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'''Bonsucesso''' é um [[bairro]] do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], no [[Brasil]].
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Seu IDH, no ano 2000, era de 0,861, o 40º melhor da cidade do Rio de Janeiro.<ref>[http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/arquivos/1172_%C3%ADndice%20de%20desenvolvimento%20humano%20municipal%20(idh).xls Tabela 1172 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH), por ordem de IDH, segundo os bairros ou grupo de bairros - 2000]</ref>


No passado, o bairro constitui-se em um dos principais centros industriais da cidade. Com o deslocamento do eixo econômico para outras regiões a partir da [[década de 1980]], mantém ainda expressivo comércio e serviços, mas é marcado pelo abandono dos antigos galpões industriais.
No passado, o bairro constitui-se em um dos principais centros industriais da cidade. Com o deslocamento do eixo econômico para outras regiões a partir da [[década de 1980]], mantém ainda expressivo comércio e serviços, mas é marcado pelo abandono dos antigos galpões industriais.

Revisão das 16h16min de 9 de abril de 2012

 Nota: Este artigo é sobre o bairro do Rio de Janeiro. Para outras acepções, veja Bonsucesso (desambiguação). Para outros significados, veja Bom Sucesso.
Bonsucesso
Bairro do Rio de Janeiro
Avenida Paris, no bairro Bonsucesso.
Área 219,97 ha (em 2003)
Fundação 23 de julho de 1981[1]
IDH 0,861[2](em 2000)
Habitantes 18 711 (em 2010)
Domicílios 7 133 (em 2010)
Limites Ramos, Inhaúma, Higienópolis,
Manguinhos e Cidade Universitária
Distrito Ramos
Região Administrativa X Região administrativa (Ramos)
Mapa

Bonsucesso é um bairro do Rio de Janeiro, no Brasil.

Seu IDH, no ano 2000, era de 0,861, o 40º melhor da cidade do Rio de Janeiro.[3]

No passado, o bairro constitui-se em um dos principais centros industriais da cidade. Com o deslocamento do eixo econômico para outras regiões a partir da década de 1980, mantém ainda expressivo comércio e serviços, mas é marcado pelo abandono dos antigos galpões industriais.

História

Integra a Zona da Leopoldina, predominantemente de classe média e média baixa. A área onde se integra o atual bairro, na época colonial estava compreendida no chamado Engenho da Pedra, cujas terras se estendiam até ao porto de Inhaúma, por onde era escoada a produção agrícola e de açúcar do recôncavo do Rio de Janeiro. Como muitos bairros do Rio, este centro urbano encontra-se próximo a comunidades de baixa-renda, como por exemplo a Maré, um conjunto de dezesseis comunidades que se espalham por cerca de 800 mil metros quadrados, que começa nos morros próximos à Avenida Brasil e vai até a margem da Baía de Guanabara, sendo cortado pela Linha Vermelha e pela Linha Amarela, além do Complexo do Alemão.

Vista de Bonsucesso.

Em 1754, a dona das terras do engenho, Cecília Vieira de Bonsucesso, procedeu à reforma da capela de Santo António, que se erguia perto das instalações da moenda de cana-de-açúcar. A propriedade era conhecida, à época, como Engenho da Pedra de Bonsucesso.

Ao final do século XIX, foi erguida uma capela em louvor a Nossa Senhora do Bonsucesso, num terreno no alto da rua Olga, doado por Adriano Rocha Costa (1896). A imagem da santa foi desembarcada no porto e trazida em procissão solene, pelos fiéis, até ao novo santuário.

Por volta de 1914, o engenheiro Guilherme Maxwell, que adquirira as terras do antigo Engenho da Pedra, decidiu loteá-las e urbanizá-las. Sob influência da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), que nesse ínterim eclodira, decidiu batizar os logradouros que se abriam, com nomes que homenageassem os países aliados contra a Alemanha: a França, a Inglaterra, a Bélgica, a Itália e os Estados Unidos da América. Surgiram assim, respectivamente, a Praça das Nações e as avenidas Paris, Londres, Bruxelas, Roma e Nova Iorque.

Posteriormente, um membro da família Frontin, expandiu o bairro, loteando a área além da linha férrea da Leopoldina. Ainda sob influência da Primeira Guerra, abriu as ruas Clemenceau, Marechal Foch e General Galieni. Saint-Hilaire e Humboldt, cientistas que exploraram o interior do Brasil no século XIX, também foram homenageados.

Economia

O bairro possui uma casa de bingo, dezenas de agências bancárias e casas de empréstimo e restaurantes famosos na Zona Norte como o restaurante típico nordestino Chapéu de Couro, a churrascaria Três Marias e o Planalto do Chopp. Vale destacar que muitas empresas e grupos prestadores de serviço do Rio de Janeiro tiveram início neste bairro. Devido a sua proximidade com muitas favelas, o bairro abriga também diversos serviços para os populares de baixa renda, que frequentam o bairro durante a semana.

Infra-estrutura

Bonsucesso.

Bonsucesso possui 2 instituições de ensino superior distintas o Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM) e a Univercidade. Possui o maior hospital federal do estado, o HGB (Hospital Geral de Bonsucesso),[4] um hospital particular e diversas escolas públicas e privadas.

Outro ponto bastante peculiar do bairro é a praça Augusto Motta, onde os idosos se reunem diariamente para o carteado e onde se encontra uma bela imagem de Nossa Senhora Aparecida e a surpreendente concentração de veículos e estacionamentos (possui inclusive edifício-garagem).

O bairro possui uma geografia de ruas bem dispostas e planejadas no lado da Praça das Nações, sendo suas principais vias a rua Cardoso de Morais e a Avenida Teixeira de Castro. Do outro lado da estação de trem, destaca-se a estreita via principal de mão dupla, a Rua Uranos. É servido por dezenas de linhas de ônibus e por uma estação de trem, antes pertencente à Estrada de Ferro Leopoldina, e hoje administrada pela Supervia. A estação de trem, inclusive, é pouco usada pelos moradores. Devido a má condição atual dos trens, muitos preferem o trânsito dos ônibus e o conforto "inseguro" das vans.

Cultura

Praça das Nações e o Cine Paraíso no centro, 1929.

Bonsucesso é um dos únicos bairros da cidade onde uma Igreja Católica está em franca construção: a paróquia de São Tomé Apóstolo, na Av. Nova Iorque, 348, a terceira do país. Além desta possui as paróquias de Nossa Senhora de Bonsucesso e Nossa Senhora de Bonsucesso de Inhaúma (apesar de ser em Bonsucesso mesmo, leva este nome) e a Paróquia de Santa Luzia. Na Av. Guilherme Maxwell está sediada a Primeira Igreja Batista em Bonsucesso, fundada em 1916 pelo pr. João Fulgêncio Soren e considerada pela Convenção Batista Brasileira (CBB) como uma das igrejas batistas mais antigas do Brasil.

A primeira sala de cinema de Bonsucesso foi o Cine Paraíso. Inaugurado em 1928, fechou sua portas na década de 70. Hoje integra o prédio da Universidade UNISUAM. A última sala de cinema de Bonsucesso a fechar foi o Cine Mello. Fechou suas portas em 1980, para dar lugar ao supermercado Sendas. O bairro encontrava-se sem salas por cerca de 25 anos em 2004, quando surgiu o Microcine Bonsucesso, a única opção de exibição de filmes, inclusive dos bairros vizinhos, Olaria, Ramos, Higienópolis e Manguinhos. O Microcine Bonsucesso[5] funciona no prédio do Instituto Cultural Cinema Brasil-ICCB,[6] na Avenida Teixeira de Castro, e é dedicado a filmes brasileiros de todas as épocas.

Na Avenida Teixeira de Castro está localizado também o tradicional Bonsucesso Futebol Clube.

Praça das Nações.

A Praça das Nações, reconhecida como logradouro em Outubro de 1918, recebeu melhorias em duas etapas:

  • a primeira, entre 1936-1937, sob a administração do então prefeito Pedro Ernesto.
  • a segunda, em 1948, sob a administração do então prefeito Mendes de Morais.

Em 1996, a praça foi inteiramente reformada, no âmbito do Projeto Rio Cidade, apresentando a atual configuração.

Os seus marcos mais expressivos são o Chafariz e o Monumento aos Expedicionários da Segunda Guerra Mundial.

O Chafariz, em ferro fundido, foi fabricado no Brasil, para a Exposição Nacional de 1908, pela Companhia Nacional de Fundição. É um conjunto composto por duas bacias, tendo ao centro uma coluna com diversos elementos ornamentais. No seu topo, uma figura feminina empunha um globo, para iluminar a praça.

O Monumento aos Expedicionários, uma homenagem dos moradores, tem o busto do marechal Mascarenhas de Morais, uma cena de combate e o nome dos pracinhas (apelido carinhoso dado aos combatentes brasileiros pela população à época do conflito) do bairro.

Referências