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Aracati

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 Nota: Se procura pelo barão de Aracati, veja José Pereira da Graça.

Aracati
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Aracati
Bandeira
Brasão de armas de Aracati
Brasão de armas
Hino
Gentílico aracatiense
Localização
Localização de Aracati no Ceará
Localização de Aracati no Ceará
Localização de Aracati no Ceará
Aracati está localizado em: Brasil
Aracati
Localização de Aracati no Brasil
Mapa
Mapa de Aracati
Coordenadas 4° 33' 43" S 37° 46' 12" O
País Brasil
Unidade federativa Ceará
Municípios limítrofes N: Fortim; L: Icapuí; S: Rio Grande do Norte (Tibau, Mossoró, Baraúna), Jaguaruana, Itaiçaba; O: Palhano, Beberibe
Distância até a capital 150 km
História
Fundação 1842
Administração
Prefeito(a) Expedito Ferreira da Costa (PP, 2009–2012)
Características geográficas
Área total 1,229,194 km²
População total (est. IBGE/2009 [1]) 69,616 hab.
Densidade 55,9 hab./km²
Clima tropical
Altitude 5 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [2]) 0,672 médio
PIB (IBGE/2005 [3]) R$ 367.481 mil
PIB per capita (IBGE/2005 [3]) R$ 5 442,00

Aracati é um município brasileiro do estado do Ceará. É conhecido internacionalmente pela praia de Canoa Quebrada. Teve o núcleo urbano sede do município tombado em 2000 pelo IPHAN como patrimônio Nacional. É a terra do romancista Adolfo Caminha, do abolicionista Dragão do Mar e do ator Emiliano Queiroz.

Etimologia

O topônimo Aracaty ou Aracatu vem do Tupi Guarani, língua falada pelos ameríndios brasileiros antes da chegada dos portugueses, ARA (tempo, claridade ) e CATU (bom, bonançoso ), significando bons tempos, uma região que impressionava pela claridade e mansidão de suas águas, aragem cheirosa, vento que cheira ou rajada forte.[4] Sua denominação original era Cruz das Almas, Arraial de São José dos Barcos do Porto dos Barcos do Jaguaribe,, depois em 1766, Santa Cruz de Aracati e desde 1842 Aracati,.[4][5]

Ceará a partir do mapa de 1629 por Albernaz I.

História

Os primeiros habitantes das terras de Aracati, os índios Potyguara,[6] provavelmente teriam entrado em contato com os europeus em 2 de fevereiro de 1500, através navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón, que aportara no local denominado Ponta Grossa ou Jabarana, segundo o historiador Tomás Pompeu de Sousa Brasil.

Pero Coelho de Souza, durante a expedição contra os franceses que haviam invadido o Maranhão, ergueu a 10 de agosto de 1603, às margens do rio Jaguaribe, o Fortim de São Lourenço, e a sua permanência deu a origem do povoado, São José do Porto dos Barcos.

Aracati tornou-se um ponto de apoio militar e várias edificações são construídas: Bateria do Retiro Grande, Presídio da Ponta Grossa, Presídio de Coroa Quebrada, Presídio do Morro de Massaió e outras. A ocupação definitiva de Aracati teve início com o funcionamento das Oficinas ou Chaqueadas do Ceará, que foram responsáveis por possibilitar a competitividade da pecuária no estado, tendo em vista os privilégios da Zona da Mata pernambucana com a cultura canavieira. Aracati transformou-se então em produtor de carne seca e no principal porto de exportação deste produto para as regiões canavieiras, além de continuar a ser um ponto de apoio militar (Fortim de Aracati), agora com o intuito de proteger o porto, as transações comerciais e os habitantes contra os ataques do índios como os Payacu.

A possibilidade de abate e conservação da carne, através do charque, foi a principal responsável pela ocupação e desenvolvimento das terras do Ceará. Por volta de 1740 já existiam Oficinas em Aracati, inicialmente no pequeno Arraial de São José dos Barcos do Porto dos Barcos do Jaguaribe, depois elevada à categoria de Vila com o nome de Santa Cruz do Aracati, hoje cidade do Aracati.O comércio de carne e couro atraía abastados senhores de locais diversos, Aracati manteve-se por longo tempo como localidade de maior influência de formação econômica, social e política do povo cearense.

Com o crescimento do povoado, no local em 1714 foi erguida uma capela, e em 1743 foi instalado um juizo e tabelião local.

Já no fins do século XVIII Aracati se transformara, juntamente com as vilas de São Bernardo das Russas e Icó, na praça de negócios mais desenvolvida do Ceará.

Em 10 de fevereiro de 1748 foi elevada a categoria de vila (ato oficial), no mesmo ano foi erguido um pelourinho e empossada a Câmara.

Em 1770, foram erguidas a Casa da Câmara e a Cadeia, na rua do Comércio, antiga rua das Flores.

Em 1779, Aracati contava com cerca de 2 mil pessoas, cinco ruas e muitos sobrados e mais de setenta lojas.

Em 1829, foi apresentada na Assembleia Geral do Ceará uma proposta que pretendia transferir a sede do Governo da Capitania para a Vila de Aracati, mas foi rejeitada.

Em 25 de outubro de 1842, a Vila foi elevada a condição de cidade, pela Lei Provincial 244.

Em 1824, durante a Confederação do Equador, a vila de Aracati tornou-se palco de um dos acontecimentos marcantes da história do Nordeste Brasileiro: Tristão Gonçalves de Alencar Araripe chefiou tropas rebeldes que atacaram e arruinaram a localidade, permanecendo no local por uma semana. Aracati sofreu com as inundações do rio Jaguaribe, hoje controladas com a construção de um dique.

Foi reconstruída ao lado direito e de costas para o rio Jaguaribe para que os ventos levassem para longe os odores dos locais de abate do gado, esta conformação urbana permanece até os dias de hoje, resultando em uma falta de integração da cidade com o rio responsável por seu surgimento.

Rio Jaguaribe próximo da sede de Aracati

Política

A administração municipal localiza-se na sede: Aracati.

Subdivisão

O município tem 8 distritos: Aracati(sede),Barreiras dos Vianas, Cabreiro, Córrego dos Fernandes, Jirau, Mata Fresca e Santa Teresa.

Geografia

Clima

Tropical quente semi-árido com pluviometria média de 982,6 mm [7] com chuvas concentradas de janeiro à abril.[8]

Hidrografia e recursos hídricos

As principais fontes de água são: Rio Jaguaribe e Palhano, córregos do Retiro, das Aroeiras, São Gonçalo e dos Fernandes.

Relevo e solos

As principais elevações são: território a presença de areias Quartzozas distróficas, praias de Canoa Quebrada, Majorlândia, Quixaba e Retiro Grande

Vegetação

Vegetação costeira

Economia

A economia baseiada na agricultura do caju, côco-da-Bahia, cana-de-açúcar, mandioca, milho e feijão. Agropecuária: bovino, suíno e avícola. Seus solos são ricos em grande fertilidade natural. O sal e a extração mineral de argila são outras inportantes fontes de renda do município. Indústrias: 36 (três de perfumaria, sabão e velas, sete de produtos minerais não metálicos, duas de madeira, nove de produtos alimentícios, cinco de vestuário, calçados e artesões de tecidos, couros e peles, três de bebidas, uma gráfica, três extrativas mineral, uma de diversos e duas de serviços de construção). Outra fonte importante de renda é o turismo, devido as parias como Canoa Quebrada e outras.

Cultura

Os principais eventos são:

  • Festa da padroeira: Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro(08.10)
  • Canoarte (julho),
  • Carnaval de Aracati (fevereiro),
  • Festa do Senhor do Bonfim (01 de janeiro),
  • Festa de São Sebastião (19 de janeiro),
  • Festa do Município (25 de outubro),
  • Regata de Jangadas de Majorlândia (outubro),
  • Festival Folclórico-cultural do Baixo-Jaguaribe (janeiro).

Ligações externas

Wikisource
Wikisource
A Wikisource contém fontes primárias relacionadas com Hino do Aracati

Referências

  1. «Estimativas da população para 1º de julho de 2009» (PDF). Estimativas de População. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 14 de agosto de 2009. Consultado em 16 de agosto de 2009 
  2. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  3. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 19 de dezembro de 2007. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/ceara/aracati.pdf
  5. Revista Oceanos 41 - Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses. Lisboa, 2000
  6. Sebok. Lou, Atlases published in the Netherlands in the rare atlas collection. Compiled and edited by Lou Seboek. National Map Collection (Canada), Ottawa. 1974
  7. Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos - FUNCEME.
  8. Instituto nacional de Pesquisa espacial - INPE.
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