Progressistas: diferenças entre revisões
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Revisão das 16h55min de 23 de novembro de 2020
Progressistas | |
---|---|
Número eleitoral | 11 |
Presidente | Ciro Nogueira |
Fundação | 14 de abril de 1995 |
Registro | 16 de novembro de 1995 (28 anos)[1] |
Sede | |
Ideologia | Nacionalismo brasileiro[2] Conservadorismo[3] Liberalismo clássico[4] |
Espectro político | Centro-direita[5][6] |
Ala de juventude | Juventude Progressista[7] |
Fusão | Partido Progressista Reformador (1993-1995) Partido Progressista (1993-1995) |
Membros | 1 338 983 filiados[8] |
Governadores (2020)[9] | 1 / 27 |
Prefeitos (2020)[10] | 682 / 5 568 |
Deputados Federais (2020)[9] | 40 / 513 |
Senadores (2020)[9] | 6 / 81 |
Deputados Estaduais (2018)[9] | 70 / 1 060 |
Vereadores (2020)[11] | 6 346 / 56 810 |
Cores | Azul |
Página oficial | |
www | |
Política do Brasil |
Progressistas (PP), denominado Partido Progressista (PP) de 2003 até 2017, é um partido político brasileiro.[12] Com 1.338.983 filiados em outubro de 2020, é o quarto maior partido do país. Suas cores são o azul e o branco. Seu código eleitoral é o 11.
Uma grande liderança do partido é Paulo Maluf, que concorreu indiretamente à Presidência da República em 1985, num pleito que foi vencido por Tancredo Neves. No Rio de Janeiro, o partido tem um importante filiado: Francisco Dornelles, senador da República pelo estado no período 2007–2014 e vice-governador na chapa de Luiz Fernando Pezão (PMDB) Em Santa Catarina o partido conta com Esperidião Amin, eleito duas vezes governador e também prefeito da capital, Florianópolis, e sua mulher, Ângela Amin, elegeu-se duas vezes prefeita de Florianópolis e por duas vezes disputou a eleição para governador do estado, tendo perdido ambas, em 2010 para o democrata Raimundo Colombo. Outros membros históricos do PP são os economistas Roberto Campos (falecido em 2001 quando ainda estava filiado ao partido), Antônio Delfim Netto (que em 2005 saiu e ingressou no PMDB, mas com a saída de Celso Russomanno da legenda, volta a se filiar no PP,[13][14]) e Pratini de Moraes (ainda membro do PP), todos ministros da área econômica do governo federal no período do regime militar, além de Affonso Celso Pastore (que também se desfiliou do PP), presidente do Banco Central do Brasil no governo João Figueiredo. Jair Bolsonaro, atual presidente do Brasil, que tem apoio de conservadores (sobretudo militares e evangélicos), foi membro do partido. O atual presidente do partido é o senador Ciro Nogueira, do Piauí.[15]
Foi aliado do governo Lula,[16] do governo Dilma[17] e do governo de Michel Temer.[18] Apesar das investigações pela Polícia Federal sobre corrupção, cresceu em número de prefeituras conquistadas nas eleições municipais em 2016, em comparação a 2012, 494 contra 474, somente com os resultados do primeiro turno.[19][20]
História
Antecedentes
O partido representa o remonta a uma série de processos de fusão que resultam no partido atual, cujo pedido de renomeação foi deferido na sessão do dia 29 de maio de 2003.[21] O Partido Progressista Brasileiro (PPB) foi um partido político brasileiro formado em 14 de setembro de 1995, com a fusão entre o Partido Progressista (1993–1995) e o Partido Progressista Reformador.
Nas eleições presidenciais de 1998, não lançou candidato à presidência da República, apoiando formalmente a pré candidatura de Fernando Henrique Cardoso à reeleição, tendo como apoiadores Paulo Maluf, Epitácio Cafeteira e Esperidião Amin.[22][23]
Em 2002, não lançou candidato à presidência da República, apoiando informalmente a pré-candidatura de Ciro Gomes à presidência.[24] No segundo turno, o partido apoiou formalmente José Serra.[25]
Partido Social Liberal (PSL) 1994–2022 |
União Brasil (UNIÃO) 2022–presente | |||||||
Aliança Renovadora Nacional (ARENA) 1966–1979 |
Partido da Frente Liberal (PFL) 1985–2007 |
Democratas (DEM) 2007–2022 | ||||||
Partido Democrático Social (PDS) 1980–1993 |
Partido Progressista Reformador (PPR) 1993–1995 |
Partido Progressista Brasileiro (PPB) 1995–2003 |
Partido Progressista (PP) 2003–2017 |
Progressistas (PP) 2017–presente | ||||
Partido Democrata Cristão (PDC) 1985–1993 | ||||||||
Partido Social Trabalhista (PST) 1988–1993 |
Partido Progressista (PP) 1993–1995 | |||||||
Partido Trabalhista Renovador (PTR) 1985–1993 |
Renomeações e período recente
Findo o governo FHC e completado mais um ciclo na vida política do país, a Convenção Nacional do PPB, buscando inspiração nas transformações políticas internacionais, decidiu, em 4 de abril de 2003, alterar sua denominação para Partido Progressista (PP).[27] Com a eleição do presidente Lula em 2002, o PP passou a integrar a base de apoio ao novo presidente no Congresso Nacional.[28]
Nas eleições de 2010, as alianças entre os partidos moderados e de tendências pela esquerda acontecem em vários lugares, como na Bahia, onde o PP fez parte da coligação do candidato petista, tendo inclusive indicado o seu vice.[29] Sobre esse tipo de coligações, a ex-prefeita de São Paulo e ex-petista Luísa Erundina declarou, ainda em maio de 2010, que "Dá uma tristeza, uma agonia ver o PP do Maluf com o PCdoB. Está tudo igual."[30]
A partir de 2010 o PP começou a fazer parte da base aliada do governo Dilma Rousseff, tendo seus filiados Mário Negromonte pelo período de 1 de janeiro de 2011 até 2 de fevereiro de 2012[31] e Aguinaldo Ribeiro pelo período de 7 de fevereiro de 2012 até 17 de março de 2014 que assumiram o Ministério das Cidades, sendo este último substituído por Gilberto Occhi.[32] Em Abril de 2016, o PP rompe oficialmente com o governo Dilma Rousseff e declara o seu posicionamento a favor do impeachment da mesma.[17][33] Após o impeachment, o PP apoiou o governo Michel Temer, tendo dois ministérios: o senador Blairo Maggi no Ministério da Agricultura e o deputado Ricardo Barros no Ministério da Saúde.[34]
Em 16 de agosto de 2017, a sigla anunciou que será rebatizada de Progressistas, em meio a uma tentativa de atrair novos eleitores devido ao desgaste provocado pela crise político-econômica de 2014.[35][36] O pedido de renomeação foi deferido em 11 de setembro de 2018 por Edson Fachin.[37]
Participação e desempenho eleitorais
Eleições presidenciais
Das eleições de 2002 até 2010, o PP passou a ter certa independência nas disputas presidenciais, apoiando informalmente candidatos tanto do PT quanto do PSDB.
A executiva nacional do PP declarou apoio à candidatura de Dilma Rousseff à presidência em 2010, sem integrar a coligação da ex-ministra.[38] Em São Paulo, o partido que tem por principal líder Paulo Maluf, se manteve neutro. No Rio Grande do Sul, o partido apoiou o candidato tucano à presidência José Serra, assim como no Paraná e em Minas Gerais.[39]
Ano | Imagem | Candidato a presidente | Candidato(a) a vice-presidente | Coligação | Votos | % | Colocação |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1998 | Fernando Henrique Cardoso (PSDB) | Marco Maciel (PFL) |
União, Trabalho e Progresso (PSDB, PFL, PPB, PTB e PSD) |
35.936.540 | 53,06% | 1.º | |
2014 | Dilma Rousseff (PT) |
Michel Temer (PMDB) |
Com a Força do Povo (PT, PMDB, PSD, PP, PR, PROS, PDT, PCdoB e PRB) |
54.495.459 | 51,64% | 1.ª | |
2018 | Geraldo Alckmin (PSDB) |
Ana Amélia Lemos (PP) |
Para Unir o Brasil (PSDB, PP, PTB, PSD, PRB, PR, DEM, SD e PPS) |
5.096.349 | 4,76% | 4° |
Participação e desempenho eleitorais
Participação em eleições parlamentares federais
Legislatura | Bancada | % | ± |
---|---|---|---|
50.ª (1995–1999) | 72 / 513 |
14,03 | 30 |
51.ª (1999–2003) | 60 / 513 |
11,69 | 12 |
52.ª (2003–2007) | 49 / 513 |
9,55 | 11 |
53.ª (2007–2011) | 42 / 513 |
8,18 | 7 |
54.ª (2011–2015) | 44 / 513 |
8,57 | 2 |
55.ª (2015–2019) | 47 / 513 |
9,16 | 3 |
56.ª (2019–2023) | 37 / 513 |
7,21 | 10 |
Legislatura | Bancada | % | ± |
---|---|---|---|
50.ª (1995–1999) | 7 / 81 |
8,64 | 5 |
51.ª (1999–2003) | 5 / 81 |
6,17 | 2 |
52.ª (2003–2007) | 1 / 81 |
1,23 | 4 |
53.ª (2007–2011) | 1 / 81 |
1,23 | 0 |
54.ª (2011–2015) | 5 / 81 |
6,17 | 4 |
55.ª (2015–2019) | 6 / 81 |
7,41 | 1 |
56.ª (2019–2023) | 6 / 81 |
7,41 | 0 |
Eleições estaduais
Em 2010, no Rio Grande do Sul, o PP junto ao PPS, aliou-se a candidata tucana Yeda Crusius para sua reeleição, tendo em contrapartida, lançado a jornalista política Ana Amélia que com mais de 3,4 milhões de votos se elegeu senadora, vencendo o ex-governador gaúcho Germano Rigotto (PMDB).[39] Por pouco, não elegeu o governador de Roraima, Neudo Campos. Antes da eleição, tinha dos governadores: Goiás e Amapá. Além desses três estados, o PP também lançou Celso Russomanno, candidato em São Paulo. Ficou em terceiro lugar.
Eleições municipais
Assim como muitos grandes partidos em 2012, o PP perdeu prefeituras, caiu de 551 em 2008 para 467 em 2012 e saiu das eleições como quinto partido com maior número de prefeituras. Nas capitais, o partido conseguiu eleger os prefeitos de Palmas e Campo Grande. Em São Paulo apoiou Haddad, do PT.[42]
Controvérsias
Corrupção
Com base em dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral divulgou um balanço, em 4 de outubro de 2007, com os partidos com maior número de bancadas dos parlamentares cassados por corrupção desde os anos 2000. O PP, segundo maior partido do Brasil a época, ocupa a quarta colocação no ranking, com 26 cassações.[43]
Dos 45 representantes do partido no Congresso, 21 estão sendo investigados na Operação Lava Jato.[44] Outros 11 ex-parlamentares do partido também estão sob suspeita. Entre eles, dois condenados no Escândalo do Mensalão.
Políticos diversos do PP, estão envolvidos e investigados no esquema conhecido como Petrolão. Os políticos foram citados pelos delatores, ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, pelo doleiro Alberto Youssef, além de outros delatores. O esquema de corrupção da estatal está sendo investigado por uma operação da Polícia Federal de nome Operação Lava Jato.[45][46][47][48]
Improbidade administrativa
Em 30 de março de 2017, o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública por improbidade administrativa contra o PP por desvios ocorridos na Petrobras, sendo a primeira contra um partido na Operação Lava Jato. Além do PP, são citados na ação um ex-assessor parlamentar e dez políticos, sendo quatro ex-deputados e seis parlamentares com mandato. Os políticos recebiam entre 30 e 300 mil reais de mesada. O MPF ainda pede o ressarcimento de mais de 2 bilhões e 300 milhões de reais equivalentes à propina paga ao partido, além de multa e danos morais coletivos. Entre as consequências da ação para os políticos, caso sejam condenados, está a perda do cargo, suspensão de direitos políticos, perda da aposentadoria especial e devolução do dinheiro fruto de irregularidades.[49][50][51] Em abril de 2017, a justiça bloqueou 9,8 milhões de reais do partido e outros 466 milhões de reais de políticos da legenda.[52][53]
Lideranças
Referências
- ↑ Tribunal Superior Eleitoral (TSE). «TSE - Partidos políticos registrados no TSE». Consultado em 7 de novembro de 2015
- ↑ http://www.progressistas.org.br/2056/Documentos/ProgramaPartidario_261600/
- ↑ https://jornalggn.com.br/eleicoes/partido-progressista-quer-atrair-eleitor-contra-aborto-reducao-da-maioridade-penal-e-casamento-homossexual/
- ↑ http://www.progressistas.org.br/2056/Documentos/ProgramaPartidario_261600/
- ↑ Vasconcellos, Fábio (29 de Março de 2016). «Maioria dos partidos se posiciona como de Centro. Veja quem sobra no campo da Direita e da Esquerda». O Globo
- ↑ «Eleições 2014: direita política se populariza no Brasil». Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar. 9 de Dezembro de 2014. Arquivado do original em 3 de março de 2017
- ↑ http://www.progressistas.org.br/2056/Documentos/OPresidente_261677/
- ↑ Estatísticas do eleitorado – Eleitores filiados
- ↑ a b c d «Progressistas elege 114 representantes em todas as regiões do Brasil». Partido Progressista. 8 de outubro de 2018. Consultado em 16 de janeiro de 2020
- ↑ «Prefeitos Eleitos no País em 2020». G1
- ↑ «Vereadores Eleitos no País em 2020». G1
- ↑ Tribunal Superior Eleitoral (ed.). «Progressistas». www.tse.jus.br. Consultado em 12 de outubro de 2018
- ↑ Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «Antônio Delfim Neto». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 29 de janeiro de 2019
- ↑ «Longe do PP, Russomanno diz que eleitorado de Maluf é bem-vindo». Terra. Consultado em 29 de janeiro de 2019
- ↑ «Ciro Nogueira é o novo presidente do PP Nacional». Juventude Progressista. 12 de abril de 2013. Consultado em 8 de janeiro de 2017. Arquivado do original em 24 de abril de 2013
- ↑ Ricardo Brito (17 de setembro de 2012). «PP vira aliado após receber dinheiro do PT, diz Barbosa». Estadão. Consultado em 8 de janeiro de 2017
- ↑ a b Fabiana Maranhão (13 de abril de 2016). «PP anuncia desembarque da base aliada do governo». Uol. Consultado em 8 de janeiro de 2016
- ↑ Benites, Afonso (7 de março de 2015). «Partido Progressista, o 'filho' da ditadura que coleciona escândalos». El País. Consultado em 13 de outubro de 2016
- ↑ Junqueira, Diego (6 de outubro de 2016). «Partido com mais investigados na Lava Jato tem alta no número de prefeitos». noticias.r7.com. R7. Consultado em 31 de outubro de 2016
- ↑ «Em eleição do "combate à corrupção", eleitor fez crescer o PP, que tem 32 investigados na Lava Jato, 22 na lista da Odebrecht e 60% da Executiva sob suspeita». Viomundo. 4 de outubro de 2016
- ↑ a b TSE. «Histórico de partidos». Consultado em 26 de outubro de 2016
- ↑ «"PPB define apoio ao FH, aliança PSDB-PPB, está garantida", diz Cafeteira». Folha de S.Paulo. Março de 1998
- ↑ «"Eu não apoio FH, mas meu voto é no dr. Enéas", diz Bolsonaro.». Folha de S.Paulo. Março de 1998
- ↑ Bragon, Ranier; Ulhôa, Raquel (13 de julho de 2002). «PPS de Ciro fecha aliança com Collor em AL». Folha de S. Paulo.
Os partidos da chapa majoritária são o PRTB, de Collor, o PPS, o PTB (partido da Frente Trabalhista de Ciro), que indicou o vice, Antônio Carlos Rezende, o PPB e o PFL.
- ↑ «PPB fica com Serra». Folha de S.Paulo. 8 de outubro de 2002
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- ↑ «Luis Carlos Heinze». Wikipédia, a enciclopédia livre. 10 de setembro de 2020. Consultado em 8 de novembro de 2020
Ligações externas
- Sítio oficial
- História do PPB, versão arquivada da página do PPB (atual PP) armazenada pelo archive.org, onde é apresentado o histórico de fusões partidárias até então
- «Banco de dados do Iuperj segundo Jairo Nicolau». , arquivado em 15 de abril de 2008