Paraty: diferenças entre revisões

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[[File:Capela de Santa Rita B.jpg|thumb|Rua de Parati inundada pela maré alta. Ao fundo, a [[Igreja de Santa Rita de Cássia (Paraty)|Igreja de Santa Rita de Cássia]].]]
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== Topônimo ==
== Topônimo ==
O nome vem Você tem uma mensagem nova de outro utilizador (última alteração).
O nome vem do termo fusjugy[[Língua tupi|tupi]] homônimo que significa "peixe branco" (referindo-se a uma espécie de [[tainha]], a ''Mugil curema'', que abunda na região<ref>STADEN, H. ''Duas viagens ao Brasil''. Porto Alegre: L&PM, 2010. pp. 60-61</ref>). Ao longo dos anos, a grafia teria mudado de Pira'ty para Paraty e, finalmente, Parati.
do termo fusjugy[[Língua tupi|tupi]] homônimo que significa "peixe branco" (referindo-se a uma espécie de [[tainha]], a ''Mugil curema'', que abunda na região<ref>STADEN, H. ''Duas viagens ao Brasil''. Porto Alegre: L&PM, 2010. pp. 60-61</ref>). Ao longo dos anos, a grafia teria mudado de Pira'ty para Paraty e, finalmente, Parati.


Uma hipótese alternativa para a origem do topônimo, no entanto, aponta para as palavras [[Língua tupi|tupis]] ''pirá'' ("peixe") e ''ty'' ("água"). Segundo essa hipótese, "Parati" significaria, então, "água de peixe"<ref>NAVARRO, E. A. ''Método Moderno de Tupi Antigo''. Terceira edição. São Paulo: Global, 2005. p. 183</ref>.
Uma hipótese alternativa para a origem do topônimo, no entanto, aponta para as palavras [[Língua tupi|tupis]] ''pirá'' ("peixe") e ''ty'' ("água"). Segundo essa hipótese, "Parati" significaria, então, "água de peixe"<ref>NAVARRO, E. A. ''Método Moderno de Tupi Antigo''. Terceira edição. São Paulo: Global, 2005. p. 183</ref>.

Revisão das 12h41min de 28 de agosto de 2013

 Nota: Para outros significados de Parati, veja Parati (desambiguação).
Paraty (ou)Parati
  Município do Brasil  
Vista de Paraty a partir do mar. Em destaque, a Igreja de Santa Rita de Cássia.
Vista de Paraty a partir do mar. Em destaque, a Igreja de Santa Rita de Cássia.
Vista de Paraty a partir do mar. Em destaque, a Igreja de Santa Rita de Cássia.
Símbolos
Bandeira de Paraty (ou)Parati
Bandeira
Brasão de armas de Paraty (ou)Parati
Brasão de armas
Hino
Gentílico paratiense
Localização
Localização de Paraty (ou)Parati no Rio de Janeiro
Localização de Paraty (ou)Parati no Rio de Janeiro
Localização de Paraty (ou)Parati no Rio de Janeiro
Paraty (ou)Parati está localizado em: Brasil
Paraty (ou)Parati
Localização de Paraty (ou)Parati no Brasil
Mapa
Mapa de Paraty (ou)Parati
Coordenadas 23° 13' 21" S 44° 42' 50" O
País Brasil
Unidade federativa Rio de Janeiro
Municípios limítrofes Angra dos Reis (N), Cunha (O) (SP), Ubatuba (S) (SP) e Oceano Atlântico (L)
Distância até a capital 258 km
História
Fundação 28 de fevereiro de 1667 (357 anos)
Administração
Prefeito(a) Carlos José Gama Miranda (PT)
Características geográficas
Área total [1] 928,467 km²
População total (Censo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/2010[2]) 33 062 hab.
Densidade 35,6 hab./km²
Clima Tropical com chuvas de verão (Aw)
Altitude 5 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[3]) 0,777 alto
 • Posição RJ: 30º
PIB (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/2008[4]) R$ 447 788,746 mil
PIB per capita (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/2008[4]) R$ 12 727,78

Paraty[5] é um município no litoral oeste do estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Abriga tanto o ponto mais meridional (latitude 23º22'08.90"S, Pedra do Índio, na Praia do Cachadaço, em Trindade) quanto o ponto mais ocidental do estado (longitude 44º53'19.93"O, no Parque Nacional da Bocaina, a uma altitude de 1 605 metros). Dista 258 quilômetros da capital do estado, a cidade do Rio de Janeiro.

Em 1667, teve sua emancipação política decretada após várias revoltas populares contra o centralismo que Angra dos Reis exercia sobre a cidade, em especial após a revolta liderada por Domingos Gonçalves de Abreu, tornando-se assim independente.

Junto ao oceano, entre dois rios, Paraty está a uma altitude média de apenas cinco metros. Hoje, é o centro de um município com 930,7 km² com uma população de 33 062 habitantes (densidade demográfica: 35,6 h/km²).

A cidade foi, durante o período colonial brasileiro (1530-1815), sede do mais importante porto exportador de ouro do Brasil.

Por estar localizada quase ao nível do mar, a cidade foi projetada levando em conta o fluxo das marés. Como resultado, muitas de suas ruas são periodicamente inundadas pela maré.

Rua de Parati inundada pela maré alta. Ao fundo, a Igreja de Santa Rita de Cássia.

Topônimo

O nome vem Você tem uma mensagem nova de outro utilizador (última alteração). do termo fusjugytupi homônimo que significa "peixe branco" (referindo-se a uma espécie de tainha, a Mugil curema, que abunda na região[6]). Ao longo dos anos, a grafia teria mudado de Pira'ty para Paraty e, finalmente, Parati.

Uma hipótese alternativa para a origem do topônimo, no entanto, aponta para as palavras tupis pirá ("peixe") e ty ("água"). Segundo essa hipótese, "Parati" significaria, então, "água de peixe"[7].

O termo tupi pará ty também pode ser traduzido como "água de mar" ou "rio do mar", através da junção de pará ("mar") e ty ("água, rio")[8], numa referência ao Rio Perequê-Açu que banha a cidade e que deságua no mar.

História

Ver artigo principal: História de Parati

Subdivisões

Bairros

Parati possui cerca de cinquenta bairros e localidades. Os mais populosos são o Parque da Mangueira, com cerca de 7 000 moradores e Ilha das Cobras, que tem cerca de 2 000 habitantes.

Os que concentram maior renda são os de Laranjeiras, Mambucaba e Centro Histórico.

Outros bairros importantes que estão próximos ao Centro são: Chácara, Chácara da Saudade, Bairro de Fátima, Patitiba, Parque de Mangueira, Ilha das Cobras, Parque Ipê, Portão de Ferro I, Portão de Ferro II, Portão de Ferro III, Vila Colonial, Parque Imperial, Caborê, Pontal, Jabaquara, Portal das Artes e Dom Pedro.

Rua de Parati

Alguns bairros que ficam distantes do Centro: Ponte Branca, Caboclo, Cabral, Portão Vermelho, Pantanal, Parque Verde, Condado, Penha, Corisco, Corisquinho, Coriscão, Patrimônio, Vila Oratório, Trindade, Quilombo Campinho da Independência, Córrego dos Micos, Pedras Azuis, Boa Vista, Várzea do Corumbê, Corumbê, Praia Grande, Barra Grande, Graúna, Colônia, Serraria, Taquari, Sertão do Taquari, São Gonçalo, Tarituba e São Roque.

Infraestrutura

Transporte

A cidade é cortada pela rodovia Rio-Santos BR-101, que é o principal meio de acesso ao resto do estado do Rio de Janeiro e ao litoral norte de São Paulo.

Segurança e criminalidade

Polícia Militar

O policiamento ostensivo da cidade está a cargo da 3ª Companhia do 33º Batalhão da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (33º BPM/3ª Cia), com sede no Centro do município, responsável pela guarda do fórum municipal, ao qual está subordinado, também, o Destacamento de Policiamento Ostensivo no distrito de Patrimônio, próximo à divisa com o estado de São Paulo.

Corpo de Bombeiros Militar

O Ações de salvamento e combate a incêndios e sinistros no município ficam por conta do 26º Grupamento do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (26º GBM), cujo quartel fica no bairro Centro, que possui, ainda um destacamento no distrito de Mambucaba.

Polícia Rodoviária Federal

A BR-101 possui um posto da Polícia Rodoviária Federal, a cerca de dois quilômetros da entrada da cidade, no sentido Santos, subordinado à Delegacia da PRF em Itaguaí.

Polícia Civil

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro mantém no município a 167ª Delegacia Policial (167ª DP), subordinada à 8ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (8ª CRPI), funcionando no Centro do município.

Defesa Civil e Guarda Municipal

A prefeitura possui uma equipe de defesa civil, para monitoramento e auxílio da população em caso de desastres naturais, e uma Guarda Municipal, responsável pela organização do trânsito.

Turismo

Charrete atravessando ponte sobre o Rio Perequê-açu
Cachoeira do Tobogã
Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios
Cais
Tradicional comunidade caiçara
Casas à beira do Rio Perequê-açu

O longo processo de estagnação vivido por Parati ao longo do século XX manteve, paradoxalmente, o casario colonial, conservado no conjunto conhecido como Centro Histórico, tornando a cidade um dos destinos turísticos mais procurados do país.

Pelas ruas de pedra irregular, circulam, a pé – a entrada de veículos é proibida na maior parte do Centro Histórico -, turistas do mundo inteiro, atraídos pela beleza da arquitetura típica do Brasil Colônia. As casas históricas foram requalificadas como pousadas, restaurantes, lojas de artesanato e museus, em meio a apresentações de músicos populares e de estátuas vivas.

No entanto Paraty é muito mais que apenas uma pequena cidade histórica. Costeada por montanhas cobertas do denso verde da mata atlântica, a cidade é rodeada de Parques e Reservas Ecológicas, fazendo da região uma das mais preservadas do Brasil. Há mais de 60 ilhas e 90 praias em Paraty, boa parte delas acessível somente de barco ou trilhas. As praias de Trindade são uma atração à parte: em fevereiro de 2009, o governo federal delimitou a Praia do Meio, em Trindade, como parte integrante do Parque Nacional da Serra da Bocaina.

Outro aspecto de relevo no setor é a prática de esportes de aventura. Nas trilhas de Paraty pode-se caminhar por dias a fio. O roteiro mais tradicional entre os amantes da caminhada é a Travessia da Juatinga, que costeia toda a Península da Juatinga, em trilhas de servidão que datam do tempo dos escravos e passam por diversas comunidades caiçaras, responsáveis pela hospedagem e alimentação dos turistas. Dentre outras modalidades pode-se praticar a canoagem oceânica, a vela, o surf e o mergulho autônomo. As águas calmas, cristalinas e sempre tépidas da Baía da Ilha Grande são ideais para essa prática, atraindo grande número de praticantes. Várias operadoras de mergulho oferecem seus serviços na cidade e nas marinas, atendendo não apenas às escolas de mergulho, mas também a turistas interessados em conhecer a Parati subaquática. A canoagem também é idealmente praticada nas águas calmas da baia, destacando os roteiros de mais de um dia que exploram a Baia da Cajaíba e o Saco do Mamanguá. Já o surf é praticado na costa aberta ao mar, que se inicia na ponta da Juatinga e engloba as praias da Sumaca, Martin de Sá, Antigos, Sono e todas da Vila de Trindade.

A rede hoteleira é formada de pequenas pousadas, muitas delas situadas no Centro Histórico.

Lugares de interesse

Eventos culturais e folclóricos

Eventos religiosos

Cultura

Vários eventos culturais têm Parati como sede, sendo o mais concorrido e conceituado a Festa Literária Internacional de Parati (FLIP).

Realizada desde 2003, a FLIP conta com a presença de escritores nacionais e estrangeiros que participam de palestras e debates nos prédios históricos ou em tendas armadas nas ruas. A cada ano, a festa é dedicada à memória de um grande escritor já morto. Em 2003, o homenageado foi Vinícius de Moraes; em 2004, Guimarães Rosa; em 2005, Clarice Lispector; em 2006, Jorge Amado; em 2007, Nelson Rodrigues; em 2008 Machado de Assis; em 2009 Manuel Bandeira e, em 2010, Gilberto Freyre.

Outros eventos importantes que ocorrem na cidade são: Festival da Pinga, Festa do Divino Espírito Santo, Festa de Nossa Senhora dos Remédios, Festa de Santa Rita, Parati em Foco e a Mostra Rio-São Paulo de Teatro de Rua.


Patrimônio edificado

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 
  5. STADEN, H. Duas viagens ao Brasil. Porto Alegre: L&PM, 2010. pp. 60-61
  6. NAVARRO, E. A. Método Moderno de Tupi Antigo. Terceira edição. São Paulo: Global, 2005. p. 183
  7. http://www.fflch.usp.br/dlcv/tupi/vocabulario.htm
  8. http://www.paraty.tur.br/historia/osindios.php

Ver também

Ligações externas

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