Eleição presidencial no Brasil em 2014: diferenças entre revisões
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A ex-vereadora de São Paulo [[Soninha Francine]] também demonstrou o interesse em concorrer à presidência,<ref>[http://www.portalodia.com/noticias/politica/ex-petista,-soninha-francine-confirma-pre-candidatura-a-presidencia-186540.html "Ex-petista, Soninha Francine confirma pré-candidatura à Presidência"]. ''[[O Dia]]''. 15 de novembro de 2013. Página acessada em 2 de dezembro de 2013.</ref> mas [[Roberto Freire (político)|Roberto Freire]], o presidente nacional de seu partido, o [[Partido Popular Socialista]] (PPS), afirmou que a legenda deve mais uma vez abrir mão da candidatura própria para apoiar o PSB.<ref>Galhardo, Ricardo. [http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2013-12-04/pps-deve-indicar-apoio-a-eduardo-campos.html "PPS deve indicar apoio a Eduardo Campos"]. [[iG]]. 4 de dezembro de 2013. acessada em 4 de dezembro de 2013.</ref><ref name=":0" /> Além de Soninha, os nomes de [[Fernando Gabeira]] (PV) e [[Joaquim Barbosa]], atual presidente do [[Supremo Tribunal Federal]], também foram cogitados por partidos e institutos de pesquisa, mas ambos negaram a intenção de concorrer à presidência.<ref>Bruno, Cássio. [http://oglobo.globo.com/pais/apesar-do-assedio-gabeira-diz-ter-sepultado-ideia-de-ser-candidato-em-2014-9165843 "Apesar do assédio, Gabeira diz ter sepultado ideia de ser candidato em 2014"]. ''[[O Globo]]''. 25 de julho de 2013. Página acessada em 2 de dezembro de 2013.</ref><ref>[http://exame.abril.com.br/brasil/politica/noticias/joaquim-barbosa-afirma-que-nao-sai-candidato-em-2014 "Joaquim Barbosa afirma que não será candidato em 2014"]. ''[[Exame (revista)|Exame]]''. 29 de julho de 2013. Página acessada em 2 de dezembro de 2013.</ref> |
A ex-vereadora de São Paulo [[Soninha Francine]] também demonstrou o interesse em concorrer à presidência,<ref>[http://www.portalodia.com/noticias/politica/ex-petista,-soninha-francine-confirma-pre-candidatura-a-presidencia-186540.html "Ex-petista, Soninha Francine confirma pré-candidatura à Presidência"]. ''[[O Dia]]''. 15 de novembro de 2013. Página acessada em 2 de dezembro de 2013.</ref> mas [[Roberto Freire (político)|Roberto Freire]], o presidente nacional de seu partido, o [[Partido Popular Socialista]] (PPS), afirmou que a legenda deve mais uma vez abrir mão da candidatura própria para apoiar o PSB.<ref>Galhardo, Ricardo. [http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2013-12-04/pps-deve-indicar-apoio-a-eduardo-campos.html "PPS deve indicar apoio a Eduardo Campos"]. [[iG]]. 4 de dezembro de 2013. acessada em 4 de dezembro de 2013.</ref><ref name=":0" /> Além de Soninha, os nomes de [[Fernando Gabeira]] (PV) e [[Joaquim Barbosa]], atual presidente do [[Supremo Tribunal Federal]], também foram cogitados por partidos e institutos de pesquisa, mas ambos negaram a intenção de concorrer à presidência.<ref>Bruno, Cássio. [http://oglobo.globo.com/pais/apesar-do-assedio-gabeira-diz-ter-sepultado-ideia-de-ser-candidato-em-2014-9165843 "Apesar do assédio, Gabeira diz ter sepultado ideia de ser candidato em 2014"]. ''[[O Globo]]''. 25 de julho de 2013. Página acessada em 2 de dezembro de 2013.</ref><ref>[http://exame.abril.com.br/brasil/politica/noticias/joaquim-barbosa-afirma-que-nao-sai-candidato-em-2014 "Joaquim Barbosa afirma que não será candidato em 2014"]. ''[[Exame (revista)|Exame]]''. 29 de julho de 2013. Página acessada em 2 de dezembro de 2013.</ref> |
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Entre os partidos menores, o ex-deputado federal constituinte e três vezes candidato a presidente [[José Maria Eymael]], confirmou sua pré-candidatura à presidência pelo [[Partido Social Democrata Cristão]] (PSDC) em entrevista concedida ao portal [[R7]] no início de dezembro de 2013.<ref>Borges, Rodolfo. [http://noticias.r7.com/eleicoes-2014/a-democracia-crista-esta-madura-para-vencer-a-eleicao-diz-eymael-02122013 "“A democracia-cristã está madura para vencer a eleição”, diz Eymael"]. [[R7]]. 2 de dezembro de 2013. Página acessada em 2 de dezembro de 2013.</ref> O presidente do [[Partido Renovador Trabalhista Brasileiro]] (PRTB), [[Levy Fidélix]], que disputou a presidência em 2010, pediu ao Ibope que inserisse seu nome nas pesquisas de intenção de voto.<ref name="FerRod">[[Fernando Rodrigues|Rodrigues, Fernando]]. [http://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/2014/02/04/ibope-incluira-pastor-everaldo-do-psc-nas-pesquisas-de-intencao-de-voto/ "Ibope incluirá Pastor Everaldo, do PSC, nas pesquisas de intenção de voto"]. UOL. 4 de fevereiro de 2014. Página acessada em 21 de fevereiro de 2014.</ref> [[José Maria de Almeida]] do [[Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado]] (PSTU) também falam em disputar a presidência.<ref name="FerRod" /> |
Entre os partidos menores, o ex-deputado federal constituinte e três vezes candidato a presidente [[José Maria Eymael]], confirmou sua pré-candidatura à presidência pelo [[Partido Social Democrata Cristão]] (PSDC) em entrevista concedida ao portal [[R7]] no início de dezembro de 2013.<ref>Borges, Rodolfo. [http://noticias.r7.com/eleicoes-2014/a-democracia-crista-esta-madura-para-vencer-a-eleicao-diz-eymael-02122013 "“A democracia-cristã está madura para vencer a eleição”, diz Eymael"]. [[R7]]. 2 de dezembro de 2013. Página acessada em 2 de dezembro de 2013.</ref> O presidente do [[Partido Renovador Trabalhista Brasileiro]] (PRTB), [[Levy Fidélix]], que disputou a presidência em 2010, pediu ao Ibope que inserisse seu nome nas pesquisas de intenção de voto.<ref name="FerRod">[[Fernando Rodrigues|Rodrigues, Fernando]]. [http://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/2014/02/04/ibope-incluira-pastor-everaldo-do-psc-nas-pesquisas-de-intencao-de-voto/ "Ibope incluirá Pastor Everaldo, do PSC, nas pesquisas de intenção de voto"]. UOL. 4 de fevereiro de 2014. Página acessada em 21 de fevereiro de 2014.</ref> [[José Maria de Almeida]] do [[Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado]] (PSTU) também falam em disputar a presidência.<ref name="FerRod" /> [[Denise Abreu]] lançou sua pré-candidatura pelo [[Partido Ecológico Nacional]] (PEN).<ref>[http://www.pen51.org.br/ler-noticia.php?id=878#.U3gTFhLc-1t PEN51] - O PEN51 TERÁ CANDIDATO (A) A PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Página acessada em 17 de Maio de 2014.</ref> |
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== Pesquisas de opinião == |
== Pesquisas de opinião == |
Revisão das 02h21min de 18 de maio de 2014
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5 de outubro de 2014 Principais Pré-Candidatos [a] | ||||
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Candidato | Dilma Rousseff | Aécio Neves | Eduardo Campos | |
Partido | PT | PSDB | PSB | |
Natural de | Minas Gerais[b] | Minas Gerais | Pernambuco | |
Candidato | Randolfe Rodrigues | Everaldo Pereira | Eduardo Jorge | |
Partido | PSOL | PSC | PV | |
Natural de | Pernambuco[c] | Rio de Janeiro[1] | Bahia | |
A eleição presidencial brasileira de 2014 será realizada em 5 de outubro de 2014.[2] Caso nenhum dos candidatos atinja mais de 50% dos votos válidos, um segundo turno será realizado em 26 de outubro. A atual presidente da República, Dilma Rousseff, deve concorrer à reeleição pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Ela deve ter como principais adversários o senador Aécio Neves do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos do Partido Socialista Brasileiro (PSB).[3]
Contexto
Eleição de 2010
Em 31 de outubro de 2010, no segundo turno das eleições de 2010, Dilma Rousseff do PT, ex-ministra-chefe da Casa Civil do governo Lula, se tornou a primeira mulher eleita para a presidência da República do Brasil após derrotar o então candidato do PSDB José Serra.[4] A campanha foi dominada por temas morais e religiosos, sendo a candidata petista vítima de panfletos apócrifos distribuídos por grupos religiosos conservadores onde era acusada de apoiar o terrorismo, o aborto e a corrupção.[5] Como consequência, a abstenção no segundo turno superou a marca de 20 milhões de eleitores.[4] Além disso, no primeiro turno a polarização entre PT e PSDB presente na política nacional desde 1994[6] se viu ameaçada pela votação expressiva em Marina Silva, ex-ministra do meio-ambiente do governo Lula, então no Partido Verde,[7] que obteve cerca de 19,6 milhões de votos.[8] De qualquer forma, Dilma foi eleita com 56,1% dos votos válidos, devido sobretudo a aprovação do Governo Lula e de sua atuação à frente do Ministério da Casa Civil. Em 2010, a aprovação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu um recorde mundial, num patamar acima de 80%. A aprovação pessoal de Lula atingiu 87% dos brasileiros o avaliando positivamente. [9]
Primeiros anos do governo Dilma
O crescimento da economia nos dois primeiros anos do governo Dilma ficou aquém do esperado, devido aos reflexos da crise mundial inicada em 2008.[10] Com 2,7% de crescimento em 2011 e 1% em 2012. Em 2013, a economia brasileira cresceu 2,3%, índice puxado principalmente pela agropecuária e pelo aumento da taxa de investimento.[11]
A inflação foi mantida dentro dos limites previstos, mas sempre acima do centro da meta,[10] o que tem gerado críticas à política econômica da presidente.[12] No entanto, deve-se notar que a inflação média anual obtida pelo governo Dilma foi a mais baixa desde o início do Plano Real.[13] O Governo Dilma conseguiu reduzir ainda mais a taxa de desemprego, atingindo nas principais capitais a condição de pleno emprego.[10] A taxa de desemprego em 2013 caiu a 5,4%, menor patamar histórico.[14] A renda dos trabalhadores também manteve forte expansão desde o início do governo Dilma.[10]
Apesar dos avanços no combate à miséria e ao desmatamento, o governo Dilma encontrou dificuldades em áreas como reforma agrária, reforma política, reforma tributária, e no diálogo com as centrais sindicais, todas bandeiras históricas do PT, o que gerou críticas à presidente dentro do seu próprio partido.[15] Na área educacional, apesar do ritmo lento de expansão de creches, institutos federais de tecnologia e universidades federais, o governo logrou êxito com o programa Ciência sem Fronteiras, que já ofereceu milhares de bolsas de estudo para universitários em alguns dos principais centros de pesquisa do mundo.[10] O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), criado em 2011, atingiu em 2013 a marca de 4,6 milhões de matrículas.[16] Outros êxitos do governo incluem a aprovação do Vale Cultura e a ampliação do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida e do programa Farmácia Popular.[10] Deve-se destacar a implantação da Comissão Nacional da Verdade que tem por finalidade apurar graves violações de Direitos Humanos ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988, o que inclui o período da Ditadura militar[17].
Protestos de junho de 2013
No final de junho de 2013, os governos municipais, estaduais e federal enfrentaram uma das maiores manifestações populares da história do Brasil.[18] Motivados inicialmente pelo aumento do preço das passagens do transporte coletivo nas capitais, os manifestantes posteriormente voltaram sua pauta de reivindicações para outros temas após o cancelamento do aumento dos preços das passagens em várias cidades.[19] Os protestos se voltaram em especial contra a Copa das Confederações FIFA de 2013, cuja realização coincidiu com as manifestações.[19] Os protestos chegaram a reunir mais de um milhão de pessoas simultaneamente nas ruas de 80 cidades e se transformaram nas maiores manifestações de rua do país em mais de duas décadas. Segundo o pesquisador francês Frédéric Louault, o governo Dilma foi pego de surpresa pelos protestos, pois não percebeu o distanciamento que estava tomando dos movimentos sociais, tradicionais aliados do PT.[20] Segundo Louault, "concentrado nos indicadores macroeconômicos, o governo pensava que o apoio dos setores sociais estava garantido. Este foi um erro importante do governo de Dilma Rousseff".[20]
À época, Dilma possuía altos índices de popularidade - 79% de aprovação pessoal - e segundo o jornalista Paulo Moreira Leite "a oposição parecia ajoelhada", uma vez que a população dava a impressão de estar satisfeita com seu governo.[18] Durante e após os protestos, a popularidade da presidente caiu acentuadamente, assim como a de boa parte dos governadores e prefeitos.[18] Dilma chegou a empatar com Marina Silva em uma das simulações de segundo turno.[21] No entanto, ao contrário de governadores e prefeitos, que preferiram manter distância das reivindicações para evitar maiores desgastes, Dilma "saiu da defensiva", segundo o comentarista político Kennedy Alencar,[22] e apresentou na televisão um plano de cinco pactos em resposta às principais reivindicações das ruas – a defesa de uma maior responsabilidade fiscal para evitar o avanço da inflação, a proposta de criar uma assembleia constituinte para promover a reforma política, maiores investimentos em mobilidade urbana, a destinação de 100% dos royalties do pré-sal para a educação e ações voltadas para a melhoria da saúde pública.[23]
Segundo avaliação do secretário-geral da presidência da República, Gilberto Carvalho, os protestos tiveram origem na insatisfação da "grande camada de brasileiros que emergiu da exclusão e passou a consumir" com os serviços públicos medianos que lhe são ofertados.[19] Visão semelhante foi expressa pelo cientista político francês Olivier Dabène,[20] pelo correspondente do El País Juan Arias e pelo ex-presidente Lula em sua coluna no New York Times.[24][25] Segundo a AFP, os protestos também foram motivados pelo "período de crescimento econômico magro e de inflação em alta" e foram organizados por jovens apolíticos de classe média,[19] visão da qual tanto Lula quanto Arias discordam; segundo eles, os protestos ocorreram justamente devido ao fato de que as pessoas estão mais atentas à política nacional.[24][25] Para Louault, os protestos de junho deixaram claro que o PT se distanciou da juventude, o que pode futuramente lhe trazer problemas de renovação interna do partido.[20] Conforme as manifestações foram se tornando cada vez mais violentas a partir de julho, a participação popular nos protestos acabou se arrefecendo.[22][26] Segundo Marcia Cavallari, diretora do Ibope Inteligência, o foco das manifestações "se perdeu quando começaram a ação dos black blocs, do vandalismo, do quebra-quebra e isso fez com que a grande maioria das pessoas, as que querem se manifestar por causas legítimas se inibissem".[27]
Após os protestos
"As negociações políticas que se sucederam às manifestações mostram a que ponto a dominação do PT na vida política se tornou frágil e dependente dos jogos de alianças."
Frédéric Louault, pesquisador do Sciences Po em relatório ao Ministério das Relações Exteriores da França.[20]
A proposta de Dilma de convocar uma nova constituinte, segundo Leite, "não sobreviveu a 30 minutos de conversa".[18] Segundo o pesquisador francês Frédéric Louault, ao tentar apresentar uma resposta à população, os petistas se viram bloqueados pelos partidos que sustentam a base aliada do governo no Congresso.[20] Por outro lado, o pacto pela responsabilidade fiscal foi celebrado,[28] assim como a destinação dos royalties do pré-sal para a educação (com mudanças da Câmara dos Deputados para favorecer também a saúde pública)[22][29] e o anúncio de novos investimentos em Mobilidade Urbana.[30] Os programas de Mobilidade Urbana do PAC 2 têm investidos recursos em metrôs, Bus Rapid Transit (BRTs), corredores de ônibus, veículos leves sobre trilhos, aeromóvel, entre outros[31]. Quanto à saúde, o governo implantou o programa Mais Médicos,[22] que consiste na vinda de médicos estrangeiros para o país para suprir a carência de profissionais nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades. Apoiado por 84,3% da população,[32] o programa é considerado o principal trunfo do governo Dilma e o principal fator que impulsionou a recuperação de sua popularidade após os protestos.[18] Também teria contribuído para a recuperação da popularidade da presidente sua postura incisiva após as denúncias de que o governo dos Estados Unidos teria espionado o governo brasileiro.[18]
No início de outubro de 2013, Marina Silva, que teria sido a candidata mais beneficiada pelos protestos de junho segundo as pesquisas de intenção de voto,[33] teve o registro de seu partido, o Rede Sustentabilidade, negado pelo Tribunal Superior Eleitoral por não ter apresentado o número mínimo de assinaturas exigido pela legislação até o prazo de 5 de outubro de 2013 (um ano antes da eleição), ficando assim impossibilitada de concorrer à presidência em 2014 pela agremiação.[34][6] Após reuniões com representantes do Partido Popular Socialista (PPS) e do Partido Socialista Brasileiro, sendo que este último havia rompido com o governo em 18 de setembro para lançar a candidatura do governador de Pernambuco Eduardo Campos à presidência,[35] Marina decidiu filiar-se ao PSB.[34][36] Especula-se que ela pode ser candidata a vice-presidente numa chapa encabeçada por Campos.[37][38]
Em 15 de novembro de 2013, foram presos os condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da ação penal do mensalão.[39] O julgamento começou em 2 de agosto de 2012 e foi concluído em 17 de dezembro do mesmo ano.[39] Figuravam entre os 25 réus condenados figuras históricas do PT como José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares.[39] Dilma evitou fazer comentários sobre as prisões dos colegas de partido, afirmando que não analisar as sentenças do STF é um procedimento exigido dos presidentes.[40] Segundo os cientistas políticos Pedro Fassoni Arruda e Luciano Dias, o mensalão não deve impactar a campanha de reeleição da presidente.[41] De fato, a popularidade de Dilma cresceu após as prisões dos condenados ao mesmo tempo em que grande maioria dos eleitores do PT (87%)[42] declararam apoio às prisões.[43] Um fato novo que poderia surgir do julgamento, no entanto, é a candidatura do relator da ação penal, o juiz Joaquim Barbosa à presidência ou vice-presidência; como magistrado, ele tem até 5 de abril de 2014 para se desincompatibilizar do STF e disputar a eleição.[44][45]
Possíveis candidatos
As candidaturas só serão oficializadas pelos partidos entre 10 e 30 de junho de 2014,[2][45] mas os principais partidos políticos do país já deram indicações de quem serão seus candidatos à presidência:
- Dilma Rousseff (PT): No final de 2012, o Partido dos Trabalhadores (PT) definiu que a presidente Dilma Rousseff será sua candidata, pondo fim às especulações de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia vir a disputar novamente a presidência da República.[46] Michel Temer do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) deve concorrer novamente à vice-presidência.[43] Em 2010, Dilma Rousseff foi eleita presidente da República com o apoio oficial de 10 partidos políticos. Até agora Dilma já garantiu pelo menos 7 legendas dentro do seu projeto de reeleição. O Partido Social Democrático (PSD) foi o primeiro partido a declarar apoio a reeleição da candidata do PT, em novembro de 2013.[47] De acordo com o presidente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Renato Rabelo,o seu partido garantiu o apoio a reeleição da Dilma a fim de garantir do avanço nas mudanças vividas no país nos últimos 10 anos.[48] O recém-criado Partido Republicano da Ordem Social (PROS) também já anunciou apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2014.[49] Segundo o presidente nacional do Partido Republicano Brasileiro (PRB) afirmou que a nível federal continua ao lado da presidente Dilma.[50] Em fevereiro de 2014, o presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Benito Gama, disse em entrevista ao programa Poder e Política, da Folha de São Paulo e UOL, que o seu partido decidiu dar apoio formal para a reeleição.[51] Para o novo presidente do Partido Progressista (PP), Ciro Nogueira, afirmou ser favorável a formalizar uma coligação inédita no plano nacional com o PT em 2014.[52] O PTB e o PP devem oficializar em maio o apoio à presidente Dilma.[53] No início de abril de 2014 o Partido Democrático Trabalhista (PDT) formalizou o indicativo de apoio a reeeleição da atual presidente.[54]
- Eduardo Campos (PSB): Em 10 de outubro de 2013, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) definiu que o governador de Pernambuco Eduardo Campos será seu candidato à presidência,[55] após ter entregue os cargos no governo federal em 18 de setembro.[35] Em 28 de novembro, a ex-ministra do meio-ambiente Marina Silva – que não conseguiu legalizar seu partido, a Rede Sustentabilidade (Rede), a tempo para as eleições de 2014 e acabou se filiando ao PSB[56] – anunciou que Eduardo Campos será o candidato do PSB à presidência, pondo fim às especulações de que ela poderia encabeçar a chapa do partido.[57] No dia 14 de abril de 2014, Marina Silva foi confirmada como candidata a vice-presidente na chapa do ex-governador de Pernambuco. A confirmação era aguardada desde que Marina se filiou ao PSB.[58] O PSB e o Partido Popular Socialista (PPS) formalizaram em fevereiro de 2014 a aliança das duas legendas para a disputa eleitoral.[59]
- Aécio Neves (PSDB): Em 19 de novembro de 2013, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) definiu que o senador por Minas Gerais Aécio Neves será seu candidato à presidência.[60] O ex-governador de São Paulo e candidato derrotado em 2010 José Serra tentou se firmar como candidato pelo partido.[60] Em 16 de dezembro de 2013, Serra publicou um curto comunicado em sua conta no Facebook desistindo da indicação do partido.[61] No final de janeiro de 2014, o presidente do Solidariedade (SD), Paulinho da Força, anunciou o apoio da sigla ao tucano.[62] O Democratas (DEM) pretende negociar com Aécio Neves o apoio a sua candidatura, mas deve cobrar uma participação maior da sigla em governos estaduais controlados pelos tucanos para afastar o partido da órbita de outro presidenciável, o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB).[63] O senador Aécio Neves afirmou que a presença do DEM em sua aliança está “bem encaminhada”.[64]
- Randolfe Rodrigues (PSOL): Em 1° de dezembro de 2013, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) escolheu o senador pelo Amapá Randolfe Rodrigues como candidato do partido para a presidência.[65] Randolfe derrotou a pré-candidata Luciana Genro na votação promovida no 4° Congresso Nacional do partido.[65]
- Eduardo Jorge (PV): Em 22 de março de 2014, o Partido Verde (PV) divulgou nota oficializando a candidatura de Eduardo Jorge à presidência da República pela sigla.[66] Durante evento realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo no mesmo dia, Jorge apresentou o documento "Viver bem, viver verde", com as diretrizes para a elaboração de um programa do PV para uma eventual gestão à frente do Governo Federal.[66]
- Pastor Everaldo Pereira (PSC): O deputado Pastor Everaldo do Partido Social Cristão (PSC) também colocou seu nome como pré-candidato à presidência da República.[67] Em 8 de abril de 2014, o PSC lançou oficialmente a pré-candidatura de Everaldo Pereira. De acordo com o PSC, o lançamento da pré-candidatura de Pereira foi um evento preparatório para a convenção do partido, em junho, quando a candidatura será confirmada.[68]
A ex-vereadora de São Paulo Soninha Francine também demonstrou o interesse em concorrer à presidência,[69] mas Roberto Freire, o presidente nacional de seu partido, o Partido Popular Socialista (PPS), afirmou que a legenda deve mais uma vez abrir mão da candidatura própria para apoiar o PSB.[70][59] Além de Soninha, os nomes de Fernando Gabeira (PV) e Joaquim Barbosa, atual presidente do Supremo Tribunal Federal, também foram cogitados por partidos e institutos de pesquisa, mas ambos negaram a intenção de concorrer à presidência.[71][72]
Entre os partidos menores, o ex-deputado federal constituinte e três vezes candidato a presidente José Maria Eymael, confirmou sua pré-candidatura à presidência pelo Partido Social Democrata Cristão (PSDC) em entrevista concedida ao portal R7 no início de dezembro de 2013.[73] O presidente do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), Levy Fidélix, que disputou a presidência em 2010, pediu ao Ibope que inserisse seu nome nas pesquisas de intenção de voto.[74] José Maria de Almeida do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) também falam em disputar a presidência.[74] Denise Abreu lançou sua pré-candidatura pelo Partido Ecológico Nacional (PEN).[75]
Pesquisas de opinião
Os institutos de pesquisa começaram a testar o cenário mais provável da eleição – com Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos como candidatos – a partir da segunda semana de outubro, após a decisão de Marina Silva de se filiar ao PSB depois do TSE ter negado o registro da Rede Sustentabilidade. Assim sendo, as pesquisas realizadas a partir de 11 de outubro de 2013 não podem ser comparadas com as anteriores, que apresentam Marina Silva e Eduardo Campos como adversários entre si.[76] Em todas as pesquisas divulgadas desde então Dilma Rousseff venceria a disputa no primeiro turno, uma vez que sempre obtém intenção de voto superior à soma das intenções de voto de seus adversários. Na sondagem do Datafolha realizada entre 28 e 29 de novembro de 2013, a petista apresentou crescimento superior à margem de erro pela primeira vez.[3] Na pesquisa seguinte do mesmo instituto, ela apareceu com 30% de vantagem sobre Aécio Neves pela primeira vez; no outro cenário testado, Dilma apareceu com 20% de vantagem sobre Marina Silva também pela primeira vez.
Desde 1º de janeiro de 2014, os institutos de pesquisa são obrigados a registrar suas pesquisas perante a Justiça Eleitoral.[2]
Período da pesquisa | Instituto | Candidato | Nenhum / Branco / Nulo | NS / NR | ||||||||||
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Dilma Rousseff (PT) | Aécio Neves (PSDB) | Eduardo Campos (PSB) | Randolfe Rodrigues (PSOL) | Pastor Everaldo (PSC) | Eduardo Jorge (PV) | Eymael (PSDC) | Levy Fidelix (PRTB) | Mauro Iasi (PCB) | José Maria (PSTU) | Denise Abreu (PEN) | ||||
07 a 08/04/2014 | Datafolha[77] | 37% | 20% | 11% | 1% | 3% | 1% | 0% | 0% | 0% | 0% | 1% | 16% | 8% |
20 a 25/04/2014 | MDA[78] | 36,5% | 21,5% | 11,2% | 0,4% | - | - | 0,6% | 0,4% | - | - | - | 19,2% | 10,2% |
10 a 14/04/2014 | Ibope[79] | 37% | 14% | 6% | 1% | 2% | 0% | 0% | 0% | 0% | - | 1% | 24% | 13% |
06 a 08/04/2014 | Vox Pouli[80] | 40% | 16% | 8% | 0% | 2% | - | 0% | 0% | 0% | - | - | 15% | 18% |
02 a 03/04/2014 | Datafolha[81] | 38% | 16% | 10% | 0% | 2% | 1% | 0% | 1% | 0% | 1% | 1% | 20% | 9% |
13 a 17/03/2014 | Ibope[82] | 40% | 13% | 6% | 1% | 3% | - | 0% | 0% | 0% | - | - | 24% | 12% |
19 a 20/02/2014 | Datafolha[83] | 44% | 16% | 9% | 0% | 3% | 1% | 0% | 0% | 0% | 1% | 0% | 19% | 7% |
13 a 15/02/2014 | Vox Populi[84] | 41% | 17% | 6% | 0% | 0% | - | 0% | 0% | 0% | - | - | 20% | 15% |
Ver também
Notas de rodapé
^ Candidatos com representação partidária na Câmara dos Deputados do Brasil.
^ Apesar de ser natural de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, Dilma Rousseff construiu sua carreira política no Rio Grande do Sul.[85]
^ Apesar de ser natural de Garanhuns, no estado de Pernambuco, Randolfe Rodrigues construiu sua carreira política no estado do Amapá.[86]
Referências
- ↑ http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/o-pastor-candidato-que-pode-levar-a-eleicao-presidencial-para-o-2-turno
- ↑ a b c "TSE aprova calendário e divulga datas das eleições de 2014". Terra. 22 de maio de 2013. Página acessada em 2 de dezembro de 2013.
- ↑ a b "Datafolha: em cenário mais provável, Dilma venceria no 1º turno". Revista Fórum. 30 de novembro de 2013. Página acessada em 2 de dezembro de 2013.
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