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Santa Cruz Futebol Clube: diferenças entre revisões

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Revisão das 21h20min de 28 de novembro de 2009

 Nota: Para outros significados, veja Santa Cruz Futebol Clube (desambiguação).
Santa Cruz
Nome Santa Cruz Futebol Clube
Alcunhas Cobra coral
Tricolor
Santa
Santinha
Terror do Nordeste
Mais Querido
Torcedor(a)/Adepto(a) Tricolor, Coral, Santacruzense
Mascote Cobra Coral
Fundação 3 de fevereiro de 1914 (110 anos)
Estádio Arruda
Capacidade 64.044[1]
Localização Recife - PE, Brasil
Presidente Brasil Fernando Bezerra Coelho
Treinador(a) Brasil Lori Sandri
Patrocinador(a) Brasil Medial Saúde
China Shineray
Brasil Primor
Material (d)esportivo Brasil Penalty
Competição Pernambuco Campeonato Pernambucano
Brasil Copa do Brasil
Brasil Série D
Ranking nacional 21º lugar, 1.134 pontos
Website www.coralnet.com.br

www.loucospelosanta.com.br www.blogdosantinha.com

Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
titular
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo

Santa Cruz Futebol Clube é uma agremiação esportiva da cidade de Recife, do estado de Pernambuco, fundada a 3 de fevereiro de 1914.

História

O Santa, como é chamado, ostenta entre as suas principais conquistas, 24 títulos estaduais e também o título de Fita Azul do Brasil em 1980, já tendo sido semifinalista do Campeonato Brasileiro na década de 1970, sua fase áurea. Também é conhecido por ser proprietário do segundo maior estádio particular do Brasil, o Arruda, palco de diversas partidas da seleção brasileira. Possui rivais históricos, dentre eles, o Sport a qual protagoniza o Clássico das Multidões e o Clássico das Emoções contra o outro rival, o Náutico.

Foi criado por um grupo de 11 meninos do Recife. A idéia do nome "Santa Cruz" adveio em razão ao pátio da Igreja de Santa Cruz, onde, este grupo de jovens, com idades entre 14 e 16 anos, costumava jogar futebol, afinal, naquela época não existiam campos.

Os fundadores do clube reuniram-se na Rua da Mangueira n° 2, distrito da Boa Vista, por volta das 19 horas. Estiveram presente os senhores Quintino Miranda Paes Barreto, José Luiz Vieira, José Glacério Bonfim, Abelardo Costa, Augusto Flankin Ramos, Orlando Elias dos Santos, Alexandre Carvalho, Oswaldo dos Santos Ramos, Luiz de Gonzaga Barbalho Uchôa Dornelas Câmara.

A primeira diretoria do Santa Cruz ficou assim estabelecida:

  • Presidente: José Luís Vieira
  • Vice-presidente: Quintino Miranda Paes Barreto
  • Primeiro secretário: Luís de Gonzaga Barbalho
  • Diretor de Esportes: Orlando Elias dos Santos

Na reunião, definiu-se o nome da nova agremiação como sendo "Santa Cruz Foot-Ball Club". As cores escolhidas foram o branco e preto. Posteriormente, porém, devido a igualdade de cores com o Flamengo local, o Santa adotou o vermelho, tornando-se tricolor.

O primeiro adversário do Santa Cruz foi o Rio Negro, na campina do Derby, onde foi atraído um bom público para ver jogar o "time dos meninos". O time, apesar de acostumado a jogar somente nas ruas, não estranhou o campo e conseguiu uma facil vitória pelo placar de 7 a 0. A equipe era formada por: Waldemar Monteiro; Abelardo Costa e Humberto Barreto; Raimundo Diniz, Osvaldo Ramos e José Bonfim; Quintino Miranda, Sílvio Machado, José Vieira, Augusto Ramos e Osvaldo Ferreira.

O Rio Negro, não conformado com a goleada sofrida, pediu revanche, chamando o jogo para o seu campo, localizado na Rua São Borja, impondo ainda uma condição: o centroavante Sílvio Machado, do Santa Cruz, não poderia atuar, porque tinha sido o melhor jogador em campo na primeira partida, tendo marcado 5 dos 7 gols do Santa Cruz. O time tricolor aceitou a condição e escalou Carlindo para substituir o seu artilheiro. Ao final do jogo, o placar apontava 9 a 0 para o Santa Cruz, tendo Carlindo assinalado seis gols.

Treinando sempre com a bola que José Luis Vieira ajudou a comprar por 8.500 réis, o Santa viria depois a conquistar mais uma sensacional vitória sobre um time famoso da cidade, na época: o Western Telegraph Company, composto exclusivamente por elementos ingleses que trabalhavam no Recife.

Como não podia ser diferente, o Santa Cruz passou por momentos de crises e, em um desses momentos, mais precisamente em 1914, foi proposto por um dos fundadores em uma reunião, o gasto dos únicos seis mil réis existentes em caixa na compra de uma máquina elétrica de fazer caldo de cana (o que era sucesso na época, na Rua da Aurora). Foi quando Alexandre de Carvalho deu um murro em cima da mesa, evitando com esse gesto de revolta o fechamento do clube.

Como foi fundado por representantes da classe média, o Santa Cruz sempre foi um clube popular, aceitando inclusive negros no time (o primeiro foi Teófilo Batista de Carvalho, conhecido popularmente por Lacraia), coisa rara nesta época. Era mais um passo para a popularização do clube, numa época em que o futebol ainda era um esporte fechado, praticado por rapazes da elite ou por funcionários das várias companhias inglesas que funcionavam na cidade do Recife.

Logo, os torcedores pernambucanos tomaram conhecimento das façanhas de Pitota e Tiano (o médico Martiniano Fernandes), que em dado momento tornou-se para os recifenses, mais importante do que Santos Dumont, o pai da aviação. No dia 30 de janeiro de 1919, Dumont transitava pela capital pernambucana, mas a cidade só comentava sobre a vitória tricolor sobre o Botafogo – a primeira de um time do Nordeste sobre uma equipe do Rio de Janeiro – por 3 a 2. Tiano marcou dois gols e o "Jornal Pequeno", da segunda-feira, 31, dizia: "O Botafogo Futebol Clube é derrotado pelos "meninos" cá de casa pelo escore de 3 a 2".

O clube entrou na Liga em 1917 e chegou às finais, mas perdeu para o Flamengo-PE. Em 1931, mais precisamente a 13 de dezembro, o Santa fazia seu pavilhão espraiar-se por todo Pernambuco, quando, depois de uma bela campanha, derrotava o Torre por 2 a 0, gols de Valfrido e Estêvão e sagrava-se campeão estadual pela primeira vez. Entre os campeões, duas figuras lendárias no futebol pernambucano: o centroavante Tará e Sherlock. Os heróis do primeiro título do Santa foram: Dada, Sherlock e Fernando; Doía, Julinho e Zezé; Walfrido, Aluízio, Neves, Tara, Lauro e Estevão, João Martins e Popó. Este time conseguiu também o título de 1935.

Em 1943, o dirigente Aristófanes de Andrade conseguiu alugar um terreno próximo às ruas Beberibe e das Moças, onde muitos anos depois, seria instalado o Estádio José do Rego Maciel, o Arruda. Na década de 1940, a equipe levantou três títulos (1940, 1946 e 1947), antes de passar dez anos em jejum.

No dia 16 de março de 1958, em uma tarde ensolarada de domingo, o Santa entrava em campo para pôr fim no incômodo jejum de 10 anos sem a conquista estadual. O título valia pelo Campeonato Pernambucano de 1957 e seria decidido contra o Sport. O Santa Cruz entrou em campo com a seguinte escalação: Aníbal; Diogo e Sidney; Zequinha, Aldemar e Edinho; Lanzoninho, Rudimar, Faustino, Mituca e Jorginho. O técnico era Alfredo González. O Sport estava formado por: Manga; Bria e Osmar; Zé Maria, Mirim e Pinheirense; Roque, Traçaia, Liminha, Carlos Alberto e Geo.

A decisão foi disputada em solo inimigo, na Ilha do Retiro, pois o Sport venceu no sorteio. Caso tivesse sido vencedor, o Santa mandaria a partida nos Aflitos, estádio do Náutico, pois o Tricolor ainda não possuía estádio próprio na época.

A arbitragem da partida foi composta pelo uruguaio Estéban Marino, que foi auxiliado pelos bandeirinhas Amílcar Ferreira (carioca) e José Peixoto nova. Para o confronto, um público de 29.051 torcedores (para uma renda de 1.062.162 cruzeiros) animavam o espetáculo. No centro do gramado, o árbitro conversava com os capitães Aldemar e Mirim.

Naquele ano, o Santa Cruz já havia conquistado os títulos de juvenis e aspirantes. Faltava o de profissionais, almejado durante uma longa década. E ele começou a surgir logo ao 4 minutos de jogo, com um gol de cabeça de Rudimar, após cobrança de escanteio de Faustino. A festa da torcida do Santa aumentou quando, aos 18 minutos, Lanonzinho penetra na área adversária e é abruptamente impedido por Osmar. Pênalti, que Aldemar converte. Banderinhas se agitavam na torcida do Santa, enquanto a torcida do Sport passou a vaiar seu técnico, o argentino Dante Bianchi.

Só dava Santa. Logo aos dois minutos do segundo tempo, outro gol tricolor: o então jovem goleiro Manga solta a bola nos pés de Mituca, que apenas tem o trabalho de empurrá-la para as redes. O Sport descontou aos 22 minutos, com Carlos Alberto. A reação rubro-negra continuou com o segundo gol, marcado por Zé Maria com um chute de fora da área. Porem paraou por aí. O placar de 3 a 2 deu o título ao Santa Cruz, que pôde, enfim, comemorar um título de Campeão de Pernambuco após uma década de espera.

Nos anos que seguiram, por volta da década de 1970, o Santa Cruz adotou uma forma de administrar bastante democrática, sob a forma de colegiado. Durante esses anos, o Santa Cruz foi o time Pernambucano a conquistar o maior número de títulos estaduais, e vencendo o Torneio Norte-Nordeste de 1967 (inclusive goleando o Remo do Pará por impiedosos 9 a 0) e constituindo-se numa das maiores expressões do futebol nordestino da época.

Mais uma vez, o clube passaria nove anos esperando antes de comemorar. Em 1969 os tricolores quebram o jejum e dão início ao Pentacampeonato do estado, maior série do clube até hoje.

Na década de 1970, a torcida tricolor teve mais um motivo para comemorar: a inauguração do Arruda. O estádio, cujo terreno havia sido posto a venda em 1952 pelo proprietário do terreno, recebeu o nome de José do Rego Maciel, por ter sido este o prefeito na época em que o Santa recebeu da prefeitura a posse definitiva do terreno, em 1954. Somente em 1965, com a venda de cadeiras cativas e títulos patrimoniais é que o Tricolor começou a construir seu estádio.

A partida inaugural do Arruda ocorreu no dia 4 de julho de 1972. O jogo comemorativo foi contra o Flamengo do Rio de Janeiro, e o Santa entrou em campo com a seguinte escalação: Detinho; Ferreira, Sapatão, Rivaldo e Cabral (Botinha); Erb e Luciano; Cuíca (Beto), Fernando Santana (Zito), Rámon e Betinho. O Flamengo esteve formado por: Renato; Moreira, Chiquinho, Tinho e Wanderlei; Zanata e Zé Mário (Liminha); Vicente (Dionísio), Caio (Ademir), Doval (Fio) e Arilson. A partida terminou com um empate sem gols. A renda foi de CR$ 193.834,00, com um público total de 47.688 pagantes.

Em 1975, os tricolores fazem uma campanha brilhante no Campeonato Brasileiro e chegam às semifinais, após vencer o Palmeiras (à época conhecido como "Academia") por 3 a 2 dentro do Parque Antárctica nas oitavas-de-final, e o Flamengo em pleno Maracanã, de virada, por 3 a 1, nas quartas-de-final, vindo a perder a vaga para o Cruzeiro, em jogo marcado por uma controvertida arbitragem de Armando Marques, que, entre outras, deixou de assinalar um pênalti claro em favor do time Tricolor e validou um gol irregular dos mineiros, dando a estes a classificação para a final da competição.

Caso tivesse obtido a vaga para a final, o Santa Cruz decidiria o Campeonato Brasileiro em Recife, já que havia realizado a melhor campanha entre os finalistas, ratificando a sua condição de um dos grandes times do Brasil na época, assim como o Internacional, o Fluminense e o Cruzeiro, que disputaram as primeiras colocações neste ano.

Em 1976, aparece no time o centroavante Nunes e o Santa levanta o Campeonato Pernambucano (Bi Super-Campeão). No Campeonato Brasileiro o Santa Cruz chega em décimo-primeiro lugar, entre 54 concorrentes. No ano de 1977 seria o décimo colorado e em 1978, o quinto, o que mostra a força do Santa Cruz nas edições nacional dos anos 1970. Ainda na década, o Santa sagra-se Bicampeão Pernambucano em 1978 e 1979, colecionando 7 títulos estaduais entre 1970 e 1979.

Em 1980, o Santa conquistou o título de Fita Azul do Brasil, que foi dado pela CBF ao Santa Cruz por ter feito uma excursão no exterior sem perder nenhuma partida. A excursão aconteceu durante o mês de março e o time tricolor enfrentou adversários do Oriente Médio (Seleções de diversos países como Kuait, Catar, Arábia) e da Europa (Paris Saint-Germain e Seleção da Romênia).

Estádio do Arruda.

Nos anos 1980 os tricolores foram campeões da década, levantando o Campeonato Pernambucano por quatro vezes, em 1983 (Tri Supercampeonato), em 1986, em 1987 e em 1990, último ano desta década.

No dia 1 de abril de 1982, o Estádio do Arruda teve sua ampliação finalizada, podendo receber até 80.000 pessoas. Seu maior público foi no seu torneio de inauguração quando o estádio recebeu incríveis 76.636 pagantes. Posteriormente, em função dos novos parâmetros de conforto e segurança estabelecidos pela FIFA, o Arruda viu a sua capacidade diminuida para cerca de 60.000 pessoas.

Nos anos 1990, o Santa conquistou dois títulos estaduais, em 1993 e 1995, ambos diante do Náutico. Já em 1999 a torcida coral pode comemorar o retorno, após onze anos, à Série A do Brasileirão, quando, o Santa foi Vice-campeão da Segundona.

Em 2003 o Santa Cruz fez uma excursão pela Ásia onde participou do Torneio Vinausteel, no Vietnã e sagrou-se campeão invicto. O time tricolor jogou cinco partidas, empatou uma e ganhou as outras quatro. Teve o melhor ataque, a melhor defesa, o maior saldo de gols, o artilheiro da competição e o melhor jogador.

Já em 2005, o time Coral liderou a Série B desde o início do certame, classificando-se para a 2ª fase e novamente ficando em primeiro lugar. Na última fase, o time sagrou-se Vice-campeão da competição, obtendo acesso de volta à Série A do futebol brasileiro novamente.

O ano de 2006 assistiu ao nascimento da Associação dos Torcedores e Amigos do Santa Cruz (ATASC), criada com o objetivo de apoiar o clube financeiramente e investir na área patrimonial, a fim de colaborar com a construção de um Santa Cruz cada vez maior.

Após perder a emocionante final do Campeonato Pernambucano de 2006 para o Sport, o Santa começou a experimentar uma crise que parece não ter volta. Após uma desastrosa campanha no Campeonato Brasileiro 2006, sendo último colocado na maioria das rodadas, terminou rebaixado para a Série B novamente.

Cansados da série de gestões consideradas como medíocres para o clube, os tricolores votaram em massa no então vice-presidente licenciado do clube, Edson Nogueira, garantindo a primeira vitória de uma chapa de oposição na história do clube. Entretanto, a situação só piorou. Em 2007 as coisas pioraram mais ainda. O time foi mal no Campeonato Pernambucano de 2007 com uma fraca 6ª colocação e foi eliminado na primeira fase da Copa do Brasil para o Ulbra-RO, perdendo inclusive no Estádio do Arruda. Na Série B de 2007, o clube realizou uma campanha também fraca que o tragou para o segundo rebaixamento seguido, dessa vez para a Terceira Divisão do Brasileiro de 2008, descenso que foi sacramentado com uma derrota de 2 a 0 para o Criciúma, em Santa Catarina.

Em 2008, o clube ainda tentou se reorganizar para voltar a brilhar, mas ainda não alcançou um bom planejamento. Novamente foi vítima de vários reveses, como a eliminação da Copa do Brasil de novo na primeira fase, a disputa do Hexagonal da Morte do Campeonato Pernambucano, que teve que disputar para se livrar do rebaixamento estadual e a perda de seus melhores jogadores, como Carlinhos Paraíba e Thiago Capixaba. Teve uma campanha abaixo da média na Série C, classificando-se quase que por sorte para a segunda fase. Em 24 de agosto, empatou para o Campinense quando deveria ter vencido e amargou estar "pendurado no precipício", precisando de uma combinação difícil de resultados para escapar do terceiro rebaixamento nacional consecutivo. Porém as chances extremamente remotas de não-rebaixamento foram definitivamente enterradas com a vitória de 5 a 1 do Caxias sobre o Brasil de Pelotas, que preencheu a última vaga dos times desclassificados da segunda fase da Série C e matematicamente rebaixou o Tricolor.

O Santa Cruz conseguiu, portanto, um feito inédito na história do futebol brasileiro: ser rebaixado por três anos consecutivos. O time pernambucano, que estava na Primeira Divisão em 2006, jogou a Segundona em 2007 e a Terceirona em 2008. Com uma campanha ruim, não conseguiu ficar entre os 20 que disputarão a reformulada Série C de 2009.

"Fica ao torcedor do Santa, a esperança de que dias melhores virão!"



Algumas semanas depois do último jogo do time na Série C, um consenso entre as maiores autoridades do clube levou à nomeação de Fernando Bezerra Coelho como candidato único à presidência do biênio 2009-2010. Nos dias subsequentes à sua eleição, várias empresas manifestaram disposição de patrocinar a reestruturação do Santa Cruz. Dentre as medidas estão: Criação de um fundo de Investimento (Santa Cruz S.A) onde a previsão é de 1,5 Milhões mensais; Reestruturação do Arruda, onde todo o gramado foi trocado através da Green Life (Empresa que colocou o gramado no Estádio Olímpico João Havelange (Engenhão), além de todos os banheiros (Pamesa) e instalações elétricas (Philips) que foram reformados. Outra mudança foi o novo visual do estádio com nova pintura que lembra as escamas de uma cobra. Foi adquirido, também, o "Expresso Coral" (apelido escolhido pelos torcedores para o ônibus de luxo incorporado ao patrimônio do clube). Com a intenção de aproximar mais do seu clube o torcedor coral, foi realizada uma votação através de SMS, para o Torcedor Coral escolher o novo padrão de jogo. Como também, será criada uma nova campanha de sócios, que antes mesmo de ser lançada, atingiu a marca histórica de quase 300% em um único mês, em relação à gestão anterior.

O Santa Cruz disputou em 2009 a recém-criada Série D e foi eliminado na 1ª fase. Agora, o clube tentará classificar-se novamente para a Série D no Campeonato Pernambucano de 2010.


Títulos

Regionais

(1967)

Estaduais

(1931, 1932, 1933, 1935, 1940, 1946, 1947, 1957, 1959, 1969, 1970, 1971, 1972, 1973, 1976, 1978, 1979, 1983, 1986, 1987, 1990, 1993, 1995, 2005)
(1919, 1926, 1937, 1939, 1946, 1947, 1954, 1956, 1969, 1971, 1972, 1976)
(2008,2009)
(1971)

Outros

Internacionais

(2003)
(1980)

Regionais

Estaduais

  • Pernambuco Taça Refinaria: 1995.
  • Pernambuco Torneio de Verão Cidade do Recife: 1997.

Destaques

Categorias de base

(1993, 1994, 1995, 1996, 2000, 2002, 2003)

Estatísticas

Pernambuco Campeonato Pernambucano
Ano 1915 1916 1917 1918 1919
Pos.
Ano 1920 1921 1922 1923 1924 1925 1926 1927 1928 1929
Pos.
Ano 1930 1931 1932 1933 1934 1935 1936 1937 1938 1939
Pos.
Ano 1940 1941 1942 1943 1944 1945 1946 1947 1948 1949
Pos.
Ano 1950 1951 1952 1953 1954 1955 1956 1957 1958 1959
Pos.
Ano 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969
Pos.
Ano 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979
Pos.
Ano 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989
Pos.
Ano 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999
Pos.
Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Pos.


Brasil Campeonato Brasileiro
Ano 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979
Pos. 15º 16º 16º 35º 11º 10º 34º
Ano 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989
Pos. 17º 18º 18º 28º 27º 14º 22º
Ano 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999
Pos. 28º
Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Pos. 25º 25º 20º


Brasil Campeonato Brasileiro - Série B
Ano 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989
Pos. 37º 21º 19º
Ano 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999
Pos. 17º 16º 20º 13º
Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Pos. 18º


Colocações nos últimos anos

2009
2008
2007
2006
2005

Notas

Marketing

Publicidade no uniforme

  • 1 - Marca estampada na frente da camisa (Frontal)
  • 2 - Marca estampada nas costas da camisa (Costas).
  • 3 - Marca estampada nas mangas da camisa.
  • 4 - Marca estampada no short. (Frente e Costas)

Um dos principais canais de associação de marca e da imagem de empresas ao Santa Cruz, pode ser obtido através dos uniformes oficiais do clube, seus símbolos principais, pois são eles que levam as imagens através das transmissões das redes de televisão, das vitrines de lojas esportivas, nas arquibancadas dos estádios de futebol e pelos diversos cantos que os clientes fiéis circulam com o representante de sua paixão.

Sua empresa pode compartilhar os benefícios de associar-se a maior marca esportiva de Pernambuco.

Exibir a marca de sua empresa junto ao Santa Cruz garante uma visibilidade diferenciada da mídia convencional. Time vencedor, o Santa Cruz está constantemente em destaque na mídia pernambucana, nacional e internacional, proporcionando aos seus patrocinadores retorno institucional e de vendas, com excelente relação custo/benefício. Assim, a marca de sua empresa ganha destaque em inúmeras reportagens de TV, jornais, sites, revistas e em transmissões de jogos que fazem parte do cotidiano brasileiro, já que o futebol é o esporte de preferência nacional.

Patrocinador Ouro: Frente e/ou costas acima do número das camisas de treinos e jogos. Em 2005, o patrocinador Ouro obteve retorno de imagem superior a 25 mil aparições na mídia.

Patrocinador Prata: Mangas e costas das camisas de treinos e jogos abaixo do número. Em 2007, o patrocinador Prata obteve retorno de imagem superior a 16 mil aparições na mídia.

Para entrar em contato com o clube: marketing@santacruzfc.com.br

Placas estáticas

  • 1 - Marca estampada na 1 linha de prismas no estádio. (Próxima a linha lateral)
  • 2 - Marca estampada na 2 linha de prismas no estádio. (Próximo ao fosso)
  • 3 - Marca estampada nas linhas de prismas atrás dos gols.
  • 4 - Marca estampada na marquise do anel superior

O Santa Cruz comercializa painéis publicitários no Campeonato pernambucano, brasileiro e Copa do Brasil. O Clube disponibiliza placas de publicidade estática dentro do campo, nos jogos realizados no estádio do Arruda. A medida das placas é de 7,0m x 1,0m.

Durante a competição, há veiculação de grande parte dos jogos ao vivo pela TV e também nos programas esportivos, com exibição de gols e dos melhores momentos da partida, além da divulgação de fotos e matérias na mídia impressa, onde diariamente o Santa Cruz Futebol Clube é capa, tornando as placas bastante visíveis.

Todas as empresas que tiverem sua marca exposta nas placas de campo terão visibilidade dimensionada, ou seja, receberão mensalmente um relatório que apontará o retorno de mídia da ação realizada.

Em 2005, mais de 800 mil pessoas assistiram a cada um dos jogos do Santa Cruz pelo Campeonato pernambucano e brasileiro Série B, em Recife. Uma audiência média de 31 pontos (60% share) e mais de 25 mil reportagens exibidas na TV. Nossos parceiros obtiveram, em média, um retorno superior a R$3,90 para cara Real investido.

Para entrar em contato com o clube: marketing@santacruzfc.com.br

Back Drop - Entrevistas

  • Marca estampada nos Back Drop de entrevistas
Back drop

Painel em lona, contendo logomarcas de empresas investidoras, que buscam boa visualização, retorno de imagem, vendas e mídia. Jogadores, comissão técnica e dirigentes concedem entrevistas diante do painel e as imagens são exibidas em diversas emissoras de TV, programas jornalísticos, esportivos e na mídia impressa. As entrevistas acontecem diariamente nas Repúblicas Independentes do Arruda.

Publicidade no verso do ingresso

  • Marca estampada nos ingressos.

O Santa Cruz é um dos maiores times de futebol do Brasil e do mundo, tendo conquistado um grande número de títulos. O nacionalismo e a paixão pelo time são expostos em seu mais alto grau.

O Santa Cruz oferece uma ótima oportunidade para divulgar sua empresa, colocando sua marca nos ingressos dos jogos, nos quais o mando de campo é do Santa Cruz. Além de associar sua marca à nossa, sua empresa criará empatia com um enorme público consumidor, explorando novas oportunidades e garantindo uma visibilidade diferenciada.

Com um sistema moderno de impressão, outra novidade no ingresso dos jogos do Santa Cruz é a possibilidade de empresas divulgarem suas marcas na parte frontal do bilhete.

Esta mídia é extremamente interessante, pois muitos torcedores possuem o hábito de guardar os ingressos como recordação, além do que, inevitavelmente, o anúncio atingirá a totalidade do público presente ao estádio.

Programa de licenciamento

O licenciamento para uso da marca é um segmento que faz parte do marketing de toda empresa. O programa de licenciamento para o Santa Cruz Futebol Clube desenvolvido com o objetivo de garantir a integridade da marca do clube.

A licença é um contrato através do qual o Santa Cruz cede à outra empresa o direito de explorar sua marca em um determinado produto.

O sistema traz resultados importantes para todos os envolvidos. Ganha o Santa Cruz, que fortalece sua marca com uma boa distribuição e produtos de qualidade; ganham as empresas licenciadas, que associam sua competência a uma marca vencedora; e ganham os consumidores, que têm a garantia de estar adquirindo produtos legítimos do Tricolor.

Marca reconhecida

As empresas encontram no programa de licenciamento do Santa Cruz o valor que só as marcas reconhecidas podem transferir. Outro fator importante é o alto grau de afinidade e relacionamento, alcançados através do apelo emocional que o escudo Coral desperta.

Os produtos licenciados pelo STA são imediatamente identificados por milhões de pessoas no Brasil e no exterior. São torcedores ansiosos por exibir a marca do clube que amam e outros tantos apaixonados por futebol que vêem no Santa Cruz um exemplo de clube organizado e vitorioso.

Vantagens do licenciamento com o Santa Cruz

Menor Investimento – Sua empresa pode aproveitar o posicionamento e a força da marca do Santa Cruz para ganhar espaço no mercado, sem precisar investir numa marca própria.

Visibilidade Imediata – Seus produtos passam a ser consumidos imediatamente, sem a necessidade de esperar para que a marca alcance um bom posicionamento de mercado. Isso possibilita alcançar volume e rendimento em muito menos tempo.

Mercado Consolidado – A marca do Santa Cruz é amplamente conhecida, tem uma longa trajetória de mercado e grande potencial em vários segmentos de produtos.

Legalidade e Responsabilidade Social – Produzir itens licenciados é garantia de estar trabalhando dentro da lei e cumprindo parte da missão social de toda empresa.

Benefícios para o consumidor

Ao comprar um produto com a marca do Santa Cruz Futebol Clube, além de estar levando qualidade e autenticidade para casa, o torcedor também está contribuindo com seu clube de coração. O Santa Cruz recebe royalties pela comercialização dos produtos oficiais do Clube Coral.

Além disso, os produtos licenciados do Santa Cruz são fabricados por empresas que têm compromisso com a legalidade, com seus trabalhadores e os consumidores de seus produtos. Comprar mercadorias licenciadas é também uma contribuição com a responsabilidade social, o comércio justo e o desenvolvimento sustentável do país.

O torcedor que usa um produto oficial com a marca do Santa Cruz também reforça a sua identidade com clube. E os recursos gerados por este mercado ajudam a garantir a sustentação financeira do Mais Querido.

O torcedor ao adquirir um produto que leva a marca "Santa Cruz", além de comprar legitimidade e qualidade, ele contribui diretamente para o aumento da geração de receita do clube.

Por todos estes motivos, procure sempre os produtos licenciados do Santa Cruz. E não se esqueça: Pirataria é crime. Denuncie os infratores toda vez que encontrar alguém oferecendo qualquer mercadoria pirata com a marca do Tricolor.

Franquia

A franquia é um sistema onde o Santa Cruz autoriza a exploração dos direitos de uso de marca e do conceito de negócio da Loja da Torcida.

Participe do sistema de franquia da Coral Shop, uma grande oportunidade de negócio com um mercado alvo definido e comprovada fidelidade.

Right Names

É a concessão dada por uma entidade de seu espaço físico para a exploração deste por uma empresa para exposição de sua marca.

Um bom exemplo aqui no Brasil de concessão de espaço físico é da Arena da Baixada que agora se chama Kyocera Arena.

No que se aplica ao Santa Cruz, pode-se explorar as próprias arquibancadas para a exploração por Right Names. Cada arquibancada pode ser adotada por uma empresa, na qual cada uma além ter seu nome exposto na mesma, teria o próprio nome da empresa atrelado à arquibancada.

Fatos históricos

Escolha das cores, um clube sem racismo

Por que o santa cruz é tricolor

O Santa Cruz nasceu alvinegro. A escolha das cores preta e branca é uma representação do ideal do clube: aproximar adeptos de todas as raças, pois até a fundação do Santa Cruz negros e mestiços eram proibidos de fazer parte do elenco de Náutico, Sport e outros times da capital.

A presença de Teófilo de Carvalho, jogador mestiço, ajudou o Santa Cruz ganhar rapidamente popularidade, pois até aquela época futebol era esporte de branco. Teófilo foi o primeiro jogador mestiço a jogar em um clube de futebol do norte-nordeste.

A união entre negros, mestiços e brancos ajudou o Santa Cruz a tornar-se o clube mais popular do nordeste logo nos primeiros anos de vida.

A adição do vermelho

Logo no início de sua fundação, o Santa teve sua vida complicada por algumas entidades. A federação de futebol da época proibiu que o clube adota-se o preto e o branco, alegava que já havia outro clube com essas cores e que não poderia haver duas entidades com a mesma cor no pavilhão.

Com isso o Santa Cruz se viu obrigado a modificar as cores de sua camisa. Porém, o Santa Cruz buscou seguir o mesmo ideal de sua fundação: unir as raças e as classes sociais em pró do clube, por isso dessa vez incluiu o vermelho (encarnado) que representa o elemento indígena. A soma do preto, branco e vermelho no pavilhão do Santa é a representação das três raças que constituíram a nação brasileira: a negra, a branca e a índia e que hoje representa uma grande outra nação, a nação tricolor.

  • A maior virada do futebol profissional brasileiro aconteceu em 1915 quando o Santa Cruz perdia por 5 a 1 do América, aos 30 minutos do segundo tempo, e em 15 minutos o tricolor marcou seis gols numa incrível sequência e venceu o jogo por 7 a 5.
  • O Santa Cruz foi o primeiro clube do Nordeste a derrotar uma equipe do Sudeste do país. No dia 30 de janeiro de 1919, venceu o Botafogo do Rio de Janeiro por 3 a 2.
  • A imprensa botou até Santos Dumont para escanteio. Já famoso naquela época, o pai da aviação estava de passagem pela cidade, mas perdeu espaço nos jornais para o centroavante Tiano, grande astro da partida.
  • O Santa Cruz possui o maior estádio do Norte-Nordeste do Brasil, o Estádio José do Rego Maciel (Arruda).
  • O Santa Cruz detém a maior invencibilidade da história do futebol brasileiro, levando-se em conta os jogos dentro de casa, com 45 jogos sem perder em seus dominios, entre 2004 e 2006.
  • O Santa Cruz foi o primeiro clube brasileiro a contar com o trabalho de uma especialista em Psicologia do Esporte em sua equipe de jogadores profissionais. A psicóloga Santana Moura chegou ao Santa em março de 1983. Neste mesmo ano a equipe sagrou-se Tri super-campeã de Pernambuco. Em 1999, Santana Moura retornou ao clube, que na época se encontrava há 11 anos na segunda divisão, e participou da campanha que o levou de volta à elite do futebol brasileiro.
O Artilheiro do Brasil

Em 1973, Ramón, vestindo a camisa Coral foi o quinto jogador de um clube do Nordeste a se tornar artilheiro de uma competição nacional. Antes dele, na Taça Brasil, antecessora da atual Copa do Brasil, foram igualmente artilheiros: Léo Oliveira do Bahia (1959), Bêcece do Fortaleza (1960), Ruiter do Confiança/SE (1963), Bita do Náutico (1965 e 1966) e Chiclete do Treze (1967).

Excursão suicida ao Norte brasileiro

Em 1943, sem ter como pagar salários aos seus jogadores, o Santa resolveu excursionar ao Norte do Brasil, embarcando na madrugada do dia 2 de janeiro. A delegação viajou à noite, pois era época da Segunda Guerra Mundial e havia a presença constante de submarinos alemães no litoral brasileiro. O vapor "Pará", navio que levava o time do Santa, era escoltado por dois navios da Marinha de Guerra. Ainda assim, teve que navegar com as luzes apagadas e os jogadores dormiam no convés.

A primeira parada foi ainda no Nordeste do País, em Natal. No Estádio Juvenal Lamartine, o Santa Cruz enfrentou a Seleção Potiguar, goleando por 6 a 0. No dia 10 de janeiro, o Santa desembarcou em Belém e o primeiro adversário do clube no Norte do País foi o Transviário, que acabou sendo goleado por 7 a 2. Em seguida, o Santa venceu a Tuna Luso por 4 a 2, empatou com a Seleção Paraense em 2 a 2, e com o Paysandu em 4 a 4. Na despedida da capital paraense, perdeu para o Remo pelo placar de 5 a 3.

A viagem prosseguiu em direção a Manaus, em um vapor-gaiola que subia o Rio Amazonas rebocando uma alvarenga carregadas de alimentos para o Acre. Duas semanas depois, os jogadores, cansados da longa viagem, chegavam em Manaus. Já em terra firme, perderam a primeira partida para o Olímpico por 3 a 2. No jogo seguinte, golearam o Nacional por 6 a 1. Após a partide, o chefe da delegação, Aristófanes de Andrade (o Tofinha), e os atletas King, França, Pinhegas, Guaberinha, Edésio e Papeira, foram atacados por uma forte disenteria. Todos foram medicados e liberados, porém com recomendações alimentares. No último jogo em Manaus, o Santa Cruz venceu o Rio Negro por 3 a 1.

Durante a descida pelo Rio Amazonas, o goleiro King e o atacante Papeira apresentaram forte recaída devido à disenteria, a qual é diagnosticada pelo médico a bordo do vapor como sendo febre tifóide. O Santa Cruz desembarcou novamente em Belém no dia 28 de fevereiro e enfrentou o Remo no dia 2 de março, vencendo por 4 a 2. Dois dias depois, King faleceu, vitimado pela febre tifóide. O goleiro do Santa foi enterrado no cemitério de Belém. Três dias depois, a doença mataria Papeira.

Desesperados, os componentes da delegação trataram de retornar à Recife o mais rápido possível. Somente no dia 28 de março é que conseguiram transporte, porém com parada de quatro dias em São Luís, no Maranhão. Os jogadores trocaram as passagens de primeira classe por terceira classe, recebendo a diferença em dinheiro. Por isso, tiveram que viajar na companhia de 35 ladrões, que a polícia do Pará deportava para o Maranhão.

Em São Luís, novos jogos foram disputados e a renda foi distribuída entre os jogadores. O cozinheiro do navio teve que jogar no time do Santa Cruz, devido ao déficit no número de jogadores. A delegação embarcou em um navio com destino à Fortaleza. Porém, como o radar acusava a presença de submarinos alemães na área, o comandante resolveu retornar a São Luís.

Então, cansados desses três meses de privações e angústia, os jogadores decidiram retornar a Recife por terra: completaram a viagem de volta em trem até Teresina e em ônibus até Fortaleza. O Santa Cruz ainda realizou jogos no Piauí, completando um total de 28 partidas na excursão. A delegação chegou a Recife na madrugada do dia 2 de maio.

Vitória sobre a Seleção Brasileira de 1934

Em outubro de 1934, a Seleção Brasileira, procedente da Copa da Itália, desembarcou no Recife para uma série de amistosos, e os resultados obtidos foram: Brasil 4 a 2 Sport, Brasil 3 a 2 Santa Cruz, Brasil 8 a 3 Náutico.

Entretanto, um atraso do navio da Seleção fez com que o Tricolor pedisse uma revanche, e, desta vez, com vitória: Santa Cruz 2 a 1 Brasil. Com esta vitória, o Santa Cruz tornou-se um dos poucos clubes do mundo a conseguir derrotar a Seleção Brasileira.

Maiores públicos em jogos do Santa Cruz

(público pagante, jogos em Pernambuco)

  1. Santa Cruz 1 a 1 Sport, 76.682, 21 de fevereiro de 1999, Campeonato Pernambucano, Estádio do Arruda
  2. Santa Cruz 1 a 1 Náutico, 76.636, 18 de dezembro de 1983, Campeonato Pernambucano, Arruda
  3. Santa Cruz 0 a 2 Sport, 74.280, 18 de julho de 1993, Campeonato Pernambucano, Arruda
  4. Santa Cruz 2 a 1 Náutico, 71.243, 28 de julho de 1993, Campeonato Pernambucano, Arruda
  5. Santa Cruz 2 a 1 Sport, 71.137, 21 de abril de 1999, Campeonato Pernambucano, Arruda
  6. Santa Cruz 2 a 0 Náutico, 70.003, 11 de julho de 2001, Campeonato Pernambucano, Arruda
  7. Santa Cruz 1 a 2 Náutico, 65.901, 8 de fevereiro de 1998, Campeonato Pernambucano, Arruda
  8. Santa Cruz 2 a 1 Portuguesa de Desportos (SP), 65.023, 26 de novembro de 2005, Campeonato Brasileiro (Série B), Arruda
  9. Santa Cruz 2 a 0 Náutico, 63.675, 1º de agosto de 1976, Campeonato Pernambucano, Arruda
  10. Santa Cruz 0 a 0 Sport, 61.449, 11 de julho de 1993, Campeonato Pernambucano, Arruda
  11. Santa Cruz 0 a 1 Sport, 58.860, 27 de maio de 1990, Campeonato Pernambucano, Arruda
  12. Santa Cruz 1 a 1 Náutico, 58.190, 11 de dezembro de 1983, Campeonato Pernambucano, Arruda
  13. Santa Cruz 0 a 0 Flamengo (RJ), 57.688, 4 de março de 1972, Amistoso, Arruda
  14. Santa Cruz 2 a 1 Goiás (GO), 55.009, 20 de novembro de 1999, Campeonato Brasileiro (Série B), Arruda
  15. Santa Cruz 0 a 1 Sport, 54.742, 16 de maio de 1999, Campeonato Pernambucano, Arruda
  16. Santa Cruz 1 a 1 Sport, 54.510, 19 de maio de 1999, Campeonato Pernambucano, Arruda
  17. Santa Cruz 2 a 2 Palmeiras (SP), 52.824, 4 de maio de 1980, Campeonato Brasileiro, Arruda
  18. Santa Cruz 2 a 3 Sport, 50.126, 14 de maio de 2000, Campeonato Pernambucano, Arruda

Ídolos

  • Barbosa - goleiro da seleção brasileira vice-campeão de 1950, foi o maior goleiro de sua época, e um dos melhores em toda história do futebol brasileiro, condenado por um crime que não cometeu, o crime de perder a Copa do Mundo de 1950. Mas, sendo um homem de muita personalidade, Barbosa não se deixou abalar pela amarga lembrança de cinqüenta, e jogou futebol por mais doze anos, sempre com muita elegância e segurança. Jogou no Ypiranga (São Paulo), Vasco da Gama, Santa Cruz, Bonsucesso e Campo Grande (Rio de Janeiro).
  • Givanildo - hoje técnico de futebol, integrou a seleção brasileira vencedora da Taça Bicentenário (Estados Unidos). Volante rápido, com grande movimentação em campo, foi um dos lendários heróis corinthianos do campeonato paulista de 1977. Jogou, também, no Fluminense (campeão carioca em 1980).
  • Levir Culpi - atualmente treinador de futebol, foi um vigoroso zagueiro do clube na década de 1970.
  • Luciano - meia-armador, também defendeu as cores dos clubes rivais (Sport e Náutico), além do Corinthians, com participação na histórica quebra de jejum de títulos paulistas na década de 1970.
  • Luiz Damasceno - Tri-campeão pernambucano nos anos de 1931/1932/1933, que junto com Tará fazia uma dupla fantástica comandando o time na década de 1930.
  • Luizinho Vieira - meia-armador, de chute potente. Passou pelo Arruda em 2001 e se destacou por muitos gols de longa distância, um deles, inesquecível, de cobertura contra o Flamengo, debaixo de verdadeiro temporal, no Arruda. Também defendeu outros clubes, como o Atlético Paranaense.
  • Nunes - descoberto no Confiança, de Sergipe, foi um dos maiores artilheiros do clube, havendo integrado a seleção brasileira (cortado por estar machucado às vésperas da Copa da Argentina - 1978). Transferiu-se para o Fluminense (assim como Fumanchu, com quem formava o ataque goleador do Santa) e depois iria para o Flamengo, vindo a ser campeão mundial de clubes em 1981. Era conhecido como o artilheiro das decisões.
  • Ramón - quinto jogador de um clube do Nordeste a se tornar artilheiro de um campeonato nacional (Campeonato Brasileiro de 1973). Fez uma memorável dupla de ataque com Roberto Dinamite no Vasco da Gama.
  • Ricardo Rocha - tetra-campeão mundial, nos Estados Unidos (1994). Começou no Santo Amaro, em 1982, e, no ano seguinte, já estava no Santa Cruz, jogando como lateral direito, onde foi campeão pernambucano. Em 1984, seguiu para o Guarani, havendo jogado, ainda, pelo Real Madrid, Sporting, Newell´s Old Boys, São Paulo, Santos, Vasco da Gama, Fluminense e Flamengo. Campeão brasileiro pelo São Paulo em 1991. Pela Seleção Brasileira, integrou a seleção pré-olímpica que conquistou o Panamericano de 1987 e disputou as Copas de 1990 e 1994, defendendo a seleção principal em 43 jogos.
  • Rivaldo - atacante pentacampeão mundial na Copa do Mundo de 2002, disputada na Coréia e no Japão Considerado o Terceiro Melhor Camisa 10 do Brasil. Após Pelé, apenas Zico o supera. Foi eleito pela FIFA o melhor do mundo em 1999.
  • Sherlock - Um dos ídolos do time na década de 1930, posteriormente árbitro de futebol
  • Tará - Um dos maiores ídolos da história do clube. Habilidoso e dono de um chute forte, ele foi o grande comandante do time na década de 1930, ajudando o clube a levantar 4 campeonatos no período.
  • Zequinha - Bicampeão mundial pela seleção brasileira, no Chile (1962). Começou a jogar como volante, em 1954, no Auto Esporte/PB, chegando ao Santa Cruz em 1955, ganhando o título estadual de 1957. Depois, seguiu para o Palmeiras, defendendo a Seleção Brasileira em 17 jogos, com 14 vitórias e 2 gols. Encerrou sua carreira em 1970 no Náutico.
  • Zé do Carmo - Campeão brasileiro pelo Vasco em 1989 e várias vezes campeão pernambucano, dentre os quais se destaca o super-campeonato em 1983, o bi em 1986/1987 e os campeonatos de 1993 e 1995. Teve também algumas passagens pela seleção brasileira.

Elenco atual

Goleiros
Brasil Fernando Henrique
Brasil Jaílson
Brasil Leleco
Zagueiros
Brasil Alex Xavier
Brasil Franque
Brasil Gonçalves
Brasil Leandro Camilo (*)
Brasil Everton Sena
Brasil Gomes
Laterais
Brasil Max
Brasil Jefferson
Brasil Gilberto Matuto
Brasil Baiano
Brasil Geovani
Volantes
Brasil Anderson
Brasil Leo Bartholo
Brasil Memo
Brasil Neto Maranhão (*)
Brasil Marcos Mendes
Brasil Mizinho
Meias
Brasil Elvis
Brasil Miller
Brasil Thiago Henrique
Brasil Thiago Laranjeira
Brasil Natan
Brasil Guego
Brasil Serginho
Atacantes
Brasil Gilberto
Brasil Marcelinho (*)
Brasil Roger Thompson
Brasil Thomas Anderson
Brasil Tiago França
Brasil Gaúcho
Treinador
Brasil Lori Sandri


Legenda

Capitão.: Atual Capitão

(*) Emprestado a outro clube, permanecendo os direitos federativos com o Santa Cruz

Rivalidade

Ligações externas