Barack Obama: diferenças entre revisões

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Segundo o Comitê do Nobel, em [[Oslo]], o presidente dos Estados Unidos criou um "ambiente novo para a política internacional. Graças a seus esforços, a diplomacia multilateral recuperou sua posição central e devolveu às [[Nações Unidas]] e outras instituições internacionais seu papel protagonista". Ainda de acordo com o Comitê, "a visão de um mundo sem [[armas nucleares]] estimulou o [[Desarmamento no mundo|desarmamento]] e as negociações para o controle de armamento. Graças à iniciativa de Obama, os Estados Unidos estão desempenhando um papel mais construtivo para fazer frente aos desafios da [[mudança climática]] que enfrenta o mundo".<ref>{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u635745.shtml|título=Barack Obama recebe o Prêmio Nobel da Paz|acessodata=13-10-2009|autor= [[Folha de S.Paulo|Folha Online]]}}</ref> De acordo com fontes ligadas ao Comitê, a escolha do laureado visa sempre transmitir uma mensagem política ao mundo. Assim, Obama foi escolhido pelo que representa - e não propriamente por realizações efetivas, ainda nos primeiros nove meses do seu mandato.<ref>{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/podcasts/ult10065u635943.shtml|título=Nobel para Obama é política|acessodata=13-10-2009|autor=Folha Online}}</ref>
Segundo o Comitê do Nobel, em [[Oslo]], o presidente dos Estados Unidos criou um "ambiente novo para a política internacional. Graças a seus esforços, a diplomacia multilateral recuperou sua posição central e devolveu às [[Nações Unidas]] e outras instituições internacionais seu papel protagonista". Ainda de acordo com o Comitê, "a visão de um mundo sem [[armas nucleares]] estimulou o [[Desarmamento no mundo|desarmamento]] e as negociações para o controle de armamento. Graças à iniciativa de Obama, os Estados Unidos estão desempenhando um papel mais construtivo para fazer frente aos desafios da [[mudança climática]] que enfrenta o mundo".<ref>{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u635745.shtml|título=Barack Obama recebe o Prêmio Nobel da Paz|acessodata=13-10-2009|autor= [[Folha de S.Paulo|Folha Online]]}}</ref> De acordo com fontes ligadas ao Comitê, a escolha do laureado visa sempre transmitir uma mensagem política ao mundo. Assim, Obama foi escolhido pelo que representa - e não propriamente por realizações efetivas, ainda nos primeiros nove meses do seu mandato.<ref>{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/podcasts/ult10065u635943.shtml|título=Nobel para Obama é política|acessodata=13-10-2009|autor=Folha Online}}</ref>

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== Polêmicas ==

Uma série de [[polêmica]]s, tidas como teorias da conspiração, envolvem a vida e a atuação política de Barack Obama:

=== Real local de nascimento ===

[[Imagem:BarackObamaCertificationOfLiveBirthHawaii.jpg|thumb|250px|Cópia oficial "resumida" do ''Certification of Live Birth'' de Barack Obama, emitida pelo estado do Havaí.]]

De acordo com a [[Constituição dos Estados Unidos]] o [[direito]] de [[cidadania]] vem de uma combinação de ''[[jus soli]]'' ("direito de solo", para os nascidos em solo dos EUA) e ''[[jus sanguinis]]'' ("direito de sangue" para os filhos de pais [[estadunidense]]s). A lei estabelece que a pessoa nascida em território dos EUA (incluindo [[Porto Rico]], [[Guam]], [[Ilhas Virgens Americanas]] e [[Marianas Setentrionais]]) torna-se automaticamente cidadã do país. Também (não automaticamente, com exceções) crianças filhas de pais americanos nascidas em território estrangeiro.<ref>Erler, Edward J; Thomas G West, John A Marini (2007). ''The Founders on Citizenship and Immigration: Principles and Challenges in America''. Lanham, MD: Rowman & Littlefield. ISBN 074255855X. (07/05/2013).</ref> <ref> Meese, Edwin; Edwin Meese, III, David F. Forte, Matthew Spalding (2005), ''The Heritage Guide to the Constitution.'' Regnery Publishing, ISBN 9781596980013 (07/05/2013)</ref>

Para servir como [[Presidente dos Estados Unidos]], o [[parágrafo]] 1º do [[artigo]] II da Constituição estabelece que:

{{quotation|''Nenhuma pessoa exceto um cidadão nato, ou um cidadão dos Estados Unidos, no momento da adoção desta Constituição, será elegível para a presidência, nem será elegível para este cargo pessoa com idade inferior a trinta e cinco anos, e com menos quatorze anos de residência no país.''}}

A constituição determina que as mesmas regras de elegibilidade devem ser exigidas do [[vice-presidente dos Estados Unidos]].<ref>[http://www.gpo.gov/fdsys/browse/collection.action?collectionCode=GPO&browsePath=The+Constitution+of+the+United+States+of+America:+Analysis+and+Interpretation GPO] - ''Additional Government Publications.'' Página acessada em 07/05/2013.</ref>

Esta [[teoria da conspiração]] nega a legitimidade da eleição de Obama. Os círculos de [[Direita política|direita]] originalmente seus adversários, lançaram esta acusação antes da eleição e, de tempos em tempos, esta torna-se matéria de discussões. De acordo com esta teoria Obama nasceu no [[Quênia]] e não no [[Havaí]], e a [[certidão de nascimento]] apresentada seria uma falsificação. O [[cientista]] [[israelense]] [[Israel Hanukoglu]]<ref>[http://www.science.co.il/hi/ Science] - Home page of the Laboratory of Israel Hanukoglu. Página acessada em 07/05/2013.</ref> examinou o documento e afirmou que o mesmo é falso.<ref>[http://www.science.co.il/Obama-Birth-Certificate.htm Science] - ''Long-Form Birth Certificate of Obama is a Forged Document.'' Página acessada em 07/05/2013.</ref> Esta teoria baseia-se no fato de que a certidão havaiana foi apresentada da seguinte forma:

{{quotation|'''1''' ''O Ministério da Saúde havaiano emitiu um ''Certification of Live Birth'' ("certificação de nascido vivo") de forma resumida e não numa versão integral.'' <br />'''2''' ''Segundo as leis do Estado do Havaí, uma certidão deste tipo é obtida sem muito formalismo.'' <br />'''3''' ''Em [[1962]], uma grande parte de um arquivo oficial havaiano foi destruído.'' <ref>[http://www.salon.com/2008/12/05/birth_certificate/ Salon] - ''Why the stories about Obama's birth certificate will never die.'' Página acessada em 07/05/2013.</ref>}}

Janice Okubo, porta-voz do Ministério da Saúde, declarou que no Havaí não existe nenhuma certidão de nascimento "resumida" ou "integral".<ref>[http://www.starbulletin.com/columnists/kokualine/20090606_kokua_line.html Star Bulletin] - ''Born identity: Birth certificate styles adjust to fit times and regulations.'' Página acessada em 07/05/2013.</ref>

Segundo outras teorias, Obama teria [[cidadania múltipla]] ([[britânica]], pelo pai biológico já que o [[Quênia]] pertencia à ''[[Commonwealth]]''), [[indonésia]], pelo pai adotivo e, possivelmente, estadunidense) o que não cumpriria a exigência constitucional de ''jus soli'' para sua elegibilidade.

Todas estas acusações foram rejeitadas pela [[Suprema Corte dos Estados Unidos]]. <ref>[http://www.csmonitor.com/USA/Politics/2008/1126/a-last-electoral-hurdle-for-obama CS Monitor] - ''A last electoral hurdle for Obama.'' Página acessada em 07/05/2013.</ref> <ref>[http://www.slate.com/id/2206033/pagenum/all/ Slate] - ''Change They Can Litigate.'' Página acessada em 07/05/2013.</ref> Nenhum desses casos foram arquivados nos [[Tribunal|tribunais]] de [[Instância (grau de jurisdição)|instâncias]] menores.<ref>[http://articles.baltimoresun.com/2008-12-07/news/0812060078_1_natural-born-citizens-born-in-kenya-obama-was-born Baltimore Sun] - ''Lawsuits targeting Obama likely to be denied again.'' Página acessada em 07/05/2013.</ref> Assim, em [[8 de janeiro]] de [[2009]] Obama foi confirmado como presidente pelo [[Congresso dos Estados Unidos]].<ref>[http://www.nbcnews.com/id/28745226/#.UYlSkkokGJk NBC News] - ''Obama urges unity against "raging storms".'' Página acessada em 07/05/2013.</ref>

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Revisão das 21h32min de 7 de maio de 2013

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Barack Obama
Barack Obama
44Presidente dos Estados Unidos
Período 20 de janeiro de 2009
a atualidade
Vice-presidente Joe Biden
Antecessor(a) George W. Bush
Senador dos Estados Unidos por Illinois
Período 3 de janeiro de 2005
a 18 de novembro de 2008
Antecessor(a) Peter Fitzgerald
Sucessor(a) Roland Burris
Membro do Senado de Illinois pelo 13º distrito
Período 8 de janeiro de 1997
a 4 de novembro de 2004
Antecessor(a) Alice Palmer
Sucessor(a) Kwame Raoul
Dados pessoais
Nome completo Barack Hussein Obama II
Nascimento 4 de agosto de 1961 (62 anos)
Honolulu, Havaí,
 Estados Unidos
Alma mater Occidental College
Universidade Columbia
Harvard Law School
Cônjuge Michelle Robinson (1992–presente)
Filhos(as) Malia Ann Obama
Natasha Obama
Partido Democrata
Religião Cristianismo
Profissão Organizador comunitário
Advogado
Professor
Autor
Assinatura Assinatura de Barack Obama
Website barackobama.com

Barack Hussein Obama II (Honolulu, 4 de agosto de 1961) é um advogado e político dos Estados Unidos, o 44o e atual presidente do país, desde 20 de janeiro de 2009, e ganhador do Nobel da Paz de 2009. Sua candidatura foi formalizada pela Convenção do Partido Democrata em 28 de agosto de 2008, começando o processo de candidatura em 16 de janeiro.[1] Obama foi reeleito presidente dos Estados Unidos em 7 de novembro de 2012.[2]

Até então, era senador pelo estado de Illinois. Obama foi o primeiro negro (afro-americano no contexto estadunidense) a ser eleito presidente dos Estados Unidos.[3][4] Foi também o único senador afro-americano na legislatura anterior. Barack Obama também é canhoto, assim como alguns presidentes dos Estados Unidos como: Gerald Ford, Ronald Reagan, George H. W. Bush e Bill Clinton.[5]

Graduou-se em Ciências Políticas pela Universidade Columbia em Nova Iorque, para depois cursar Direito na Universidade de Harvard, graduando-se em 1991. Foi o primeiro afro-americano a ser presidente da Harvard Law Review. Ele também atuou como líder comunitário e como advogado na defesa de direitos civis até que, em 1996, foi eleito ao Senado de Illinois (Órgão integrante da Assembleia Geral de Illinois, que constitui o poder legislativo local), mandato para o qual foi reeleito em 2000. Entre 1992 e 2004, ensinou direito constitucional na escola de direito da Universidade de Chicago.

Tendo tentado, em 2000, eleger-se, sem sucesso, ao Congresso dos Estados Unidos, anunciou, em janeiro de 2003, sua candidatura ao Senado dos Estados Unidos. Após a vitória na eleições primárias, foi escolhido como orador de honra para a Convenção Nacional do Partido Democrata em julho de 2004. Em novembro, foi eleito Senador dos Estados Unidos pelo estado de Illinois com 70% dos votos. Em 4 de janeiro de 2005 assumiu o mandato, onde permaneceu até 2008.

Como membro da minoria democrata no período entre 2005 e 2007, ajudou a criar leis para controlar o uso de armas de fogo e para promover maior controle público sobre o uso de recursos federais. Neste período, fez viagens oficiais para o Leste Europeu, o Oriente Médio e África. Na atual legislatura, contribuiu para a adoção de leis que tratam de fraude eleitoral, da atuação de lobistas, mudança climática, terrorismo nuclear e assistência para militares americanos após o período de serviço. Recebeu o prêmio Nobel da Paz em 2009.[6]

Em 2004, após vencer a eleição para o Senado em Illinois, ele foi convidado para fazer um discurso na Convenção Nacional Democrata daquele ano, e com isso recebeu atenção nacional da mídia. Em 2007, ele começou sua campanha para a presidência e em 2008, depois de uma apertada disputa nas primárias do partido com a também senadora Hillary Clinton, ele conseguiu apoio suficiente para ganhar a nomeação do Partido Democrata para a presidência dos Estados Unidos. Ele então derrotou o candidato republicano John McCain nas eleições gerais de 2008 e então foi empossado como presidente em 20 de janeiro de 2009. Em novembro de 2012, ele foi re-eleito presidente, derrotando o republicano Mitt Romney.

Durante seu primeiro mandato, Obama assinou várias propostas de estimulo econômico em resposta a recessão que assolou os Estados Unidos entre 2007 e 2009, através dos projetos de lei American Recovery and Reinvestment Act de 2009 e também sancionou leis de corte de impostos para a classe média e de criação de empregos em 2010. Ele também assinou um projeto de lei que universializava a saúde pública americana, projeto este que passou a ser chamado de Obamacare. Ele também assinou um projeto de lei que repelia o "Don't Ask, Don't Tell", politica em vigor nas Forças Armadas dos Estados Unidos que impedia homossexuais assumidos de servirem no exército. Na politica externa, Obama ordenou o fim do envolvimento americano na Guerra do Iraque, aumentou a quatidade de tropas americanas no Afeganistão (em 2010 anúnciou que iria remover todas as unidades de combate americanas daquele país até o fim de 2014), assinou tratados de controle de armas com a Rússia, autorizou uma intervenção armada na Guerra Civil Líbia e ordenou uma operação militar no Paquistão que resultou na morte de Osama bin Laden. Em maio de 2012, ele se tornou o primeiro presidente americano, ainda no cargo, a apoiar publicamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Biografia

Origem familiar

Barack Obama[7] nasceu em 4 de agosto de 1961 em Honolulu, no estado americano do Havai, filho de Barack Obama, Sr., um economista queniano, nascido em Nyang’oma Kogelo, distrito de Siaya, Quénia e de Ann Dunham, antropóloga americana, branca, nascida em Wichita, no estado do Kansas, Estados Unidos.[8] O pai de Obama era da etnia luo, um grupo étnico africano encontrado no Quênia,[8] no leste de Uganda e no norte da Tanzânia.[8] A mãe de Obama era uma americana cuja família estava nos Estados Unidos há várias gerações.[8] Ela era descendente principalmente de ingleses, mas também de escoceses, irlandeses, alemães, galeses, suíços e franceses.[9] Segundo o próprio Obama escreveu em sua autobiografia, sua mãe também tinha algum antepassado distante que era um índio da etnia cherokee. A bisavó de Obama tinha muita vergonha dessa suposta ascendência indígena:[8] "Essa linhagem era fonte de considerável vergonha para a mãe de Toot, que empalidecia sempre que alguém mencionava o assunto e alimentava a esperança de levar esse segredo para a sepultura". Por outro lado, a avó de Obama tinha muito orgulho dessa origem.[10] Porém, nos Estados Unidos é muito comum que pessoas afirmem que têm ascendência indígena, principalmente cherokee. Mas, na maioria dos casos, essa ascendência é fictícia, sendo parte apenas de um imaginário popular.[11] Na árvore genealógica da mãe de Obama não existe nenhuma evidência que ela realmente tenha tido algum antepassado que fosse um índio cherokee.[9] Apesar de suas múltiplas ancestralidades, Obama se considera negro ou afro-americano, e foi assim que ele se definiu para o censo americano de 2010.[12][13]

Em 2012, uma equipe de genealogistas disseram ter provas que "sugerem fortemente" que a mãe branca de Obama descendia de John Punch,[14] um dos primeiros escravos africanos documentados nos Estados Unidos.[14] Punch nasceu no oeste africano e foi levado por volta de 1640 para a colônia de Virgínia, na condição de trabalhador não remunerado, situação idêntica a de muitos colonos brancos.[14] Porém, ele fugiu para Maryland e foi capturado, tendo como punição trabalhar como escravo o resto da vida, o que leva muitos historiadores a considerá-lo como sendo o primeiro afro-americano escravizado, uma vez que já se encontrava nessa condição mesmo antes do advento das leis que regulamentaram a escravidão na Virgínia. Punch teve filhos com uma mulher branca, que herdaram dela a condição de livres, dentre os quais estava John Bunch, que teve seu sobrenome alterado e é provavelmente um antepassado da mãe de Obama.[14] Seus descendentes continuaram a casar com brancos ao longo das gerações e se tornaram proprietários de terra de destaque na Virgínia. Durante as eleições americanas, alguns afro-americanos não viam Obama como "um deles", pois acreditava-se que a sua origem africana vinha somente do seu pai queniano, que não descendia de escravos e não tinha nenhuma ligação familiar nos Estados Unidos. Esse estudo genealógico, porém, surpreendeu ao mostrar que Obama provavelmente descende de um escravo, mas do lado da sua mãe branca. Essa descoberta também influencia a teoria suscitada por Donald Trump de que Obama na verdade não é americano, teoria contraditória uma vez que Obama provavelmente descende de um escravo que foi uma das primeiras pessoas a chegar aos Estados Unidos. John Punch está onze gerações atrás de Obama. Não há nenhuma evidência de que a mãe de Obama suspeitasse que tinha um antepassado africano.[15][16][17]

Os pais de Obama conheceram-se enquanto frequentavam a Universidade do Havaí em Manoa, onde seu pai era um estudante estrangeiro.[18] Casaram-se em 1960, no estado do Havaí, onde o matrimônio entre pessoas de cores diferentes não era proibido. O casamento entre negros e brancos era proibido em mais da metade dos estados americanos na época. Sobre a união de seus pais, Obama escreveu: "Em muitas regiões do Sul, meu pai poderia ter sido enforcado em uma árvore só por olhar para a minha mãe". Sobre o porquê de seus avós maternos terem aceitado a união entre seus pais, Obama escreveu: "O fato de meus avós terem respondido sim a essa pergunta, não importa quão relutantemente, permanece um eterno quebra-cabeça para mim". O avô de Obama gostava de lembrar que vários ramos de sua família tiveram abolicionistas fervorosos. Uma vez a avó de Obama lhe disse: "Barack, seu avô e eu apenas sentíamos que deveríamos tratar as pessoas com decência. Isso é tudo".[10]

Obama no Fórum Presidencial em Las Vegas, em 2007.

Os pais de Obama separam-se quando ele tinha cinco anos de idade, divorciando-se em seguida.[19] Seu pai retornou ao Quênia, encontrando-se com o filho apenas mais uma vez antes de falecer em um acidente de automóvel em 1982, quando seu filho Obama tinha vinte e um anos.[20]

Após o seu divórcio, Ann Duham casou-se com o indonésio Lolo Soetoro. A família mudou-se para o país natal de Soetoro em 1967, tendo Obama frequentado escolas em Jakarta até os dez anos de idade. Ele então retornou para Honolulu para morar com seus avós maternos. Em Honolulu, frequentou a escola Punahou, desde a quinta série do ensino elementar americano, em 1971, até a graduação no ensino secundário, em 1979, com dezoito anos.[21]

Ficheiro:Barack Obama calls Space Shuttle Atlantis crew 2009-05-20.jpg
Obama conversa pelo telefone com os integrantes do ônibus espacial Atlantis do Salão Oval, em 2009.

A mãe de Obama retornou ao Havaí em 1972, quando o filho tinha 11 anos, lá permanecendo por muitos anos. Voltou à Indonésia por vários períodos para o desenvolvimento de trabalho de campo. Ela defendeu tese de doutoramento em antropologia pela Universidade do Havaí em 1992. Morreu vitimada por câncer nos ovários em 1995, quando Obama tinha 34 anos.[22]

Ainda criança, Obama admitiu ter usado cocaína, haxixe e álcool durante o ensino primário, tendo classificado, em evento na atual campanha eleitoral, como seu maior erro do ponto de vista moral.[23]

Início de carreira

Após concluir o ensino secundário, com dezessete anos, Barack Obama mudou-se para Los Angeles, onde estudou no Occidental College por dois anos.[24] Em 1981, com vinte anos, transferiu-se para a Universidade de Columbia, em Nova Iorque, onde graduou-se 2 anos depois em ciência política, com especialização em relações internacionais.[25] Seu pai faleceu neste período. Obama obteve o título de bacharel de artes em 1983, com 22 anos, quando foi trabalhar por um ano na empresa Business International Corporation, hoje parte do grupo que publica a revista The Economist[26] e em seguida para a organização sem fins lucrativos New York Public Interest Research Group.[27][28]

Após quatro anos na cidade de Nova Iorque, Obama mudou-se para Chicago com 24 anos, para trabalhar como agente comunitário entre junho de 1985 a maio de 1988 como diretor da Developing Communities Project (DCP), uma associação comunitária religiosa originalmente composta por oito paróquias católicas, na região da grande Roseland (Roseland, West Pullman, e Riverdale) ao sul de Chicago.[27][29] Nos seus três anos como diretor da DCP, sua equipe passou de 1 para 13 pessoas e seu orçamento anual cresceu de 70 mil dólares para 400 mil dólares, tendo conseguido, entre outros resultados, auxiliar :

  • a criação de um programa de educação para o trabalho,
  • a criação de um programa de mentoria para a preparação para o estudo universitário, e
  • o estabelecimento de uma organização de defesa dos direitos de inquilinos na região de Altgeld Gardens, em Chicago.[30]

Obama também trabalhou como um consultor e instrutor para a fundação Gamaliel, um instituto que dá consultoria e treinamento para associações comunitárias.[31] Em meados de 1988, com 27 anos, ele viajou pela primeira vez para a Europa, onde permaneceu por três semanas, indo em seguida ao Quênia, onde permaneceu por cinco semanas, lá encontrando-se pela primeira vez com alguns de seus parentes.[32]

Foto oficial de Obama, como senador pelo Illinois

Obama ingressou na escola de direito de Harvard no final do mesmo ano de 1988. Ao final do seu primeiro ano na escola, foi escolhido como editor da revista Harvard Law Review, em função das suas notas e de uma competição de redação.[33] Em seu segundo ano na escola, foi escolhido presidente da revista, uma posição voluntária de tempo-integral, assumindo as responsabilidades de editor-chefe e supervisionando a equipe de 80 editores.[34] A eleição de Obama como primeiro presidente afro-americano da revista teve ampla cobertura jornalística, sendo objeto de longas reportagem sobre ele.[34] Ele obteve o título de doutor em direito por Harvard em 1991, com trinta anos, graduando-se com louvor. Retornou então para Chicago onde já havia trabalhado, inclusive nos períodos de férias de verão de 1989 e 1990, para os escritórios de direito Sidley & Austin e Hopkins & Sutter, respectivamente.[33][35]

Em 1992, casa-se com Michelle Obama. Com quem possui duas filhas, Malia Ann e Natasha.

A publicidade associada à sua eleição como primeiro afro-americano presidente da Harvard Law Review resultou em um contrato e adiantamento para que ele escrevesse um livro sobre questões relacionadas à raça.[36] Em um esforço para contratar Obama para o seu corpo docente, a escola de direito da Universidade de Chicago ofereceu a ele uma posição em pesquisa e um escritório onde poderia trabalhar no seu livro.[36] Ele planejara terminar o livro em um ano, no entanto a tarefa consumiu muito mais tempo à medida que evoluiu para um livro de memórias. A fim de trabalhar sem interrupções, Obama e sua esposa, viajaram para Bali, onde passou meses escrevendo. O manuscrito foi finalmente publicado como Dreams from My Father em meados de 1995, quando Obama estava com 34 anos.[36]

Obama dirigiu a iniciativa Project Vote em Illinois entre abril e outubro de 1992. O projeto, voltado para o registro de eleitores, contava com dez funcionários e 700 voluntários. Ele atingiu seu objetivo de registrar 150 mil dos 400 mil afro-americanos não registrados do Estado, motivando a revista Crain's Chicago Business a incluir, em 1993, Obama na sua lista de líderes promissores com menos de 40 anos.[37][38]

Obama ensinou direito constitucional na escola de direito da Universidade de Chicago por doze anos.[39]

Obama discursando no Camp Lejeuneem 2009.

Em 1993, Obama juntou-se à firma Davis, Miner, Barnhill & Galland, um escritório de direito composto por 12 advogados especializado em casos de direitos individuais e desenvolvimento econômico de vizinhanças, atuando como advogado associado por três anos, entre 1993 e 1996. Entre 1996 a 2004 possuiu o título de Counsel, posição de maior independência, não tendo porém atuado entre 2002 e 2004.[27][40]

Em 1992, Obama foi membro fundador da mesa diretora da organização sem fins lucrativos Public Allies, renunciando ao cargo antes de sua esposa tornar-se a primeira diretora executiva da Public Allies, Chicago, no início de 1993.[27][41] Entre 1993 e 2002, foi membro da mesa diretora da fundação filantrópica Woods Fund of Chicago, que, em 1985, foi a primeira fundação a financiar o trabalho de Obama no DCP. Participou da mesa diretora da fundação Joyce entre 1994 e 2002..[27] Entre 1995 e 2002 atuou na mesa diretora do Chicago Annenberg Challenge, tendo sido fundador e presidente.[27] Participou também da mesa diretora das seguintes organizações: Chicago Lawyers' Committee for Civil Rights Under Law, Center for Neighborhood Technology, e Lugenia Burns Hope Center.[27]

Carreira política

Carreira no Senado pelo Illinois

Fez sua carreira política em Chicago, Illinois, cidade onde trabalhou, conheceu sua esposa, constituiu família e onde durante anos foi líder comunitário e professor de Direito Constitucional numa universidade local.

Em 1996, Obama foi eleito senador estadual de Illinois.

Em 2004, fez campanha para o Senado dos Estados Unidos pelo lugar que o senador anterior, Peter Fitzgerald, deixara. Nas eleições primárias para a candidatura democrata, os seus opositores foram Blair Hull, um homem de negócios, e Dan Hynes, procurador do estado de Illinois. Obama começou abaixo de Hull nas sondagens de opinião, mas isso mudaria depois de um escândalo de violência doméstica que implicava Hull.[42] A partir daí, melhorou notavelmente a sua imagem, começando a liderar nas sondagens. Foi recebendo apoios dos líderes democráticos. Nas primárias, Obama somou mais votos que os outros seis candidatos combinados, ganhando com 52% dos sufrágios.

Obama enfrentou o candidato Jack Ryan, o vencedor da primária republicana. Durante a campanha, contudo, um escândalo sexual implicou Ryan (foi acusado de levar a sua mulher a clubes de sexo).[42] Devido a isso, Ryan retirou-se da campanha. O partido republicano no Illinois então escolheu como candidato conservador Alan Keyes para substituir Ryan. Finalmente, Obama venceu as eleições por uma diferença considerável: 70% contra 27% de Keyes.[43]

Eleição presidencial de 2008

Obama discursando ao eleitorado da Pensilvânia, Outubro de 2008.
Obama e sua mulher, Michelle, no baile do comandante-em-chefe, em 20 de janeiro de 2008.

Em 16 de janeiro de 2007, anunciou a criação de um comité exploratório para recolha de fundos para uma candidatura à presidência; a 10 de Fevereiro de 2007, declara-se candidato às primárias[44] embora a sua pouca experiência governativa e a grande concorrência no seu partido, por parte de Hillary Clinton, sejam grandes obstáculos. A 15 de Dezembro de 2007, recebeu o apoio do prestigiado jornal diário nacional The Boston Globe.[45]

Obama ganhou a primeira eleição primária pelo Partido Democrata, em Iowa, no dia 3 de janeiro de 2008, saindo na frente de Hillary Clinton e John Edwards. Já na segunda, Hillary Clinton bateu Obama por três pontos percentuais nas primárias do Nova Hampshire.[46]

Obama venceu em 26 de janeiro de 2008 com uma larga vantagem as primárias do partido democrata na Carolina do Sul, onde recebeu o dobro dos votos da senadora Hillary Clinton, devido ao grande apoio recebido dos negros que representaram metade dos cidadãos que foram votar.[47]

Durante os cinco primeiros meses de 2008, Obama e a sra. Clinton protagonizaram uma renhida disputa pela nomeação que ficou decidida em fins de Maio, quando o senador ultrapassou os 2118 delegados necessários para lhe garantir a nomeação (2156 de Obama contra 1923 de Hillary Clinton). A 4 de Junho, depois de vencer as primárias do partido no estado de Montana, Barack Obama assumiu-se como o candidato dos democratas para as eleições de 4 de Novembro, embora tenha ainda de aguardar pela convenção do Partido Democrata, a ter lugar em Agosto, em que será formalmente nomeado. No dia 7 de Junho Hillary Clinton desiste a sua candidatura apoiando Obama a concorrer às presidenciais.

Em 28 de agosto de 2008, Obama foi nomeado oficialmente para concorrer à Casa Branca contra o republicano John McCain.

Obama discursando em St. Paul, em 2008.

Devido à sua história pessoal (pai negro, mãe branca e padrasto asiático) é visto por muitos como um unificador, alguém que consegue transpor a barreira racial. O próprio Obama, já brincou com isso no programa da popular apresentadora estadunidense Oprah Winfrey, quando disse que jantares de sua família "são sempre uma mini-ONU, com parentes de todas as etnias". Ainda assim, chegou a ser acusado de racismo contra indivíduos de etnia branca, por ter participado da Igreja do Pastor Jeremiah Wright,considerado racista negro. Obama negou a associação. Associações racistas e nazistas consideraram-no um extremista racial negro, de origem islâmica,[48] Daniel Pipes o considerou muçulmano, por ser filho de pai muçulmano, ainda que não praticante.[49] Apesar disso, alguns grupos supremacistas brancos chegaram a declarar-lhe apoio[50]

Recebeu o importante apoio da Família Kennedy, sendo comparado muitas vezes ao ex-presidente John Kennedy na sua capacidade de animar os eleitores e oferecer uma nova liderança.

Ainda recebeu o apoio de artistas como o cantor Will.I.Am e a líder das Pussycat Dolls, Nicole Scherzinger, que chegaram a gravar um vídeo denominado Yes We Can para a campanha do senador.[51]

Em 4 de novembro de 2008, Barack Obama foi eleito presidente dos Estados Unidos, derrotando John McCain. No discurso de vitória, em Chicago, fez uma frase histórica.

Obama se tornou o segundo presidente mais votado do mundo com 69,4 milhões de votos, e o presidente mais votado da história dos Estados Unidos.[52]

Presidência

Ver artigo principal: Posse de Barack Obama em 2009
Obama presta juramento como 44.º Presidente dos Estados Unidos.

No pleito de 4 de novembro de 2008 Obama foi eleito o 44º presidente dos Estados Unidos, vencendo seu adversário John McCain, por uma diferença de 52% a 47% no total de votos.

Entre a eleição e a tomada de posse, Obama formará a equipe da nova administração. Para ela têm sido apontados vários nomes, como o de Rahm Emanuel para Chefe de Gabinete da Casa Branca.[54][55][56]

Durante seu mandato, em 2009 foi acusado de ser anti-semita por entidades extremistas judeus ao manifestar seu apoio para a criação de um Estado para os refugiados palestinos.[57]

Obama visitou o Brasil entre os dias 19 a 20 de março de 2011 a fins de buscar novos tratados comerciais ente Brasil e Estados Unidos. Logo após a visita ao Brasil, Obama visitou o Chile e o Equador.

Ver artigo principal: Morte de Osama bin Laden

Em maio de 2011, Obama fez um dos mais importantes pronunciamentos em rede nacional, afirmando que Osama Bin Laden, líder da Al-Qaeda e mentor dos atentados do 11 de Setembro, foi morto por soldados americanos, com a ajuda de informações da inteligência americana(CIA). A morte do terrorista ocorreu em Abbottabad, no Paquistão. Segundo o presidente americano Barack Obama: “A Justiça foi feita”.

Candidato à reeleição

Em 4 de abril de 2011, o presidente Barack Obama anunciou formalmente sua campanha à reeleição em 2012.[58][59] Ele enfrentou um candidato do Partido Republicano.[60][61]

A campanha tem como sua sede Chicago, e membros da campanha de 2008 foram convidados a participar da campanha de 2012.[60][62] No primeiro semestre de 2011, a campanha de Obama arrecadou US$ 86 milhões e no final ela arrecadou cerca de US$ 440 mihões.[63][64][65][66]

Em 6 de novembro de 2012, Obama ganhou pelo menos 303 delegados para o colégio eleitoral, superando os 270 delegados necessários para ser eleito para um segundo mandato como presidente.[67][68] Obama se tornou o primeiro presidente democrata desde Franklin D. Roosevelt que ganhou a maioria dos votos populares duas vezes.[69] O presidente Obama dirigiu-se aos apoiadores e voluntários no McCormick Place em Chicago depois de sua reeleição ele disse-lhes: "Hoje à noite você votou para a ação, não de política, como de costume Você nos elegeu para se concentrar em seus trabalhos. não o nosso. E nas próximas semanas e meses, eu estou ansioso para chegar e trabalhar com os líderes de ambas as partes".[70]

Nobel da Paz

Obama segurando o Nobel da Paz de 2009

Barack Obama foi premiado com o Nobel da Paz de 2009, "pelos extraordinários esforços para reforçar o papel da diplomacia internacional e a cooperação entre os povos". Houve críticas a esta atribuição. Um dos motivos é o reforço de tropas norte americanas no Afeganistão, por parte de Barack Obama.[71]

Segundo o Comitê do Nobel, em Oslo, o presidente dos Estados Unidos criou um "ambiente novo para a política internacional. Graças a seus esforços, a diplomacia multilateral recuperou sua posição central e devolveu às Nações Unidas e outras instituições internacionais seu papel protagonista". Ainda de acordo com o Comitê, "a visão de um mundo sem armas nucleares estimulou o desarmamento e as negociações para o controle de armamento. Graças à iniciativa de Obama, os Estados Unidos estão desempenhando um papel mais construtivo para fazer frente aos desafios da mudança climática que enfrenta o mundo".[72] De acordo com fontes ligadas ao Comitê, a escolha do laureado visa sempre transmitir uma mensagem política ao mundo. Assim, Obama foi escolhido pelo que representa - e não propriamente por realizações efetivas, ainda nos primeiros nove meses do seu mandato.[73]

Polêmicas

Uma série de polêmicas, tidas como teorias da conspiração, envolvem a vida e a atuação política de Barack Obama:

Real local de nascimento

Cópia oficial "resumida" do Certification of Live Birth de Barack Obama, emitida pelo estado do Havaí.

De acordo com a Constituição dos Estados Unidos o direito de cidadania vem de uma combinação de jus soli ("direito de solo", para os nascidos em solo dos EUA) e jus sanguinis ("direito de sangue" para os filhos de pais estadunidenses). A lei estabelece que a pessoa nascida em território dos EUA (incluindo Porto Rico, Guam, Ilhas Virgens Americanas e Marianas Setentrionais) torna-se automaticamente cidadã do país. Também (não automaticamente, com exceções) crianças filhas de pais americanos nascidas em território estrangeiro.[74] [75]

Para servir como Presidente dos Estados Unidos, o parágrafo 1º do artigo II da Constituição estabelece que:

Nenhuma pessoa exceto um cidadão nato, ou um cidadão dos Estados Unidos, no momento da adoção desta Constituição, será elegível para a presidência, nem será elegível para este cargo pessoa com idade inferior a trinta e cinco anos, e com menos quatorze anos de residência no país.

A constituição determina que as mesmas regras de elegibilidade devem ser exigidas do vice-presidente dos Estados Unidos.[76]

Esta teoria da conspiração nega a legitimidade da eleição de Obama. Os círculos de direita originalmente seus adversários, lançaram esta acusação antes da eleição e, de tempos em tempos, esta torna-se matéria de discussões. De acordo com esta teoria Obama nasceu no Quênia e não no Havaí, e a certidão de nascimento apresentada seria uma falsificação. O cientista israelense Israel Hanukoglu[77] examinou o documento e afirmou que o mesmo é falso.[78] Esta teoria baseia-se no fato de que a certidão havaiana foi apresentada da seguinte forma:

1 O Ministério da Saúde havaiano emitiu um Certification of Live Birth ("certificação de nascido vivo") de forma resumida e não numa versão integral.
2 Segundo as leis do Estado do Havaí, uma certidão deste tipo é obtida sem muito formalismo.
3 Em 1962, uma grande parte de um arquivo oficial havaiano foi destruído. [79]

Janice Okubo, porta-voz do Ministério da Saúde, declarou que no Havaí não existe nenhuma certidão de nascimento "resumida" ou "integral".[80]

Segundo outras teorias, Obama teria cidadania múltipla (britânica, pelo pai biológico já que o Quênia pertencia à Commonwealth), indonésia, pelo pai adotivo e, possivelmente, estadunidense) o que não cumpriria a exigência constitucional de jus soli para sua elegibilidade.

Todas estas acusações foram rejeitadas pela Suprema Corte dos Estados Unidos. [81] [82] Nenhum desses casos foram arquivados nos tribunais de instâncias menores.[83] Assim, em 8 de janeiro de 2009 Obama foi confirmado como presidente pelo Congresso dos Estados Unidos.[84]

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