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Sebastião de Narbona: diferenças entre revisões

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Ele teria chegado a Roma através
Acrescentei mais um lugar no estado do RJ que tem São Sebastião por Santo Padroeiro.
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* '''[[Rio de Janeiro]]:''' [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[Barra Mansa]], [[Três Rios]], [[Aperibé]], [[Araruama]], Nilópolis, [[Mesquita (Rio de Janeiro)|Mesquita]], Macabuzinho( 2º distrito de Conceição de Macabu) e Austin (Unidade Regional de Nova Iguaçu).


* '''[[Rio Grande do Norte]]:''' [[Caiçara do Rio do Vento]], [[Caraúbas (Rio Grande do Norte)|Caraúbas]], [[Ceará Mirim]], [[Encanto (Rio Grande do Norte)|Encanto]], [[Equador (Rio Grande do Norte)|Equador]], [[Florânia]], [[Governador Dix-Sept Rosado]], [[Jucurutu]], [[Natal (Rio Grande do Norte)|Natal]], [[Parelhas]], [[Ruy Barbosa (Rio Grande do Norte)|Ruy Barbosa]], [[São Fernando (Rio Grande do Norte)|São Fernando]] e [[Nova Cruz]].
* '''[[Rio Grande do Norte]]:''' [[Caiçara do Rio do Vento]], [[Caraúbas (Rio Grande do Norte)|Caraúbas]], [[Ceará Mirim]], [[Encanto (Rio Grande do Norte)|Encanto]], [[Equador (Rio Grande do Norte)|Equador]], [[Florânia]], [[Governador Dix-Sept Rosado]], [[Jucurutu]], [[Natal (Rio Grande do Norte)|Natal]], [[Parelhas]], [[Ruy Barbosa (Rio Grande do Norte)|Ruy Barbosa]], [[São Fernando (Rio Grande do Norte)|São Fernando]] e [[Nova Cruz]].

Revisão das 06h11min de 23 de agosto de 2017

 Nota: Para outros significados, veja Sebastião de Narbona (desambiguação).
São Sebastião
Sebastião de Narbona
São Sebastião, por Marco Palmezzano.
Mártir
Nascimento 256
Narbona
 França[1]
Morte 286
Roma
 Itália
Veneração por Igreja Católica
Igreja Ortodoxa
Umbanda
Principal templo San Sebastiano fuori le mura[2]
Festa litúrgica 20 de janeiro (Católica),
18 de dezembro (Ortodoxa)
Atribuições Flechas
Padroeiro Arqueiros, soldados, infantaria, atletas
Portal dos Santos

São Sebastião (França, 256 d.C. – 286 d.C.) originário de Narbonne e cidadão de Milão, foi um mártir e santo cristão, morto durante a perseguição levada a cabo pelo imperador romano Diocleciano. O seu nome deriva do grego sebastós, que significa divino, venerável (que seguia a beatitude da cidade suprema e da glória altíssima).

História

Ele teria chegado a Roma através de caravanas de migração lenta pelas costas do mar mediterrâneo, que na época eram muito abundantes por causa do mar mediterrâneo e o Sahara e os dias não tão quentes por causa da latitude em torno de 40°. De acordo com Actos apócrifos, atribuídos a Santo Ambrósio de Milão, Sebastião era um soldado que teria se alistado no exército romano por volta de 283 d.C. com a única intenção de afirmar o coração dos cristãos, enfraquecido diante das torturas. Era querido dos imperadores Diocleciano e Maximiano, que o queriam sempre próximo, ignorando tratar-se de um cristão e, por isso, o designaram capitão da sua guarda pessoal, a Guarda Pretoriana. Por volta de 286, a sua conduta branda para com os prisioneiros cristãos levou o imperador a julgá-lo sumariamente como traidor, tendo ordenado a sua execução por meio de flechas (que se tornaram símbolo constante na sua iconografia). Foi dado como morto e atirado em um rio, porém, Sebastião não havia falecido. Encontrado e socorrido por Irene (Santa Irene), apresentou-se novamente diante de Diocleciano, que ordenou então que ele fosse espancado até a morte. Seu corpo foi jogado no esgoto público de Roma. Luciana (Santa Luciana, cujo dia é comemorado a 30 de Junho) resgatou seu corpo, limpou-o, e sepultou-o nas catacumbas.[3][4]

Existem inconsistências no relato da vida de São Sebastião: o édito que autorizava a perseguição sistemática dos cristãos pelo Império foi publicado apenas em 303 (depois da Era Comum), pelo que a data tradicional do martírio de São Sebastião parece precoce. O simbolismo na História, como no caso de Jonas, Noé e também de São Sebastião, é visto, pelas lideranças cristãs atuais, como alegoria, mito, fragmento de estórias, uma construção histórica que atravessou séculos.

O bárbaro método de execução de São Sebastião fez dele um tema recorrente na arte medieval, surgindo geralmente representado como um jovem amarrado a uma estaca e perfurado por várias setas (flechas); três setas, uma em pala e duas em aspa, atadas por um fio, constituem o seu símbolo heráldico.

Tal como São Jorge, Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge na Baixa Idade Média, designadamente nos séculos XIV e XV, tanto na Igreja Católica como na Igreja Ortodoxa. Embora os seus martírios possam provocar algum ceticismo junto dos estudiosos atuais, certos detalhes são consistentes com atitudes de mártires cristãos seus contemporâneos.

São Sebastião na Umbanda

Nas tradições de afro-brasileiras, o Orixá Oxossi na Umbanda é sincretizado como São Sebastião. Oxossi é o grande Orixá das florestas e das relações entre o reino animal e vegetal. Grande caçador, comumente é representado nas florestas caçando com seu arco e flecha.

São Sebastião no folclore, na literatura, no cinema, na música e nas artes

Recompensa de São Sebastião - Eliseu Visconti - 1898 - Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro

São Sebastião foi o ícone de várias expressões artísticas. Foi tema de pintores da Renascença. Na literatura, São Sebastião teve sua trajetória contada no livro "Perseguidores e Mártires", do escritor italiano Tito Casini. Ainda na literatura, foi um dos personagens centrais do romance "Fabíola" (também intitulado "A Igreja das Catacumbas"), escrito em 1854 pelo Cardeal Nicholas Wiseman.

Em 1911, Debussy produziu um misto de cantata, drama lírico e de balé, "Le Martyrre de Saint Sébastien". A obra de Wiseman foi filmada por Alessandro Blasetti em 1949 na França, estrelando Michèle Morgan, e com o ator italiano Massimo Girotti no papel de São Sebastião. Foi refilmado por Nunzio Malasomma em 1961, na Itália, como "La Rivolta degli Schiavi ("A Revolta dos Escravos ), protagonizado pela estrela estadunidense Rhonda Fleming, com o romano Ettore Manni como o santo mártir.

O pintor brasileiro Eliseu Visconti teve sua tela "Recompensa de São Sebastião" premiada com a medalha de ouro na Exposição Universal de Saint Louis, realizada em 1904 nos Estados Unidos.

Festejos em homenagem a São Sebastião

Brasil

Ficheiro:Escultura de São Sebastião na Catedral São Sebastião, Coronel Fabriciano MG.JPG
Escultura de São Sebastião datada de 1992 na Catedral São Sebastião, no município brasileiro de Coronel Fabriciano, Minas Gerais.
Igreja Matriz de São Sebastião, Encanto, Rio Grande do Norte.
Igreja São Sebastião. Pains, Santa Maria / RS.
Santuário Diocesano de São Sebastião, Porto Ferreira, São Paulo.

No Brasil, ele é celebrado com festas e feriados no dia 20 de janeiro como padroeiro de várias cidades:

Portugal

Em Portugal, há comemorações semelhantes em Santa Maria da Feira, na conhecida Festa das Fogaceiras, a maior festa do concelho, a cargo da Câmara Municipal. Comemora-se ainda, em várias localidades do concelho de Mirandela, entre outras, no Bairro de São Sebastião (no segundo Domingo de setembro), em Cabanelas (no dia 20 de janeiro), em Vale de Prados (no terceiro Domingo de janeiro), em Vila Boa de Quires, bem como no concelho de Santarém, em Amiais de Baixo, onde se celebram todos os anos as Festas em honra de Mártir São Sebastião. Também em Rio Tinto se festeja este Mártir na Capela que lhe é dedicada, no dia 20 de janeiro e fim de semana seguinte (com procissão nesse domingo). É Santo Padroeiro de Vale de Juncal, do mesmo concelho, cujas festividades seculares ocorriam no primeiro domingo de fevereiro de cada ano. É ainda Padroeiro da Aldeia do Peral, onde existe uma Igreja que lhe é dedicada e a festa em sua honra realiza-se no dia 20 de janeiro de cada ano. Também na aldeia de Pisões, freguesia de Pataias, concelho de Alcobaça, Portugal, existe uma capela em sua honra em cujo adro se fazem as festas, por finais de maio.

Em Matosinhos, é padroeiro dos pescadores e é realizada uma festa todos os anos em julho no porto de pesca, denominada de "Festa do Mártir São Sebastião". É uma festa que tem uma duração de 3 dias (sexta-feira, sábado e domingo). Começa na sexta-feira à noite com bandas de musica ou artistas convidados, no sábado têm a apresentação dos ranchos folclore da parte da tarde, seguido de mais musica à noite, no domingo decorre a procissão em honra ao Mártir São Sebastião e à noite existe mais animação musical terminando com o fogo de artificio. É uma festa que os pescadores tentam manter viva.

Padroeiro da Freguesia de Granja de Penedono, sendo as festividades comemoradas no primeiro fim de semana a seguir ao dia 20 de janeiro.

Padroeiro de Almalaguês concelho de Coimbra, com respectivas Igreja e festa dedicada nos dois últimos fim-de-semana de janeiro.

Em Águeda, São Sebastião é uma figura muito popular, embora a sua história e martírio gozem de reduzidos testemunhos críticos.

No velho e tradicional Bairro da Venda Nova, encravado no centro da vila, hoje cidade, situa-se a capela do Mártir São Sebastião, cujas tradições remontam de longa data.

O povo da Venda Nova diz que o Santo é muito vingativo devido a um grupo de indivíduos que deitou a antiga capela abaixo, capela essa, que existiu no largo da Venda Nova, e que todos eles ficaram aleijados das pernas e, o que tinha levado o púlpito para sua casa, morreu num incêndio.

Na véspera da sua festa, à noite, era uso e costume o povo fazer grandes fogueiras no largo.

Toda esta tradição desapareceu, contudo comemora-se o dia 20 de janeiro com Missa na capela e mantêm-se as Festas Anuais ao Mártir S. Sebastião, que não são realizadas no mês de Janeiro, dia esse celebrado pela Igreja, mas sim num domingo no princípio do verão (normalmente no primeiro fim de semana de junho).

É também orago da Comunidade Paroquial da Póvoa, concelho de Miranda do Douro, diocese de Bragança-Miranda.

Referências

  1. Católicos do Brasil. «São Sebastião». Consultado em 21 de janeiro de 2011 
  2. «Catacombe di San sebastiano». Consultado em 21 de janeiro de 2011 
  3. Campos, José Freitas (2001). São Sebastião. Novena Biográfica (em em português) 1 ed. São Paulo: Paulinas. ISBN 9788535607987 
  4. Jacopo da Voragine, Legenda Áurea
  5. Dioceses de Coari e Prelazia de Tefé
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