Ramal do Montijo
Ramal do Montijo | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Comprimento: | 10,6 km | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Bitola: | Bitola larga | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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O Ramal do Montijo, conhecido inicialmente como Ramal de Aldeagalega ou Ramal de Aldeia Galega, devido à antiga designação da localidade do Montijo, foi um troço ferroviário, em bitola ibérica, que ligava o Pinhal Novo ao Montijo, em Portugal; foi inaugurado em 1908[1] e encerrado em 1989.[2]
Caracterização
Trajecto e vestígios do Ramal
A via partia de Pinhal Novo por Noroeste, contornando o limite urbanizado e descrevendo uma larga curva para Norte e Nordeste, e seguia depois paralelamente à Rua 1.º de Maio e de seguida à EN252, voltando a flectir para Noroeste até e para lá de Jardia. Entrava no Montijo seguindo em paralelo à Rua Vasco da Gama, virando depois para Oeste até atingir a estação. Desta subsiste o depósito de água.
Movimento de passageiros e mercadorias
Este ramal foi utilizado por composições de mercadorias, como o transporte de gado, especialmente suíno, até à Estação do Montijo.[3] A partir do dia 30 de Maio de 1933, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses passou a transportar os passageiros por autocarros neste ramal, ficando apenas duas composições diárias de mercadorias.[4]
História
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/6f/Edif%C3%ADcio_em_PN%2C_Sarilhos%2C_2006.03.11.jpg/220px-Edif%C3%ADcio_em_PN%2C_Sarilhos%2C_2006.03.11.jpg)
Antecedentes
Os primeiros planos para a construção do Caminho de Ferro do Sul, que faria a ligação entre a Margem Sul do Rio Tejo e o Alentejo, previam que o terminal ferroviário, com ligação fluvial a Lisboa, seria instalado na localidade de Aldeia Galega do Ribatejo (antiga designação do Montijo); no entanto, devido a várias dificuldades técnicas em construir um cais fluvial neste local, o ponto inicial da ligação ferroviária ao Alentejo foi mudado para o Barreiro, aonde as condições eram mais favoráveis.[5]
Planeamento, construção e inauguração
Este caminho de ferro foi construído num regime especial, sem recorrer ao Fundo Especial de Caminhos de Ferro, um órgão governamental cujo objectivo era financiar obras ferroviárias; em vez disso, foi a própria Câmara Municipal de Aldeia Galega que pediu um empréstimo para este projecto, tendo sido autorizada a tal por um decreto de 7 de Junho de 1907.[6] A quantia em causa foi de 83.000$000, com juro de 7,5%, destinado unicamente à construção, tendo a autarquia acordado em pagar a diferença entre o rendimento bruto anual do Ramal, incluindo os impostos, e o valor do juro e das amortizações.[6]
A inauguração deste caminho de ferro deu-se no dia 4 de Outubro de 1908, tendo tido, logo desde o princípio, muito movimento, pelo que a autarquia pôde pagar na totalidade o empréstimo, que foi distratado por um decreto de 1 de Maio de 1911.[6]
Encerramento e conversão em ecopista
A circulação no Ramal foi suspensa em 1989.[2]
Em Julho de 2002, previa-se que a Câmara Municipal de Palmela assinasse um acordo com a Rede Ferroviária Nacional, para a instalação da Ecopista de Pinhal Novo, no antigo Ramal de Montijo; este projecto, que seria implementado pela transportadora, com o apoio da autarquia, consistia na construção de uma zona de lazer, para meios de transporte não motorizados, entre a Rua Luís de Camões, no Pinhal Novo, até à fronteira da freguesia, de forma a revitalizar aquela zona.[7]
Ver também
Referências
- ↑ Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006, 2006:12
- ↑ a b «150 Anos de História: Capítulo 23 - De 1982 a 1993». Comboios de Portugal. Consultado em 13 de Junho de 2011
- ↑ Cavaco, 1976:167
- ↑ «Cronologia: 1926/1949 - Período de Grande Depressão e II Guerra Mundial». Comboios de Portugal. Consultado em 13 de Junho de 2011
- ↑ Santos, 1995:107
- ↑ a b c TORRES, Carlos Manitto (1 de Fevereiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário». Lisboa: Gazeta dos Caminhos de Ferro. Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1683). 78 páginas
- ↑ «Ecopista na linha do Montijo». Actualidades. Consultado em 13 de Junho de 2011
Bibliografia
- CAVACO, Carminda (1976). O Algarve Oriental. As Vilas, O Campo e o Mar. I. Faro: Gabinete de Planeamento da Região do Algarve. 204 páginas Parâmetro desconhecido
|volumes=
ignorado (|volume=
) sugerido (ajuda) - SANTOS, Luís Filipe Rosa (1995). Os Acessos a Faro e aos Concelhos Limítrofes na Segunda Metade do Séc. XIX. Faro: Câmara Municipal de Faro. 213 páginas
- CP-Comboios de Portugal (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. [S.l.]: Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X
Ligações externas