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Ramal do Montijo

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Ramal do Montijo
Estação Ferroviária do Montijo, em 2009.
Estação Ferroviária do Montijo, em 2009.
Comprimento:10,6 km
Bitola:Bitola larga
Continuation backward
Lª CinturaChelas
Unknown route-map component "SKRZ-G2o"
× R. Cima Chelas
Unknown route-map component "xABZlf" Continuation to right
Lª CinturaMarvila
Unknown route-map component "xKRZo"
× Lª Norte
Unknown route-map component "exWBRÜCKE"
P.te Montijo-Grilo × Rio Tejo
Unknown route-map component "exLUECKE"
(proj.ab.)
Unknown route-map component "exLUECKE" + Unknown route-map component "exLSTRrg"
Unknown route-map component "exKBHFr"
Alcochete(proj.ab.)
Unknown route-map component "exBHF"
10,6 Montijo
Unknown route-map component "exSKRZ-G2u"
× R. da Barrosa
Unknown route-map component "exWBRÜCKE1"
Unknown route-map component "exHST"
5,0 Sarilhos
Unknown route-map component "exSKRZ-G4u"
× IC32
Unknown route-map component "exHST"
2,0 Jardia
Unknown route-map component "exSKRZ-G2u"
× R. Luís de Camões
Continuation to left Unknown route-map component "xABZlg"
Lª AlentejoFuncheira
Continuation to left Junction from right
Lª SulTunes
Station on track
0,0 Pinhal Novo
Continuation to left Junction to right
Lª SulCampolide A
Continuation to left Track turning right
Lª AlentejoBarreiro

O Ramal do Montijo, conhecido inicialmente como Ramal de Aldeagalega ou Ramal de Aldeia Galega, devido à antiga designação da localidade do Montijo, foi um troço ferroviário, em bitola ibérica, que ligava o Pinhal Novo ao Montijo, em Portugal; foi inaugurado em 1908[1] e encerrado em 1989.[2]

Caracterização

Trajecto e vestígios do Ramal

A via partia de Pinhal Novo por Noroeste, contornando o limite urbanizado e descrevendo uma larga curva para Norte e Nordeste, e seguia depois paralelamente à Rua 1.º de Maio e de seguida à EN252, voltando a flectir para Noroeste até e para lá de Jardia. Entrava no Montijo seguindo em paralelo à Rua Vasco da Gama, virando depois para Oeste até atingir a estação. Desta subsiste o depósito de água.

Movimento de passageiros e mercadorias

Este ramal foi utilizado por composições de mercadorias, como o transporte de gado, especialmente suíno, até à Estação do Montijo.[3] A partir do dia 30 de Maio de 1933, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses passou a transportar os passageiros por autocarros neste ramal, ficando apenas duas composições diárias de mercadorias.[4]

História

Apeadeiro de Sarilhos.

Antecedentes

Os primeiros planos para a construção do Caminho de Ferro do Sul, que faria a ligação entre a Margem Sul do Rio Tejo e o Alentejo, previam que o terminal ferroviário, com ligação fluvial a Lisboa, seria instalado na localidade de Aldeia Galega do Ribatejo (antiga designação do Montijo); no entanto, devido a várias dificuldades técnicas em construir um cais fluvial neste local, o ponto inicial da ligação ferroviária ao Alentejo foi mudado para o Barreiro, aonde as condições eram mais favoráveis.[5]

Planeamento, construção e inauguração

Este caminho de ferro foi construído num regime especial, sem recorrer ao Fundo Especial de Caminhos de Ferro, um órgão governamental cujo objectivo era financiar obras ferroviárias; em vez disso, foi a própria Câmara Municipal de Aldeia Galega que pediu um empréstimo para este projecto, tendo sido autorizada a tal por um decreto de 7 de Junho de 1907.[6] A quantia em causa foi de 83.000$000, com juro de 7,5%, destinado unicamente à construção, tendo a autarquia acordado em pagar a diferença entre o rendimento bruto anual do Ramal, incluindo os impostos, e o valor do juro e das amortizações.[6]

A inauguração deste caminho de ferro deu-se no dia 4 de Outubro de 1908, tendo tido, logo desde o princípio, muito movimento, pelo que a autarquia pôde pagar na totalidade o empréstimo, que foi distratado por um decreto de 1 de Maio de 1911.[6]

Encerramento e conversão em ecopista

A circulação no Ramal foi suspensa em 1989.[2]

Em Julho de 2002, previa-se que a Câmara Municipal de Palmela assinasse um acordo com a Rede Ferroviária Nacional, para a instalação da Ecopista de Pinhal Novo, no antigo Ramal de Montijo; este projecto, que seria implementado pela transportadora, com o apoio da autarquia, consistia na construção de uma zona de lazer, para meios de transporte não motorizados, entre a Rua Luís de Camões, no Pinhal Novo, até à fronteira da freguesia, de forma a revitalizar aquela zona.[7]

Ver também

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre o Ramal do Montijo

Referências

  1. Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006, 2006:12
  2. a b «150 Anos de História: Capítulo 23 - De 1982 a 1993». Comboios de Portugal. Consultado em 13 de Junho de 2011 
  3. Cavaco, 1976:167
  4. «Cronologia: 1926/1949 - Período de Grande Depressão e II Guerra Mundial». Comboios de Portugal. Consultado em 13 de Junho de 2011 
  5. Santos, 1995:107
  6. a b c TORRES, Carlos Manitto (1 de Fevereiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário». Lisboa: Gazeta dos Caminhos de Ferro. Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1683). 78 páginas 
  7. «Ecopista na linha do Montijo». Actualidades. Consultado em 13 de Junho de 2011 

Bibliografia

  • CAVACO, Carminda (1976). O Algarve Oriental. As Vilas, O Campo e o Mar. I. Faro: Gabinete de Planeamento da Região do Algarve. 204 páginas  Parâmetro desconhecido |volumes= ignorado (|volume=) sugerido (ajuda)
  • SANTOS, Luís Filipe Rosa (1995). Os Acessos a Faro e aos Concelhos Limítrofes na Segunda Metade do Séc. XIX. Faro: Câmara Municipal de Faro. 213 páginas 
  • CP-Comboios de Portugal (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. [S.l.]: Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X 

Ligações externas