Hillary Clinton

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Hillary Clinton
Hillary Clinton
Hillary Clinton em janeiro de 2016.
67ª Secretária de Estado dos Estados Unidos Estados Unidos
Período 21 de janeiro de 2009
a 1º de fevereiro de 2013
Presidente Barack Obama
Antecessor(a) Condoleezza Rice
Sucessor(a) John Kerry
Senadora dos Estados Unidos
por Nova Iorque Nova Iorque (estado)
Período 3 de janeiro de 2001
a 21 de janeiro de 2009
Antecessor(a) Daniel Patrick Moynihan
Sucessor(a) Kirsten Gillibrand
44° Primeira-dama dos Estados Unidos Estados Unidos
Período 20 de janeiro de 1993
a 20 de janeiro de 2001
Antecessor(a) Barbara Pierce Bush
Sucessor(a) Laura Bush
Primeira-dama do Arkansas
Período 11 de janeiro de 1983
a 12 de dezembro de 1992
Antecessor(a) Gay Daniels White
Sucessor(a) Betty Tucker
Período 9 de janeiro de 1979
a 19 de janeiro de 1981
Antecessor(a) Barbara Pryor
Sucessor(a) Gay Daniels White
Dados pessoais
Nome completo Hillary Diane Rodham Clinton[nota 1]
Nascimento 26 de outubro de 1947 (76 anos)
Chicago, Illinois, EUA
Nacionalidade norte-americana
Progenitores Mãe: Dorothy Howell Rodham
Pai: Hugh E. Rodham
Alma mater Wellesley College (B.A.)
Faculdade de Direito de Yale (J.D.)
Marido Bill Clinton (1975–presente)
Filhos(as) Chelsea
Partido Democrata (1968–presente)
Republicano (antes de 1968)
Religião Metodista
Profissão Advogada
Assinatura Assinatura de Hillary Clinton
Website www.hillaryclinton.com

Hillary Diane Rodham Clinton (Chicago, 26 de outubro de 1947) é uma advogada e política norte-americana. Natural do Illinois, graduou-se em ciência política pela Wellesley College em 1969, onde tornou-se a primeira estudante oradora de turma, e, em 1973, recebeu o grau de Juris Doctor pela Faculdade de Direito de Yale. Depois de um período como assessora jurídica do Congresso, mudou-se para o Arkansas e casou-se com Bill Clinton em 1975. Em 1977, co-fundou a associação Advogados em Defesa das Crianças e Famílias do Arkansas, tornou-se a primeira presidente da Corporação de Serviços Jurídicos em 1978, e foi nomeada a primeira sócia do escritório Rose Law Firm em 1979. Enquanto era a primeira-dama do Arkansas, de 1979 a 1981 e de 1983 a 1992, liderou uma força-tarefa que reformou o sistema de ensino do Estado, ao mesmo tempo em que fazia parte do conselho de administração da Walmart, entre outras corporações.

Como primeira-dama dos Estados Unidos, sua maior iniciativa, o Plano de assistência médica de Clinton de 1993, não conseguiu reunir apoio político necessário para ser aprovado. Em 1997 e 1999, desempenhou um papel de liderança na defesa da criação do Programa de Seguro de Saúde para Crianças, da Lei da Adoção e da Segurança Familiar e da Lei dos Adotivos Independentes. Foi a única primeira-dama a ter sido intimada judicialmente, e testemunhou perante um júri federal em 1996 sobre o controverso caso Whitewater, embora nunca foram feitas acusações formais contra ela e seu marido relacionadas a esta ou outras investigações realizadas durante o mandato presidencial de Bill. O seu casamento foi um assunto de muita especulação após o escândalo Lewinsky em 1998, que culminou no impeachment e na posterior absolvição do presidente.

Após mudar-se para Nova Iorque, foi eleita senadora em 2000, tornando-se a primeira senadora nova-iorquina e a primeira primeira-dama a concorrer para um cargo político eletivo. Após os ataques de 11 de setembro, votou a favor e apoiou as ações militares no Afeganistão e no Iraque, mas posteriormente se opôs à conduta do governo de George W. Bush na Guerra do Iraque, bem como também se opôs a maioria das políticas nacionais de Bush. Em 2006, foi reeleita senadora com 67% dos votos. Logo depois, concorreu para a nomeação democrata na eleição presidencial de 2008, e ganhou mais primárias e delegados do que qualquer outra candidata na história do país, mas acabou perdendo a nomeação para Barack Obama.

Como secretária de Estado do governo Obama entre janeiro de 2009 e fevereiro de 2013, esteve na vanguarda da resposta do país à Primavera Árabe e defendeu a intervenção militar na Líbia. Assumiu a responsabilidade por falhas de segurança relacionadas com o ataque à embaixada em Bengazi em 2012, mas defendeu suas ações pessoais em resposta ao incidente. Hillary visitou mais países do que qualquer outro secretário de Estado, incentivou o empoderamento das mulheres em todos os lugares e usou as mídias sociais para transmitir a mensagem dos EUA no exterior. Após deixar o cargo no final do primeiro mandato de Obama, publicou o seu quinto livro e fez várias palestras antes de anunciar que iria novamente tentar conquistar a candidatura democrata para o cargo de presidente na eleição de 2016.

Início de vida e educação

Primeiros anos

Recordações da juventude de Hillary expostas no Centro Presidencial Bill Clinton.

Hillary Diane Rodham[nota 2] nasceu em 26 de outubro de 1947 no Hospital Edgewater em Chicago, Illinois.[8][9] Foi criada em uma família metodista unida, primeiramente em Chicago, e, após completar três anos de idade, no subúrbio de Park Ridge, Illinois.[10] Seu pai, Hugh Ellsworth Rodham (1911–1993), era descendente de galeses e ingleses,[11] e abriu um pequeno negócio bem sucedido na indústria têxtil.[12] Sua mãe, Dorothy Emma Howell (1919–2011), era uma dona de casa com ascendência inglesa, escocesa, francesa e galesa.[11][13] Hillary tem dois irmãos mais novos: Hugh (nascido em 1950) e Tony (nascido em 1954).[14]

Criada em uma família politicamente conservadora,[15][16] voluntariou-se nos esforços do Partido Republicano para comprovar que os democratas haviam fraudado a eleição presidencial de 1960 na cidade de Chicago. Hillary encontrou evidências e chegou à conclusão de que houve fraude eleitoral contra o republicano Richard Nixon.[17] Também voluntariou-se na campanha presidencial do republicano Barry Goldwater em 1964.[18] Seu desenvolvimento político inicial foi moldado mais por seu professor de história do ensino secundário (como seu pai, um anticomunista fervoroso), que a apresentou ao livro de Goldwater A Consciência de um Conservador,[19] e por seu pastor (como sua mãe, preocupado com questões de justiça social), com quem conheceu o ativista Martin Luther King, Jr. em 1962.[20]

Quando criança, praticava esportes, participava de várias atividades da igreja e ganhou numerosos prêmios como escoteira.[21][22] Iniciou o ensino secundário na Escola de Ensino Secundário Maine Leste, onde participou da associação de estudantes, do jornal e foi selecionada para a Sociedade de Honra Nacional.[8][23] Para o seu último ano de ensino secundário, foi transferida para a recém criada Escola de Ensino Secundário Maine Sul. Enquanto estudava na Maine Sul, foi finalista do Programa de Bolsas de Mérito Nacional, concorreu sem sucesso contra sete rapazes ao grêmio estudantil, fez parte do comitê de organizações, e graduou-se como uma das melhores alunas da turma de 1965.[24] Sua mãe queria que ela tivesse uma carreira profissional independente, e seu pai sentiu que as habilidades e oportunidades da filha não deveriam ser limitadas por seu gênero.[25]

Anos na Wellesley College

No outono de 1965, matriculou-se na Wellesley College, uma faculdade para mulheres de Massachusetts.[26] Durante o seu ano de caloura, presidiu a ala jovem das republicanas na Wellesley;[27][28] identificava-se com o grupo de Nelson Rockefeller, considerado mais moderado e liberal, e apoiou as eleições do prefeito John Lindsay e do senador Edward Brooke.[29][30] Mais tarde, a medida que suas opiniões sobre o movimento dos direitos civis dos negros e a Guerra do Vietnã mudaram, renunciou ao cargo que tinha na ala jovem do GOP.[31] Em uma carta enviada a seu pastor da época em que era mais jovem, descreveu-se como "uma mente conservadora e um coração liberal". [32] Em contraste com os anos 1960, que preconizavam ações radicais contra o sistema político, procurou trabalhar para a mudança dentro dele.[33] Em 1968, tornou-se apoiadora da candidatura presidencial do democrata anti-guerra Eugene McCarthy.[34] Após o assassinato de Martin Luther King, Jr., organizou uma greve estudantil de dois dias e trabalhou com colegas negras para recrutar mais estudantes e professores negros.[34] No início de 1968, foi eleita presidente da Associação de Governo de Wellesley, permanecendo neste cargo até o início de 1969.[33][35] Para ajudá-la a entender melhor suas mudanças de pontos de vista políticos, o professor Alan Schechter ofereceu-lhe um estágio na Conferência Republicana da Câmara; Hillary aceitou o convite e participou do Programa de Estágio de verão da "Wellesley em Washington".[34] Ainda em 1968, foi convidada pelo representante republicano moderado Charles Goodell, que conheceu no estágio em Washington, a ajudar na campanha presidencial de Rockefeller durante as primárias.[34] Como voluntária de Rockefeller, participou da Convenção Nacional Republicana em Miami. No entanto, ficou chateada pela forma em que a campanha de Richard Nixon e Rockefeller retrataram o que percebeu como mensagens racistas "veladas" na convenção, e acabou trocando os republicanos por seu maior rival, o Partido Democrata, naquele mesmo ano.[34] Em sua autobiografia Vivendo a História, escreveu: "Às vezes penso que não fui eu quem deixou o Partido Republicano, mas sim o contrário".[36]

Hillary escreveu sua tese, uma crítica às táticas do organizador comunitário radical Saul Alinsky, sob a orientação do professor Schechter.[37] Em maio de 1969, graduou-se com um bacharel de artes com honras departamentais em ciência política.[37] Pressionada por algumas colegas,[38] tornou-se, em 31 de maio de 1969, a primeira aluna na história da Wellesley College a proferir o discurso de formatura.[35] Em seu discurso afirmou que "o medo está sempre conosco, mas simplesmente não temos tempo para ele. Não agora.",[39] sendo em seu final aplaudida de pé durante sete minutos.[33][40][41] Hillary foi destaque em um artigo publicado na revista Life,[42] graças a uma parte do discurso em que criticou o senador Brooke, que havia falado antes dela.[43] Também apareceu nacionalmente no talk show televisivo de Irv Kupcinet.[44] Naquele verão, viajou para o Alasca, onde lavou pratos no Parque Nacional e Reserva de Denali e limpou peixes em uma fábrica temporária de salmão localizada em Valdez, que a despediu após queixar-se das condições insalubres.[45][46][47]

Faculdade de Direito de Yale e estudos de pós-graduação

No outono de 1969, ingressou na Faculdade de Direito de Yale, localizada em New Haven, estado de Connecticut.[48] Em Yale, atuou no conselho editorial da publicação Yale Review of Law and Social Action.[49] Durante o seu segundo ano, trabalhou no Centro de Estudos sobre a Criança da Universidade de Yale como assistente de pesquisas para o livro Além dos Melhores Interesses da Criança (1973).[50] Também trabalhou com casos de abuso infantil no Hospital Yale–New Haven e prestou assessoria jurídica gratuita para os pobres.[51] No verão de 1970, conseguiu um emprego no Projeto de Pesquisas de Washington, criado por Marian Wright Edelman, onde foi designada para pesquisar a habitação, saneamento, educação e saúde dos filhos de migrantes, e também assistiu as audiências do subcomitê do Senado sobre trabalho migratório.[52] Edelman mais tarde tornou-se uma importante mentora.[53] Ainda em 1970, foi recrutada pelo conselheiro político Anne Wexler para trabalhar na campanha do candidato democrata ao Senado pelo Connecticut Joseph Duffey; mais tarde, afirmou que Wexler ofereceu o seu primeiro trabalho na política.[54]

No final da primavera de 1971, começou a namorar com Bill Clinton, também um estudante de direito de Yale. Naquele verão, estagiou no escritório de advocacia Treuhaft, Walker e Burnstein, de Oakland, Califórnia.[55] O escritório ficou conhecido por seu apoio aos direitos constitucionais, liberdades civis e causas radicais de extrema-esquerda;[56] neste escritório, trabalhou com guarda de filhos e outros casos.[nota 3] Bill cancelou seus planos originais de verão para acompanhar sua namorada na Califórnia;[60] o casal continuou vivendo juntos em New Haven quando voltaram para a faculdade.[59] No verão de 1972, Hillary e Bill fizeram campanha no Texas para o candidato presidencial democrata George McGovern.[61] Na primavera de 1973, recebeu o grau de Juris Doctor em direito, tendo escrito uma tese sobre direitos das crianças.[62] Para estar perto de Bill, permaneceu um ano a mais do que o necessário em Yale.[63] Após a formatura, viajou pela primeira vez a Europa com Bill, que a propôs em casamento pela primeira vez, mas, incerta se pretendia tê-lo em seu futuro, recusou com um "não, não agora".[64][65]

Logo em seguida, começou um ano de estudos de pós-graduação sobre crianças e medicina no Centro de Estudos sobre a Criança da Universidade de Yale.[66] Seu primeiro artigo acadêmico, As crianças nos termos da lei, foi publicado na Harvard Educational Review no final de 1973.[67] Neste artigo acadêmico, discutiu o novo movimento de direitos das crianças, afirmou que elas eram "indivíduos impotentes" e argumentou que não deveriam ser consideradas igualmente incompetentes desde o nascimento até atingir a maioridade, mas que os tribunais deveriam presumir competência, exceto quando houvesse evidências contrárias.[68][69] O artigo passou a ser frequentemente citado neste campo de estudos.[70]

Casamento e família, carreira jurídica e primeira-dama do Arkansas

Da Costa Leste para o Arkansas

Durante seus estudos de pós-graduação, trabalhou como advogada do recém criado Fundo de Defesa das Crianças de Edelman em Cambridge e como consultora do Conselho de Carnegie sobre Crianças.[71] Em 1974, trabalhou na equipe de investigação do impeachment do presidente Richard Nixon em Washington, D.C., assessorando o Comitê Judiciário da Câmara durante o Caso Watergate.[72] Sob a orientação do conselheiro chefe John Doar e do membro sênior Bernard Nussbaum,[73] trabalhou com os procedimentos de investigação, os fundamentos históricos e as regras de um impeachment. O trabalho da comissão culminou com a renúncia de Nixon em agosto de 1974.[74]

Até então, era vista como alguém com um futuro político brilhante: a consultora democrata Betsey Wright havia se mudado do Texas para Washington no ano anterior para ajudar a orientar sua carreira,[75] e Wright pensou que a jovem advogada tinha o potencial para se tornar uma senadora ou presidente no futuro.[76] Enquanto isso, Bill tinha repetidamente pedido Hillary em casamento, mas ela continuou objetando.[77] Depois de falhar no exame para advogar do Distrito de Colúmbia e passar no exame de Arkansas,[78][79] chegou a uma decisão-chave de sua vida. Como mais tarde escreveu, "Eu escolhi seguir o meu coração em vez da minha cabeça."[80] Ela decidiu ir com Bill para o Arkansas, em vez de ficar em Washington, onde as perspectivas de carreira eram mais brilhantes. Já no Arkansas, Bill estava lecionando direito e concorrendo a uma vaga na Câmara dos Representantes. Em agosto de 1974, mudou-se para Fayetteville, e tornou-se uma das duas únicas mulheres que integravam o corpo docente da Faculdade de Direito da Universidade do Arkansas em Fayetteville.[81][82] Hillary deu aulas de direito penal, sendo considerada uma professora rigorosa, e foi a primeira diretora da clínica de assistência jurídica da faculdade.[83] Ela ainda tinha dúvidas sobre o casamento por estar preocupada que sua identidade seria perdida e que suas realizações seriam vistas à luz de seu esposo.[84] Em novembro de 1974, Bill perdeu a eleição para o Congresso por uma pequena diferença de votos.[85]

Primeiros anos no Arkansas

Hillary e Bill viveram nesta casa de 91 metros quadrados em Hillcrest, um bairro de Little Rock, Arkansas, entre 1977 a 1979, enquanto ele era o procurador-geral do estado.[86]

Hillary e Bill compraram uma casa em Fayetteville no verão de 1975 e ela finalmente concordou em se casar.[87] O casamento foi realizado em 11 de outubro de 1975, em uma cerimônia metodista em sua sala de estar.[88] Uma notícia sobre o casamento publicada no Arkansas Gazette indicou que ela decidiu continuar utilizando o seu nome de nascimento.[89][4] A motivação era manter suas vidas profissionais separadas e evitar aparentes conflitos de interesses.[90] A decisão chateou sua mãe e sua sogra.[91] Em novembro de 1976, Bill foi eleito procurador-geral do Arkansas, e com isso o casal mudou-se para Little Rock, a capital do estado.[92] Em fevereiro de 1977, tornou-se uma advogada do Rose Law Firm, um respeitável escritório de advocacia com bastante poder político e econômico no estado.[93] Especializou-se em violação de patentes e direitos de propriedade intelectual enquanto também trabalhava pro bono em defesa de crianças;[49] [94] raramente trabalhava com litígios nos tribunais.[95]

Hillary manteve seu interesse em direito das crianças e política da família, e publicou os artigos acadêmicos Políticas para crianças: abandono e negligência (1977) e Direitos das Crianças: Uma Perspectiva Legal (1979).[96][97] Este último continuou seu argumento de que a competência legal das crianças dependia de sua idade e outras circunstâncias, e que, em casos graves, a intervenção judicial é justificada. A Associação Americana de Advogados mais tarde disse: "Seus artigos eram importantes, não porque eles eram radicalmente novos, mas porque eles ajudaram a formular algo que tinha sido incipiente." O historiador Garry Wills viria a descrevê-la como "uma das mais importantes estudiosas-ativistas das duas últimas décadas",[98] enquanto alguns conservadores disseram que suas teorias iriam usurpar a autoridade tradicional dos pais.[99][100]

O escritório Rose Law Firm em novembro de 2008. Foi neste escritório de advocacia que Hillary trabalhou durante boa parte do período em que foi primeira-dama do Arkansas.

Em 1977, co-fundou a associação Advogados em Defesa das Crianças e Famílias do Arkansas, uma aliança em nível estadual com o Fundo de Defesa das Crianças.[49][101] Mais tarde naquele ano, o presidente Jimmy Carter (para quem Hillary tinha sido a diretora de operações de campo da campanha presidencial de 1976 em Indiana)[102] a nomeou para o conselho de administração da Corporação de Serviços Jurídicos,[103] onde trabalhou de 1978 até o final de 1981.[104] A partir de meados de 1978 a meados de 1980,[nota 4] atuou como presidente do conselho, sendo a primeira mulher a ocupar este cargo.[106] Durante seu período como presidente, o financiamento para a Corporação de Serviços Jurídicos foi ampliado de $90 milhões para $300 milhões; posteriormente, lutou com sucesso contra as tentativas do presidente Ronald Reagan de reduzir o financiamento e mudar a natureza da organização.[107]

Em novembro de 1978, seu marido foi eleito governador do Arkansas, e Hillary tornou-se a primeira-dama do estado em janeiro de 1979. Bill a nomeou presidente do Comitê Consultivo sobre Saúde Rural no mesmo ano,[108] onde ela garantiu fundos federais para expandir as instalações médicas nas áreas mais pobres de Arkansas sem afetar os honorários médicos.[109] Em 1979, tornou-se a primeira sócia do Rose Law Firm.[110] De 1978 até entrar na Casa Branca, recebeu um salário mais elevado do que o de seu marido.[111] Durante os anos de 1978 e 1979, tentando complementar sua renda, obteve um lucro espetacular ao negociar contratos futuros de gado bovino;[112] um investimento inicial de US$1.000 gerou cerca de US$100.000 dez meses após parar de negociar.[113] O casal também começou a investir, juntamente com Jim e Susan McDougal, na Whitewater Development Corporation. A sociedade foi criada com o objetivo de comprar terras na margem sul do rio White, subdividi-las para a construção de residências de férias e depois vender os lotes com lucro.[114] A Whitewater acabou não prosperando.[115]

Últimos anos no Arkansas

O governador Bill Clinton e Hillary Clinton durante um jantar com o presidente Ronald Reagan e a primeira-dama Nancy Reagan em fevereiro de 1987.

Em 27 de fevereiro de 1980, nasceu sua primeira e única filha Chelsea. Em novembro daquele ano, Bill foi derrotado em sua tentativa de se reeleger.[116] Ele retornou ao cargo de governador depois de vencer a eleição de 1982. Durante a campanha de Bill em 1982, começou a usar o nome Hillary Clinton, e as vezes "Sra Bill Clinton", para amenizar as preocupações dos eleitores do estado; também tirou uma licença de tempo integral do Rose Law Firm para fazer campanha para o marido.[117] Como primeira-dama do Arkansas, utilizou Hillary Rodham Clinton como seu nome. Foi nomeada presidente do Comitê de Normas Educacionais do Arkansas em 1983, onde tentou reformar o sistema público de educação.[118][119] Em uma das iniciativas mais importantes do governo Clinton, travou uma batalha prolongada, mas finalmente bem sucedida, contra a Associação de Educação do Arkansas para estabelecer testes obrigatórios para os professores, e normas estaduais para o currículo escolar e o tamanho das salas de aula.[108][120] Em 1985, apresentou o Programa de Instrução Domiciliar Pré-escolar, uma iniciativa que ajudava os pais a trabalhar com seus filhos na preparação pré-escolar e alfabetização.[121] Em 1983, foi nomeada a Mulher do Ano de Arkansas e em 1984 a Mãe do Ano de Arkansas.[122][123]

Hillary continuou trabalhando no Rose Law Firm em seu segundo período como primeira-dama. Ela ganhava menos do que os outros sócios, mas ainda assim recebeu US$ 200.000 dólares em seu último ano de trabalho.[124][125] Por ter trazido novos clientes e em partes graças ao prestígio que deu,[125] o escritório a considerava uma "rainmaker".[nota 5] Hillary também foi muito influente na nomeação de juízes estaduais. [125] O oponente republicano de Bill em sua campanha à reeleição em 1986 acusou os Clinton de conflito de interesses, uma vez que o Rose Law Firm fez negócios com o estado; o casal rebateu a acusação, dizendo que as taxas estaduais foram pagas pela empresa perante os seus lucros.[127]

De 1982 a 1988, fez parte do conselho de administração, as vezes como sua diretora, da New World Foundation,[128] que financiou uma variedade de grupos de interesse da nova Esquerda.[129] De 1987 a 1991, foi a primeira presidente da comissão sobre mulheres na profissão de advocacia da Associação Americana de Advogados.[130] A comissão foi criada para abordar os preconceitos de gênero na carreira e induzir a associação a adotar medidas para combatê-lo.[131] Foi duas vezes nomeada pelo The National Law Journal como uma das cem advogadas mais influentes dos Estados Unidos; em 1988 e em 1991.[132] Quando Bill pensou em não concorrer novamente para governador em 1990, considerou concorrer para sucedê-lo, mas pesquisas privadas indicaram números desfavoráveis. Apesar disso, Bill concorreu novamente e foi reeleito.[133][134]

Hillary fez parte dos conselhos de administração do Hospital da Criança do Arkansas (1988–1992) e do Fundo de Defesa das Crianças (como presidente, 1986–1992).[135][8][136] Além das funções que ocupou em organizações sem fins lucrativos, também ocupou cargos no conselho de diretoria das empresas TCBY (1985–1992),[137] Wal-Mart Stores (1986–1992)[138] e Lafarge (1990–1992).[139] TCBY e Wal-Mart também eram clientes do Rose Law Firm.[125][140] Foi a primeira mulher a integrar o conselho da Wal-Mart, sendo nomeada após a pressão que o presidente Sam Walton estava sofrendo para nomear uma mulher para o conselho.[140] Como integrante do conselho da Wal-Mart Stores, ajudou com sucesso na adoção de práticas ambientalmente mais amigáveis, mas foi muito mal sucedida em uma campanha para que mais mulheres pudessem fazer parte da empresa, e ficou em silêncio sobre a companhia ter a fama de práticas anti-sindicais.[138][140][141]

Campanha presidencial de Bill Clinton em 1992

Hillary Rodham Clinton em 1992.

Hillary Clinton recebeu atenção nacional pela primeira vez quando seu marido tornou-se um candidato para a nomeação presidencial democrata de 1992. Antes da primária de Nova Hampshire, publicações impressas de tablóides alegaram que Bill havia se envolvido em um caso extraconjugal com a cantora do Arkansas Gennifer Flowers.[142] Em resposta, os Clinton apareceram juntos no programa 60 Minutes, onde Bill negou o caso, mas reconheceu que "causou dor no meu casamento".[143] Esta aparição conjunta foi creditada como a salvação da campanha.[144][145] Durante a campanha, fez comentários depreciativos sobre Tammy Wynette e sua visão sobre o casamento,[nota 6] e sobre as mulheres que ficam em casa assando biscoitos e fazendo chás,[nota 7] que, segundo ela própria, foram comentários irrefletidos. Bill afirmou que se fosse eleito o país "teria dois pelo preço de um", referindo-se ao papel de destaque que sua esposa teria em um eventual governo.[153] O artigo The Lady Macbeth of Little Rock,[154] escrito por Daniel Wattenberg em agosto de 1992 para a revista The American Spectator, explorou seu passado ideológico e ético, que foi atacado pelos conservadores.[99] Pelo menos outros vinte artigos das principais publicações também fizeram comparações entre ela e Lady Macbeth.[155]

Primeira-dama dos Estados Unidos

Papel como primeira-dama

Quando Bill Clinton tomou posse como presidente em 20 de janeiro de 1993, Hillary Rodham Clinton tornou-se a 44ª primeira-dama dos Estados Unidos, e seu secretário de imprensa reiterou que ela estaria usando estes três nomes. Foi a primeira primeira-dama a ter uma pós-graduação e ter sua própria carreira profissional até o momento em que passou a morar na Casa Branca.[156] Também foi a primeira a ter um escritório na Ala Oeste da Casa Branca, além dos escritórios habituais da primeira-dama na Ala Leste.[66][157] Hillary ajudou seu marido nas nomeações feitas para o novo governo, e escolheu pessoas para ocupar pelo menos onze cargos de nível superior e vários outros de nível inferior.[158] Depois de Eleanor Roosevelt, é considerada a mais poderosa esposa de um presidente da história americana.[159][160]

A família Clinton chega a Casa Branca no Marine One, em 1993.

Alguns críticos consideraram inadequado que a primeira-dama desempenhasse um papel central em questões de política pública. Os defensores argumentaram que o papel de Hillary na política não foi diferente do de outros assessores da Casa Branca e que os eleitores estavam bem cientes de que ela iria desempenhar um papel ativo na presidência do marido.[161] A promessa de campanha de Bill de que o país teria "dois pelo preço de um" levou seus adversários a referirem-se pejorativamente ao casal como "co-presidentes" ou, em algumas vezes, "Billary", um apelido que eles receberam ainda no Arkansas.[108][162][163] As ideias conflitantes sobre o papel que uma primeira-dama deveria desempenhar fez com que tivesse "discussões imaginárias" com a também politicamente ativa Eleanor Roosevelt.[nota 8] Desde quando passou a morar em Washington, também encontrou refúgio em um grupo de oração, que contou com muitas esposas de figuras conservadoras da capital federal.[167][168] Desencadeado em parte pela morte de seu pai em abril de 1993, procurou publicamente encontrar uma síntese dos ensinamentos metodistas, e a "política de sentido" do editor Michael Lerner para superar o que viu como um "vazio espiritual no coração da sociedade americana"; o que a levaria a ter a vontade de "remodelar a sociedade pela redefinição do que significa ser um ser humano no século XX, na passagem para um novo milênio".[169][170] Outros seguimentos do público focaram em sua aparência, que tinha evoluído consideravelmente desde seus dias no Arkansas,[171] o que lhe rendeu uma capa na revista Vogue em dezembro de 1998.[172][173][174]

Saúde pública e outras iniciativas políticas

Em janeiro de 1993, o presidente Clinton nomeou sua esposa para chefiar a Força-Tarefa para a Reforma do Sistema de Saúde, na esperança dela repetir o sucesso que havia feito ao liderar os esforços para a reforma da educação no Arkansas.[175] Não convencida a respeito dos méritos do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA), insistiu privadamente a dar maior prioridade para a aprovação da reforma do sistema de saúde.[176][177] A força-tarefa ficou conhecida como o Plano de assistência médica de Clinton, uma proposta abrangente que exigiria que empregadores fornecessem a cobertura de saúde a seus empregados, além de outras providências. Seus adversários rapidamente ridicularizaram o plano, chamando-o de "Hillarycare"; alguns manifestantes contrários tornaram-se agressivos, e, em julho de 1994, durante uma de suas viagens para conseguir apoio ao plano, usou um colete à prova de balas, seguindo a recomendação do Serviço Secreto.[178][179]

Hillary cumprimentando tropas norte-americanas na Base Aérea de Tuzla, Bósnia, durante uma visita em dezembro de 1997.

Incapaz de reunir apoio suficiente para uma votação no plenário, tanto na Câmara dos Representantes quanto no Senado, embora os democratas controlavam ambas, a proposta de reforma foi abandonada em setembro de 1994.[180] Hillary reconheceu mais tarde em seu livro de memórias que sua inexperiência política em parte contribuiu para a derrota, mas citou muitos outros fatores. Os índices de aprovação da primeira-dama, que tinha sido geralmente em 50% durante seu primeiro ano, caíram para 44% em abril de 1994 e 35% em setembro daquele ano.[181] Os republicanos tornaram os planos de reforma da saúde dos Clinton um grande tema de campanha das eleições de meio de mandato de 1994,[182] quando eles ganharam 53 assentos na Câmara e sete no Senado, tornando-se assim o partido majoritário em ambas; muitos analistas e pesquisadores descobriram que o plano foi um fator importante na derrota dos democratas, especialmente entre os eleitores independentes.[183] A Casa Branca posteriormente procurou minimizar o papel de Hillary na formulação da política.[184] Os opositores dos cuidados médicos universais iriam continuar a usar o termo "Hillarycare" como um rótulo pejorativo para planos semelhantes propostos por outras pessoas.[185]

Hillary lendo para uma criança em Maryland durante o Read Across America Day de 1998.

Juntamente com os senadores Ted Kennedy e Orrin Hatch, foi uma força por trás da aprovação do Programa de Seguro de Saúde para Crianças em 1997, um esforço federal que forneceu o apoio do estado para as crianças cujos pais não podiam fornecer-lhes assistência médica, e, quando tornou-se lei, conduziu os esforços de divulgação para que as crianças fossem inscritas no programa.[186] Ela promoveu a imunização contra doenças infantis em todo o país e incentivou as mulheres mais velhas a fazerem mamografia para detectar o câncer de mama, com cobertura fornecida pelo Medicare.[187] Ajudou a aumentar o financiamento das pesquisas para a cura do câncer de próstata e asma na infância no Instituto Nacional da Saúde.[66] A primeira-dama trabalhou para investigar os relatos de uma doença que afetou os veteranos da Guerra do Golfo, que ficou conhecida como a síndrome da Guerra do Golfo.[66] Juntamente com a procuradora-geral Janet Reno, ajudou a criar o Escritório para a Violência Contra as Mulheres no Departamento de Justiça.[66] Em 1997, iniciou e conduziu a aprovação da Lei da Adoção e da Segurança Familiar, que considerava como sua maior realização como primeira-dama.[66][188] Em 1999, foi fundamental para a aprovação da Lei dos Adotivos Independentes, que dobrou as verbas federais para adolescentes que envelheceram em um orfanato.[188] Enquanto primeira-dama, organizou numerosas conferências da Casa Branca, inclusive sobre Assistência à Infância (1997),[189] Desenvolvimento e Aprendizagem da Primeira Infância (1997),[190] e sobre Crianças e Adolescentes (2000).[191] Também organizou a primeira conferência da Casa Branca sobre Adolescentes (2000) e Filantropia (1999).[192][193]

Hillary viajou para 79 países durante seus anos na Casa Branca,[194] quebrando o recorde de primeira-dama mais viajada estabelecido por Pat Nixon.[195] Ela não possuía uma habilitação de segurança ou participou de reuniões do Conselho de Segurança Nacional, mas desempenhou um papel na diplomacia norte-americana, alcançando alguns de seus objetivos.[196] Em março de 1995, viajou para cinco países do Sul da Ásia, a pedido do Departamento de Estado dos EUA e sem o marido, para melhorar as relações com a Índia e o Paquistão.[197] A primeira-dama ficou preocupada com a situação das mulheres que encontrou, mas recebeu uma recepção calorosa das pessoas dos países em que visitou e melhorou seu relacionamento com a imprensa norte-americana.[198][199] A viagem foi uma experiência transformadora para ela e pressagiou sua eventual carreira diplomática.[200]

Em um discurso em setembro de 1995, antes da Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres em Pequim, argumentou com ênfase contra as práticas que abusam de mulheres em todo o mundo,[201] e disse que "já não é mais aceitável discutir os direitos das mulheres como se estes fossem separados dos direitos humanos."[201] Delegados de mais de 180 países a ouviram dizer: "Se há uma mensagem que ecoa adiante desta conferência, é que os direitos humanos são os direitos das mulheres e os direitos das mulheres são direitos humanos, de uma vez por todas."[202] Ao proferir estas palavras, resistiu tanto a pressão interna do governo quanto a pressão chinesa para suavizar suas observações.[194][202] O discurso tornou-se um momento-chave no empoderamento feminino e nos anos seguintes mulheres repetiram ao redor do mundo as frases de seu discurso.[203] Foi uma das figuras internacionais mais proeminentes durante o final da década de 1990 a falar contra o tratamento que as mulheres afegãs recebiam do Taliban.[204][205] Ajudou a criar a Vozes Vitais, uma iniciativa internacional patrocinada pelos Estados Unidos para promover a participação das mulheres nos processos políticos de seus países.[206] As visitas de Hillary a Irlanda do Norte encorajaram as mulheres daquele país a fazerem-se ouvir no processo de paz.[207]

Whitewater e outras investigações

A controvérsia de Whitewater foi um foco de atenção da mídia, iniciado após uma reportagem do The New York Times em março de 1992, que durou no período da campanha presidencial e enquanto foi primeira-dama.[208] Os Clinton tinham perdido no final da década de 1970 o investimento que fizeram na Whitewater Development Corporation;[209] ao mesmo tempo, seus sócios no investimento, Jim e Susan McDougal, administravam a Madison Guaranty, uma empresa de poupança e empréstimo que contratou os serviços jurídicos do Rose Law Firm[210] e supostamente subsidiou indevidamente as perdas sofridas pela Whitewater.[208] A Madison Guaranty mais tarde faliu, e o trabalho de Hillary no escritório de advocacia Rose foi examinado como sendo um possível conflito de interesse por ela ter representado a instituição financeira antes de reguladores estaduais que seu marido tinha designado.[208] Ela alegou que tinha feito o mínimo de trabalho para empresa.[211] Os conselheiros independentes Robert Fiske e Kenneth Starr intimaram a primeira-dama a ver os seus registros financeiros, e ela respondeu-lhes que não sabia onde estavam.[212][213] Os registros foram encontrados na Casa Branca depois de uma busca de dois anos e foi entregue aos investigadores no início de 1996.[214] O aparecimento tardio dos registros despertou um interesse intenso e outro inquérito sobre como eles surgiram e onde estavam foi instaurado.[215] A equipe da primeira-dama atribuiu o problema a mudanças contínuas em áreas de armazenamento da Casa Branca.[216] Em 26 de janeiro de 1996, tornou-se a primeira primeira-dama a ser intimada para depor perante um grande júri federal.[212] Depois das investigações de vários conselheiros independentes, um relatório final foi emitido em 2000, e concluiu que não havia provas suficientes de que ela havia se envolvido em um delito penal.[217]

A família Clinton caminhando na Avenida Pensilvânia durante a segunda posse de Bill, em 20 de janeiro de 1997.

As demissões de funcionários do Escritório de Viagens da Casa Branca em maio de 1993, um caso que ficou conhecido como "Travelgate", começou com acusações de que a Casa Branca tinha usado irregularidades financeiras auditadas nas operações do Escritório de Viagens como uma desculpa para substituir os funcionários por seus amigos do Arkansas.[218] A descoberta de um memorando de dois anos em 1996 fez com que a investigação se concentrasse sobre se Hillary havia orquestrado as demissões e se as declarações que ela fez para os investigadores sobre seu papel nas demissões eram verdadeiras.[219][220] O relatório final do conselheiro independente divulgado em 2000 concluiu que ela estava envolvida nas demissões e que tinha feito declarações "factualmente falsas", mas, como não havia provas suficientes de que ela sabia que as declarações eram falsas ou que suas ações levaria a demissões, não foi aberto nenhum processo.[221]

Na sequência do suicídio do vice-conselheiro da Casa Branca Vince Foster em julho de 1993, foram feitas alegações de que a primeira-dama ordenou a remoção de documentos potencialmente prejudiciais (relacionados a Whitewater e outros assuntos) do escritório de Foster na noite de sua morte.[222] O conselheiro independente Kenneth Starr investigou esta alegação, e, em 1999, foi relatado que Starr estava segurando o inquérito aberto, apesar de sua equipe ter lhe dito que não havia nada a ser feito.[223] Quando Robert Ray, sucessor de Starr, emitiu seus relatórios finais sobre Whitewater em 2000, não foram apresentadas alegações contra Hillary em relação a este caso.[217]

Uma consequência das investigações sobre Travelgate foi a descoberta em junho de 1996 de que a Casa Branca teve acesso indevido a centenas de relatórios do FBI sobre ex-funcionários do governo republicano, um caso que alguns chamaram de "Filegate".[224] Foram feitas acusações de que Hillary tinha pedido estes arquivos e que tinha recomendado a contratação de uma pessoa não qualificada para chefiar o Escritório de Segurança da Casa Branca.[225] O relatório final do conselheiro independente em 2000 não encontrou nenhuma evidência substancial ou credível de que ela teve qualquer papel ou mostrou má conduta neste caso.[224]

Em março de 1994, reportagens de jornais revelaram seus lucros espetaculares nos contratos futuros de gado bovino entre 1978–1979;[226] foram feitas alegações na imprensa de conflito de interesse e subornos disfarçados,[227] e várias pessoas analisaram os registros de negociação, mas nenhuma investigação formal foi feita e ela nunca foi acusada de qualquer delito.[227]

Escândalo Lewinsky

Ver artigo principal: Escândalo Lewinsky

Em 1998, a relação do casal Clinton tornou-se um assunto de muita especulação quando investigações revelaram que o presidente tinha tido relações extraconjugais com a estagiária da Casa Branca Monica Lewinsky.[228] As investigações do escândalo Lewinsky levaram ao impeachment de Bill pela Câmara dos Representantes, sendo depois absolvido pelo Senado. Quando as acusações contra seu marido tornaram-se públicas, afirmou que elas eram o resultado de uma "vasta conspiração de direita",[229] caracterizando as acusações como a último de uma organizada, longa, e colaborativa série de ataques dos inimigos políticos do presidente.[nota 9] Mais tarde, disse que tinha sido induzida ao erro pelas alegações iniciais do marido de que nenhum caso tinha ocorrido.[231] Após as provas de encontros do presidente com Lewinsky tornarem-se incontestáveis, emitiu uma declaração pública reafirmando seu compromisso com o seu casamento, mas privadamente foi relatado que ela estava furiosa com ele e não tinha certeza se queria continuar casada.[232] Os funcionários da residência privada da Casa Branca notaram um nível acentuado de tensão entre o casal durante este período.[233]

A reação do público foi variada: algumas mulheres admiravam sua força e equilíbrio em assuntos particulares tornados públicos, alguns simpatizavam com ela como uma vítima de um comportamento insensível de seu marido, outros a criticaram por não ter se separado, enquanto outros a acusaram de cinismo por permanecer em um casamento fracassado como forma de manter ou mesmo promover a sua própria influência política.[234] Na sequência das revelações do escândalo, seus índices de aprovação dispararam para perto de 70%, os mais elevados até os dias atuais.[235] Em seu livro de memórias de 2003, atribuiu a decisão de continuar casada a "um amor que persiste há décadas" e acrescentou: "Ninguém me entende melhor e ninguém pode me fazer rir da forma como Bill faz. Mesmo depois de todos esses anos, ele ainda é a pessoa mais interessante, energizada e plenamente viva que eu já conheci."[236]

Deveres tradicionais

Hillary foi a presidente fundadora do programa Salve os Tesouros da América, um esforço nacional com o objetivo de preservar e restaurar itens e sítios históricos,[237] incluindo a bandeira que inspirou "The Star-Spangled Banner" e o Sítio Histórico das Primeiras-damas em Canton, Ohio.[66] Chefiou o Conselho do Milênio da Casa Branca[238] e hospedou as "Noites do Milênio",[239] uma série de palestras que discutiram estudos futuros, uma das quais tornou-se o primeiro webcast simultâneo ao vivo da Casa Branca.[66] Hillary também criou a primeira escultura de jardim da Casa Branca, que foi colocada no Jardim Jacqueline Kennedy, onde também foram exibidas grandes obras contemporâneas americanas emprestadas de museus.[240]

No interior da residência oficial, colocou artesanatos doados de artesãos contemporâneos do país, como cerâmica e vidro, em exposição rotativa nos salões nobres.[66] Ela supervisionou a restauração da Sala Azul para ser historicamente autêntica ao período de James Monroe e da Sala de Mapas para ser como era na época da Segunda Guerra Mundial.[241][242] Trabalhou com o decorador de interiores do Arkansas Kaki Hockersmith durante oito anos, supervisionando os esforços extensivos e a redecoração em torno do edifício financiada pelo setor privado, muitas vezes tentando fazer com que este ficasse mais brilhante.[243] No geral, as redecorações receberam comentários mistos, sendo que os móveis vitorianos para o Lincoln Sitting Room foram mais criticados.[244] Hillary recebeu muitos eventos de grande escala na Casa Branca, como a recepção do Dia de São Patrício, um jantar de Estado oferecido a dignitários chineses, um concerto de música contemporânea que levantou fundos para a educação musical nas escolas públicas, uma celebração da véspera de Ano Novo na virada do século XXI, e um jantar de Estado em homenagem ao bicentenário da residência oficial em novembro de 2000.[66]

Eleição para o Senado em 2000

Quando o senador pelo estado de Nova Iorque Daniel Patrick Moynihan, no cargo desde 1977, anunciou sua aposentadoria em novembro de 1998, várias figuras democratas proeminentes, como o representante nova-iorquino Charles B. Rangel, instaram Hillary a concorrer à vaga aberta por Moynihan no ciclo eleitoral de 2000.[245] Uma vez que ela decidiu concorrer, os Clinton compraram uma casa em Chappaqua, norte da cidade de Nova Iorque, em setembro de 1999.[246] Ela tornou-se a primeira primeira-dama norte-americana a ser candidata a um cargo eletivo.[247] Inicialmente, era esperado que enfrentasse na eleição geral Rudy Giuliani, o prefeito republicano de Nova Iorque. Giuliani retirou-se da disputa em maio de 2000, após ser diagnosticado com câncer de próstata e questões relacionadas ao seu casamento tornaram-se públicas, e Hillary acabou concorrendo contra Rick Lazio, um membro republicano da Câmara dos Representantes pelo segundo distrito congressional.[248]

Ao longo da campanha, seus opositores a acusaram de ser uma aventureira política, uma vez que nunca residiu em Nova Iorque nem participou da política estadual antes de entrar na disputa. Começou sua campanha visitando todos os condados do estado e ouvindo pequenos grupos de pessoas, no que ficou conhecido como um "tour de escuta".[249] Dedicou um tempo considerável em regiões tradicionalmente republicanas do interior do estado.[250] Hillary prometeu melhorar a situação econômica destas aéreas, afirmando que seu plano econômico iria criar duzentos mil empregos em Nova Iorque ao longo de seu mandato. O plano incluía créditos fiscais para recompensar a criação de empregos e incentivar o investimento empresarial, especialmente no setor de alta tecnologia. Também propôs cortes de impostos pessoais nas mensalidade das faculdades e em cuidados médicos de longa duração.[250]

A disputa atraiu atenção nacional. Em um debate de setembro, Lazio dirigiu-se ao púlpito de Hillary para pedir que assinasse um acordo de angariação de fundos, o que foi visto por muitos como uma invasão do espaço pessoal.[251] As campanhas de Hillary e Lazio, juntamente com os esforços iniciais de Giuliani, gastaram entre US$ 70 a US$ 90 milhões, estabelecendo naquele momento um recorde de gastos em eleições para o senado.[252] Em 7 de novembro, venceu a eleição com 55% dos votos válidos, contra 43% de Lazio.[253] Foi empossada no Senado dos Estados Unidos em 3 de janeiro de 2001.[254]

Senadora dos Estados Unidos por Nova Iorque

Primeiro mandato

Reconstituição da posse de Hillary como senadora dos Estados Unidos feita pelo vice-presidente Al Gore na Câmara Velha do Senado, enquanto o presidente Clinton e sua filha Chelsea assistem, em 3 de janeiro de 2001.

Ao entrar no Senado, manteve um perfil público de baixa visibilidade e construiu relações com senadores de ambos os partidos.[255] Forjou alianças com senadores de inclinação religiosa, tornando-se uma participante regular do Senate Prayer Breakfast.[167][256] Ela atuou em cinco comitês em seus oito anos de mandato: Orçamento (2001–2002),[257] Serviços Armados (2003–2009),[258] Ambiente e Obras Públicas (2001–2009),[257] Saúde, Educação, Trabalho e Pensões (2001–2009)[257] e no Comitê Especial sobre o Envelhecimento [259] Também foi integrante da Comissão de Segurança e Cooperação na Europa (2001–2009).[260]

Na sequência dos ataques de 11 de setembro, procurou obter financiamento para os esforços de recuperação e melhorias de segurança em seu estado. Trabalhou com o senador sênior nova-iorquino, Charles Schumer, sendo fundamental na obtenção de um financiamento de US$ 21 bilhões destinado para a reconstrução do local em que estava o World Trade Center.[261][262] Posteriormente, assumiu um papel de liderança na investigação dos problemas de saúde enfrentados pelos socorristas do ataque.[263] Em outubro de 2001, votou a favor da Lei Patriótica.[264] Em 2005, quando o debate sobre a renovação da lei iniciou, trabalhou para resolver algumas preocupações sobre as liberdades civis,[265] e acabou votando a favor da renovação em março de 2006.[266]

Hillary apoiou fortemente a ação militar norte-americana no Afeganistão, dizendo que era uma chance para combater o terrorismo e melhorar a vida das mulheres afegãs que sofriam sob o governo Talibã.[267] Em outubro de 2002, votou a favor da resolução da Guerra do Iraque, que autorizou o presidente George W. Bush a usar a força militar contra aquele país.[268]

Foto oficial de Hillary como senadora.

Depois do começo da Guerra do Iraque, fez viagens ao Iraque e ao Afeganistão para visitar as tropas americanas enviadas aos dois países. Em uma visita ao Iraque em fevereiro de 2005, observou que a insurgência não tinha conseguido perturbar as eleições democráticas realizadas em janeiro daquele ano e que partes do país estavam indo bem.[269] Após observar que as implantações de guerra estavam drenando forças regulares e de reserva, co-introduziu uma legislação que autorizava aumentar a oitenta mil pessoas o tamanho normal do Exército no país com o objetivo de diminuir as tensões.[270] No final de 2005, declarou que, enquanto a retirada imediata das tropas no Iraque seria um erro, a promessa de Bush de ficar "até que o trabalho fosse feito" também era equivocada, uma vez que deu aos iraquianos "um convite aberto para não cuidar de si mesmos".[271] Sua postura causou frustração entre aqueles membros do Partido Democrata que favoreciam uma retirada rápida.[272] Também apoiou manter e melhorar os benefícios de saúde para os veteranos e pressionou contra o encerramento de várias bases militares.[273]

Hillary votou contra os dois grandes pacotes de corte de impostos do presidente Bush, a Lei de Reconciliação do Crescimento Econômico e do Alívio Fiscal de 2001 e a Lei de Reconciliação do Emprego e do Alívio de Impostos para o Crescimento de 2003.[274] Em 2005, votou contra a confirmação de John G. Roberts como Chefe de Justiça e em 2006 votou contra a confirmação de Samuel Alito para a Suprema Corte.[275]

Em 2005, pediu para a Comissão Federal do Comércio investigar as cenas de sexo escondidas no controverso jogo Grand Theft Auto: San Andreas.[276] Juntamente com os senadores Joe Lieberman e Evan Bayh, introduziu a Lei de Proteção do Entretenimento Familiar, destinada a proteger as crianças de conteúdos inadequados encontrados em jogos (a legislação acabou expirando ao término do 109º Congresso).[277] Em 2004 e 2006, votou contra a Emenda Constitucional Federal do Casamento, que proibiria o casamento entre pessoas do mesmo sexo.[274][278]

Afim de estabelecer uma "infra-estrutura progressiva" para rivalizar com a do conservadorismo norte-americano, desempenhou um papel formativo em conversas que levaram a fundação do Centro para o Progresso Americano em 2003 por John Podesta, ex-chefe de pessoal do governo Clinton, compartilhou assessores com o Cidadãos pela Responsabilidade e Ética em Washington, fundado em 2003, e aconselhou David Brock, ex-antagonista dos Clinton que criou o Assuntos de mídia para a América em 2004.[279] Após as eleições de 2004, convenceu o novo líder democrata no Senado, Harry Reid, a criar uma "sala de guerra" para lidar diariamente com as mensagens políticas.[280]

Campanha à reeleição em 2006

Em novembro de 2004, anunciou que iria concorrer a um segundo mandato no Senado. A primeira candidata que liderou as pesquisas da primária republicana, a procuradora-geral do Condado de Westchester, Jeanine Pirro, retirou-se da disputa após vários meses de um fraco desempenho na campanha.[281] Hillary venceu com facilidade a primária democrata contra o ativista antiguerra Jonathan Tasini.[282] Seu oponente na eleição geral acabou sendo o republicano John Spencer, ex-prefeito de Yonkers. Em 7 de novembro de 2006, venceu a eleição com 67% dos votos, contra 31% de Spencer,[283] e ganhou em 58 dos 62 condados.[284] Hillary gastou US$ 36 milhões em sua campanha, mais do que qualquer outro candidato ao Senado no ciclo eleitoral de 2006. Alguns democratas a criticaram por gastar muito em uma eleição considerada fácil, enquanto alguns apoiadores estavam preocupados porque ela não tinha deixado mais fundos para uma eventual candidatura em 2008.[285] Nos meses seguintes, transferiu US$ 10 milhões de seus fundos da campanha ao Senado para sua campanha presidencial.[286]

Segundo mandato

A senadora Hillary Clinton ouvindo o chefe de Operações Navais da Marinha, Mike Mullen, respondendo a uma pergunta em sua audiência de confirmação no Comitê de Serviços Armados do Senado em 2007.

Hillary se opôs ao aumento das tropas no Iraque em 2007, no que o secretário de defesa Robert Gates mais tarde declarou que esta posição era motivada por questões políticas domésticas.[nota 10] Em março do mesmo ano, votou a favor de um projeto de lei sobre o financiamento da guerra que exigia que o presidente Bush começasse a retirar tropas do Iraque dentro de um prazo; a lei acabou sendo aprovada, mas foi posteriormente vetada pelo presidente.[288] Em maio de 2007, um projeto de lei sobre o financiamento da guerra que removia os prazos de retirada foi aprovado no Senado por 80-14, sendo sancionado pelo presidente; Hillary votou contra o projeto.[289] Em setembro de 2007, respondeu ao relatório feito pelo general David Petraeus sobre a situação do Iraque, quando disse: "Eu acho que os relatórios que você fornece para nós realmente exigem uma suspensão voluntária da descrença."[290]

Em março de 2007, em resposta à controversa demissão de procuradores, apelou ao procurador-geral dos Estados Unidos Albert Gonzales que renunciasse ao cargo.[291] Apoiou o muito debatido projeto de reforma da imigração, a Lei de Segurança nas Fronteiras, Oportunidades Econômicas e Reforma Imigratória de 2007, que iria fornecer um caminho para a cidadania norte-americana aos cerca de doze milhões de imigrantes ilegais que residiam no país, mas acabou não sendo aprovada.[292]

Como a crise financeira de 2007–2008 atingiu um pico com a crise de liquidez em setembro de 2008, apoiou a proposta de resgate do sistema financeiro dos Estados Unidos, e votou a favor do plano de resgate de US$ 700 bilhões que autorizava a criação do Programa de Alívio de Ativos Problemáticos, dizendo que representava os interesses do povo americano. No senado, o plano foi aprovado por 74–25.[293]

Campanha presidencial de 2008

Hillary estava se preparando para uma potencial candidatura à presidência pelo menos desde o início de 2003.[294] Em 20 de janeiro de 2007, anunciou que estava formando um comitê exploratório para a eleição de 2008.[295] Ao longo do primeiro semestre de 2007, liderou as pesquisas nacionais das primárias democratas, tendo os senadores Barack Obama e John Edwards como seus mais fortes concorrentes.[296] A maior ameaça para sua campanha era o apoio anterior que dera a Guerra do Iraque, a qual Obama se opôs desde o início.[297] Hillary e Obama foram os candidatos que arrecadaram mais fundos de campanha, e os dois estabeleceram recordes de arrecadação.[298]

Hillary discursando em um evento de campanha no Colégio Augsburg, em Minneapolis, dois dias antes da Super Terça.

Até setembro de 2007, as pesquisas realizadas nos primeiros seis estados que fariam primárias revelaram que ela estava liderando em todos eles, mas a disputa estava acirrada em Iowa e na Carolina do Sul. Até o mês seguinte, as pesquisas nacionais a indicaram muito a frente de seus oponentes democratas.[299] No final de outubro, sofreu um raro mau desempenho em um debate entre os candidatos democratas.[300][301] A mensagem de mudança, encarnada por Obama, começou a ressoar melhor entre o eleitorado democrata do que a mensagem de experiência, representada por Hillary.[302] A disputa então tornou-se consideravelmente mais rigorosa, especialmente nos primeiros estados que realizariam as primárias, onde ela perdeu a liderança em algumas pesquisas de dezembro.[303]

Na primeira votação de 2008, a de Iowa em 3 de janeiro, ficou em terceiro lugar.[304] Obama ganhou terreno nas pesquisas nacionais nos próximos dias, e todas previam sua vitória em Nova Hampshire.[305] Hillary acabou tendo lá uma apertada vitória surpresa em 8 de janeiro.[306] Nos próximos dias, a dinâmica da disputa alterou-se, e questões de raça e gênero ganharam posição central, o que resultou em um duelo mais polarizado entre Hillary e Obama.[nota 11] Em 26 de janeiro, perdeu para Obama na Carolina do Sul por uma ampla diferença,[310] e, com a suspensão da campanha de Edwards poucos dias depois, iniciou-se uma intensa disputa para a Super Terça.[311][312] Venceu as primárias dos estados mais populosos na Super Terça, enquanto Obama venceu em mais estados;[313] os votos foram divididos quase que igualmente,[314] mas Obama ganhou um maior número de delegados comprometidos a votar nele graças a uma melhor exploração das regras de distribuição dos delegados.[315]

Mapa dos resultados de votos populares das primárias e caucus democratas. Obama venceu nos estados pintados de roxo, enquanto Hillary venceu nos de verde.

A campanha de Hillary contava ganhar a indicação do Partido Democrata já na Super Terça e não estava preparada financeiramente e logisticamente para um esforço prolongado; com atrasos na angariação de fundos via internet, começou a emprestar dinheiro próprio para sua campanha.[302][316] Houve um tumulto contínuo dentro de sua equipe e fez várias mudanças de funcionários de alto nível.[316][317] Obama ganhou as próximas onze primárias de fevereiro, muitas vezes por largas margens, e assumiu uma liderança significativa entre os delegados comprometidos a apoiá-lo na Convenção Nacional do partido.[315][316] Em 4 de março, Hillary quebrou uma série de perdas ao vencer em Ohio e no Texas,[316] onde sua crítica ao NAFTA, um dos legados da presidência de seu marido, tinha sido uma questão-chave.[318] Ao longo da campanha, Obama dominou as convenções partidárias estaduais, as quais a campanha de Hillary largamente ignorou a preparação para vencê-las.[302][315] Obama se deu melhor em primárias com mais eleitores afro-americanos, jovens, pessoas com ensino superior, ou onde os eleitores mais ricos eram fortemente representados; Hillary venceu nas primárias com maior número de hispânicos, idosos, pessoas sem ensino superior, ou onde os eleitores brancos da classe trabalhadora predominavam.[319][320] Atrás na contagem total dos delegados, sua melhor esperança em conseguir a nomeação estava em convencer os superdelegados nomeados pelo partido.[321]

Hillary Clinton discursa em apoio a seu ex-rival, Barack Obama, durante a segunda noite da Convenção Nacional Democrata de 2008 em Denver.

No final de março, admitiu que suas declarações de que esteve sob fogo hostil de franco-atiradores durante uma visita em março de 1996 a Bósnia e Herzegovina não eram verdadeiras, o que atraiu uma considerável atenção da mídia.[322] Em 22 de abril, venceu a primária da Pensilvânia e manteve sua campanha viva.[323] Em 6 de maio, uma vitória mais apertada do que o esperado na Indiana, juntamente com uma grande derrota na Carolina do Norte, acabaram com qualquer chance real de ganhar a indicação.[323] Prometeu permanecer concorrendo nas primárias restantes, mas cessou com os ataques contra Obama; como um conselheiro afirmou, "Ela podia aceitar perder. Ela não podia aceitar desistir."[323] Ela venceu em algumas das primárias remanescentes, e, de fato, ganhou mais delegados, estados e votos do que Obama nos últimos três meses da campanha, mas não conseguiu superar sua vantagem.[316]

Após o término das primárias, em 3 de junho, Obama havia ganhado delegados suficientes para ser considerado o candidato presuntivo.[324] Em um discurso diante de seus partidários em 7 de junho, suspendeu sua campanha e apoiou Obama.[325] Ao final da campanha, tinha conquistado 1 640 delegados comprometidos a apoiá-la, pouco menos do que os 1 763 de Obama;[326] neste momento, havia obtido 286 superdelegados, e Obama 395;[327] quando Obama foi considerado o vencedor, a diferença de superdelegados aumentou para 438—256.[326] Os dois candidatos receberam mais de dezoito milhões de votos populares cada,[nota 12] um recorde estabelecido por ambos.[331] Foi a primeira mulher a concorrer nas primárias ou caucus de todos os estados, a primeira a ganhar uma primária presidencial em um estado com direito a delegados na Convenção Nacional de um grande partido,[332][333] e tornou-se a mulher mais votada da história do país.[332] Fez um apaixonante discurso na Convenção Nacional Democrata apoiando Obama, para quem frequentemente fez campanha no outono até a eleição, quando ele foi eleito presidente.[334] A campanha da senadora terminou com severas dívidas; ela devia doze milhões de dólares para fornecedores externos e seu comitê devia treze milhões que haviam sido emprestados por ela mesma; no início de 2013, todas as dívidas com os fornecedores foram pagas e foi forçada pela legislação eleitoral a perdoar as dívidas que o comitê tinha com ela.[335]

Secretária de Estado dos Estados Unidos

Nomeação e confirmação

Cerimônia de posse de Hillary como secretária de Estado, conduzida pelo vice-presidente Joe Biden.

Em meados de novembro de 2008, o presidente-eleito Obama e Hillary discutiram a possibilidade dela ser indicada secretária de Estado em seu governo.[336] Ela estava inicialmente bastante relutante, mas, em 20 de novembro, disse a Obama que iria aceitar o cargo.[337][338] Em 1º de dezembro, Obama anunciou formalmente que Hillary seria a sua candidata à secretária de Estado.[339] Hillary declarou que ela não queria deixar o Senado, mas que a nova posição representava uma "aventura difícil e excitante".[339] Como parte da nomeação, e, a fim aliviar as preocupações de conflito de interesses, Bill Clinton concordou em aceitar várias condições e restrições quanto as suas atividades em curso e os esforços de arrecadação de fundos para a Fundação William J. Clinton e a Iniciativa Global Clinton.[340]

A audiência de confirmação na Comissão de Relações Exteriores do Senado começou em 13 de janeiro de 2009, uma semana antes da posse de Obama; dois dias mais tarde, a comissão aprovou a indicação por 16-1.[341] Nesta época, sua aprovação pessoal atingiu 65%, a mais alta desde o escândalo Lewinsky.[342] Em 21 de janeiro de 2009, foi confirmada no plenário do Senado por uma votação de 94–2.[343] Hillary tomou posse como secretária de Estado em 21 de janeiro e renunciou ao Senado no mesmo dia.[344] Ela tornou-se a primeira primeira-dama a servir no Gabinete dos Estados Unidos.[345]

Primeira metade do mandato

Obama e Hillary conversando um com o outro durante um encontro da Organização do Tratado do Atlântico Norte, em abril de 2009.

Hillary passou seus primeiros dias como secretária de Estado telefonando para dezenas de líderes mundiais e indicando que a política externa do país iria mudar de direção; "Temos um monte de danos para reparar," dizia ela.[346] Defendeu um papel mais amplo do Departamento de Estado em questões econômicas globais e citou a necessidade de um aumento da presença diplomática dos EUA, especialmente no Iraque, onde o Departamento de Defesa tinha realizado missões diplomáticas.[347] Em julho de 2009, anunciou a mais ambiciosa de suas reformas departamentais, a Revisão Quadrienal da Diplomacia e Desenvolvimento, que estabeleceu objetivos específicos para as missões diplomáticas no exterior; esta revisão foi modelada após um processo semelhante no Departamento de Defesa, que estava familiarizada graças a sua atuação no Comitê de Serviços Armados do Senado.[348] A primeira revisão foi emitida no final de 2010, e defendeu que o país liderasse por meio de um "poder civil" como uma maneira custo-efetiva para responder a desafios internacionais e desarmar crises.[349] Também procurou institucionalizar objetivos de capacitação das mulheres em todo o mundo.[202] Uma das causas que defendeu durante todo seu mandato foi a adoção de fogões no mundo em desenvolvimento para promover um ambiente de preparação de alimentos mais limpo e correto, além de reduzir os perigos da fumaça para as mulheres.[337]

Hillary e o ministro do exterior russo Sergey Lavrov com o botão de "reiniciar", em março de 2009.

Em março de 2009, prevaleceu em relação ao vice-presidente Joe Biden em um debate interno para enviar mais 21 000 soldados para a Guerra do Afeganistão e apoiou o plano de Obama de adiar uma eventual retirada das tropas naquele país.[350] No mesmo mês, presenteou o ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov com um "botão de reiniciar", simbolizando as tentativas dos EUA de reconstruir as relações com a Rússia.[351][352] A política, que ficou conhecida como o reinício Russo, levou a uma maior cooperação em várias áreas durante o mandato de Dmitry Medvedev como presidente, mas as relações se agravariam consideravelmente após o regresso de Vladimir Putin na presidência em 2012.[351] Em outubro de 2009, em uma viagem para a Suíça, sua intervenção superou as dificuldades de última hora e salvou a assinatura de um histórico acordo entre a Turquia e a Armênia, que estabeleceu relações diplomáticas e abriu a fronteira entre as duas nações que haviam tido relações hostis durante um longo período.[353][354] No Paquistão, envolveu-se em várias raras discussões contundentes com alunos, apresentadores de talk show, e os anciãos tribais, em uma tentativa de reparar a imagem paquistanesa sobre os EUA.[200][nota 13] A partir de 2010, ajudou a organizar um regime de isolamento diplomático e sanções internacionais contra o Irã, em um esforço para forçar a redução do programa nuclear daquele país; este plano acabaria por levar ao multinacional Plano de Ação Conjunto Integrado, acordado em 2015.[337][357][358]

Hillary e Obama mantiveram uma boa relação de trabalho sem lutas de poder; tornou-se uma incansável defensora do governo e teve o cuidado de que nem ela nem o marido ofuscassem o presidente.[359][360] Formou uma aliança com o secretário de defesa Robert Gates e com a equipe de segurança nacional de Obama, resultando em bem menos discórdias do que em governos anteriores.[359][361] Obama e Hillary se aproximaram em questões de política externa como um exercício em grande parte pragmático não-ideológico.[337] Eles encontravam-se semanalmente, mas não teve um relacionamento tão próximo e diário que alguns de seus antecessores tiveram com seus presidentes;[359] além disso, certas áreas-chave de políticas foram mantidas dentro da Casa Branca ou do Pentágono.[362][363] Apesar disso, o presidente tinha confiança nas ações dela.[337]

Hillary cumprimentando integrantes das forças armadas na Base da Força Aérea de Anderson, em outubro de 2010.

Em um importante discurso em janeiro de 2010, fez analogias entre a Cortina de Ferro e a internet livre e a não-livre.[364] As autoridades chinesas reagiram negativamente ao discurso, que chamou atenção por ter sido a primeira vez que um alto funcionário norte-americano tinha claramente definido a internet como um elemento-chave da política externa do país.[365] Em julho de 2010, visitou a Coreia do Sul, Vietnã, Paquistão e Afeganistão, ao mesmo tempo que preparava-se para o casamento de sua filha Chelsea em 31 de julho, que atraiu muita atenção da mídia.[366] No final de novembro de 2010, liderou os esforços para controlar os danos causados pelo vazamento de telegramas diplomáticos dos EUA, que continham declarações e avaliações contundentes feitas pelo país e diplomatas estrangeiros.[367]

Segunda metade do mandato

A revolução egípcia foi a mais desafiadora crise de política externa para o governo Obama.[368] A resposta pública de Hillary rapidamente evoluiu de uma avaliação inicial de que o governo de Hosni Mubarak era "estável" para uma posição de que era preciso haver uma "transição ordenada a um governo democrático e participativo", e a uma condenação da violência contra os manifestantes.[369][370] Como os protestos da Primavera Árabe se espalharam por toda a região, esteve a frente de uma resposta norte-americana para a crise, a qual reconheceu que era por vezes contraditória, uma vez que apoiava alguns regimes, mas era contra outros.[371] Quando a Guerra Civil Líbia iniciou, passou a ser favorável a uma intervenção militar naquele país, o que ocorreu em março de 2011 e resultou na derrubada do governo de Muammar al-Gaddafi.[371][372][373][374] O pós Guerra Civil da Líbia viu o país se tornar um estado falido,[375] e as interpretações sobre a intervenção e o que ocorreu posteriormente se tornaram o tema de um amplo debate.[376][377][378]

Hillary conversando com a líder da oposição birmanesa Aung San Suu Kyi, em dezembro de 2011.

Em abril de 2011, durante deliberações internas do círculo mais íntimo do presidente e de conselheiros sobre a possibilidade de ordenar que forças especiais dos EUA realizassem uma incursão no Paquistão contra Osama bin Laden, estava entre aqueles que a defenderam, argumentando que a importância de capturar bin Laden superava os riscos para a relação do país com o Paquistão.[379][380] Após a conclusão da missão em 2 de maio, que resultou na morte de Bin Laden, foi contra liberar fotografias do líder da Al-Qaeda morto.[381]

Em um discurso perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU em dezembro de 2011, declarou que "os direitos dos homossexuais são direitos humanos", e que os EUA iriam defender os direitos dos homossexuais e proteções legais de gays no exterior.[382] No mesmo mês, foi a primeira secretária de Estado a visitar Myanmar desde 1955. Em sua visita ao país, reuniu-se com a líder da oposição Aung San Suu Kyi e apoiou as reformas democráticas que aquele país estava implementando.[383][384] Ela também declarou que o século XXI seria um "Século Americano Pacífico",[385] uma declaração que faz parte da política externa de Obama para o leste asiático.[386]

Durante a Guerra Civil Síria, Hillary e o governo Obama inicialmente tentaram persuadir o presidente sírio Bashar al-Assad a engajar-se nas reformas defendidas pelos manifestantes, mas, quando a violência do governo aumentou em agosto de 2011, pediram para que ele renunciasse.[387] O governo norte-americano se juntou a alguns países aliados na prestação de assistência não-letal para os rebeldes que eram contrários ao governo Assad, bem como aos grupos de ajuda humanitária que trabalhavam no país.[388] Durante meados de 2012, em um contexto de aumento da violência na Síria, criou um plano com o diretor da CIA David Petraeus para fortalecer ainda mais a oposição. O plano consistia em armar a oposição e a treinar combatentes, mas a proposta foi rejeitada pela Casa Branca, que estava relutante em tornar-se enredada no conflito e temia que os extremistas escondidos entre os rebeldes poderiam virar as armas contra outros alvos.[383][389]

Obama e Hillary homenageando as vítimas do ataque de Bengazi durante cerimônia na Base Aérea de Andrews, em 14 de setembro de 2012.

Em 12 de setembro de 2012, a missão diplomática norte-americana em Bengazi foi atacada, resultando nas mortes do embaixador J. Christopher Stevens e de outros três norte-americanos. O ataque, questões sobre a segurança do consulado e diferentes explicações do acontecimento tornaram-se uma controversa política nos EUA.[390] Em 15 de outubro, assumiu a responsabilidade pelas falhas de segurança, e declarou que as diferentes explicações sobre o ataque resultaram de uma inevitável névoa da guerra.[390][391] Em 19 de dezembro, uma investigação independente sobre o assunto foi publicada; o relatório foi fortemente crítico aos funcionários do Departamento de Estado em Washington por ignorarem pedidos de mais pessoal e atualizações de segurança, e por não adaptarem os procedimentos de segurança.[392] Como consequências, quatro funcionários do Departamento de Estado foram demitidos, e Hillary declarou que aceitou as conclusões da investigação (encomendada por ela mesma) e que as recomendações sugeridas seriam atendidas.[393][392] Em 23 de janeiro de 2013, durante um depoimento a um inquérito do Congresso, defendeu suas ações em resposta ao incidente, e, ao mesmo tempo que aceitou formalmente a responsabilidade, afirmou que não tinha tido nenhum papel direto nas discussões anteriores a respeito da segurança do consulado.[394] Congressistas republicanos a desafiaram em vários pontos, nos quais, em algumas vezes, respondeu com raiva ou emoção. Em particular, após questionamento persistente do senador republicano Ron Johnson sobre as alegações de que Susan Rice havia enganado intencionalmente o público, respondeu, elevando a voz: "Com todo o respeito, o fato é que tivemos quatro americanos mortos. Se foi por causa de um protesto ou porque uns caras decidiram matar alguns americanos? Que diferença isso faz a esta altura? É nosso trabalho entender o que aconteceu e fazer o que pudermos para impedir que isso aconteça de novo, senador."[394][395]

Mapa dos países visitados por Hillary enquanto secretária de estado.

Em dezembro de 2012, foi hospitalizada por alguns dias para o tratamento de um coágulo sanguíneo no cérebro.[396] Os médicos detectaram o coágulo durante um exame após uma concussão, causada por um desmaio ocorrido depois de um mal-estar estomacal, que foi provocado por uma desidratação grave e uma doença intestinal viral adquirida em uma viagem à Europa.[397][398] O coágulo, que não causou nenhum dano neurológico imediato, foi tratado com medicação anticoagulante, e seus médicos disseram que ela teve uma recuperação completa.[398][399][nota 14]

Durante o seu período como secretária de Estado dos Estados Unidos, e como seu discurso de despedida concluiu, viu um poder inteligente como estratégia para afirmar a liderança e os valores dos EUA – em um mundo de ameaças variadas, governos centrais enfraquecidos, e organizações não-governamentais cada vez mais importantes –, combinando o poder duro militar com a diplomacia norte-americana e o poder brando na economia global, ajudando no desenvolvimento, tecnologia, criatividade e em defesa dos direitos humanos.[373][403] Desta forma, tornou-se a primeira secretária de Estado a implementar a abordagem metódica do poder inteligente.[404] Em debates sobre o uso da força militar, era geralmente uma das vozes mais "gavião de guerra" do governo.[405][406] Expandiu enormemente o uso de mídias sociais no Departamento de Estado, incluindo o Facebook e o Twitter.[373] E, durante os tumultos no Oriente Médio, particularmente viu uma oportunidade de avançar um dos temas centrais de seu mandato, o empoderamento e o bem-estar de mulheres e meninas em todo o mundo.[202] Além disso, em uma formulação que ficou conhecida como a "Doutrina Hillary", viu os direitos das mulheres como fundamentais para os interesses de segurança dos EUA, devido a uma ligação entre o nível de violência contra as mulheres e a desigualdade de gênero dentro de um estado com a instabilidade e os desafios para a segurança internacional daquele estado.[407][360] Por sua vez, como resultado de suas ações e visibilidade, houve uma tendência das mulheres em todo o mundo a encontrar mais oportunidades, e, em alguns casos, sentiram-se mais seguras.[408]

Hillary visitou 112 países em seu período como chefe da diplomacia norte-americana, tornando-se assim a secretária de Estado que viajou para mais países.[409][nota 15] No início de março de 2011, indicou que não estava interessada em continuar no cargo se Obama fosse reeleito em 2012;[372] em dezembro de 2012, após a reeleição, Obama nomeou o senador John Kerry para sucedê-la, o que ocorreu em 1º de fevereiro de 2013.[398][412] Após o término de seu mandato, analistas comentaram que seu período no Departamento de Estado não trouxe qualquer assinatura de avanços diplomáticos como outros secretários de Estado haviam feito,[362][363] e destacaram o seu foco em objetivos que ela pensava que eram menos tangíveis, mas teriam efeitos mais duradouros.[413]

Atividades subsequentes

Hillary discursando em evento de campanha da senadora Jeanne Shaheen, em novembro de 2014.

Em fevereiro de 2013, ela e sua filha juntaram-se a Bill como integrantes da Fundação Clinton.[414] Neste cargo, focou em questões relacionadas a infância, incluindo uma iniciativa denominada "Pequenos Demais para Quebrar" e uma outra iniciativa de US$ 600 milhões para incentivar a matrícula de meninas nas escolas secundárias em todo o mundo, liderada pela ex-premier australiana Julia Gillard.[415][416] Também liderou o "Sem limites: o projeto de participação total", uma parceria com a Fundação Bill e Melinda Gates para recolher e estudar os dados sobre o progresso das mulheres e meninas em todo o mundo desde a Conferência de Pequim, em 1995.[417] Ainda em 2013, começou a trabalhar em seu segundo volume de memórias, a fazer palestras (recebendo cerca de US$ 200 mil para cada uma) e discursos não pagos em nome da fundação.[418] Em setembro e outubro de 2014, fez campanha para alguns candidatos democratas ao Senado e governos estaduais nas eleições de meio de mandato daquele ano.[419][420] Em abril de 2015, quando anunciou que seria novamente candidata a presidente, renunciou do Conselho da Fundação Clinton.[421]

Em março de 2015, sua prática de usar o próprio endereço de e-mail e servidor privado durante todo seu mandato como secretária de Estado, em vez do e-mail oficial e de um servidor governamental, ganhou uma atenção pública generalizada devido a preocupações com a segurança dos e-mails enviados e recebidos, e se suas ações violaram leis federais, regulamentos ou orientações.[422][423] A legislação norte-americana sobre o assunto determina, desde 2009, que os e-mails de autoridades federais façam parte dos arquivos do governo para que fiquem disponíveis a qualquer pessoa que tenha a chance de consultá-los.[424] No entanto, a mesma lei não proíbe o uso de contas pessoais desde que as mensagens fiquem arquivadas.[425] Em resposta, declarou que tinha entregue todos os seus e-mails relacionados com seu trabalho para o Departamento de Estado poucos meses antes e pediu para que o mesmo os divulgasse, o que passou a ser feito no início de setembro de 2015, quando centenas de mensagens eletrônicas da ex-secretária foram divulgadas.[426][427][428] Hillary também pediu desculpas e assumiu as responsabilidades que o caso pode implicar.[429]

Campanha presidencial de 2016

Hillary durante campanha em Nova Hampshire, em 9 de fevereiro de 2016.

Em 12 de abril de 2015, anunciou formalmente sua candidatura para a nomeação democrata à presidência dos Estados Unidos na eleição de 2016.[430] Antes do anúncio, ela já contava com uma estrutura organizada para apoiar sua candidatura, que incluía agentes experientes e dois comitês de ação política.[431] Considerada inicialmente a grande favorita para ganhar a nomeação democrata,[432] Hillary enfrenta um desafio inesperadamente forte do senador socialista democrata Bernie Sanders de Vermont, cuja postura de longa data contra a influência das corporações e dos ricos na política norte-americana tem recebido apoio entre os cidadãos insatisfeitos pelos efeitos da desigualdade no país e tem contrastado com os laços de Hillary com Wall Street.[433][434]

Publicações e recordações

Como primeira-dama dos Estados Unidos, publicou uma coluna de jornal semanal intitulada de "Conversando sobre isso" entre 1995 a 2000.[435] Os textos abordavam principalmente suas experiências e as das mulheres, crianças e famílias que conheceu durante suas viagens ao redor do mundo.[8]

Em 1996, publicou o livro É tarefa de uma aldeia: e outras lições que as crianças nos ensinam, em que apresentou sua visão das crianças dos EUA. O livro integrou a lista dos mais vendidos do The New York Times e a gravação de áudio do livro lhe rendeu o prêmio Grammy Award de "Melhor Álbum de Palavra Falada" em 1997.[436] Outros livros publicados enquanto era primeira-dama incluem Querido Socks, Querido Buddy (1998) e Um convite para a Casa Branca (2000).[437]

Em 2003, lançou uma autobiografia de 562 páginas, Vivendo a História, publicada pela Simon & Schuster, que pagou a Hillary US$ 8 milhões.[438] O livro estabeleceu um recorde de vendas na primeira semana para uma obra de não-ficção,[439] vendeu mais de um milhão de cópias no primeiro mês após a publicação,[440] e foi traduzido para doze idiomas estrangeiros.[441] Em 2014, publicou seu segundo livro de memórias, Escolhas Difíceis, que concentrou-se em seu mandato como secretária de Estado.[442]

Imagem cultural e política

Índices de aprovação de Hillary Clinton desde 1992.[443] As pesquisas mostram Hillary como uma primeira-dama controversa, que atingiu a menor aprovação após o fracasso do Hillarycare e a maior após o escândalo Lewinsky. As opiniões sobre ela estiveram nitidamente divididas no decorrer de sua campanha ao Senado em 2000, ligeiramente positivas ao longo de seu período como senadora, e novamente divididas durante sua campanha presidencial de 2008. Como secretária de Estado, desfrutou de uma aprovação generalizada, e, após deixar o cargo, viu sua aprovação diminuir, o que ocorreu de forma mais acentuada quando passou a ser vista como uma candidata presidencial.[444][445]

Hillary Clinton tem sido destaque na mídia e na cultura popular a partir de um amplo campo de perspectivas. Em julho de 1995, o escritor Todd Purdum do The New York Times a classificou como um teste de Rorschach,[446] uma avaliação que foi ecoada na época pela escritora e ativista feminista Betty Friedan, que disse: "A cobertura de Hillary Clinton é um maciço teste de Rorschach da evolução das mulheres em nossa sociedade."[447]

Hillary é frequentemente descrita na mídia e na cultura popular como uma figura polarizadora, mas alguns argumentam o oposto.[448] Em 2007, um estudo de Valerie Sulfaro, professora de ciência política da Universidade James Madison, usou as pesquisas denominadas de "termômetro de sentimentos" dos Estudos das Eleições Nacionais Americanas (ANES, sigla em inglês), que medem as opiniões populares sobre figuras políticas, e concluiu que as pesquisas da ANES enquanto Hillary era primeira-dama dos EUA confirmam a "sabedoria convencional de que Hillary Clinton é uma figura polarizadora", e acrescentou a visão de que "[as pesquisas] concernentes a Hillary como primeira-dama tendiam a ser muito positivas ou muito negativas, com um constantemente razoável quarto dos entrevistados sentindo-se ambivalentes ou neutros."[449] Em 2006, um estudo sobre polarização partidária conduzido por Gary Jacobson, professor de ciência política da Universidade da Califórnia em San Diego, revelou que, em uma pesquisa realizada em todos os estado do país sobre a aprovação do trabalho de seus senadores, Hillary teve a quarta maior diferença partidária entre todos os cem senadores, com uma diferença de 50% de aprovação entre os democratas e republicanos nova-iorquinos.[450]

Em 2000, um estudo de Barbara Burrell, professora de ciência política da Universidade do Norte de Illinois, descobriu que os números de avaliação favoráveis de Hillary romperam nitidamente as linhas partidárias durante todo o seu período como primeira-dama, época em que teve uma aprovação de 70% a 90% entre os democratas e 20% a 50% entre os republicanos.[451] Charles Franklin, professor de ciência política da Universidade do Wisconsin-Madison, analisou o seu registro de avaliações favoráveis versus as desfavoráveis em pesquisas de opinião pública e descobriu que houve mais variação de opinião durante seus anos de primeira-dama do que em seus anos de senadora.[452] Durante seus anos no Senado, suas classificações favoráveis eram em torno de 50% e as desfavoráveis ficaram na faixa dos 40%; Franklin observou que "Esta divisão nítida é, claro, um dos aspectos mais amplamente comentados da imagem pública da senadora Clinton."[452] Gil Troy, professor de história da Universidade McGill, intitulou sua biografia de 2006 sobre a então senadora de Hillary Rodham Clinton: Primeira-dama Polarizadora, e escreveu que, após a campanha de 1992, ela "era uma figura polarizadora, com 42 por cento [do público] dizendo que ela chegou mais perto de seus valores e estilo de vida do que as primeiras-damas anteriores e 41 por cento discordando."[453] Troy escreveu ainda que Hillary Clinton "tem sido excepcionalmente controversa e contraditória desde que apareceu pela primeira vez na tela do radar nacional em 1992" e que ela "tem alternadamente fascinado, atormentado, cativado e consternado os americanos."[454]

Hillary Clinton jogando Game Boy a bordo de um avião em abril de 1993.

O estudo de Barbara Burrell também indicou que as mulheres consistentemente viam Hillary de forma mais favorável do que os homens durante seus anos de primeira-dama.[451] Karrin Vasby Anderson, professora de estudos da comunicação da Universidade do Estado do Colorado, afirma que tem havido um viés cultural em relação a primeiras-damas tradicionais e uma proibição cultural para as primeiras-damas modernas; na época de Hillary, a posição de primeira-dama tornou-se um espaço paradoxo e heterogênico.[455] Burrell, assim como os biógrafos Don Van Natta, Jr. e Jeff Gerth, notou que Hillary alcançou os mais altos índices de aprovação como primeira-dama no final de 1998, não por realizações profissionais ou políticas, mas por ter ser vista como a vítima da infidelidade de seu marido.[451][456] Kathleen Hall Jamieson, professora de comunicações da Universidade da Pensilvânia, viu Hillary como um exemplo do duplo vínculo.[457] Lisa Burns, professora de estudos da mídia da Universidade Quinnipiac, acredita que os relatos da imprensa frequentemente enquadram Hillary como um exemplo da profissional moderna que trabalha ao mesmo tempo em que é mãe e da intrusa política interessada em usurpar o poder para si mesma.[458] Charlotte Templin, professora de inglês da Universidade de Indianápolis, acredita que os cartunistas políticos usam uma variedade de esteriótipos – tais como a inversão de gênero, a feminista radical e a esposa que o marido quer se livrar – para retratar Hillary como uma violadora das normas de gênero.[459]

Mais de cinquenta livros e trabalhos acadêmicos com diferentes perspectivas foram escritos sobre Hillary Clinton. Uma pesquisa realizada pelo The New York Observer em 2006 encontrou "uma virtual indústria caseira" de "literatura anti-Clinton",[460] impressas pela Regnery Publishing e outras editoras conservadoras,[460] e com títulos como Madame Hillary: A Estrada Escura para a Casa Branca, Esquema de Hillary: Por Dentro da Próxima Agenda Impiedosa dos Clinton para tomar a Casa Branca, e Ela Pode ser Parada? Hillary Clinton será a próxima presidente dos Estados Unidos, a menos.... Livros elogiando Hillary não venderam tão bem[460] (exceto as memórias escritas por ela e seu marido). Quando concorreu ao Senado em 2000, grupos de angariação de fundos, como o Salve o Nosso Senado e o Comitê de Emergência para Parar Hillary Rodham Clinton, surgiram para se opor a ela.[461] Van Natta Jr. descobriu que grupos republicanos e conservadores a viam como um bicho-papão, da mesma forma que viam Ted Kennedy,[461] e o equivalente ao que os democratas e liberais achavam em relação a Newt Gingrich.[461] Hillary tem sido alvo de inúmeras esquetes satíricas no Saturday Night Live desde seus dias como primeira-dama, e fez aparições neste programa em 2008 e 2015 juntamente com suas imitadoras.[462]

Hillary em uma coletiva de imprensa no Pentágono em abril de 2010.

Nos estágios iniciais da campanha presidencial de 2008, uma capa da revista Time exibiu uma grande foto de Hillary com duas caixas de seleção rotuladas de "Amo Ela" e "Odeio Ela",[463] enquanto a Mother Jones intitulou seu perfil de "Harpia, Heroína, Herege: Hillary."[464] Em setembro de 2007, uma pesquisa realizada com blogueiros democratas indicou que ela era uma das candidatas menos desejada por eles,[465] ao passo que figuras conservadoras como Bruce Bartlett e Christopher Ruddy declararam que uma eventual presidência de Hillary Clinton "não seria tão ruim depois de tudo."[466][467] Até dezembro de 2007, a professora de comunicações Kathleen Hall Jamieson observou que havia uma grande quantidade de misoginia sobre Hillary na internet, incluindo no Facebook e em outros sites dedicados a representações que a reduziam à humilhação sexual.[468] Jamieson notou, em resposta aos comentários generalizados sobre a risada de Hillary,[469] que "Sabemos que há linguagem para condenar o discurso feminino que não existe para o discurso masculino. Chamamos a fala das mulheres de aguda e estridente. E o riso de Hillary Clinton estava sendo descrito como uma gargalhada."[468] A expressão "cadela", que foi aplicada a ela ainda em seus dias como primeira-dama e é vista por Karrin Anderson como uma ferramenta de contenção contra as mulheres na política americana,[470] floresceu durante a campanha de 2008, especialmente na internet, mas também através da mídia convencional.[471] Após o seu "momento emocional"[nota 16] e incidentes relacionados ao período de preparação para a primária de Nova Hampshire em janeiro, o New York Times e o Newsweek descobriram que a discussão do papel de gênero na campanha tinha se mudado para o discurso político nacional.[473][474] Jon Meacham, editor do Newsweek, resumiu a relação entre Hillary e o público americano, dizendo que os eventos de Nova Hampshire "trouxeram uma estranha verdade à luz: embora Hillary Rodham Clinton esteja na periferia ou no centro da vida nacional por décadas... ela é uma das mais reconhecíveis mas menos compreendidas figuras na política americana."[474]

Uma vez que tornou-se secretária de Estado, sua imagem entre o público americano melhorou dramaticamente e virou uma das figuras mundiais mais respeitadas.[360][475] Ela ganhou índices de aprovação consistentemente altos (em 2011, atingiu o segundo maior nível de aprovação de sua carreira, superado apenas na época do escândalo Lewinsky),[476] e suas classificações favoráveis durante os anos de 2010 e 2011 foram as mais altas de qualquer figura política ativa do país.[475][477] Um meme da internet em 2012, "Textos de Hillary", baseado em uma foto da então secretária sentada em um avião militar, usando óculos escuros e um telefone celular imaginando os destinatários e conteúdos de suas mensagens de texto, atingiu uma popularidade viral entre os jovens.[478][479] Desde 1993, foi escolhida dezenove vezes a mulher mais admirada do país na pesquisa anual da Gallup e integra a lista das mulheres mais poderosas segundo a revista Forbes desde que o índice foi criado, em 2004.[480][481] No entanto, após deixar o departamento de Estado e começar a ser vista no contexto da política partidária novamente, seus índices de aprovação favoráveis caíram, e, em julho de 2015, com sua campanha presidencial de 2016 em curso, suas classificações nas pesquisas voltaram a ficar dividas, semelhante ao que ocorreu na campanha de 2008.[482]

Notas

  1. Até 1993, não tinha alterado legalmente seu nome de Hillary Rodham.[1] Conselheiros de Bill Clinton acreditavam que o nome de solteira de Hillary foi uma das razões para a derrota em sua tentativa de reeleger-se governador do Arkansas em 1980. Durante o inverno seguinte, Vernon Jordan, Jr. sugeriu a Hillary Rodham que ela começasse a usar o sobrenome Clinton, o que começou a fazer publicamente em fevereiro de 1982, quando Bill anunciou que iria concorrer outra vez a governador. Hillary mais tarde escreveu: "Eu aprendi da maneira mais difícil que alguns eleitores no Arkansas ficaram gravemente ofendidos pelo fato de que eu mantive meu nome de solteira."[2][3] Quando ele foi eleito pela segunda vez, passou a usar o nome "Hillary Rodham Clinton" em suas atividades como primeira-dama.[4] Ao tornar-se primeira-dama dos Estados Unidos em 1993, declarou publicamente que queria ser conhecida como "Hillary Rodham Clinton".[1] (Este anúncio foi parodiado no filme Hot Shots! Part Deux, lançado em maio de 1993, no qual todas as personagens receberam como nome do meio "Rodham"; veja a lista dos personagens disponível no IMDB.) Em todos os livros que escreveu, seu nome aparece como "Hillary Rodham Clinton". Continuou usando este nome em seu site e no período em que foi senadora.[5] Quando concorreu à presidência em 2007-08, usou o nome "Hillary Clinton" ou simplesmente "Hillary" em seu material de campanha.[5] Usou novamente "Hillary Rodham Clinton" em materiais oficiais como secretária de Estado.[6] A partir do lançamento de sua segunda campanha presidencial em abril de 2015, passou a usar outra vez "Hillary Clinton" em materiais de campanha.[6]
  2. Em 1995, declarou que sua mãe tinha escolhido o nome "Hillary" graças a Edmund Hillary, um dos primeiros alpinistas a escalar o Monte Everest, e que essa tinha sido a razão para o seu nome ter dois "L", menos comum no nome "Hilary". No entanto, a escalada do Everest não ocorreu até 1953, mais de cinco anos depois que ela nasceu. Em outubro de 2006, uma porta-voz de Hillary afirmou a origem de seu nome não tem relação com o alpinista, mas sim de uma "doce história familiar."[7]
  3. Em 2007, uma pesquisa feita pelo The New York Sun considerou como incerto quais foram exatamente os casos de custódia de crianças que Hillary trabalhou no escritório Treuhaft.[57] Escritores anti-Clinton, como Barbara Olson, viriam mais tarde cobrar explicações sobre o seu estágio, mas ela nunca repudiou a ideologia do Treuhaft, e também sobre seus laços sociais e políticos com Jessica Mitford, esposa de Treuhaft.[58] Outras pesquisas do Sun revelaram que Mitford e Hillary Clinton não estiveram próximas, e que em 1980 ocorreu uma desavença entre elas relacionada a um caso de um prisioneiro do Arkansas.[59]
  4. Para a data de início, consulte Brock 1996, página 96. As fontes secundárias dão datas inconsistentes a respeito de quando seu mandato como presidente terminou. As fontes primárias indicam que o fim de seu mandato ocorreu em algum momento entre cerca de abril de 1980 a setembro de 1980, quando foi substituída por F. William McCalpin. As fontes dos Departamentos de Estado, Justiça e do Comércio, e do Poder Judiciário datam o ano de 1981.[105]
  5. O termo "rainmaker" significa alguém que faz bons negócios onde trabalha.[126]
  6. Durante as tentativas de controlar os danos políticos que o episódio sobre Gennifer Flowers poderia implicar, Bill e Hillary foram entrevistados no programa 60 Minutes, onde ela afirmou: "Eu não estou aqui sentada como uma mulherzinha 'ao lado do seu homem' como Tammy Wynette (referência à imagem de sofredora da cantora). Eu estou sentada aqui porque eu o amo e eu o respeito, e eu honro o que ele passou e o que nós passamos juntos." A referência aparentemente zombando a música country provocou críticas imediatas de que Hillary era surda culturalmente, e Tammy Wynette não gostou da observação porque sua clássica canção "Stand by Your Man" não está escrita na primeira pessoa.[146] Wynette acrescentou que Hillary tinha "ofendido todas os verdadeiros fãs de música country [...]"[147] Poucos dias depois, pediu desculpas a Wynette na revista eletrônica Primetime Live. Mais tarde, escreveu que tinha descuidado na escolha das palavras e que "a repercussão da minha referência à Tammy Wynette foi instantânea - como merecia ser - e brutal."[148] As duas mais tarde resolveram suas diferenças, e Wynette compareceu a um evento de arrecadação de fundos de Bill Clinton.[149]
  7. Menos de dois meses depois de seus comentários sobre Tammy Wynette, foi questionada sobre se ela poderia ter evitado possíveis conflitos de interesses entre seu marido governador e o trabalho que fez ao escritório de advocacia Rose. Em resposta, declarou: "Eu fiz o melhor que poderia fazer para cuidar da minha vida... Você sabe, eu suponho que poderia ter ficado em casa assando biscoitos e fazendo chás, mas o que eu decidi fazer foi cumprir a minha profissão, a qual iniciei antes de meu marido entrar na vida pública."[150] A parte "biscoitos e chás" nesta declaração instigou ainda mais as críticas de que tinha aversão para com as mulheres que eram donas de casa.[151] Hillary posteriormente ofereceu algumas receitas de biscoitos como uma maneira de fazer as pazes, e mais tarde escreveu sobre o episódio: "Além disso, eu fiz um monte de biscoitos em minha vida, e chás também!"[152]
  8. As "discussões" com Eleanor Roosevelt foram relatadas pela primeira vez em 1996 por Bob Woodward, um escritor do Washington Post, que afirmou que as "discussões" começaram desde que ela tinha se tornado primeira-dama. Depois da derrota do Partido Democrata nas eleições de meio de mandato de 1994, contratou os serviços do ativista Jean Houston, que a encorajou a prosseguir com sua conexão com Eleanor.[164] Embora não foram utilizadas técnicas psíquicas, seus críticos e humoristas sugeriram que a primeira-dama estava tendo sessões espíritas com Eleanor. A Casa Branca informou apenas que foi um exercício de "tempestade cerebral", e uma pesquisa posterior concluiu que a maioria do público acreditava que estas "discussões imaginárias" eram na verdade apenas conversas imaginárias, enquanto que o restante acreditava que conversas com os mortos era realmente possível.[165] Em sua autobiografia de 2003, escreveu um capítulo denominado "Conversas com Eleanor", no qual afirmou que "conversas imaginárias são realmente um exercício mental útil para ajudar a analisar problemas, desde que você escolha a pessoa certa. Eleanor Roosevelt foi ideal."[166]
  9. Hillary estava referindo-se ao Projeto Arkansas, financiado por Richard Mellon Scaife, e tinha conexões com Kenneth Starr, Lucianne Goldberg, Linda Tripp, Jerry Falwell e com a publicação Regnery Publishing.[230]
  10. Em 2014, o ex-secretário de Defesa Robert Gates relatou que depois que Hillary deixou o Senado e tornou-se secretária de Estado, ela disse ao presidente Barack Obama que sua onda oposicionista à guerra do Iraque em 2007 era política, uma vez que logo depois iria enfrentar um forte candidato antiguerra do Iraque na primária presidencial democrata, o então senador Obama. Gates também cita que Hillary afirmou: "O aumento das tropas no Iraque funcionou."[287]
  11. Hillary havia sugerido que a campanha do senador tinha distorcido deliberadamente declarações que ela havia feito sobre Martin Luther King, com o propósito de fazer da questão racial um tema de campanha. Obama contundentemente descartou as acusações e afirmou que "atribuir essa questão a nós, seja de que forma for, é ridículo".[307] Apesar das tentativas de ambos de minimizarem a questão, a primária democrata tornou-se mais polarizada, e ela perdeu apoio entre os eleitores afro-americanos.[308][309]
  12. A contagem dos votos populares das primárias do Partido Democrata não é oficial. É difícil chegar com precisão ao número de votos totais uma vez que algumas convenções estaduais não relataram os votos populares totais, e, por isso, foram estimados. Também foram feitas projeções que não contam os votos obtidos em alguns estados que violaram regras do partido.[328] As projeções do USA Election Atlas e do RealClearPolitics indicam que tanto Obama quanto Hillary obtiveram dezoito milhões de votos populares cada um.[329][330]
  13. Estes esforços não tiveram recompensas imediatas, em grande parte graças a impopularidade dos ataques de drones no Paquistão e outras ações anti-terrorismo dos EUA. Pesquisas realizadas com paquistaneses e pessoas de outros países muçulmanos indicaram que a avaliação positiva dos EUA entre 2009 a 2012 diminuiu; a aprovação da política externa de Obama em países muçulmanos caiu de 34% em 2009 para 15% em 2012 e a confiança no presidente diminuiu de 33% para 24% no mesmo período.[355] Nesta mesma pesquisa, 3% dos paquistaneses confiavam em Hillary e 37% não confiavam.[356]
  14. Embora geralmente teve uma boa saúde em sua vida, já tinha tido um coágulo sanguíneo potencialmente grave no joelho em 1998, o qual exigiu tratamento com anticoagulantes.[400] Em 2009, uma fratura no cotovelo e sua posterior recuperação dolorosa fez com que perdesse duas viagens ao exterior como secretária de Estado.[401] A concussão de 2012 e o coágulo posterior fez com que seu depoimento no Congresso sobre o ataque de Benghazi fosse adiado, e perdeu todas as viagens previstas para o término de seu mandato.[398] Depois de voltar à atividade pública, passou a usar óculos especiais (em vez de suas habituais lentes de contato) durante dois meses.[402][399] Como precaução, continuou usando medicação anticoagulante. [399]
  15. Ao visitar 112 países, bateu um recorde estabelecido por Madeleine Albright, que visitou 96.[410] As viagens de Hillary somaram 956 733 milhas aéreas, ficando abaixo do total de Condoleezza Rice, que totalizou 1 059 207 milhas, graças a repetidas viagens que fez ao Oriente Médio no final de seu mandato.[411]
  16. O "momento emocional" refere-se a um discurso que Hillary fez em uma padaria de Nova Hamsphire, no qual, ao responder a uma pergunta de um eleitor, engasgou-se e chorou.[472]

Referências

  1. a b Michael Kelly (14 de fevereiro de 1993). «Again: It's Hillary Rodham Clinton. Got That?». The New York Times. Consultado em 5 de outubro de 2015 
  2. Clinton 2003, p. 91–93
  3. Morris 1996, p. 282
  4. a b Michael Kruse (14 de abril de 2015). «The long, hot summer Hillary Clinton became a politician». Politico. Consultado em 5 de outubro de 2015 
  5. a b Joseph Williams Joseph (26 de fevereiro de 2007). «Name changes define Clinton's various career stages». The Boston Globe. Consultado em 5 de outubro de 2015 
  6. a b Ron Elving (13 de abril de 2015). «'Hillary Clinton' Is Back, But Will There Be A Return Of The Rodham?». NPR. Consultado em 5 de outubro de 2015 
  7. «Hillary vs. Hillary». Snoopes. Consultado em 5 de outubro de 2015 
  8. a b c d Allida Black. «Hillary Rodham Clinton». The White House. Consultado em 29 de setembro de 2015 
  9. «Edgewater Hospital 1929–2001». Edgewater Hospital. Verão de 2003. Consultado em 29 de setembro de 2015 
  10. Bernstein 2007, p. 18–34
  11. a b Gary Boyd Roberts. «Notes on the Ancestry of Senator Hillary Rodham Clinton». New England Historic Genealogical Society. Consultado em 29 de setembro de 2015. Cópia arquivada em 7 de junho de 2013 
  12. Bernstein 2007, p. 17–18
  13. Megan Smolenyak (Maio de 2015). «Hillary Clinton's Celtic Roots». Irish America. Consultado em 29 de setembro de 2015 
  14. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 14
  15. Brock 1996, p. 4
  16. Bernstein 2007, p. 16
  17. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 19
  18. Middendorf 2006, p. 266
  19. Troy 2006, p. 15
  20. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 18–21
  21. Bernstein 2007, p. 29
  22. Morris 1996, p. 113
  23. Bernstein 2007, p. 30–31
  24. Maraniss 1995, p. 255
  25. Bernstein 2007, p. 13
  26. Hillary Clinton (29 de maio de 1992). «Commencement Address to the Wellesley College Class of 1992 by Hillary Rodham Clinton '69». Wellesley College. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  27. Clinton 2003, p. 31
  28. «Wellesley College Republicans: History and Purpose». Wellesley College. 16 de maio de 2007. Consultado em 4 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 3 de setembro de 2006 
  29. Milton 1999, p. 27–28
  30. Brock 1996, p. 12–13
  31. Clinton 2003, p. 31
  32. Bernstein 2007, p. 50
  33. a b c Charles Kenney (12 de janeiro de 1993). «Hillary: The Wellesley Years The woman who will live in the White House was a sharp-witted activist in the class of '69». The Boston Globe. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  34. a b c d e Mark Leibovich (5 de setembro de 1997). «In Turmoil of '68, Clinton Found a New Voice». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  35. a b Hillary Rodham (31 de maio de 1969). «Hillary D. Rodham's 1969 Student Commencement Speech». Wellesley College. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  36. Clinton 2003, p. 52
  37. a b Bill Dedman (9 de maio de 2007). «Reading Hillary Rodham's hidden thesis». MSNBC. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  38. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 34–36
  39. Clinton 2003, p. 58
  40. «Brooke Speech Challenged by Graduate». Fitchburg Sentinel. 2 de junho de 1969 
  41. «Brooke Speech Draws Reply». Nevada State Journal. 2 de junho de 1969 
  42. «The Class of '69». Life. 20 de junho de 1969. Consultado em 4 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 25 de dezembro de 2014 
  43. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 34–36
  44. Bernstein 2007, p. 70
  45. Morris 1996, p. 139
  46. Bernstein 2007, p. 105
  47. Clinton 2003, p. 42–43
  48. Clinton 2003, p. 60
  49. a b c «Hillary Diane Rodham Clinton (1947–)». The Encyclopedia of Arkansas History & Culture. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  50. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 42–43
  51. Bernstein 2007, p. 75
  52. Morris 1996, p. 142–143
  53. Bernstein 2007, p. 71–74
  54. Martin Weil (8 de agosto de 2009). «Anne Wexler, Political Adviser and Lobbyist, Dies at 79». The Washington Post. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  55. Bernstein 2007, p. 82–83
  56. Bernstein 2007, p. 82–83
  57. Josh Gerstein (27 de novembro de 2007). «Hillary Clinton's Left Hook». The New York Sun. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  58. Olson 1999, p. 56–57
  59. a b Josh Gerstein (26 de novembro de 2007). «Hillary Clinton's Radical Summer». The New York Sun. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  60. Josh Gerstein (26 de novembro de 2007). «The Clintons' Berkeley Summer of Love». The New York Sun. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  61. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 48–49
  62. Bernstein 2007, p. 89
  63. Bernstein 2007, p. 89
  64. Clinton 2003, p. 78
  65. Clinton 2003, p. 77
  66. a b c d e f g h i j «First Lady Biography: Hillary Clinton». National First Ladies' Library. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  67. Hillary Rodham (1973). «Children Under the Law». Harvard Educational Review. 43: 487–514 
  68. Troy 2006, p. 21
  69. Tamar Lewin (24 de agosto de 1992). «Legal Scholars See Distortion In Attacks on Hillary Clinton». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  70. Duncan Lindsey; Rosemary C. Sarri (1992). «What Hillary Rodham Clinton really said about children's rights and child policy» (PDF). Children and Youth Services Review (em inglês). 14 (6): 473–483 
  71. Brock 1996, p. 42
  72. Bernstein 2007, p. 94–96, 101–103
  73. Bernstein 2007, p. 75
  74. Bernstein 2007, p. 94
  75. Bernstein 2007, p. 62
  76. Maraniss 1995, p. 277
  77. Bernstein 2007, p. 90, 120
  78. Bernstein 2007, p. 92
  79. Allen & Parnes 2014, p. 149
  80. Clinton 2003, p. 69
  81. Bernstein 2007, p. 92
  82. Clinton 2003, p. 70
  83. Maraniss 1995, p. 328
  84. Bernstein 2007, p. 62, 90, 117
  85. Clinton 2003, p. 92
  86. Clinton 2004, p. 244
  87. Bernstein 2007, p. 120
  88. Maraniss 1995, p. 121–122
  89. Maraniss 1995, p. 121–122
  90. Bernstein 2007, p. 157
  91. Clinton 2003, p. 91–92
  92. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 57
  93. Bernstein 2007, p. 128, 103
  94. Bernstein 2007, p. 133
  95. Bernstein 2007, p. 131–132
  96. Hillary Rodham (Junho de 1979). «Children's Policies: Abandonment and Neglect». Yale Law Journal. 68: 1522–1531. JSTOR 795794. doi:10.2307/795794 
  97. Rodham 1979, p. 21–36
  98. Garry Wills (5 de março de 1992). «H.R. Clinton's Case». The New York Review of Books. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  99. a b Daniel Wattenberg (Agosto de 1992). «The Lady Macbeth of Little Rock». The American Spectator 
  100. Olson 1999, p. 57
  101. Bernstein 2007, p. 154
  102. Bernstein 2007, p. 125
  103. «Jimmy Carter: Nominations Submitted to the Senate, Week Ending Friday, December 16, 1977». American Presidency Project. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  104. «Ronald Reagan: Recess Appointment of Three Members of the Board of Directors of the Legal Services Corporation». American Presidency Project. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  105. «Departments of State, Justice, and Commerce, the Judiciary, and Related Agencies Appropriations for 1981». U.S. Government Printing Office. 1980. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  106. Morris 1996, p. 225
  107. Bernstein 2007, p. 133
  108. a b c Michael Kelly (20 de janeiro de 1993). «The First Couple: A Union of Mind and Ambition». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  109. Bernstein 2007, p. 147
  110. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 60
  111. Bernstein 2007, p. 130
  112. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 66–67
  113. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 73–76
  114. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 66
  115. Clinton 2003, p. 107
  116. Bernstein 2007, p. 159–160
  117. Bernstein 2007, p. 166
  118. Bernstein 2007, p. 170–175
  119. «Hillary Clinton Guides Movement to Change Public Education in Arkansas». Old State House Museum. Primavera de 1993. Consultado em 4 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 18 de março de 2015 
  120. Bernstein 2007, p. 170
  121. Kearney 2006, p. 295
  122. Morris 1996, p. 330
  123. Brock 1996, p. 176–177
  124. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 63
  125. a b c d Stephen Labaton (26 de fevereiro de 1994). «Rose Law Firm, Arkansas Power, Slips as It Steps Onto a Bigger Stage». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  126. «RAINMAKER: qual é o significado de "RAINMAKER"?». Tecla Sap. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  127. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 80–81
  128. «Limbaugh Responds to FAIR». Fairness and Accuracy in Reporting. 28 de junho de 1994. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  129. Troy 2006, p. 29
  130. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 82–84
  131. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 82–84
  132. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 87–88
  133. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 85
  134. Bernstein 2007, p. 187–189
  135. «Hon. Hillary Rodham Clinton». FindLaw. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  136. «Board of Directors Emeritus». Children's Defense Fund. Consultado em 4 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 10 de fevereiro de 2007 
  137. «Hillary Rodham Clinton». The Washington Post. Consultado em 4 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 12 de junho de 2007 
  138. a b «Wal-Mart's First Lady». The Village Voice. 24 de maio de 2000. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  139. Ken Picard (4 de maio de 2005). «Vermonters to Hillary: Don't Tread on Us». Seven Days. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  140. a b c Michael Barbaro (20 de maio de 2007). «As a Director, Clinton Moved Wal-Mart Board, but Only So Far». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  141. Brian Ross, Maddy Sauer e Rhonda Schwartz (31 de janeiro de 2008). «Clinton Remained Silent As Wal-Mart Fought Unions». ABC News. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  142. «Clintons to Rebut Rumors on '60 Minutes'». The New York Times. 25 de janeiro de 1992. Consultado em 4 de outubro de2015  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  143. «In 1992, Clinton Conceded Marital 'Wrongdoing'». The Washington Post. 26 de janeiro de 1992. Consultado em 4 de outubro de2015  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  144. Troy 2006, p. 39–42
  145. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 94–96
  146. «2000: Hillary Clinton is first First Lady in Senate». BBC News. 7 de novembro de 2000. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  147. Troy 2006, p. 42
  148. Clinton 2003, p. 108
  149. «Last of the hurtin' queens». The Globe and Mail. 25 de maio de 2010. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  150. Clinton 2003, p. 109
  151. Bernstein 2007, p. 205–206
  152. Clinton 2003, p. 109
  153. Burns 2008, p. 140
  154. Daniel Wattenberg (Agosto de 1992). «The Lady Macbeth of Little Rock». UNZ. Consultado em 4 de outubro de2015  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  155. Burns 2008, p. 142
  156. «Hillary Rodham Clinton». PBS. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  157. Troy 2006, p. 71
  158. Troy 2006, p. 68
  159. Troy 2006, p. XII
  160. Chidanand Rajghatta (Janeiro–Fevereiro de 2004). «First Lady President?». Verve. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  161. Karen N. Peart. «The First Lady: Homemaker or Policy-Maker?». Scholastic Press. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  162. Paul Greenberg (15 de julho de 1999). «Israel's new friend: Hillary, born-again Zionist». Jewish World Review. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  163. Benjamin Zimmer (1 de novembro de 2005). «A perilous portmanteau?». Language Log. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  164. Francis X. Clines (25 de junho de 1996). «Mrs. Clinton Calls Sessions Intellectual, Not Spiritual». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  165. Francis Wheen (26 de julho de 2000). «Never mind the pollsters». The Guardian. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  166. Clinton 2003, p. 258–259
  167. a b Kathryn Joyce e Jeff Sharlet (Setembro–outubro de 2007). «Hillary's Prayer: Hillary Clinton's Religion and Politics». Mother Jones. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  168. Bernstein 2007, p. 313–314
  169. Michael Kelly (23 de maio de 1993). «Saint Hillary». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  170. Priscilla Painton (31 de maio de 1993). «The Politics of What?». Time. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  171. Maraniss 1995, p. 317
  172. Postrel 2004, p. 72–73
  173. Edith Paal (2 de março de 1996). «Forget the Primaries: Vote for Hillary's Hair». The Standard-Times. Associated Press. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  174. Troy 2006, p. 1
  175. Bernstein 2007, p. 170–175
  176. Smith 2007, p. 117
  177. Gergen 2000, p. 280
  178. Bernstein 2007, p. 400–402
  179. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 139–140
  180. Bernstein 2007, p. 400–402
  181. Bernstein 2007, p. 240, 380, 530
  182. «A Detailed Timeline of the Healthcare Debate portrayed in 'The System'». PBS. Maio de 1996. Consultado em 4 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 29 de outubro de 2007 
  183. James Carney (12 de dezembro de 1994). «The Once and Future Hillary». Time. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  184. Burns 2008, p. 141
  185. Joe Klein (4 de dezembro de 2005). «The Republican Who Thinks Big on Health Care». Time. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  186. Brooks Jackson (18 de março de 2008). «Giving Hillary Credit for SCHIP». FactCheck. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  187. Hillary Rodham Clinton (1 de maio de 1995). «Remarks by First Lady Hillary Rodham Clinton at Medicare Mammography Awareness Campaign Kick-off». The White House. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  188. a b Somini Sengupta (29 de outubro de 2000). «Campaigns Soft-Pedal On Children and the Poor». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  189. Hillary Rodham Clinton (23 de outubro de 1997). «Clinton, Hillary Rodham: Address to the White House Conference on Child Care». Encyclopædia Britannica. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  190. Hillary Rodham Clinton (17 de abril de 1997). «Remarks by the President and the First Lady at White House Conference on Early Child Development and Learning». The White House. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  191. «White House Conference on Children and Adolescents». American Psychological Association. 26 de abril de 2000. Consultado em 4 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 27 de junho de 2001 
  192. «White House convenes conference on teen-agers». CNN. 2 de maio de 2000. Consultado em 4 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 6 de janeiro de 2007 
  193. Hillary Rodham Clinton (27 de outubro de 1999). «Talking It Over». Creators Syndicate. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  194. a b Patrick Healy (26 de dezembro de 2007). «The Résumé Factor: Those 8 Years as First Lady». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  195. «First Lady Biography: Pat Nixon». National First Ladies' Library. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  196. Patrick Healy (26 de dezembro de 2007). «The Résumé Factor: Those 2 Terms as First Lady». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  197. Bernstein 2007, p. 419–421
  198. Bernstein 2007, p. 419–421
  199. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 149–151
  200. a b Joe Klein (5 de novembro de 2009). «The State of Hillary: A Mixed Record on the Job». Time. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  201. a b Patrick Tyler (6 de setembro de 1995). «Hillary Clinton, In China, Details Abuse of Women». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  202. a b c d Gayle Tzemach Lemmon (6 de março de 2011). «The Hillary Doctrine». Newsweek. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  203. Hudson & Leidl 2015, p. 7–8
  204. Rashid 2002, p. 70, 182
  205. «Feminist Majority Joins European Parliament's Call to End Gender Apartheid in Afghanistan». Feminist Majority. Primavera de 1998. Consultado em 4 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 30 de agosto de 2007 
  206. Hudson & Leidl 2015, p. 25–26
  207. Michael Dobbs (10 de janeiro de 2008). «Clinton and Northern Ireland». The Washington Post. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  208. a b c Jeff Gerth (8 de março de 1992). «Clintons Joined S.& L. Operator In an Ozark Real-Estate Venture». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  209. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 72–73
  210. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 72–73
  211. «Whitewater started as 'sweetheart' deal». CNN. 6 de maio de 1996. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  212. a b «Once Upon a Time in Arkansas: Rose Law Firm Billing Records». Frontline. 7 de outubro de 1997. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  213. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 158–160
  214. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 158–160
  215. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 158–160
  216. Bernstein 2007, p. 441–442
  217. a b «Statement by Independent Counsel on Conclusions in Whitewater Investigation». The New York Times. 21 de setembro de 2000. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  218. Bernstein 2007, p. 327–328
  219. Bernstein 2007, p. 439–444
  220. David Johnson (5 de janeiro de 1996). «Memo Places Hillary Clinton At Core of Travel Office Case». Irish America. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  221. Jane Hughes (23 de junho de 2000). «Hillary escapes 'Travelgate' charges». BBC News. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  222. «Opening the Flood Gates?». PBS. 18 de junho de 1996. Consultado em 4 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 26 de setembro de 2007 
  223. Bob Woodward (15 de junho de 1999). «A Prosecutor Bound by Duty». The Washington Post. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  224. a b «Hillary Clinton's Celtic Roots». Independent counsel: No evidence to warrant prosecution against first lady in 'filegate'. 28 de julho de 2000. Consultado em 4 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 25 de janeiro de 2011 
  225. «'Filegate' Depositions Sought From White House Aides». CNN. 1 de abril de 1998. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  226. Jeff Gerth (18 de março de 1994). «Top Arkansas Lawyer Helped Hillary Clinton Turn Big Profit». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  227. a b Claudia Rosett (26 de outubro de 2000). «Hillary's Bull Market». The Wall Street Journal. Consultado em 4 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 8 de dezembro de 2000 
  228. Troy 2006, p. 176–177
  229. Troy 2006, p. 183
  230. Walter Kirn (9 de fevereiro de 1998). «Persectued or Paranoid?». Time. Consultado em 4 de outubro de2015  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  231. Troy 2006, p. 187
  232. Bernstein 2007, p. 512, 517–518, 521
  233. Brower 2015, p. 141–149
  234. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 195
  235. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 195
  236. Clinton 2003, p. 75
  237. «Save America's Treasures – About Us». Save America's Treasures. Consultado em 4 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 28 de dezembro de 2007 
  238. «Clinton toasts 2000 at White House VIP dinner». CNN. 31 de dezembro de 1999. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  239. «Millennium Evenings». White House Millennium Council. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  240. «Remarks By First Lady Hillary Rodham Clinton at The Sculpture Garden Reception». The White House. 5 de janeiro de 1996. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  241. Graff 2002, p. liii.
  242. Lindsay 2001, p. 248–249.
  243. Brower 2015, p. 50–55
  244. Brower 2015, p. 50–55
  245. Bernstein 2007, p. 530
  246. Adam Nagourney (3 de setembro de 1999). «With Some Help, Clintons Purchase a White House». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  247. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 204
  248. «Lazio nominated to face Hillary». The Tribune. 31 de maio de 2000. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  249. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 210
  250. a b «Hillary Rodham Clinton scores historic win in New York». CNN. 8 de maio de 2000. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  251. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 212–213
  252. Clifford J. Levy (13 de dezembro de 2000). «Lazio Sets Spending Mark for a Losing Senate Bid». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  253. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 212–213
  254. Bernstein 2007, p. 6
  255. Gail Russell Chaddock (10 de março de 2003). «Clinton's quiet path to power». The Christian Science Monitor. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  256. Bernstein 2007, p. 548
  257. a b c «Senate Temporary Committee Chairs». University of Michigan. 24 de maio de 2001. Consultado em 4 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 7 de julho de 2007 
  258. Jeff Gerth, Don Van Natta, Jr. e Don Van Natta, Jr. (29 de maio de 2007). «Hillary's War». The New York Times Magazine. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  259. «Committees». Site oficial de Hillary Clinton no Senado. Consultado em 4 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 11 de outubro de 2007 
  260. «About the Commission: Commissioners». Commission on Security and Cooperation in Europe. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  261. Bernstein 2007, p. 548
  262. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 231–232
  263. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 238–239
  264. «U.S. Senate Roll Call Votes 107th Congress - 1st Session: On Passage of the Bill (H.R. 3162 )». Senado dos Estados Unidos. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  265. «Statement of Senator Hillary Rodham Clinton on the USA Patriot Act Reauthorization Conference Report». Site oficial de Hillary Clinton no Senado. 16 de dezembro de 2005. Consultado em 4 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 14 de fevereiro de 2008 
  266. «U.S. Senate Roll Call Votes 109th Congress – 2nd Session ... On the Conference Report (H.R. 3199 Conference Report)». Senado dos Estados Unidos. 2 de março de 2006. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  267. Hillary Clinton (24 de novembro de 2001). «New Hope For Afghanistan's Women». Time. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  268. Balz & Johnson 2009, p. 74, 76–77
  269. Megan Smolenyak (19 de fevereiro de 2005). / «Clinton says insurgency is failing» Verifique valor |url= (ajuda). USA Today. Associated Press. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  270. Douglas Turner (14 de julho de 2005). «Clinton wants increase in size of regular Army». The Buffalo News 
  271. Jim Fitzgerald (21 de novembro de 2005). «Hillary Clinton says immediate withdrawal from Iraq would be 'a big mistake'». The San Diego Union-Tribune. Associated Press. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  272. Heilemann & Halperin 2010, p. 34, 39
  273. Susannah Meadows (12 de dezembro de 2005). «Hillary's Military Offensive». Susannah Meadows. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  274. a b «Senator Hillary Rodham Clinton – Voting Record». Project Vote Smart. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  275. Neil A. Lewis (28 de maio de 2008). «Stark Contrasts Between McCain and Obama in Judicial Wars». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  276. «Clinton wades into GTA sex storm». BBC News. 14 de julho de 2005. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  277. «S. 2126 [109th]: Family Entertainment Protection Act». Govtrack.us. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  278. «Gay marriage ban defeated in Senate vote». NBC. Associated Press. 7 de junho de 2006. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  279. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 267–269, 313, 401
  280. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 267–269
  281. Phil Hirschkorn (21 de dezembro de 2005). «Sen. Clinton's GOP challenger quits race». CNN. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  282. «GOP Primary Turnout Was Lowest In More Than 30 Years». Newsday. 17 de setembro de 2006 
  283. «New York State Board of Elections, General Election Results» (PDF). New York State. 14 de dezembro de 2006. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  284. «Is America Ready?». Newsweek. 25 de dezembrp de 2006. Consultado em 4 de outubro de 2015  Verifique data em: |data= (ajuda)
  285. Anne E. Kornblut e Jeff Zeleny (21 de novembro de 2006). «Clinton Won Easily, but Bankroll Shows the Toll». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  286. Balz & Johnson 2009, p. 91
  287. David Weigel (10 de janeiro de 2014). «'Hillary Told the President That Her Opposition to the Surge in Iraq Had Been Political'». Slate. Consultado em 5 de outubro de 2015 
  288. «Bush Repeats Veto Threat on Spending Bill That Includes Iraq Withdrawal Timetable». Fox News. 28 de março de 2007. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  289. «House, Senate pass war funding bill». CNN. 25 de maio de 2007. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  290. Eli Lake (12 de setembro de 2007). «Clinton Spars With Petraeus on Credibility». The New York Sun. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  291. «Hillary Clinton Calls for Gonzales' Resignation». ABC News. 13 de março de 2007. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  292. «On the Cloture Motion (Motion to Invoke Cloture on the Motion to Proceed to Consider S.1639)». Senado dos Estados Unidos. 26 de junho de 2007. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  293. «Senate Passes Economic Rescue Package». NY1 News. 2 de outubro de 2008. Consultado em 4 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 29 de novembro de 2014 
  294. Bernstein 2007, p. 550–552
  295. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 5
  296. Balz & Johnson 2009, p. 74, 76–77
  297. Balz & Johnson 2009, p. 74, 76–77
  298. «Clinton outpaces Obama in fundraising for third quarter». CNN. 2 de outubro de 2007. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  299. Balz & Johnson 2009, p. 87–88
  300. Balz & Johnson 2009, p. 95–99
  301. Heilemann & Halperin 2010, p. 145–149
  302. a b c Karen Tumulty (8 de maio de 2008). «The Five Mistakes Clinton Made». Time. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  303. «Clinton shouldn't worry just about IA». NBC News. 9 de dezembro de 2007. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  304. Kornblut 2009, p. 57
  305. «New Hampshire Democratic Primary». RealClearPolitics. 8 de janeiro de 2008. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  306. Heilemann & Halperin 2010, p. 186–190
  307. Adam Nagourney (14 de janeiro de 2008). «EUA: raça e gênero agitam a campanha democrata». Terra. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  308. Vaughn Ververs (26 de janeiro de 2008). «Analysis: Bill Clinton's Lost Legacy». CBS News. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  309. Balz & Johnson 2009, p. 163–166
  310. Balz & Johnson 2009, p. 163–166
  311. «DEMOCRATIC PRIMARIES / CAUCUSES: February 05, 2008». CNN. 5 de fevereiro de 2008. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  312. Andrew Denney (8 de fevereiro de 2008). «Super Tuesday proves indecisive for Democrats». The Maneater. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  313. Balz & Johnson 2009, p. 188–189
  314. Heilemann & Halperin 2010, p. 223
  315. a b c Justin M. Sizemore (5 de junho de 2008). «How Obama Did It». Center for Politics at the University of Virginia. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  316. a b c d e Peter Baker e Jim Rutenberg (8 de junho de 2008). «The Long Road to a Clinton Exit». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  317. Balz & Johnson 2009, p. 148–154, 190–192
  318. Balz & Johnson 2009, p. 196
  319. Matt Phillips (18 de março de 2008). «Pennsylvania Pitch: Can Obama Connect With Lower-Income Whites?». The Wall Street Journal. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  320. Katherine Q. Seelye (22 de abril de 2008). «In Clinton vs. Obama, Age Is a Great Predictor». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  321. Balz & Johnson 2009, p. 216–217
  322. Heilemann & Halperin 2010, p. 239–240
  323. a b c Anne E. Kornblut e Dan Balz (5 de junho de 2008). «'She Could Accept Losing. She Could Not Accept Quitting.'». The Washington Post. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  324. Heilemann & Halperin 2010, p. 258
  325. Allen & Parnes 2014, p. 25, 30
  326. a b «Election Center 2008: Delegate Scorecard». CNN. 4 de junho de 2008. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  327. «The Final Math». Talking Points Memo. 4 de junho de 2008. Consultado em 4 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 1 de julho de 2008 
  328. Balz & Johnson 2009, p. 216–217
  329. «2008 Presidential Democratic Primary Election Results». USA Election Atlas. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  330. «2008 Democratic Popular Vote». RealClearPolitics. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  331. Chris Cillizza (1 de junho de 2008). «Clinton Puts Up Popular Vote Ad». The Washington Post. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  332. a b «Firsts for Women in U.S. Politics». Center for American Women and Politics. 18 de agosto de 2014. Consultado em 4 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 30 de dezembro de 2008 
  333. «"The 2008 Presidential Campaign of Senator Hillary Rodham Clinton"». Center for American Women and Politics. Consultado em 4 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 30 de abril de 2009 
  334. Elisabeth Bumiller (22 de novembro de 2008). «Clinton-Obama Détente: From Top Rival to Top Aide». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  335. Robert Yoon (22 de janeiro de 2013). «Hillary Clinton's campaign debt finally paid off». CNN. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  336. Allen & Parnes 2014, p. 48–52
  337. a b c d e Steven Lee Myers (1 de julho de 2012). «Last Tour of the Rock-Star Diplomat». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  338. Allen & Parnes 2014, p. 58–60
  339. a b «Obama Confirms Hillary In Top Job». Sky News. 1 de dezembro de 2008. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  340. Allen & Parnes 2014, p. 81
  341. «Senate panel backs Clinton as secretary of state». NBC News. Associated Press. 15 de janeiro de 2009. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  342. Jeffrey M. Jones (13 de janeiro de 2009). «As Senate Hearings Begin, Hillary Clinton's Image Soars». Gallup. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  343. Kate Phillips (21 de janeiro de 2009). «Senate Confirms Clinton as Secretary of State». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  344. Brian Tumulty (21 de janeiro de 2009). «Clinton sworn in at State Dept. and then resigns Senate». The Journal News. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  345. Ken Rudin (1º de dezembro de 2008). «Obama Brings Hillary to Cabinet, GOP to Ariz. State House». NPR. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  346. Paul Richter (28 de janeiro de 2009). «World breathes sigh of relief, Hillary Clinton says». Los Angeles Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  347. Mark Landler e Helene Cooper (22 de dezembro de 2008). «Clinton Moves to Widen Role of State Dept.». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  348. Allen & Parnes 2014, p. 150–151
  349. Howard LaFranchi (15 de dezembro de 2010). «Hillary Clinton's vision for foreign policy on a tight budget». The Christian Science Monitor. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  350. Allen & Parnes 2014, p. 122–124
  351. a b Peter Baker (23 de março de 2014). «3 Presidents and a Riddle Named Putin». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  352. Allen & Parnes 2014, p. 136–138
  353. Matthew Lee (10 de outubro de 2009). «Turkey, Armenia sign historic accord». The Guardian. Associated Press. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  354. Mark Landler (4 de setembro de 2010). «In Middle East Peace Talks, Clinton Faces a Crucial Test». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  355. «Global Opinion of Obama Slips, International Policies Faulted». Pew Researc. 13 de junho de 2012. pp. 1–2. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  356. «Global Opinion of Obama Slips, International Policies Faulted» (PDF). PewResearchCenter. 13 de junho de 2012acessodata=5 de outubro de 2015. 20 páginas  Verifique data em: |data= (ajuda)
  357. Mark Landler (16 de fevereiro de 2010). «Iran Policy Now More in Sync With Clinton's Views». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  358. Michael Crowley (14 de julho de 2015). «Hillary Clinton endorses nuclear deal». Politico. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  359. a b c Mark Landler e Helene Cooper (19 de março de 2010). «From Bitter Campaign to Strong Alliance». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  360. a b c Rachael Combe (5 de abril de 2012). «At the Pinnacle of Hillary Clinton's Career». Elle. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  361. Allen & Parnes 2014, p. 117–121
  362. a b Paul Richter (28 de janeiro de 2013). «Hillary Clinton's legacy at State: Splendid but not spectacular». Los Angeles Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  363. a b George Packer (11 de fevereiro de 2013). «Long Engagements». The New Yorker. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  364. Paul Richter e David Pierson (23 de janeiro de 2010). «Sino-U.S. ties hit new snag over Internet issues». Los Angeles Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  365. Mark Landler e Edward Wong (22 de janeiro de 2010). «China Rebuffs Clinton on Internet Warning». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  366. Jocelyn Noveck (24 de julho de 2010). «New role for Clintons: parents of the bride». Chicago Sun-Times. Consultado em 4 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 28 de julho de 2010 
  367. Ghattas 2013, p. 198–205
  368. Glenn Thrush (2 de fevereiro de 2011). «Hillary Clinton plays key role in dance with Hosni Mubarak». Politico. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  369. «Factbox – Evolution of U.S. stance on Egypt». Reuters. 2 de fevereiro de 2011. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  370. «Hillary urges probe into new Cairo violence». The Nation. 4 de fevereiro de 2011. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  371. a b Helene Cooper e Steven Lee Myers (18 de março de 2011). «Obama Takes Hard Line With Libya After Shift by Clinton». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  372. a b Glenn Thrush (17 de março de 2011). «Day after saying no second term, a big win for Hillary Clinton». Politico. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  373. a b c Massimo Calabresi (7 de novembro de 2011). «Hillary Clinton and the Rise of Smart Power». Time. pp. 26–31 
  374. «TIME magazine editor explains Hillary Clinton's 'smart power'». CNN. 28 de outubro de 2011. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  375. Stephen Collinson (15 de junho de 2015). «Hillary Clinton's real Libya problem». CNN. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  376. Nick Robins-Early (7 de março de 2015). «Was The 2011 Libya Intervention A Mistake?». Huffington Post. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  377. Alan J. Kuperman (Março–abril de 2015). «Obama's Libya Debacle». Foreign Affairs 
  378. Ben Fishman (Maio–junho de 2015). «Who Lost Libya?». Foreign Affairs 
  379. Bowden 2012, p. 198–204.
  380. Allen & Parnes 2014, p. 233–237
  381. «Obama nixes bin Laden photo release, but debate continues». CNN. 5 de maio de 2011. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  382. Allen & Parnes 2014, p. 372
  383. a b Michael R. Gordon e Mark Landler (3 de fevereiro de 2013). «Backstage Glimpses of Clinton as Dogged Diplomat, Win or Lose». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  384. Ghattas 2013, p. 294–304
  385. Hillary Clinton (11 de outubro de 2011). «America's Pacific Century». Foreign Policy: 56–63 
  386. Ghattas 2013, p. 187
  387. Ghattas 2013, p. 282–285
  388. Steven Lee Myers (1 de abril de 2012). «U.S. joins effort to equip and pay rebels in Syria». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  389. Allen & Parnes 2014, p. 340
  390. a b Elise Labott (16 de outubro de 2012). «Clinton: I'm responsible for diplomats' security». CNN. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  391. Michael Gordon (15 de outubro de 2012). «Clinton Takes Responsibility for Security Failure in Libya». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  392. a b «Three in State Dept. resign after report». United Press International. 19 de dezembro de 2012. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  393. Michael R. Gordon e Eric Schmitt (19 de dezembro de 2012). «4 Are Out at State Dept. After Scathing Report on Benghazi Attack». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  394. a b Jill Dougherty e Tom Cohen (24 de janeiro de 2013). «Clinton takes on Benghazi critics, warns of more security threats». CNN. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  395. «In Context: Hillary Clinton's 'What difference does it make' comment». PolitiFact. 8 de maio de 2013. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  396. Allen & Parnes 2014, p. 339–342, 360–362
  397. Allen & Parnes 2014, p. 339–342, 360–362
  398. a b c d Helene Cooper (31 de dezembro de 2012). «Clinton's Blood Clot Is Located Near Her Brain, Doctors Say». The New York Time. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  399. a b c Annie Karni (31 de julho de 2015). «Hillary's health 'excellent,' doctor says». Politico. Consultado em 13 de outubro de 2015 
  400. Heidi Evans (25 de outubro de 2007). «Hillary Clinton: My life at 60». Daily News. Consultado em 13 de outubro de 2015 
  401. Allen & Parnes 2014, p. 139–141
  402. Dana Hughes e Dan Childs (25 de janeiro de 2013). «Hillary Clinton's Glasses Are For Concussion, Not Fashion». ABC News. Consultado em 13 de outubro de 2015 
  403. Lucy Madison (31 de janeiro de 2013). «In farewell speech, Clinton calls for 'smart power' on global stage». CBS News. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  404. Ghattas 2013, p. 11, 334
  405. Allen & Parnes 2014, p. 117–121
  406. Michael Crowley (14 de janeiro de 2014). «Hillary Clinton's Unapologetically Hawkish Record Faces 2016 Test». Time. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  407. Hudson & Leidl 2015, p. 3–4
  408. Hudson & Leidl 2015, p. 57–60
  409. Mark Landler (4 de janeiro de 2013). «Scare Adds to Fears That Clinton's Work Has Taken Toll». The New York Times. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  410. Matthew Lee (28 de junho de 2012). «Frequent flier Hillary Clinton hits 100-country mark». Yahoo! News. Associated Press. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  411. David Jackson (18 de junho de 2012). «Clinton, Rice vie for most traveled secretary of State». USA Today. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  412. Jake Miller (29 de janeiro de 2013). «Is Hillary Clinton closing the door on politics?». CBS News. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  413. Ghattas 2013, p. 216, 225
  414. Allen & Parnes 2004, p. 374–375, 382–385
  415. Allen & Parnes 2004, p. 374–375, 382–385
  416. «Hillary Clinton unveils $600m global female education plan». The Guardian. Associated Press. 25 de setembro de 2014. Consultado em 5 de outubro de 2015 
  417. Philip Rucker (13 de fevereiro de 2014). «Hillary Clinton launches global data project on women and girls». The Washington Post. Consultado em 5 de outubro de 2015 
  418. Amy Chozick (11 de julho de 2013). «Hillary Clinton Taps Speechmaking Gold Mine». The New York Times. Consultado em 5 de outubro de 2015 
  419. Raf Sanchez (26 de outubro de 2014). «Hillary Clinton campaigns for Democrats - and herself». The Guardian. Consultado em 5 de outubro de 2015 
  420. Jay Newton-Small (19 de setembro de 2014). «Hillary Clinton Pledges to Campaign for Female Democratic Candidates». Time. Consultado em 5 de outubro de 2015 
  421. Stephen Braun (16 de abril de 2015). «Clinton Foundation only allowing six foreign countries to donate». Boston Globe. Associated Press. Consultado em 5 de outubro de 2015 
  422. Michael S. Schmidt e Amy Chozick (3 de março de 2015). «Using Private Email, Hillary Clinton Thwarted Record Requests». The New York Times. Consultado em 5 de outubro de 2015 
  423. Carol D. Leonnig, Rosalind S. Helderman e Anne Gearan (6 de março de 2015). «Clinton e-mail review could find security issues». The Washington Post. Consultado em 5 de outubro de 2015 
  424. «Hillary pode ter violado leis federais ao usar e-mail pessoal, diz 'NYT'». G1. Reuters. 3 de março de 2015. Consultado em 5 de outubro de 2015 
  425. «Escândalo ameaça possível candidatura de Hillary Clinton nos EUA». G1. 4 de março de 2015. Consultado em 5 de outubro de 2015 
  426. «Mais de 100 e-mails de Hillary Clinton tinham informações 'sensíveis'». G1. France Presse. 1 de setembro de 2015. Consultado em 5 de outubro de 2015 
  427. Lauren French (27 de março de 2015). «Trey Gowdy: Hillary Clinton wiped her server clean». Politico. Consultado em 5 de outubro de 2015 
  428. «Hillary Clinton pede que governo dos EUA divulgue seus e-mails». G1. Reuters. 5 de março de 2015. Consultado em 5 de outubro de 2015 
  429. «Hillary Clinton pede desculpas por confusão com uso de e-mail pessoal». France Press. 9 de setembro de 2015. Consultado em 5 de outubro de 2015 
  430. Amy Chozick (12 de abril de 2015). «Hillary Clinton Announces 2016 Presidential Bid». The New York Times. Consultado em 5 de outubro de 2015 
  431. David Von Drehle (16 de janeiro de 2014). «Can Anyone Stop Hillary?». Time. Consultado em 22 de fevereiro de 2016 
  432. Amy Chozick (12 de abril de 2015). «Hillary Clinton Announces 2016 Presidential Bid». The New York Times. Consultado em 22 de fevereiro de 2016 
  433. Julie Pace (30 de janeiro de 2016). «For some Americans, politicians' promises of change and disruption have come too slowly, or failed altogether». US News. Consultado em 22 de fevereiro de 2016 
  434. Nicholas Confessore e Jason Horowitz (21 de janeiro de 2016). «Hillary Clinton's Paid Speeches to Wall Street Animate Her Opponents». The New York Times. Consultado em 22 de fevereiro de 2016 
  435. «Hillary Rodham Clinton – Talking It Over». Creators Syndicate. 24 de agosto de 2007. Consultado em 13 de outubro de 2015 
  436. Bernstein 2007, p. 446
  437. Matt Apuzzo (16 de novembro de 2005). «Read a Book, Buy a Goat». The Day. Consultado em 13 de outubro de 2015 
  438. Bernstein 2007, p. 544
  439. Deirdre Donahue (17 de junho de 2003). «Clinton memoir tops Best-Selling Books list». USA Today. Consultado em 13 de outubro de 2015 
  440. «Clinton's Book Sales Top 1 Million». Associated Press. 9 de julho de 2003. Consultado em 13 de outubro de 2015 
  441. «Hillary Rodham Clinton». William J. Clinton Presidential Center. Consultado em 13 de outubro de 2015. Cópia arquivada em 8 de julho de 2009 
  442. Maggie Haberman (31 de julho de 2014). «Books test market for Hillary Clinton hostility». Politico. Consultado em 13 de outubro de 2015 
  443. «Favorability: People in the News: Hillary Clinton». Gallup Organization. Consultado em 8 de outubro de 2015 
  444. «Hillary Clinton: From divisive to (mostly) beloved». CBS News. 8 de maio de 2012. Consultado em 13 de outubro de 2015 
  445. «Smaller Majority of Americans View Hillary Clinton Favorably». Gallup Organization. 11 de junho de 2014. Consultado em 13 de outubro de 2015 
  446. Todd S. Purdum (24 de julho de 1995). «The First Lady's Newest Role: Newspaper Columnist». The New York Times. Consultado em 8 de outubro de 2015 
  447. Jamieson 1995, p. 22–25
  448. Entre as fontes que descrevem Hillary Clinton como uma figura polarizadora, ver: Para fontes argumentando contra esta ideia, ver:
    • Susan Estrich (2005). The Case for Hillary Clinton. [S.l.]: HarperCollins. pp. 66–68. ISBN 0-06-083988-0 
  449. Valerie A. Sulfaro (Setembro de 2007). «Affective evaluations of first ladies: a comparison of Hillary Clinton and Laura Bush». Presidential Studies Quarterly. 37: 486–514. doi:10.1111/j.1741-5705.2007.02608.x 
  450. Gary Jacobson (Agosto de 2006). «Partisan Differences in Job Approval Ratings of George W. Bush and U.S. Senators in the States: An Exploration». Atas da reunião anual dos Estudos das Eleições Nacionais Americanas 
  451. a b c Barbara Burrell (Outubro de 2000). «Hillary Rodham Clinton as first lady: the people's perspective». The Social Science Journal. 37: 529–546. doi:10.1016/S0362-3319(00)00094-X 
  452. a b Charles Franklin (21 de janeiro de 2007). «Hillary Clinton, Favorable/Unfavorable, 1993–2007». Political Arithmetik. Consultado em 8 de outubro de 2015 
  453. Troy 2006, p. 60
  454. Troy 2004, p. 4
  455. Anderson 2003, p. 21
  456. Gerth & Van Natta Jr. 2007, p. 195
  457. Jamieson 1995, p. 22–25
  458. Burns 2008, p. 135–136, 140–141
  459. Charlotte Templin (1999). «Hillary Clinton as Threat to Gender Norms: Cartoon Images of the First Lady». Journal of Communication Inquiry. 23: 20-36. doi:10.1177/0196859999023001002 
  460. a b c Ben Smith (12 de março de 2006). «Da Hillary Code». The New York Observer. Consultado em 12 de outubro de 2015 
  461. a b c Clifford J. Levy (27 de outubro de 2000). «Clinton Rivals Raise Little Besides Rage». The New York Times. Consultado em 12 de outubro de 2015 
  462. Liz Raftery (30 de abril de 2015). «Who Did the Best Hillary Clinton Impression on SNL? (Video)». TV Guide. Consultado em 12 de outubro de 2015 
  463. «The Presidential Ambitions of Hillary Clinton». Time. 26 de agosto de 2006. Consultado em 12 de outubro de 2015 
  464. Jack Hitt (Janeiro–Fevereiro de 2007). «Harpy, Hero, Heretic: Hillary». Mother Jones. Consultado em 12 de outubro de 2015 
  465. David Brooks (25 de setembro de 2007). «The Center Holds». The New York Times. Consultado em 12 de outubro de 2015 
  466. Bruce Bartlett (1 de maio de 2007). «Get Ready for Hillary». Creators Syndicate. Consultado em 12 de outubro de 2015 
  467. David D. Kirkpatrick (19 de fevereiro de 2007). «As Clinton Runs, Some Old Foes Stay on Sideline». The New York Times. Consultado em 12 de outubro de 2015 
  468. a b Bill Moyers (7 de dezembro de 2007). «Transcript: December 7, 2007». CBS. Consultado em 12 de outubro de 2015 
  469. Howard Kurtz (3 de outubro de 2007). «Hillary Chuckles; Pundits Snort». The Washington Post. Consultado em 13 de outubro de 2015 
  470. Karrin Vasby Anderson (1999). «'Rhymes with rich': 'Bitch' as a tool of containment in contemporary American politics». Rhetoric & Public Affairs. 2: 599–623. doi:10.1353/rap.2010.0082 
  471. Falk 2007, p. 161–163
  472. Karen Breslau (6 de janeiro de 2008). «Hillary Clinton's Emotional Moment». Newsweek. Consultado em 13 de outubro de 2015 
  473. Jodi Kantor (10 de janeiro de 2008). «Women's Support for Clinton Rises in Wake of Perceived Sexism». The New York Times. Consultado em 13 de outubro de 2015 
  474. a b Jon Meacham (21 de janeiro de 2008). «Letting Hillary Be Hillary». Newsweek Times. Consultado em 13 de outubro de 2015 
  475. a b Luisita Lopez Torregrossa (12 de outubro de 2010). «Hillary Clinton Leads the Pack in Bloomberg Popularity Poll». Politics Daily. Consultado em 13 de outubro de 2015 [ligação inativa]
  476. Lydia Saad (30 de março de 2011). «Hillary Clinton Favorable Near Her All-Time High». Gallup Organization. Consultado em 13 de outubro de 2015 
  477. Holly Bailey (16 de setembro de 2011). «Poll: A third of Americans believe Clinton would've been a better president». Yahoo! News. Consultado em 13 de outubro de 2015 
  478. Allen & Parnes 2014, p. 257–259
  479. Ghattas 2013, p. 150
  480. «Most Admired Man and Woman». Gallup. Consultado em 13 de outubro de 2015 
  481. Caroline Howard (26 de maio de 2015). «The World's Most Powerful Women 2015». Forbes. Consultado em 15 de outubro de 2015 
  482. Lydia Saad (24 de julho de 2015). «Sanders Surges, Clinton Sags in U.S. Favorability». Gallup. Consultado em 13 de outubro de 2015 
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Hillary Clinton».

Bibliografia

  • Anderson, Karrin Vasby (2003), «The First Lady: A Site of 'American Womanhood'», in: Molly Meijer Wertheimer, Inventing a Voice: The Rhetoric of American First Ladies of the Twentieth Century, ISBN 0-7425-2971-1, Rowman & Littlefield, p. 21 
  • Allen, Jonathan; Parnes, Amie (2014), HRC: State Secrets and the Rebirth of Hillary Clinton, ISBN 0-8041-3675-0, Nova Iorque: Crown Publishers 
  • Balz, Dan; Johnson, Haynes (2009), The Battle for America, 2008: The Story of an Extraordinary Election, ISBN 0-670-02111-3, Nova Iorque: Viking Penguin 
  • Bernstein, Carl (2007), A Woman in Charge: The Life of Hillary Rodham Clinton, ISBN 0-375-40766-9, Nova Iorque: Alfred A. Knopf 
  • Brock, David (1996), The Seduction of Hillary Rodham, ISBN 0-684-83451-0, Nova Iorque: The Free Press 
  • Brower, Kate Andersen (2015), The Residence: Inside the Private World of The White House, ISBN 0-06-230519-0, Nova Iorque: HarperCollins 
  • Burns, Lisa M. (2008), First Ladies and the Fourth Estate: Press Framing of Presidential Wives, ISBN 0-87580-391-1, DeKalb, Illinois: Northern Illinois University Press 
  • Clinton, Hillary Rodham (2003), Living History, ISBN 0-7432-2224-5, Nova Iorque: Simon & Schuster 
  • Falk, Erika (2007), Women for President: Media Bias in Eight Campaigns, ISBN 0-252-07511-0, University of Illinois Press 
  • Gergen, David (2000), Eyewitness to Power: The Essence of Leadership Nixon to Clinton, ISBN 0743203224, Simon & Schuster 
  • Gerth, Jeff; Van Natta, Don, Jr. (2007), Her Way: The Hopes and Ambitions of Hillary Rodham Clinton, ISBN 0-316-01742-6, Nova Iorque: Little, Brown and Company 
  • Ghattas, Kim (2013), The Secretary: A Journey with Hillary Clinton from Beirut to the Heart of American Power, ISBN 0-8050-9511-X, Nova Iorque: Times Books 
  • Heilemann, John; Halperin, Mark (2010), Game Change: Obama and the Clintons, McCain and Palin, and the Race of a Lifetime, ISBN 0-06-173363-6, Nova Iorque: HarperCollins 
  • Hudson, Valerie M.; Leidl, Patricia (2015), The Hillary Doctrine: Sex & American Foreign Policy, ISBN 0-231-16492-0, Nova Iorque: Columbia University Press 
  • Jamieson, Kathleen Hall (1995), «Hillary Clinton as Rorschach Test», Beyond the Double Bind: Women and Leadership, ISBN 0-19-508940-5, Oxford University Press, pp. 22–25 
  • Kearney, Janis F. (2006), Conversations: William Jefferson Clinton, from Hope to Harlem, ISBN 0-9762058-1-5, Writing Our World Press 
  • Kornblut, Anne E. (2009), Notes from the Cracked Ceiling: Hillary Clinton, Sarah Palin, and What It Will Take for a Woman to Win, ISBN 0-307-46425-3, Nova Iorque: Crown Books 
  • Maraniss, David (1995), First in His Class: A Biography of Bill Clinton, ISBN 0-671-87109-9, Nova Iorque: Simon & Schuster 
  • Middendorf, J. William (2006), Glorious Disaster: Barry Goldwater's Presidential Campaign And the Origins of the Conservative Movement, ISBN 0-465-04573-1, Basic Books 
  • Milton, Joyce; Halperin, Mark (1999), The First Partner: Hillary Rodham Clinton, ISBN 0-688-15501-4, William Morrow and Company 
  • Morris, Roger (1996), Partners in Power: The Clintons and Their America, ISBN 0-8050-2804-8, Nova Iorque: Henry Holt and Company 
  • Olson, Barbara (1999), Hell to Pay: The Unfolding Story of Hillary Rodham Clinton, ISBN 0-89526-197-9, Washington: Regnery Publishing 
  • Postrel, Virginia (2004), The Substance of Style: How the Rise of Aesthetic Value Is Remaking Commerce, Culture, and Consciousness, ISBN 0-06-093385-2, HarperCollins 
  • Rodham, Hillary (1979), Children's Rights: A Legal Perspective, Nova Iorque: Teachers College Press 
  • Rashid, Ahmed (2002), Taliban: Islam, Oil and the New Great Game in Central Asia, ISBN 1-86064-830-4, 1-86064-830-4 
  • Smith, Sally Bedell (2007), For Love of Politics: Inside the Clinton White House, ISBN 1-4000-6324-8, Random House 
  • Troy, Gil (2006), Hillary Rodham Clinton: Polarizing First Lady, ISBN 0-7006-1488-5, Lawrence, Kansas: University Press of Kansas 

Ligações externas

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Wikiquote Citações no Wikiquote
Commons Imagens e media no Commons
Wikinotícias Notícias no Wikinotícias
Wikinotícias Categoria no Wikinotícias