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Moçambique: diferenças entre revisões

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A [[Frelimo]] foi o movimento que lutou pela libertação desde o início da [[década de 1960|década de sessenta]]. Após a independência, passou a controlar exclusivamente o poder, aliada aos países do então "bloco socialista", e introduzindo um sistema político de partido único, semelhante ao praticado naqueles países.<ref>John Saul, ''A Difficult Road: The transition to socialism in Mozambique'', Nova Iorque: Monthly Review Press, 1985; Christine Verschuur e outros, ''Mozambique: Dix and de solitude'', Paris: L'Harmattan, 1986</ref>. O regime provocou a hostilidade dos estados vizinhos segregacionistas existentes na altura, [[África do Sul]] e [[Rodésia]], que apoiaram elementos brancos recolonizadores e [[guerrilha]]s internas. Esta situação viria a transformar-se numa [[guerra de desestabilização de Moçambique|guerra civil de 16 anos]].
A [[Frelimo]] foi o movimento que lutou pela libertação desde o início da [[década de 1960|década de sessenta]]. Após a independência, passou a controlar exclusivamente o poder, aliada aos países do então "bloco socialista", e introduzindo um sistema político de partido único, semelhante ao praticado naqueles países.<ref>John Saul, ''A Difficult Road: The transition to socialism in Mozambique'', Nova Iorque: Monthly Review Press, 1985; Christine Verschuur e outros, ''Mozambique: Dix and de solitude'', Paris: L'Harmattan, 1986</ref>. O regime provocou a hostilidade dos estados vizinhos segregacionistas existentes na altura, [[África do Sul]] e [[Rodésia]], que apoiaram elementos brancos recolonizadores e [[guerrilha]]s internas. Esta situação viria a transformar-se numa [[guerra de desestabilização de Moçambique|guerra civil de 16 anos]].


[[Samora Machel]] foi o primeiro [[presidente]] de Moçambique independente e ocupou este cargo até à sua morte em [[1986]]. O seu sucessor, [[Joaquim Chissano]], negociou o fim da guerra civil e introduziu um sistema multipartidário que integrou o principal movimento rebelde, a Resistência Nacional Moçambicana ([[RENAMO]]). Neste novo sistema, a Frelimo permaneceu no poder até os dias actuais, tendo ganho as eleições parlamentares realizadas em [[1994]], [[1999]], [[2004]] e [[2009]], mesmo com acusações de fraudes. O [[Movimento Democrático de Moçambique]], uma dissidência da RENAMO, que tem oito deputados na Assembleia da República, constituiu-se em bancada parlamentar em Abril de 2010.
[[Samora Machel]] foi o primeiro [[presidente]] de Moçambique independente e ocupou este cargo até à sua morte em [[1986]]. O seu sucessor, [[Joaquim Chissano]], negociou o fim da guerra civil e introduziu um sistema multipartidário que integrou o principal movimento rebelde, a Resistência Nacional Moçambicana ([[RENAMO]]). Neste novo sistema, a Frelimo permaneceu copiando o trabalho todo , foste apanhado cabrão , acopiar trabalho ham? quero ver a tua cara knd apresentares isto... no poder até os dias actuais, tendo ganho as eleições parlamentares realizadas em [[1994]], [[1999]], [[2004]] e [[2009]], mesmo com acusações de fraudes. O [[Movimento Democrático de Moçambique]], uma dissidência da RENAMO, que tem oito deputados na Assembleia da República, constituiu-se em bancada parlamentar em Abril de 2010.


Embora o regime prevalecendo em Moçambique desde inícios dos anos 1990 não acusasse o mesmo grau de autoritarismo como a sua congénere em [[Angola]], evidenciou sempre défices democráticos que o sucessor de Joaquim Chissano, [[Armando Guebuza]], tentou colmatar nos anos 2000.<ref>Vítor Alexandre Lourenço, ''Estado, Autoridades Tradicionais e "Transição Democrática" em Moçambique'', ''Cadernos de Estudos Africanos'' (Lisboa), 16/17, 2008/2009, pp.115-137.</ref>
Embora o regime prevalecendo em Moçambique desde inícios dos anos 1990 não acusasse o mesmo grau de autoritarismo como a sua congénere em [[Angola]], evidenciou sempre défices democráticos que o sucessor de Joaquim Chissano, [[Armando Guebuza]], tentou colmatar nos anos 2000.<ref>Vítor Alexandre Lourenço, ''Estado, Autoridades Tradicionais e "Transição Democrática" em Moçambique'', ''Cadernos de Estudos Africanos'' (Lisboa), 16/17, 2008/2009, pp.115-137.</ref>
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As províncias estão divididas em 128 [[Distritos de Moçambique por ordem alfabética|distritos]], os distritos subdividem-se em 394 [[posto administrativo|postos administrativos]] e estes em 1042 [[localidade]]s, o nível mais baixo da administração local do Estado<ref>{{Citar web |url=http://www.portaldogoverno.gov.mz/docs_gov/documento/Agenda2025.ptg.pdf |titulo=Agenda 2025, Visão e Estratégias do País, página 8 ]}}</ref>.

Revisão das 22h03min de 7 de abril de 2012

República de Moçambique
Moçambique
Bandeira de Moçambique
Bandeira de Moçambique
Brasão de Armas de Moçambique
Brasão de Armas de Moçambique
Bandeira Brasão de armas
Hino nacional: Pátria Amada
Gentílico: moçambicano(a)

Localização de Moçambique
Localização de Moçambique

Capital Maputo
Cidade mais populosa Maputo
Língua oficial Português[1][2]
Governo República presidencialista
• Presidente Armando Guebuza
• Primeiro-ministro Aires Ali
Independência de Portugal
• Data 25 de Junho de 1975
Área
  • Total 801 590 km² (35.º)
 Fronteira Tanzânia, Zâmbia, Malawi, Suazilândia, Zimbabwe e África do Sul.
População
 • Estimativa para 2007 20 069 738 hab. (52.º)
 • Densidade 24 hab./km² (158.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2007
 • Total US$ 18,6 bilhões(121.º)
 • Per capita US$ 897 (154.º)
IDH (2010) 0,284 (165.º) – baixo[3]
Moeda Metical (MZN)
Fuso horário (UTC+2)
Cód. ISO MOZ
Cód. Internet .mz
Cód. telef. +258
Website governamental www.portaldogoverno.gov.mz

Moçambique, oficialmente República de Moçambique, é um país localizado na costa oriental da África Austral, limitado a norte pela Tanzania, a noroeste pelo Malawi e Zâmbia, a oeste pelo Zimbabwe e a leste pelo Canal de Moçambique e o Oceano Índico, a sul e sudoeste pela África do Sul e Suazilândia. No Canal de Moçambique, tem fronteiras marítimas com as Comores, Madagáscar, a coletividade departamental francesa de Mayotte e as ilhas Juan de Nova, Bassas da Índia e Ilha Europa, pertencentes às Ilhas Esparsas das Terras Austrais e Antárticas Francesas.

Esta antiga colónia e província ultramarina de Portugal, obteve a sua independência a 25 de Junho de 1975. Faz parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, da SADC, da Commonwealth, da Organização da Conferência Islâmica e da ONU. A sua capital e maior cidade é Maputo.

História

Ver artigo principal: História de Moçambique
Igreja de S. António, na Ilha de Moçambique.

A história de Moçambique encontra-se documentada pelo menos a partir do século X, quando um estudioso viajante árabe, Al-Masudi, descreveu uma importante actividade comercial entre as nações da região do Golfo Pérsico e os "Zanj" da "Bilad as Sofala", que incluía grande parte da costa norte e centro do actual Moçambique.

No entanto, vários achados arqueológicos permitem caracterizar a pré-história do país (antes da escrita). Provavelmente o evento mais importante desse período tenha sido a fixação nesta região dos povos bantus que, não só eram agricultores, mas também introduziram a metalurgia do ferro, entre os séculos I e IV.

Entre os séculos X e XIX existiram no território vários estados bantus, o mais conhecido foi o império dos Mwenemutapas (ou Monomotapa).

A penetração portuguesa em Moçambique, iniciada no início do século XVI[4], só em 1885 — com a partilha de África pelas potências europeias durante a Conferência de Berlim — se transformou numa ocupação militar, com a submissão total dos estados ali existentes, levando, no início do século XX, a uma verdadeira administração colonial.

Vista panorâmica da cidade de Maputo.

Depois de uma guerra de libertação que durou cerca de dez anos, Moçambique tornou-se independente a 25 de Junho de 1975, na sequência da Revolução dos Cravos, a seguir à qual o governo português assinou com a Frelimo os Acordos de Lusaka. Após a independência, com a denominação de República Popular de Moçambique, foi instituído no país um regime socialista de partido único, cuja base de sustentação económica se viria a degradar progressivamente até à abertura feita nos anos de 1986-1987, quando foram assinados acordos com o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional. A abertura do regime foi ditada pela crise económica em que o país se encontrava e pela guerra civil que o país atravessou entre 1976 e 1992.

Na sequência do Acordo Geral de Paz, assinado entre os presidentes de Moçambique e da Renamo, o país assumiu o pluripartidarismo, tendo tido as primeiras eleições com a participação de vários partidos em 1994.

Para além de membro da ONU, da União Africana e da Commonwealth, Moçambique é igualmente membro fundador da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral e, desde 1996, da Organização da Conferência Islâmica.

Geografia

Ver artigo principal: Geografia de Moçambique
Imagem de satélite de Moçambique.

Moçambique está situado na costa oriental da África Austral, limitado a norte pela Tanzânia, a noroeste pela Zâmbia e Malawi, a oeste pela Suazilândia e pelo Zimbabwe, a sul e oeste pela África do Sul e a leste pelo Canal de Moçambique.

A norte do rio Zambeze o território é dominado por um grande planalto, com uma pequena planície costeira bordejada de recifes de coral e, no interior, limita com maciços montanhosos pertencentes ao sistema do Grande Vale do Rift. A sul é caracterizado por uma larga planície costeira de aluvião, coberta por savanas e cortada pelos vales de vários rios, entre os quais destacando-se o rio Limpopo.

Clima

Costa moçambicana do Lago Niassa.

O clima do país é húmido e tropical, influenciado pelo regime de monções do Índico e pela corrente quente do canal de Moçambique, com estações secas de Junho a Setembro. As temperaturas médias em Maputo variam entre os 13-24 °C em Julho a 22-31 °C em Fevereiro.

A estação das chuvas ocorre entre Outubro e Abril. A precipitação média nas montanhas ultrapassa os 2000 mm. A humidade relativa é elevada situando-se entre 70 a 80%, embora os valores diários cheguem a oscilar entre 10 e 90%. As temperaturas médias variam entre 20 °C no Sul e 26 °C no norte, sendo os valores mais elevados durante a época das chuvas.

Demografia

Ver artigo principal: Demografia de Moçambique
Evolução da população entre 1961 e 2003.

Moçambique tem uma população de 20 579 265 de acordo com o censo de 2007[5], o que representa um aumento de 27,8% em relação aos 16 099 246 enumerados no censo de 1997. Ainda segundo o censo de 2007, a população urbana totalizava 6 282 632, equivalendo a 30% do total; e a taxa de masculinidade era de 48,7 como resultado de um total de 9 897 116 homens e 10 682 149 mulheres.

30% da população concentra-se nas cidades, e a restante nos campos. As principais cidades são Maputo (1 178 116 habitantes), Matola (671 556) e Beira (431 583).

Antes da independência (1975), a população total de Moçambique passou de 6 603 651, em 1960, para 8 168 933, em 1970.

Em 1960, a população branca era de 97 268 pessoas. Em 1975 viviam em Moçambique cerca de 200 mil portugueses, na sua maioria ligados à função pública, empresas portuguesas e internacionais, mas também à agricultura e pequeno comércio. A comunidade indiana, em 1975, ligada ao comércio estima-se entre 20 e 30 000 habitantes.

Por alturas da independência existia uma pequena comunidade chinesa de cerca de 4000 pessoas, concentrada em Maputo e na Beira, dedicando-se sobretudo ao pequeno comércio. Os negros constituíam cerca de 98% da população. Os mestiços seriam cerca de 0,5% do total.


Política

Ver artigo principal: Política de Moçambique
Atual presidente de Moçambique, Armando Emílio Guebuza.

Moçambique é uma república presidencialista cujo governo é formado pelo partido político com maioria parlamentar. As eleições são realizadas a cada cinco anos.

A Frelimo foi o movimento que lutou pela libertação desde o início da década de sessenta. Após a independência, passou a controlar exclusivamente o poder, aliada aos países do então "bloco socialista", e introduzindo um sistema político de partido único, semelhante ao praticado naqueles países.[6]. O regime provocou a hostilidade dos estados vizinhos segregacionistas existentes na altura, África do Sul e Rodésia, que apoiaram elementos brancos recolonizadores e guerrilhas internas. Esta situação viria a transformar-se numa guerra civil de 16 anos.

Samora Machel foi o primeiro presidente de Moçambique independente e ocupou este cargo até à sua morte em 1986. O seu sucessor, Joaquim Chissano, negociou o fim da guerra civil e introduziu um sistema multipartidário que integrou o principal movimento rebelde, a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO). Neste novo sistema, a Frelimo permaneceu copiando o trabalho todo , foste apanhado cabrão , acopiar trabalho ham? quero ver a tua cara knd apresentares isto... no poder até os dias actuais, tendo ganho as eleições parlamentares realizadas em 1994, 1999, 2004 e 2009, mesmo com acusações de fraudes. O Movimento Democrático de Moçambique, uma dissidência da RENAMO, que tem oito deputados na Assembleia da República, constituiu-se em bancada parlamentar em Abril de 2010.

Embora o regime prevalecendo em Moçambique desde inícios dos anos 1990 não acusasse o mesmo grau de autoritarismo como a sua congénere em Angola, evidenciou sempre défices democráticos que o sucessor de Joaquim Chissano, Armando Guebuza, tentou colmatar nos anos 2000.[7]

Subdivisões

Ver artigo principal: Subdivisões de Moçambique

Moçambique está dividido em 11 províncias:

Mapa de Moçambique com as províncias numeradas
Mapa de Moçambique com as províncias numeradas
  1. Niassa (capital: uimchichilai lao);
  2. Cabo Delgado (capital: Penha );
  3. Nampula (capital: Naopula);
  4. Zambézia (capital: Quelimane);
  5. Tete (capital: Tetas);
  6. Manica (capital: Chimoio);
  7. Sofala (capital: Beira);
  8. Inhambane (capital: Inhambane);
  9. Gaza (capital: Xi-Xi);
  10. Maputo (capital: Matola);
  11. Cidade de Maputo (capital: Maputa)

As províncias estão divididas em 128 distritos, os distritos subdividem-se em 394 postos administrativos e estes em 1042 localidades, o nível mais baixo da administração local do Estado[8].

Em Moçambique foram criados até ao momento, 43 municípios, 10 dos quais em Abril de 2008.

Economia

Ver artigo principal: Economia de Moçambique
Porto de Maputo.

Cerca de 45% do território moçambicano tem potencial para a agricultura, porém 80% dela é de subsistência. Há extração de madeira das florestas nativas. A reconstrução da economia, após o fim da guerra civil em 1992 e das enchentes de 2000, foi dificultada pela existência de minas terrestres não desactivadas. O produto interno bruto de Moçambique foi de US$ 3 600 milhões em 2001.

Principais produtos agrícolas

Pecuária

Barco pesqueiro ao largo da costa moçambicana.

Pesca

A cifra oficial de capturas era de 30,2 mil toneladas em 1996. O camarão é um dos principais produtos de exportação.

Minérios

Os principais recursos minerais incluem carvão, sal, grafite, bauxita, ouro, pedras preciosas e semipreciosas. Possui também reservas de gás natural e mármore.

Indústria

É pouco desenvolvida, mas auto-suficiente em tabaco e bebidas (cerveja). Em 2000, foi inaugurada uma fundição de alumínio que aumentou o produto interno bruto em 500%.[carece de fontes?] Para atrair investimentos estrangeiros, o governo criou os "corredores de desenvolvimento" de Maputo, Beira e Nacala, com acesso rodoviário, suprimento de energia eléctrica, e com ligação ferroviária até aos países vizinhos.

Estradas e pontes

Ponte Armando Guebuza sobre o Rio Zambeze

Moçambique é um país percorrido por uma extensão de 30 056 km de estrada. Este foi um dos sectores mais afectados durante a guerra civil, entretanto, nos últimos tempos conseguiu reerguer-se. Através da Administração Nacional de Estradas, vários troços de estradas estão a ser construídos e reabilitados. A grande realização deste sector foi a construção da Ponte Armando Emílio Guebuza sobre o Rio Zambeze, que liga o sul ao norte do país.

Turismo

Ver artigo principal: Turismo em Moçambique

O país tem um grande potencial turístico, destacando-se as praias e zonas propícias ao mergulho nos seus mais de dois mil quilómetros de litoral, e os parques e reservas da natureza no interior do país.

Cultura

Ver artigo principal: Cultura de Moçambique

Moçambique é reconhecido pelos seus artistas plásticos: escultores (principalmente da etnia Makonde) e pintores (inclusive em tecido, técnica batik). Artistas como Malangatana, Gemuce, Naguib, Ismael Abdula, Samat e Idasse destacam-se na área de pintura. A música vocal moçambicana também impressiona os visitantes. A timbila chope foi considerada Património Mundial.

Línguas

Ver artigo principal: Línguas de Moçambique
Mulheres moçambicanas a trabalhar na agricultura.

De acordo com o artigo 10 da nova Constituição , de 2004, "Na República de Moçambique, a língua portuguesa é a língua oficial". No entanto, consoante o Recenseamento Geral da População e Habitação, realizado em 1997, ela é língua materna de apenas 6% da população, número que, na cidade de Maputo, chega aos 25%, apesar de cerca de 40% dos moçambicanos terem declarado que a sabiam falar (em Maputo, 87%).

O artigo 9 da Constituição diz ainda: "O Estado valoriza as línguas nacionais como património cultural e educacional e promove o seu desenvolvimento e utilização crescente como línguas veiculares da nossa identidade". Em Moçambique foram identificadas diversas línguas nacionais, todas da grande família de línguas bantu, sendo as principais (de sul para norte): XiTsonga, XiChope, BiTonga, XiSena, XiShona, ciNyungwe, eChuwabo, eMacua, eKoti, eLomwe, ciNyanja, ciYao, XiMaconde e kiMwani.

Mercê da considerável comunidade asiática radicada em Moçambique, são também falados o urdu e o gujarati.

Culinária

Moçambique é reconhecido por seus dotes culinários. Tem muitos pratos típicos. A maioria são pratos principais. Aqui vem uma lista de alguns pratos:

  • Amêijoas com Leite de Coco
  • Arroz de Coco e Papaia
  • Bifinhos com Caju
  • Bolo Catembe
  • Bolo de Caju e Batata
  • Bolo de Castanha de Caju
  • Bolo de Figos
  • Bolo de Mandioca
  • Bolo do Maputo
  • Caldeirada de Cabrito
  • Camarão com Alho
  • Camarão Tigre Grelhado
  • Camarões Fritos
  • Caranguejo Recheado
  • Cacana
  • Caril de amendoim
  • Caril de Camarão
  • Caril de caranguejo
  • Caril à Indiana
  • Caril à Moçambicana
  • Caril de Galinha
  • Caril de Galinha com Amendoim
  • Chiguinha
  • Chima de Arroz
  • Creme de Mandioca
  • Delícias de Camarão
  • Doce de Amendoim
  • Doce de Batata
  • Feijoada de Marisco
  • Fofos de Arroz
  • Galinha à Cafreal
  • Galinha Abafada
  • Galinha com Amendoim e Caju
  • Galinha à Manduca
  • Galinha com Caju Verde
  • Guisado de Caranguejo
  • Matapa (folha de mandioca ou couve com amendoim)
  • Molho de Piri-piri
  • Patê de Miúdos
  • Pato com Bambu
  • Peixe à Lumbo
  • Sobremesa de Abacate
  • Sopa Rica de Mariscos
  • Xima
  • Cacana
  • Matapa
  • Tihove
  • Xiguinha
  • Mbambane
  • Mucapata

Desporto

O jogador português Eusébio (nascido em Moçambique antes da independência) é o maior destaque do país, sendo avançado da selecção Portuguesa no Campeonato do Mundo de 1966, levando Portugal às semifinais. A atleta Maria de Lurdes Mutola ganhou 2 medalhas olímpicas nos 800 metros, uma medalha de bronze nas Olimpíadas de 1996, em Atlanta e uma medalha de ouro, nas Olimpíadas de 2000, na Austrália. Os desportos mais populares de Moçambique são basquetebol, futebol e atletismo. A jogadora de basquetebol mais famosa foi Clarisse Machanguana, que jogou na WNBA. A selecção moçambicana de futebol disputou 4 vezes a copa das nações africanas, e nunca disputou uma taça do mundo.

Feriados

Data Nome em português Notas
1 de Janeiro Dia da Fraternidade universal Ano novo
3 de Fevereiro Dia dos heróis moçambicanos Em homenagem a Eduardo Mondlane
7 de Abril Dia da mulher moçambicana Em homenagem a Josina Machel
1 de Maio Dia Internacional dos Trabalhadores Dia do trabalho
25 de Junho Dia da Independência Nacional Proclamação da independência em 1975 (de Portugal)
7 de Setembro Dia da Vitória Em homenagem à assinatura dos Acordos de Lusaka
25 de Setembro Dia das Forças Armadas de Libertação Nacional Em homenagem ao início da luta armada de libertação nacional
4 de Outubro Dia da Paz e Reconciliação Em homenagem ao Acordo Geral de Paz
25 de Dezembro Dia da Família Natal

Notas e referências

  1. Artigo 10 da Constituição
  2. Outras línguas nacionais não oficiais, mas protegidas constitucionalmente são, incluindo mas não se limitando a: Emakhuwa, xitsonga, ciyao, cisena, xiChona, echuwabo, cinyanja, xironga, shimakonde, cinyungue, xiChope, bitonga, swahili
  3. «Ranking do IDH 2010». PNUD. Consultado em 4 de novembro de 2010 
  4. Eric Axelson, Portuguese in South-East Africa 1488-1600, Johannesburg: Struik & University of the Witwatersrand, 1973, ISBN 0-85494-193-2
  5. «QUADRO 1. POPULAÇÃO RECENSEADA POR ÁREA DE RESIDÊNCIA E CATEGORIA CENSITÁRIA, SEGUNDO SEXO E IDADE». Consultado em 30 de Julho de 2010 
  6. John Saul, A Difficult Road: The transition to socialism in Mozambique, Nova Iorque: Monthly Review Press, 1985; Christine Verschuur e outros, Mozambique: Dix and de solitude, Paris: L'Harmattan, 1986
  7. Vítor Alexandre Lourenço, Estado, Autoridades Tradicionais e "Transição Democrática" em Moçambique, Cadernos de Estudos Africanos (Lisboa), 16/17, 2008/2009, pp.115-137.
  8. «Agenda 2025, Visão e Estratégias do País, página 8 ]» (PDF) 

Ver também

Predefinição:Portal-Moçambique

  • Christian Geffray, A causa das armas, Porto: Afrontamento, 1991 (guerra civil em Moçambique)
  • João Mosca, Economia de Moçambique, século XX, Lisboa: Instituto Piaget, 2005
  • Malyn Newitt, História de Moçambique, Lisboa: Ed. Europa-América, 1997
  • René Pélissier, História de Moçambique: Formação e oposição (1854-1941), Lisboa: Ed. Estampa, 1988
  • Anne Pitcher, Transforming Mozambique: The Politics of Privatization, 1975-2000, Cambridge etc.: Cambridge University Press, 2002
  • Paul Southern. Portugal: The Scramble for Africa. Bromley, Galago Books, 2010

Ligações externas

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