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Ramal do Seixal

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Ramal do Seixal
O Rio Judeu, visto a partir do Seixal.
O Rio Judeu, visto a partir do Seixal.
O Rio Judeu, visto a partir do Seixal.
Bitola:Bitola larga
Continuation backward
L.ª SintraSintra
Unknown route-map component "KBHFxe"
Lisboa-Rossio
Unknown route-map component "exLUECKE"
(Lisboa - Cais do Sodré)
Transverse water Unknown route-map component "exWBRÜCKE"
ponte (proj. ab.) × R. Tejo
Unknown route-map component "exCPICla" Unknown route-map component "uCPICma" Unknown route-map component "exCPICm"
Cacilhas
Unknown route-map component "exCONTf" Urban straight track Unknown route-map component "exSTR"
L.ª CaparicaCaparica (proj. ab.)
Unknown route-map component "uCONTr" Waterway turning to right Unknown route-map component "exSTR"
MSTUniv. (Monte da Caparica)
Unknown route-map component "exCONTr" Unknown route-map component "exABZrf"
L.ª OceanoSetúbal (proj. ab.)
Unknown route-map component "exHST"
Alfeite
Unknown route-map component "exCONTr" Unknown route-map component "exABZrf"
Lª SulPinhal Novo (proj. ab.)
Transverse water Unknown route-map component "exWBRÜCKE" Transverse water
ponte (dem.) × R. Judeu
Unknown route-map component "exLUECKE"
(proj. ab.)
Unknown route-map component "exBHF"
4,4 Seixal
Unknown route-map component "exHST"
3 Azinheira
Transverse water Unknown route-map component "exWBRÜCKE" Transverse water
× R. Coina
Unknown route-map component "exHST"
1,9 Terrapleno
Unknown route-map component "exSTR" Head station
(Lisboa - Terreiro do Paço)
Unknown route-map component "exENDEa" Unknown route-map component "exSTR" Train travel on the ship
× Rio Tejo
Unknown route-map component "exKRWgl"
Unknown route-map component "exKRWg+r" + Unknown route-map component "exKMW"
Station on track
0,0
2,0
(Barreiro)
Unknown route-map component "exCONTf" Junction to right
2,0 R. part. Shell
Unknown route-map component "veBUE" Level crossing
× R. D. Manuel I
Unknown route-map component "exvSTR-BHF" + Unknown route-map component "v-HST"
Straight track
1,3 Barreiro-A
Unknown route-map component "vxHST-STR" Abbreviated in this map
0,8 Barreiro-Terra(até 1941[1])
Track turning right
(até 1973[1])
Station on track
0,0 Lavradio
Continuation to left Track turning right
L.ª Alentejo→ Funcheira

O Ramal do Seixal, originalmente conhecido como Ramal de Cacilhas, é um troço ferroviário desactivado, que ligava as estações do Seixal e do Barreiro, em Portugal.

Caracterização

Este troço foi a única parte concluída do projecto do Ramal de Cacilhas, que planeava a ligação entre o Barreiro e Cacilhas, onde seria construído uma estação intermodal, que servisse os transportes ferroviário e fluvial, de forma semelhante à do Barreiro. Subsistem as estações e partes do leito de via e de uma ponte, no troço entre o Barreiro e o Seixal.

História

Discussão e planeamento

Estação do Barreiro, onde se iniciava o Ramal do Seixal.

A construção de um troço entre o Barreiro e Cacilhas, foi, inicialmente, estudado em 1890 pelo engenheiro Manuel F. da Costa Serrão.[2] Este troço, denominado Ramal de Cacilhas, foi inserido no Plano da Rede ao Sul do Tejo, apresentado em 15 de Maio de 1899, sendo considerado de elevada importância devido aos elevados tráfego e rendimento previstos[2], e por permitir uma ligação directa entre Lisboa e a Linha do Sado, que iria abranger a localidade de Setúbal e a zona do Vale do Rio Sado[2][3] (actualmente, o antigo troço desta linha faz parte da Linha do Sul); a 15 de Julho do mesmo ano, uma lei previu o financiamento para este projecto[4], e, a 1 de Julho de 1901, é publicada uma portaria que autoriza o conselho de administração da companhia dos Caminhos de Ferro do Estado a iniciar a construção do primeiro lanço do Ramal de Cacilhas, entre a Estação do Barreiro e a margem direita da Ribeira de Coina.[5]

O ministro das Obras Públicas, Manuel Francisco Vargas, conferenciou sobre a construção de várias ligações ferroviárias, incluindo o Ramal de Cacilhas, numa reunião do Conselho de Administração das Obras Públicas, em Abril de 1902.[6] Um decreto publicado a 19 de Junho do mesmo ano determinou que os estudos e construção da rede complementar fossem divididos em 2 secções, sendo a primeira responsável pelo planeamento e construção de uma ligação ferroviária entre Barreiro e Cacilhas.[7] Ainda neste ano, também se procedeu à abertura da concessão para a construção da ligação entre o Pinhal Novo e Cacilhas; isto incitou o início de obras de expansão e de remodelação na Estação do Barreiro, de modo a minimizar os efeitos da prevista redução do tráfego.[2]

O primeiro projecto para este troço, da autoria do engenheiro Serrão, foi apresentado ainda em 1902, tendo-se iniciado a sua construção[2][8]; e os projectos respectivos aos segundo e terceiro lanços foram datados de 31 de Dezembro do mesmo ano.[9] Estes planos foram bastante complicados de elaborar, devido ao facto do trajecto atravessar dois esteiros em condições difíceis, e pela estação de Cacilhas ter de possibilitar um transbordo rápido e económico de passageiros e mercadorias, especialmente minérios, entre os transportes fluvial e ferroviário; por outro lado, o projecto também teria de manter as servidões de pesca locais, de forma a manter boas relações com as populações nas margens.[10] Com efeito, os esteiros a atravessar eram utilizados como ancoradouro para as embarcações da pesca do bacalhau, pelo que a navegabilidade teria de ser assegurada na construção das pontes.[11] O terminal em Cacilhas seria constituído por vários cais de embarque e desembarque abrigados para barcos de pequeno e grande calados de grande capacidade, um embarcadouro especial para minérios, terraplenos para mercadorias, várias vias para manobras, uma estação, e um canal para a Cova da Piedade.[10] O trajecto incluía, igualmente, uma paragem em Alfeite.[12]

Em Fevereiro de 1903, foi apresentado, ao Conselho Superior de Obras Públicas, o projecto do engenheiro Serrão para os segundo e terceiro lanços da ligação a Cacilhas[13], tendo sido aprovado em Junho.[14] Na festa que marcou o início dos trabalhos na Linha do Sado, em Abril desse ano, o engenheiro José Fernando de Sousa sublinhou a necessidade de terminar a construção do Ramal de Cacilhas.[15] O autor foi louvado pela sua eficiência na elaboração do projecto, segundo um comunicado do governo de 1 de Julho.[16] A 11 de Julho, um comunicado oficial do Paço aprovou os planos para os segundo e terceiro troços do Ramal de Cacilhas, embora tenha apontado algumas alterações, especialmente em termos de prazos e orçamentos.[9] Um comunicado do Conselho de Administração da companhia dos Caminhos de Ferro do Estado, datado de 21 de Outubro, previu que o concurso para a construção do ramal fosse aberto brevemente, e destinou a quantia de 60.000 réis para este projecto.[17]

Cais de Cacilhas em 1950.

A principal razão para a construção deste troço prendeu-se com a necessidade de desviar o tráfego da Estação do Barreiro, que, em inícios do Século XX, sofria de falta de condições, provocada por excesso de movimentos de passageiros e de mercadorias, e por várias deficiências nas infra-estruturas e no serviço.[4] Por outro lado, a passagem das composições pela Ponte Rainha D. Amélia, que atravessa o Rio Tejo junto a Santarém, estava fora de questão, devido à distância a percorrer e ao facto da Linha de Vendas Novas, na qual esta infra-estrutura se insere, não se encontrar preparada para o acréscimo de tráfego que isto iria acarretar.[10] De igual forma, o projecto para a construção de uma ponte entre o Montijo e a zona dos Grilos, em Lisboa, nunca chegou a ser concretizado devido aos custos proibitivos.[10] Estimava-se que a construção de um terminal fluvial em Cacilhas, que permitiria um transporte rápido até à capital a qualquer altura do dia ou da noite[10], iria resolver vários problemas de comunicação entre as margens do Rio Tejo, que provocaram um fenómeno de desertificação na Margem Sul.[18] Já a pensar na ligação ferroviária a Cacilhas, a Parçaria dos Vapores Lisbonenses, empresa responsável pelo transporte fluvial, encomendou, entre 1902 e 1903, barcos capazes de transportar composições ferroviárias e outros veículos.[18]

Construção

Em 11 de Abril de 1917, é publicada uma lei que autorizou o governo a conceder à companhia dos Caminhos de Ferro do Estado um suprimento de 400.000 escudos para a continuação das obras de construção de várias linhas, incluindo o Ramal de Cacilhas[5], e, em 31 de Agosto de 1918, um despacho do Secretário de Estado do Comércio, Joaquim Mendes do Amaral, ressalva a importância da conclusão das linhas assinaladas na lei de 1917, de modo a reduzir os efeitos da crise económica que o país atravessava, e evitar os prejuízos decorrentes da paralisação destes projectos.[19]

Inauguração

A 1 de Julho de 1923, o troço entre o Seixal e o Barreiro foi considerado pronto a ser inaugurado, após a Administração das Estradas e Turismo ter efectuado uma vistoria.[19] Em 29 de Julho de 1923, este troço foi inaugurado e aberto à exploração pública, com serviços entre o Lavradio e Seixal.[5]

Exploração, declínio e encerramento

Ponte rodoviária da EN253, junto a Alcácer do Sal.

Pouco tempo após a inauguração, e tendo-se já iniciado a construção de uma ponte sobre o Rio Judeu, as obras cessaram, devido ao facto do terreno na zona de Alfeite não ser suficientemente estável para assentar a via.[19] No ano seguinte, tiveram lugar várias reuniões, assistidas pelas Comissões Administrativas de Seixal e de Almada e a Câmara Municipal de Almada, entre outras entidades, no sentido de terminar a ligação ferroviária até Cacilhas; resolveram dirigir-se ao Ministro do Comércio e Comunicações, que prometeu ocupar-se daquele assunto.[19][20] Em Novembro de 1932, o troço foi visitado por uma comissão oficial, tendo-se discutido o facto da linha nunca poder ser construída devido à construção do Arsenal do Alfeite e os problemas que a conclusão da travessia sobre o Rio Judeu iria trazer para a navegação fluvial; o ministro das Obras Públicas e Comunicações, Duarte Pacheco, ao verificar o estado de degradação em que se encontravam as pontes, tendo decidido que os tabuleiros da ponte sobre o Rio Judeu deveriam ser aproveitados na construção da ponte rodoviária da Estrada Nacional 253 sobre o Rio Sado, junto a Alcácer do Sal[19][21], que foi inaugurada em 1945.[22]

Desde o início da exploração, o rendimento deste troço foi posto em causa, devido a horários desadequados e à concorrência do transporte fluvial, que provocavam um baixo volume no transporte de passageiros e de mercadorias[23]; os principais produtos transportados, nos regimes de Grande e Pequena Velocidades, eram muito variados, destacando-se os produtos agrícolas e florestais, e os géneros alimentícios.[23]

O material circulante ferroviário utilizado, numa fase inicial, constituía-se por composições, normalmente mistas, de carruagens e de vagões traccionados por locomotivas a vapor, e por automotoras a vapor Borsig[23]; mais tarde, passaram a circular as automotoras da Série 0100, a tracção a diesel.[23]

Em 30 de Maio de 1933, os serviços de passageiros no Ramal do Seixal passam a ser efectuados por via rodoviária, continuando as mercadorias a transitar por caminho-de-ferro[5]; nesse ano, a Comissão Administrativa do Fundo Especial de Caminhos de Ferro autorizou que fossem construídos dois muros de revestimento, para reforço do aterro na linha[24], e foi aberto, no Ministério das Obras Públicas e das Comunicações, um concurso para a construção de uma ligação ferroviária entre Cacilhas e a Costa da Caparica.[25]

O Decreto-Lei número 48.939, publicado em 27 de Março de 1969, desclassificou o Ramal do Seixal[5], e o tráfego foi suspenso após a Ponte ferroviária do Seixal, sobre a foz do Rio Coina, ter sido danificada numa colisão com o navio Alger, a 18 de Setembro do mesmo ano.[26]

Actualidade e futuro

Rede do Metro Sul do Tejo.

Está projectado o prolongamento da rede do Metro Sul do Tejo até ao Lavradio (e eventualmente à Moita), passando por Fogueteiro e Barreiro, e utilizando no troço Seixal-Barreiro o traçado do Ramal do Seixal; o seu eventual prolongamento à Caparica a partir da actual término “Universidade” é essencialmente idêntico à Linha Cacilhas-Caparica projectada na década de 1930.[25]

A antiga Estação Ferroviária do Seixal encontrava-se, em 2002, ocupada pela Cruz Vermelha Portuguesa.[27]

O traçado entre o Barreiro e o Seixal encontra-se a ser recriado virtualmente para o simulador ferroviário Microsoft Train Simulator, pelo grupo CPVirtual.[28]

Referências

  1. a b [1]
  2. a b c d e SOUSA, José Fernando de (16 de Dezembro de 1902). «O serviço Fluvial do Sul e Sueste» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (360): 379, 381. Consultado em 10 de Março de 2012 
  3. VARGAS, Manuel Francisco de (16 de Outubro de 1903). «A linha do Sado» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 (380): 345, 346. Consultado em 10 de Março de 2012 
  4. a b «Parte Official» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (360). 382 páginas. 16 de Dezembro de 1902. Consultado em 10 de Março de 2012 
  5. a b c d e «Cronologia». Comboios de Portugal. Consultado em 01 de Maio de 2010  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  6. «Linhas Portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (344). 124 páginas. 16 de Abril de 1902. Consultado em 10 de Março de 2012 
  7. «Linhas Portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (349). 202 páginas. 1 de Julho de 1902. Consultado em 10 de Março de 2012 
  8. SOUSA, José (1 de Dezembro de 1902). «A rêde ferro-viaria ao Sul do Tejo» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (359): 354, 356. Consultado em 10 de Março de 2012 
  9. a b VIEIRA, Conde de Paçô (16 de Julho de 1903). «Parte Official» (PDF). Gazeta das Caminhos de Ferro. 16 (374): 238, 239. Consultado em 10 de Março de 2012 
  10. a b c d e SOUZA, J. Fernando de (1 de Julho de 1903). «O prolongamento do Barreiro a Cacilhas» (PDF). Gazeta das Caminhos de Ferro. 16 (373): 219, 221. Consultado em 10 de Março de 2012 
  11. SOUZA, J. Fernando de (16 de Julho de 1903). «O prolongamento do Barreiro a Cacilhas II» (PDF). Gazeta das Caminhos de Ferro. 16 (374): 236, 237. Consultado em 10 de Março de 2012 
  12. FERREIRA, Isabel da Conceição Dias (4 de Janeiro de 2005). «Abordagem à História do Ramal Barreiro - Seixal». Barreiroweb. Consultado em 1 de Maio de 2010 
  13. «Linhas Portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 (365): 74, 75. 1 de Março de 1903. Consultado em 10 de Março de 2012 
  14. «Linhas Portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 (372). 212 páginas. 16 de Junho de 1903. Consultado em 10 de Março de 2012 
  15. «Linha do Valle do Sado» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 (369). 147 páginas. 1 de Maio de 1903. Consultado em 10 de Março de 2012 
  16. «Parte Official» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 (378). 313 páginas. 16 de Setembro de 1903. Consultado em 10 de Março de 2012 
  17. «Parte Official» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 (381): 363, 364. 1 de Novembro de 1903. Consultado em 10 de Março de 2012 
  18. a b «Navegação no Tejo» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 (368): 118, 119. 16 de Abril de 1903. Consultado em 10 de Março de 2012 
  19. a b c d e FERREIRA, Isabel da Conceição Dias (04 de Janeiro de 2005). «A construção do ramal Barreiro—Cacilhas e a inauguração do troço Barreiro— Seixal». Barreiroweb. Consultado em 01 de Maio de 2010  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
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Ligações externas