Esquerda (política): diferenças entre revisões
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Na [[Esquerda e Direita (política)|Esquerda e Direita política]], '''política de esquerda''' descreve uma visão ou posição específica que aceita ou suporta [[igualdade social]], muitas vezes em oposição a [[hierarquia social]] e a [[desigualdade social.]]<ref>{{cite book |last=Smith |first=T. Alexander |first2=Raymond |last2=Tatalovich |title=Cultures at War: Moral Conflicts in Western Democracies |location=Toronto, Canada |publisher=Broadview Press |year=2003 |page=30 |isbn= }}</ref><ref>{{cite book |last=Bobbio |first=Norberto |first2=Allan |last2=Cameron |title=Left and Right: The Significance of a Political Distinction |publisher=University of Chicago Press |year=1997 |page=37 }}</ref><ref name=Lukes/><ref>{{cite book |last=Thompson |first=Willie |year=1997 |title=The left in history: revolution and reform in twentieth-century politics |publisher=Pluto Press }}</ref> Normalmente envolvendo uma preocupação com os |
Na [[Esquerda e Direita (política)|Esquerda e Direita política]], '''política de esquerda''' descreve uma visão ou posição específica que aceita ou suporta [[igualdade social]], muitas vezes em oposição a [[hierarquia social]] e a [[desigualdade social.]]<ref>{{cite book |last=Smith |first=T. Alexander |first2=Raymond |last2=Tatalovich |title=Cultures at War: Moral Conflicts in Western Democracies |location=Toronto, Canada |publisher=Broadview Press |year=2003 |page=30 |isbn= }}</ref><ref>{{cite book |last=Bobbio |first=Norberto |first2=Allan |last2=Cameron |title=Left and Right: The Significance of a Political Distinction |publisher=University of Chicago Press |year=1997 |page=37 }}</ref><ref name=Lukes/><ref>{{cite book |last=Thompson |first=Willie |year=1997 |title=The left in history: revolution and reform in twentieth-century politics |publisher=Pluto Press }}</ref> Normalmente envolvendo uma preocupação com os [[cidadão]]s que são considerados em desvantagem em relação aos outros e uma suposição de que há desigualdades injustificadas que devem ser reduzidas ou abolidas <ref name=Lukes>Lukes, Steven. '[http://as.nyu.edu/docs/IO/244/cup.pdf Epilogue: The Grand Dichotomy of the Twentieth Century']: concluding chapter to T. Ball and R. Bellamy (eds.), [http://books.google.com/books?id=N1h4_NqTOFoC&printsec=frontcover&dq=The+Cambridge+History+of+Twentieth-Century+Political+Thought&hl=en&src=bmrr&ei=Hm1YTuKCIsjd0QH7iOCkDA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CCoQ6AEwAA#v=onepage&q&f=false The Cambridge History of Twentieth-Century Political Thought].</ref> (''ver: [[preconceito social]]''). |
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Os termos "direita" e "esquerda" foram cunhados durante a [[Revolução Francesa]] (1789–99), e referiam-se ao lugar onde políticos se sentavam no parlamento francês, os que estavam sentados à direita da cadeira do presidente parlamentar foram amplamente |
Os termos "direita" e "esquerda" foram cunhados durante a [[Revolução Francesa]] (1789–99), e referiam-se ao lugar onde políticos se sentavam no parlamento francês, os que estavam sentados à direita da cadeira do presidente parlamentar foram amplamente favoráveis ao ''[[Ancien Régime]]''.<ref name="Parliaments 1988 pp. 287–302">Goodsell, Charles T., "The Architecture of Parliaments: Legislative Houses and Political Culture", British Journal of Political Science, Vol. 18, No. 3 (July , 1988) pp. 287–302</ref><ref>Linski, Gerhard, ''Current Issues and Research In Macrosociology'' (Brill Archive, 1984) p. 59</ref><ref>Clark, Barry ''Political Economy: A Comparative Approach'' (Praeger Paperback, 1998) pp. 33–34</ref><ref name="Knapp">{{cite book|author=Andrew Knapp and Vincent Wright|url=http://books.google.com/?id=67ttjXHhT3wC&dq=the+government+and+politics+of+france&printsec=frontcover&q=|title=The Government and Politics of France|year=2006|publisher=Routledge|isbn=978-0-415-35732-6}}</ref> |
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O uso do termo "esquerda" tornou-se mais proeminente após a restauração da monarquia francesa em 1815 e foi aplicado aos "Independentes".<ref>''Realms of memory: conflicts and divisions'' (1996), ed. Pierre Nora, "Right and Left" por Marcel Gauchet, p. 248</ref> Mais tarde, o termo foi aplicado a uma série de movimentos, especialmente o [[republicanismo]] durante a Revolução Francesa, o [[socialismo]],<ref>{{cite book |first=Alan |last=Maass |first2=Howard |last2=Zinn |title=The Case for Socialism |quote=The ''International Socialist Review'' is one of the best left-wing journals around... |page=164 |publisher=Haymarket Books |edition=Revised |year=2010 |isbn=978-1608460731 }}</ref> o [[comunismo]] e o [[anarquismo]].<ref>{{cite book |first=Michael |last=Schmidt |first2=Lucien |last2=Van der Walt |title=Black Flame: The Revolutionary Class Politics of Anarchism and Syndicalism |series=Counter-Power |volume=1 |publisher=AK Press |year=2009 |page=128 |quote="O anarquismo é uma coerente corrente intelectual e política que remonta à década de 1860, da Primeira Internacional e faz parte das tradições trabalho e esquerda." |isbn=978-1-904859-16-1 }}</ref> |
O uso do termo "esquerda" tornou-se mais proeminente após a [[Restauração francesa|restauração da monarquia francesa]] em [[1815]] e foi aplicado aos "Independentes".<ref>''Realms of memory: conflicts and divisions'' (1996), ed. Pierre Nora, "Right and Left" por Marcel Gauchet, p. 248</ref> Mais tarde, o termo foi aplicado a uma série de movimentos, especialmente o [[republicanismo]] durante a Revolução Francesa, o [[socialismo]],<ref>{{cite book |first=Alan |last=Maass |first2=Howard |last2=Zinn |title=The Case for Socialism |quote=The ''International Socialist Review'' is one of the best left-wing journals around... |page=164 |publisher=Haymarket Books |edition=Revised |year=2010 |isbn=978-1608460731 }}</ref> o [[comunismo]] e o [[anarquismo]].<ref>{{cite book |first=Michael |last=Schmidt |first2=Lucien |last2=Van der Walt |title=Black Flame: The Revolutionary Class Politics of Anarchism and Syndicalism |series=Counter-Power |volume=1 |publisher=AK Press |year=2009 |page=128 |quote="O anarquismo é uma coerente corrente intelectual e política que remonta à década de 1860, da Primeira Internacional e faz parte das tradições trabalho e esquerda." |isbn=978-1-904859-16-1 }}</ref> |
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Na decada dos anos 1990, se acelerou em todo o continente a conversão dos partidos socialistas europeus para o [[liberalismo econômico]], particularmente no que diz respeito ao [[Partido Trabalhista (Reino Unido) |Partido trabalhista britânico]], sob a liderança de [[Tony Blair]], e os [[Partido Social-Democrata da Alemanha|sociais-democratas alemães]] sob [[Gerhard Schröder]]. O Blairismo, combinando idéias econômicas liberais com o progressismo social desprovido da aspiração [[Igualitarismo|igualitária]] torna-se uma das mais poderosa força da esquerda européia. Outra linha do socialismo europeu representado na época, foi o de [[Lionel Jospin]], então chefe do governo francês que era abertamente menos liberal.<ref name="Van Gosse 2005">{{cite book |last=Van Gosse |title=The Movements of the New Left, 1950–1975: A Brief History with Documents |publisher=Palgrave Macmillan |year=2005 |isbn=978-1-4039-6804-3 }}</ref><ref>[[Thomas Piketty]], [http://piketty.pse.ens.fr/files/presse/Liberation140699.htm « Economiques. Blair et Schröder en font trop. »], ''[[Libération (journal)|Libération]]'', 14 juin 1999</ref> |
Na decada dos anos 1990, se acelerou em todo o continente a conversão dos partidos socialistas europeus para o [[liberalismo econômico]], particularmente no que diz respeito ao [[Partido Trabalhista (Reino Unido) |Partido trabalhista britânico]], sob a liderança de [[Tony Blair]], e os [[Partido Social-Democrata da Alemanha|sociais-democratas alemães]] sob [[Gerhard Schröder]]. O Blairismo, combinando idéias econômicas liberais com o progressismo social desprovido da aspiração [[Igualitarismo|igualitária]] torna-se uma das mais poderosa força da esquerda européia. Outra linha do socialismo europeu representado na época, foi o de [[Lionel Jospin]], então chefe do governo francês que era abertamente menos liberal.<ref name="Van Gosse 2005">{{cite book |last=Van Gosse |title=The Movements of the New Left, 1950–1975: A Brief History with Documents |publisher=Palgrave Macmillan |year=2005 |isbn=978-1-4039-6804-3 }}</ref><ref>[[Thomas Piketty]], [http://piketty.pse.ens.fr/files/presse/Liberation140699.htm « Economiques. Blair et Schröder en font trop. »], ''[[Libération (journal)|Libération]]'', 14 juin 1999</ref> Atualmente o termo "esquerda" tem sido usado para descrever uma vasta família de movimentos,<ref>{{cite book |first=Jean Francois |last=Revel |title=Last Exit to Utopia |quote="Nos Estados Unidos, a palavra 'liberal' é muitas vezes usada para descrever a 'ala esquerda' do Partido Democrata." |page=24 |publisher=Encounter Books |year=2009 |isbn=978-1594032646 }}</ref> incluindo o movimentos pelos [[direitos civis]], movimentos anti-guerra e movimento ambientalista.<ref>{{cite journal |first=Eric |last=Neumayer |title=The environment, left-wing political orientation, and ecological economics |journal=Ecological Economics |volume=51 |year=2004 |issue=3–4 |pages=167–175 |doi=10.1016/j.ecolecon.2004.06.006 }}</ref><ref>{{cite book |first=John |last=Barry |title=International Encyclopedia of Environmental Politics |quote="Todas as pesquisas confirmam que a preocupação ambiental está associada a votação verde ... [Em] eleições europeias posteriores, os eleitores verdes tendem a ser de esquerda... o partido é capaz de motivar seus principais apoiadores, bem como a outros eleitores com consciência verde da persuasão predominantemente de esquerda..." |publisher=Taylor & Francis |year=2002 |isbn=978-0415202855 }}</ref> |
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== História == |
== História == |
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{{Principal|Esquerda e Direita (política)}} |
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Os termos "esquerda" e "direita" apareceram durante a [[Revolução Francesa]] de 1789, quando os membros da [[Assembleia Nacional Legislativa (Revolução Francesa) | Assembleia Nacional]] dividiam-se em partidários do rei à direita do presidente e simpatizantes da revolução à sua esquerda. Um deputado, o Barão de Gauville explicou: |
Os termos "esquerda" e "direita" apareceram durante a [[Revolução Francesa]] de 1789, quando os membros da [[Assembleia Nacional Legislativa (Revolução Francesa) | Assembleia Nacional]] dividiam-se em partidários do rei à direita do presidente e simpatizantes da revolução à sua esquerda. |
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Um [[deputado]], o Barão de Gauville explicou: |
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{{cquote|''Nós começamos a reconhecer uns aos outros: aqueles que eram leais a religião e ao rei tomaram ficaram sentados à direita, de modo a evitar os gritos, os juramentos e indecências que tinham rédea livre no lado oposto.''}} |
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No entanto, a direita se pôs contra a disposição dos assentos, porque acreditavam que os deputados devessem apoiar interesses particulares ou gerais, mas não formar facções ou partidos políticos. A imprensa contemporânea, ocasionalmente, usa os termos "esquerda" e "direita" para se referir a lados opostos ou que se opõe.<ref>Gauchet, p. 242-245</ref> |
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Ao longo do século 19 na França, a principal linha divisória de Esquerda e Direita foi entre partidários da [[República]] e partidários da [[Monarquia]].<ref name="Knapp">{{cite book|author=Andrew Knapp and Vincent Wright|url=http://books.google.com/?id=67ttjXHhT3wC&dq=the+government+and+politics+of+france&printsec=frontcover&q=|title=The Government and Politics of France|year=2006|publisher=Routledge|isbn=978-0-415-35732-6}}</ref> |
Ao longo do século 19 na França, a principal linha divisória de Esquerda e Direita foi entre partidários da [[República]] e partidários da [[Monarquia]].<ref name="Knapp">{{cite book|author=Andrew Knapp and Vincent Wright|url=http://books.google.com/?id=67ttjXHhT3wC&dq=the+government+and+politics+of+france&printsec=frontcover&q=|title=The Government and Politics of France|year=2006|publisher=Routledge|isbn=978-0-415-35732-6}}</ref> |
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A [[Associação Internacional dos Trabalhadores]] (1864–76), às vezes chamada de Primeira Internacional, reuniu delegados de muitos países diferentes, com muitos pontos de vista diferentes sobre como chegar a uma sociedade sem classes e sem estado. Após uma divisão entre os partidários de [[Marx]] e [[Mikhail Bakunin]], os |
A [[Associação Internacional dos Trabalhadores]] (1864–76), às vezes chamada de Primeira Internacional, reuniu delegados de muitos países diferentes, com muitos pontos de vista diferentes sobre como chegar a uma sociedade sem classes e sem estado. Após uma divisão entre os partidários de [[Marx]] e [[Mikhail Bakunin]], os [[anarquista]]s formaram a [[Associação Internacional dos Trabalhadores]].<ref>{{cite book |last=Marshall |first=Peter |title=Demanding the Impossible — A History of Anarchism |page=9 |publisher=Fontana Press |location=London |year=1993 |isbn=978-0-00-686245-1 }}</ref> A [[Segunda Internacional]] (1888-1916) tornou-se divididos sobre a questão da [[Primeira Guerra Mundial]]. Aqueles que se opuseram à guerra, como [[Vladimir Lenin]] e [[Rosa Luxemburg]], foram vistos como de extrema-esquerda. |
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Nos Estados Unidos, depois de [[Reconstrução dos Estados Unidos| Reconstrução]], a frase "a esquerda" foi usada para descrever aqueles que apoiarvam os |
Nos [[Estados Unidos]], depois de [[Reconstrução dos Estados Unidos| Reconstrução]], a frase "a esquerda" foi usada para descrever aqueles que apoiarvam os [[sindicato]]s, o [[Movimento dos direitos civis]] e o [[História_dos_Estados_Unidos_(1964-1991)#O_movimento_anti-guerra|movimento anti-guerra]].<ref name="Van Gosse 2005"/><ref>{{cite book |first=JoAnne C. |last=Reuss |title=American Folk Music and Left-Wing Politics |publisher=The Scarecrow Press |year=2000 |isbn=978-0-8108-3684-6 }}</ref> Mais recentemente, nos Estados Unidos, "de esquerda" e "de direita", muitas vezes têm sido usados como sinônimos para o "''[[Partido Democrata (Estados Unidos) | democrata]]''" e "''[[Partido Republicano (Estados Unidos) | republicano]]''", ou como sinônimos do ''liberalismo moderno nos Estados Unidos ([[liberalismo]])'' e ''conservadorismo nos Estados Unidos ([[conservadorismo]])'', respectivamente.<ref>{{cite news| url=http://thepage.time.com/2009/03/03/steele-to-gop-fight-for-coleman/?xid=rss-page|title=Steel to gop fight for Coleman | work=Time | date=2009-03-03 | accessdate=2010-04-04}}</ref><ref>[http://www.theweek.com/article/index/96256/Is_it_Spains_place_to_investigate_Gitmo ABC news, reported in The Week, May 15, 2009, page 13]</ref><ref>reported in Mother Jones, April 29, 2009</ref><ref>{{cite news| url=http://www.latimes.com/news/science/la-sci-politics10sep10,0,5982337.story | work=Los Angeles Times | title=Study finds left-wing brain, right-wing brain | date=2007-09-10 | accessdate=2010-05-02 | first=Denise | last=Gellene}}</ref> |
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==Posições== |
== Posições == |
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===Economia=== |
=== Economia === |
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⚫ | A crenças |
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⚫ | A crenças econômicas esquerdista variam de economia [[Escola keynesiana|keynesiana]] a [[Estado de bem-estar social]], [[democracia industrial]] a [[Economia social de mercado|social de mercado]] e de [[nacionalização]] a [[Economia planificada]].<ref>Andrew Glyn, ''Social Democracy in Neoliberal Times: The Left and Economic Policy since 1980'', Oxford University Press, 2001, ISBN 978-0-19-924138-5.</ref> Durante a [[Revolução Industrial]], os esquerdistas apoiaram os [[sindicato]]s. No início do [[século XX]], a esquerda foi associada a políticas que defendiam a [[Intervencionismo|intervenção do governo]] extensa na economia.<ref>Eric D. Beinhocker. ''The origin of wealth''. [[Harvard Business Press]]. 2006. ISBN 978-1-57851-777-0 p. 416 [http://www.google.com/books?id=eUoolrxSFy0C&printsec=frontcover&dq=Beinhocker#PPA416,M1 Google Books]</ref> |
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⚫ | Outros esquerdistas acreditam na [[economia marxista]], que |
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⚫ | Outros esquerdistas acreditam na [[economia marxista]], que é baseadas nas teorias econômicas de [[Karl Marx]] (''ver: [[Economia marxiana]]''). Alguns distinguem as teorias econômicas de Marx a partir de sua filosofia política, argumentando que a abordagem de Marx para a compreensão da economia é independente de sua defesa do [[socialismo]] revolucionária ou sua crença na inevitabilidade da revolução [[proletariado | proletária]].<ref>{{cite web | title = The Neo-Marxian Schools | publisher = The New School |
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| url = http://cepa.newschool.edu/het/schools/neomarx.htm | accessdate = 2007-08-23 }}</ref><ref>{{cite web |
| url = http://cepa.newschool.edu/het/schools/neomarx.htm | accessdate = 2007-08-23 }}</ref><ref>{{cite web |
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| last = Munro | first = John | title = Some Basic Principles of Marxian Economics | publisher = University of Toronto |
| last = Munro | first = John | title = Some Basic Principles of Marxian Economics | publisher = University of Toronto |
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| url = http://www.chass.utoronto.ca/~munro5/MARXECON.htm | accessdate = 2007-08-23 }}</ref> |
| url = http://www.chass.utoronto.ca/~munro5/MARXECON.htm | accessdate = 2007-08-23 }}</ref> |
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⚫ | A economia marxista não se apoia exclusivamente em Marx mas abrange a partir de uma variedade de fontes marxistas e não-marxistas. A "[[ditadura do proletariado]]" ou "Estado de trabalhadores" são termos usados por marxistas para descrever o que eles vêem como um estado temporário entre a sociedade [[Capitalismo | capitalista]] e a [[comunismo | comunista]]. Marx define o proletariado como trabalhadores assalariados, em contraste com o [[Lumpemproletariado]], que ele definiu ser [[párias]] da sociedade, como [[mendigo]]s, [[malandro]]s, [[artista]]s, [[Arte urbana|artistas de rua]], [[criminoso]]s e [[prostituta]]s.<ref>[http://www.britannica.com/eb/article-9049344/Lumpenproletariat Lumpen proletariat -- Britannica Online Encyclopedia]</ref> A relevância política dos agricultores tem dividido a esquerda. Em ''[[Das Kapital]]'', Marx mal mencionou o assunto.<ref>[http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,939251-2,00.html Marxism Fails on the Farm]</ref> |
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⚫ | Liberais de esquerda, [[Socialismo libertário|liberais socialistas]] e anarquistas acreditam em uma economia descentralizada dirigida por [[sindicato]]s, conselhos trabalhistas, [[cooperativa]]s, [[Município | municípios]] e [[comuna]]s, e se opõem governo e ao controle privado da economia, preferindo um ''controle local'', na qual uma nação de regiões descentrlizadas são unidas em uma [[confederação]]. |
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⚫ | A economia marxista não se apoia exclusivamente em Marx mas abrange a partir de uma variedade de fontes marxistas e não-marxistas. A "[[ditadura do proletariado]]" ou "Estado de trabalhadores" são termos usados |
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⚫ | Liberais de esquerda, [[Socialismo libertário|liberais socialistas]] e anarquistas acreditam em uma economia descentralizada dirigida por [[sindicato]]s, conselhos trabalhistas, [[cooperativa]]s, [[Município | municípios]] e |
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De acordo com Barry Clark: |
De acordo com Barry Clark: |
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{{cquote|''Os esquerdistas... afirmam que o desenvolvimento humano floresce quando os indivíduos se envolvem em relações de cooperação, de respeito mútuo que podem prosperar somente quando as diferenças excessivas de status, poder e riqueza são eliminados. De acordo com os esquerdistas, uma sociedade sem igualdade substancial irá distorcer o desenvolvimento não só de pessoas deprivadas, mas também daqueles cujos privilégios minam sua motivação e sentido de responsabilidade social. Esta supressão do desenvolvimento humano, em conjunto com o ressentimento e o conflito gerado por diferenças afiadas de classe, acabarão por reduzir a eficiência da economia.''<ref name="Clark">Clark, B. (1998). ''Political economy: A comparative approach''. Westport, CT: Praeger Press.</ref>}} |
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O ''[[Global justice movement]]'', ou "Movimento anti-globalização" protesta contra a [[globalização]] econômica [[corporação | corporativa]] , devido às suas supostas consequências negativas para os pobres, os trabalhadores, ao meio ambiente e às pequenas empresas.<ref>Tom Mertes, "A Movement of Movements", New York: Verso, 2004</ref><ref>{{cite book |last=Krishna-Hensel|first=Sai |authorlink= |coauthors= |editor= |others= |title=Global Cooperation: Challenges and Opportunities in the Twenty-first Century |origdate= |year=2006 |origmonth= |url= |format= |accessdate= |edition= |series= |date= |month= |publisher=Ashgate Publishing|location= |language= |isbn= |oclc= |doi= |id= |pages=202 |chapter= |chapterurl= |quote= }}</ref><ref name=Juris>{{cite book | last = Juris | first = Jeffrey S. | title = |
O ''[[Global justice movement]]'', ou "Movimento anti-globalização" protesta contra a [[globalização]] econômica [[corporação | corporativa]] , devido às suas supostas consequências negativas para os pobres, os trabalhadores, ao meio ambiente e às pequenas empresas.<ref>Tom Mertes, "A Movement of Movements", New York: Verso, 2004</ref><ref>{{cite book |last=Krishna-Hensel|first=Sai |authorlink= |coauthors= |editor= |others= |title=Global Cooperation: Challenges and Opportunities in the Twenty-first Century |origdate= |year=2006 |origmonth= |url= |format= |accessdate= |edition= |series= |date= |month= |publisher=Ashgate Publishing|location= |language= |isbn= |oclc= |doi= |id= |pages=202 |chapter= |chapterurl= |quote= }}</ref><ref name=Juris>{{cite book | last = Juris | first = Jeffrey S. | title = |
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Networking Futures: The Movements against Corporate Globalization | publisher = Duke University Press | location = Durham | year = 2008 | page = 2 | isbn = 978-0-8223-4269-4}}</ref> |
Networking Futures: The Movements against Corporate Globalization | publisher = Duke University Press | location = Durham | year = 2008 | page = 2 | isbn = 978-0-8223-4269-4}}</ref> |
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===Ambientalismo=== |
=== Ambientalismo === |
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Tanto Karl Marx quanto o socialista [[William Morris]] tiveram uma preocupação com as questões ambientais.<ref name="Foster2000">{{cite book |last=Foster |first=J. B. |title=Marx's Ecology |year=2000 |location=New York |publisher=Monthly Review Press }}</ref><ref>{{cite book |last=Burkett |first=P. |title=Marx and Nature |year=1999 |location=New York |publisher=St. Martin's Press |isbn=0312219407 }}</ref><ref>{{cite web|url=http://leonora.fortunecity.co.uk/WilliamMorris.html |title=William Morris: The First Green Socialist |publisher=Leonora.fortunecity.co.uk |date=2007-12-14 |accessdate=2010-05-13}}</ref><ref>{{cite journal |last=Moore |first=J. W. |year=2003 |url=http://www.jasonwmoore.com/uploads/Moore__Capitalism_as_World-Ecology__Braudel_and_Marx_on_Environmental_History__O_E__2003_.pdf |title=Capitalism as World-ecology: Braudel and Marx on Environmental History |journal=Organization & Environment |volume=16 |issue=4 |pages=431–458 |doi= }}</ref> |
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De acordo com Marx: |
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{{cquote|''Mesmo uma sociedade inteira, uma nação, ou todas as sociedades simultaneamente existentes em conjunto... não são proprietários da terra. Eles são simplesmente os seus possuidores, seus beneficiários e tem que transmiti-la em um estado melhor para as gerações seguintes.''"<ref name="Foster2000" /><ref>{{cite web|url=http://www.socialistworker.co.uk/art.php?id=13676 |title=Marx and ecology| |publisher=Socialist Worker |date=2007-12-08 |accessdate=2010-05-13}}</ref>}} |
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⚫ | Após a Revolução Russa, os cientistas ambientais, como [[Alexander Bogdanov]] e a organização ''Proletkul'' se esforçaram para incorporar o [[ambientalismo]] ao bolchevismo, e "integrar a produção às leis e limites naturais" na primeira década [[União Soviética | soviética]], antes de [[Joseph Stalin]] atacar os [[ecologista]]s, a ciência da ecologia, ele expurgou ambientalistas e promoveu a [[pseudociência]] de [[Trofim Lysenko]].<ref>{{cite book |last=Gare |first=A. |chapter=Soviet Environmentalism: The Path Not Taken |editor-last=Benton |editor-first=E. |title=The Greening of Marxism |year=1996 |location=New York |publisher=Guilford Press |isbn=157230118X |pages=111–128 }}</ref><ref>{{cite book |last=Kovel |first=J. |title=The Enemy of Nature |year=2002 |location= |publisher= |isbn= }}</ref><ref>{{cite journal |first=Arran |last=Gare |title=The Environmental Record of the Soviet Union |journal=Capitalism Nature Socialism |volume=13 |year=2002 |issue=3 |pages=52–72 |doi=10.1080/10455750208565489 }}</ref> Da mesma forma, [[Mao Zedong]] rejeitou o ambientalismo e acreditava que, com base nas leis do [[materialismo histórico]], toda a natureza deve ser colocada a serviço da revolução.<ref>{{cite book |first=Judith |last=Shapiro |title=Mao's War against Nature: Politics and the Environment in Revolutionary China |publisher=Cambridge University Press |year=2001 |isbn= }}</ref> |
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⚫ | A partir de 1970, o ambientalismo tornou-se uma preocupação crescente da esquerda, com movimentos sociais e alguns sindicatos em campanha sobre questões ambientais. Por exemplo, a ''Builders Labourers Federation'' da [[Austrália]], liderada pelo comunista Jack Mundy, se uniu aos ambientalistas para boicotar projetos de desenvolvimento ambientalmente destrutivos.<ref>Meredith Burgman, Green Bans, Red Union: Environmental Activism and the New South Wales Builders Labourers' Federation (UNSW Press, Sydney,1998)</ref> Alguns segmentos da esquerda socialista e marxista conscientemente fundiu o ambientalismo e o [[anticapitalismo]] em uma [[Ecossocialismo|ideologia eco-socialista]].<ref>Por exemplo, Wall, D., Babylon and Beyond: The Economics of Anti-Capitalist, Anti-Globalist and Radical Green Movements, 2005</ref> Barry Commoner articulou uma resposta de esquerda para o modelo ''[[Os Limites do Crescimento]]'' que previu o catastrófico esgotamento de recursos e um estímulo ao ambientalismo, postulando que as tecnologias capitalistas foram as principais responsáveis pela [[degradação ambiental]], em oposição às pressões da população.<ref>Commoner, B., The Closing Circle, 1972</ref> A degradação ambiental pode ser vista como uma questão de classe ou [[equidade]], já que a destruição ambiental afeta desproporcionalmente as comunidades e países mais pobres.<ref>[http://www.blacksmithinstitute.org/articles/file/The+Argentimes.pdf Blacksmithinstitute.org]</ref> |
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⚫ | Vários grupos de esquerda ou socialista têm uma preocupação ambiental evidente, ao passo que vários partidos verdes contêm uma presença socialista forte. Por exemplo, o Partido Verde da Inglaterra e do País de Gales possui um grupo eco-socialista, a Esquerda Verde, que foi fundada em junho de 2005 e cujos membros realizam uma série de posições influentes dentro do partido, incluindo o ex-diretor Speakers Siân Berry e Dr. Derek Wall, um acadêmico eco-socialista e marxista.<ref>{{cite web|url=http://gptu.net/gleft/greenleft.shtml |title=Green Left homepage |publisher=Gptu.net |date= |accessdate=2010-05-13}}</ref> |
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O bem conhecido socialista presidente da [[Bolívia]] [[Evo Morales]] ligou a [[degradação ambiental]] ao [[consumo]].<ref>http://www.thedailyshow.com/watch/tue-september-25-2007/president-evo-morales</ref> Ele disse: |
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{{cquote|''A Terra não tem o suficiente para o Norte viver cada vez melhor, mas tem o suficiente para todos nós vivermos bem.''}} |
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⚫ | [[James Hansen]], [[Noam Chomsky]], [[Raj Patel]], [[Naomi Klein]], ''[[The Yes Men]]'' e [[Dennis Kucinich]] tiveram opiniões semelhantes.<ref>{{cite web|url=http://www.thenation.com/article/how-solve-climate-problem|title=How to Solve the Climate Problem|author=James Hansen}}</ref><ref>http://books.google.com/books?id=NrLv4surz7UC&printsec=frontcover&dq=profit+over+people&source=bl&ots=Jt-EIM9KkL&sig=SJyrY9YdYjOPM_ssb7Iat4B3hTc&hl=en&ei=a_esTPOIDMifOoyO5PUG&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=4&sqi=2&ved=0CCwQ6AEwAw#v=onepage&q&f=false</ref><ref>{{cite web|url=http://rajpatel.org/2010/08/06/we-have-yet-to-see-the-biggest-costs-of-the-bp-spill|title=The Nation: We Have Yet to See The Biggest Costs of the BP Spill}}</ref><ref>{{youtube|2FtrSql3vss|Naomi Klein- Climate Debt (Part 1)}}</ref><ref>{{cite web|url=http://scrutinyhooligans.us/2010/07/26/the-yes-men-fix-the-world|title=The Yes Men Fix the World}}</ref><ref>{{youtube|S4ph9rSRY3Q|Kucinich responds to BP Oil Spill}}</ref> |
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⚫ | No [[século XXI]], as questões sobre o meio ambiente tornaram-se cada vez mais politizadas, com a esquerda em geral, aceitando as conclusões de cientistas ambientais sobre o [[aquecimento global]].<ref>{{cite web|url=http://www.usnews.com/blogs/barone/2009/03/16/the-left-pushes-secular-religions-global-warming-embryonic-stem-cell-research.html |title=The Left Pushes Secular Religions: Global Warming, Embryonic Stem Cell Research - Michael Barone |publisher=usnews.com |date= |accessdate=2010-05-13}}</ref><ref>{{cite web|url=http://dieoff.org/page8.htm |title=World Scientists' Warning To Humanity |publisher=Dieoff.org |date=1992-11-18 |accessdate=2010-05-13}}</ref> Muitos na direita discordam ou rejeitam essas conclusões <ref>[http://www.nytimes.com/2007/11/13/science/earth/13book.html, "Challenges to both Left and Right on Global Warming", by Andrew C. Revkin, Nov. 13, 2007, "A direita diz que o aquecimento global está em algum lugar entre uma brincadeira ou um boato irritante menor, e argumenta que a sede dos liberais para a regulamentação de cima para baixo vai conduzir a riqueza americana aos países em desenvolvimento e desligar o motor de combustível fóssil alimentar a economia."]</ref><ref>{{cite news|url=http://www.foxnews.com/politics/2009/01/29/weather-channel-founder-blasts-gore-global-warming-campaign/ |title=Weather Channel Founder Blasts Gore Over Global Warming Campaign |publisher=FOXNews.com |date= 2009-01-29|accessdate=2010-05-13}}</ref><ref>Chris Mooney, ''The Republican War on Science'', "a Direita moderna adotou um estilo de política que coloca seus seguidores em conflito cada vez mais forte com tanta informação científica e desapaixonada, as análises de especialistas em geral.", p. 4-5, "...o ataque seletivo da direita contra a obra de Mann, finalmente, apresenta uma enorme diversão para os formuladores de políticas tentando decidir o que fazer sobre o aquecimento global." p. 89, Basic Books, 2006, ISBN 978-0-465-04676-8</ref> (''ver: [[Antiambientalismo]]).'' Direitistas discordam da ideia de que o aquecimento global é causado pela ação humana, uma vez que esta afirmação carece de comprovação científica (''ver: [[A grande farsa do aquecimento global]]''). A direita defende esta ideia baseada em opiniões científicas independentes de [[Ceticismo climático|climatologistas céticos]].<ref name="World News">[http://wn.com/aquecimento_global_a_farsa_-_palestra_do_prof._ricardo_augusto_felício_2011_-_usp World News] - "Aquecimento Global: A FARSA" - Palestra do Prof. [[Ricardo Augusto Felício]], 2011 - USP. Página visitada em 12/01/2014.</ref> Nesta corrente, e mesmo fora, muitos afirmam que, atualmmente, as questões ambientais são alvo de [[sensacionalismo]] e [[alarmismo]].<ref name="World News" /> E, que esta é uma estratégia dos [[País desenvolvido|países desenvolvidos]] para impedir o [[desenvolvimento econômico]] dos [[País subdesenvolvido|países pobres]], sob o pretexto de "preservar o meio ambiente".<ref name="World News" /> |
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No entanto, a esquerda ainda se divide sobre como reduzir eficazmente e reduzir igualmente as emissões de carbono - a centro-esquerda, muitas vezes defende uma confiança nas medidas de mercado, tais como [[comércio de emissões]] ou imposto sobre o carbono, enquanto aqueles mais à esquerda tendem a apoiar regulamentação governamental direta e intervenção, juntamente ou apenas com mecanismos de mercado.<ref>{{cite web|url=http://www.greenleft.org.au/node/41735|title=Rudd's carbon trading — locking in disaster}}</ref><ref>{{Cite web|url=http://www.solidarity.net.au/22/carbon-tax-not-the-solution-we-need-on-climate|title=Carbon tax not the solution we need on climate}}</ref><ref>{{cite web|url=http://www.greenleft.org.au/node/43410|title=James Hansen and climate solutions|author=Simon Butler}}</ref> |
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⚫ | A questão da [[nacionalidade]] e do [[nacionalismo]] têm sido uma característica central do debate político da esquerda. Durante a Revolução Francesa, o nacionalismo foi uma política da Esquerda Republicana.<ref>William Doyle, ''The Oxford History of the French Revolution'', Oxford University Press, 2003, ISBN 978-0-19-925298-5, "Um exuberante e intransigente nacionalismo estava por trás de expansão revolucionária da França na década de 1790... "," A mensagem da Revolução Francesa foi a de que o povo é soberano e nos dois séculos desde que foi primeiro proclamada, conquistou o mundo."</ref> O esquerda republicana defendia o nacionalismo cívico,<ref name="Knapp"/> e argumentou que a nação é um "plebiscito diário" formado pela subjetiva "vontade de viver juntos". Relacionado ao "[[revanchismo francês]]", a vontade beligerante de se vingar contra do [[Império Alemão]] e retomar o controle de [[Alsácia-Lorena]], o nacionalismo foi, por vezes, contra o [[imperialismo]]. Na década de 1880, houve um debate entre aqueles que, como [[Georges Clemenceau]] (Radical), [[Jean Jaurès]] (socialista) e [[Maurice Barrès]] (nacionalista), argumentaram que o [[colonialismo]] desviou a França da "linha azul do [[Vosges]]" (referindo-se a Alsácia-Lorena), e o "[[Império colonial francês| ''lobby'' colonial]]", como Jules Ferry (moderado republicano), Léon Gambetta (republicano) e [[Eugène Etienne]], o presidente do grupo parlamentar colonial. Após o [[Caso Dreyfus]] no entanto o nacionalismo tornou-se cada vez mais associado à extrema direita.<ref>[[Michel Winock|Winock, Michel]] (dir.), ''Histoire de l'extrême droite en France'' (1993)</ref> |
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⚫ | O [[internacionalismo]] proletário se considerou um impedimento contra a guerra, porque as pessoas com um interesse comum são menos propensas a pegar em armas umas contra as outras, em vez disso elas se focaram na luta contra a [[classe dominante]]. De acordo com a teoria marxista, o [[antônimo]] do internacionalismo proletário é o nacionalismo burguês. Alguns marxistas, junto com os outros na esquerda, viram o [[nacionalismo]],<ref>Szporluk, Roman. Communism and Nationalism. 2nd. Oxford University Press, 1991.</ref> o [[racismo]]<ref>{{cite journal |first=John |last=Solomos |first2=Les |last2=Back |title=Marxism, Racism, and Ethnicity |journal=American Behavioral Scientist |year=1995 |volume=38 |issue=3 |pages=407–420 |doi=10.1177/0002764295038003004 }}</ref> (inclusive o [[anti-Semitismo]]<ref>{{cite web |last=Lenin |first=Vladimir |title=Anti-Jewish Pogroms |work=Speeches On Gramophone Records |publisher= |year=1919 |url=http://www.marxists.org/archive/lenin/works/1919/mar/x10.htm}}</ref>) e a [[religião]], como estratégia de [[dividir para conquistar]] utilizada pelas classes dominantes para impedir a [[classe operária]] de se unir contra eles. Os movimentos de esquerda, portanto, muitas vezes tiveram posições [[anti-imperialismo | anti-imperialistas]]. |
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O [[nazifascismo]], geralmente definido como extrema-direita, é situado por alguns analistas na esquerda do espectro político.<ref>''Leftism: From de Sade and Marx to Hitler and Marcuse.'' Erik von Kuehnelt-Leddihn, Arlington House, 1974. ISBN 9780870001437 (adicionado em 12/01/2014).</ref> <ref>''Marxism, Fascism, and Totalitarianism: Chapters in the Intellectual History of Radicalism.'' A. James Gregor, Stanford University Press, 2008. ISBN 9780804769990 (adicionado em 12/01/2014).</ref> O [[Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães]] (NAZI) representaria o socialismo "[[nacionalista]]" enquanto o [[Partido Comunista da União Soviética]] (PCUS) seria o representante do socialismo "[[Internacionalismo|internacionalista]]".<ref name="World News: The Soviet Story">[http://wn.com/the_soviet_story World News] - [[The Soviet Story]]. Documentário {{en}} legendado {{pt}}. Página visitada em 12/01/2014.</ref> Até 1941, a [[Alemanha Nazista]] e a [[URSS]] mantiveram uma relação de intensa cooperação mútua <ref name="World News: The Soviet Story" /> (''ver: [[Negociações sobre a adesão da União Soviética ao Eixo]]''). |
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O anarquismo desenvolveu uma crítica do nacionalismo que incide sobre o papel do nacionalismo em justificar e consolidar o poder e dominação do Estado. Através de sua meta de unificação, o nacionalismo se esforça para a centralização, ambos em territórios específicos e uma elite dominante de indivíduos, ao mesmo tempo que prepara a população para a exploração capitalista. Dentro do anarquismo, este assunto tem sido tratado exaustivamente por [[Rudolf Rocker]] em ''Nationalism and Culture'' e nos trabalhos de Fredy Perlman, como em ''Against His-Story, Against Leviathan'' e "The Continuing Appeal of Nationalism".<ref>{{cite book |title=The Continuing Appeal of Nationalism |first=Fredy |last=Perlman |location=Detroit |publisher=Black & Red |year=1985 |isbn=0317295586 }}</ref> |
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A Esquerda francesa original é [[Anticlericalismo|anti-clero]], opondo-se a influência da [[Igreja Católica]] e apoiando a [[separação Igreja-Estado]]. <ref name="Knapp"/> |
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[[Karl Marx]] afirmou que: |
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{{cquote|''A religião é o suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração e a alma de condições desalmadas. É o [[ópio do povo]]''.<ref>Marx, K. 1976. ''Introduction to A Contribution to the Critique of Hegel’s Philosophy of Right''. Collected Works, v. 3. New York.</ref>}} |
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Na [[Rússia Soviética]], os [[bolchevique]]s originalmente abraçaram "''uma crença ideológica que professa que toda religião seria atrofia''" e "''resolvemos erradicar o ''[[Cristianismo]]'' como tal''" (''ver: [[Religião na União Soviética]]''). Em 1918, "''dez ''[[hierarca]]s [[ortodoxo]]s'' foram sumariamente fuzilados''" e "''crianças foram privadas de qualquer ''[[educação religiosa]]'' fora de casa''" <ref>[[Michael Burleigh]] ''Sacred Causes'' HarperCollins (2006) p41-43</ref> (''ver: [[Perseguição aos cristãos]]''). |
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Um dos principais objetivos da agenda [[Marxismo-leninismo|marxista-leninista]] é instituir o [[Estado ateu]], extinguindo a religião para conduzir a sociedade ao [[ateísmo]] (''ver: [[Ateísmo Marxista-leninista]]''). Estudos indicam que regimes políticos [[Antirreligião|antirreligiosos]], sobretudo marxistas, foram responsáveis pelas mortes de milhões de pessoas <ref>{{en}} [http://www.hawaii.edu/powerkills/COM.ART.HTM hawaii.edu] - HOW MANY DID COMMUNIST REGIMES MURDER? By [[Rudolph Joseph Rummel]]. Página visitada em 12/01/2014.</ref> <ref>[http://wn.com/o_ate%C3%ADsmo_%C3%A9_uma_ideologia_imoral_e_assassina World News] - Vídeo: O Ateísmo É Uma Ideologia Imoral E Assassina (Olavo de Carvalho). Página visitada em 12/01/2014.</ref> (''ver: [[Intolerância religiosa]]''). |
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⚫ | A partir de 1970, o ambientalismo tornou-se uma preocupação crescente da esquerda, com movimentos sociais e alguns sindicatos em campanha sobre questões ambientais. Por exemplo, a ''Builders Labourers Federation'' da[[Austrália]], liderada pelo comunista Jack Mundy, se uniu aos ambientalistas para boicotar projetos de desenvolvimento ambientalmente destrutivos.<ref>Meredith Burgman, Green Bans, Red Union: Environmental Activism and the New South Wales Builders Labourers' Federation (UNSW Press, Sydney,1998)</ref> Alguns segmentos da esquerda socialista e marxista conscientemente fundiu o ambientalismo e o |
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Por iniciativa do [[Parlamento Europeu]], o dia [[23 de Agosto]] (dia da assinatura do [[Pacto Molotov-Ribbentrop]] em [[1939]]) foi designado o [[Dia Europeu da Memória das Vítimas do Stalinismo e do Nacional-Socialismo]].<ref>[http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?type=IM-PRESS&reference=20080929STO38339&language=EN Europarl (Parlamento Europeu)] - ''Hitler and Stalin's victims remembered with special day.'' Página visitada em 12/01/2014. {{en}}</ref> <ref>[http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//NONSGML+IM-PRESS+20080919IPR37662+0+DOC+PDF+V0//PT&language=PT Europarl (Parlamento Europeu)] - Um "Dia Europeu da Memória das. Vítimas do Estalinismo e do Nazismo". Página visitada em 12/01/2014. {{pt}}</ref> A [[Declaração de Praga sobre Consciência Europeia e Comunismo]], iguala a gravidade dos [[crimes contra a humanidade]] praticados em nome do marxismo-leninismo e do nazifascismo, que vitimaram também um grande número de religiosos.<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/holocont.htm Olavo de Carvalho] - O holocausto contínuo. Página visitada em 12/01/2014.</ref> |
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⚫ | No século XXI, as questões sobre o meio ambiente tornaram-se cada vez mais politizadas, com a esquerda em geral, aceitando as conclusões de cientistas ambientais sobre o [[aquecimento global]] |
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Imagem:Logo of the Fourth International.svg|<center>[[Quarta Internacional]]<center> |
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⚫ | A questão da [[nacionalidade]] e do [[nacionalismo]] têm sido uma característica central do debate político da esquerda. Durante a Revolução Francesa, o nacionalismo foi uma política da Esquerda Republicana.<ref>William Doyle, ''The Oxford History of the French Revolution'', Oxford University Press, 2003, ISBN 978-0-19-925298-5, "Um exuberante e intransigente nacionalismo estava por trás de expansão revolucionária da França na década de 1790... "," A mensagem da Revolução Francesa foi a de que o povo é soberano e nos dois séculos desde que foi primeiro proclamada, conquistou o mundo."</ref> O esquerda republicana defendia o nacionalismo cívico,<ref name="Knapp"/> e argumentou que a nação é um "plebiscito diário" formado pela subjetiva "vontade de viver juntos". Relacionado ao "revanchismo", a vontade beligerante de se vingar contra |
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Imagem:China Youth League logo.svg|[[Liga da Juventude Comunista da China]] |
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⚫ | O internacionalismo proletário se considerou um impedimento contra a guerra, porque as pessoas com um interesse comum são menos propensas a pegar em armas umas contra as outras, em vez disso elas se focaram na luta contra a [[classe dominante]]. De acordo com a teoria marxista, o [[antônimo]] do internacionalismo proletário é o nacionalismo burguês. Alguns marxistas, junto com os outros na esquerda, viram o [[nacionalismo]],<ref>Szporluk, Roman. Communism and Nationalism. 2nd. Oxford University Press, 1991.</ref> o [[racismo]]<ref>{{cite journal |first=John |last=Solomos |first2=Les |last2=Back |title=Marxism, Racism, and Ethnicity |journal=American Behavioral Scientist |year=1995 |volume=38 |issue=3 |pages=407–420 |doi=10.1177/0002764295038003004 }}</ref> (inclusive o [[anti-Semitismo]]<ref>{{cite web |last=Lenin |first=Vladimir |title=Anti-Jewish Pogroms |work=Speeches On Gramophone Records |publisher= |year=1919 |url=http://www.marxists.org/archive/lenin/works/1919/mar/x10.htm}}</ref>) e a [[religião]], como estratégia de [[dividir para conquistar]] utilizada pelas classes dominantes para impedir a [[classe operária]] de se unir contra eles. Os movimentos de esquerda, portanto, muitas vezes |
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Imagem:Rosa Luxemburg.jpg|<center>[[Rosa Luxemburgo]]<center> |
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A Esquerda francesa original é [[anti-clero]], opondo-se a influência da [[Igreja Católica]] e apoiando a separação entre Igreja e Estado. <ref name="Knapp"/> [[Karl Marx]] afirmou que "a religião é o suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração e a alma de condições desalmadas. É o [[ópio do povo]]".<ref>Marx, K. 1976. ''Introduction to A Contribution to the Critique of Hegel’s Philosophy of Right''. Collected Works, v. 3. New York.</ref> Na Rússia Soviética, os [[bolchevique]]s originalmente abraçaram "uma crença ideológica que professa que toda religião seria atrofia" e "resolvemos erradicar o [[Cristianismo]] como tal." Em 1918, "dez hierarcas ortodoxos foram sumariamente fuzilados" e "crianças foram privadas de qualquer educação religiosa fora de casa".<ref>[[Michael Burleigh]] ''Sacred Causes'' HarperCollins (2006) p41-43</ref> |
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Imagem:19260730-burial dzershinsky moscow.jpg|Cortejo fúnebre de [[Félix Dzerjinsky]]. Conduzindo seu caixão (partindo da esq.) [[Mikhail Kalinin|Kalinin]], [[Trótski]], [[Kamenev]], [[Stalin]] e [[Bukharin]]. |
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Imagem:Dilma Bachelet 2011.jpg|[[Dilma Rousseff]] e [[Michelle Bachelet]] |
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Imagem:FSP110907.jpeg|[[Luiz Inácio Lula da Silva|Lula]] no 15º [[Foro de São Paulo]]. |
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Revisão das 17h41min de 12 de janeiro de 2014
Na Esquerda e Direita política, política de esquerda descreve uma visão ou posição específica que aceita ou suporta igualdade social, muitas vezes em oposição a hierarquia social e a desigualdade social.[1][2][3][4] Normalmente envolvendo uma preocupação com os cidadãos que são considerados em desvantagem em relação aos outros e uma suposição de que há desigualdades injustificadas que devem ser reduzidas ou abolidas [3] (ver: preconceito social).
Os termos "direita" e "esquerda" foram cunhados durante a Revolução Francesa (1789–99), e referiam-se ao lugar onde políticos se sentavam no parlamento francês, os que estavam sentados à direita da cadeira do presidente parlamentar foram amplamente favoráveis ao Ancien Régime.[5][6][7][8]
O uso do termo "esquerda" tornou-se mais proeminente após a restauração da monarquia francesa em 1815 e foi aplicado aos "Independentes".[9] Mais tarde, o termo foi aplicado a uma série de movimentos, especialmente o republicanismo durante a Revolução Francesa, o socialismo,[10] o comunismo e o anarquismo.[11]
Na decada dos anos 1990, se acelerou em todo o continente a conversão dos partidos socialistas europeus para o liberalismo econômico, particularmente no que diz respeito ao Partido trabalhista britânico, sob a liderança de Tony Blair, e os sociais-democratas alemães sob Gerhard Schröder. O Blairismo, combinando idéias econômicas liberais com o progressismo social desprovido da aspiração igualitária torna-se uma das mais poderosa força da esquerda européia. Outra linha do socialismo europeu representado na época, foi o de Lionel Jospin, então chefe do governo francês que era abertamente menos liberal.[12][13] Atualmente o termo "esquerda" tem sido usado para descrever uma vasta família de movimentos,[14] incluindo o movimentos pelos direitos civis, movimentos anti-guerra e movimento ambientalista.[15][16]
História
Os termos "esquerda" e "direita" apareceram durante a Revolução Francesa de 1789, quando os membros da Assembleia Nacional dividiam-se em partidários do rei à direita do presidente e simpatizantes da revolução à sua esquerda.
Um deputado, o Barão de Gauville explicou:
“ | Nós começamos a reconhecer uns aos outros: aqueles que eram leais a religião e ao rei tomaram ficaram sentados à direita, de modo a evitar os gritos, os juramentos e indecências que tinham rédea livre no lado oposto. | ” |
No entanto, a direita se pôs contra a disposição dos assentos, porque acreditavam que os deputados devessem apoiar interesses particulares ou gerais, mas não formar facções ou partidos políticos. A imprensa contemporânea, ocasionalmente, usa os termos "esquerda" e "direita" para se referir a lados opostos ou que se opõe.[17] Ao longo do século 19 na França, a principal linha divisória de Esquerda e Direita foi entre partidários da República e partidários da Monarquia.[8]
A Associação Internacional dos Trabalhadores (1864–76), às vezes chamada de Primeira Internacional, reuniu delegados de muitos países diferentes, com muitos pontos de vista diferentes sobre como chegar a uma sociedade sem classes e sem estado. Após uma divisão entre os partidários de Marx e Mikhail Bakunin, os anarquistas formaram a Associação Internacional dos Trabalhadores.[18] A Segunda Internacional (1888-1916) tornou-se divididos sobre a questão da Primeira Guerra Mundial. Aqueles que se opuseram à guerra, como Vladimir Lenin e Rosa Luxemburg, foram vistos como de extrema-esquerda.
Nos Estados Unidos, depois de Reconstrução, a frase "a esquerda" foi usada para descrever aqueles que apoiarvam os sindicatos, o Movimento dos direitos civis e o movimento anti-guerra.[12][19] Mais recentemente, nos Estados Unidos, "de esquerda" e "de direita", muitas vezes têm sido usados como sinônimos para o " democrata" e " republicano", ou como sinônimos do liberalismo moderno nos Estados Unidos (liberalismo) e conservadorismo nos Estados Unidos (conservadorismo), respectivamente.[20][21][22][23]
Posições
Economia
A crenças econômicas esquerdista variam de economia keynesiana a Estado de bem-estar social, democracia industrial a social de mercado e de nacionalização a Economia planificada.[24] Durante a Revolução Industrial, os esquerdistas apoiaram os sindicatos. No início do século XX, a esquerda foi associada a políticas que defendiam a intervenção do governo extensa na economia.[25]
Outros esquerdistas acreditam na economia marxista, que é baseadas nas teorias econômicas de Karl Marx (ver: Economia marxiana). Alguns distinguem as teorias econômicas de Marx a partir de sua filosofia política, argumentando que a abordagem de Marx para a compreensão da economia é independente de sua defesa do socialismo revolucionária ou sua crença na inevitabilidade da revolução proletária.[26][27]
A economia marxista não se apoia exclusivamente em Marx mas abrange a partir de uma variedade de fontes marxistas e não-marxistas. A "ditadura do proletariado" ou "Estado de trabalhadores" são termos usados por marxistas para descrever o que eles vêem como um estado temporário entre a sociedade capitalista e a comunista. Marx define o proletariado como trabalhadores assalariados, em contraste com o Lumpemproletariado, que ele definiu ser párias da sociedade, como mendigos, malandros, artistas, artistas de rua, criminosos e prostitutas.[28] A relevância política dos agricultores tem dividido a esquerda. Em Das Kapital, Marx mal mencionou o assunto.[29]
Liberais de esquerda, liberais socialistas e anarquistas acreditam em uma economia descentralizada dirigida por sindicatos, conselhos trabalhistas, cooperativas, municípios e comunas, e se opõem governo e ao controle privado da economia, preferindo um controle local, na qual uma nação de regiões descentrlizadas são unidas em uma confederação.
De acordo com Barry Clark:
“ | Os esquerdistas... afirmam que o desenvolvimento humano floresce quando os indivíduos se envolvem em relações de cooperação, de respeito mútuo que podem prosperar somente quando as diferenças excessivas de status, poder e riqueza são eliminados. De acordo com os esquerdistas, uma sociedade sem igualdade substancial irá distorcer o desenvolvimento não só de pessoas deprivadas, mas também daqueles cujos privilégios minam sua motivação e sentido de responsabilidade social. Esta supressão do desenvolvimento humano, em conjunto com o ressentimento e o conflito gerado por diferenças afiadas de classe, acabarão por reduzir a eficiência da economia.[30] | ” |
O Global justice movement, ou "Movimento anti-globalização" protesta contra a globalização econômica corporativa , devido às suas supostas consequências negativas para os pobres, os trabalhadores, ao meio ambiente e às pequenas empresas.[31][32][33]
Ambientalismo
Tanto Karl Marx quanto o socialista William Morris tiveram uma preocupação com as questões ambientais.[34][35][36][37]
De acordo com Marx:
“ | Mesmo uma sociedade inteira, uma nação, ou todas as sociedades simultaneamente existentes em conjunto... não são proprietários da terra. Eles são simplesmente os seus possuidores, seus beneficiários e tem que transmiti-la em um estado melhor para as gerações seguintes."[34][38] | ” |
Após a Revolução Russa, os cientistas ambientais, como Alexander Bogdanov e a organização Proletkul se esforçaram para incorporar o ambientalismo ao bolchevismo, e "integrar a produção às leis e limites naturais" na primeira década soviética, antes de Joseph Stalin atacar os ecologistas, a ciência da ecologia, ele expurgou ambientalistas e promoveu a pseudociência de Trofim Lysenko.[39][40][41] Da mesma forma, Mao Zedong rejeitou o ambientalismo e acreditava que, com base nas leis do materialismo histórico, toda a natureza deve ser colocada a serviço da revolução.[42]
A partir de 1970, o ambientalismo tornou-se uma preocupação crescente da esquerda, com movimentos sociais e alguns sindicatos em campanha sobre questões ambientais. Por exemplo, a Builders Labourers Federation da Austrália, liderada pelo comunista Jack Mundy, se uniu aos ambientalistas para boicotar projetos de desenvolvimento ambientalmente destrutivos.[43] Alguns segmentos da esquerda socialista e marxista conscientemente fundiu o ambientalismo e o anticapitalismo em uma ideologia eco-socialista.[44] Barry Commoner articulou uma resposta de esquerda para o modelo Os Limites do Crescimento que previu o catastrófico esgotamento de recursos e um estímulo ao ambientalismo, postulando que as tecnologias capitalistas foram as principais responsáveis pela degradação ambiental, em oposição às pressões da população.[45] A degradação ambiental pode ser vista como uma questão de classe ou equidade, já que a destruição ambiental afeta desproporcionalmente as comunidades e países mais pobres.[46]
Vários grupos de esquerda ou socialista têm uma preocupação ambiental evidente, ao passo que vários partidos verdes contêm uma presença socialista forte. Por exemplo, o Partido Verde da Inglaterra e do País de Gales possui um grupo eco-socialista, a Esquerda Verde, que foi fundada em junho de 2005 e cujos membros realizam uma série de posições influentes dentro do partido, incluindo o ex-diretor Speakers Siân Berry e Dr. Derek Wall, um acadêmico eco-socialista e marxista.[47]
O bem conhecido socialista presidente da Bolívia Evo Morales ligou a degradação ambiental ao consumo.[48] Ele disse:
“ | A Terra não tem o suficiente para o Norte viver cada vez melhor, mas tem o suficiente para todos nós vivermos bem. | ” |
James Hansen, Noam Chomsky, Raj Patel, Naomi Klein, The Yes Men e Dennis Kucinich tiveram opiniões semelhantes.[49][50][51][52][53][54]
No século XXI, as questões sobre o meio ambiente tornaram-se cada vez mais politizadas, com a esquerda em geral, aceitando as conclusões de cientistas ambientais sobre o aquecimento global.[55][56] Muitos na direita discordam ou rejeitam essas conclusões [57][58][59] (ver: Antiambientalismo). Direitistas discordam da ideia de que o aquecimento global é causado pela ação humana, uma vez que esta afirmação carece de comprovação científica (ver: A grande farsa do aquecimento global). A direita defende esta ideia baseada em opiniões científicas independentes de climatologistas céticos.[60] Nesta corrente, e mesmo fora, muitos afirmam que, atualmmente, as questões ambientais são alvo de sensacionalismo e alarmismo.[60] E, que esta é uma estratégia dos países desenvolvidos para impedir o desenvolvimento econômico dos países pobres, sob o pretexto de "preservar o meio ambiente".[60]
No entanto, a esquerda ainda se divide sobre como reduzir eficazmente e reduzir igualmente as emissões de carbono - a centro-esquerda, muitas vezes defende uma confiança nas medidas de mercado, tais como comércio de emissões ou imposto sobre o carbono, enquanto aqueles mais à esquerda tendem a apoiar regulamentação governamental direta e intervenção, juntamente ou apenas com mecanismos de mercado.[61][62][63]
Nacionalismo e anti-nacionalismo
A questão da nacionalidade e do nacionalismo têm sido uma característica central do debate político da esquerda. Durante a Revolução Francesa, o nacionalismo foi uma política da Esquerda Republicana.[64] O esquerda republicana defendia o nacionalismo cívico,[8] e argumentou que a nação é um "plebiscito diário" formado pela subjetiva "vontade de viver juntos". Relacionado ao "revanchismo francês", a vontade beligerante de se vingar contra do Império Alemão e retomar o controle de Alsácia-Lorena, o nacionalismo foi, por vezes, contra o imperialismo. Na década de 1880, houve um debate entre aqueles que, como Georges Clemenceau (Radical), Jean Jaurès (socialista) e Maurice Barrès (nacionalista), argumentaram que o colonialismo desviou a França da "linha azul do Vosges" (referindo-se a Alsácia-Lorena), e o " lobby colonial", como Jules Ferry (moderado republicano), Léon Gambetta (republicano) e Eugène Etienne, o presidente do grupo parlamentar colonial. Após o Caso Dreyfus no entanto o nacionalismo tornou-se cada vez mais associado à extrema direita.[65]
O internacionalismo proletário se considerou um impedimento contra a guerra, porque as pessoas com um interesse comum são menos propensas a pegar em armas umas contra as outras, em vez disso elas se focaram na luta contra a classe dominante. De acordo com a teoria marxista, o antônimo do internacionalismo proletário é o nacionalismo burguês. Alguns marxistas, junto com os outros na esquerda, viram o nacionalismo,[66] o racismo[67] (inclusive o anti-Semitismo[68]) e a religião, como estratégia de dividir para conquistar utilizada pelas classes dominantes para impedir a classe operária de se unir contra eles. Os movimentos de esquerda, portanto, muitas vezes tiveram posições anti-imperialistas.
O nazifascismo, geralmente definido como extrema-direita, é situado por alguns analistas na esquerda do espectro político.[69] [70] O Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (NAZI) representaria o socialismo "nacionalista" enquanto o Partido Comunista da União Soviética (PCUS) seria o representante do socialismo "internacionalista".[71] Até 1941, a Alemanha Nazista e a URSS mantiveram uma relação de intensa cooperação mútua [71] (ver: Negociações sobre a adesão da União Soviética ao Eixo).
O anarquismo desenvolveu uma crítica do nacionalismo que incide sobre o papel do nacionalismo em justificar e consolidar o poder e dominação do Estado. Através de sua meta de unificação, o nacionalismo se esforça para a centralização, ambos em territórios específicos e uma elite dominante de indivíduos, ao mesmo tempo que prepara a população para a exploração capitalista. Dentro do anarquismo, este assunto tem sido tratado exaustivamente por Rudolf Rocker em Nationalism and Culture e nos trabalhos de Fredy Perlman, como em Against His-Story, Against Leviathan e "The Continuing Appeal of Nationalism".[72]
Religião
A Esquerda francesa original é anti-clero, opondo-se a influência da Igreja Católica e apoiando a separação Igreja-Estado. [8]
Karl Marx afirmou que:
“ | A religião é o suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração e a alma de condições desalmadas. É o ópio do povo.[73] | ” |
Na Rússia Soviética, os bolcheviques originalmente abraçaram "uma crença ideológica que professa que toda religião seria atrofia" e "resolvemos erradicar o Cristianismo como tal" (ver: Religião na União Soviética). Em 1918, "dez hierarcas ortodoxos foram sumariamente fuzilados" e "crianças foram privadas de qualquer educação religiosa fora de casa" [74] (ver: Perseguição aos cristãos).
Um dos principais objetivos da agenda marxista-leninista é instituir o Estado ateu, extinguindo a religião para conduzir a sociedade ao ateísmo (ver: Ateísmo Marxista-leninista). Estudos indicam que regimes políticos antirreligiosos, sobretudo marxistas, foram responsáveis pelas mortes de milhões de pessoas [75] [76] (ver: Intolerância religiosa).
Por iniciativa do Parlamento Europeu, o dia 23 de Agosto (dia da assinatura do Pacto Molotov-Ribbentrop em 1939) foi designado o Dia Europeu da Memória das Vítimas do Stalinismo e do Nacional-Socialismo.[77] [78] A Declaração de Praga sobre Consciência Europeia e Comunismo, iguala a gravidade dos crimes contra a humanidade praticados em nome do marxismo-leninismo e do nazifascismo, que vitimaram também um grande número de religiosos.[79]
Galeria
Partidos e organizações
Personalidades
-
Lula no 15º Foro de São Paulo.
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