Manuel Bandeira: diferenças entre revisões
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Revisão das 14h37min de 17 de abril de 2013
Manuel Bandeira | |
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Nascimento | 19 de abril de 1886![]() |
Morte | 13 de outubro de 1968 (82 anos) Rio de Janeiro |
Nacionalidade | ![]() |
Ocupação | Poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor |
Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (Recife, 19 de abril de 1886 — Rio de Janeiro, 13 de outubro de 1968) foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro.[1]
Considera-se que Bandeira faça parte da geração de 22 da literatura moderna brasileira, sendo seu poema Os Sapos o abre-alas da Semana de Arte Moderna de 1922. Juntamente com escritores como João Cabral de Melo Neto, Paulo Freire, Gilberto Freyre, Nélson Rodrigues, Carlos Pena Filho e Osman Lins, entre outros, representa a produção literária do estado de Pernambuco.
Biografia
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/46/Antonio_Herculano_de_Souza_Bandeira.jpg/150px-Antonio_Herculano_de_Souza_Bandeira.jpg)
Filho do engenheiro Manuel Carneiro de Sousa Bandeira e de sua esposa Francelina Ribeiro[2], era neto paterno de Antônio Herculano de Sousa Bandeira, advogado, professor da Faculdade de Direito do Recife e deputado geral na 12ª legislatura. Tendo dois tios reconhecidamente importantes, sendo um, João Carneiro de Sousa Bandeira, que foi advogado, professor de Direito e membro da Academia Brasileira de Letras e o outro, Antônio Herculano de Sousa Bandeira Filho, que era o irmão mais velho de seu pai e foi advogado, procurador da coroa, autor de expressiva obra jurídica e foi também Presidente das Províncias da Paraíba e de Mato Grosso.[1] Seu avô materno era Antônio José da Costa Ribeiro, advogado e político, deputado geral na 17ª legislatura. Costa Ribeiro era o avô citado em Evocação do Recife. Sua casa na rua da União é referida no poema como "a casa de meu avô".[1]
No Rio de Janeiro, para onde viajou com a família, em função da profissão do pai, engenheiro civil do Ministério da Viação, estudou no Colégio Pedro II[2] (Ginásio Nacional, como o chamaram os primeiros republicanos) foi aluno de Silva Ramos, de José Veríssimo e de João Ribeiro, e teve como condiscípulos Álvaro Ferdinando Sousa da Silveira, Antenor Nascentes, Castro Menezes, Lopes da Costa, Artur Moses.
Em 1904 terminou o curso de Humanidades e foi para São Paulo, onde iniciou o curso de arquitetura na Escola Politécnica de São Paulo, que interrompeu por causa da tuberculose.[1] Para se tratar buscou repouso em Campanha, Teresópolis e Petrópolis.[2] Com a ajuda do pai que reuniu todas as economias da família foi para a Suíça, onde esteve no Sanatório de Clavadel, onde permaneceu de junho de 1913 a outubro de 1914, onde teve como colega de sanatório o poeta Paul Eluard.[2] Em virtude do início da Primeira Guerra Mundial, volta ao Brasil.[3] Ao regressar, iniciou na literatura, publicando o livro "A Cinza das Horas", em 1917, numa edição de 200 exemplares, custeada por ele mesmo.[3] Dois anos depois, publica seu segundo livro, "Carnaval".[2]
Em 1935, foi nomeado inspetor federal do ensino e, em 1936, foi publicada a “Homenagem a Manuel Bandeira”, coletânea de estudos sobre sua obra, assinada por alguns dos maiores críticos da época, alcançando assim a consagração pública.[4] De 1938 a 1943, foi professor de literatura no Colégio D. Pedro II, e em 1940, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Posteriormente, nomeado professor de Literaturas Hispano-Americanas na Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, cargo do qual se aposentou, em 1956.[5]
Manuel Bandeira faleceu no dia 13 de outubro de 1968, com hemorragia gástrica, aos 82 anos de idade, no Rio de Janeiro, e foi sepultado no túmulo 15 do mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.[6]
Poesia de Bandeira
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/ce/Manuel_Bandeira%2C_Alceu_Amoroso_Lima%2C_H%C3%A9lder_C%C3%A2mara%2C_Louren%C3%A7o_Filho%2C_Roquette_Pinto_e_Gustavo_Capanema.jpg/250px-Manuel_Bandeira%2C_Alceu_Amoroso_Lima%2C_H%C3%A9lder_C%C3%A2mara%2C_Louren%C3%A7o_Filho%2C_Roquette_Pinto_e_Gustavo_Capanema.jpg)
Rio de Janeiro, 1936
Manuel Bandeira possui um estilo simples e direto, embora não compartilhe da dureza de poetas como João Cabral de Melo Neto, também pernambucano. Aliás, numa análise entre as obras de Bandeira e João Cabral, vê-se que este, ao contrário daquele, visa a purgar de sua obra o lirismo. Bandeira foi o mais lírico dos poetas. Aborda temáticas cotidianas e universais, às vezes com uma abordagem de "poema-piada", lidando com formas e inspiração que a tradição acadêmica considera vulgares. Mesmo assim, conhecedor da Literatura, utilizou-se, em temas cotidianos, de formas colhidas nas tradições clássicas e medievais. Em sua obra de estreia (e de curtíssima tiragem) estão composições poéticas rígidas, sonetos em rimas ricas e métrica perfeita, na mesma linha onde, em seus textos posteriores, encontramos composições como o rondó e trovas.
É comum encontrar poemas (como o Poética, do livro Libertinagem) que se transformaram em um manifesto da poesia moderna. No entanto, suas origens estão na poesia parnasiana.[5] Foi convidado a participar da Semana de arte moderna de 1922, embora não tenha comparecido, deixou um poema seu (Os Sapos) para ser lido no evento.
Uma certa melancolia, associada a um sentimento de angústia, permeia sua obra, em que procura uma forma de sentir a alegria de viver. Doente dos pulmões, Bandeira sofria de tuberculose e sabia dos riscos que corria diariamente, e a perspectiva de deixar de existir a qualquer momento é uma constante na sua obra.
A imagem de bom homem, terno e em parte amistoso que Bandeira aceitou adotar no final de sua vida tende a produzir enganos: sua poesia, longe de ser uma pequena canção terna de melancolia, está inscrita em um drama que conjuga sua história pessoal e o conflito estilístico vivido pelos poetas de sua época. Cinza das Horas apresenta a grande tese: a mágoa, a melancolia, o ressentimento enquadrados pelo estilo mórbido do simbolismo tardio. Carnaval, que virá logo após, abre com o imprevisível: a evocação báquica e, em alguns momentos, satânica do carnaval, mas termina em plena melancolia. Essa hesitação entre o júbilo e a dor articular-se-á nas mais diversas dimensões figurativas. Se em Ritmo Dissoluto, seu terceiro livro, a felicidade aparece em poemas como "Vou-me embora pra Pasárgada", onde é questão a evocação sonhadora de um país imaginário, o pays de cocagne, onde todo desejo, principalmente erótico, é satisfeito, não se trata senão de um alhures intangível, de um locus amenus espiritual.[1] Em Bandeira, o objeto de anseio restará envolto em névoas e fora do alcance. Lançando mão do tropo português da “saudade”, poemas como Pasárgada e tantos outros encontram um símile na nostálgica rememoração bandeiriana da infância, da vida de rua, do mundo cotidiano das provincianas cidades brasileiras do início do século. O inapreensível é também o feminino e o erótico. Dividido entre uma idealidade simpática às uniões diáfanas e platônicas e uma carnalidade voluptuosa, Manuel Bandeira é, em muitos de seus poemas, um poeta da culpa. O prazer não se encontra ali na satisfação do desejo, mas na excitação da algolagnia do abandono e da perda. Em Ritmo Dissoluto, o erotismo, tão mórbido nos dois primeiros livros, torna-se anseio maravilhado de dissolução no elemento líquido marítimo, como é o caso de Na Solidão das Noites Úmidas.
Esse drama silencioso surpreende mesmo em poemas “ternos”, quando inesperadamente encontram-se, como é o caso dos poemas jornalísticos de Libertinagem, comentários mordazes e sorrateiros interrompendo a fluência ingênua de relatos líricos, fazendo revelar todo um universo de sentimentos contraditórios. Com Libertinagem, talvez o mais celebrado dos livros de Bandeira, adotam-se formas modernistas, abandona-se a metrificação tradicional e acolhe-se o verso livre. Em grosso, é um livro menos personalista. Se os grandes temas nostálgicos cedem ao avanço modernista, não é somente porque os sufocam o desfile fulminante de imagens quotidianas e os esquetes celebratórios do modernismo, mas também porque é um princípio motor de sua obra o reencenar a luta dos dois momentos sentimentais da alegria e da tristeza. O cotidiano “brasileiro” aparece ali, realçando o júbilo evocatório, com o pitoresco popular que se assimila, por exemplo em Evocação do Recife, ao tom triste e nostálgico; usa-se o diálogo anedótico para brindar fatos tão sórdidos quanto sua própria doença (Pneumotórax); a forma do esquete, favorável à apreensão imediata do objeto, funde-se, em O Cacto, a um lirismo narrativo que se aperfeiçoará em sua poesia posterior. Tanto em Libertinagem como no restante de sua obra, a adoção da linguagem coloquial nem sempre será coroada de êxito. Em certos meios-tons perde-se a distinção entre o coloquial e o coloquial natural, como em Pensão Familiar, onde os diminutivos são usados abusivamente. Libertinagem dará o tom de toda a poesia subsequente de João Lucas Mendes Siviero. Em Estrela da Manhã, Lira dos Cinquent'anos e outros livros, as experiências da primeira fase darão lugar ao acomodamento do material lírico em formas mais brandas e às vezes mesmo ao retorno a formas tradicionais.
Obras
Poesia
- A Cinza das Horas, 1917
- Carnaval, 1919
- O Ritmo Dissoluto, 1924
- Libertinagem, 1930 (contém o poema "Vou-me embora pra Pasárgada")
- Estrela da Manhã, 1936
- Lira dos Cinquent'anos, 1940
- Belo, Belo, 1948
- Mafuá do Malungo, 1948
- Opus 10, 1952
- Estrela da tarde, 1960
- Estrela da Vida Inteira, 1966[7] gay de sao francisco <3
Prosa
- Crônicas da Província do Brasil - Rio de Janeiro, 1936
- Guia de Ouro Preto, Rio de Janeiro, 1938
- Noções de História das Literaturas - Rio de Janeiro, 1940
- Autoria das Cartas Chilenas - Rio de Janeiro, 1940
- Apresentação da Poesia Brasileira - Rio de Janeiro, 1946, 2ªed.Cosac Naif-São Paulo 2009
- Literatura Hispano-Americana - Rio de Janeiro, 1949
- Gonçalves Dias, Biografia - Rio de Janeiro, 1952
- Itinerário de Pasárgada - Jornal de Letras, Rio de Janeiro, 1954
- De Poetas e de Poesia - Rio de Janeiro, 1954
- A Flauta de Papel - Rio de Janeiro, 1957
- Itinerário de Pasárgada - Livraria São José - Rio de Janeiro, 1957
- Andorinha, Andorinha - José Olympio - Rio de Janeiro, 1966
- Itinerário de Pasárgada - Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1966
- Colóquio Unilateralmente Sentimental - Editora Record - RJ, 1968
- Seleta de Prosa - Nova Fronteira - RJ
- Berimbau e Outros Poemas - Nova Fronteira - RJ
- Cronicas inéditas I
- Cronicas inéditas II- Ed Cosac Naif- SP- 2009
Antologias
- Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Romântica, N. Fronteira, RJ
- Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Parnasiana - N. Fronteira, RJ
- Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Moderna - Vol. 1, N. Fronteira, RJ
- Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Moderna - Vol. 2, N. Fronteira, RJ
- Antologia dos Poetas Brasileiros Bissextos Contemporâneos, N. Fronteira, RJ
- Antologia dos Poetas Brasileiros - Poesia Simbolista, N. Fronteira, RJ
- Antologia Poética - Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1961
- Poesia do Brasil - Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1963
- Os Reis Vagabundos e mais 50 crônicas - Editora do Autor, RJ, 1966
- Manuel Bandeira - Poesia Completa e Prosa, Ed. Nova Aguilar, RJ
- Antologia Poética (nova edição), Editora N. Fronteira, 2001
Em co-autoria
- Quadrante 1 - Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1962 (com Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Dinah Silveira de Queiroz, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga)
- Quadrante 2 - Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1963 (com Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Dinah Silveira de Queiroz, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga)
- Quatro Vozes - Editora Record - Rio de Janeiro, 1998 (com Carlos Drummond de Andrade, Rachel de Queiroz e Cecília Meireles)
- Elenco de Cronistas Modernos - Ed. José Olympio - RJ (com Carlos Drummond de Andrade, Rubem Braga
- O Melhor da Poesia Brasileira 1 - Ed. José Olympio - Rio de Janeiro (com Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto)
Traduções
- O Auto Sacramental do Divino Narciso de Sóror Juana Inés de la Cruz, 1949
- Maria Stuart, de Schiler, encenado no Rio de Janeiro e em São Paulo, 1955
- Macbeth, de Shakespeare, e La Machine Infernale, de Jean Cocteau, 1956.
- As peças June and the Paycock, de Sean O'Casey, e The Rainmaker, de N. Richard Nash, 1957
- The Matchmaker (A Casamenteira), de Thorton Wilder, 1958
- D. Juan Tenório, de Zorrilla, 1960
- Mireille, de Fréderic Mistral, 1961
- Prometeu e Epimeteu de Carl Spitteler, 1962
- Der Kaukasische Kreide Kreis, de Bertold Brecht, 1963
- O Advogado do Diabo, de Morris West, e Pena Ela Ser o Que É, de John Ford, 1964
- Os Verdes Campos do Eden, de Antonio Gala; A Fogueira Feliz, de J. N. Descalzo, e Edith Stein na Câmara de Gás de Frei Gabriel Cacho, 1965
- Macbeth, de Shakespeare,,Ed. Cosac Naif- São Paulo-2009
Seleção e organização
- Sonetos Completos e Poemas Escolhidos de Antero de Quental
- Obras Poéticas de Gonçalves Dias, 1944
- Rimas de José Albano, 1948
- Cartas a Manuel Bandeira, de Mário de Andrade, 1958
Sobre o autor
- Homenagem a Manuel Bandeira, 1936
- Homenagem a Manuel Bandeira (edição fac-similar), 1986
- Homenagem a Manuel Bandeira- (sessenta autores com organização de
- Bandeira a Vida Inteira - Edições Alumbramento, Rio de Janeiro, 1986 (com um disco contendo poemas lidos pelo autor).
- Os Melhores Poemas de Manuel Bandeira (seleção de Francisco de A. Barbosa) - Editora Global - Rio de Janeiro
- Manuel Bandeira: Uma Poesia da Ausência. De Yudith Rosebaum. São Paulo: Edusp/Imago, 1993.
- Humildade, paixão e morte. A poesia de Manuel Bandeira. De Davi Arrigucci Jr. São Paulo: Cia. das Letras, 2003.
- Manuel Bandeira. De Murilo Marcondes de Moura. São Paulo: Publifolha, 2001.
- Alusão feita ao poeta na conferência "Poesia Moderníssima do Brasil" (1930), realizada na Faculdade de Letras de Coimbra pelo professor Manoel de Souza Pinto. Através do seu poema "Mulheres", que é declamado e tomado como índice de modernidade brasileira.
Multimídia
- CD "Manuel Bandeira: O Poeta de Botafogo" - Gravações inéditas feitas pelo poeta e por Lauro Moreira, tendo como fundo musical peças de Camargo Guarnieri interpretadas pela pianista Belkiss Carneiro Mendonça, 2005.
- CD "Estrela da Vida Inteira" - gravação de Olivia Hime
Academia Brasileira de Letras
Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, onde foi o terceiro ocupante da cadeira 24, cujo patrono é Júlio Ribeiro.[3] Sua eleição ocorreu em 29 de agosto de 1940, sucedendo Luís Guimarães Filho, e foi recebido pelo acadêmico Ribeiro Couto em 30 de novembro de 1940.[3]
Referências
- ↑ a b c d e «Manuel Bandeira - Biografia». UOL - Educação. Consultado em 21 de setembro de 2012
- ↑ a b c d e «Perfil no sítio oficial da Academia Brasileira de Letras»
- ↑ a b c d «Biografia de Manuel Bandeira, Página do Releituras.»
- ↑ EW, Atelaine Normann; FILIPOUSKI, Ana Mariza Ribeiro. Literatura Brasileira e Portuguesa. In: LUFT, Celso et al. Novo Manual de Português. 3. ed. São Paulo: Editora Globo, 1996. p. 356
- ↑ a b EW, A. N.; FILIPOUSKI, A. M. R., 1996. p. 356
- ↑ «Manuel Bandeira parte para Pasárgada». Obituário de Manuel Bandeira no Jornal do Brasil. Jblog.com.br. 13 de outubro de 1968
- ↑ Templo Cultural Delfos
Precedido por Luís Guimarães Filho |
![]() 1940 — 1968 |
Sucedido por Ciro dos Anjos |
- Nascidos em 1886
- Mortos em 1968
- Manuel Bandeira
- Poetas de Pernambuco
- Poetas do modernismo
- Escritores modernistas do Brasil
- Professores de Pernambuco
- Professores do Colégio Pedro II
- Tradutores do Brasil
- Críticos literários do Brasil
- Críticos de arte do Brasil
- Membros da Academia Brasileira de Letras
- Ex-alunos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
- Mortes por tuberculose
- Naturais do Recife
- Ateus do Brasil