Jair Bolsonaro: diferenças entre revisões

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'''Jair Messias Bolsonaro''' ([[Campinas]], [[21 de março]] de [[1955]]) é um [[militar]] [[Reserva militar|da reserva]] e político [[brasil]]eiro. Cumpre atualmente o seu sexto mandato na [[Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara dos Deputados]] do Brasil, eleito pelo [[Partido Progressista (Brasil)|Partido Progressista]] (PP).<ref name="Informações no site da Câmara dos Deputados">{{citar web|url=http://www2.camara.leg.br/deputados/pesquisa/layouts_deputados_biografia?pk=74847|autor= |título=Conheça os Deputados: Jair Bolsonaro|publicado= Câmara dos Deputados|data= |acessodata= 9 de abril de 2011}}</ref> Nas [[Eleições gerais no Brasil em 2014|eleições gerais de 2014]], foi o deputado mais votado do estado do [[Rio de Janeiro]] com apoio de 6% do eleitorado fluminense (464 mil votos).<ref>{{citar web |url=http://oglobo.globo.com/brasil/deputado-mais-votado-no-rio-bolsonaro-reclama-de-ter-apoio-esnobado-por-aecio-14327229 |título=Deputado mais votado no Rio, Bolsonaro reclama de ter apoio esnobado por Aécio |editor=[[O Globo]] |data=22 de outubro de 2014 |acessodata=22 de janeiro de 2015}}</ref> O parlamentar é filiado ao [[Partido Social Cristão]] (PSC) desde março de 2016,<ref name="PSC">{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/brasil/bolsonaro-se-filia-ao-psc-e-lancado-como-pre-candidato-presidencia-18792086|publicado=O Globo|acessodata=2 de março de 2016|título=Bolsonaro se filia ao PSC e é lançado como pré-candidato à Presidência|autor=Isabel Braga|data=2 de março de 2016}}</ref> mas em novembro entrou em conflito com a liderança do partido.<ref>{{citar web |url=http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/jair-bolsonaro-recorre-ao-tse-para-mudar-de-partido/ |titulo=Jair Bolsonaro recorre ao TSE para mudar de partido |publicado=[[Revista Veja]] |autor=Maurício Lima |data=11 de dezembro de 2016 |acessodata=16 de dezembro de 2016}}</ref>
'''Jair Messias Bolsonaro''' ([[Campinas]], [[21 de março]] de [[1955]]) é um [[militar]] [[Reserva militar|da reserva]] e [[Política do Brasil|político brasileiro]]. Cumpre atualmente o seu sexto mandato na [[Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara dos Deputados]] do Brasil, eleito pelo [[Partido Progressista (Brasil)|Partido Progressista]] (PP).<ref name="Informações no site da Câmara dos Deputados">{{citar web|url=http://www2.camara.leg.br/deputados/pesquisa/layouts_deputados_biografia?pk=74847|autor= |título=Conheça os Deputados: Jair Bolsonaro|publicado= Câmara dos Deputados|data= |acessodata= 9 de abril de 2011}}</ref> Nas [[Eleições gerais no Brasil em 2014|eleições gerais de 2014]], foi o deputado mais votado do estado do [[Rio de Janeiro]] com apoio de 6% do eleitorado fluminense (464 mil votos).<ref>{{citar web |url=http://oglobo.globo.com/brasil/deputado-mais-votado-no-rio-bolsonaro-reclama-de-ter-apoio-esnobado-por-aecio-14327229 |título=Deputado mais votado no Rio, Bolsonaro reclama de ter apoio esnobado por Aécio |editor=[[O Globo]] |data=22 de outubro de 2014 |acessodata=22 de janeiro de 2015}}</ref> O parlamentar é filiado ao [[Partido Social Cristão]] (PSC) desde março de 2016,<ref name="PSC">{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/brasil/bolsonaro-se-filia-ao-psc-e-lancado-como-pre-candidato-presidencia-18792086|publicado=O Globo|acessodata=2 de março de 2016|título=Bolsonaro se filia ao PSC e é lançado como pré-candidato à Presidência|autor=Isabel Braga|data=2 de março de 2016}}</ref> mas em novembro entrou em conflito com a liderança do partido.<ref>{{citar web |url=http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/jair-bolsonaro-recorre-ao-tse-para-mudar-de-partido/ |titulo=Jair Bolsonaro recorre ao TSE para mudar de partido |publicado=[[Revista Veja]] |autor=Maurício Lima |data=11 de dezembro de 2016 |acessodata=16 de dezembro de 2016}}</ref>


Também foi titular da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado,<ref>{{citar web|url= http://www.camara.gov.br/Internet/deputado/Dep_Detalhe.asp?id=522255 |autor= |título=Deputado Jair Bolsonaro | data=| publicado = Câmara dos Deputados | acessodata = 9 de abril de 2011}}</ref> além de ter sido suplente da [[Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados do Brasil|Comissão de Direitos Humanos e Minorias]] da [[Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara dos Deputados]].<ref>{{citar web| url = http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cdhm/membros |autor= |título= Comissão de Direitos Humanos e Minorias|publicado= Câmara dos Deputados|data= |acessodata= 9 de abril de 2011}}</ref> Além dele, seu irmão Renato Bolsonaro e três filhos seus também são políticos: [[Carlos Bolsonaro]] (vereador do Rio de Janeiro pelo PP), [[Flávio Bolsonaro]] (deputado estadual do RJ pelo PSC)<ref name="bolsonarocqc">{{citar web |url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/04/filhos-de-bolsonaro-dizem-que-pai-nao-e-preconceituoso.html |título=Filhos de Bolsonaro dizem que pai não é preconceituoso |autor=Thamine Leta |data= 1 de abril de 2011 |publicado=G1|acessodata= 1 de abril de 2011}}</ref> e [[Eduardo Bolsonaro]] (deputado federal de São Paulo pelo PSC).
Também foi titular da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado,<ref>{{citar web|url= http://www.camara.gov.br/Internet/deputado/Dep_Detalhe.asp?id=522255 |autor= |título=Deputado Jair Bolsonaro | data=| publicado = Câmara dos Deputados | acessodata = 9 de abril de 2011}}</ref> além de ter sido suplente da [[Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados do Brasil|Comissão de Direitos Humanos e Minorias]] da [[Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara dos Deputados]].<ref>{{citar web| url = http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cdhm/membros |autor= |título= Comissão de Direitos Humanos e Minorias|publicado= Câmara dos Deputados|data= |acessodata= 9 de abril de 2011}}</ref> Além dele, seu irmão Renato Bolsonaro e três filhos seus também são políticos: [[Carlos Bolsonaro]] (vereador do Rio de Janeiro pelo PP), [[Flávio Bolsonaro]] (deputado estadual do RJ pelo PSC)<ref name="bolsonarocqc">{{citar web |url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/04/filhos-de-bolsonaro-dizem-que-pai-nao-e-preconceituoso.html |título=Filhos de Bolsonaro dizem que pai não é preconceituoso |autor=Thamine Leta |data= 1 de abril de 2011 |publicado=G1|acessodata= 1 de abril de 2011}}</ref> e [[Eduardo Bolsonaro]] (deputado federal de São Paulo pelo PSC).


Tornou-se conhecido nacionalmente por suas posições [[Nacionalismo no Brasil|nacionalistas]] e [[Conservadorismo|conservadoras]], por suas críticas ao [[comunismo]] e à [[Esquerda política|esquerda]]<ref>{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/politica/2011/03/31/em-entrevista-bolsonaro-diz-que-mec-abre-as-portas-para-homossexualidade-e-pedofilia.jhtm |autor= |título=Em entrevista, Bolsonaro diz que MEC "abre as portas" para homossexualidade e pedofilia|data=31 de março de 2011|publicado=UOL |acessodata= 31 de março de 2011}}</ref> e por várias [[Controvérsias envolvendo Jair Bolsonaro|declarações controversas]], as quais lhe renderam cerca de 30 pedidos de [[cassação]] em 26 anos de mandatos na Câmara dos Deputados.<ref name="Folha Poder">{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/06/1779759-pre-candidato-bolsonaro-tenta-criar-a-extrema-direita-light.shtml |titulo=Pré-candidato, Bolsonaro tenta criar a 'extrema direita light |publicado=Folha de S. Paulo |autor=Thaís Bilenki |data=9 de junho de 2016 |acessodata=16 de dezembro de 2016}}</ref> Também é conhecido por defender a [[ditadura militar no Brasil|ditadura militar]] e por considerar a [[Tortura no Brasil|tortura]] uma prática legítima.<ref name="Folha Poder"/> Suas posições políticas geralmente são classificadas como alinhadas aos discursos da [[extrema-direita]].<ref name="Folha Poder"/><ref name=nyt>{{citar web |url=http://www.nytimes.com/1993/07/25/weekinreview/conversations-jair-bolsonaro-soldier-turned-politician-wants-give-brazil-back.html |título=Conversations/Jair Bolsonaro; A Soldier Turned Politician Wants To Give Brazil Back to Army Rule |editor=[[The New York Times]] |data=25 de julho de 1993 |acessodata=4 de junho de 2016}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI5038071-EI6578,00-Jarbas+Passarinho+Nunca+pude+suportar+Jair+Bolsonaro.html|título= Jarbas Passarinho: "Nunca pude suportar Jair Bolsonaro" |autor= Claudio Leal |publicado= Terra Magazine |data= 31 de março de 2011 |acessodata= 19 de abril de 2011}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www2.jornaldacidade.net/index.php|título= Jair Bolsonaro: um fascista à brasileira? |autor= Natália Abreu Damasceno |publicado= Jornal da Cidade |data= |acessodata= 19 de abril de 2011}}</ref><ref>{{citar web |url=http://brasil.elpais.com/brasil/2014/10/07/politica/1412684374_628594.html |título=O inquietante ‘fenômeno Bolsonaro’ |editor=[[El País]] |data=7 de outubro de 2014 |acessodata=10 de junho de 2015}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.cartacapital.com.br/tecnologia/a-onda-bolsonaro-e-o-despertar-do-neonazismo |título=A onda Bolsonaro e o despertar do neonazismo |editor=[[Carta Capital]] |data=4 de abril de 2012 |autor=Clara Roman |acessodata=10 de junho de 2015}}</ref>
Tornou-se conhecido nacionalmente por suas posições [[Nacionalismo no Brasil|nacionalistas]] e [[Conservadorismo|conservadoras]], por suas [[Anticomunismo|críticas ao comunismo]] e à [[Esquerda política|esquerda]]<ref>{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/politica/2011/03/31/em-entrevista-bolsonaro-diz-que-mec-abre-as-portas-para-homossexualidade-e-pedofilia.jhtm |autor= |título=Em entrevista, Bolsonaro diz que MEC "abre as portas" para homossexualidade e pedofilia|data=31 de março de 2011|publicado=UOL |acessodata= 31 de março de 2011}}</ref> e por várias [[Controvérsias envolvendo Jair Bolsonaro|declarações controversas]], as quais lhe renderam cerca de 30 pedidos de [[cassação]] em 26 anos de mandatos na Câmara dos Deputados.<ref name="Folha Poder">{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/06/1779759-pre-candidato-bolsonaro-tenta-criar-a-extrema-direita-light.shtml |titulo=Pré-candidato, Bolsonaro tenta criar a 'extrema direita light |publicado=Folha de S. Paulo |autor=Thaís Bilenki |data=9 de junho de 2016 |acessodata=16 de dezembro de 2016}}</ref> Também é conhecido por defender a [[ditadura militar no Brasil|ditadura militar]] e por considerar a [[Tortura no Brasil|tortura]] uma prática legítima.<ref name="Folha Poder"/> Suas posições políticas geralmente são classificadas como alinhadas aos discursos da [[extrema-direita]].<ref name="Folha Poder"/><ref name=nyt>{{citar web |url=http://www.nytimes.com/1993/07/25/weekinreview/conversations-jair-bolsonaro-soldier-turned-politician-wants-give-brazil-back.html |título=Conversations/Jair Bolsonaro; A Soldier Turned Politician Wants To Give Brazil Back to Army Rule |editor=[[The New York Times]] |data=25 de julho de 1993 |acessodata=4 de junho de 2016}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI5038071-EI6578,00-Jarbas+Passarinho+Nunca+pude+suportar+Jair+Bolsonaro.html|título= Jarbas Passarinho: "Nunca pude suportar Jair Bolsonaro" |autor= Claudio Leal |publicado= Terra Magazine |data= 31 de março de 2011 |acessodata= 19 de abril de 2011}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www2.jornaldacidade.net/index.php|título= Jair Bolsonaro: um fascista à brasileira? |autor= Natália Abreu Damasceno |publicado= Jornal da Cidade |data= |acessodata= 19 de abril de 2011}}</ref><ref>{{citar web |url=http://brasil.elpais.com/brasil/2014/10/07/politica/1412684374_628594.html |título=O inquietante ‘fenômeno Bolsonaro’ |editor=[[El País]] |data=7 de outubro de 2014 |acessodata=10 de junho de 2015}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.cartacapital.com.br/tecnologia/a-onda-bolsonaro-e-o-despertar-do-neonazismo |título=A onda Bolsonaro e o despertar do neonazismo |editor=[[Carta Capital]] |data=4 de abril de 2012 |autor=Clara Roman |acessodata=10 de junho de 2015}}</ref>

== Biografia ==


==Biografia==
Nasceu na cidade de Campinas, interior do estado de São Paulo, em 21 de março de 1955, filho de Perci Geraldo Bolsonaro<ref name="Revista Crescer"/><ref name=":0" /> e Olinda Bonturi<ref name="Revista Crescer"/>, ambos de [[imigração italiana no Brasil|ascendência italiana]]<ref>{{citar web|URL=http://www.unasp-ec.com/canaldaimprensa2/index.php/mania-de-pureza/http://www.unasp-ec.com/canaldaimprensa2/index.php/mania-de-pureza/|título=Mania de pureza|autor=Canal da Imprensa|data=|publicado=|acessodata=26 de novembro de 2016}}</ref>
Nasceu na cidade de Campinas, interior do estado de São Paulo, em 21 de março de 1955, filho de Perci Geraldo Bolsonaro<ref name="Revista Crescer"/><ref name=":0" /> e Olinda Bonturi<ref name="Revista Crescer"/>, ambos de [[imigração italiana no Brasil|ascendência italiana]]<ref>{{citar web|URL=http://www.unasp-ec.com/canaldaimprensa2/index.php/mania-de-pureza/http://www.unasp-ec.com/canaldaimprensa2/index.php/mania-de-pureza/|título=Mania de pureza|autor=Canal da Imprensa|data=|publicado=|acessodata=26 de novembro de 2016}}</ref>


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== Carreira ==
== Carreira ==

===Serviço militar===
=== Serviço militar ===

Bolsonaro cursou a [[Escola Preparatória de Cadetes do Exército]]<ref name="tortura">{{citar web|url= http://www.terra.com.br/istoegente/28/reportagens/entrev_jair.htm|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130531142150/http://www.terra.com.br/istoegente/28/reportagens/entrev_jair.htm|arquivodata=31 de maio de 2013|título = Entrevista: Jair Bolsonaro — "Eu defendo a tortura"|autor=Cláudia Carneiro|publicado=Istoé Gente|data= |acessodata=9 de abril de 2011}}</ref> e em seguida a [[Academia Militar das Agulhas Negras]], formando-se em 1977. Serviu no [[9º Grupo de Artilharia de Campanha]], em [[Nioaque]], MS, no período de 1979-81.<ref>{{citar web|url=http://www.campograndenews.com.br/politica/bolsonaro-reage-a-criticas-e-garante-vir-a-ms-para-receber-medalha-da-pm|titulo=Bolsonaro reage a críticas e garante vir a MS para receber medalha da PM|data=18 de abril de 2015|acessodata=4 de novembro de 2016|obra=|publicado=Campo Grande News|ultimo=Santos|primeiro=Aline dos}}</ref> Após isso, integrou a [[Brigada de Infantaria Pára-quedista|Brigada de Infantaria Paraquedista do Rio de Janeiro]], onde se especializou em [[paraquedismo]]. Em 1983 formou-se em educação física na [[Escola de Educação Física do Exército]], e tornou-se mestre em saltos pela Brigada de Infantaria Paraquedista. Em 1987, cursou a [[Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais]] (EsAO).<ref name=":0" />
Bolsonaro cursou a [[Escola Preparatória de Cadetes do Exército]]<ref name="tortura">{{citar web|url= http://www.terra.com.br/istoegente/28/reportagens/entrev_jair.htm|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130531142150/http://www.terra.com.br/istoegente/28/reportagens/entrev_jair.htm|arquivodata=31 de maio de 2013|título = Entrevista: Jair Bolsonaro — "Eu defendo a tortura"|autor=Cláudia Carneiro|publicado=Istoé Gente|data= |acessodata=9 de abril de 2011}}</ref> e em seguida a [[Academia Militar das Agulhas Negras]], formando-se em 1977. Serviu no [[9º Grupo de Artilharia de Campanha]], em [[Nioaque]], MS, no período de 1979-81.<ref>{{citar web|url=http://www.campograndenews.com.br/politica/bolsonaro-reage-a-criticas-e-garante-vir-a-ms-para-receber-medalha-da-pm|titulo=Bolsonaro reage a críticas e garante vir a MS para receber medalha da PM|data=18 de abril de 2015|acessodata=4 de novembro de 2016|obra=|publicado=Campo Grande News|ultimo=Santos|primeiro=Aline dos}}</ref> Após isso, integrou a [[Brigada de Infantaria Pára-quedista|Brigada de Infantaria Paraquedista do Rio de Janeiro]], onde se especializou em [[paraquedismo]]. Em 1983 formou-se em educação física na [[Escola de Educação Física do Exército]], e tornou-se mestre em saltos pela Brigada de Infantaria Paraquedista. Em 1987, cursou a [[Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais]] (EsAO).<ref name=":0" />


=== Prisão ===
=== Prisão ===
Em 1986, servindo como [[capitão]] no [[8º Grupo de Artilharia de Campanha|8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista]], Bolsonaro foi preso por quinze dias após escrever, na seção Ponto de Vista da revista ''[[Veja]]'', um artigo intitulado "O salário está baixo". Para Bolsonaro, o desligamento de dezenas de cadetes da AMAN se devia aos baixos salários pagos à categoria de uma forma geral, e não a desvios de conduta, como queria deixar transparecer a cúpula do Exército. A atitude de seus superiores levou à reação de oficiais da ativa e da reserva, inclusive do General [[Newton Cruz]], ex-chefe da agência central do [[Serviço Nacional de Informações]] (SNI) no [[governo João Figueiredo]]. Bolsonaro recebeu cerca de 150 telegramas de solidariedade das mais variadas regiões do país, além do apoio de oficiais do [[Instituto Militar de Engenharia]] (IME) e de esposas de oficiais, que realizaram manifestação em frente ao complexo militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro.<ref name=":0" /> Foi absolvido pelo [[Superior Tribunal Militar]] dois anos depois.<ref name="jarbas-terra">{{citar web |url=http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI5038071-EI6578,00-Jarbas+Passarinho+Nunca+pude+suportar+Jair+Bolsonaro.html |publicado=Terramagazine.terra.com.br |data=31 de março de 2011 |acessodata=6 de dezembro de 2011 |titulo=Jarbas Passarinho: "Nunca pude suportar Jair Bolsonaro" |autor=Terra Magazine}}</ref>


Em 1986, servindo como [[capitão]] no [[8º Grupo de Artilharia de Campanha|8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista]], Bolsonaro foi preso por quinze dias após escrever, na seção Ponto de Vista da revista ''[[Veja]]'', um [[artigo (publicações)|artigo]] intitulado "O salário está baixo". Para Bolsonaro, o desligamento de dezenas de cadetes da AMAN se devia aos baixos salários pagos à categoria de uma forma geral, e não a desvios de conduta, como queria deixar transparecer a cúpula do Exército. A atitude de seus superiores levou à reação de oficiais da ativa e da reserva, inclusive do General [[Newton Cruz]], ex-chefe da agência central do [[Serviço Nacional de Informações]] (SNI) no [[governo João Figueiredo]]. Bolsonaro recebeu cerca de 150 telegramas de solidariedade das mais variadas regiões do país, além do apoio de oficiais do [[Instituto Militar de Engenharia]] (IME) e de esposas de oficiais, que realizaram manifestação em frente ao complexo militar da [[Praia Vermelha (Rio de Janeiro)|Praia Vermelha, no Rio de Janeiro]].<ref name=":0" /> Foi absolvido pelo [[Superior Tribunal Militar]] dois anos depois.<ref name="jarbas-terra">{{citar web |url=http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI5038071-EI6578,00-Jarbas+Passarinho+Nunca+pude+suportar+Jair+Bolsonaro.html |publicado=Terramagazine.terra.com.br |data=31 de março de 2011 |acessodata=6 de dezembro de 2011 |titulo=Jarbas Passarinho: "Nunca pude suportar Jair Bolsonaro" |autor=Terra Magazine}}</ref>
===Operação Beco Sem Saída===

[[Imagem:Bolsonaro_mapa_croqui.jpg|thumb|esquerda|Bolsonaro e o projeto de ataque à Adutora do Guandu, que abastece com água o [[Rio de Janeiro]], escrito com seu próprio punho<ref name="Projeto bomba"/>]]
=== Operação Beco Sem Saída ===

[[Imagem:Bolsonaro_mapa_croqui.jpg|thumb|esquerda|Bolsonaro e o projeto de ataque à Adutora [[Rio Guandu|do Guandu]], que abastece com água o [[Rio de Janeiro]], escrito com seu próprio punho<ref name="Projeto bomba"/>]]

Em 27 de outubro de 1987, Jair Bolsonaro informou à repórter Cássia Maria, da revista ''Veja'', sobre a operação "Beco Sem Saída". Na época Bolsonaro apoiava a melhoria do [[soldo]] e era contra a prisão do capitão Saldon Pereira Filho.<ref>{{citar web |url=https://acervo.veja.abril.com.br/index.html#/edition/1000?page=56&searching=true&section=1&word=jair%20Bolsonaro |publicado= Editora Abril |data= 28 de outubro de 1987| titulo= Pôr bombas nos quartéis, um plano na Esao| edicao=999| acessodata=24 de abril de 2016| autor= Revista Veja}}</ref>
Em 27 de outubro de 1987, Jair Bolsonaro informou à repórter Cássia Maria, da revista ''Veja'', sobre a operação "Beco Sem Saída". Na época Bolsonaro apoiava a melhoria do [[soldo]] e era contra a prisão do capitão Saldon Pereira Filho.<ref>{{citar web |url=https://acervo.veja.abril.com.br/index.html#/edition/1000?page=56&searching=true&section=1&word=jair%20Bolsonaro |publicado= Editora Abril |data= 28 de outubro de 1987| titulo= Pôr bombas nos quartéis, um plano na Esao| edicao=999| acessodata=24 de abril de 2016| autor= Revista Veja}}</ref>


A operação teria como objetivo explodir bombas de baixa potência em banheiros da Vila Militar, da [[Academia Militar das Agulhas Negras]], em [[Resende (Rio de Janeiro)|Resende]], [[Rio de Janeiro]] e em alguns outros quartéis militares com o objetivo de protestar contra o baixo salário que os militares recebiam na época.<ref name="Projeto bomba">{{citar web |url=https://acervo.veja.abril.com.br/index.html#/edition/1000?page=56&searching=true&section=1&word=jair%20Bolsonaro|publicado= Editora Abril |data= 4 de novembro de 1987| titulo= De Próprio Punho - O ministro do exercito acreditou em Bolsonaro e em Fábio, mas eles estavam mentindo| edicao=1000| acessodata=24 de abril de 2016| autor= Revista Veja}}</ref>
A operação teria como objetivo explodir bombas de baixa potência em banheiros da [[Vila Militar (bairro do Rio de Janeiro)|Vila Militar]], da [[Academia Militar das Agulhas Negras]], em [[Resende (Rio de Janeiro)|Resende]], [[Rio de Janeiro]] e em alguns outros quartéis militares com o objetivo de protestar contra o baixo salário que os militares recebiam na época.<ref name="Projeto bomba">{{citar web |url=https://acervo.veja.abril.com.br/index.html#/edition/1000?page=56&searching=true&section=1&word=jair%20Bolsonaro|publicado= Editora Abril |data= 4 de novembro de 1987| titulo= De Próprio Punho - O ministro do exercito acreditou em Bolsonaro e em Fábio, mas eles estavam mentindo| edicao=1000| acessodata=24 de abril de 2016| autor= Revista Veja}}</ref>


Bolsonaro teria desenhado o croqui de onde a bomba seria colocada na Adutora do Guandu, que abastece de água ao município do Rio de Janeiro. A revista entregou o material ao então [[Ministro do Exército]] e este, após quatro meses de investigação, concluiu que a reportagem estava correta e que os capitães haviam mentido.<ref name="Projeto bomba"/>
Bolsonaro teria desenhado o croqui de onde a bomba seria colocada na Adutora do Guandu, que abastece de água ao município do Rio de Janeiro. A revista entregou o material ao então [[Ministro do Exército]] e este, após quatro meses de investigação, concluiu que a reportagem estava correta e que os capitães haviam mentido.<ref name="Projeto bomba"/>
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== Política ==
== Política ==
Em 1988 entrou na vida pública elegendo-se [[vereador]] da cidade do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] pelo [[Partido Democrata Cristão (1985-1993)|Partido Democrata Cristão]]. Nas eleições de 1990 elegeu-se [[deputado federal]] pelo mesmo partido. Viriam em seguida outros quatro mandatos sucessivos. Foi filiado ao [[Partido Progressista Renovador|PPR]] (1993-95), [[PPB]] (1995-2003), [[Partido Trabalhista Brasileiro|PTB]] (2003-2005), [[Partido da Frente Liberal|PFL]] (2005), [[Partido Progressista (Brasil)|PP]] (2005-2016), e desde março de 2016 integra o [[Partido Social Cristão|PSC]].<ref name="PSC" /> Foi autor da lei do voto impresso, segundo o deputado, para evitar fraudes no sistema de votação.<ref>{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/06/1643018-camara-aprova-amarra-ao-tse-e-exigencia-de-impressao-do-voto.shtml|titulo=Câmara aprova amarra ao TSE e exigência de impressão do voto - 16/06/2015 - Poder - Folha de S.Paulo|acessodata=2016-04-08|obra=www1.folha.uol.com.br}}</ref>


Em 1988 entrou na vida pública elegendo-se [[vereador]] da cidade do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] pelo [[Partido Democrata Cristão (1985-1993)|Partido Democrata Cristão]]. Nas [[Eleições gerais no Brasil em 1990|eleições de 1990]] elegeu-se [[deputado federal]] pelo mesmo partido. Viriam em seguida outros quatro mandatos sucessivos. Foi filiado ao [[Partido Progressista Renovador|PPR]] (1993-95), [[PPB]] (1995-2003), [[Partido Trabalhista Brasileiro|PTB]] (2003-2005), [[Partido da Frente Liberal|PFL]] (2005), [[Partido Progressista (Brasil)|PP]] (2005-2016), e desde março de 2016 integra o [[Partido Social Cristão|PSC]].<ref name="PSC" /> Foi autor da lei do voto impresso, segundo o deputado, para evitar fraudes no sistema de votação.<ref>{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/06/1643018-camara-aprova-amarra-ao-tse-e-exigencia-de-impressao-do-voto.shtml|titulo=Câmara aprova amarra ao TSE e exigência de impressão do voto - 16/06/2015 - Poder - Folha de S.Paulo|acessodata=2016-04-08|obra=www1.folha.uol.com.br}}</ref>
Ficou conhecido por suas ideias [[Nacionalismo brasileiro|nacionalistas]], [[Conservadorismo|conservadoras]] e por suas críticas ao [[comunismo]] e à [[Esquerda política|esquerda]]. Bolsonaro defende abertamente o [[Ditadura militar no Brasil (1964–1985)|regime militar]] instalado no Brasil em [[Golpe de 1964|abril de 1964]].<ref>{{citar web|url=http://www.ebc.com.br/noticias/politica/2013/02/jair-bolsonaro-defende-golpe-militar-de-1964-em-recepcao-a-yoani-sanchez |autor=Leandro Melito |título=Jair Bolsonaro defende golpe militar de 1964 em recepção a Yoani Sánchez |data=22 de fevereiro de 2013 |publicado=EBC |acessodata=14 de fevereiro de 2014 }}</ref>


Ficou conhecido por suas ideias [[Nacionalismo brasileiro|nacionalistas]], [[Conservadorismo|conservadoras]] e por suas [[Anticomunismo|críticas ao comunismo]] e à [[Esquerda política|esquerda]]. Bolsonaro defende abertamente o [[Ditadura militar no Brasil (1964–1985)|regime militar]] instalado no Brasil em [[Golpe de 1964|abril de 1964]].<ref>{{citar web|url=http://www.ebc.com.br/noticias/politica/2013/02/jair-bolsonaro-defende-golpe-militar-de-1964-em-recepcao-a-yoani-sanchez |autor=Leandro Melito |título=Jair Bolsonaro defende golpe militar de 1964 em recepção a Yoani Sánchez |data=22 de fevereiro de 2013 |publicado=EBC |acessodata=14 de fevereiro de 2014 }}</ref>
Bolsonaro, que começou sua carreira política em 1988, em cerca de 25 anos interruptos de Congresso conseguiu aprovar uma única emenda, uma PEC que prevê emissão de "recibos" junto ao voto nas urnas eletrônicas.<ref name="Apbbc"">{{Citar web | url=http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/06/150617_salasocial_bolsonaro_primeiraemenda_rs|título=Após 25 anos de Congresso, Bolsonaro consegue aprovar 1ª emenda; "Sou discriminado"|acessodata=17/5/2016|autor=Ricardo Senra|data= 17 de junho de 2015|formato= |publicado= BBC Brasil|páginas=|língua=|citação=}}</ref>

Bolsonaro, que começou sua carreira política em 1988, em cerca de 25 anos interruptos de Congresso conseguiu aprovar uma única emenda, uma [[Proposta de Emenda Constitucional|PEC]] que prevê emissão de "recibos" junto ao voto nas [[Coletor eletrônico de voto|urnas eletrônicas]].<ref name="Apbbc"">{{Citar web | url=http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/06/150617_salasocial_bolsonaro_primeiraemenda_rs|título=Após 25 anos de Congresso, Bolsonaro consegue aprovar 1ª emenda; "Sou discriminado"|acessodata=17/5/2016|autor=Ricardo Senra|data= 17 de junho de 2015|formato= |publicado= BBC Brasil|páginas=|língua=|citação=}}</ref>


=== Desempenho eleitoral ===
=== Desempenho eleitoral ===

Nas eleições de 2010, Jair Bolsonaro obteve cerca de 120 mil votos, sendo o décimo-primeiro deputado federal mais votado do estado do Rio de Janeiro. Em seu mandato anterior se destacou na luta pela aprovação da PEC300 e contra uma possível volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras). É representante de parcela das [[Forças Armadas brasileiras]] na Câmara dos Deputados e defende recomposição salarial dos militares.{{Carece de fontes|Brasil=sim|biografia=sim|sociedade=sim|data=outubro de 2011}}
Nas [[Eleições gerais no Brasil em 2010|eleições de 2010]], Jair Bolsonaro obteve cerca de 120 mil votos, sendo o décimo-primeiro deputado federal mais votado do estado do Rio de Janeiro. Em seu mandato anterior se destacou na luta pela aprovação da PEC300 e contra uma possível volta da CPMF ([[Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras]]). É representante de parcela das [[Forças Armadas brasileiras]] na Câmara dos Deputados e defende recomposição salarial dos militares.{{Carece de fontes|Brasil=sim|biografia=sim|sociedade=sim|data=outubro de 2011}}


Foi reeleito em 2014, como o deputado federal mais votado do [[Rio de Janeiro]] com 464.572 votos.<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/10/141005_eleicoes_aovivo_bg|título=Eleições 2014: Veja como foi|acessodata=2 de março de 2016|editor=BBC|data=6 de outubro de 2014}}</ref>
Foi reeleito em 2014, como o deputado federal mais votado do [[Rio de Janeiro]] com 464.572 votos.<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/10/141005_eleicoes_aovivo_bg|título=Eleições 2014: Veja como foi|acessodata=2 de março de 2016|editor=BBC|data=6 de outubro de 2014}}</ref>


=== Principais posições ===
=== Principais posições ===

O deputado propõe que um comprovante seja impresso para evitar fraudes na contagem eletrônica de votos por não existir "nenhum país no mundo" que use a mesma tecnologia que a brasileira, ao insinuar que a [[urna eletrônica brasileira]] não é confiável,<ref>{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/06/1643018-camara-aprova-amarra-ao-tse-e-exigencia-de-impressao-do-voto.shtml|titulo=Câmara aprova amarra ao TSE e exigência de impressão do voto - 16/06/2015 - Poder - Folha de S.Paulo|acessodata=2016-04-07|obra=www1.folha.uol.com.br}}</ref> apesar do sistema ser testado periodicamente.<ref>{{citar web |url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/03/tse-realiza-teste-publico-de-seguranca-das-urnas-eletronicas.html |título=TSE realiza teste público de segurança das urnas eletrônicas |editor=[[G1]] |data=10 de março de 2016 |acessodata=8 de abril de 2016}}</ref> De acordo com o [[Tribunal Superior Eleitoral]] (TSE), isto geraria custos adicionais de cerca de 1,8 bilhão de reais aos cofres públicos.<ref>{{citar web |url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/11/congresso-derruba-veto-impressao-de-voto-pelo-urna-eletronica.html |título=Congresso derruba veto à impressão de voto pela urna eletrônica |editor=[[G1]] |data=18 de novembro de 2015 |acessodata=8 de abril de 2016}}</ref>
O deputado propõe que um comprovante seja impresso para evitar fraudes na contagem eletrônica de votos por não existir "nenhum país no mundo" que use a mesma tecnologia que a brasileira, ao insinuar que a [[urna eletrônica brasileira]] não é confiável,<ref>{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/06/1643018-camara-aprova-amarra-ao-tse-e-exigencia-de-impressao-do-voto.shtml|titulo=Câmara aprova amarra ao TSE e exigência de impressão do voto - 16/06/2015 - Poder - Folha de S.Paulo|acessodata=2016-04-07|obra=www1.folha.uol.com.br}}</ref> apesar do sistema ser testado periodicamente.<ref>{{citar web |url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/03/tse-realiza-teste-publico-de-seguranca-das-urnas-eletronicas.html |título=TSE realiza teste público de segurança das urnas eletrônicas |editor=[[G1]] |data=10 de março de 2016 |acessodata=8 de abril de 2016}}</ref> De acordo com o [[Tribunal Superior Eleitoral]] (TSE), isto geraria custos adicionais de cerca de 1,8 bilhão de [[Real (moeda)|reais]] aos cofres públicos.<ref>{{citar web |url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/11/congresso-derruba-veto-impressao-de-voto-pelo-urna-eletronica.html |título=Congresso derruba veto à impressão de voto pela urna eletrônica |editor=[[G1]] |data=18 de novembro de 2015 |acessodata=8 de abril de 2016}}</ref>


O parlamentar defende a revogação do [[Estatuto do Desarmamento]] e defende que o proprietário rural tenha direito de adquirir [[fuzil|fuzis]] para evitar invasões do [[Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra]].<ref>{{Citar web|url=http://www.gazetadigital.com.br/conteudo/show/secao/10/og/1/materia/461910/t/bolsonaro-chega-a-cuiaba-defendendo-uso-de-fuzil-contra-mst|titulo=Gazeta Digital: Bolsonaro chega a Cuiabá defendendo uso de fuzil contra MST|acessodata=2016-04-07|obra=Gazeta Digital}}</ref> Além disto, também apresentou um [[projeto de lei]] que estabelece a [[castração química]] voluntária como condição para que uma pessoa condenada por [[estupro]] possa progredir o regime de pena.<ref>{{citar web |url=http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SEGURANCA/457424-PROJETO-AUMENTA-PENAS-E-CONDICIONA-LIBERDADE-DE-ESTUPRADOR-A-CASTRACAO-QUIMICA.html |título=Projeto aumenta penas e condiciona liberdade de estuprador à castração química |editor=[[Câmara dos Deputados do Brasil]] |data=20 de novembro de 2013 |acessodata=8 de abril de 2016}}</ref>
O parlamentar defende a revogação do [[Estatuto do Desarmamento]] e defende que o proprietário rural tenha direito de adquirir [[fuzil|fuzis]] para evitar invasões do [[Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra]].<ref>{{Citar web|url=http://www.gazetadigital.com.br/conteudo/show/secao/10/og/1/materia/461910/t/bolsonaro-chega-a-cuiaba-defendendo-uso-de-fuzil-contra-mst|titulo=Gazeta Digital: Bolsonaro chega a Cuiabá defendendo uso de fuzil contra MST|acessodata=2016-04-07|obra=Gazeta Digital}}</ref> Além disto, também apresentou um [[projeto de lei]] que estabelece a [[castração química]] voluntária como condição para que uma pessoa condenada por [[estupro]] possa progredir o regime de pena.<ref>{{citar web |url=http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SEGURANCA/457424-PROJETO-AUMENTA-PENAS-E-CONDICIONA-LIBERDADE-DE-ESTUPRADOR-A-CASTRACAO-QUIMICA.html |título=Projeto aumenta penas e condiciona liberdade de estuprador à castração química |editor=[[Câmara dos Deputados do Brasil]] |data=20 de novembro de 2013 |acessodata=8 de abril de 2016}}</ref>


Bolsonaro condena publicamente a [[homossexualidade]]<ref name="Epoca2011"/><ref name="Filho morto"/><ref name="Palmada">{{Citar web |url= http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2611201025.htm |autor= |título= Palmada muda filho "gayzinho", declara deputado federal |publicado=[[Folha de S. Paulo]]|data=27 de novembro de 2010 |acessodata=4 de junho de 2016 |citação="Se o filho começa a ficar assim, meio gayzinho, [ele] leva um couro e muda o comportamento dele"}}</ref><ref name="Palmada2"/><ref>{{citar web |url=http://www.brasilpost.com.br/2015/04/14/bolsonaro-sangue-homossexuais_n_7064858.html |título=Antes de pedir para deixar o PP, Jair Bolsonaro afirma que sangue de homossexuais ‘não é confiável' (VÍDEO) |editor=Brasil Post |data=14 de abril de 2015 |acessodata=29 de janeiro de 2016}}</ref><ref>{{citar web |url=http://brasil.elpais.com/brasil/2014/02/14/politica/1392402426_093148.html |título=“Os gays não são semideuses. A maioria é fruto do consumo de drogas” |editor=[[El País]] |data=14 de fevereiro de 2014 |acessodata=15 de fevereiro de 2015 |citação="Nós, brasileiros, não gostamos de homossexuais"}}</ref> e se opõe à aplicação de leis que garantam os direitos de pessoas [[LGBT]]s,<ref>{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/bolsonaro-sobre-casamento-gay-nao-querem-igualdade-e-sim-privilegios,99ff52d635aae310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html |título=Bolsonaro sobre casamento gay: 'não querem igualdade, e sim privilégios' |editor=[[Portal Terra]] |data=16 de maio de 2013 |acessodata=29 de janeiro de 2016}}</ref><ref name="Homo1"/><ref>{{citar web| url = http://www.rius.com.br/noticias-do-brasil/22383-jair-bolsonaro-a-frente-contra-o-casamento-gay-qvamos-fazer-de-tudo-para-enterrarq| título = Jair Bolsonaro, a frente contra o casamento gay: "Vamos fazer de tudo para enterrar" | autor = Mandel Souza | data= 29/3/2011|publicado=Portal Rius|acessodata= 9/4/2011}}</ref> como o [[casamento entre pessoas do mesmo sexo|casamento igualitário]] e a [[Adoção homoparental|adoção de filhos por casais homossexuais]], além da alteração no registro civil para [[transexuais]].<ref name="Homo1"/>
Bolsonaro condena publicamente a [[homossexualidade]]<ref name="Epoca2011"/><ref name="Filho morto"/><ref name="Palmada">{{Citar web |url= http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2611201025.htm |autor= |título= Palmada muda filho "gayzinho", declara deputado federal |publicado=[[Folha de S. Paulo]]|data=27 de novembro de 2010 |acessodata=4 de junho de 2016 |citação="Se o filho começa a ficar assim, meio gayzinho, [ele] leva um couro e muda o comportamento dele"}}</ref><ref name="Palmada2"/><ref>{{citar web |url=http://www.brasilpost.com.br/2015/04/14/bolsonaro-sangue-homossexuais_n_7064858.html |título=Antes de pedir para deixar o PP, Jair Bolsonaro afirma que sangue de homossexuais ‘não é confiável' (VÍDEO) |editor=Brasil Post |data=14 de abril de 2015 |acessodata=29 de janeiro de 2016}}</ref><ref>{{citar web |url=http://brasil.elpais.com/brasil/2014/02/14/politica/1392402426_093148.html |título=“Os gays não são semideuses. A maioria é fruto do consumo de drogas” |editor=[[El País]] |data=14 de fevereiro de 2014 |acessodata=15 de fevereiro de 2015 |citação="Nós, brasileiros, não gostamos de homossexuais"}}</ref> e se opõe à aplicação de leis que garantam os direitos de pessoas [[LGBT]]s,<ref>{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/bolsonaro-sobre-casamento-gay-nao-querem-igualdade-e-sim-privilegios,99ff52d635aae310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html |título=Bolsonaro sobre casamento gay: 'não querem igualdade, e sim privilégios' |editor=[[Portal Terra]] |data=16 de maio de 2013 |acessodata=29 de janeiro de 2016}}</ref><ref name="Homo1"/><ref>{{citar web| url = http://www.rius.com.br/noticias-do-brasil/22383-jair-bolsonaro-a-frente-contra-o-casamento-gay-qvamos-fazer-de-tudo-para-enterrarq| título = Jair Bolsonaro, a frente contra o casamento gay: "Vamos fazer de tudo para enterrar" | autor = Mandel Souza | data= 29/3/2011|publicado=Portal Rius|acessodata= 9/4/2011}}</ref> como o [[casamento entre pessoas do mesmo sexo|casamento igualitário]] e a [[Adoção homoparental|adoção de filhos por casais homossexuais]], além da alteração no [[Registro civil no Brasil|registro civil]] para [[transexuais]].<ref name="Homo1"/>


Ele se posiciona de forma contrária à legalização das drogas<ref name=nyt/> e, em entrevista dada ao programa ''[[Custe o Que Custar|CQC]]'' em abril de 2011, reiterou afirmações anteriores sobre o tema ao ser questionado sobre como reagiria caso seu filho fosse usuário de drogas: "Daria uma porrada nele, pode ter certeza disso".<ref>{{Citar web |url= http://web.archive.org/web/20140309185130/http://notapajos.globo.com/lernoticias.asp?id=40040&noticia=Deputado%20Jair%20Bolsanaro%20associa%20namoro%20com%20negras%20a%20%27promiscuidade|autor= |título= Deputado Jair Bolsonaro associa namoro com negras a 'promiscuidade' | publicado=Notapajos.com |data=29 de março de 2011 |acessodata=9 de abril de 2011}}</ref>
Ele se posiciona de forma contrária à [[Legalização de drogas|legalização das drogas]] <ref name=nyt/> e, em entrevista dada ao programa ''[[Custe o Que Custar|CQC]]'' em abril de 2011, reiterou afirmações anteriores sobre o tema ao ser questionado sobre como reagiria caso seu filho fosse [[usuário]] de [[droga]]s: "Daria uma porrada nele, pode ter certeza disso".<ref>{{Citar web |url= http://web.archive.org/web/20140309185130/http://notapajos.globo.com/lernoticias.asp?id=40040&noticia=Deputado%20Jair%20Bolsanaro%20associa%20namoro%20com%20negras%20a%20%27promiscuidade|autor= |título= Deputado Jair Bolsonaro associa namoro com negras a 'promiscuidade' | publicado=Notapajos.com |data=29 de março de 2011 |acessodata=9 de abril de 2011}}</ref>


O parlamentar também discorda da aplicação de [[ação afirmativa|ações afirmativas]], como [[Cota racial|cotas raciais]] para [[Afro-brasileiro|afro-brasileiros]].<ref name=nyt/> Em 2006, como forma de protesto contra a formulação de políticas de cotas nas universidades públicas, o deputado apresentou um [[projeto de lei]] complementar na Câmara dos Deputados, propondo o estabelecimento de cotas para deputados negros e pardos. Bolsonaro admitiu em seguida que, se o projeto fosse à votação, seria contra ele.<ref>{{citar web|url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2006-07-01/bolsonaro-que-e-contra-cotas-propoe-reserva-de-vagas-para-deputados-negros |título=Bolsonaro, que é contra as cotas, propõe reserva de vagas para deputados negros |autor=Iolando Lourenço |publicado=Agência Brasil |data=1 de julho de 2006|acessodata=9 de abril de 2011}}</ref>
O parlamentar também discorda da aplicação de [[ação afirmativa|ações afirmativas]], como [[Cota racial|cotas raciais]] para [[Afro-brasileiro|afro-brasileiros]].<ref name=nyt/> Em 2006, como forma de protesto contra a formulação de políticas de cotas nas universidades públicas, o deputado apresentou um [[projeto de lei]] complementar na Câmara dos Deputados, propondo o estabelecimento de cotas para deputados [[negro]]s e [[pardo]]s. Bolsonaro admitiu em seguida que, se o projeto fosse à votação, seria contra ele.<ref>{{citar web|url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2006-07-01/bolsonaro-que-e-contra-cotas-propoe-reserva-de-vagas-para-deputados-negros |título=Bolsonaro, que é contra as cotas, propõe reserva de vagas para deputados negros |autor=Iolando Lourenço |publicado=Agência Brasil |data=1 de julho de 2006|acessodata=9 de abril de 2011}}</ref>


Em várias entrevistas, Bolsonaro se posicionou favoravelmente à instituição da [[pena de morte]] no Brasil para casos de crimes premeditados pois, segundo ele, "o bandido, ele só respeita o que ele teme".<ref>{{Citar web |url= http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/2011/04/04/04024E183072D0810326.jhtm?sou-a-favor-da-pena-de-morte-diz-bolsonaro-04024E183072D0810326 |autor= |título= "Sou a favor da pena de morte", diz Bolsonaro |publicado=UOL |data= 4 de abril de 2011 |acessodata= 9 de abril de 2011}}</ref> Também é a favor da redução da [[maioridade penal]] e em 2008, foi o único deputado do [[Rio de Janeiro]] a votar contra o projeto de lei para ampliar o uso de armas não letais, justificando que esse tipo de recurso já é utilizado.<ref>{{citar web|url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2008-03-11/deputados-do-rio-aprovam-projeto-de-lei-para-ampliar-uso-de-armas-nao-letais|titulo=Deputados do Rio aprovam projeto de lei para ampliar uso de armas não-letais |autor=Tatiane Linhares |publicado=Agência Brasil|data=11 de março de 2008|acessodata=9 de abril de 2011}}</ref>
Em várias entrevistas, Bolsonaro se posicionou favoravelmente à instituição da [[pena de morte no Brasil]] para casos de [[crime]]s premeditados pois, segundo ele, "o bandido, ele só respeita o que ele teme".<ref name="Sou a favor da pena de morte">{{Citar web |url= http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/2011/04/04/04024E183072D0810326.jhtm?sou-a-favor-da-pena-de-morte-diz-bolsonaro-04024E183072D0810326 |autor= |título= "Sou a favor da pena de morte", diz Bolsonaro |publicado=UOL |data= 4 de abril de 2011 |acessodata= 9 de abril de 2011}}</ref> Também é a favor da redução da [[maioridade penal]] e em 2008, foi o único deputado do [[Rio de Janeiro]] a votar contra o projeto de lei para ampliar o uso de [[Arma não letal|armas não letais]], justificando que esse tipo de recurso já é utilizado.<ref>{{citar web|url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2008-03-11/deputados-do-rio-aprovam-projeto-de-lei-para-ampliar-uso-de-armas-nao-letais|titulo=Deputados do Rio aprovam projeto de lei para ampliar uso de armas não-letais |autor=Tatiane Linhares |publicado=Agência Brasil|data=11 de março de 2008|acessodata=9 de abril de 2011}}</ref>


Em 2000, Jair Bolsonaro defendeu, numa entrevista à revista ''[[IstoÉ]]'', a utilização da [[tortura]] em casos de [[tráfico de droga]] e [[sequestro]] e a [[Pena de morte|execução sumária]] em casos de crime premeditado.<ref name = "tortura" /> Ele justifica seu posicionamento ao dizer que "o objetivo é fazer o cara abrir a boca" e "ser arrebentado para abrir o bico". De acordo com a entrevista de 2000 concedida à ''IstoÉ'', Bolsonaro ainda defende a [[censura]], embora não especifique de qual tipo.<ref name="tortura" />
Em 2000, Jair Bolsonaro defendeu, numa entrevista à revista ''[[IstoÉ]]'', a utilização da [[tortura]] em casos de [[tráfico de droga]] e [[sequestro]] e a [[Pena de morte|execução sumária]] em casos de crime premeditado.<ref name = "tortura" /> Ele justifica seu posicionamento ao dizer que "o objetivo é fazer o cara abrir a boca" e "ser arrebentado para abrir o bico". De acordo com a entrevista de 2000 concedida à ''IstoÉ'', Bolsonaro ainda defende a [[censura]], embora não especifique de qual tipo.<ref name="tortura" />
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== Controvérsias ==
== Controvérsias ==

{{Artigo principal|Controvérsias envolvendo Jair Bolsonaro}}
{{Principal|Controvérsias envolvendo Jair Bolsonaro}}


=== Democracia, Estado laico e ditadura militar ===
=== Democracia, Estado laico e ditadura militar ===

Em uma entrevista para a revista ''[[Veja (revista)|Veja]]'' em 2 de dezembro de 1998, o parlamentar afirmou que a [[ditadura chilena]] de [[Augusto Pinochet]], que matou mais de 3.000 pessoas<ref name="BBC-Chile">{{Cite news|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/country_profiles/1222764.stm|title=Country profile: Chile |work=BBC News | date=16 de dezembro de 2009 | accessdate=31 de dezembro de 2009}}</ref> e [[exílio|exilou]] outras 200.000,<ref>{{Citation
Em uma entrevista para a revista ''[[Veja (revista)|Veja]]'' em 2 de dezembro de 1998, o parlamentar afirmou que a [[ditadura chilena]] de [[Augusto Pinochet]], que matou mais de 3.000 pessoas<ref name="BBC-Chile">{{Cite news|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/country_profiles/1222764.stm|title=Country profile: Chile |work=BBC News | date=16 de dezembro de 2009 | accessdate=31 de dezembro de 2009}}</ref> e [[exílio|exilou]] outras 200.000,<ref>{{Citation
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| publication-date = 2005
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}}</ref> "devia ter matado mais gente".<ref name="Pragmatismo">{{citar web |url=http://www.pragmatismopolitico.com.br/2015/08/as-10-frases-mais-polemicas-de-jair-bolsonaro.html |titulo= As 10 frases mais polêmicas de Jair Bolsonaro|editor=Pragmatismo Político |data=25 de agosto de 2015 |acessodata=11 de novembro de 2015}}</ref> Ele também elogiou o presidente [[Peru|peruano]] [[Alberto Fujimori]] como um "modelo" pelo uso de uma intervenção militar contra o [[Poder judiciário|judiciário]] e o [[Poder legislativo|legislativo]].<ref name=nyt/> Em 1999, o deputado afirmou ao programa "Câmera Aberta" que era "favorável à [[tortura]]" e chamou a [[democracia]] de "porcaria". Se fosse presidente do país, respondeu que não havia "a menor dúvida" de que "fecharia o [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso]]" e de que "daria um golpe no mesmo dia". Na mesma época, ao explicar ao apresentador [[Jô Soares]] por que defendeu o [[fuzilamento]] do então presidente [[Fernando Henrique Cardoso]] (PSDB), ele disse que "barbaridade é [[Privatização|privatizar]] a [[Vale S.A.|Vale]] e as telecomunicações, entregar as nossas reservas petrolíferas ao capital externo".<ref name="Folha Poder"/>
}}</ref> "devia ter matado mais gente".<ref name="Pragmatismo">{{citar web |url=http://www.pragmatismopolitico.com.br/2015/08/as-10-frases-mais-polemicas-de-jair-bolsonaro.html |titulo= As 10 frases mais polêmicas de Jair Bolsonaro|editor=Pragmatismo Político |data=25 de agosto de 2015 |acessodata=11 de novembro de 2015}}</ref> Ele também elogiou o presidente [[Peru|peruano]] [[Alberto Fujimori]] como um "modelo" pelo uso de uma intervenção militar contra o [[Poder judiciário|judiciário]] e o [[Poder legislativo|legislativo]].<ref name=nyt/> Em 1999, o deputado afirmou ao programa "Câmera Aberta" que era "favorável à [[tortura]]" e chamou a [[democracia]] de "porcaria". Se fosse presidente do país, respondeu que não havia "a menor dúvida" de que "fecharia o [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso]]" e de que "daria [[Golpe de Estado|um golpe]] no mesmo dia". Na mesma época, ao explicar ao apresentador [[Jô Soares]] por que defendeu o [[fuzilamento]] do então presidente [[Fernando Henrique Cardoso]] (PSDB), ele disse que "barbaridade é [[Privatização|privatizar]] a [[Vale S.A.|Vale]] e as telecomunicações, entregar as nossas reservas petrolíferas ao capital externo".<ref name="Folha Poder"/>


O deputado federal também é conhecido por alegar que a [[Ditadura Militar no Brasil|ditadura]] foi uma época "gloriosa" da [[história do Brasil]]. Em carta publicada no jornal ''[[Folha de S.Paulo]]'' ele se refere ao período militar como "20 anos de ordem e progresso".<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1101201107.htm|título=Comissão da inverdade|acessodata=20 de janeiro de 2012|ultimo=Bolsonaro|primeiro=Jair|data=11 de janeiro de 2011|obra=Folha de S.Paulo}}</ref> O deputado também afirmou, durante uma discussão com manifestantes em dezembro de 2008, que "o erro da ditadura foi torturar e não matar."<ref name="Pragmatismo"/> Bolsonaro foi criticado pelos meios de comunicação, por políticos e pelo grupo "Tortura Nunca Mais", sobretudo depois de ter afixado na porta de seu escritório um cartaz que dizia aos familiares dos desaparecidos da ditadura militar que "quem procura osso é cachorro".<ref>{{Citar web |url=http://web.archive.org/web/20130722010447/http://www.joildo.net/artigos/tortura-nunca-mais/ |publicado=Joildo.net |título= Tortura Nunca Mais! |autor=Mário Jakobskind|data= 29 de maio de 2009 |acessodata=9 de abril de 2011}}</ref><ref name= "tortura_nunca_mais">{{Citar web |url = http://www.torturanuncamais-sp.org/site/index.php/noticias/421-repudio-a-jair-bolsonaro |autor= |título= Repúdio a Jair Bolsonaro |publicado=Grupo Tortura Nunca Mais São Paulo |data=30 de março de 2011| acessodata = 9 de abril de 2011}}</ref> Em 1993, apenas oito anos após o retorno da [[democracia]] no país, disse que apenas um regime militar conduziria a um Brasil mais "próspero e sustentável".<ref name=nyt/> Em Março de 2015,quando o [[golpe de 64|Golpe de 1964]] fez 51 anos,Bolsonaro publicou em um blog pessoal uma imagem e um texto comemorando o acontecimento. O parlamentar alegou que o golpe não passou de uma "intervenção democrática",fruto da "pressão popular",e que em 1968 os guerrilheiros começaram a atacar,usando táticas de guerrilha aprendidas na [[China]] e em [[Cuba]]<ref>http://noticias.r7.com/brasil/bolsonaro-chama-ditadura-militar-brasileira-de-intervencao-democratica-31032015</ref>
O deputado federal também é conhecido por alegar que a [[Ditadura Militar no Brasil|ditadura]] foi uma época "gloriosa" da [[história do Brasil]]. Em carta publicada no jornal ''[[Folha de S.Paulo]]'' ele se refere ao período militar como "20 anos de [[ordem e progresso]]".<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1101201107.htm|título=Comissão da inverdade|acessodata=20 de janeiro de 2012|ultimo=Bolsonaro|primeiro=Jair|data=11 de janeiro de 2011|obra=Folha de S.Paulo}}</ref> O deputado também afirmou, durante uma discussão com manifestantes em dezembro de 2008, que "o erro da ditadura foi torturar e não matar."<ref name="Pragmatismo"/> Bolsonaro foi criticado pelos meios de comunicação, por políticos e pelo [[Grupo Tortura Nunca Mais|grupo "Tortura Nunca Mais"]]), sobretudo depois de ter afixado na porta de seu escritório um cartaz que dizia aos familiares dos desaparecidos da ditadura militar que "quem procura osso é cachorro".<ref>{{Citar web |url=http://web.archive.org/web/20130722010447/http://www.joildo.net/artigos/tortura-nunca-mais/ |publicado=Joildo.net |título= Tortura Nunca Mais! |autor=Mário Jakobskind|data= 29 de maio de 2009 |acessodata=9 de abril de 2011}}</ref><ref name= "tortura_nunca_mais">{{Citar web |url = http://www.torturanuncamais-sp.org/site/index.php/noticias/421-repudio-a-jair-bolsonaro |autor= |título= Repúdio a Jair Bolsonaro |publicado=Grupo Tortura Nunca Mais São Paulo |data=30 de março de 2011| acessodata = 9 de abril de 2011}}</ref> Em 1993, apenas oito anos após o [[Redemocratização|retorno da democracia]] no país, disse que apenas um regime militar conduziria a um [[Brasil]] mais "próspero e sustentável".<ref name=nyt/> Em Março de 2015,quando o [[golpe de 64|Golpe de 1964]] fez 51 anos, Bolsonaro publicou em um blog pessoal uma imagem e um texto comemorando o acontecimento. O parlamentar alegou que [[Golpe militar|o golpe]] não passou de uma "intervenção democrática",fruto da "pressão popular",e que em 1968 os guerrilheiros começaram a atacar, usando táticas de [[guerrilha]] aprendidas na [[China]] e em [[Cuba]].<ref>http://noticias.r7.com/brasil/bolsonaro-chama-ditadura-militar-brasileira-de-intervencao-democratica-31032015</ref>


Em 17 de abril de 2016, Jair Bolsonaro parabenizou o deputado [[Eduardo Cunha]] (PMDB-RJ) pela forma como conduziu [[processo de impeachment de Dilma Rousseff|processo de ''impeachment'' da presidente]] e usou seu discurso de voto sobre o impedimento de [[Dilma Rousseff]] para homenagear [[Carlos Alberto Brilhante Ustra]],<ref>[http://brasileiros.com.br/2016/04/ovacionado-bolsonaro-vota-em-memoria-coronel-carlos-alberto-ulstra/ Ovacionado, Bolsonaro vota em memória do "coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra"]. Brasileiros, 17 de abril de 2016</ref> o primeiro militar a ser reconhecido pela Justiça como um dos [[torturador]]es durante a ditadura militar.<ref>{{citar web | url = http://www.oab.org.br/Noticia/14836/juiz-condena-coronel-ustra-por-sequestro-e-tortura | título = Juiz condena coronel Ustra por seqüestro e tortura | newspaper = Notícias do Conselho Federal da [[Ordem dos Advogados do Brasil]] | data = 10 de outubro de 2008}}.</ref> Após o episódio, a [[Procuradoria-Geral da República]] informou que, em virtude de ter recebido 17.853 reclamações contra o teor da manifestação do deputado federal durante a votação do impeachment, decidiu instaurar um procedimento interno para investigar o caso.<ref>{{citar web |url=http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/04/20/pgr-recebe-quase-18-mil-queixas-contra-bolsonaro.htm |titulo= Após quase 18 mil queixas, Ministério Público vai analisar fala de Bolsonaro|editor=UOL Notícias |data=20 de abril de 2016 |acessodata=28 de junho de 2016}}</ref> Tal atitude também rendeu a Bolsonaro um processo no [[Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados do Brasil|Conselho de Ética da Câmara]], aberto contra o deputado em junho de 2016, no qual foi acusado de ter faltado com o decoro parlamentar durante seu voto. A representação foi feita pelo [[Partido Verde (Brasil)|Partido Verde]], que acusou o deputado de ter feito apologia do crime de [[tortura]] e pediu a cassação do mandato do parlamentar. Em sua defesa, Bolsonaro alegou que as declarações durante a votação do ''impeachment'' estão protegidas pela [[imunidade parlamentar]].<ref>{{citar web |url=http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/06/28/conselho-de-etica-abre-processo-contra-bolsonaro-por-elogio-a-torturador.htm |titulo= Conselho de Ética abre processo contra Bolsonaro por elogio a torturador|editor=UOL Notícias |data=28 de junho de 2016 |acessodata=28 de junho de 2016}}</ref>
Em 17 de abril de 2016, Jair Bolsonaro parabenizou o deputado [[Eduardo Cunha]] (PMDB-RJ) pela forma como conduziu [[processo de impeachment de Dilma Rousseff|processo de ''impeachment'' da presidente]] e usou seu discurso de voto sobre o impedimento de [[Dilma Rousseff]] para homenagear [[Carlos Alberto Brilhante Ustra]],<ref>[http://brasileiros.com.br/2016/04/ovacionado-bolsonaro-vota-em-memoria-coronel-carlos-alberto-ulstra/ Ovacionado, Bolsonaro vota em memória do "coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra"]. Brasileiros, 17 de abril de 2016</ref> o primeiro militar a ser reconhecido pela Justiça como um dos [[torturador]]es durante a ditadura militar.<ref>{{citar web | url = http://www.oab.org.br/Noticia/14836/juiz-condena-coronel-ustra-por-sequestro-e-tortura | título = Juiz condena coronel Ustra por seqüestro e tortura | newspaper = Notícias do Conselho Federal da [[Ordem dos Advogados do Brasil]] | data = 10 de outubro de 2008}}.</ref> Após o episódio, a [[Procuradoria-Geral da República]] informou que, em virtude de ter recebido 17.853 reclamações contra o teor da manifestação do deputado federal durante a [[Votações no processo de impeachment de Dilma Rousseff|votação do impeachment]], decidiu instaurar um procedimento interno para investigar o caso.<ref>{{citar web |url=http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/04/20/pgr-recebe-quase-18-mil-queixas-contra-bolsonaro.htm |titulo= Após quase 18 mil queixas, Ministério Público vai analisar fala de Bolsonaro|editor=UOL Notícias |data=20 de abril de 2016 |acessodata=28 de junho de 2016}}</ref> Tal atitude também rendeu a Bolsonaro um processo no [[Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados do Brasil|Conselho de Ética da Câmara]], aberto contra o deputado em junho de 2016, no qual foi acusado de ter faltado com o decoro parlamentar durante seu voto. A representação foi feita pelo [[Partido Verde (Brasil)|Partido Verde]], que acusou o deputado de ter feito apologia do crime de [[tortura]] e pediu a cassação do mandato do parlamentar. Em sua defesa, Bolsonaro alegou que as declarações durante a votação do ''impeachment'' estão protegidas pela [[imunidade parlamentar]].<ref>{{citar web |url=http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/06/28/conselho-de-etica-abre-processo-contra-bolsonaro-por-elogio-a-torturador.htm |titulo= Conselho de Ética abre processo contra Bolsonaro por elogio a torturador|editor=UOL Notícias |data=28 de junho de 2016 |acessodata=28 de junho de 2016}}</ref> Naquele mesmo dia, durante a votação, o deputado [[Jean Wyllys]] (PSOL-RJ) cuspiu em Jair Bolsonaro.<ref name="Deputado Jean Wyllys cospe em Jair Bolsonaro">{{citar web|URL=http://www.noticias.r7.com/brasil/deputado-jean-wyllys-cospe-em-jair-bolsonaro-18042016|título=Deputado Jean Wyllys cospe em Jair Bolsonaro.Confusão ocorreu logo após a votação do deputado do PSOL-RJ no plenário.|autor=Do R7, com Agência Estado |data=|publicado=17 de abril de 2016|acessodata=18 de março de 2017}}</ref> Após o ocorrido, Wyllys declarou: "eu cuspiria na cara dele quantas vezes eu quisesse e quantas vezes tivesse vontade."<ref name="Deputado Jean Wyllys cospe em Jair Bolsonaro"/>


Em vídeo postado pelo seu filho, o também deputado [[Eduardo Bolsonaro]] (PSC-SP), o parlamentar fluminense afirmou que "violência se combate com violência e não com bandeiras de direitos humanos", como as defendidas pela [[Anistia Internacional]], que ele afirmou ser formada por "canalhas" e "idiotas". Questionado sobre um levantamento da organização que mostrou que a polícia brasileira é a que mais mata no mundo, Bolsonaro disse: "Eu acho que essa [[Polícia Militar do Brasil]] tinha que matar é mais."<ref>{{citar web |url=http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/bolsonaro-defende-que-a-pm-mate-mais-no-brasil |título=Bolsonaro defende que a PM mate mais no Brasil |autor=Thiago de Araújo |editor=[[Revista Exame]] |data=5 de outubro de 2015 |acessodata=17 de outubro de 2015}}</ref>
Em vídeo postado pelo seu filho, o também deputado [[Eduardo Bolsonaro]] (PSC-SP), o parlamentar fluminense afirmou que "violência se combate com violência e não com bandeiras de [[direitos humanos]]", como as defendidas pela [[Anistia Internacional]], que ele afirmou ser formada por "canalhas" e "idiotas". Questionado sobre um levantamento da organização que mostrou que a [[Forças policiais do Brasil|polícia brasileira]] é a que mais mata no mundo, Bolsonaro disse: "Eu acho que essa [[Polícia Militar do Brasil]] tinha que matar é mais."<ref>{{citar web |url=http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/bolsonaro-defende-que-a-pm-mate-mais-no-brasil |título=Bolsonaro defende que a PM mate mais no Brasil |autor=Thiago de Araújo |editor=[[Revista Exame]] |data=5 de outubro de 2015 |acessodata=17 de outubro de 2015}}</ref>


Em um discurso em [[Campina Grande]], em fevereiro de 2017, o deputado criticou o [[Estado laico]] ao dizer: "Deus acima de tudo. Não tem essa historinha de estado laico não. O estado é cristão e a minoria que for contra, que se mude." O parlamentar completou a fala ao dizer que as "as minorias tem que se curvar para as maiorias."<ref name="Laico">{{citar web |url=http://www.jornaldaparaiba.com.br/politica/noticia/180921_bolsonaro-defende-porte-de-arma-para-todos-e-fuzil-contra-o-mst |titulo=Bolsonaro defende porte de armas para todos e fuzil contra MST |publicado=[[Jornal da Paraíba]] |data=8 de fevereiro de 2017 |acessodata=9 de fevereiro de 2017}}</ref>
Em um discurso em [[Campina Grande]], em fevereiro de 2017, o deputado criticou o [[Estado laico]] ao dizer: "[[Deus]] acima de tudo. Não tem essa historinha de [[estado laico]] não. O estado é [[cristão]] e a minoria que for contra, que se mude." O parlamentar completou a fala ao dizer que as "as minorias tem que se curvar para as maiorias."<ref name="Laico">{{citar web |url=http://www.jornaldaparaiba.com.br/politica/noticia/180921_bolsonaro-defende-porte-de-arma-para-todos-e-fuzil-contra-o-mst |titulo=Bolsonaro defende porte de armas para todos e fuzil contra MST |publicado=[[Jornal da Paraíba]] |data=8 de fevereiro de 2017 |acessodata=9 de fevereiro de 2017}}</ref>


=== Mulheres e homossexuais ===
=== Mulheres e homossexuais ===

[[Imagem:Parada gay 2011 - bonecos dilma e bolsonaro.jpg|thumb|Protesto contra Bolsonaro durante a [[Parada do orgulho LGBT de São Paulo]] em 2011.]]
[[Imagem:Parada gay 2011 - bonecos dilma e bolsonaro.jpg|thumb|Protesto contra Bolsonaro durante a [[Parada do orgulho LGBT de São Paulo]] em 2011.]]

[[Ficheiro:Feliciano e Bolsonaro.jpg|thumb|Os deputados federais [[Marco Feliciano]] e Jair Bolsonaro, conhecidos por declarações consideradas contra os [[direitos LGBT]]<ref>{{citar web |url=http://www.cartacapital.com.br/politica/grupos-protestam-contra-pastor-marco-feliciano-em-varias-cidades/ |título=Grupos protestam contra pastor Marco Feliciano em várias cidades |editor=[[Carta Capital]] |data=9 de março de 2013 |acessodata=10 de março de 2013}}</ref><ref name="Homo1">{{citar web |url=http://xa.yimg.com/kq/groups/21961879/1333002274/name/violencia+homof%C3%B3bica.pdf |autor= |título=MATEI PORQUE ODEIO GAY |língua= |acessodata=27 de outubro de 2011 |data=2003 |formato=PDF |obra=[[O Dia]] |publicado=[[Grupo Gay da Bahia]] |páginas= |citação=O deputado federal Jair Bolsonaro (PPB-RJ) posicionou-se contra a nova versão do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH II) apresentado em maio de 2002 pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Bolsonaro, que se diz "radicalmente contra esse negócio de coluna do meio", opõe-se à defesa de questões como a união civil entre homossexuais, a mudança no registro civil para transexuais e a adoção de filhos por casais do mesmo sexo [Fonte: O Dia - RJ, 11 de maio de 2002].}}</ref>]]
[[Ficheiro:Feliciano e Bolsonaro.jpg|thumb|Os deputados federais [[Marco Feliciano]] e Jair Bolsonaro, conhecidos por declarações consideradas contra os [[direitos LGBT]]<ref>{{citar web |url=http://www.cartacapital.com.br/politica/grupos-protestam-contra-pastor-marco-feliciano-em-varias-cidades/ |título=Grupos protestam contra pastor Marco Feliciano em várias cidades |editor=[[Carta Capital]] |data=9 de março de 2013 |acessodata=10 de março de 2013}}</ref><ref name="Homo1">{{citar web |url=http://xa.yimg.com/kq/groups/21961879/1333002274/name/violencia+homof%C3%B3bica.pdf |autor= |título=MATEI PORQUE ODEIO GAY |língua= |acessodata=27 de outubro de 2011 |data=2003 |formato=PDF |obra=[[O Dia]] |publicado=[[Grupo Gay da Bahia]] |páginas= |citação=O deputado federal Jair Bolsonaro (PPB-RJ) posicionou-se contra a nova versão do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH II) apresentado em maio de 2002 pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Bolsonaro, que se diz "radicalmente contra esse negócio de coluna do meio", opõe-se à defesa de questões como a união civil entre homossexuais, a mudança no registro civil para transexuais e a adoção de filhos por casais do mesmo sexo [Fonte: O Dia - RJ, 11 de maio de 2002].}}</ref>]]


Durante uma discussão no plenário da [[Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara dos Deputados]], Bolsonaro afirmou que não "estupraria" a deputada [[Maria do Rosário (política)|Maria do Rosário]] porque ela "não merece".<ref name="Estupro"/> Ele repetiu uma ofensa que já havia proferido contra a parlamentar em 2003.<ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20080316190838/http://veja.abril.com.br/191103/vejaessa.html|autor= |título=Veja essa|data=19 de novembro de 2003|publicado=Veja|acessodata=9 de abril de 2011}}</ref> A briga ocorreu após ela dizer que a [[Regime militar no Brasil|ditadura militar]] foi "vergonha absoluta" para o [[Brasil]].<ref name="Estupro">{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/12/1559815-para-rebater-deputada-bolsonaro-diz-que-nao-a-estupraria.shtml |título=Para rebater deputada, Bolsonaro diz que não a 'estupraria' |editor=[[Folha de S.Paulo]] |data=9 de dezembro de 2014 |acessodata=5 de janeiro de 2015}}</ref> Em virtude das ofensas contra a deputada, Bolsonaro foi condenado em primeira instância por [[danos morais]].<ref>{{Citar web|título = Bolsonaro é condenado por dizer que Maria do Rosário 'não merece' estupro - 17/09/2015 - Mônica Bergamo - Colunistas - Folha de S.Paulo|URL = http://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2015/09/1682452-bolsonaro-e-condenado-por-dizer-que-maria-do-rosario-nao-merece-estupro.shtml|obra = www1.folha.uol.com.br|acessadoem = 2015-09-17}}</ref> Em junho de 2016, o [[Supremo Tribunal Federal]] (STF), ao analisar denúncia da [[Procuradoria Geral da República]] e queixa da própria deputada Maria do Rosário, decidiu abrir duas [[Ação Penal|ações penais]] contra o deputado Bolsonaro. Em uma decisão por quatro votos contra um, a Segunda Turma do STF entendeu que além de incitar a prática do estupro, Bolsonaro ofendeu a honra da colega. Como resultado o deputado tornou-se réu pela suposta prática de apologia ao crime e por injúria. A denúncia contra Bolsonaro por apologia ao crime foi apresentada em dezembro de 2014 por [[Ela Wiecko]] (vice-procuradora-geral da República), e caso condenado, ele pode ser punido com pena de 3 a 6 meses de prisão, mais multa.<ref name="Estupro2">{{citar web |url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/06/bolsonaro-vira-reu-por-falar-que-maria-do-rosario-nao-merece-ser-estuprada.html |título=Bolsonaro vira réu por falar que Maria do Rosário não merecia ser estuprada |editor=[[G1]] |data=21 de junho de 2016 |acessodata=21 de junho de 2016}}</ref>
Durante uma discussão no plenário da [[Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara dos Deputados]], Bolsonaro afirmou que não "estupraria" a deputada [[Maria do Rosário (política)|Maria do Rosário]] porque ela "não merece".<ref name="Estupro"/> Ele repetiu uma ofensa que já havia proferido contra a parlamentar em 2003.<ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20080316190838/http://veja.abril.com.br/191103/vejaessa.html|autor= |título=Veja essa|data=19 de novembro de 2003|publicado=Veja|acessodata=9 de abril de 2011}}</ref> A briga ocorreu após ela dizer que a [[Regime militar no Brasil|ditadura militar]] foi "vergonha absoluta" para o [[Brasil]].<ref name="Estupro">{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/12/1559815-para-rebater-deputada-bolsonaro-diz-que-nao-a-estupraria.shtml |título=Para rebater deputada, Bolsonaro diz que não a 'estupraria' |editor=[[Folha de S.Paulo]] |data=9 de dezembro de 2014 |acessodata=5 de janeiro de 2015}}</ref> Em virtude das ofensas contra a deputada, Bolsonaro foi condenado em primeira instância por [[danos morais]].<ref>{{Citar web|título = Bolsonaro é condenado por dizer que Maria do Rosário 'não merece' estupro - 17/09/2015 - Mônica Bergamo - Colunistas - Folha de S.Paulo|URL = http://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2015/09/1682452-bolsonaro-e-condenado-por-dizer-que-maria-do-rosario-nao-merece-estupro.shtml|obra = www1.folha.uol.com.br|acessadoem = 2015-09-17}}</ref> Em junho de 2016, o [[Supremo Tribunal Federal]] (STF), ao analisar denúncia da [[Procuradoria Geral da República]] e queixa da própria deputada Maria do Rosário, decidiu abrir duas [[Ação Penal|ações penais]] contra o deputado Bolsonaro. Em uma decisão por quatro votos contra um, a Segunda Turma do STF entendeu que além de incitar a prática do [[estupro]], Bolsonaro ofendeu a honra da colega. Como resultado o deputado tornou-se réu pela suposta prática de [[apologia ao crime]] e por [[injúria]]. A denúncia contra Bolsonaro por apologia ao crime foi apresentada em dezembro de 2014 por [[Ela Wiecko]] (vice-procuradora-geral da República), e caso condenado, ele pode ser punido com pena de 3 a 6 meses de prisão, mais multa.<ref name="Estupro2">{{citar web |url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/06/bolsonaro-vira-reu-por-falar-que-maria-do-rosario-nao-merece-ser-estuprada.html |título=Bolsonaro vira réu por falar que Maria do Rosário não merecia ser estuprada |editor=[[G1]] |data=21 de junho de 2016 |acessodata=21 de junho de 2016}}</ref>


Em fevereiro de 2015, em uma entrevista ao jornal ''[[Zero Hora]]'', o deputado afirmou que não acha justo que mulheres e homens recebam o mesmo salário porque as mulheres engravidam, alegando que o direito a [[licença-maternidade]] prejudica a produtividade do empresário.<ref>{{citar web |url=http://revistacrescer.globo.com/Familia/Maes-e-Trabalho/noticia/2015/02/jair-bolsonaro-diz-que-mulher-deve-ganhar-salario-menor-porque-engravida.html |editor=[[Revista Crescer]] |título=Bolsonaro diz que patrões deveriam pagar salários menores para as mulheres porque elas engravidam |data=fevereiro de 2015 |acessodata=19 de fevereiro de 2015}}</ref><ref>{{citar web |url=http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/12/bolsonaro-diz-que-nao-teme-processos-e-faz-nova-ofensa-nao-merece-ser-estuprada-porque-e-muito-feia-4660531.html# |título=Bolsonaro diz que não teme processos e faz nova ofensa: "Não merece ser estuprada porque é muito feia" |autor=Gustavo Foster |data=10 de dezembro de 2014 |acessodata=26 de março de 2016 |citação="Eu sou liberal. Defendo a propriedade privada. Se você tem um comércio que emprega 30 pessoas, eu não posso obrigá-lo a empregar 15 mulheres. A mulher luta muito por direitos iguais, legal, tudo bem. Mas eu tenho pena do empresário no Brasil, porque é uma desgraça você ser patrão no nosso país, com tantos direitos trabalhistas. Entre um homem e uma mulher jovem, o que o empresário pensa? "Poxa, essa mulher tá com aliança no dedo, daqui a pouco engravida, seis meses de licença-maternidade..." Bonito pra c..., pra c...! Quem que vai pagar a conta? O empregador. No final, ele abate no INSS, mas quebrou o ritmo de trabalho. Quando ela voltar, vai ter mais um mês de férias, ou seja, ela trabalhou cinco meses em um ano."}}</ref>
Em fevereiro de 2015, em uma entrevista ao jornal ''[[Zero Hora]]'', o deputado afirmou que não acha justo que mulheres e homens recebam o mesmo [[salário]] porque as mulheres engravidam, alegando que o direito a [[licença-maternidade]] prejudica a produtividade do empresário.<ref>{{citar web |url=http://revistacrescer.globo.com/Familia/Maes-e-Trabalho/noticia/2015/02/jair-bolsonaro-diz-que-mulher-deve-ganhar-salario-menor-porque-engravida.html |editor=[[Revista Crescer]] |título=Bolsonaro diz que patrões deveriam pagar salários menores para as mulheres porque elas engravidam |data=fevereiro de 2015 |acessodata=19 de fevereiro de 2015}}</ref><ref>{{citar web |url=http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/12/bolsonaro-diz-que-nao-teme-processos-e-faz-nova-ofensa-nao-merece-ser-estuprada-porque-e-muito-feia-4660531.html# |título=Bolsonaro diz que não teme processos e faz nova ofensa: "Não merece ser estuprada porque é muito feia" |autor=Gustavo Foster |data=10 de dezembro de 2014 |acessodata=26 de março de 2016 |citação="Eu sou liberal. Defendo a propriedade privada. Se você tem um comércio que emprega 30 pessoas, eu não posso obrigá-lo a empregar 15 mulheres. A mulher luta muito por direitos iguais, legal, tudo bem. Mas eu tenho pena do empresário no Brasil, porque é uma desgraça você ser patrão no nosso país, com tantos direitos trabalhistas. Entre um homem e uma mulher jovem, o que o empresário pensa? "Poxa, essa mulher tá com aliança no dedo, daqui a pouco engravida, seis meses de licença-maternidade..." Bonito pra c..., pra c...! Quem que vai pagar a conta? O empregador. No final, ele abate no INSS, mas quebrou o ritmo de trabalho. Quando ela voltar, vai ter mais um mês de férias, ou seja, ela trabalhou cinco meses em um ano."}}</ref>


Em uma entrevista para a revista ''[[Playboy (Brasil)|Playboy]]'', em junho de 2011, Bolsonaro afirmou que "seria incapaz de amar um filho homossexual" e que preferia que um filho seu "morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí". O parlamentar também afirmou que se um casal homossexual fosse morar ao seu lado isto iria desvalorizar a sua casa.<ref name="Filho morto">{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/bolsonaro-quotprefiro-filho-morto-em-acidente-a-um-homossexualquot,cf89cc00a90ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html |título=Bolsonaro: "prefiro filho morto em acidente a um homossexual" |editor=[[Portal Terra]] |data=8 de junho de 2011 |acessodata=15 de fevereiro de 2015}}</ref> Em julho do mesmo ano, durante uma entrevista para leitores da revista ''[[Época (revista)|Época]]'', Bolsonaro disse que "se lutar para impedir a distribuição do kit-gay nas escolas de ensino fundamental com a intenção de estimular o homossexualismo, em verdadeira afronta à família é ser preconceituoso, então sou preconceituoso, com muito orgulho", disse.<ref name="Epoca2011">{{citar web |url=http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI245890-15223,00.html |título=Jair Bolsonaro: "Sou preconceituoso, com muito orgulho" |editor=[[Revista Época]] |data=2 de julho de 2011 |data=15 de fevereiro de 2015}}</ref>
Em uma entrevista para a revista ''[[Playboy (Brasil)|Playboy]]'', em junho de 2011, Bolsonaro afirmou que "seria incapaz de amar um filho [[homossexual]]" e que preferia que um filho seu "morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí". O parlamentar também afirmou que se um casal homossexual fosse morar ao seu lado isto iria desvalorizar a sua casa.<ref name="Filho morto">{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/bolsonaro-quotprefiro-filho-morto-em-acidente-a-um-homossexualquot,cf89cc00a90ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html |título=Bolsonaro: "prefiro filho morto em acidente a um homossexual" |editor=[[Portal Terra]] |data=8 de junho de 2011 |acessodata=15 de fevereiro de 2015}}</ref> Em julho do mesmo ano, durante uma entrevista para leitores da revista ''[[Época (revista)|Época]]'', Bolsonaro disse que "se lutar para impedir a distribuição do kit-gay nas escolas de [[ensino fundamental]] com a intenção de estimular o homossexualismo, em verdadeira afronta à família é ser preconceituoso, então sou preconceituoso, com muito orgulho", disse.<ref name="Epoca2011">{{citar web |url=http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI245890-15223,00.html |título=Jair Bolsonaro: "Sou preconceituoso, com muito orgulho" |editor=[[Revista Época]] |data=2 de julho de 2011 |data=15 de fevereiro de 2015}}</ref>


Em uma entrevista concedida ao ''[[Jornal de Notícias]]'' em 2011, o deputado federal associou a homossexualidade à [[pedofilia]] ao afirmar que "muitas das crianças que serão adotadas por casais gays vão ser abusadas por esses casais homossexuais".<ref>{{citar web |url=http://www.jn.pt/brasil/interior/deputado-bolsonaro-diz-que-governo-transforma-gays-numa-classe-privilegiada-1879387.html#ixzz4AfPgS6aD |título=Deputado Bolsonaro diz que Governo transforma gays numa classe privilegiada |editor=[[Jornal de Notícias]] |data=21 de junho de 2011 |acessodata=4 de junho de 2016 |autor=Pedro Henrique Fonseca |citação=Faço uma relação entre o homossexualismo e a pedofilia porque muitas das crianças que serão adotadas por casais "gays" vão ser abusadas por esses casais homossexuais.}}</ref> Além disto, alegou que o Brasil não precisa de uma legislação específica contra a homofobia porque "a maioria dos homossexuais é assassinada por seus respectivos cafetões, em horários em que o cidadão de bem já está dormindo".<ref name="Epoca2011"/> Na ''[[Folha de S. Paulo]]'', em maio de 2002, disse que poderia agredir homossexuais: "se eu ver dois homens se beijando na rua, vou bater".<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1905200210.htm |titulo=Apoio de FHC à união gay causa protestos |data=19 de maio de 2002 |autor=Leila Suwwan |acessodata=15 de novembro de 2016 |publicado=Folha de S. Paulo}}</ref> No mesmo jornal, mas em novembro de 2010, Bolsonaro defendeu surras em filhos homossexuais. "Se o filho começa a ficar assim, meio gayzinho, [ele] leva um couro e muda o comportamento dele", disse.<ref name="Palmada">{{Citar web |url= http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2611201025.htm |autor= |título= Palmada muda filho "gayzinho", declara deputado federal |publicado=[[Folha de S. Paulo]]|data=27 de novembro de 2010 |acessodata=4 de junho de 2016 |citação="Se o filho começa a ficar assim, meio gayzinho, [ele] leva um couro e muda o comportamento dele"}}</ref><ref name="Palmada2">{{citar web |url=http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/deputado-que-defendeu-couro-em-filho-gay-nao-deve-ser-punido |título=Defensor de "couro" em filho gay não deve ser punido |editor=[[Revista Veja]] |data=1 de dezembro de 2010 |acessodata=4 de junho de 2016}}</ref>
Em uma entrevista concedida ao ''[[Jornal de Notícias]]'' em 2011, o deputado federal associou a [[homossexualidade]] à [[pedofilia]] ao afirmar que "muitas das crianças que serão adotadas por casais gays vão ser abusadas por esses casais homossexuais".<ref>{{citar web |url=http://www.jn.pt/brasil/interior/deputado-bolsonaro-diz-que-governo-transforma-gays-numa-classe-privilegiada-1879387.html#ixzz4AfPgS6aD |título=Deputado Bolsonaro diz que Governo transforma gays numa classe privilegiada |editor=[[Jornal de Notícias]] |data=21 de junho de 2011 |acessodata=4 de junho de 2016 |autor=Pedro Henrique Fonseca |citação=Faço uma relação entre o homossexualismo e a pedofilia porque muitas das crianças que serão adotadas por casais "gays" vão ser abusadas por esses casais homossexuais.}}</ref> Além disto, alegou que o [[Brasil]] não precisa de uma legislação específica contra a [[Homofobia no Brasil|homofobia]] porque "a maioria dos homossexuais é assassinada por seus respectivos cafetões, em horários em que o cidadão de bem já está dormindo".<ref name="Epoca2011"/> Na ''[[Folha de S. Paulo]]'', em maio de 2002, disse que poderia agredir homossexuais: "se eu ver dois homens se beijando na rua, vou bater".<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1905200210.htm |titulo=Apoio de FHC à união gay causa protestos |data=19 de maio de 2002 |autor=Leila Suwwan |acessodata=15 de novembro de 2016 |publicado=Folha de S. Paulo}}</ref> No mesmo jornal, mas em novembro de 2010, Bolsonaro defendeu surras em filhos homossexuais. "Se o filho começa a ficar assim, meio gayzinho, [ele] leva um couro e muda o comportamento dele", disse.<ref name="Palmada">{{Citar web |url= http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2611201025.htm |autor= |título= Palmada muda filho "gayzinho", declara deputado federal |publicado=[[Folha de S. Paulo]]|data=27 de novembro de 2010 |acessodata=4 de junho de 2016 |citação="Se o filho começa a ficar assim, meio gayzinho, [ele] leva um couro e muda o comportamento dele"}}</ref><ref name="Palmada2">{{citar web |url=http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/deputado-que-defendeu-couro-em-filho-gay-nao-deve-ser-punido |título=Defensor de "couro" em filho gay não deve ser punido |editor=[[Revista Veja]] |data=1 de dezembro de 2010 |acessodata=4 de junho de 2016}}</ref>


=== Indígenas, negros e imigrantes ===
=== Indígenas, negros e imigrantes ===
Jair Bolsonaro também questionou a política [[Povos ameríndios|indígena]] do governo brasileiro, em um de seus pronunciamentos a uma audiência na Câmara dos Deputados, que tratava sobre a questão indígena em [[Roraima]]. Neste dia, o parlamentar afirmou que os povos indígenas eram "fedorentos e não educados". A crítica, principalmente voltada à política de demarcação de terras indígenas, culminou com Bolsonaro afirmando que pessoas como os índios, supostamente não "educados" e "não falantes de nossa língua", não deveriam ter direito a uma tão grande porção de terra. Os comentários de Bolsonaro causaram grande indignação entre índios, parlamentares e grupos de defesa de direitos humanos, que consideraram que o comentário de Bolsonaro feria o princípio de não discriminação da [[Constituição Brasileira]].<ref name="indigenas">{{citar web|url= http://www.brasiloeste.com.br/noticia/971/ |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111019105941/http://www.brasiloeste.com.br/noticia/971/|arquivodata= 19 de outubro de 2011|título=Desrespeito aos povos indígenas no Congresso|autor=Marília Oliveira |data=30 de abril de 2004|publicado=Rota Brasil Oeste|acessodata=9 de abril de 2011}}</ref> Sentido-se constrangido e ofendido com os comentários do parlamentar sobre a questão indígena, uma das lideranças do povo [[Maués|sateré-maués]] presentes na audiência pública chegou até mesmo a atirar um copo de água em sua direção.<ref>{{citar web|url=http://web.archive.org/web/20120516003320/http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-21/esquina/o-copo-e-a-flecha|título=O copo e a flecha |autor=Carvalho, Luiz Maklouf|publicado=Revisata Piauí|data= |acessodata=9 de abril de 2011}}</ref>


Jair Bolsonaro também [[Anti-indigenismo|questionou a política]] [[Povos ameríndios|indígena]] do governo brasileiro, em um de seus pronunciamentos a uma audiência na Câmara dos Deputados, que tratava sobre a questão indígena em [[Roraima]]. Neste dia, o parlamentar afirmou que os [[Povos indígenas do Brasil|povos indígenas]] eram "fedorentos e não educados". A crítica, principalmente voltada à política de demarcação de terras indígenas, culminou com Bolsonaro afirmando que pessoas como os índios, supostamente não "educados" e "não falantes de nossa língua", não deveriam ter direito a uma tão grande porção de terra. Os comentários de Bolsonaro causaram grande indignação entre índios, parlamentares e grupos de defesa de direitos humanos, que consideraram que o comentário de Bolsonaro feria o princípio de não discriminação da [[Constituição Brasileira]].<ref name="indigenas">{{citar web|url= http://www.brasiloeste.com.br/noticia/971/ |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111019105941/http://www.brasiloeste.com.br/noticia/971/|arquivodata= 19 de outubro de 2011|título=Desrespeito aos povos indígenas no Congresso|autor=Marília Oliveira |data=30 de abril de 2004|publicado=Rota Brasil Oeste|acessodata=9 de abril de 2011}}</ref> Sentido-se constrangido e ofendido com os comentários do parlamentar sobre a questão indígena, uma das lideranças do povo [[Maués|sateré-maués]] presentes na audiência pública chegou até mesmo a atirar um copo de água em sua direção.<ref>{{citar web|url=http://web.archive.org/web/20120516003320/http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-21/esquina/o-copo-e-a-flecha|título=O copo e a flecha |autor=Carvalho, Luiz Maklouf|publicado=Revisata Piauí|data= |acessodata=9 de abril de 2011}}</ref>
Em uma entrevista dada ao programa ''[[Custe o Que Custar]]'' (CQC), no dia 28 de março de 2011, ao ser perguntado pela cantora Preta Gil sobre o que faria caso seu filho se apaixonasse por uma garota negra, Bolsonaro disse que "não discutiria promiscuidade" e que "não corre esse risco porque seus filhos foram muito bem educados", uma das declarações que mais causou polêmica na entrevista.<ref name="Preta Gil">{{citar web|url= http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-2/artigo/deputado-nega-ser-racista-mas-mantem-declaracoes-homofobicas/ |autor= |título= Deputado nega ser racista, mas mantém declarações homofóbicas|data = 29 de março de 2011 | publicado = Correio da Bahia | acessodata = 9 de abril de 2011}}</ref> No dia seguinte, afirmou que a resposta a Preta Gil fora um "mal entendido",<ref>{{citar web| url = http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,depois-de-polemica-bolsonaro-diz-que-errou,698986,0.htm |título = Depois de polêmica, Bolsonaro diz que errou|autor = Eduardo Bresciani | data=29 de março de 2011|publicado=Estadão| acessodata = 29 de março de 2011}}</ref> alegando que pensou que a pergunta fosse sobre o relacionamento de seu filho com um homossexual.<ref>{{citar web|url=http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Pol%EDtica&newsID=a3258602.xml |autor= |título=Após polêmica em programa de televisão, Bolsonaro diz que houve mal entendido|data = 31 de março de 2011|publicado=Zero Hora.com|acessodata=31 de março de 2011}}</ref> Sobre o caso, os filhos de Bolsonaro, Carlos e Eduardo, alegaram em suas contas de redes sociais que o programa havia "manipulado" a entrevista, ao fazer uma comparação do conteúdo de uma gravação feita pela câmera de um celular na mão do entrevistado com o conteúdo transmitido no programa.<ref name="Politica na Rede">{{cite web|url=http://politicanarede.com/2015/11/bolsonaro-denuncia-manipulacao-do.html| autor= |título= Bolsonaro denuncia manipulação de programa CQC 'na cara' do repórter |data= 6 de novembro de 2015 |publicado= Política na Rede |acessodata= 2 de março de 2016}}</ref>

Em uma entrevista dada ao programa ''[[Custe o Que Custar]]'' (CQC), no dia 28 de março de 2011, ao ser perguntado pela cantora [[Preta Gil]] sobre o que faria caso seu filho se apaixonasse por uma garota negra, Bolsonaro disse que "não discutiria promiscuidade" e que "não corre esse risco porque seus filhos foram muito bem educados", uma das declarações que mais causou polêmica na entrevista.<ref name="Preta Gil">{{citar web|url= http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-2/artigo/deputado-nega-ser-racista-mas-mantem-declaracoes-homofobicas/ |autor= |título= Deputado nega ser racista, mas mantém declarações homofóbicas|data = 29 de março de 2011 | publicado = Correio da Bahia | acessodata = 9 de abril de 2011}}</ref> No dia seguinte, afirmou que a resposta a Preta Gil fora um "mal entendido",<ref>{{citar web| url = http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,depois-de-polemica-bolsonaro-diz-que-errou,698986,0.htm |título = Depois de polêmica, Bolsonaro diz que errou|autor = Eduardo Bresciani | data=29 de março de 2011|publicado=Estadão| acessodata = 29 de março de 2011}}</ref> alegando que pensou que a pergunta fosse sobre o relacionamento de seu filho com um homossexual.<ref>{{citar web|url=http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Pol%EDtica&newsID=a3258602.xml |autor= |título=Após polêmica em programa de televisão, Bolsonaro diz que houve mal entendido|data = 31 de março de 2011|publicado=Zero Hora.com|acessodata=31 de março de 2011}}</ref> Sobre o caso, os filhos de Bolsonaro, Carlos e Eduardo, alegaram em suas contas de redes sociais que o programa havia "manipulado" a entrevista, ao fazer uma comparação do conteúdo de uma gravação feita pela câmera de um celular na mão do entrevistado com o conteúdo transmitido no programa.<ref name="Politica na Rede">{{cite web|url=http://politicanarede.com/2015/11/bolsonaro-denuncia-manipulacao-do.html| autor= |título= Bolsonaro denuncia manipulação de programa CQC 'na cara' do repórter |data= 6 de novembro de 2015 |publicado= Política na Rede |acessodata= 2 de março de 2016}}</ref>


Em setembro de 2015, durante uma entrevista ao ''Jornal Opção'', de [[Goiás]], o deputado disse que os militares no Brasil estão "desaparelhados" para "fazer frente" aos "marginais do [[Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra|MST]]" e aos [[Haiti|haitianos]], [[Senegal|senegaleses]], [[Bolívia|bolivianos]], [[Síria|sírios]] e "tudo que é escória do mundo". "A escória do mundo está chegando ao Brasil como se nós não tivéssemos problema demais para resolver", afirmou.<ref name="Refugiados">{{citar web |url=http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/bolsonaro-chama-refugiados-de-escoria-do-mundo |título=Bolsonaro chama refugiados de "escória do mundo" |editor=[[Revista Exame]] |data=22 de setembro de 2015 |acessodata=17 de outubro de 2015 |autor=Rita Azevedo}}</ref>
Em setembro de 2015, durante uma entrevista ao ''Jornal Opção'', de [[Goiás]], o deputado disse que os militares no Brasil estão "desaparelhados" para "fazer frente" aos "marginais do [[Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra|MST]]" e aos [[Haiti|haitianos]], [[Senegal|senegaleses]], [[Bolívia|bolivianos]], [[Síria|sírios]] e "tudo que é escória do mundo". "A escória do mundo está chegando ao Brasil como se nós não tivéssemos problema demais para resolver", afirmou.<ref name="Refugiados">{{citar web |url=http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/bolsonaro-chama-refugiados-de-escoria-do-mundo |título=Bolsonaro chama refugiados de "escória do mundo" |editor=[[Revista Exame]] |data=22 de setembro de 2015 |acessodata=17 de outubro de 2015 |autor=Rita Azevedo}}</ref>


== Visões políticas ==
== Visões políticas ==

Abaixo estão as principais visões políticas de Jair Bolsonaro:
Abaixo estão as principais visões políticas de Jair Bolsonaro:

{| class="wikitable"
{| class="wikitable"
| {{não}} [[União de pessoas do mesmo sexo]]<ref>{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5114016-EI306,00-Bolsonaro+apos+uniao+gay+proximo+passo+e+legalizar+pedofilia.html |título=Bolsonaro diz que o próximo passo é legalizar a pedofilia |autor=ANDRADE, Claudia |data=6 de maio de 2011 |publicado=Terra |acessodata=19 de agosto de 2011}}</ref> || {{não}} [[Privatização]]<ref name="Folha Poder"/><ref>{{citar web|url=http://colunas.epoca.globo.com/ofiltro/2011/03/29/jair-bolsonaro-e-a-tea-party-brasileira/ |título=Jair Bolsonaro e a Tea Party brasileira |autor=Redação da Época |data=29 de março de 2011 |publicado=Época |acessodata=19 de agosto de 2011}}</ref> || {{sim}} [[Pena de morte]]<ref name="tortura"/><ref name=":1" />|| {{?}} [[Reforma tributária]]
| {{não}} [[União de pessoas do mesmo sexo]]<ref>{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5114016-EI306,00-Bolsonaro+apos+uniao+gay+proximo+passo+e+legalizar+pedofilia.html |título=Bolsonaro diz que o próximo passo é legalizar a pedofilia |autor=ANDRADE, Claudia |data=6 de maio de 2011 |publicado=Terra |acessodata=19 de agosto de 2011}}</ref> || {{não}} [[Privatização]]<ref name="Folha Poder"/><ref>{{citar web|url=http://colunas.epoca.globo.com/ofiltro/2011/03/29/jair-bolsonaro-e-a-tea-party-brasileira/ |título=Jair Bolsonaro e a Tea Party brasileira |autor=Redação da Época |data=29 de março de 2011 |publicado=Época |acessodata=19 de agosto de 2011}}</ref> || {{sim}} [[Pena de morte]]<ref name="tortura"/> <ref name="Sou a favor da pena de morte"/>|| {{?}} [[Reforma tributária]]
| {{sim}} [[Golpe de Estado no Brasil em 1964|Golpe militar de 1964]]<ref name=Epoca2011/><ref>{{citar web|url=http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2013/02/20/bolsonaro-defende-golpe-de-64-e-apoia-yoani/ |título=Bolsonaro defende golpe de 64 e apoia Yoani |publicado=Conversa Afiada|acessodata=4 de junho de 2016}}</ref>
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== Ver também ==

* [[Conservadorismo brasileiro]]
* [[Política do Brasil]]

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== Ligações externas ==
== Ligações externas ==
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* [http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/jair-messias-bolsonaro Biografia - Jair Messias Bolsonaro], CPDOC (Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil), [[FGV]]
* [http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/jair-messias-bolsonaro Biografia - Jair Messias Bolsonaro], CPDOC (Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil), [[FGV]]


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Revisão das 18h41min de 18 de março de 2017

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro 2009.jpg
Jair Bolsonaro
Deputado federal pelo Rio de Janeiro Rio de Janeiro
Período 1º de fevereiro de 1991
até a atualidade
Vereador do Rio de Janeiro Rio de Janeiro
Período 1989
até 1991
Dados pessoais
Nascimento 21 de março de 1955 (69 anos)
Campinas, São Paulo
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Olinda Bonturi[2]
Pai: Geraldo Bolsonaro[2]
Cônjuge Ana Cristina Valle
Rogéria Nantes Braga Bolsonaro (divorciado)
Partido PSC (2016-presente)
PP (2005-2016)
PFL (2005)
PTB (2003-2005)
PPB (1995-2003)
PPR (1993-1995)
PP (1993)
PDC (1989-1993)
Religião Católico apostólico romano[1]
Profissão Militar da reserva do Exército brasileiro e político
Website bolsonaro.com.br
Serviço militar
Lealdade Exército do Brasil[3]
Anos de serviço 11
Graduação Capitão
Unidade 9º Grupo de Artilharia de Campanha

8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista

Jair Messias Bolsonaro (Campinas, 21 de março de 1955) é um militar da reserva e político brasileiro. Cumpre atualmente o seu sexto mandato na Câmara dos Deputados do Brasil, eleito pelo Partido Progressista (PP).[3] Nas eleições gerais de 2014, foi o deputado mais votado do estado do Rio de Janeiro com apoio de 6% do eleitorado fluminense (464 mil votos).[4] O parlamentar é filiado ao Partido Social Cristão (PSC) desde março de 2016,[5] mas em novembro entrou em conflito com a liderança do partido.[6]

Também foi titular da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado,[7] além de ter sido suplente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.[8] Além dele, seu irmão Renato Bolsonaro e três filhos seus também são políticos: Carlos Bolsonaro (vereador do Rio de Janeiro pelo PP), Flávio Bolsonaro (deputado estadual do RJ pelo PSC)[9] e Eduardo Bolsonaro (deputado federal de São Paulo pelo PSC).

Tornou-se conhecido nacionalmente por suas posições nacionalistas e conservadoras, por suas críticas ao comunismo e à esquerda[10] e por várias declarações controversas, as quais lhe renderam cerca de 30 pedidos de cassação em 26 anos de mandatos na Câmara dos Deputados.[11] Também é conhecido por defender a ditadura militar e por considerar a tortura uma prática legítima.[11] Suas posições políticas geralmente são classificadas como alinhadas aos discursos da extrema-direita.[11][12][13][14][15][16]

Biografia

Nasceu na cidade de Campinas, interior do estado de São Paulo, em 21 de março de 1955, filho de Perci Geraldo Bolsonaro[2][17] e Olinda Bonturi[2], ambos de ascendência italiana[18]

Foi casado com Rogéria Bolsonaro,[19] a quem ajudou a eleger vereadora da capital fluminense em 1992 e 1996, com que teve três filhos: Flávio Bolsonarodeputado estadual fluminense —, Carlos Bolsonaro — assim como o pai e mãe, vereador da cidade do Rio de Janeiro, o mais jovem do país[19] —, e Eduardo. De seu segundo casamento com Ana Cristina, teve Renan.[19]

Em 2013 casou-se com Michelle, na casa de festas Mansão Rosa, no Alto da Boa Vista, no Rio de Janeiro, a cerimônia foi realizada pelo pastor Silas Malafaia.[20]

Carreira

Serviço militar

Bolsonaro cursou a Escola Preparatória de Cadetes do Exército[21] e em seguida a Academia Militar das Agulhas Negras, formando-se em 1977. Serviu no 9º Grupo de Artilharia de Campanha, em Nioaque, MS, no período de 1979-81.[22] Após isso, integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista do Rio de Janeiro, onde se especializou em paraquedismo. Em 1983 formou-se em educação física na Escola de Educação Física do Exército, e tornou-se mestre em saltos pela Brigada de Infantaria Paraquedista. Em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO).[17]

Prisão

Em 1986, servindo como capitão no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista, Bolsonaro foi preso por quinze dias após escrever, na seção Ponto de Vista da revista Veja, um artigo intitulado "O salário está baixo". Para Bolsonaro, o desligamento de dezenas de cadetes da AMAN se devia aos baixos salários pagos à categoria de uma forma geral, e não a desvios de conduta, como queria deixar transparecer a cúpula do Exército. A atitude de seus superiores levou à reação de oficiais da ativa e da reserva, inclusive do General Newton Cruz, ex-chefe da agência central do Serviço Nacional de Informações (SNI) no governo João Figueiredo. Bolsonaro recebeu cerca de 150 telegramas de solidariedade das mais variadas regiões do país, além do apoio de oficiais do Instituto Militar de Engenharia (IME) e de esposas de oficiais, que realizaram manifestação em frente ao complexo militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro.[17] Foi absolvido pelo Superior Tribunal Militar dois anos depois.[23]

Operação Beco Sem Saída

Bolsonaro e o projeto de ataque à Adutora do Guandu, que abastece com água o Rio de Janeiro, escrito com seu próprio punho[24]

Em 27 de outubro de 1987, Jair Bolsonaro informou à repórter Cássia Maria, da revista Veja, sobre a operação "Beco Sem Saída". Na época Bolsonaro apoiava a melhoria do soldo e era contra a prisão do capitão Saldon Pereira Filho.[25]

A operação teria como objetivo explodir bombas de baixa potência em banheiros da Vila Militar, da Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, Rio de Janeiro e em alguns outros quartéis militares com o objetivo de protestar contra o baixo salário que os militares recebiam na época.[24]

Bolsonaro teria desenhado o croqui de onde a bomba seria colocada na Adutora do Guandu, que abastece de água ao município do Rio de Janeiro. A revista entregou o material ao então Ministro do Exército e este, após quatro meses de investigação, concluiu que a reportagem estava correta e que os capitães haviam mentido.[24]

O caso foi entregue ao Superior Tribunal Militar, mas foi dado como inconclusivo após testes grafológicos e Bolsonaro acabou por ser absolvido.[26][17]

Política

Em 1988 entrou na vida pública elegendo-se vereador da cidade do Rio de Janeiro pelo Partido Democrata Cristão. Nas eleições de 1990 elegeu-se deputado federal pelo mesmo partido. Viriam em seguida outros quatro mandatos sucessivos. Foi filiado ao PPR (1993-95), PPB (1995-2003), PTB (2003-2005), PFL (2005), PP (2005-2016), e desde março de 2016 integra o PSC.[5] Foi autor da lei do voto impresso, segundo o deputado, para evitar fraudes no sistema de votação.[27]

Ficou conhecido por suas ideias nacionalistas, conservadoras e por suas críticas ao comunismo e à esquerda. Bolsonaro defende abertamente o regime militar instalado no Brasil em abril de 1964.[28]

Bolsonaro, que começou sua carreira política em 1988, em cerca de 25 anos interruptos de Congresso conseguiu aprovar uma única emenda, uma PEC que prevê emissão de "recibos" junto ao voto nas urnas eletrônicas.[29]

Desempenho eleitoral

Nas eleições de 2010, Jair Bolsonaro obteve cerca de 120 mil votos, sendo o décimo-primeiro deputado federal mais votado do estado do Rio de Janeiro. Em seu mandato anterior se destacou na luta pela aprovação da PEC300 e contra uma possível volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras). É representante de parcela das Forças Armadas brasileiras na Câmara dos Deputados e defende recomposição salarial dos militares.[carece de fontes?]

Foi reeleito em 2014, como o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro com 464.572 votos.[30]

Principais posições

O deputado propõe que um comprovante seja impresso para evitar fraudes na contagem eletrônica de votos por não existir "nenhum país no mundo" que use a mesma tecnologia que a brasileira, ao insinuar que a urna eletrônica brasileira não é confiável,[31] apesar do sistema ser testado periodicamente.[32] De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), isto geraria custos adicionais de cerca de 1,8 bilhão de reais aos cofres públicos.[33]

O parlamentar defende a revogação do Estatuto do Desarmamento e defende que o proprietário rural tenha direito de adquirir fuzis para evitar invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.[34] Além disto, também apresentou um projeto de lei que estabelece a castração química voluntária como condição para que uma pessoa condenada por estupro possa progredir o regime de pena.[35]

Bolsonaro condena publicamente a homossexualidade[1][36][37][38][39][40] e se opõe à aplicação de leis que garantam os direitos de pessoas LGBTs,[41][42][43] como o casamento igualitário e a adoção de filhos por casais homossexuais, além da alteração no registro civil para transexuais.[42]

Ele se posiciona de forma contrária à legalização das drogas [12] e, em entrevista dada ao programa CQC em abril de 2011, reiterou afirmações anteriores sobre o tema ao ser questionado sobre como reagiria caso seu filho fosse usuário de drogas: "Daria uma porrada nele, pode ter certeza disso".[44]

O parlamentar também discorda da aplicação de ações afirmativas, como cotas raciais para afro-brasileiros.[12] Em 2006, como forma de protesto contra a formulação de políticas de cotas nas universidades públicas, o deputado apresentou um projeto de lei complementar na Câmara dos Deputados, propondo o estabelecimento de cotas para deputados negros e pardos. Bolsonaro admitiu em seguida que, se o projeto fosse à votação, seria contra ele.[45]

Em várias entrevistas, Bolsonaro se posicionou favoravelmente à instituição da pena de morte no Brasil para casos de crimes premeditados pois, segundo ele, "o bandido, ele só respeita o que ele teme".[46] Também é a favor da redução da maioridade penal e em 2008, foi o único deputado do Rio de Janeiro a votar contra o projeto de lei para ampliar o uso de armas não letais, justificando que esse tipo de recurso já é utilizado.[47]

Em 2000, Jair Bolsonaro defendeu, numa entrevista à revista IstoÉ, a utilização da tortura em casos de tráfico de droga e sequestro e a execução sumária em casos de crime premeditado.[21] Ele justifica seu posicionamento ao dizer que "o objetivo é fazer o cara abrir a boca" e "ser arrebentado para abrir o bico". De acordo com a entrevista de 2000 concedida à IstoÉ, Bolsonaro ainda defende a censura, embora não especifique de qual tipo.[21]

Em 2016, se posicionou contrário a anistia ao caixa 2,[48] uma emenda articulada principalmente por partidos e parlamentares envolvidos na Operação Lava Jato, para anistiar crimes de caixa 2.[49]

As declarações do deputado sobre economia são paradoxais e alternam entre apoio a um projeto econômico desenvolvimentista, herança da ditadura militar (1964-1985), com falas pró-mercado.[11]

Eleições para presidência da Câmara dos Deputados

No dia 2 de fevereiro de 2016, concorreu pela terceira vez para presidente da Câmara dos Deputados, obtendo apenas quatro votos e ocasionando sua derrota. Ele disputou o mesmo cargo em 2005 e 2011 e também não logrou êxito nestas tentativas.[50]

Controvérsias

Democracia, Estado laico e ditadura militar

Em uma entrevista para a revista Veja em 2 de dezembro de 1998, o parlamentar afirmou que a ditadura chilena de Augusto Pinochet, que matou mais de 3.000 pessoas[51] e exilou outras 200.000,[52] "devia ter matado mais gente".[53] Ele também elogiou o presidente peruano Alberto Fujimori como um "modelo" pelo uso de uma intervenção militar contra o judiciário e o legislativo.[12] Em 1999, o deputado afirmou ao programa "Câmera Aberta" que era "favorável à tortura" e chamou a democracia de "porcaria". Se fosse presidente do país, respondeu que não havia "a menor dúvida" de que "fecharia o Congresso" e de que "daria um golpe no mesmo dia". Na mesma época, ao explicar ao apresentador Jô Soares por que defendeu o fuzilamento do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ele disse que "barbaridade é privatizar a Vale e as telecomunicações, entregar as nossas reservas petrolíferas ao capital externo".[11]

O deputado federal também é conhecido por alegar que a ditadura foi uma época "gloriosa" da história do Brasil. Em carta publicada no jornal Folha de S.Paulo ele se refere ao período militar como "20 anos de ordem e progresso".[54] O deputado também afirmou, durante uma discussão com manifestantes em dezembro de 2008, que "o erro da ditadura foi torturar e não matar."[53] Bolsonaro foi criticado pelos meios de comunicação, por políticos e pelo grupo "Tortura Nunca Mais"), sobretudo depois de ter afixado na porta de seu escritório um cartaz que dizia aos familiares dos desaparecidos da ditadura militar que "quem procura osso é cachorro".[55][56] Em 1993, apenas oito anos após o retorno da democracia no país, disse que apenas um regime militar conduziria a um Brasil mais "próspero e sustentável".[12] Em Março de 2015,quando o Golpe de 1964 fez 51 anos, Bolsonaro publicou em um blog pessoal uma imagem e um texto comemorando o acontecimento. O parlamentar alegou que o golpe não passou de uma "intervenção democrática",fruto da "pressão popular",e que em 1968 os guerrilheiros começaram a atacar, usando táticas de guerrilha aprendidas na China e em Cuba.[57]

Em 17 de abril de 2016, Jair Bolsonaro parabenizou o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pela forma como conduziu processo de impeachment da presidente e usou seu discurso de voto sobre o impedimento de Dilma Rousseff para homenagear Carlos Alberto Brilhante Ustra,[58] o primeiro militar a ser reconhecido pela Justiça como um dos torturadores durante a ditadura militar.[59] Após o episódio, a Procuradoria-Geral da República informou que, em virtude de ter recebido 17.853 reclamações contra o teor da manifestação do deputado federal durante a votação do impeachment, decidiu instaurar um procedimento interno para investigar o caso.[60] Tal atitude também rendeu a Bolsonaro um processo no Conselho de Ética da Câmara, aberto contra o deputado em junho de 2016, no qual foi acusado de ter faltado com o decoro parlamentar durante seu voto. A representação foi feita pelo Partido Verde, que acusou o deputado de ter feito apologia do crime de tortura e pediu a cassação do mandato do parlamentar. Em sua defesa, Bolsonaro alegou que as declarações durante a votação do impeachment estão protegidas pela imunidade parlamentar.[61] Naquele mesmo dia, durante a votação, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) cuspiu em Jair Bolsonaro.[62] Após o ocorrido, Wyllys declarou: "eu cuspiria na cara dele quantas vezes eu quisesse e quantas vezes tivesse vontade."[62]

Em vídeo postado pelo seu filho, o também deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), o parlamentar fluminense afirmou que "violência se combate com violência e não com bandeiras de direitos humanos", como as defendidas pela Anistia Internacional, que ele afirmou ser formada por "canalhas" e "idiotas". Questionado sobre um levantamento da organização que mostrou que a polícia brasileira é a que mais mata no mundo, Bolsonaro disse: "Eu acho que essa Polícia Militar do Brasil tinha que matar é mais."[63]

Em um discurso em Campina Grande, em fevereiro de 2017, o deputado criticou o Estado laico ao dizer: "Deus acima de tudo. Não tem essa historinha de estado laico não. O estado é cristão e a minoria que for contra, que se mude." O parlamentar completou a fala ao dizer que as "as minorias tem que se curvar para as maiorias."[64]

Mulheres e homossexuais

Protesto contra Bolsonaro durante a Parada do orgulho LGBT de São Paulo em 2011.
Os deputados federais Marco Feliciano e Jair Bolsonaro, conhecidos por declarações consideradas contra os direitos LGBT[65][42]

Durante uma discussão no plenário da Câmara dos Deputados, Bolsonaro afirmou que não "estupraria" a deputada Maria do Rosário porque ela "não merece".[66] Ele repetiu uma ofensa que já havia proferido contra a parlamentar em 2003.[67] A briga ocorreu após ela dizer que a ditadura militar foi "vergonha absoluta" para o Brasil.[66] Em virtude das ofensas contra a deputada, Bolsonaro foi condenado em primeira instância por danos morais.[68] Em junho de 2016, o Supremo Tribunal Federal (STF), ao analisar denúncia da Procuradoria Geral da República e queixa da própria deputada Maria do Rosário, decidiu abrir duas ações penais contra o deputado Bolsonaro. Em uma decisão por quatro votos contra um, a Segunda Turma do STF entendeu que além de incitar a prática do estupro, Bolsonaro ofendeu a honra da colega. Como resultado o deputado tornou-se réu pela suposta prática de apologia ao crime e por injúria. A denúncia contra Bolsonaro por apologia ao crime foi apresentada em dezembro de 2014 por Ela Wiecko (vice-procuradora-geral da República), e caso condenado, ele pode ser punido com pena de 3 a 6 meses de prisão, mais multa.[69]

Em fevereiro de 2015, em uma entrevista ao jornal Zero Hora, o deputado afirmou que não acha justo que mulheres e homens recebam o mesmo salário porque as mulheres engravidam, alegando que o direito a licença-maternidade prejudica a produtividade do empresário.[70][71]

Em uma entrevista para a revista Playboy, em junho de 2011, Bolsonaro afirmou que "seria incapaz de amar um filho homossexual" e que preferia que um filho seu "morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí". O parlamentar também afirmou que se um casal homossexual fosse morar ao seu lado isto iria desvalorizar a sua casa.[36] Em julho do mesmo ano, durante uma entrevista para leitores da revista Época, Bolsonaro disse que "se lutar para impedir a distribuição do kit-gay nas escolas de ensino fundamental com a intenção de estimular o homossexualismo, em verdadeira afronta à família é ser preconceituoso, então sou preconceituoso, com muito orgulho", disse.[1]

Em uma entrevista concedida ao Jornal de Notícias em 2011, o deputado federal associou a homossexualidade à pedofilia ao afirmar que "muitas das crianças que serão adotadas por casais gays vão ser abusadas por esses casais homossexuais".[72] Além disto, alegou que o Brasil não precisa de uma legislação específica contra a homofobia porque "a maioria dos homossexuais é assassinada por seus respectivos cafetões, em horários em que o cidadão de bem já está dormindo".[1] Na Folha de S. Paulo, em maio de 2002, disse que poderia agredir homossexuais: "se eu ver dois homens se beijando na rua, vou bater".[73] No mesmo jornal, mas em novembro de 2010, Bolsonaro defendeu surras em filhos homossexuais. "Se o filho começa a ficar assim, meio gayzinho, [ele] leva um couro e muda o comportamento dele", disse.[37][38]

Indígenas, negros e imigrantes

Jair Bolsonaro também questionou a política indígena do governo brasileiro, em um de seus pronunciamentos a uma audiência na Câmara dos Deputados, que tratava sobre a questão indígena em Roraima. Neste dia, o parlamentar afirmou que os povos indígenas eram "fedorentos e não educados". A crítica, principalmente voltada à política de demarcação de terras indígenas, culminou com Bolsonaro afirmando que pessoas como os índios, supostamente não "educados" e "não falantes de nossa língua", não deveriam ter direito a uma tão grande porção de terra. Os comentários de Bolsonaro causaram grande indignação entre índios, parlamentares e grupos de defesa de direitos humanos, que consideraram que o comentário de Bolsonaro feria o princípio de não discriminação da Constituição Brasileira.[74] Sentido-se constrangido e ofendido com os comentários do parlamentar sobre a questão indígena, uma das lideranças do povo sateré-maués presentes na audiência pública chegou até mesmo a atirar um copo de água em sua direção.[75]

Em uma entrevista dada ao programa Custe o Que Custar (CQC), no dia 28 de março de 2011, ao ser perguntado pela cantora Preta Gil sobre o que faria caso seu filho se apaixonasse por uma garota negra, Bolsonaro disse que "não discutiria promiscuidade" e que "não corre esse risco porque seus filhos foram muito bem educados", uma das declarações que mais causou polêmica na entrevista.[76] No dia seguinte, afirmou que a resposta a Preta Gil fora um "mal entendido",[77] alegando que pensou que a pergunta fosse sobre o relacionamento de seu filho com um homossexual.[78] Sobre o caso, os filhos de Bolsonaro, Carlos e Eduardo, alegaram em suas contas de redes sociais que o programa havia "manipulado" a entrevista, ao fazer uma comparação do conteúdo de uma gravação feita pela câmera de um celular na mão do entrevistado com o conteúdo transmitido no programa.[79]

Em setembro de 2015, durante uma entrevista ao Jornal Opção, de Goiás, o deputado disse que os militares no Brasil estão "desaparelhados" para "fazer frente" aos "marginais do MST" e aos haitianos, senegaleses, bolivianos, sírios e "tudo que é escória do mundo". "A escória do mundo está chegando ao Brasil como se nós não tivéssemos problema demais para resolver", afirmou.[80]

Visões políticas

Abaixo estão as principais visões políticas de Jair Bolsonaro:

Não União de pessoas do mesmo sexo[81] Não Privatização[11][82] Sim Pena de morte[21] [46] ? Reforma tributária Sim Golpe militar de 1964[1][83] Não Desarmamento[84]
Não Cota racial[85] Não Liberação das drogas[1] Não Reforma agrária[86] Não Refugiados[80] Não Estado laico[64] Não Imigrantes[80]
Não Democracia[11] Não Liberdade religiosa[64] Sim Prisão perpétua[21] ? Aborto ? Imprensa livre Sim Redução da maioridade penal[87]

Ver também

Referências

  1. a b c d e f Revista Época, ed. (15 de fevereiro de 2015). «Jair Bolsonaro: "Sou preconceituoso, com muito orgulho"» 
  2. a b c d Valdir Sanches (2 de março de 2015). «'Ele não era de falar besteira', diz mãe de Jair Bolsonaro». Revista Crescer. Editora Globo. Consultado em 25 de novembro de 2015 
  3. a b «Conheça os Deputados: Jair Bolsonaro». Câmara dos Deputados. Consultado em 9 de abril de 2011 
  4. O Globo, ed. (22 de outubro de 2014). «Deputado mais votado no Rio, Bolsonaro reclama de ter apoio esnobado por Aécio». Consultado em 22 de janeiro de 2015 
  5. a b Isabel Braga (2 de março de 2016). «Bolsonaro se filia ao PSC e é lançado como pré-candidato à Presidência». O Globo. Consultado em 2 de março de 2016 
  6. Maurício Lima (11 de dezembro de 2016). «Jair Bolsonaro recorre ao TSE para mudar de partido». Revista Veja. Consultado em 16 de dezembro de 2016 
  7. «Deputado Jair Bolsonaro». Câmara dos Deputados. Consultado em 9 de abril de 2011 
  8. «Comissão de Direitos Humanos e Minorias». Câmara dos Deputados. Consultado em 9 de abril de 2011 
  9. Thamine Leta (1 de abril de 2011). «Filhos de Bolsonaro dizem que pai não é preconceituoso». G1. Consultado em 1 de abril de 2011 
  10. «Em entrevista, Bolsonaro diz que MEC "abre as portas" para homossexualidade e pedofilia». UOL. 31 de março de 2011. Consultado em 31 de março de 2011 
  11. a b c d e f g Thaís Bilenki (9 de junho de 2016). «Pré-candidato, Bolsonaro tenta criar a 'extrema direita light». Folha de S. Paulo. Consultado em 16 de dezembro de 2016 
  12. a b c d e The New York Times, ed. (25 de julho de 1993). «Conversations/Jair Bolsonaro; A Soldier Turned Politician Wants To Give Brazil Back to Army Rule». Consultado em 4 de junho de 2016 
  13. Claudio Leal (31 de março de 2011). «Jarbas Passarinho: "Nunca pude suportar Jair Bolsonaro"». Terra Magazine. Consultado em 19 de abril de 2011 
  14. Natália Abreu Damasceno. «Jair Bolsonaro: um fascista à brasileira?». Jornal da Cidade. Consultado em 19 de abril de 2011 
  15. El País, ed. (7 de outubro de 2014). «O inquietante 'fenômeno Bolsonaro'». Consultado em 10 de junho de 2015 
  16. Clara Roman (4 de abril de 2012). Carta Capital, ed. «A onda Bolsonaro e o despertar do neonazismo». Consultado em 10 de junho de 2015 
  17. a b c d FGV/CPDOC (ed.). «Jair Messias Bolsonaro». Consultado em 25 de abril de 2016 
  18. Canal da Imprensa. «Mania de pureza». Consultado em 26 de novembro de 2016 
  19. a b c Luís Edmundo Araújo. «Tal pai, tal filho». Isto É. Consultado em 17 de maio de 2016 
  20. Raphael Gomide iG Rio de Janeiro (22 de março de 2013). «Silas Malafaia celebra casamento do deputado Bolsonaro na Mansão Rosa». Último Segundo. Consultado em 17 de maio de 2016 
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