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Maria Adelaide Amaral

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Maria Adelaide Amaral
OMC
Maria Adelaide Amaral
Nascimento 1 de julho de 1942 (82 anos)
Alfena, Valongo, Portugal
Nacionalidade
Ocupação
Prémios Prêmio Jabuti (1987)
Ordem do Mérito Cultural (2013)

Maria Adelaide Almeida Santos do Amaral OMC (Alfena, 1 de julho de 1942) é uma dramaturga, escritora, roteirista e jornalista luso-brasileira e autora de diversas obras para o teatro e para a televisão, principalmente minisséries.

Maria Adelaide Amaral nasceu em Alfena, em 1 de julho de 1942. Emigrou para o Brasil em 1954, junto da sua família, instalando-se na cidade de São Paulo. Na capital paulista formou-se em jornalismo pela Escola de Comunicações da Fundação Cásper Líbero. Por dezesseis anos trabalhou na Editora Abril e já naquela época escreveu suas primeiras peças teatrais.

Entrou na televisão em 1979, a convite do autor Lauro César Muniz para colaborar na novela Os Gigantes. No entanto, foi apenas em 1990 que co-escreveu a telenovela Meu Bem, Meu Mal, com o veterano Cassiano Gabus Mendes que passa a dedicar sua carreira como novelista.

Estreou sua primeira telenovela como autora titular: o remake de Anjo Mau, exibido em 1997 e dirigido por Denise Saraceni. Desde 18 de agosto de 1997 (1997 -08-18), é agraciada com o grau de Comendador da Ordem do Mérito.

Em 2002,[1] Maria Adelaide chegou a escrever a novela A Dança da Vida, que iria ser a sucessora de A Padroeira. No entanto, a telenovela foi proibida pela Justiça de ir ao ar, às vésperas do início das gravações, devido aos temas políticos;[2] a emissora resolveu cancelá-la (já que fora ano eleitoral) e pediu a Emanuel Jacobina, ex-autor de Malhação, para escrever uma história substituta, que seria a novela Coração de Estudante.

Em 2007, entregou a sinopse de uma minissérie sobre Maurício de Nassau, cancelada pela TV Globo devido aos altos custos da produção;[3][4] em vez disso, a emissora pediu a Maria Adelaide que desenvolvesse outra sinopse, que resultou na minissérie Queridos Amigos, com a qual adaptou seu próprio livro (Aos Meus Amigos), em homenagem ao amigo Décio Bar.[5][6][7]

Entre 17 de abril de 2009 a 3 de julho de 2009, ao lado de Lícia Manzo e Denise Saraceni, supervisionou a série Tudo Novo de Novo, que tinha Júlia Lemmertz e Marco Ricca nos papéis principais, que retratava a vida familiar. Em 2010 escreveu a microssérie Dalva e Herivelto - Uma Canção de Amor (sobre a vida da cantora Dalva de Oliveira e do cantor e compositor Herivelto Martins), sucesso estrondoso com média de 29,4 pontos e duas indicações ao Emmy Internacional 2010. Em 2010, escreveu sua telenovela Ti Ti Ti, um remake das obras de Cassiano Gabus Mendes, Plumas e Paetês e Ti Ti Ti (versão original), que foram fundidas; a fusão da novela ocorreu da seguinte forma: focada no mundo da moda, a novela teve sua trama romântica baseada em Plumas e Paetês, já a tensão no universo fashion vinha de Ti Ti Ti, a novela foi protagonizada por Murilo Benício e Alexandre Borges, representando Ti Ti Ti e Caio Castro e Ísis Valverde representando Plumas e Paetês; a trama foi um sucesso de crítica e audiência, tendo ganhado o Troféu Imprensa de melhor novela. Em 2012, escreveu a minissérie Dercy de Verdade com a colaboração de Letícia Mey, baseada no livro Dercy de Cabo a Rabo, de autoria própria.

Em 2013 escreveu a novela Sangue Bom, sua primeira parceria com Vincent Villari e em 2014, supervisionou os textos da minissérie Amores Roubados, de autoria de George Moura. No mesmo ano entregou uma sinopse para uma novela das 23h00, que não chegou a ser produzida;[8] foi integrada ao grupo de autores do horário nobre.[9][10][11] Inicialmente, sua segunda parceria com Vincent, com o título A Lei do Amor, entraria no ar em março de 2016. No entanto, a Globo decidiu adiar por motivos políticos, estreando apenas como substituta de Velho Chico, de Benedito Ruy Barbosa e Edmara Barbosa.[12]

Academia Paulista de Letras

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Maria Adelaide foi eleita em 2019 para a Academia Paulista de Letras, sucedendo o poeta Paulo Bomfim na cadeira nº 35, que tem por patrono Antonio de Godoi Moreira da Costa. Sua posse ocorreu em março de 2020.[13]

Prêmios e honrarias

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Recebeu o Trofeu Moliére de Melhor Autor Nacional em 1978, 1983, 1984 e 1994; o prêmio de Melhor Autor da Associação de Críticos de Arte em 1978 e 1996; o prêmio Ziembinsky de Melhor Autor em 1978; o prêmio de Melhor Autor da APETESP em 1984; o prêmio Mambembe de Melhor Autor em 1984 e 1994; o prêmio Shell em 1994 e 1995; o prêmio Sharp em 1998; o prêmio APCA de 2001, 2003; entre outros.[13]

Recebeu o Prêmio Jabuti de Melhor Romance Nacional pelo seu livro Luisa, em 1986.[13]

Título Ano Creditada como Parceiros titulares Emissora
Os Gigantes 1979 Colaboradora Lauro César Muniz TV Globo
Meu Bem, Meu Mal 1990 Colaboradora Cassiano Gabus Mendes
Deus Nos Acuda 1992 Colaboradora Silvio de Abreu
O Mapa da Mina 1993 Colaboradora Cassiano Gabus Mendes
Sonho Meu Colaboradora Marcílio Moraes
A Próxima Vítima 1995 Colaboradora Silvio de Abreu
Anjo Mau 1997 Autora Cassiano Gabus Mendes
Ti Ti Ti 2010 Autora
Sangue Bom 2013 Autora Vincent Villari
A Lei do Amor 2016 Autora
Título Ano Creditada como Parceiros titulares Emissora
A Muralha 2000 Autora -- TV Globo
Os Maias 2001 Autora --
A Casa das Sete Mulheres 2003 Autora Walther Negrão
Um Só Coração 2004 Autora Alcides Nogueira
JK 2006 Autora
Queridos Amigos 2008 Autora --
Tudo Novo de Novo 2009 Supervisora Lícia Manzo
Dalva e Herivelto: Uma Canção de Amor 2010 Autora --
Dercy de Verdade 2012 Autora --
Amores Roubados 2014 Supervisora George Moura
Título Ano Creditada como Parceiros titulares Emissora
Menina do Olho Fundo 1981 Autora -- TV Cultura
Retrato de Mulher 1993 Autora -- TV Globo
Mulher 1998–1999 Autora Euclydes Marinho
Ano Título
2014 Frida y Diego
2004 Mademoiselle Chanel
2003 Tarsila
2001 O Evangelho segundo Jesus Cristo
2000 Letti e Lotte
Joana d'Arc
1997 Decadência
Para Sempre
1996 Cenas de um Casamento
1995 Intensa Magia
1994 Três Mulheres Altas
Kean
Querida Mamãe
1993 Seis Graus de Separação
Viúva
Para tão longo amor
1989 Uma Relação tão Delicada
1988 A Última Gravação de Krapp
1987 Electra
Seja o que Deus quiser
1984 De braços abertos
1982 Chiquinha Gonzaga, ó abre alas
1980 Ossos d'Ofício
1976 Bodas de Papel
1975 A Resistência

É também tradutora de algumas peças de dramaturgos estrangeiros, como Samuel Beckett e Ingmar Bergman.

Ano Título
2004 Tarsila
Madeimoselle Chanel
2003 Estrela Nua
2000 Ó Abre Alas
O Bruxo
1997 Coração Solitário
1996 Intensa Magia
1995 Querida Mamãe
1994 Dercy de Cabo a Rabo
1992 Aos Meus Amigos
1986 Luísa (quase uma história de amor)
  1. «Maria Adelaide Amaral cria roteiro para Walter Salles - Cultura». Estadão. Consultado em 30 de junho de 2021 
  2. «TV Tupiniquim». www.oocities.org. Consultado em 30 de junho de 2021 
  3. Patrícia Kogut (7 de maio de 2007). «TV Globo cancela minissérie 'Nassau', de Maria Adelaide Amaral». O Globo. Consultado em 23 de outubro de 2014 
  4. Daniel Castro (14 de maio de 2014). «Globo troca minissérie por 'caleidoscópio'». Folha de S. Paulo. Ilustrada. Consultado em 23 de outubro de 2014 
  5. Laura Mattos (25 de dezembro de 2007). «Série revive ano da eleição de Collor». Folha de S. Paulo. Ilustrada. Consultado em 23 de outubro de 2014 
  6. Nilson Xavier. «Queridos Amigos - Bastidores». Teledramaturgia. Consultado em 23 de outubro de 2014 
  7. Gabriela Germano (17 de fevereiro de 2008). «Globo aposta na amizade como tema de minissérie». Terra Brasil. Consultado em 23 de outubro de 2014 
  8. Patrícia Kogut (24 de abril de 2014). «Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari entregam sinopse à Globo». O Globo. Consultado em 24 de abril de 2014 
  9. Flávio Ricco; José Carlos Nery (21 de outubro de 2014). «Maria Adelaide Amaral vai escrever novela das 21 horas». UOL Televisão. Consultado em 24 de novembro de 2014 
  10. Thaís Britto (23 de novembro de 2014). «Maria Adelaide Amaral fala de trama que escreverá para horário das 21h: 'É uma novela adulta'». O Globo. Revista da TV. Consultado em 24 de novembro de 2014 
  11. Patrícia Kogut (18 de abril de 2015). «Novo integrante do 'Saia justa' será João Vicente de Castro». O Globo. Consultado em 6 de maio de 2015. Veja o subtítulo Apito de fábrica 
  12. «Maria Adelaide Amaral diz que adiamento de novela foi um ganho». UOL. 24 de setembro de 2015. Consultado em 4 de agosto de 2021  line feed character character in |titulo= at position 58 (ajuda)
  13. a b c «Sobre o acadêmico Maria Adelaide Amaral - cadeira 35». Academia Paulista de Letras - APL. Consultado em 12 de julho de 2024 

Ligações externas

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