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Usuário(a):JordanaLangella/Testes

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JordanaLangella/Testes
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Fachada do prédio
Estilo dominante Neo-clássico
Início da construção Década de 1920
Fim da construção Século XX
Geografia
País  Brasil
Região  São Paulo

O Noviciado Nossa Senhora das Graças Irmãs Salesianas é um patrimônio histórico e cultural da cidade de São Paulo, tombado pela CONPRESP (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo). Está localizado no bairro Ipiranga, na R. Clóvis de Azevedo,130 com a Rua Dom Luiz Lazanha,176. O edifício faz parte de um conjunto de edificações que constituem as primeiras ocupações do bairro Ipiranga, em meados de 1890, consideradas como pontos referenciais para o bairro e também para a cidade de São Paulo. [1][2]

História[editar | editar código-fonte]

Na virada do século XIX, a cidade de São Paulo sofria com problemas sociais como abandono, miséria e falta de mão de obra qualificada. Em resposta à essas questões, foram criadas instituições com o objetivo de amparar, regenerar, educar e formar crianças e jovens carentes. A construção do edifício surge como referência à essa demanda, sendo inaugurado em meados de 1920.[2]

Foi projetado pelo artista Domingos Del Piano[3][4] e doado pelo conde José Vicente de Azevedo, proprietário do território e colaborador para a expansão e desenvolvimento do bairro Ipiranga[5], às Irmãs Salesianas. Inicialmente, o prédio tinha o nome de Casa Maria Auxiliadora e só após três anos de sua inauguração foi denominado como Noviciado Nossa Senhora das Graças Irmãs Salesianas[6]. Décadas mais tarde, em 1970, a extensão do local foi considerada muito grande para abrigar noviças e passou a ser um centro de espiritualidade - centro João XXIII[7] . Em 1974, parte do prédio abrigou um pensionato para jovens até 1986[7].

O local também funcionou como campus da Faculdade São Marcos, que inicialmente alugou o local. Em 1979, a faculdade comprou 4.992 m² do terrado, que foi denominado de Prédio João XXIII[7].

Os cursos da faculdade foram ministrados no prédio por cerca de três décadas até serem descredenciados pelo Ministério da Educação[8], por causa de problemas relacionados à irregularidades financeiras, acadêmicas e administrativas[9].

Curiosidade[editar | editar código-fonte]

Em 31/05/2012, após uma denúncia anônima, policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), encontraram 15 partes de corpos humanos no jardim do edifício[10]. Segundo apuração da Folha de São Paulo, as partes encontradas faziam parte do laboratório de enfermagem da Faculdade São Marcos. O procedimento correto seria encaminhá-las para um cemitério ou para cremação [11].

Características arquitetônicas[editar | editar código-fonte]

O edifício tem 10.000 m²[6] e foi construído pela técnica de alvenaria de tijolos. Sua formação arquitetônica é do período eclético, com estilo neo-clássico.  

A entrada principal é constituída por um conjunto de quatro degraus, que dão acesso à uma porta metálica, arqueada por vitrais.Toda a fachada é composta por janelas e frisos com molduras em relevos, vãos retos e um portão metálico em todo o seu entorno. Já a sua área interna, é formada por colunas arquitetônicas, arcos, vitrais, portas e escadarias em madeira, e piso formado por azulejos coloridos no corredor central do edifício[2]

Significado Histórico e Cultural[editar | editar código-fonte]

O edifício foi tombado pela CONPRESP no dia 8 de maio de 2007[2], sendo considerado como patrimônio histórico e cultural da cidade de São Paulo. Sua importância é decorrente de diversos fatores: datação - representa uma das primeiras construções no bairro Ipiranga -, faz parte das edificações de propriedade do Conde José Vicente de Azevedo, constitui parte de congregações religiosas destinadas ao amparo, regeneração, educação e formação para o trabalho de crianças e jovens carentes e sua construção representa uma resposta às questões sociais da virada do século XIX.[2]

Estado Atual[editar | editar código-fonte]

A construção não está aberta para visitações. As últimas notícias do local são referentes ao descredenciamento da Faculdade São Marcos pelo Ministério da Educação (MEC) [8][9].

Conservação[editar | editar código-fonte]

As características arquitetônicas que devem ser preservadas conforme o processo de tombamento CONPRESP encontram-se em bom estado[2] .

Galeria[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações Externas[editar | editar código-fonte]

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Referências

  1. «Prefeitura do Município de São Paulo» (PDF). Casas Assistenciais do Ipiranga. Consultado em 16 de novembro de 2016 
  2. a b c d e f Sistema Municipal de Processos da Prefeitura de São Paulo / 2007-0.005.608-0. São Paulo: [s.n.]  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda);
  3. «Salesianos» (PDF). Domingos Del Piano. Consultado em 16 de novembro de 2016 
  4. «Museu da Obra Salesiana no Brasil». Domenico Delpiano. Consultado em 16 de novembro de 2016 
  5. Conde José Vicente de Azevedo - Sua Vida e Obra. [S.l.: s.n.] 1996 
  6. a b «Funsai - Fundação Nossa Senhora Auxiliadora do Ipiranga». Passos do Conde. Consultado em 16 de novembro de 2016 
  7. a b c «Pesquisa em Debate - Revista Eletrônica do Programa Interdisciplinar em Educação, Administração e Comunicação.» (PDF). Marco Editora. Jan - jun 2006. Consultado em 16 de novembro de 2016  Verifique data em: |data= (ajuda)
  8. a b «Ministério da Educação». MEC determina providências para que alunos não sofram prejuízos. Consultado em 16 de novembro de 2016 
  9. a b «G1». MEC anuncia o descredenciamento da Universidade São Marcos, em SP. 22 de março de 2012. Consultado em 16 de novembro de 2016 
  10. «G1». Polícia diz ter encontrado crânios e partes de corpos em campus em SP. 31 de maio de 2012. Consultado em 20 de novembro de 2016 
  11. «Faculdade é suspeita de jogar corpos fora». Folha de São Paulo. 1 de junho de 2012. Consultado em 20 de novembro de 2016