Ciência e tecnologia no Brasil

Ciência e tecnologia no Brasil são produzidas em grande parte nas universidades públicas e institutos de pesquisa. Neste campo de conhecimento o Brasil obteve, nas últimas décadas[quando?], uma posição significativa no cenário internacional. Segundo o Relatório Global de Tecnologia da Informação 2010–2011 do Fórum Econômico Mundial, o Brasil é o 56.º maior desenvolvedor mundial de TI.[3]
O Brasil possui o mais avançado programa de exploração espacial da América Latina, com recursos significativos para veículos de lançamento como a família de foguetes sub orbitais VS e fabricação de satélites.[4][5] Na história do programa espacial brasileiro, a Agência Espacial Brasileira (AEB) assinou um acordo com a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA), do Estados Unidos, em 14 de outubro de 1997, para fornecer peças para a Estação Espacial Internacional.[6] Este acordo possibilitou ao Brasil treinar seu primeiro astronauta. Em 30 de março de 2006, o coronel Marcos Pontes a bordo do veículo Soyuz se transformou no primeiro astronauta brasileiro e o terceiro latino-americano a orbitar a Terra.[7]
Já sobre o programa nuclear brasileiro, o urânio enriquecido na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), de Resende, no estado do Rio de Janeiro, atende à demanda energética do país. Existem planos para a construção do primeiro submarino nuclear do país.[8] O país realiza pesquisas sobre fusão nuclear e possui três tokamaks (reatores experimentais de fusão) instalados na Unicamp, USP e INPE.[9] O ETE (Experimento Tokamak Esférico), foi projetado e construído por esta última instituição, que também o opera.[10] O Brasil também é um dos três países da América Latina[11] com um laboratório do tipo síncrotron em operação, um mecanismo de pesquisa da física, da química, das ciências dos materiais e da biologia.[12]
O Brasil também tem um grande número de notáveis personalidades científicas. Entre os inventores brasileiros mais reconhecidos estão os padres Bartolomeu de Gusmão,[13] Roberto Landell de Moura[13] e Francisco João de Azevedo,[13] além de Alberto Santos Dumont,[14] Evaristo Conrado Engelberg,[15] Manuel Dias de Abreu,[16] Andreas Pavel[17] e Nélio José Nicolai.[18] A ciência brasileira é representada por nomes como César Lattes (físico brasileiro codescobridor do méson pi),[19] Mário Schenberg (considerado o maior físico teórico do Brasil),[20] José Leite Lopes (único físico brasileiro detentor do UNESCO Science Prize),[21] Artur Ávila (o primeiro latino-americano ganhador da Medalha Fields)[22] e Fritz Müller (pioneiro no apoio factual à teoria da evolução apresentada por Charles Darwin).[23]
História[editar | editar código-fonte]


As primeiras tentativas de estabelecer a ciência no Brasil foram feitas no século XVII, durante o domínio holandês em Pernambuco. No antigo Palácio de Friburgo, situado na então sede da colônia de Nova Holanda, Recife, foram instalados um observatório astronômico — o primeiro do Hemisfério Sul — e um jardim zoobotânico — o primeiro do continente americano, no qual foi reunida uma grande variedade de exemplares da flora e da fauna dos trópicos, que serviram de fonte para os primeiros tratados de história natural do Brasil, como a obra Historia Naturalis Brasiliae dos naturalistas Guilherme Piso e George Marcgraf.[24][25][26]
Contudo, a produção científica brasileira começou, efetivamente, nas primeiras décadas do século XIX, quando a família real e a nobreza portuguesa, chefiadas pelo príncipe-regente João de Bragança (futuro rei Dom João VI), chegaram no Rio de Janeiro, fugindo da invasão do exército de Napoleão Bonaparte em Portugal, em 1807. Até então, o Brasil era uma colônia portuguesa, sem universidades e organizações científicas, em contraste com as ex-colônias americanas do império espanhol, que apesar de terem uma grande parte da população analfabeta, tinham um número considerável de universidades desde o século XVI.[27][28]
Cronologia[editar | editar código-fonte]
- 1912: fundação da Universidade Federal do Paraná, a primeira universidade do país.
- 1916: criação da Sociedade de Ciência Brasileira, depois Academia Brasileira de Ciências.
- 1917: começo da publicação do Anais da Academia Brasileira de Ciências.
- 1920: fundação da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro.
- 1921: criação do Instituto Nacional de Tecnologia (INT).
- 1923: criação da Sociedade Brasileira de Química (SBQ).
- 1923: fundação da Rádio Sociedade, primeira radiodifusão do Brasil.
- 1924: criação da Associação Brasileira de Educação (ABE).
- 1925: instauração do Prêmio Einstein, por causa de sua visita ao Brasil.
- 1927: criação da Universidade Federal de Minas Gerais.
- 1934: criação da Universidade de São Paulo.
- 1935: criação da Universidade do Distrito Federal, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
- 1948: criação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
- 1949: criação do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF).
- 1951: criação do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq).
- 1952: criação do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).
- 1953: fundação do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).
- 1956: criação da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
- 1961: criação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
- 1961: criação do Instituto Nacional de Pesos e Medidas (INPM)
- 1962: criação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
- 1967: criação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FINEP).
- 1973: criação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
- 1976: criação da Universidade Estadual Paulista (UNESP).
- 1985: criação do Ministério da Ciência e Tecnologia, atual Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Organização[editar | editar código-fonte]

A pesquisa básica é realizada no País pela maior parte em universidades, centros e institutos públicos de pesquisa, e alguma parte em instituições particulares — inclusive em organizações não governamentais (ONG).
Os agradecimentos aos regulamentos governamentais e os incentivos, de qualquer forma, desde os anos 1990 têm crescido também nas universidades e nas companhias particulares. Consequentemente, mais de 90% dos financiamentos para a pesquisa básica vem das fontes governamentais.
A pesquisa, a tecnologia e a engenharia aplicadas são realizadas também pela maior parte nas universidades e nos sistemas dos centros de pesquisa, em contrapartida, mais países desenvolvidos tais como os Estados Unidos, a Coreia do Sul, a Alemanha, o Japão, etc. As razões são muitas, mas as principais são:
- poucas companhias particulares brasileiras são competitivas e bastante ricas para ter um setor de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P&D&I) próprio, desenvolvem geralmente produtos por meio de transferência de tecnologia de outras companhias geralmente estrangeiras;
- o setor privado altamente tecnológico no Brasil é dominado pelas grandes companhias multinacionais, que têm geralmente seus centros de P&D&I no ultramar, e, com algumas exceções, não investem em suas filiais brasileiras.

Entretanto, há uma tendência significativa que inverte esta agora. Companhias estrangeiras tais como Motorola, Samsung, Nokia e IBM estabeleceram centros grandes de P&D&I neste território — a IBM tendo sido a pioneira, ao estabelecer um centro de pesquisa no País durante os anos 1970.
A lei reguladora[editar | editar código-fonte]
Um dos fatores de incentivo para este, além do custo relativamente mais baixo, a sofisticação e as elevadas habilidades da força de trabalho técnica brasileira, foi a chamada lei da Informática ou da Ciência da Informação de 1984, que dispensa de determinados impostos até 5% do rendimento bruto da elevação — companhias de manufatura da tecnologia nos campos das telecomunicações, dos computadores, da eletrônica digital, etc.
A lei atraiu anualmente mais do que 1,5 bilhão de dólares estadunidenses do investimento em companhias multinacionais brasileiras de P&D&I. Descobriram também que alguns produtos e tecnologias projetados e desenvolvidos por brasileiros têm uma competitividade agradável e são apreciados por outros países, tais como automóveis, aviões, softwares, fibras ópticas, dispositivos elétricos etc.
Período recente[editar | editar código-fonte]
Durante os anos 1980, o governo veio a perseguir uma política do protecionismo na computação. As companhias e as administrações foram obrigadas a usar o software e a ferragem nacionais, com o assunto das importações à autorização governamental. Isto incentivou o crescimento de companhias nacionais, mas apesar de seu desenvolvimento dos produtos como MSX clones, clones de consoles da Nintendo e o SOX Unix, o mercado interno de computação da época era prejudicado pela pouca oferta comparada aos concorrentes estrangeiros. O governo pouco a pouco foi autorizando mais importações, até a remoção total das barreiras. A indústria nacional de TI obteve algumas façanhas notáveis, particularmente na área de software.
O governo Fernando Henrique Cardoso trouxe significativos avanços na ciência e na tecnologia com programas de combate à AIDS[31] e ao trazer já em janeiro de 1995 a internet em português para o Brasil. Em 2002, o País encenou a primeira eleição 100% eletrônica do mundo com 90% dos resultados obtidos dentro de 2 horas. O sistema é servido, particularmente, a um país com taxas relativamente elevadas de analfabetismo desde que pisca acima de uma fotografia do candidato antes que um voto esteja confirmado.
A gestão Lula lançou em 2005 um "computador pessoal" para promover uma inclusão digital com as finanças de governo disponíveis e uma configuração mínima fixa. Rejeitando o sistema operacional da Microsoft (Windows XP Starter Edition), está sendo enviado com um sistema brasileiro configurado de Linux que oferece funções básicas tais como processar texto e navegar pela internet. Um projeto para fazer acesso livre e barato à internet, no entanto, não saiu ainda do papel.
Financiamento[editar | editar código-fonte]
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Setembro de 2014) |

Financiamentos para a pesquisa brasileira, o desenvolvimento e a inovação vem, principalmente, de seis fontes:
- Fontes do governo (federal, estado e municipal). Há um número de organizações do estado que foram criadas na maior parte na década de 1950 especificamente para diretamente promover e financiar P&D&I, tal como o Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), que é nomeado agora Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e a Finaciadora de Estudos e Projetos (FINEP), uma parte do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). MCT é relativamente um ministério novo, tendo sendo criado em 1990. Antes deste, CNPq era a única instituição de pesquisa que concede no nível federal, trabalhando diretamente sob o Presidente da República. No nível do estado, quase todos os estados fundaram suas próprias fundações públicas para a sustentação de P&D&I, acompanhando o pioneirismo (e muito bem sucedido) do exemplo do estado de São Paulo, que criou a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) em 1962. Estas fundações são garantidas geralmente por mudanças nas constituições dos estados, ao longo das décadas de 1980 e de 1990.
- Financiar indiretamente através dos orçamentos de universidades, de institutos e de centros públicos e particulares. Algumas universidades, tais como Unicamp, têm suas próprias agências, fundações e fundos internos ajustados distante e controlados com a finalidade de suportar P&D&I por suas faculdades e seus estudantes.
- Companhias públicas, tais como a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Sua fonte do rendimento é o governo próprio (através das distribuições orçamentárias pelos ministérios e pelas secretárias do estado) e investimento de uma parte dos produtos e serviços vendidos.
- Indústrias, comércio e dos serviços das companhias particulares, geralmente para seus próprios centros de P&D&I, ou através de algum benefício fiscal (leis da isenção de imposto), como a lei da Ciência da Informação.
- Associações e fundações nacionais particulares,ONGs, crowdfunding ou financiamento coletivo,[32] através de estabelecido em virtude de lei, os mecanismos ou das doações por pessoas físicas ou jurídicas. Um exemplo é a Fundação Banco do Brasil.
- Financiando por outras nações, organizações internacionais e instituições multilateral, tais como a Fundação Rockefeller, a Fundação Ford, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o Banco Mundial, a UNESCO, o PNUD, a Organização Mundial da Saúde, a Fundação Bill e Melinda Gates, a Fundação Volkswagen, para nomear apenas algumas das mais importantes na história da ciência e da tecnologia brasileira.
Instituições científicas[editar | editar código-fonte]



A pesquisa tecnológica no Brasil é em grande parte realizada em universidades públicas e institutos de pesquisa. Alguns dos mais notáveis polos tecnológicos do Brasil são os institutos Oswaldo Cruz, Butantan, Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e o INPE.
Universidades[editar | editar código-fonte]
Segue abaixo a lista de universidades brasileiras com maior relevância e produção científica bem como mais investimentos nessa produção:[33]
- Instituições públicas de ensino superior
- Universidade de São Paulo - USP
- Universidade Estadual de Campinas - Unicamp
- Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
- Universidade Estadual Paulista - UNESP
- Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
- Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
- Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
- Universidade de Brasília - UnB
- Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP
- Universidade Federal do Paraná - UFPR
- Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR
- Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
- Universidade Federal Fluminense - UFF
- Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
- Universidade Federal do Ceará - UFC
- Universidade Federal da Bahia - UFBA
- Universidade Federal de Viçosa - UFV
- Instituições privadas de ensino superior
Institutos de pesquisa e desenvolvimento[editar | editar código-fonte]
- Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) — Rio de Janeiro
- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações — Campinas
- Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer — Campinas
- Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) — São José dos Campos
- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) — Brasília
- Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) — Rio de Janeiro
- Instituto Adolfo Lutz (IAL) — São Paulo
- Instituto Agronômico de Campinas (IAC) — Campinas
- Instituto Biológico (IB) — São Paulo
- Instituto Butantan (IBu) — São Paulo
- Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) — São Paulo
- Instituto de Economia Agrícola (IEA) — São Paulo
- Instituto de Estudos Avançados (IEAv) — São José dos Campos
- Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER) — São Paulo
- Instituto de Medicina Tropical (IMTSP) — São Paulo
- Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) — São Paulo
- Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) — São Paulo
- Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR) — Curitiba
- Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (LACTEC) — Curitiba
- Instituto Evandro Chagas (IEC) — Belém
- Instituto Internacional de Física (IIF) — Natal
- Instituto Internacional de Neurociências de Natal (IINN) — Natal
- Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) — Rio de Janeiro
- Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) — Manaus
- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) — São José dos Campos
- Instituto Nacional de Tecnologia (INT) — Rio de Janeiro
- Instituto Pasteur (IP) — São Paulo
- Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) — São José dos Campos
- Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) — Campinas
- Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) - Petrópolis
- Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) — Belém
Sociedades científicas[editar | editar código-fonte]
- Academia Brasileira de Ciências
- Sociedade Brasileira de Informática em Saúde
- Academia Nacional de Medicina
- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
Personalidades, inventores e inventos[editar | editar código-fonte]

O Brasil também tem um grande número de notáveis inventores. Em 1709, o padre jesuíta Bartolomeu de Gusmão criou a Passarola, a primeira aeronave conhecida no mundo a efetuar um voo.[13] O padre Roberto Landell de Moura foi o pioneiro na transmissão da voz, quando, em 1893, transmitiu sua própria voz por oito quilômetros de distância através de equipamentos de rádio próprios e patenteados no Brasil.[13] Em 1861, o padre Francisco João de Azevedo criou o primeiro protótipo de uma máquina de escrever.[13] Santos Dumont construiu e voou os primeiros balões dirigíveis com motor a gasolina, o que lhe rendeu a conquista do Prêmio Deutsch em 1901, e, em 1906, realizou os primeiros voos homologados de um aparelho mais pesado que o ar.[34][35] Em 1922, Conrado Wessel descobriu e patenteou uma fórmula nova para a revelação fotográfica e abriu a primeira fábrica de papéis fotográficos do Brasil, mais tarde adquirida pela Kodak. O físico brasileiro César Lattes foi o codescobridor do méson pi, em 1947.[36] Em 1977, Andreas Pavel criou o primeiro reprodutor de áudio portátil e Nélio José Nicolai criou o identificador de chamadas. O engenheiro Nelson Bardini criou o cartão telefônico em 1978. Em 1996, a urna eletrônica brasileira foi criada por um trabalho conjunto de técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Aeronáutica, Ministério do Exército e do Tribunal Superior Eleitoral.[13]
Na área médica, cientistas brasileiros foram responsáveis por importantes descobertas. Vital Brasil descobriu a especificidade do soro antiofídico[37] e Carlos Chagas foi o descobridor da Doença de Chagas.[38] Oswaldo Cruz iniciou importantes estudos sobre doenças tropicais e fundou o Instituto Oswaldo Cruz.[39] Henrique da Rocha Lima foi o descobridor da bactéria que causa a tifo, a Rickettsia rickettsii,[40] e Mauricio Rocha e Silva descobriu a bradicinina, um hormônio usado no combate à hipertensão.[41] Em 1971, o famoso médico Euryclides Zerbini inventou a válvula coronária.[13]
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Vital Brazil, desenvolvedor do soro antiofídico.
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Carlos Chagas, descobridor da Doença de Chagas.
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- Mário Schenberg — considerado o maior físico teórico do Brasil.[43]
- José Leite Lopes — único físico brasileiro detentor do UNESCO Science Prize.[44]
- Artur Ávila — matemático brasileiro, único latino-americano ganhador da Medalha Fields.[45][46]
- Paulo Ribenboim — único matemático brasileiro com verbete biográfico no The MacTutor.[47]
- Leopoldo Nachbin — matemático criador da teoria de "Espaços Hewitt-Nachbin" e do Teorema de Nachbin.[48]
- Jacob Palis — matemático detentor do Prêmio Balzan.[49]
- Abrahão de Moraes — astrônomo, físico, matemático e importante professor universitário brasileiro.
- Eduardo Krieger — médico e fisiologista, presidente da Academia Brasileira de Ciências.
- Fernando de Mendonça — engenheiro eletrônico, fundador do INPE
- Fritz Köberle — médico e patologista, descobridor do mecanismo dos nervos da doença de Chagas.
- Jayme Tiomno — físico.
- Aron Simis — matemático.
- Newton da Costa — matemático.
- José Reis — virologista.
- Marcelo Damy — físico.
- Nise da Silveira — psiquiatra.
- Rosaly Lopes — astrônoma.
- Duília de Mello — astrônoma.
- Thaisa Storchi Bergmann — astrofísica.
- Suzana Herculano-Houzel — neurocientista.
- Maurício Rocha e Silva — médico e farmacologista, codescobridor da bradicinina.
- Oscar Sala — físico nuclear.
- Manfredo do Carmo — matemático.
- Elon Lages Lima — matemático.
- Oswaldo Cruz — médico e epidemiologista.
- Joaquim Cardozo — engenheiro responsável pelos cálculos de diversas edificações projetadas por Oscar Niemeyer.[50]
- Renato Sabbatini — um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde.
- Roberto Salmeron — físico nuclear.
- Sérgio Henrique Ferreira — médico e farmacologista.
- Vital Brazil — médico e imunologista, descobridor do soro antiofídico.
- Warwick Estevam Kerr — biólogo e geneticista.
- José Carlos de Figueiredo Ferraz — Engenheiro, concebeu a estrutura em concreto protendido do MASP.
Invenções brasileiras[editar | editar código-fonte]
Algumas das invenções realizadas por brasileiros:[51] Invenções marcadas com asterisco (*) são as que possuem o pioneirismo do inventor contestado, ou em que vários inventores de lugares diferentes contribuíram para o invento.
- Avião *, por Santos Dumont
- Copo americano, por Nadir Figueiredo[52]
- Escorregador de arroz, por Therezinha Beatriz de Andrade[53]
- Bina, por Nélio José Nicolai
- Urna eletrônica, por Carlos Prudêncio[54]
- Orelhão, por Chu Ming Silveira
- Futevôlei, por Otávio Morais
- Lacre de Segurança de Plástico, por Eduardo Lima[55]
- Painel eletrônico, por Carlos Eduardo Lamboglia[56]
- Toca-fitas portátil, por Andreas Pavel
- Fotografia *, por Hércules Florence
- Coração artificial, por Aron de Andrade[57]
- Terço eletrônico, por Josué Corrêa de Lacerda[58]
- Tênis computadorizado, pela Alpagartas Brasil[59]
- Cartão telefônico, por Nelson Guilherme Bardini[60]
- Máquina de escrever *, por Francisco João de Azevedo[61]
- Sangue artificial *, por Eliana Abdelhay[62][63][64]
- Dirigível *, por Augusto Severo de Albuquerque Maranhão[65] (ver: Pax (dirigível)
- Balão a ar quente, por Bartolomeu de Gusmão
- Abreugrafia, por Manuel Dias de Abreu
- Vacina contra Hepatite B, por Nicolai Granovski[66]
- Rádio *, por Roberto Landell de Moura
Descobertas brasileiras[editar | editar código-fonte]
Algumas das descobertas realizadas por brasileiros: Descobertas marcadas com asterisco (*) são as que possuem o pioneirismo do decobridor contestado, ou em que vários cientistas de lugares diferentes contribuíram para a descoberta.
- Doença de Chagas, por Carlos Chagas
- Bradicinina, por Maurício Rocha e Silva
- Primeiras bacias de Petróleo em camadas pré-sal *, pela Petrobras[67][68]
- Soro antiofídico, por Vital Brazil
- Méson pi *, por César Lattes
Programa espacial[editar | editar código-fonte]

O Programa Espacial Brasileiro compreende a pesquisa e o desenvolvimento das tecnologias de veículos lançadores, de produção de satélites e a criação dos serviços a eles relacionados em benefício do desenvolvimento econômico e social do Brasil.[69]
Pode-se dizer que o moderno Programa Espacial Brasileiro, teve início em 1956, quando técnicos brasileiros tiveram o primeiro contato com alguma forma de atividade na área espacial, com a montagem de uma estação de rastreio no arquipélago de Fernando de Noronha, por efeito de um acordo entre Brasil e Estados Unidos, para rastrear as transmissões das cargas úteis dos foguetes lançados de Cabo Canaveral. A criação da NASA em 1958 e o aumento da potência de transmissão dos engenhos espaciais, tornaram a estação obsoleta, e depois de quatro anos de atividades, o programa foi encerrado em 1960.[70]
O Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA) e a Agência Espacial Brasileira (AEB) anunciaram o desenvolvimento de uma nova família de veículos lançadores com capacidade para transportar satélites e plataformas espaciais de pequeno, médio e grande porte a órbitas baixas, médias e de transferência geoestacionária. Denominado Programa Cruzeiro do Sul (em referência as cinco estrelas da constelação Cruzeiro do Sul) a nova família de lançadores, composta pelos veículos Alfa, Beta, Gama, Delta e Épsilon, atenderá tanto as missões espaciais propostas no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) da AEB, como também as missões de clientes internacionais. Atualmente o país mantém uma série de foguetes de sondagem capazes de vôos suborbitais como os das séries VS-30 e VS-40 com dezenas de lançamentos desde o país e no exterior.[71][72]
Em dezembro de 2021, foi realizado com sucesso na Operação Cruzeiro o primeiro vôo de um motor Scramjet do CLA, movido pelo foguete VSB-30 V32, o motor será usado no veículo hipersônico 14-X.[73][74]
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Brasil e as armas de destruição em massa
- Impactos do aquecimento global no Brasil
- Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia
- Invenções portuguesas, durante o período da Colonização do Brasil
- Ministério Brasileiro da Ciência e Tecnologia
- Programa energético do Brasil
- Política Nacional de Informática
- Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica
- Programa antártico brasileiro
- Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
- Tunguska brasileiro
- Lista de invenções e descobertas brasileiras
Referências
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Brazilian science and technology», especificamente desta versão.
- ↑ Fonte
- ↑ OGlobo.com
- ↑ [1] - World Economic Forum, 25 de agosto de 2013 (visitado em 25-8-2013)
- ↑ Brasil lançará satélite que levará banda larga a todo país
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- ↑ «A poesia concreta de Joaquim Cardozo». VEJA. Consultado em 30 de setembro de 2014. Arquivado do original em 20 de agosto de 2013
- ↑ Dez invenções brasileiras, Yahoo!, acessado em 26 de agosto de 2011
- ↑ Copo americano, Yahoo!, acessado em 26 de agosto de 2011
- ↑ Escorregador de arroz, Yahoo!, acessado em 26 de agosto de 2011
- ↑ Urna eletrônica, Yahoo!, acessado em 26 de agosto de 2011
- ↑ Lacre de Segurança de Plástico, Yahoo!, acessado em 26 de agosto de 2011
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- ↑ Coração Artificial, Guia dos Curiosos, acessado em 26 de agosto de 2011
- ↑ Terço eletrônico, Guia dos Curiosos, acessado em 26 de agosto de 2011
- ↑ Tênis eletrônico, Guia dos Curiosos, acessado em 26 de agosto de 2011
- ↑ Cartão telefônico, Guia dos Curiosos, acessado em 26 de agosto de 2011
- ↑ Quem inventou a máquina de escrever, acessado em 26 de agosto de 2011
- ↑ Sangue artificial, acessado em 3 de setembro de 2011
- ↑ inventores brasileiros, acessado em 3 de setembro de 2011
- ↑ os grandes cientistas pioneiros, acessado em 3 de setembro de 2011
- ↑ Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, acessado em 26 de agosto de 2011
- ↑ vacina contra Hepatite B, acessado em 3 de setembro de 2011
- ↑ Pré-Sal, Veja, acessado em 26 de agosto de 2011
- ↑ Brasil Escola
- ↑ «A iniciação científica e o Programa Espacial Brasileiro» (PDF). CNPQ - PIBIC. 2006. Consultado em 17 de fevereiro de 2013[ligação inativa]
- ↑ Gouveia, Adalton (2003). INPE, ed. ESBOÇO HISTÓRICO DA PESQUISA ESPACIAL NO BRASIL. São José dos Campos: INPE
- ↑ VSB30 Lançado com sucesso na Suecia
- ↑ Foguete suborbital VS-30...lançado na Noruega
- ↑ Vídeo 14-x - teste de lançamento do 14-XS Projeto Propulsão Hipersônica 14-X
- ↑ https://tecnodefesa.com.br/operacao-cruzeiro-motor-aeronautico-hipersonico-nacional/
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Ministério Brasileiro da Ciência e Tecnologia - MCT
- Conselho Nacional de Pesquisa - CNPq
- Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP
- Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN
- Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
- Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial - DCTA
- Instituto de Estudos Avançados - IEAv
- Sociedade Brasileira de Química - SBQ
- Associação Brasileira de Educação - ABE
- Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados do Brasil
- Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)
- Associação Ciências e Tecnologia
- Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial
- «As vitórias do Brasil no principal prêmio de ciência dos países em desenvolvimento» (Nexo Jornal + Juliana Domingos de Lima, 29 de novembro de 2016)
- (inclusive respectivo archiving, no Archive.is)
- «Novos testes de medicamentos no Brasil vão considerar DNA indígena e africano» (Revista AzMina + Amanda Negri, 7 de dezembro de 2016)
- ( inclusive respectivo archiving, no Wayback Machine)