Esquerda (política): diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
rv galeria sem nexo
"galeria sem nexo" (?!) Por favor, observe as imagens com atenção. As mesmas são perfeitamente adequadas para o artigo.
Linha 1: Linha 1:
{{Ver desambig|prefixo=Se procura|pela posição relativa|Esquerda e direita}}
{{Ver desambig|prefixo=Se procura|pela posição relativa|Esquerda e direita}}
{{Política}}
{{Política}}
Na [[Esquerda e Direita (política)|Esquerda e Direita política]], '''política de esquerda''' descreve uma visão ou posição específica que aceita ou suporta [[igualdade social]], muitas vezes em oposição a [[hierarquia social]] e a [[desigualdade social.]]<ref>{{cite book |last=Smith |first=T. Alexander |first2=Raymond |last2=Tatalovich |title=Cultures at War: Moral Conflicts in Western Democracies |location=Toronto, Canada |publisher=Broadview Press |year=2003 |page=30 |isbn= }}</ref><ref>{{cite book |last=Bobbio |first=Norberto |first2=Allan |last2=Cameron |title=Left and Right: The Significance of a Political Distinction |publisher=University of Chicago Press |year=1997 |page=37 }}</ref><ref name=Lukes/><ref>{{cite book |last=Thompson |first=Willie |year=1997 |title=The left in history: revolution and reform in twentieth-century politics |publisher=Pluto Press }}</ref> Normalmente envolvendo uma preocupação com os cidadãos que são considerados em desvantagem em relação aos outros e uma suposição de que há desigualdades injustificadas que devem ser reduzidas ou abolidas.<ref name=Lukes>Lukes, Steven. '[http://as.nyu.edu/docs/IO/244/cup.pdf Epilogue: The Grand Dichotomy of the Twentieth Century']: concluding chapter to T. Ball and R. Bellamy (eds.), [http://books.google.com/books?id=N1h4_NqTOFoC&printsec=frontcover&dq=The+Cambridge+History+of+Twentieth-Century+Political+Thought&hl=en&src=bmrr&ei=Hm1YTuKCIsjd0QH7iOCkDA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CCoQ6AEwAA#v=onepage&q&f=false The Cambridge History of Twentieth-Century Political Thought].</ref>
Na [[Esquerda e Direita (política)|Esquerda e Direita política]], '''política de esquerda''' descreve uma visão ou posição específica que aceita ou suporta [[igualdade social]], muitas vezes em oposição a [[hierarquia social]] e a [[desigualdade social.]]<ref>{{cite book |last=Smith |first=T. Alexander |first2=Raymond |last2=Tatalovich |title=Cultures at War: Moral Conflicts in Western Democracies |location=Toronto, Canada |publisher=Broadview Press |year=2003 |page=30 |isbn= }}</ref><ref>{{cite book |last=Bobbio |first=Norberto |first2=Allan |last2=Cameron |title=Left and Right: The Significance of a Political Distinction |publisher=University of Chicago Press |year=1997 |page=37 }}</ref><ref name=Lukes/><ref>{{cite book |last=Thompson |first=Willie |year=1997 |title=The left in history: revolution and reform in twentieth-century politics |publisher=Pluto Press }}</ref> Normalmente envolvendo uma preocupação com os [[cidadão]]s que são considerados em desvantagem em relação aos outros e uma suposição de que há desigualdades injustificadas que devem ser reduzidas ou abolidas <ref name=Lukes>Lukes, Steven. '[http://as.nyu.edu/docs/IO/244/cup.pdf Epilogue: The Grand Dichotomy of the Twentieth Century']: concluding chapter to T. Ball and R. Bellamy (eds.), [http://books.google.com/books?id=N1h4_NqTOFoC&printsec=frontcover&dq=The+Cambridge+History+of+Twentieth-Century+Political+Thought&hl=en&src=bmrr&ei=Hm1YTuKCIsjd0QH7iOCkDA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CCoQ6AEwAA#v=onepage&q&f=false The Cambridge History of Twentieth-Century Political Thought].</ref> (''ver: [[preconceito social]]'').


Os termos "direita" e "esquerda" foram cunhados durante a [[Revolução Francesa]] (1789–99), e referiam-se ao lugar onde políticos se sentavam no parlamento francês, os que estavam sentados à direita da cadeira do presidente parlamentar foram amplamente favorável ao ''[[Ancien Régime]]''.<ref name="Parliaments 1988 pp. 287–302">Goodsell, Charles T., "The Architecture of Parliaments: Legislative Houses and Political Culture", British Journal of Political Science, Vol. 18, No. 3 (July , 1988) pp. 287–302</ref><ref>Linski, Gerhard, ''Current Issues and Research In Macrosociology'' (Brill Archive, 1984) p. 59</ref><ref>Clark, Barry ''Political Economy: A Comparative Approach'' (Praeger Paperback, 1998) pp. 33–34</ref><ref name="Knapp">{{cite book|author=Andrew Knapp and Vincent Wright|url=http://books.google.com/?id=67ttjXHhT3wC&dq=the+government+and+politics+of+france&printsec=frontcover&q=|title=The Government and Politics of France|year=2006|publisher=Routledge|isbn=978-0-415-35732-6}}</ref>
Os termos "direita" e "esquerda" foram cunhados durante a [[Revolução Francesa]] (1789–99), e referiam-se ao lugar onde políticos se sentavam no parlamento francês, os que estavam sentados à direita da cadeira do presidente parlamentar foram amplamente favoráveis ao ''[[Ancien Régime]]''.<ref name="Parliaments 1988 pp. 287–302">Goodsell, Charles T., "The Architecture of Parliaments: Legislative Houses and Political Culture", British Journal of Political Science, Vol. 18, No. 3 (July , 1988) pp. 287–302</ref><ref>Linski, Gerhard, ''Current Issues and Research In Macrosociology'' (Brill Archive, 1984) p. 59</ref><ref>Clark, Barry ''Political Economy: A Comparative Approach'' (Praeger Paperback, 1998) pp. 33–34</ref><ref name="Knapp">{{cite book|author=Andrew Knapp and Vincent Wright|url=http://books.google.com/?id=67ttjXHhT3wC&dq=the+government+and+politics+of+france&printsec=frontcover&q=|title=The Government and Politics of France|year=2006|publisher=Routledge|isbn=978-0-415-35732-6}}</ref>


O uso do termo "esquerda" tornou-se mais proeminente após a restauração da monarquia francesa em 1815 e foi aplicado aos "Independentes".<ref>''Realms of memory: conflicts and divisions'' (1996), ed. Pierre Nora, "Right and Left" por Marcel Gauchet, p. 248</ref> Mais tarde, o termo foi aplicado a uma série de movimentos, especialmente o [[republicanismo]] durante a Revolução Francesa, o [[socialismo]],<ref>{{cite book |first=Alan |last=Maass |first2=Howard |last2=Zinn |title=The Case for Socialism |quote=The ''International Socialist Review'' is one of the best left-wing journals around... |page=164 |publisher=Haymarket Books |edition=Revised |year=2010 |isbn=978-1608460731 }}</ref> o [[comunismo]] e o [[anarquismo]].<ref>{{cite book |first=Michael |last=Schmidt |first2=Lucien |last2=Van der Walt |title=Black Flame: The Revolutionary Class Politics of Anarchism and Syndicalism |series=Counter-Power |volume=1 |publisher=AK Press |year=2009 |page=128 |quote="O anarquismo é uma coerente corrente intelectual e política que remonta à década de 1860, da Primeira Internacional e faz parte das tradições trabalho e esquerda." |isbn=978-1-904859-16-1 }}</ref>
O uso do termo "esquerda" tornou-se mais proeminente após a [[Restauração francesa|restauração da monarquia francesa]] em [[1815]] e foi aplicado aos "Independentes".<ref>''Realms of memory: conflicts and divisions'' (1996), ed. Pierre Nora, "Right and Left" por Marcel Gauchet, p. 248</ref> Mais tarde, o termo foi aplicado a uma série de movimentos, especialmente o [[republicanismo]] durante a Revolução Francesa, o [[socialismo]],<ref>{{cite book |first=Alan |last=Maass |first2=Howard |last2=Zinn |title=The Case for Socialism |quote=The ''International Socialist Review'' is one of the best left-wing journals around... |page=164 |publisher=Haymarket Books |edition=Revised |year=2010 |isbn=978-1608460731 }}</ref> o [[comunismo]] e o [[anarquismo]].<ref>{{cite book |first=Michael |last=Schmidt |first2=Lucien |last2=Van der Walt |title=Black Flame: The Revolutionary Class Politics of Anarchism and Syndicalism |series=Counter-Power |volume=1 |publisher=AK Press |year=2009 |page=128 |quote="O anarquismo é uma coerente corrente intelectual e política que remonta à década de 1860, da Primeira Internacional e faz parte das tradições trabalho e esquerda." |isbn=978-1-904859-16-1 }}</ref>


Na decada dos anos 1990, se acelerou em todo o continente a conversão dos partidos socialistas europeus para o [[liberalismo econômico]], particularmente no que diz respeito ao [[Partido Trabalhista (Reino Unido) |Partido trabalhista britânico]], sob a liderança de [[Tony Blair]], e os [[Partido Social-Democrata da Alemanha|sociais-democratas alemães]] sob [[Gerhard Schröder]]. O Blairismo, combinando idéias econômicas liberais com o progressismo social desprovido da aspiração [[Igualitarismo|igualitária]] torna-se uma das mais poderosa força da esquerda européia. Outra linha do socialismo europeu representado na época, foi o de [[Lionel Jospin]], então chefe do governo francês que era abertamente menos liberal.<ref name="Van Gosse 2005">{{cite book |last=Van Gosse |title=The Movements of the New Left, 1950–1975: A Brief History with Documents |publisher=Palgrave Macmillan |year=2005 |isbn=978-1-4039-6804-3 }}</ref><ref>[[Thomas Piketty]], [http://piketty.pse.ens.fr/files/presse/Liberation140699.htm « Economiques. Blair et Schröder en font trop. »], ''[[Libération (journal)|Libération]]'', 14 juin 1999</ref>. Atualmente o termo "esquerda" tem sido usado para descrever uma vasta família de movimentos,<ref>{{cite book |first=Jean Francois |last=Revel |title=Last Exit to Utopia |quote="Nos Estados Unidos, a palavra 'liberal' é muitas vezes usada para descrever a 'ala esquerda' do Partido Democrata." |page=24 |publisher=Encounter Books |year=2009 |isbn=978-1594032646 }}</ref> incluindo o movimentos pelos [[direitos civis]], movimentos anti-guerra e movimento ambientalistas<ref>{{cite journal |first=Eric |last=Neumayer |title=The environment, left-wing political orientation, and ecological economics |journal=Ecological Economics |volume=51 |year=2004 |issue=3–4 |pages=167–175 |doi=10.1016/j.ecolecon.2004.06.006 }}</ref><ref>{{cite book |first=John |last=Barry |title=International Encyclopedia of Environmental Politics |quote="Todas as pesquisas confirmam que a preocupação ambiental está associada a votação verde ... [Em] eleições europeias posteriores, os eleitores verdes tendem a ser de esquerda... o partido é capaz de motivar seus principais apoiadores, bem como a outros eleitores com consciência verde da persuasão predominantemente de esquerda..." |publisher=Taylor & Francis |year=2002 |isbn=978-0415202855 }}</ref>.
Na decada dos anos 1990, se acelerou em todo o continente a conversão dos partidos socialistas europeus para o [[liberalismo econômico]], particularmente no que diz respeito ao [[Partido Trabalhista (Reino Unido) |Partido trabalhista britânico]], sob a liderança de [[Tony Blair]], e os [[Partido Social-Democrata da Alemanha|sociais-democratas alemães]] sob [[Gerhard Schröder]]. O Blairismo, combinando idéias econômicas liberais com o progressismo social desprovido da aspiração [[Igualitarismo|igualitária]] torna-se uma das mais poderosa força da esquerda européia. Outra linha do socialismo europeu representado na época, foi o de [[Lionel Jospin]], então chefe do governo francês que era abertamente menos liberal.<ref name="Van Gosse 2005">{{cite book |last=Van Gosse |title=The Movements of the New Left, 1950–1975: A Brief History with Documents |publisher=Palgrave Macmillan |year=2005 |isbn=978-1-4039-6804-3 }}</ref><ref>[[Thomas Piketty]], [http://piketty.pse.ens.fr/files/presse/Liberation140699.htm « Economiques. Blair et Schröder en font trop. »], ''[[Libération (journal)|Libération]]'', 14 juin 1999</ref> Atualmente o termo "esquerda" tem sido usado para descrever uma vasta família de movimentos,<ref>{{cite book |first=Jean Francois |last=Revel |title=Last Exit to Utopia |quote="Nos Estados Unidos, a palavra 'liberal' é muitas vezes usada para descrever a 'ala esquerda' do Partido Democrata." |page=24 |publisher=Encounter Books |year=2009 |isbn=978-1594032646 }}</ref> incluindo o movimentos pelos [[direitos civis]], movimentos anti-guerra e movimento ambientalista.<ref>{{cite journal |first=Eric |last=Neumayer |title=The environment, left-wing political orientation, and ecological economics |journal=Ecological Economics |volume=51 |year=2004 |issue=3–4 |pages=167–175 |doi=10.1016/j.ecolecon.2004.06.006 }}</ref><ref>{{cite book |first=John |last=Barry |title=International Encyclopedia of Environmental Politics |quote="Todas as pesquisas confirmam que a preocupação ambiental está associada a votação verde ... [Em] eleições europeias posteriores, os eleitores verdes tendem a ser de esquerda... o partido é capaz de motivar seus principais apoiadores, bem como a outros eleitores com consciência verde da persuasão predominantemente de esquerda..." |publisher=Taylor & Francis |year=2002 |isbn=978-0415202855 }}</ref>


== História ==
== História ==

{{Principal|Esquerda e Direita (política)}}
{{Principal|Esquerda e Direita (política)}}


Os termos "esquerda" e "direita" apareceram durante a [[Revolução Francesa]] de 1789, quando os membros da [[Assembleia Nacional Legislativa (Revolução Francesa) | Assembleia Nacional]] dividiam-se em partidários do rei à direita do presidente e simpatizantes da revolução à sua esquerda. Um deputado, o Barão de Gauville explicou: "Nós começamos a reconhecer uns aos outros: aqueles que eram leais a religião e ao rei tomaram ficaram sentados à direita, de modo a evitar os gritos, os juramentos e indecências que tinham rédea livre no lado oposto." No entanto, a direita se pôs contra a disposição dos assentos, porque acreditavam que os deputados devessem apoiar interesses particulares ou gerais, mas não formar facções ou partidos políticos. A imprensa contemporânea, ocasionalmente, usa os termos "esquerda" e "direita" para se referir a lados opostos ou que se opõe.<ref>Gauchet, p. 242-245</ref>
Os termos "esquerda" e "direita" apareceram durante a [[Revolução Francesa]] de 1789, quando os membros da [[Assembleia Nacional Legislativa (Revolução Francesa) | Assembleia Nacional]] dividiam-se em partidários do rei à direita do presidente e simpatizantes da revolução à sua esquerda.
Um [[deputado]], o Barão de Gauville explicou:
{{cquote|''Nós começamos a reconhecer uns aos outros: aqueles que eram leais a religião e ao rei tomaram ficaram sentados à direita, de modo a evitar os gritos, os juramentos e indecências que tinham rédea livre no lado oposto.''}}
No entanto, a direita se pôs contra a disposição dos assentos, porque acreditavam que os deputados devessem apoiar interesses particulares ou gerais, mas não formar facções ou partidos políticos. A imprensa contemporânea, ocasionalmente, usa os termos "esquerda" e "direita" para se referir a lados opostos ou que se opõe.<ref>Gauchet, p. 242-245</ref>
Ao longo do século 19 na França, a principal linha divisória de Esquerda e Direita foi entre partidários da [[República]] e partidários da [[Monarquia]].<ref name="Knapp">{{cite book|author=Andrew Knapp and Vincent Wright|url=http://books.google.com/?id=67ttjXHhT3wC&dq=the+government+and+politics+of+france&printsec=frontcover&q=|title=The Government and Politics of France|year=2006|publisher=Routledge|isbn=978-0-415-35732-6}}</ref>
Ao longo do século 19 na França, a principal linha divisória de Esquerda e Direita foi entre partidários da [[República]] e partidários da [[Monarquia]].<ref name="Knapp">{{cite book|author=Andrew Knapp and Vincent Wright|url=http://books.google.com/?id=67ttjXHhT3wC&dq=the+government+and+politics+of+france&printsec=frontcover&q=|title=The Government and Politics of France|year=2006|publisher=Routledge|isbn=978-0-415-35732-6}}</ref>


A [[Associação Internacional dos Trabalhadores]] (1864–76), às vezes chamada de Primeira Internacional, reuniu delegados de muitos países diferentes, com muitos pontos de vista diferentes sobre como chegar a uma sociedade sem classes e sem estado. Após uma divisão entre os partidários de [[Marx]] e [[Mikhail Bakunin]], os anarquistas formaram a [[Associação Internacional dos Trabalhadores]].<ref>{{cite book |last=Marshall |first=Peter |title=Demanding the Impossible&nbsp;&nbsp;— A History of Anarchism |page=9 |publisher=Fontana Press |location=London |year=1993 |isbn=978-0-00-686245-1 }}</ref> A [[Segunda Internacional]] (1888-1916) tornou-se divididos sobre a questão da [[Primeira Guerra Mundial]]. Aqueles que se opuseram à guerra, como [[Vladimir Lenin]] e [[Rosa Luxemburg]], foram vistos como de extrema-esquerda.
A [[Associação Internacional dos Trabalhadores]] (1864–76), às vezes chamada de Primeira Internacional, reuniu delegados de muitos países diferentes, com muitos pontos de vista diferentes sobre como chegar a uma sociedade sem classes e sem estado. Após uma divisão entre os partidários de [[Marx]] e [[Mikhail Bakunin]], os [[anarquista]]s formaram a [[Associação Internacional dos Trabalhadores]].<ref>{{cite book |last=Marshall |first=Peter |title=Demanding the Impossible&nbsp;&nbsp;— A History of Anarchism |page=9 |publisher=Fontana Press |location=London |year=1993 |isbn=978-0-00-686245-1 }}</ref> A [[Segunda Internacional]] (1888-1916) tornou-se divididos sobre a questão da [[Primeira Guerra Mundial]]. Aqueles que se opuseram à guerra, como [[Vladimir Lenin]] e [[Rosa Luxemburg]], foram vistos como de extrema-esquerda.


Nos Estados Unidos, depois de [[Reconstrução dos Estados Unidos| Reconstrução]], a frase "a esquerda" foi usada para descrever aqueles que apoiarvam os sindicatos, o [[Movimento dos direitos civis]] e o movimento anti-guerra.<ref name="Van Gosse 2005"/><ref>{{cite book |first=JoAnne C. |last=Reuss |title=American Folk Music and Left-Wing Politics |publisher=The Scarecrow Press |year=2000 |isbn=978-0-8108-3684-6 }}</ref> Mais recentemente, nos Estados Unidos,"de esquerda" e "de direita", muitas vezes têm sido usados ​​como sinônimos para o [[Partido Democrata (Estados Unidos) | Democrática]] e [[Partido Republicano (Estados Unidos) | republicano]], ou como sinônimos do ''liberalismo moderno nos Estados Unidos (liberalismo)'' e ''conservadorismo nos Estados Unidos (conservadorismo)'', respectivamente.<ref>{{cite news| url=http://thepage.time.com/2009/03/03/steele-to-gop-fight-for-coleman/?xid=rss-page|title=Steel to gop fight for Coleman | work=Time | date=2009-03-03 | accessdate=2010-04-04}}</ref><ref>[http://www.theweek.com/article/index/96256/Is_it_Spains_place_to_investigate_Gitmo ABC news, reported in The Week, May 15, 2009, page 13]</ref><ref>reported in Mother Jones, April 29, 2009</ref><ref>{{cite news| url=http://www.latimes.com/news/science/la-sci-politics10sep10,0,5982337.story | work=Los Angeles Times | title=Study finds left-wing brain, right-wing brain | date=2007-09-10 | accessdate=2010-05-02 | first=Denise | last=Gellene}}</ref>
Nos [[Estados Unidos]], depois de [[Reconstrução dos Estados Unidos| Reconstrução]], a frase "a esquerda" foi usada para descrever aqueles que apoiarvam os [[sindicato]]s, o [[Movimento dos direitos civis]] e o [[História_dos_Estados_Unidos_(1964-1991)#O_movimento_anti-guerra|movimento anti-guerra]].<ref name="Van Gosse 2005"/><ref>{{cite book |first=JoAnne C. |last=Reuss |title=American Folk Music and Left-Wing Politics |publisher=The Scarecrow Press |year=2000 |isbn=978-0-8108-3684-6 }}</ref> Mais recentemente, nos Estados Unidos, "de esquerda" e "de direita", muitas vezes têm sido usados como sinônimos para o "''[[Partido Democrata (Estados Unidos) | democrata]]''" e "''[[Partido Republicano (Estados Unidos) | republicano]]''", ou como sinônimos do ''liberalismo moderno nos Estados Unidos ([[liberalismo]])'' e ''conservadorismo nos Estados Unidos ([[conservadorismo]])'', respectivamente.<ref>{{cite news| url=http://thepage.time.com/2009/03/03/steele-to-gop-fight-for-coleman/?xid=rss-page|title=Steel to gop fight for Coleman | work=Time | date=2009-03-03 | accessdate=2010-04-04}}</ref><ref>[http://www.theweek.com/article/index/96256/Is_it_Spains_place_to_investigate_Gitmo ABC news, reported in The Week, May 15, 2009, page 13]</ref><ref>reported in Mother Jones, April 29, 2009</ref><ref>{{cite news| url=http://www.latimes.com/news/science/la-sci-politics10sep10,0,5982337.story | work=Los Angeles Times | title=Study finds left-wing brain, right-wing brain | date=2007-09-10 | accessdate=2010-05-02 | first=Denise | last=Gellene}}</ref>


==Posições==
== Posições ==


===Economia===
=== Economia ===
A crenças econômica esquerdista variam de economia [[Escola keynesiana|keynesiana]] a [[Estado de bem-estar social]], [[democracia industrial]] a [[Economia social de mercado|social de mercado]] e de [[nacionalização]] a [[Economia planificada]].<ref>Andrew Glyn, ''Social Democracy in Neoliberal Times: The Left and Economic Policy since 1980'', Oxford University Press, 2001, ISBN 978-0-19-924138-5.</ref> Durante a [[Revolução Industrial]], os esquerdistas apoiaram os [[sindicato]]s. No início do século XX, a esquerda foi associada a políticas que defendiam a intervenção do governo extensa na economia.<ref>Eric D. Beinhocker. ''The origin of wealth''. [[Harvard Business Press]]. 2006. ISBN 978-1-57851-777-0 p. 416 [http://www.google.com/books?id=eUoolrxSFy0C&printsec=frontcover&dq=Beinhocker#PPA416,M1 Google Books]</ref>


A crenças econômicas esquerdista variam de economia [[Escola keynesiana|keynesiana]] a [[Estado de bem-estar social]], [[democracia industrial]] a [[Economia social de mercado|social de mercado]] e de [[nacionalização]] a [[Economia planificada]].<ref>Andrew Glyn, ''Social Democracy in Neoliberal Times: The Left and Economic Policy since 1980'', Oxford University Press, 2001, ISBN 978-0-19-924138-5.</ref> Durante a [[Revolução Industrial]], os esquerdistas apoiaram os [[sindicato]]s. No início do [[século XX]], a esquerda foi associada a políticas que defendiam a [[Intervencionismo|intervenção do governo]] extensa na economia.<ref>Eric D. Beinhocker. ''The origin of wealth''. [[Harvard Business Press]]. 2006. ISBN 978-1-57851-777-0 p. 416 [http://www.google.com/books?id=eUoolrxSFy0C&printsec=frontcover&dq=Beinhocker#PPA416,M1 Google Books]</ref>
Outros esquerdistas acreditam na [[economia marxista]], que são baseadas nas teorias econômicas de [[Karl Marx]]. Alguns distinguem as teorias econômicas de Marx a partir de sua filosofia política, argumentando que a abordagem de Marx para a compreensão da economia é independente de sua defesa do [[socialismo]] revolucionária ou sua crença na inevitabilidade da revolução [[proletariado | proletária]].<ref>{{cite web | title = The Neo-Marxian Schools | publisher = The New School

Outros esquerdistas acreditam na [[economia marxista]], que é baseadas nas teorias econômicas de [[Karl Marx]] (''ver: [[Economia marxiana]]''). Alguns distinguem as teorias econômicas de Marx a partir de sua filosofia política, argumentando que a abordagem de Marx para a compreensão da economia é independente de sua defesa do [[socialismo]] revolucionária ou sua crença na inevitabilidade da revolução [[proletariado | proletária]].<ref>{{cite web | title = The Neo-Marxian Schools | publisher = The New School
| url = http://cepa.newschool.edu/het/schools/neomarx.htm | accessdate = 2007-08-23 }}</ref><ref>{{cite web
| url = http://cepa.newschool.edu/het/schools/neomarx.htm | accessdate = 2007-08-23 }}</ref><ref>{{cite web
| last = Munro | first = John | title = Some Basic Principles of Marxian Economics | publisher = University of Toronto
| last = Munro | first = John | title = Some Basic Principles of Marxian Economics | publisher = University of Toronto
| url = http://www.chass.utoronto.ca/~munro5/MARXECON.htm | accessdate = 2007-08-23 }}</ref>
| url = http://www.chass.utoronto.ca/~munro5/MARXECON.htm | accessdate = 2007-08-23 }}</ref>


A economia marxista não se apoia exclusivamente em Marx mas abrange a partir de uma variedade de fontes marxistas e não-marxistas. A "[[ditadura do proletariado]]" ou "Estado de trabalhadores" são termos usados por marxistas para descrever o que eles vêem como um estado temporário entre a sociedade [[Capitalismo | capitalista]] e a [[comunismo | comunista]]. Marx define o proletariado como trabalhadores assalariados, em contraste com o [[Lumpemproletariado]], que ele definiu ser [[párias]] da sociedade, como [[mendigo]]s, [[malandro]]s, [[artista]]s, [[Arte urbana|artistas de rua]], [[criminoso]]s e [[prostituta]]s.<ref>[http://www.britannica.com/eb/article-9049344/Lumpenproletariat Lumpen proletariat -- Britannica Online Encyclopedia]</ref> A relevância política dos agricultores tem dividido a esquerda. Em ''[[Das Kapital]]'', Marx mal mencionou o assunto.<ref>[http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,939251-2,00.html Marxism Fails on the Farm]</ref>


Liberais de esquerda, [[Socialismo libertário|liberais socialistas]] e anarquistas acreditam em uma economia descentralizada dirigida por [[sindicato]]s, conselhos trabalhistas, [[cooperativa]]s, [[Município | municípios]] e [[comuna]]s, e se opõem governo e ao controle privado da economia, preferindo um ''controle local'', na qual uma nação de regiões descentrlizadas são unidas em uma [[confederação]].
A economia marxista não se apoia exclusivamente em Marx mas abrange a partir de uma variedade de fontes marxistas e não-marxistas. A "[[ditadura do proletariado]]" ou "Estado de trabalhadores" são termos usados ​​por marxistas para descrever o que eles vêem como um estado temporário entre a sociedade [[Capitalismo | capitalista]] e a [[comunismo | comunista]]. Marx define o proletariado como trabalhadores assalariados, em contraste com o [[Lumpemproletariado]], que ele definiu ser párias da sociedade, como mendigos, malandros, artistas, artistas de rua, criminosos e prostitutas.<ref>[http://www.britannica.com/eb/article-9049344/Lumpenproletariat Lumpen proletariat -- Britannica Online Encyclopedia]</ref> A relevância política dos agricultores tem dividido a esquerda. Em ''[[Das Kapital]]'', Marx mal mencionou o assunto.<ref>[http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,939251-2,00.html Marxism Fails on the Farm]</ref>

Liberais de esquerda, [[Socialismo libertário|liberais socialistas]] e anarquistas acreditam em uma economia descentralizada dirigida por [[sindicato]]s, conselhos trabalhistas, [[cooperativa]]s, [[Município | municípios]] e comunas, e se opõem governo e ao controle privado da economia, preferindo um ''controle local'', na qual uma nação de descentralização regiões e são unidos em uma confederação.


De acordo com Barry Clark:
De acordo com Barry Clark:

{{quote|Os esquerdistas... afirmam que o desenvolvimento humano floresce quando os indivíduos se envolvem em relações de cooperação, de respeito mútuo que podem prosperar somente quando as diferenças excessivas de status, poder e riqueza são eliminados. De acordo com os esquerdistas, uma sociedade sem igualdade substancial irá distorcer o desenvolvimento não só de pessoas deprivadas, mas também daqueles cujos privilégios minam sua motivação e sentido de responsabilidade social. Esta supressão do desenvolvimento humano, em conjunto com o ressentimento e o conflito gerado por diferenças afiadas de classe, acabarão por reduzir a eficiência da economia.<ref name="Clark">Clark, B. (1998). ''Political economy: A comparative approach''. Westport, CT: Praeger Press.</ref> }}
{{cquote|''Os esquerdistas... afirmam que o desenvolvimento humano floresce quando os indivíduos se envolvem em relações de cooperação, de respeito mútuo que podem prosperar somente quando as diferenças excessivas de status, poder e riqueza são eliminados. De acordo com os esquerdistas, uma sociedade sem igualdade substancial irá distorcer o desenvolvimento não só de pessoas deprivadas, mas também daqueles cujos privilégios minam sua motivação e sentido de responsabilidade social. Esta supressão do desenvolvimento humano, em conjunto com o ressentimento e o conflito gerado por diferenças afiadas de classe, acabarão por reduzir a eficiência da economia.''<ref name="Clark">Clark, B. (1998). ''Political economy: A comparative approach''. Westport, CT: Praeger Press.</ref>}}


O ''[[Global justice movement]]'', ou "Movimento anti-globalização" protesta contra a [[globalização]] econômica [[corporação | corporativa]] , devido às suas supostas consequências negativas para os pobres, os trabalhadores, ao meio ambiente e às pequenas empresas.<ref>Tom Mertes, "A Movement of Movements", New York: Verso, 2004</ref><ref>{{cite book |last=Krishna-Hensel|first=Sai |authorlink= |coauthors= |editor= |others= |title=Global Cooperation: Challenges and Opportunities in the Twenty-first Century |origdate= |year=2006 |origmonth= |url= |format= |accessdate= |edition= |series= |date= |month= |publisher=Ashgate Publishing|location= |language= |isbn= |oclc= |doi= |id= |pages=202 |chapter= |chapterurl= |quote= }}</ref><ref name=Juris>{{cite book | last = Juris | first = Jeffrey S. | title =
O ''[[Global justice movement]]'', ou "Movimento anti-globalização" protesta contra a [[globalização]] econômica [[corporação | corporativa]] , devido às suas supostas consequências negativas para os pobres, os trabalhadores, ao meio ambiente e às pequenas empresas.<ref>Tom Mertes, "A Movement of Movements", New York: Verso, 2004</ref><ref>{{cite book |last=Krishna-Hensel|first=Sai |authorlink= |coauthors= |editor= |others= |title=Global Cooperation: Challenges and Opportunities in the Twenty-first Century |origdate= |year=2006 |origmonth= |url= |format= |accessdate= |edition= |series= |date= |month= |publisher=Ashgate Publishing|location= |language= |isbn= |oclc= |doi= |id= |pages=202 |chapter= |chapterurl= |quote= }}</ref><ref name=Juris>{{cite book | last = Juris | first = Jeffrey S. | title =
Networking Futures: The Movements against Corporate Globalization | publisher = Duke University Press | location = Durham | year = 2008 | page = 2 | isbn = 978-0-8223-4269-4}}</ref>
Networking Futures: The Movements against Corporate Globalization | publisher = Duke University Press | location = Durham | year = 2008 | page = 2 | isbn = 978-0-8223-4269-4}}</ref>


===Ambientalismo===
=== Ambientalismo ===

Tanto Karl Marx quanto o socialista [[William Morris]] tiveram uma preocupação com as questões ambientais.<ref name="Foster2000">{{cite book |last=Foster |first=J. B. |title=Marx's Ecology |year=2000 |location=New York |publisher=Monthly Review Press }}</ref><ref>{{cite book |last=Burkett |first=P. |title=Marx and Nature |year=1999 |location=New York |publisher=St. Martin's Press |isbn=0312219407 }}</ref><ref>{{cite web|url=http://leonora.fortunecity.co.uk/WilliamMorris.html |title=William Morris: The First Green Socialist |publisher=Leonora.fortunecity.co.uk |date=2007-12-14 |accessdate=2010-05-13}}</ref><ref>{{cite journal |last=Moore |first=J. W. |year=2003 |url=http://www.jasonwmoore.com/uploads/Moore__Capitalism_as_World-Ecology__Braudel_and_Marx_on_Environmental_History__O_E__2003_.pdf |title=Capitalism as World-ecology: Braudel and Marx on Environmental History |journal=Organization & Environment |volume=16 |issue=4 |pages=431–458 |doi= }}</ref> De acordo com Marx, "Mesmo uma sociedade inteira, uma nação, ou todas as sociedades simultaneamente existentes em conjunto... não são proprietários da terra. Eles são simplesmente os seus possuidores, seus beneficiários e tem que transmiti-la em um estado melhor para as gerações seguintes."<ref name="Foster2000" /><ref>{{cite web|url=http://www.socialistworker.co.uk/art.php?id=13676 |title=Marx and ecology&#124; |publisher=Socialist Worker |date=2007-12-08 |accessdate=2010-05-13}}</ref> Após a Revolução Russa, os cientistas ambientais, como [[Alexander Bogdanov]] e a organização ''Proletkul'' se esforçaram para incorporar o ambientalismo ao bolchevismo, e "integrar a produção às leis e limites naturais" na primeira década [[União Soviética | soviética]], antes de [[Joseph Stalin]] atacar os ecologistas, a ciência da ecologia, ele expurgou ambientalistas e promoveu a pseudo-ciência da [[Trofim Lysenko]].<ref>{{cite book |last=Gare |first=A. |chapter=Soviet Environmentalism: The Path Not Taken |editor-last=Benton |editor-first=E. |title=The Greening of Marxism |year=1996 |location=New York |publisher=Guilford Press |isbn=157230118X |pages=111–128 }}</ref><ref>{{cite book |last=Kovel |first=J. |title=The Enemy of Nature |year=2002 |location= |publisher= |isbn= }}</ref><ref>{{cite journal |first=Arran |last=Gare |title=The Environmental Record of the Soviet Union |journal=Capitalism Nature Socialism |volume=13 |year=2002 |issue=3 |pages=52–72 |doi=10.1080/10455750208565489 }}</ref> Da mesma forma, Mao Zedong rejeitou o ambientalismo e acreditava que, com base nas leis do materialismo histórico, toda a natureza deve ser colocada a serviço da revolução.<ref>{{cite book |first=Judith |last=Shapiro |title=Mao's War against Nature: Politics and the Environment in Revolutionary China |publisher=Cambridge University Press |year=2001 |isbn= }}</ref>
Tanto Karl Marx quanto o socialista [[William Morris]] tiveram uma preocupação com as questões ambientais.<ref name="Foster2000">{{cite book |last=Foster |first=J. B. |title=Marx's Ecology |year=2000 |location=New York |publisher=Monthly Review Press }}</ref><ref>{{cite book |last=Burkett |first=P. |title=Marx and Nature |year=1999 |location=New York |publisher=St. Martin's Press |isbn=0312219407 }}</ref><ref>{{cite web|url=http://leonora.fortunecity.co.uk/WilliamMorris.html |title=William Morris: The First Green Socialist |publisher=Leonora.fortunecity.co.uk |date=2007-12-14 |accessdate=2010-05-13}}</ref><ref>{{cite journal |last=Moore |first=J. W. |year=2003 |url=http://www.jasonwmoore.com/uploads/Moore__Capitalism_as_World-Ecology__Braudel_and_Marx_on_Environmental_History__O_E__2003_.pdf |title=Capitalism as World-ecology: Braudel and Marx on Environmental History |journal=Organization & Environment |volume=16 |issue=4 |pages=431–458 |doi= }}</ref>

De acordo com Marx:

{{cquote|''Mesmo uma sociedade inteira, uma nação, ou todas as sociedades simultaneamente existentes em conjunto... não são proprietários da terra. Eles são simplesmente os seus possuidores, seus beneficiários e tem que transmiti-la em um estado melhor para as gerações seguintes.''"<ref name="Foster2000" /><ref>{{cite web|url=http://www.socialistworker.co.uk/art.php?id=13676 |title=Marx and ecology&#124; |publisher=Socialist Worker |date=2007-12-08 |accessdate=2010-05-13}}</ref>}}

Após a Revolução Russa, os cientistas ambientais, como [[Alexander Bogdanov]] e a organização ''Proletkul'' se esforçaram para incorporar o [[ambientalismo]] ao bolchevismo, e "integrar a produção às leis e limites naturais" na primeira década [[União Soviética | soviética]], antes de [[Joseph Stalin]] atacar os [[ecologista]]s, a ciência da ecologia, ele expurgou ambientalistas e promoveu a [[pseudociência]] de [[Trofim Lysenko]].<ref>{{cite book |last=Gare |first=A. |chapter=Soviet Environmentalism: The Path Not Taken |editor-last=Benton |editor-first=E. |title=The Greening of Marxism |year=1996 |location=New York |publisher=Guilford Press |isbn=157230118X |pages=111–128 }}</ref><ref>{{cite book |last=Kovel |first=J. |title=The Enemy of Nature |year=2002 |location= |publisher= |isbn= }}</ref><ref>{{cite journal |first=Arran |last=Gare |title=The Environmental Record of the Soviet Union |journal=Capitalism Nature Socialism |volume=13 |year=2002 |issue=3 |pages=52–72 |doi=10.1080/10455750208565489 }}</ref> Da mesma forma, [[Mao Zedong]] rejeitou o ambientalismo e acreditava que, com base nas leis do [[materialismo histórico]], toda a natureza deve ser colocada a serviço da revolução.<ref>{{cite book |first=Judith |last=Shapiro |title=Mao's War against Nature: Politics and the Environment in Revolutionary China |publisher=Cambridge University Press |year=2001 |isbn= }}</ref>

A partir de 1970, o ambientalismo tornou-se uma preocupação crescente da esquerda, com movimentos sociais e alguns sindicatos em campanha sobre questões ambientais. Por exemplo, a ''Builders Labourers Federation'' da [[Austrália]], liderada pelo comunista Jack Mundy, se uniu aos ambientalistas para boicotar projetos de desenvolvimento ambientalmente destrutivos.<ref>Meredith Burgman, Green Bans, Red Union: Environmental Activism and the New South Wales Builders Labourers' Federation (UNSW Press, Sydney,1998)</ref> Alguns segmentos da esquerda socialista e marxista conscientemente fundiu o ambientalismo e o [[anticapitalismo]] em uma [[Ecossocialismo|ideologia eco-socialista]].<ref>Por exemplo, Wall, D., Babylon and Beyond: The Economics of Anti-Capitalist, Anti-Globalist and Radical Green Movements, 2005</ref> Barry Commoner articulou uma resposta de esquerda para o modelo ''[[Os Limites do Crescimento]]'' que previu o catastrófico esgotamento de recursos e um estímulo ao ambientalismo, postulando que as tecnologias capitalistas foram as principais responsáveis pela [[degradação ambiental]], em oposição às pressões da população.<ref>Commoner, B., The Closing Circle, 1972</ref> A degradação ambiental pode ser vista como uma questão de classe ou [[equidade]], já que a destruição ambiental afeta desproporcionalmente as comunidades e países mais pobres.<ref>[http://www.blacksmithinstitute.org/articles/file/The+Argentimes.pdf Blacksmithinstitute.org]</ref>

Vários grupos de esquerda ou socialista têm uma preocupação ambiental evidente, ao passo que vários partidos verdes contêm uma presença socialista forte. Por exemplo, o Partido Verde da Inglaterra e do País de Gales possui um grupo eco-socialista, a Esquerda Verde, que foi fundada em junho de 2005 e cujos membros realizam uma série de posições influentes dentro do partido, incluindo o ex-diretor Speakers Siân Berry e Dr. Derek Wall, um acadêmico eco-socialista e marxista.<ref>{{cite web|url=http://gptu.net/gleft/greenleft.shtml |title=Green Left homepage |publisher=Gptu.net |date= |accessdate=2010-05-13}}</ref>

O bem conhecido socialista presidente da [[Bolívia]] [[Evo Morales]] ligou a [[degradação ambiental]] ao [[consumo]].<ref>http://www.thedailyshow.com/watch/tue-september-25-2007/president-evo-morales</ref> Ele disse:

{{cquote|''A Terra não tem o suficiente para o Norte viver cada vez melhor, mas tem o suficiente para todos nós vivermos bem.''}}

[[James Hansen]], [[Noam Chomsky]], [[Raj Patel]], [[Naomi Klein]], ''[[The Yes Men]]'' e [[Dennis Kucinich]] tiveram opiniões semelhantes.<ref>{{cite web|url=http://www.thenation.com/article/how-solve-climate-problem|title=How to Solve the Climate Problem|author=James Hansen}}</ref><ref>http://books.google.com/books?id=NrLv4surz7UC&printsec=frontcover&dq=profit+over+people&source=bl&ots=Jt-EIM9KkL&sig=SJyrY9YdYjOPM_ssb7Iat4B3hTc&hl=en&ei=a_esTPOIDMifOoyO5PUG&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=4&sqi=2&ved=0CCwQ6AEwAw#v=onepage&q&f=false</ref><ref>{{cite web|url=http://rajpatel.org/2010/08/06/we-have-yet-to-see-the-biggest-costs-of-the-bp-spill|title=The Nation: We Have Yet to See The Biggest Costs of the BP Spill}}</ref><ref>{{youtube|2FtrSql3vss|Naomi Klein- Climate Debt (Part 1)}}</ref><ref>{{cite web|url=http://scrutinyhooligans.us/2010/07/26/the-yes-men-fix-the-world|title=The Yes Men Fix the World}}</ref><ref>{{youtube|S4ph9rSRY3Q|Kucinich responds to BP Oil Spill}}</ref>

No [[século XXI]], as questões sobre o meio ambiente tornaram-se cada vez mais politizadas, com a esquerda em geral, aceitando as conclusões de cientistas ambientais sobre o [[aquecimento global]].<ref>{{cite web|url=http://www.usnews.com/blogs/barone/2009/03/16/the-left-pushes-secular-religions-global-warming-embryonic-stem-cell-research.html |title=The Left Pushes Secular Religions: Global Warming, Embryonic Stem Cell Research - Michael Barone |publisher=usnews.com |date= |accessdate=2010-05-13}}</ref><ref>{{cite web|url=http://dieoff.org/page8.htm |title=World Scientists' Warning To Humanity |publisher=Dieoff.org |date=1992-11-18 |accessdate=2010-05-13}}</ref> Muitos na direita discordam ou rejeitam essas conclusões <ref>[http://www.nytimes.com/2007/11/13/science/earth/13book.html, "Challenges to both Left and Right on Global Warming", by Andrew C. Revkin, Nov. 13, 2007, "A direita diz que o aquecimento global está em algum lugar entre uma brincadeira ou um boato irritante menor, e argumenta que a sede dos liberais para a regulamentação de cima para baixo vai conduzir a riqueza americana aos países em desenvolvimento e desligar o motor de combustível fóssil alimentar a economia."]</ref><ref>{{cite news|url=http://www.foxnews.com/politics/2009/01/29/weather-channel-founder-blasts-gore-global-warming-campaign/ |title=Weather Channel Founder Blasts Gore Over Global Warming Campaign |publisher=FOXNews.com |date= 2009-01-29|accessdate=2010-05-13}}</ref><ref>Chris Mooney, ''The Republican War on Science'', "a Direita moderna adotou um estilo de política que coloca seus seguidores em conflito cada vez mais forte com tanta informação científica e desapaixonada, as análises de especialistas em geral.", p. 4-5, "...o ataque seletivo da direita contra a obra de Mann, finalmente, apresenta uma enorme diversão para os formuladores de políticas tentando decidir o que fazer sobre o aquecimento global." p. 89, Basic Books, 2006, ISBN 978-0-465-04676-8</ref> (''ver: [[Antiambientalismo]]).'' Direitistas discordam da ideia de que o aquecimento global é causado pela ação humana, uma vez que esta afirmação carece de comprovação científica (''ver: [[A grande farsa do aquecimento global]]''). A direita defende esta ideia baseada em opiniões científicas independentes de [[Ceticismo climático|climatologistas céticos]].<ref name="World News">[http://wn.com/aquecimento_global_a_farsa_-_palestra_do_prof._ricardo_augusto_felício_2011_-_usp World News] - "Aquecimento Global: A FARSA" - Palestra do Prof. [[Ricardo Augusto Felício]], 2011 - USP. Página visitada em 12/01/2014.</ref> Nesta corrente, e mesmo fora, muitos afirmam que, atualmmente, as questões ambientais são alvo de [[sensacionalismo]] e [[alarmismo]].<ref name="World News" /> E, que esta é uma estratégia dos [[País desenvolvido|países desenvolvidos]] para impedir o [[desenvolvimento econômico]] dos [[País subdesenvolvido|países pobres]], sob o pretexto de "preservar o meio ambiente".<ref name="World News" />

No entanto, a esquerda ainda se divide sobre como reduzir eficazmente e reduzir igualmente as emissões de carbono - a centro-esquerda, muitas vezes defende uma confiança nas medidas de mercado, tais como [[comércio de emissões]] ou imposto sobre o carbono, enquanto aqueles mais à esquerda tendem a apoiar regulamentação governamental direta e intervenção, juntamente ou apenas com mecanismos de mercado.<ref>{{cite web|url=http://www.greenleft.org.au/node/41735|title=Rudd's carbon trading — locking in disaster}}</ref><ref>{{Cite web|url=http://www.solidarity.net.au/22/carbon-tax-not-the-solution-we-need-on-climate|title=Carbon tax not the solution we need on climate}}</ref><ref>{{cite web|url=http://www.greenleft.org.au/node/43410|title=James Hansen and climate solutions|author=Simon Butler}}</ref>

=== Nacionalismo e anti-nacionalismo ===

A questão da [[nacionalidade]] e do [[nacionalismo]] têm sido uma característica central do debate político da esquerda. Durante a Revolução Francesa, o nacionalismo foi uma política da Esquerda Republicana.<ref>William Doyle, ''The Oxford History of the French Revolution'', Oxford University Press, 2003, ISBN 978-0-19-925298-5, "Um exuberante e intransigente nacionalismo estava por trás de expansão revolucionária da França na década de 1790... "," A mensagem da Revolução Francesa foi a de que o povo é soberano e nos dois séculos desde que foi primeiro proclamada, conquistou o mundo."</ref> O esquerda republicana defendia o nacionalismo cívico,<ref name="Knapp"/> e argumentou que a nação é um "plebiscito diário" formado pela subjetiva "vontade de viver juntos". Relacionado ao "[[revanchismo francês]]", a vontade beligerante de se vingar contra do [[Império Alemão]] e retomar o controle de [[Alsácia-Lorena]], o nacionalismo foi, por vezes, contra o [[imperialismo]]. Na década de 1880, houve um debate entre aqueles que, como [[Georges Clemenceau]] (Radical), [[Jean Jaurès]] (socialista) e [[Maurice Barrès]] (nacionalista), argumentaram que o [[colonialismo]] desviou a França da "linha azul do [[Vosges]]" (referindo-se a Alsácia-Lorena), e o "[[Império colonial francês| ''lobby'' colonial]]", como Jules Ferry (moderado republicano), Léon Gambetta (republicano) e [[Eugène Etienne]], o presidente do grupo parlamentar colonial. Após o [[Caso Dreyfus]] no entanto o nacionalismo tornou-se cada vez mais associado à extrema direita.<ref>[[Michel Winock|Winock, Michel]] (dir.), ''Histoire de l'extrême droite en France'' (1993)</ref>

O [[internacionalismo]] proletário se considerou um impedimento contra a guerra, porque as pessoas com um interesse comum são menos propensas a pegar em armas umas contra as outras, em vez disso elas se focaram na luta contra a [[classe dominante]]. De acordo com a teoria marxista, o [[antônimo]] do internacionalismo proletário é o nacionalismo burguês. Alguns marxistas, junto com os outros na esquerda, viram o [[nacionalismo]],<ref>Szporluk, Roman. Communism and Nationalism. 2nd. Oxford University Press, 1991.</ref> o [[racismo]]<ref>{{cite journal |first=John |last=Solomos |first2=Les |last2=Back |title=Marxism, Racism, and Ethnicity |journal=American Behavioral Scientist |year=1995 |volume=38 |issue=3 |pages=407–420 |doi=10.1177/0002764295038003004 }}</ref> (inclusive o [[anti-Semitismo]]<ref>{{cite web |last=Lenin |first=Vladimir |title=Anti-Jewish Pogroms |work=Speeches On Gramophone Records |publisher= |year=1919 |url=http://www.marxists.org/archive/lenin/works/1919/mar/x10.htm}}</ref>) e a [[religião]], como estratégia de [[dividir para conquistar]] utilizada pelas classes dominantes para impedir a [[classe operária]] de se unir contra eles. Os movimentos de esquerda, portanto, muitas vezes tiveram posições [[anti-imperialismo | anti-imperialistas]].

O [[nazifascismo]], geralmente definido como extrema-direita, é situado por alguns analistas na esquerda do espectro político.<ref>''Leftism: From de Sade and Marx to Hitler and Marcuse.'' Erik von Kuehnelt-Leddihn, Arlington House, 1974. ISBN 9780870001437 (adicionado em 12/01/2014).</ref> <ref>''Marxism, Fascism, and Totalitarianism: Chapters in the Intellectual History of Radicalism.'' A. James Gregor, Stanford University Press, 2008. ISBN 9780804769990 (adicionado em 12/01/2014).</ref> O [[Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães]] (NAZI) representaria o socialismo "[[nacionalista]]" enquanto o [[Partido Comunista da União Soviética]] (PCUS) seria o representante do socialismo "[[Internacionalismo|internacionalista]]".<ref name="World News: The Soviet Story">[http://wn.com/the_soviet_story World News] - [[The Soviet Story]]. Documentário {{en}} legendado {{pt}}. Página visitada em 12/01/2014.</ref> Até 1941, a [[Alemanha Nazista]] e a [[URSS]] mantiveram uma relação de intensa cooperação mútua <ref name="World News: The Soviet Story" /> (''ver: [[Negociações sobre a adesão da União Soviética ao Eixo]]'').

O anarquismo desenvolveu uma crítica do nacionalismo que incide sobre o papel do nacionalismo em justificar e consolidar o poder e dominação do Estado. Através de sua meta de unificação, o nacionalismo se esforça para a centralização, ambos em territórios específicos e uma elite dominante de indivíduos, ao mesmo tempo que prepara a população para a exploração capitalista. Dentro do anarquismo, este assunto tem sido tratado exaustivamente por [[Rudolf Rocker]] em ''Nationalism and Culture'' e nos trabalhos de Fredy Perlman, como em ''Against His-Story, Against Leviathan'' e "The Continuing Appeal of Nationalism".<ref>{{cite book |title=The Continuing Appeal of Nationalism |first=Fredy |last=Perlman |location=Detroit |publisher=Black & Red |year=1985 |isbn=0317295586 }}</ref>

=== Religião ===

A Esquerda francesa original é [[Anticlericalismo|anti-clero]], opondo-se a influência da [[Igreja Católica]] e apoiando a [[separação Igreja-Estado]]. <ref name="Knapp"/>

[[Karl Marx]] afirmou que:

{{cquote|''A religião é o suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração e a alma de condições desalmadas. É o [[ópio do povo]]''.<ref>Marx, K. 1976. ''Introduction to A Contribution to the Critique of Hegel’s Philosophy of Right''. Collected Works, v. 3. New York.</ref>}}

Na [[Rússia Soviética]], os [[bolchevique]]s originalmente abraçaram "''uma crença ideológica que professa que toda religião seria atrofia''" e "''resolvemos erradicar o ''[[Cristianismo]]'' como tal''" (''ver: [[Religião na União Soviética]]''). Em 1918, "''dez ''[[hierarca]]s [[ortodoxo]]s'' foram sumariamente fuzilados''" e "''crianças foram privadas de qualquer ''[[educação religiosa]]'' fora de casa''" <ref>[[Michael Burleigh]] ''Sacred Causes'' HarperCollins (2006) p41-43</ref> (''ver: [[Perseguição aos cristãos]]'').


Um dos principais objetivos da agenda [[Marxismo-leninismo|marxista-leninista]] é instituir o [[Estado ateu]], extinguindo a religião para conduzir a sociedade ao [[ateísmo]] (''ver: [[Ateísmo Marxista-leninista]]''). Estudos indicam que regimes políticos [[Antirreligião|antirreligiosos]], sobretudo marxistas, foram responsáveis pelas mortes de milhões de pessoas <ref>{{en}} [http://www.hawaii.edu/powerkills/COM.ART.HTM hawaii.edu] - HOW MANY DID COMMUNIST REGIMES MURDER? By [[Rudolph Joseph Rummel]]. Página visitada em 12/01/2014.</ref> <ref>[http://wn.com/o_ate%C3%ADsmo_%C3%A9_uma_ideologia_imoral_e_assassina World News] - Vídeo: O Ateísmo É Uma Ideologia Imoral E Assassina (Olavo de Carvalho). Página visitada em 12/01/2014.</ref> (''ver: [[Intolerância religiosa]]'').
A partir de 1970, o ambientalismo tornou-se uma preocupação crescente da esquerda, com movimentos sociais e alguns sindicatos em campanha sobre questões ambientais. Por exemplo, a ''Builders Labourers Federation'' da[[Austrália]], liderada pelo comunista Jack Mundy, se uniu aos ambientalistas para boicotar projetos de desenvolvimento ambientalmente destrutivos.<ref>Meredith Burgman, Green Bans, Red Union: Environmental Activism and the New South Wales Builders Labourers' Federation (UNSW Press, Sydney,1998)</ref> Alguns segmentos da esquerda socialista e marxista conscientemente fundiu o ambientalismo e o anti-capitalismo em uma ideologia eco-socialista.<ref>Por exemplo, Wall, D., Babylon and Beyond: The Economics of Anti-Capitalist, Anti-Globalist and Radical Green Movements, 2005</ref> Barry Commoner articulou uma resposta de esquerda para o modelo ''[[Os Limites do Crescimento]]'' que previu o catastrófico esgotamento de recursos e um estímulo ao ambientalismo, postulando que as tecnologias capitalistas foram as principais responsáveis ​​pela degradação ambiental, em oposição às pressões da população.<ref>Commoner, B., The Closing Circle, 1972</ref> A degradação ambiental pode ser vista como uma questão de classe ou equidade, já que a destruição ambiental afeta desproporcionalmente as comunidades e países mais pobres.<ref>[http://www.blacksmithinstitute.org/articles/file/The+Argentimes.pdf Blacksmithinstitute.org]</ref>


Por iniciativa do [[Parlamento Europeu]], o dia [[23 de Agosto]] (dia da assinatura do [[Pacto Molotov-Ribbentrop]] em [[1939]]) foi designado o [[Dia Europeu da Memória das Vítimas do Stalinismo e do Nacional-Socialismo]].<ref>[http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?type=IM-PRESS&reference=20080929STO38339&language=EN Europarl (Parlamento Europeu)] - ''Hitler and Stalin's victims remembered with special day.'' Página visitada em 12/01/2014. {{en}}</ref> <ref>[http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//NONSGML+IM-PRESS+20080919IPR37662+0+DOC+PDF+V0//PT&language=PT Europarl (Parlamento Europeu)] - Um "Dia Europeu da Memória das. Vítimas do Estalinismo e do Nazismo". Página visitada em 12/01/2014. {{pt}}</ref> A [[Declaração de Praga sobre Consciência Europeia e Comunismo]], iguala a gravidade dos [[crimes contra a humanidade]] praticados em nome do marxismo-leninismo e do nazifascismo, que vitimaram também um grande número de religiosos.<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/holocont.htm Olavo de Carvalho] - O holocausto contínuo. Página visitada em 12/01/2014.</ref>
Vários grupos de esquerda ou socialista têm uma preocupação ambiental evidente, ao passo que vários partidos verdes contêm uma presença socialista forte . Por exemplo, o Partido Verde da Inglaterra e do País de Gales possui um grupo eco-socialista, a Esquerda Verde, que foi fundada em junho de 2005 e cujos membros realizam uma série de posições influentes dentro do partido, incluindo o ex-diretor Speakers Siân Berry e Dr. Derek Wall, um acadêmico eco-socialista e marxista.<ref>{{cite web|url=http://gptu.net/gleft/greenleft.shtml |title=Green Left homepage |publisher=Gptu.net |date= |accessdate=2010-05-13}}</ref>


== Galeria ==
O bem conhecido socialista presidente da Bolívia [[Evo Morales]] ligou a [[degradação ambiental]] ao [[consumo]].<ref>http://www.thedailyshow.com/watch/tue-september-25-2007/president-evo-morales</ref> Ele disse: "A Terra não tem o suficiente para o Norte viver cada vez melhor, mas tem o suficiente para todos nós vivermos bem." [[James Hansen]], [[Noam Chomsky]], [[Raj Patel]], [[Naomi Klein]], ''[[The Yes Men]]'' e [[Dennis Kucinich]] tiveram opiniões semelhantes.<ref>{{cite web|url=http://www.thenation.com/article/how-solve-climate-problem|title=How to Solve the Climate Problem|author=James Hansen}}</ref><ref>http://books.google.com/books?id=NrLv4surz7UC&printsec=frontcover&dq=profit+over+people&source=bl&ots=Jt-EIM9KkL&sig=SJyrY9YdYjOPM_ssb7Iat4B3hTc&hl=en&ei=a_esTPOIDMifOoyO5PUG&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=4&sqi=2&ved=0CCwQ6AEwAw#v=onepage&q&f=false</ref><ref>{{cite web|url=http://rajpatel.org/2010/08/06/we-have-yet-to-see-the-biggest-costs-of-the-bp-spill|title=The Nation: We Have Yet to See The Biggest Costs of the BP Spill}}</ref><ref>{{youtube|2FtrSql3vss|Naomi Klein- Climate Debt (Part 1)}}</ref><ref>{{cite web|url=http://scrutinyhooligans.us/2010/07/26/the-yes-men-fix-the-world|title=The Yes Men Fix the World}}</ref><ref>{{youtube|S4ph9rSRY3Q|Kucinich responds to BP Oil Spill}}</ref>


=== Partidos e organizações ===
No século XXI, as questões sobre o meio ambiente tornaram-se cada vez mais politizadas, com a esquerda em geral, aceitando as conclusões de cientistas ambientais sobre o [[aquecimento global]],<ref>{{cite web|url=http://www.usnews.com/blogs/barone/2009/03/16/the-left-pushes-secular-religions-global-warming-embryonic-stem-cell-research.html |title=The Left Pushes Secular Religions: Global Warming, Embryonic Stem Cell Research - Michael Barone |publisher=usnews.com |date= |accessdate=2010-05-13}}</ref><ref>{{cite web|url=http://dieoff.org/page8.htm |title=World Scientists' Warning To Humanity |publisher=Dieoff.org |date=1992-11-18 |accessdate=2010-05-13}}</ref> e muitos da direita disputando ou rejeitando essas conclusões.<ref>[http://www.nytimes.com/2007/11/13/science/earth/13book.html, "Challenges to both Left and Right on Global Warming", by Andrew C. Revkin, Nov. 13, 2007, "A direita diz que o aquecimento global está em algum lugar entre uma brincadeira ou um boato irritante menor, e argumenta que a sede dos liberais para a regulamentação de cima para baixo vai conduzir a riqueza americana aos países em desenvolvimento e desligar o motor de combustível fóssil alimentar a economia."]</ref><ref>{{cite news|url=http://www.foxnews.com/politics/2009/01/29/weather-channel-founder-blasts-gore-global-warming-campaign/ |title=Weather Channel Founder Blasts Gore Over Global Warming Campaign |publisher=FOXNews.com |date= 2009-01-29|accessdate=2010-05-13}}</ref><ref>Chris Mooney, ''The Republican War on Science'', "a Direita moderna adotou um estilo de política que coloca seus seguidores em conflito cada vez mais forte com tanta informação científica e desapaixonada, as análises de especialistas em geral.", p. 4-5, "...o ataque seletivo da direita contra a obra de Mann, finalmente, apresenta uma enorme diversão para os formuladores de políticas tentando decidir o que fazer sobre o aquecimento global." p. 89, Basic Books, 2006, ISBN 978-0-465-04676-8</ref> No entanto, a esquerda ainda se divide sobre como reduzir eficazmente e reduzir igualmente as emissões de carbono - a centro-esquerda, muitas vezes defende uma confiança nas medidas de mercado, tais como [[comércio de emissões]] ou imposto sobre o carbono, enquanto aqueles mais à esquerda tendem a apoiar regulamentação governamental direta e intervenção, juntamente ou apenas com mecanismos de mercado.<ref>{{cite web|url=http://www.greenleft.org.au/node/41735|title=Rudd's carbon trading locking in disaster}}</ref><ref>{{Cite web|url=http://www.solidarity.net.au/22/carbon-tax-not-the-solution-we-need-on-climate|title=Carbon tax not the solution we need on climate}}</ref><ref>{{cite web|url=http://www.greenleft.org.au/node/43410|title=James Hansen and climate solutions|author=Simon Butler}}</ref>


<gallery>
===Nacionalismo e anti-nacionalismo===
Imagem:Logo of the Fourth International.svg|<center>[[Quarta Internacional]]<center>
A questão da [[nacionalidade]] e do [[nacionalismo]] têm sido uma característica central do debate político da esquerda. Durante a Revolução Francesa, o nacionalismo foi uma política da Esquerda Republicana.<ref>William Doyle, ''The Oxford History of the French Revolution'', Oxford University Press, 2003, ISBN 978-0-19-925298-5, "Um exuberante e intransigente nacionalismo estava por trás de expansão revolucionária da França na década de 1790... "," A mensagem da Revolução Francesa foi a de que o povo é soberano e nos dois séculos desde que foi primeiro proclamada, conquistou o mundo."</ref> O esquerda republicana defendia o nacionalismo cívico,<ref name="Knapp"/> e argumentou que a nação é um "plebiscito diário" formado pela subjetiva "vontade de viver juntos". Relacionado ao "revanchismo", a vontade beligerante de se vingar contra a Alemanha e retomar o controle de [[Alsácia-Lorena]], o nacionalismo foi, por vezes, contra o [[imperialismo]]. Na década de 1880, houve um debate entre aqueles que, como [[Georges Clemenceau]] (Radical), [[Jean Jaurès]] (socialista) e [[Maurice Barrès]] (nacionalista), argumentaram que o colonialismo desviou a França da "linha azul do [[Vosges]]" (referindo-se a Alsácia-Lorena), e o "[[Império colonial francês| ''lobby'' colonial]]", como Jules Ferry (moderado republicano), Léon Gambetta (republicano) e [[Eugène Etienne]], o presidente do grupo parlamentar colonial. Após o [[Caso Dreyfus]] no entanto o nacionalismo tornou-se cada vez mais associado à extrema direita.<ref>[[Michel Winock|Winock, Michel]] (dir.), ''Histoire de l'extrême droite en France'' (1993)</ref>
Imagem:China Youth League logo.svg|[[Liga da Juventude Comunista da China]]
Imagem:Flag-donkey.png|[[Partido Democrata (Estados Unidos)]]
Imagem:PT star real version.svg|[[Partido dos Trabalhadores]] <br />([[Brasil]])
</gallery>


=== Personalidades ===
O internacionalismo proletário se considerou um impedimento contra a guerra, porque as pessoas com um interesse comum são menos propensas a pegar em armas umas contra as outras, em vez disso elas se focaram na luta contra a [[classe dominante]]. De acordo com a teoria marxista, o [[antônimo]] do internacionalismo proletário é o nacionalismo burguês. Alguns marxistas, junto com os outros na esquerda, viram o [[nacionalismo]],<ref>Szporluk, Roman. Communism and Nationalism. 2nd. Oxford University Press, 1991.</ref> o [[racismo]]<ref>{{cite journal |first=John |last=Solomos |first2=Les |last2=Back |title=Marxism, Racism, and Ethnicity |journal=American Behavioral Scientist |year=1995 |volume=38 |issue=3 |pages=407–420 |doi=10.1177/0002764295038003004 }}</ref> (inclusive o [[anti-Semitismo]]<ref>{{cite web |last=Lenin |first=Vladimir |title=Anti-Jewish Pogroms |work=Speeches On Gramophone Records |publisher= |year=1919 |url=http://www.marxists.org/archive/lenin/works/1919/mar/x10.htm}}</ref>) e a [[religião]], como estratégia de [[dividir para conquistar]] utilizada pelas classes dominantes para impedir a [[classe operária]] de se unir contra eles. Os movimentos de esquerda, portanto, muitas vezes teve posições [[anti-imperialismo | anti-imperialistas]]. O anarquismo desenvolveu uma crítica do nacionalismo que incide sobre o papel do nacionalismo em justificar e consolidar o poder e dominação do Estado. Através de sua meta de unificação, o nacionalismo se esforça para a centralização, ambos em territórios específicos e uma elite dominante de indivíduos, ao mesmo tempo que prepara a população para a exploração capitalista. Dentro do anarquismo, este assunto tem sido tratado exaustivamente por [[Rudolf Rocker]] em ''Nationalism and Culture'' e nos trabalhos de Fredy Perlman, como em ''Against His-Story, Against Leviathan'' e "The Continuing Appeal of Nationalism".<ref>{{cite book |title=The Continuing Appeal of Nationalism |first=Fredy |last=Perlman |location=Detroit |publisher=Black & Red |year=1985 |isbn=0317295586 }}</ref>


<gallery>
===Religião===
Imagem:Rosa Luxemburg.jpg|<center>[[Rosa Luxemburgo]]<center>
A Esquerda francesa original é [[anti-clero]], opondo-se a influência da [[Igreja Católica]] e apoiando a separação entre Igreja e Estado. <ref name="Knapp"/> [[Karl Marx]] afirmou que "a religião é o suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração e a alma de condições desalmadas. É o [[ópio do povo]]".<ref>Marx, K. 1976. ''Introduction to A Contribution to the Critique of Hegel’s Philosophy of Right''. Collected Works, v. 3. New York.</ref> Na Rússia Soviética, os [[bolchevique]]s originalmente abraçaram "uma crença ideológica que professa que toda religião seria atrofia" e "resolvemos erradicar o [[Cristianismo]] como tal." Em 1918, "dez hierarcas ortodoxos foram sumariamente fuzilados" e "crianças foram privadas de qualquer educação religiosa fora de casa".<ref>[[Michael Burleigh]] ''Sacred Causes'' HarperCollins (2006) p41-43</ref>
Imagem:19260730-burial dzershinsky moscow.jpg|Cortejo fúnebre de [[Félix Dzerjinsky]]. Conduzindo seu caixão (partindo da esq.) [[Mikhail Kalinin|Kalinin]], [[Trótski]], [[Kamenev]], [[Stalin]] e [[Bukharin]].
Imagem:Dilma Bachelet 2011.jpg|[[Dilma Rousseff]] e [[Michelle Bachelet]]
Imagem:FSP110907.jpeg|[[Luiz Inácio Lula da Silva|Lula]] no 15º [[Foro de São Paulo]].
</gallery>


{{referências|col=2}}
{{referências|col=2}}

Revisão das 17h41min de 12 de janeiro de 2014

 Nota: Se procura pela posição relativa, veja Esquerda e direita.

Na Esquerda e Direita política, política de esquerda descreve uma visão ou posição específica que aceita ou suporta igualdade social, muitas vezes em oposição a hierarquia social e a desigualdade social.[1][2][3][4] Normalmente envolvendo uma preocupação com os cidadãos que são considerados em desvantagem em relação aos outros e uma suposição de que há desigualdades injustificadas que devem ser reduzidas ou abolidas [3] (ver: preconceito social).

Os termos "direita" e "esquerda" foram cunhados durante a Revolução Francesa (1789–99), e referiam-se ao lugar onde políticos se sentavam no parlamento francês, os que estavam sentados à direita da cadeira do presidente parlamentar foram amplamente favoráveis ao Ancien Régime.[5][6][7][8]

O uso do termo "esquerda" tornou-se mais proeminente após a restauração da monarquia francesa em 1815 e foi aplicado aos "Independentes".[9] Mais tarde, o termo foi aplicado a uma série de movimentos, especialmente o republicanismo durante a Revolução Francesa, o socialismo,[10] o comunismo e o anarquismo.[11]

Na decada dos anos 1990, se acelerou em todo o continente a conversão dos partidos socialistas europeus para o liberalismo econômico, particularmente no que diz respeito ao Partido trabalhista britânico, sob a liderança de Tony Blair, e os sociais-democratas alemães sob Gerhard Schröder. O Blairismo, combinando idéias econômicas liberais com o progressismo social desprovido da aspiração igualitária torna-se uma das mais poderosa força da esquerda européia. Outra linha do socialismo europeu representado na época, foi o de Lionel Jospin, então chefe do governo francês que era abertamente menos liberal.[12][13] Atualmente o termo "esquerda" tem sido usado para descrever uma vasta família de movimentos,[14] incluindo o movimentos pelos direitos civis, movimentos anti-guerra e movimento ambientalista.[15][16]

História

Ver artigo principal: Esquerda e Direita (política)

Os termos "esquerda" e "direita" apareceram durante a Revolução Francesa de 1789, quando os membros da Assembleia Nacional dividiam-se em partidários do rei à direita do presidente e simpatizantes da revolução à sua esquerda.

Um deputado, o Barão de Gauville explicou:

No entanto, a direita se pôs contra a disposição dos assentos, porque acreditavam que os deputados devessem apoiar interesses particulares ou gerais, mas não formar facções ou partidos políticos. A imprensa contemporânea, ocasionalmente, usa os termos "esquerda" e "direita" para se referir a lados opostos ou que se opõe.[17] Ao longo do século 19 na França, a principal linha divisória de Esquerda e Direita foi entre partidários da República e partidários da Monarquia.[8]

A Associação Internacional dos Trabalhadores (1864–76), às vezes chamada de Primeira Internacional, reuniu delegados de muitos países diferentes, com muitos pontos de vista diferentes sobre como chegar a uma sociedade sem classes e sem estado. Após uma divisão entre os partidários de Marx e Mikhail Bakunin, os anarquistas formaram a Associação Internacional dos Trabalhadores.[18] A Segunda Internacional (1888-1916) tornou-se divididos sobre a questão da Primeira Guerra Mundial. Aqueles que se opuseram à guerra, como Vladimir Lenin e Rosa Luxemburg, foram vistos como de extrema-esquerda.

Nos Estados Unidos, depois de Reconstrução, a frase "a esquerda" foi usada para descrever aqueles que apoiarvam os sindicatos, o Movimento dos direitos civis e o movimento anti-guerra.[12][19] Mais recentemente, nos Estados Unidos, "de esquerda" e "de direita", muitas vezes têm sido usados como sinônimos para o " democrata" e " republicano", ou como sinônimos do liberalismo moderno nos Estados Unidos (liberalismo) e conservadorismo nos Estados Unidos (conservadorismo), respectivamente.[20][21][22][23]

Posições

Economia

A crenças econômicas esquerdista variam de economia keynesiana a Estado de bem-estar social, democracia industrial a social de mercado e de nacionalização a Economia planificada.[24] Durante a Revolução Industrial, os esquerdistas apoiaram os sindicatos. No início do século XX, a esquerda foi associada a políticas que defendiam a intervenção do governo extensa na economia.[25]

Outros esquerdistas acreditam na economia marxista, que é baseadas nas teorias econômicas de Karl Marx (ver: Economia marxiana). Alguns distinguem as teorias econômicas de Marx a partir de sua filosofia política, argumentando que a abordagem de Marx para a compreensão da economia é independente de sua defesa do socialismo revolucionária ou sua crença na inevitabilidade da revolução proletária.[26][27]

A economia marxista não se apoia exclusivamente em Marx mas abrange a partir de uma variedade de fontes marxistas e não-marxistas. A "ditadura do proletariado" ou "Estado de trabalhadores" são termos usados por marxistas para descrever o que eles vêem como um estado temporário entre a sociedade capitalista e a comunista. Marx define o proletariado como trabalhadores assalariados, em contraste com o Lumpemproletariado, que ele definiu ser párias da sociedade, como mendigos, malandros, artistas, artistas de rua, criminosos e prostitutas.[28] A relevância política dos agricultores tem dividido a esquerda. Em Das Kapital, Marx mal mencionou o assunto.[29]

Liberais de esquerda, liberais socialistas e anarquistas acreditam em uma economia descentralizada dirigida por sindicatos, conselhos trabalhistas, cooperativas, municípios e comunas, e se opõem governo e ao controle privado da economia, preferindo um controle local, na qual uma nação de regiões descentrlizadas são unidas em uma confederação.

De acordo com Barry Clark:

O Global justice movement, ou "Movimento anti-globalização" protesta contra a globalização econômica corporativa , devido às suas supostas consequências negativas para os pobres, os trabalhadores, ao meio ambiente e às pequenas empresas.[31][32][33]

Ambientalismo

Tanto Karl Marx quanto o socialista William Morris tiveram uma preocupação com as questões ambientais.[34][35][36][37]

De acordo com Marx:

Após a Revolução Russa, os cientistas ambientais, como Alexander Bogdanov e a organização Proletkul se esforçaram para incorporar o ambientalismo ao bolchevismo, e "integrar a produção às leis e limites naturais" na primeira década soviética, antes de Joseph Stalin atacar os ecologistas, a ciência da ecologia, ele expurgou ambientalistas e promoveu a pseudociência de Trofim Lysenko.[39][40][41] Da mesma forma, Mao Zedong rejeitou o ambientalismo e acreditava que, com base nas leis do materialismo histórico, toda a natureza deve ser colocada a serviço da revolução.[42]

A partir de 1970, o ambientalismo tornou-se uma preocupação crescente da esquerda, com movimentos sociais e alguns sindicatos em campanha sobre questões ambientais. Por exemplo, a Builders Labourers Federation da Austrália, liderada pelo comunista Jack Mundy, se uniu aos ambientalistas para boicotar projetos de desenvolvimento ambientalmente destrutivos.[43] Alguns segmentos da esquerda socialista e marxista conscientemente fundiu o ambientalismo e o anticapitalismo em uma ideologia eco-socialista.[44] Barry Commoner articulou uma resposta de esquerda para o modelo Os Limites do Crescimento que previu o catastrófico esgotamento de recursos e um estímulo ao ambientalismo, postulando que as tecnologias capitalistas foram as principais responsáveis pela degradação ambiental, em oposição às pressões da população.[45] A degradação ambiental pode ser vista como uma questão de classe ou equidade, já que a destruição ambiental afeta desproporcionalmente as comunidades e países mais pobres.[46]

Vários grupos de esquerda ou socialista têm uma preocupação ambiental evidente, ao passo que vários partidos verdes contêm uma presença socialista forte. Por exemplo, o Partido Verde da Inglaterra e do País de Gales possui um grupo eco-socialista, a Esquerda Verde, que foi fundada em junho de 2005 e cujos membros realizam uma série de posições influentes dentro do partido, incluindo o ex-diretor Speakers Siân Berry e Dr. Derek Wall, um acadêmico eco-socialista e marxista.[47]

O bem conhecido socialista presidente da Bolívia Evo Morales ligou a degradação ambiental ao consumo.[48] Ele disse:

James Hansen, Noam Chomsky, Raj Patel, Naomi Klein, The Yes Men e Dennis Kucinich tiveram opiniões semelhantes.[49][50][51][52][53][54]

No século XXI, as questões sobre o meio ambiente tornaram-se cada vez mais politizadas, com a esquerda em geral, aceitando as conclusões de cientistas ambientais sobre o aquecimento global.[55][56] Muitos na direita discordam ou rejeitam essas conclusões [57][58][59] (ver: Antiambientalismo). Direitistas discordam da ideia de que o aquecimento global é causado pela ação humana, uma vez que esta afirmação carece de comprovação científica (ver: A grande farsa do aquecimento global). A direita defende esta ideia baseada em opiniões científicas independentes de climatologistas céticos.[60] Nesta corrente, e mesmo fora, muitos afirmam que, atualmmente, as questões ambientais são alvo de sensacionalismo e alarmismo.[60] E, que esta é uma estratégia dos países desenvolvidos para impedir o desenvolvimento econômico dos países pobres, sob o pretexto de "preservar o meio ambiente".[60]

No entanto, a esquerda ainda se divide sobre como reduzir eficazmente e reduzir igualmente as emissões de carbono - a centro-esquerda, muitas vezes defende uma confiança nas medidas de mercado, tais como comércio de emissões ou imposto sobre o carbono, enquanto aqueles mais à esquerda tendem a apoiar regulamentação governamental direta e intervenção, juntamente ou apenas com mecanismos de mercado.[61][62][63]

Nacionalismo e anti-nacionalismo

A questão da nacionalidade e do nacionalismo têm sido uma característica central do debate político da esquerda. Durante a Revolução Francesa, o nacionalismo foi uma política da Esquerda Republicana.[64] O esquerda republicana defendia o nacionalismo cívico,[8] e argumentou que a nação é um "plebiscito diário" formado pela subjetiva "vontade de viver juntos". Relacionado ao "revanchismo francês", a vontade beligerante de se vingar contra do Império Alemão e retomar o controle de Alsácia-Lorena, o nacionalismo foi, por vezes, contra o imperialismo. Na década de 1880, houve um debate entre aqueles que, como Georges Clemenceau (Radical), Jean Jaurès (socialista) e Maurice Barrès (nacionalista), argumentaram que o colonialismo desviou a França da "linha azul do Vosges" (referindo-se a Alsácia-Lorena), e o " lobby colonial", como Jules Ferry (moderado republicano), Léon Gambetta (republicano) e Eugène Etienne, o presidente do grupo parlamentar colonial. Após o Caso Dreyfus no entanto o nacionalismo tornou-se cada vez mais associado à extrema direita.[65]

O internacionalismo proletário se considerou um impedimento contra a guerra, porque as pessoas com um interesse comum são menos propensas a pegar em armas umas contra as outras, em vez disso elas se focaram na luta contra a classe dominante. De acordo com a teoria marxista, o antônimo do internacionalismo proletário é o nacionalismo burguês. Alguns marxistas, junto com os outros na esquerda, viram o nacionalismo,[66] o racismo[67] (inclusive o anti-Semitismo[68]) e a religião, como estratégia de dividir para conquistar utilizada pelas classes dominantes para impedir a classe operária de se unir contra eles. Os movimentos de esquerda, portanto, muitas vezes tiveram posições anti-imperialistas.

O nazifascismo, geralmente definido como extrema-direita, é situado por alguns analistas na esquerda do espectro político.[69] [70] O Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (NAZI) representaria o socialismo "nacionalista" enquanto o Partido Comunista da União Soviética (PCUS) seria o representante do socialismo "internacionalista".[71] Até 1941, a Alemanha Nazista e a URSS mantiveram uma relação de intensa cooperação mútua [71] (ver: Negociações sobre a adesão da União Soviética ao Eixo).

O anarquismo desenvolveu uma crítica do nacionalismo que incide sobre o papel do nacionalismo em justificar e consolidar o poder e dominação do Estado. Através de sua meta de unificação, o nacionalismo se esforça para a centralização, ambos em territórios específicos e uma elite dominante de indivíduos, ao mesmo tempo que prepara a população para a exploração capitalista. Dentro do anarquismo, este assunto tem sido tratado exaustivamente por Rudolf Rocker em Nationalism and Culture e nos trabalhos de Fredy Perlman, como em Against His-Story, Against Leviathan e "The Continuing Appeal of Nationalism".[72]

Religião

A Esquerda francesa original é anti-clero, opondo-se a influência da Igreja Católica e apoiando a separação Igreja-Estado. [8]

Karl Marx afirmou que:

Na Rússia Soviética, os bolcheviques originalmente abraçaram "uma crença ideológica que professa que toda religião seria atrofia" e "resolvemos erradicar o Cristianismo como tal" (ver: Religião na União Soviética). Em 1918, "dez hierarcas ortodoxos foram sumariamente fuzilados" e "crianças foram privadas de qualquer educação religiosa fora de casa" [74] (ver: Perseguição aos cristãos).

Um dos principais objetivos da agenda marxista-leninista é instituir o Estado ateu, extinguindo a religião para conduzir a sociedade ao ateísmo (ver: Ateísmo Marxista-leninista). Estudos indicam que regimes políticos antirreligiosos, sobretudo marxistas, foram responsáveis pelas mortes de milhões de pessoas [75] [76] (ver: Intolerância religiosa).

Por iniciativa do Parlamento Europeu, o dia 23 de Agosto (dia da assinatura do Pacto Molotov-Ribbentrop em 1939) foi designado o Dia Europeu da Memória das Vítimas do Stalinismo e do Nacional-Socialismo.[77] [78] A Declaração de Praga sobre Consciência Europeia e Comunismo, iguala a gravidade dos crimes contra a humanidade praticados em nome do marxismo-leninismo e do nazifascismo, que vitimaram também um grande número de religiosos.[79]

Galeria

Partidos e organizações

Personalidades

Referências

  1. Smith, T. Alexander; Tatalovich, Raymond (2003). Cultures at War: Moral Conflicts in Western Democracies. Toronto, Canada: Broadview Press. p. 30 
  2. Bobbio, Norberto; Cameron, Allan (1997). Left and Right: The Significance of a Political Distinction. [S.l.]: University of Chicago Press. p. 37 
  3. a b Lukes, Steven. 'Epilogue: The Grand Dichotomy of the Twentieth Century': concluding chapter to T. Ball and R. Bellamy (eds.), The Cambridge History of Twentieth-Century Political Thought.
  4. Thompson, Willie (1997). The left in history: revolution and reform in twentieth-century politics. [S.l.]: Pluto Press 
  5. Goodsell, Charles T., "The Architecture of Parliaments: Legislative Houses and Political Culture", British Journal of Political Science, Vol. 18, No. 3 (July , 1988) pp. 287–302
  6. Linski, Gerhard, Current Issues and Research In Macrosociology (Brill Archive, 1984) p. 59
  7. Clark, Barry Political Economy: A Comparative Approach (Praeger Paperback, 1998) pp. 33–34
  8. a b c d Andrew Knapp and Vincent Wright (2006). The Government and Politics of France. [S.l.]: Routledge. ISBN 978-0-415-35732-6 
  9. Realms of memory: conflicts and divisions (1996), ed. Pierre Nora, "Right and Left" por Marcel Gauchet, p. 248
  10. Maass, Alan; Zinn, Howard (2010). The Case for Socialism Revised ed. [S.l.]: Haymarket Books. p. 164. ISBN 978-1608460731. The International Socialist Review is one of the best left-wing journals around... 
  11. Schmidt, Michael; Van der Walt, Lucien (2009). Black Flame: The Revolutionary Class Politics of Anarchism and Syndicalism. Col: Counter-Power. 1. [S.l.]: AK Press. p. 128. ISBN 978-1-904859-16-1. O anarquismo é uma coerente corrente intelectual e política que remonta à década de 1860, da Primeira Internacional e faz parte das tradições trabalho e esquerda. 
  12. a b Van Gosse (2005). The Movements of the New Left, 1950–1975: A Brief History with Documents. [S.l.]: Palgrave Macmillan. ISBN 978-1-4039-6804-3 
  13. Thomas Piketty, « Economiques. Blair et Schröder en font trop. », Libération, 14 juin 1999
  14. Revel, Jean Francois (2009). Last Exit to Utopia. [S.l.]: Encounter Books. p. 24. ISBN 978-1594032646. Nos Estados Unidos, a palavra 'liberal' é muitas vezes usada para descrever a 'ala esquerda' do Partido Democrata. 
  15. Neumayer, Eric (2004). «The environment, left-wing political orientation, and ecological economics». Ecological Economics. 51 (3–4): 167–175. doi:10.1016/j.ecolecon.2004.06.006 
  16. Barry, John (2002). International Encyclopedia of Environmental Politics. [S.l.]: Taylor & Francis. ISBN 978-0415202855. Todas as pesquisas confirmam que a preocupação ambiental está associada a votação verde ... [Em] eleições europeias posteriores, os eleitores verdes tendem a ser de esquerda... o partido é capaz de motivar seus principais apoiadores, bem como a outros eleitores com consciência verde da persuasão predominantemente de esquerda... 
  17. Gauchet, p. 242-245
  18. Marshall, Peter (1993). Demanding the Impossible  — A History of Anarchism. London: Fontana Press. p. 9. ISBN 978-0-00-686245-1 
  19. Reuss, JoAnne C. (2000). American Folk Music and Left-Wing Politics. [S.l.]: The Scarecrow Press. ISBN 978-0-8108-3684-6 
  20. «Steel to gop fight for Coleman». Time. 3 de março de 2009. Consultado em 4 de abril de 2010 
  21. ABC news, reported in The Week, May 15, 2009, page 13
  22. reported in Mother Jones, April 29, 2009
  23. Gellene, Denise (10 de setembro de 2007). «Study finds left-wing brain, right-wing brain». Los Angeles Times. Consultado em 2 de maio de 2010 
  24. Andrew Glyn, Social Democracy in Neoliberal Times: The Left and Economic Policy since 1980, Oxford University Press, 2001, ISBN 978-0-19-924138-5.
  25. Eric D. Beinhocker. The origin of wealth. Harvard Business Press. 2006. ISBN 978-1-57851-777-0 p. 416 Google Books
  26. «The Neo-Marxian Schools». The New School. Consultado em 23 de agosto de 2007 
  27. Munro, John. «Some Basic Principles of Marxian Economics». University of Toronto. Consultado em 23 de agosto de 2007 
  28. Lumpen proletariat -- Britannica Online Encyclopedia
  29. Marxism Fails on the Farm
  30. Clark, B. (1998). Political economy: A comparative approach. Westport, CT: Praeger Press.
  31. Tom Mertes, "A Movement of Movements", New York: Verso, 2004
  32. Krishna-Hensel, Sai (2006). Global Cooperation: Challenges and Opportunities in the Twenty-first Century. [S.l.]: Ashgate Publishing. 202 páginas 
  33. Juris, Jeffrey S. (2008). Networking Futures: The Movements against Corporate Globalization. Durham: Duke University Press. p. 2. ISBN 978-0-8223-4269-4 
  34. a b Foster, J. B. (2000). Marx's Ecology. New York: Monthly Review Press 
  35. Burkett, P. (1999). Marx and Nature. New York: St. Martin's Press. ISBN 0312219407 
  36. «William Morris: The First Green Socialist». Leonora.fortunecity.co.uk. 14 de dezembro de 2007. Consultado em 13 de maio de 2010 
  37. Moore, J. W. (2003). «Capitalism as World-ecology: Braudel and Marx on Environmental History» (PDF). Organization & Environment. 16 (4): 431–458 
  38. «Marx and ecology|». Socialist Worker. 8 de dezembro de 2007. Consultado em 13 de maio de 2010 
  39. Gare, A. (1996). «Soviet Environmentalism: The Path Not Taken». In: Benton, E. The Greening of Marxism. New York: Guilford Press. pp. 111–128. ISBN 157230118X 
  40. Kovel, J. (2002). The Enemy of Nature. [S.l.: s.n.] 
  41. Gare, Arran (2002). «The Environmental Record of the Soviet Union». Capitalism Nature Socialism. 13 (3): 52–72. doi:10.1080/10455750208565489 
  42. Shapiro, Judith (2001). Mao's War against Nature: Politics and the Environment in Revolutionary China. [S.l.]: Cambridge University Press 
  43. Meredith Burgman, Green Bans, Red Union: Environmental Activism and the New South Wales Builders Labourers' Federation (UNSW Press, Sydney,1998)
  44. Por exemplo, Wall, D., Babylon and Beyond: The Economics of Anti-Capitalist, Anti-Globalist and Radical Green Movements, 2005
  45. Commoner, B., The Closing Circle, 1972
  46. Blacksmithinstitute.org
  47. «Green Left homepage». Gptu.net. Consultado em 13 de maio de 2010 
  48. http://www.thedailyshow.com/watch/tue-september-25-2007/president-evo-morales
  49. James Hansen. «How to Solve the Climate Problem» 
  50. http://books.google.com/books?id=NrLv4surz7UC&printsec=frontcover&dq=profit+over+people&source=bl&ots=Jt-EIM9KkL&sig=SJyrY9YdYjOPM_ssb7Iat4B3hTc&hl=en&ei=a_esTPOIDMifOoyO5PUG&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=4&sqi=2&ved=0CCwQ6AEwAw#v=onepage&q&f=false
  51. «The Nation: We Have Yet to See The Biggest Costs of the BP Spill» 
  52. Naomi Klein- Climate Debt (Part 1) no YouTube
  53. «The Yes Men Fix the World» 
  54. Kucinich responds to BP Oil Spill no YouTube
  55. «The Left Pushes Secular Religions: Global Warming, Embryonic Stem Cell Research - Michael Barone». usnews.com. Consultado em 13 de maio de 2010 
  56. «World Scientists' Warning To Humanity». Dieoff.org. 18 de novembro de 1992. Consultado em 13 de maio de 2010 
  57. "Challenges to both Left and Right on Global Warming", by Andrew C. Revkin, Nov. 13, 2007, "A direita diz que o aquecimento global está em algum lugar entre uma brincadeira ou um boato irritante menor, e argumenta que a sede dos liberais para a regulamentação de cima para baixo vai conduzir a riqueza americana aos países em desenvolvimento e desligar o motor de combustível fóssil alimentar a economia."
  58. «Weather Channel Founder Blasts Gore Over Global Warming Campaign». FOXNews.com. 29 de janeiro de 2009. Consultado em 13 de maio de 2010 
  59. Chris Mooney, The Republican War on Science, "a Direita moderna adotou um estilo de política que coloca seus seguidores em conflito cada vez mais forte com tanta informação científica e desapaixonada, as análises de especialistas em geral.", p. 4-5, "...o ataque seletivo da direita contra a obra de Mann, finalmente, apresenta uma enorme diversão para os formuladores de políticas tentando decidir o que fazer sobre o aquecimento global." p. 89, Basic Books, 2006, ISBN 978-0-465-04676-8
  60. a b c World News - "Aquecimento Global: A FARSA" - Palestra do Prof. Ricardo Augusto Felício, 2011 - USP. Página visitada em 12/01/2014.
  61. «Rudd's carbon trading — locking in disaster» 
  62. «Carbon tax not the solution we need on climate» 
  63. Simon Butler. «James Hansen and climate solutions» 
  64. William Doyle, The Oxford History of the French Revolution, Oxford University Press, 2003, ISBN 978-0-19-925298-5, "Um exuberante e intransigente nacionalismo estava por trás de expansão revolucionária da França na década de 1790... "," A mensagem da Revolução Francesa foi a de que o povo é soberano e nos dois séculos desde que foi primeiro proclamada, conquistou o mundo."
  65. Winock, Michel (dir.), Histoire de l'extrême droite en France (1993)
  66. Szporluk, Roman. Communism and Nationalism. 2nd. Oxford University Press, 1991.
  67. Solomos, John; Back, Les (1995). «Marxism, Racism, and Ethnicity». American Behavioral Scientist. 38 (3): 407–420. doi:10.1177/0002764295038003004 
  68. Lenin, Vladimir (1919). «Anti-Jewish Pogroms». Speeches On Gramophone Records 
  69. Leftism: From de Sade and Marx to Hitler and Marcuse. Erik von Kuehnelt-Leddihn, Arlington House, 1974. ISBN 9780870001437 (adicionado em 12/01/2014).
  70. Marxism, Fascism, and Totalitarianism: Chapters in the Intellectual History of Radicalism. A. James Gregor, Stanford University Press, 2008. ISBN 9780804769990 (adicionado em 12/01/2014).
  71. a b World News - The Soviet Story. Documentário (em inglês) legendado (em português). Página visitada em 12/01/2014.
  72. Perlman, Fredy (1985). The Continuing Appeal of Nationalism. Detroit: Black & Red. ISBN 0317295586 
  73. Marx, K. 1976. Introduction to A Contribution to the Critique of Hegel’s Philosophy of Right. Collected Works, v. 3. New York.
  74. Michael Burleigh Sacred Causes HarperCollins (2006) p41-43
  75. (em inglês) hawaii.edu - HOW MANY DID COMMUNIST REGIMES MURDER? By Rudolph Joseph Rummel. Página visitada em 12/01/2014.
  76. World News - Vídeo: O Ateísmo É Uma Ideologia Imoral E Assassina (Olavo de Carvalho). Página visitada em 12/01/2014.
  77. Europarl (Parlamento Europeu) - Hitler and Stalin's victims remembered with special day. Página visitada em 12/01/2014. (em inglês)
  78. Europarl (Parlamento Europeu) - Um "Dia Europeu da Memória das. Vítimas do Estalinismo e do Nazismo". Página visitada em 12/01/2014. (em português)
  79. Olavo de Carvalho - O holocausto contínuo. Página visitada em 12/01/2014.

Ver também