 2011 
  63. «Como chegar à Paranaguá». Portal Paranaguá. Consultado em 16 de julho de 2011. Arquivado do original em 5 de maio de 2012 
  64. a b «Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá». Brasil Viagem. 2007. Consultado em 17 de julho de 2011 
  65. «Estrada da Graciosa: um caminho com cheiro de flores». Jornal O Estado do Paraná. 18 de dezembro de 2008. Consultado em 17 de julho de 2011 
  66. «Morretes». Férias Brasil. 2011. Consultado em 17 de julho de 2011 
  67. Prefeitura Municipal de Morretes. «Artesanato». Site Oficial do Município. Consultado em 17 de julho de 2011. Arquivado do original em 25 de agosto de 2011 
  68. Prefeitura Municipal de Morretes. «Culinária». Site Oficial do Município. Consultado em 17 de julho de 2011. Arquivado do original em 25 de agosto de 2011 
  69. «Barcos, travessia e passeios na Ilha do Mel». Ilha do Mel Preserve. Consultado em 16 de julho de 2011 [ligação inativa]
  70. ::: Prefeitura Municipal de Lapa ::: TURISMO[ligação inativa]
  71. «Paraná: Cultura». Brasil Channel. 2007. Consultado em 16 de julho de 2011 
  72. RPC TV (26 de novembro de 2011). «22ª München Fest de Ponta Grossa começa e vai até 4 de dezembro». G1. Consultado em 1 de julho de 2012 
  73. Prefeitura Municipal de Rolândia (7 de junho de 2012). «Novidades marcam lançamento da 25ª oktoberfest de Rolândia». Portal Rolândia. Consultado em 1 de julho de 2012 [ligação inativa]
  74. Prefeitura Municipal de Tibagi. «Programação Carnaval 2012». Consultado em 5 de agosto de 2012. Arquivado do original em 30 de junho de 2017 
  75. HORCEL, Luciane (6 de junho de 2012). «Festival Internacional de Londrina começa nesta sexta (8) . Veja imagens!». Gazeta do Povo. Consultado em 1 de julho de 2012 
  76. DUCATE, Ariane (26 de março de 2012). «Festival de Teatro de Curitiba abre as cortinas pela 21ª vez, nesta terça-feira». RPC TV. Consultado em 1 de julho de 2012 
  77. «Teatro Guaíra recebe 51º Festival Folclórico e de Etnias». Teatro Guaíra. 28 de junho de 2012. Consultado em 1 de julho de 2012 [ligação inativa]
  78. «Governador elogia a feira de móveis do Paraná em Arapongas». Gazeta do Povo. 14 de março de 2003. Consultado em 1 de julho de 2012. Arquivado do original em 19 de julho de 2014 
  79. Sociedade Rural do Paraná. «O evento». Expo Londrina 2012. Consultado em 5 de agosto de 2012. Arquivado do original em 12 de fevereiro de 2014