A Lua Me Disse

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A Lua Me Disse
Once in a Blue Moon (EN)[1]
A Lua Disse-me (PT)
A Lua Me Disse
Informação geral
Formato Telenovela
Gênero comédia romântica[3]
Duração 50 minutos
Criador(es) Miguel Falabella
Maria Carmem Barbosa
Elenco
País de origem Brasil
Idioma original português
Episódios 143
Produção
Diretor(es) Roberto Talma
Rogério Gomes
Câmera Multicâmera
Roteirista(s) Antonia Pellegrino
Tema de abertura "Lero, Lero", Erasmo Carlos
Exibição
Emissora original TV Globo
Distribuição TV Globo
Formato de exibição 480i (SDTV)
Transmissão original 18 de abril – 1 de outubro de 2005
Cronologia
Começar de Novo
Bang Bang

A Lua Me Disse é uma telenovela brasileira produzida pela TV Globo e exibida de 18 de abril a 1 de outubro de 2005, em 143 capítulos,[3] substituindo Começar de Novo e sendo substituída por Bang Bang. Foi a 68ª "novela das sete" exibida pela emissora.

Escrita por Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa, com a colaboração de Antonia Pellegrino, foi dirigida por Leandro Neri e André Felipe Binder. A direção geral foi de Rogério Gomes e Roberto Talma, com direção de núcleo de Roberto Talma.[3]

Contou com as participações de Adriana Esteves, Wagner Moura, Marcos Pasquim, Zezé Polessa, Arlete Salles, Aracy Balabanian, Débora Bloch e Maurício Mattar.[2]

Enredo[editar | editar código-fonte]

Heloísa (Adriana Esteves) é uma moça de origem humilde, batalhadora e bondosa, que trabalha como babá há seis anos para a milionária Maria Regina (Maitê Proença), de quem se tornou amiga e confidente, e vive um romance conturbado com Ricardo (Frank Borges), filho da milionária Ester Bogari (Zezé Polessa), que não aceita o relacionamento por ela ser pobre. Após uma discussão com a mãe pela gravidez de Heloísa, Ricardo sofre um acidente e morre. Ester passa a culpar a moça pelo acidente e entra em uma batalha judicial pela guarda de seu neto Artur (Guilherme Vieira). Dez anos se passam. Heloísa criou Artur sozinha e cresceu na vida ao se tornar administradora da rede de lojas populares "Frango com Tudo Dentro", sendo disputada por Tadeu (Marcos Pasquim), que a ajuda a cuidar do menino, e Gustavo (Wagner Moura), filho mais velho e rejeitado de Ester que sempre a amou em segredo. Ester nunca desistiu da guarda de Artur e tenta jogá-lo contra a mãe.

A vida de Heloísa muda quando Maria Regina morre e a deixa como tutora de sua filha de dezesseis anos, Branca (Monique Alfradique), tornando-se sua representante legal no Banco Benate Bogari, cuja outra sócia é ironicamente Ester. A decisão foi para poupar a filha de cair nas garras da avó, a inescrupulosa Leontina (Aracy Balabanian), e dos tios, Madô (Débora Bloch) e Armando (Giuseppe Oristanio), que acabariam com a herança antes da maioridade da menina. Madô é casada com Lúcio (Maurício Mattar), que se apaixona por Violeta (Isabel Fillardis), por ela ser o oposto da esposa. Já Armando está envolvido em esquemas de corrupção e é casado com Elvira (Beth Goulart), que não compactua com a índole da família, além de coagir o filho, Ramon (Raoni Carneiro), a conquistar a prima pela herança, embora ela se apaixone pelo mulherengo Adonias (Paulo Vilhena) e seja alvo do também golpista Joaquim (Vergniaud Mendes). Ao longo da história, Tadeu se torna obsessivo por Heloísa e une-se a Ester para separa-la de Gustavo.

Dona da "Frango com Tudo Dentro", Ademilde (Arlete Salles) é uma mulher de sessenta anos que vive marcando encontros desastrosos pela internet e sustenta os irmãos Adalgisa (Stella Miranda), Adail (Bia Nunnes) e Adilson (José D'Artagnan Júnior), que foram abandonados por seus cônjuges por não quererem trabalhar. Ademilde ainda enfrenta a concorrência do "Peru do Papo Gordo", rede dos desonestos Sulanca (Diva Pacheco) e Zé Bisonho (Luiz Guilherme), que trazem mercadorias ilegais do Paraguai.

Elenco[editar | editar código-fonte]

Intérprete Personagem[2]
Adriana Esteves Heloísa Queiroz[2]
Wagner Moura Gustavo Bogari Prado[2]
Marcos Pasquim Tadeu Martins Moraes[2]
Zezé Polessa Ester Bogari Prado[2]
Natália Lage Beatriz Carvalho Queiroz[2]
Aracy Balabanian Leontina Sá Marques[2]
Débora Bloch Maria Doroteia Sá Marques Dantas (Madô)[2]
Maurício Mattar Lúcio Dantas[2]
Isabel Fillardis Violeta da Mata[2]
Beth Goulart Elvira Sá Marques[2]
Giuseppe Oristanio Armando Sá Marques[2]
Monique Alfradique Branca Sá Marques Benate[2]
Paulo Vilhena Adonias Goldoni[2]
Arlete Salles Ademilde Goldoni[2]
Zezeh Barbosa Anastácia da Mata / Latoya[2]
Mary Sheyla Jurema da Mata / Whitney[2]
Elizângela Assunta Velato[2]
Pedro Neschling Murilo Queiroz Veiga (Murilinho)[2]
Juliana Baroni Soraya Goldoni[2]
Diva Pacheco Sulanca Murtinho[4]
Luiz Guilherme José Carlos Murtinho (Zé Bisonho)[2]
Bete Coelho Marisa Queiroz Veiga (Marisinha)[2]
Mário Gomes Agenor Veiga / Solano[2]
Pepita Rodríguez Diva Queiroz[2]
Otávio Augusto Alberto Queiroz[2]
Maria Zilda Bethlem Zelândia Fortunato[2]
Cláudio Marzo Ivan Lago[2]
Patrícya Travassos Geórgia Bogari Lago[2]
Stella Miranda Adalgisa Goldoni[2]
Bia Nunnes Adail Goldoni[2]
José D'Artagnan Júnior Adilson Goldoni[2]
Miguel Magno Amoroso Valentín Pannacota / Dona Roma[2]
Chica Xavier Dionísia da Mata[2]
Jacqueline Laurence Emelyne Junot (Memé)[2]
Guilhermina Guinle Sílvia Bogari Lago[2]
Jorge de Sá Jorge da Mata (Jorginho)[2]
Fernanda Rodrigues Julieta Goldoni[2]
João Velho Gibraltar Fortunato[2]
Raoni Carneiro Ramon Sá Marques[2]
Vergniaud Mendes Joaquim Carvalho[2]
Rafael Paiva Pedro Bogari Lago[2]
Maria Gladys Naíde Alves[2]
Cassio Scapin Samovar de Santa Luzia[2]
Luís Salém Talarico Pereira[2]
Xuxa Lopes Mildred Crawford[2]
Thelma Reston Gôndola Goldoni[2]
Carol Machado Vitza Vranska[2]
Sylvia Massari Morcega
Ivan Cândido Anselmo[2]
Roberta Rodrigues Zenóbia[2]
Simone Soares Marta[2]
Hugo Gross Valdo Magalhães[2]
Sandro Christopher Dauro[2]
Jorge Maya Meia-Noite[2]
Ronaldo Tasso Evaristo[2]
Bumba Índia[2]
Guilherme Vieira Artur Queiroz Bogari[2]
Daniel Torres Odorico Murtinho[2]

Participações especiais[editar | editar código-fonte]

Intérprete[2] Personagem
Maitê Proença Maria Regina Sá Marques Benate[2]
Frank Borges Ricardo Bogari Prado[2]
Adriana Londoño Paulette[2]
Adriano Reys Bandeira Dois, pretendente de Ademilde[2]
Adriano Garib Dário Cotrim[2]
Agildo Ribeiro Coriolano Ramirez, pretendente de Ademilde[2]
Alexandre Zacchia policial[2]
Ana Gloz Dunya, tradutora de Vitza[2]
Andrea Mattar Lêda, secretária de Lúcio[2]
Ângela Rebello Oneida, mãe de Beatriz e Joaquim[2]
Carlos Bonow Rodrigo[2]
Carlos Casagrande Joel, noivo de Ademilde no final[2]
Carlo Mossy Nocaute Jackson / Josimar, pretendente de Ademilde[2]
Carlos Tufvesson ele mesmo[2]
Catarina Abdala Dedeja Murtinho, filha de Sulanca e mãe de Odorico[2]
Claudio Heinrich modelo[2]
Cristina Pereira Cigana Roseta[2]
Dado Dolabella modelo[2]
Débora Olivieri Janete, mãe de Julieta[2]
Eduardo Dussek Caricato, pretendente de Ademilde[2]
Fábio Sabag Touro Sentado / Avelino, pretendente de Ademilde[2]
Iara Jamra mulher do Professor[2]
Ida Gomes Ximena Ramirez, mãe de Coriolano[2]
Jandir Ferrari Flávio, diretor do programa de Madô[2]
Jens Peter Conde de Chatterville[2]
José Carlos Sanches Promotor[2]
Lauro Góes Inácio, falso pai de Tadeu[2]
Luiz Carlos Buruca Buzuca[2]
Marcelo Mansfield Detetive Lobo[2]
Marcello Melo Virgílio[2]
Maria Regina Dalva, falsa mãe de Tadeu[2]
Mário Cardoso Olavo, pretendente de Ademilde[2]
Nanah Garcia Rosa, funcionária do Banco Bogari[2]
Oswaldo Loureiro Deputado Boaventura[2]
Othon Bastos juiz no caso de Heloísa[2]
Mariana Vaz Vilma[2]
Paulo César Pereio Carga Pesada, pretendente de Ademilde[2]
Pia Manfroni Taisinha, produtora do programa de Madô[2]
Renata Paschoal Edna, funcionária do Banco Bogari[2]
Ricardo Petraglia Cachorrão Polaco, pretendente de Ademilde[2]
Roberto Roney Everaldo, amante de Coriolano[2]
Sandra Barsotti juiza de paz[2]
Stephan Nercessian Professor, pretendente de Ademilde[2]
Valéria Alencar Mara[2]
Wal Schneider Porteiro

Produção[editar | editar código-fonte]

As primeiras gravações ocorreram em Innsbruck, na Áustria.

Desde o fim de Salsa e Merengue (1996), Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa tentavam emplacar outra telenovela juntos, porém suas sinopses sempre eram recusadas, uma vez que ambos escreviam o seriado Sai de Baixo entre 1996 e 2002 – o qual Miguel também protagonizava – e a emissora acreditava que dois projetos simultâneos iria desgasta-los.[5] Em 1998, a telenovela Escândalo chegou a ser anunciada e teve José Wilker, Maitê Proença, Marília Pêra e Rosi Campos escalados para a história que iria expor os bastidores das revistas de celebridade, porém foi cancelada após Sai de Baixo ser renovado.[6]

Apenas em maio de 2004, Miguel e Maria Carmem tiveram a sinopse de A Lua Me Disse aprovada e programada para substituir Começar de Novo.[5] Apesar da história começar na Suíça, as primeiras gravações foram realizadas em Innsbruck, na Áustria, uma vez que o destino era mais barato, viajando para o local Maitê Proença, Débora Bloch, Aracy Balabanian e Monique Alfradique viajaram para a cidade de para gravar as primeiras cenas da novela referentes a seus personagens.[7]

Escolha do elenco[editar | editar código-fonte]

A direção teve dificuldades para fechar o trio de protagonistas – Heloísa, Gustavo e Tadeu – sendo convidados diversos atores como Cristiana Oliveira, Carolina Ferraz, Vladimir Brichta, Thiago Lacerda, Murilo Benício, entre outros que já estavam escalados para outras telenovelas.[8] Decidiu-se então promover o novato Wagner Moura a protagonista e escalar a dupla Adriana Esteves e Marcos Pasquim, que já tinha repercutido positivamente em Kubanacan.[8][9] Zezé Polessa interpretaria Ademilde, porém foi remanejada para a antagonista Ester e o papal anterior passou para Arlete Salles.[10] Ângelo Paes Leme interpretaria Adonias, porém foi substituído por Paulo Vilhena.[11] Monique Alfradique fez testes com outras 60 atrizes iniciantes para conseguir o posto da coprotagonista Branca.[12]

Foi a estreia de Wagner Moura em telenovelas e também sua penúltima antes de voltar a dedicar-se apenas ao cinema e seriados, reiterando que não havia se enquadrado ao formato.[13]

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

Acusações de racismo[editar | editar código-fonte]

Antes da estreia, Miguel Falabella declarou que a novela abordaria o racismo no Brasil através das personagens de Zezeh Barbosa e Mary Sheyla, que originalmente ficariam ricas e seriam hostilizadas na alta sociedade.[14] Porém os planos mudaram e as duas personagens foram retratadas como mulheres negras que tinham vergonha da cor de sua pele e de seus nomes, mudando-os para Latoya e Whitney.[15] Parte do público viu as personagens como um recorte de pessoas reais que tem preconceito com a própria cor, porém a maioria achou a abordagem inadequada pelas duas sempre proferirem frases consideradas racistas contra outros negros de forma cômica em um horário que crianças poderiam ver, entender como piada e reproduzir.[15] Apesar disso os autores fizeram a personagem Latoya terminar a trama trabalhando em um circo vestida de macaca, o que também gerou revolta.[16]

Outro ponto problemático foi a empregada Índia, interpretada pela atriz indígena Bumba, que constantemente era alvo das humilhações das personagens de Stella Miranda e Bia Nunnes, sendo tratada como "selvagem" e "burra" por sua origem.[17] Em julho de 2005 o Congresso Nacional do Brasil e a Secretaria de Identidade e Diversidade Cultural fizeram uma nota de repúdio ao racismo retratado pela novela.[18] Diversas denúncias foram registradas e Ministério Público Federal interveio na novela, vetando que cenas de humilhação contra negros ou indígenas sob alegação de que eram "constrangedoras ou degradantes" e classificando a abordagem como racismo.[19]

Acusações de transfobia e homofobia[editar | editar código-fonte]

Outro tema que incomodou o público foi a personagem Dona Roma, de Miguel Magno, considerada caricata e que reforçava estereótipos das travestis e transexuais, além do fato de ser interpretada por um homem em vez de uma atriz do gênero, refutando a representatividade.[20] Além disso, as diversas ofensas trocadas pelos homens da novela se chamando de "bicha" e "baitola" foram consideradas inadmissíveis e que reforçavam a homofobia, fazendo a ONG Grupo Gay da Bahia processar os autores.[21]

Advertência no Globoplay[editar | editar código-fonte]

Assim que a novela foi disponibilizada na plataforma de streaming do Grupo Globo, foi disponibilizada uma cartela diferente das utilizadas em outros títulos antes do capítulo selecionado, alegando que "Essa obra pode conter representações negativas e estereótipos da época em que foi realizada. A obra é exibida na íntegra porque acreditamos que essas cenas podem contribuir para o debate sobre um futuro mais diverso e inclusivo".[22] Com o anúncio de que a trama seria a próxima na lista de títulos a serem resgatados para entrar no serviço, alguns telespectadores relembraram as polêmicas que foram ao ar em sua exibição, fato este que logo foi confirmado pelo autor Miguel Falabella, que relembrou o fato de seus títulos sofrerem rejeição do público. A atriz Zezeh Barbosa, que integrou o elenco da trama, reconheceu a problemática da novela, mas lembrou que o autor não era racista e que o próprio havia sido mal compreendido quando trouxe as temáticas para o público.[23][24] A utilização da cartela de avisos sobre as obras retratarem os costumes da época começou a ser adotada a partir da exibição de Da Cor do Pecado (2004) no canal por assinatura Viva, que logo se expandiu na programação toda e no Globoplay. A trama citada, inclusive, tinha uma polêmica por conta do título ser baseado numa expressão racista.[25][26] A postura também acaba se diferenciando do tratamento adotado com Malhação 1998, em que uma cena de blackface acabou sendo eliminada na edição tanto no Viva, como nos Canais Globo, além da utilização de uma nova cartela, alertando que "eventualmente, algum trecho pode ser excluído desde que não gere prejuízo para a compreensão da narrativa".[27]

Música[editar | editar código-fonte]

Nacional[editar | editar código-fonte]

A Lua Me Disse: Nacional
A Lua Me Disse
Trilha sonora de Vários intérpretes
Lançamento 2005
Gênero(s)
Formato(s) CD
Gravadora(s) Som Livre

A trilha sonora nacional de A Lua Me Disse trouxe na capa Adriana Esteves caracterizada como Heloísa.[28]

Lista de faixas
N.º TítuloMúsicaPersonagem tema Duração
1. "Ninguém Merece"  Zeca PagodinhoMarisinha e Agenor 3:43
2. "Só Vou Gostar de Quem Gosta de Mim"  Caetano VelosoHeloísa 3:25
3. "O Caminho"  Bebel GilbertoJulieta 3:31
4. "Veneziana"  SimoneAdilson e Marta 3:16
5. "Por Que não Eu?"  Leoni e Herbert ViannaGustavo 3:42
6. "Lero Lero"  Erasmo CarlosAbertura 3:20
7. "Ciclo"  Jorge VerciloLúcio e Violeta 3:47
8. "Amar Você (Segredo do Meu Coração)"  The OriginalsAdemilde 3:45
9. "Um Mais Um"  SkankAdonias e Branca 3:45
10. "Eu Sou Neguinha?"  Vanessa da MataLatoya e Whitney 3:20
11. "Tatuagem"  GilmelândiaVioleta 3:24
12. "Dia Azul"  DjavanMadô 3:15
13. "Chuva de Gelo"  Circuladô de FulôGeral 3:31
14. "Impressão Digital"  Pepeu GomesGibraltar 3:38
15. "Medo"  Mart'náliaAdalgisa e Adail 3:27
16. "Arpoador"  Pedro BarretoSoraya e Pedro 3:31

Internacional[editar | editar código-fonte]

A Lua Me Disse: Internacional
A Lua Me Disse
Trilha sonora de Vários intérpretes
Lançamento 2005
Gênero(s)
Formato(s) CD
Gravadora(s) Som Livre

A trilha sonora internacional de A Lua Me Disse não teve lançamento físico, sendo liberado apenas para escutar no site oficial da novela e trazendo na capa Wagner Moura e Adriana Esteves caracterizados como Gustavo e Heloísa.[29]

Lista de faixas
N.º TítuloMúsicaPersonagem tema Duração
1. "Shut Up!"  Simple PlanAdonias 3:43
2. "Not All Me"  Alanis MorissetteHeloísa e Tadeu 3:25
3. "Stop, Look, Listen To Your Heart"  Michael McDonaldHeloísa e Gustavo 3:31
4. "Must Get Out"  Maroon 5Soraya e Pedro 3:16
5. "Never Know"  Jack JohnsonJulieta e Gibraltar 3:42
6. "Don't Lie"  Black Eyed PeasWhitney e Latoya 3:20
7. "Black Crow"  Diana KrallEster 3:47
8. "Why Do You Have to Be so Hard to Love"  Bryan AdamsLúcio e Violeta 3:45
9. "Lonely No More"  Rob ThomasAssunta e Murilinho 3:45
10. "First"  Lindsay LohanBranca 3:20
11. "You and I"  Michael BubléZelândia 3:24
12. "Speed of Sound"  ColdplayBeatriz e Gustavo 3:15
13. "Behind These Hazel Eyes"  Kelly ClarksonBranca 3:31
14. "Rock Generation"  SMSLocação: Pensão de Dona Roma 3:38
15. "Nos Hizos Falta Tiempo"  Luis MiguelAdemilde 3:27
16. "Killing the Name"  Metal FusionGeral 3:31

Outras mídias[editar | editar código-fonte]

Foi disponibilizada no Globoplay em 31 de julho de 2023.[30]

Repercussão[editar | editar código-fonte]

Críticas[editar | editar código-fonte]

A novela foi bem recebida pela crítica especializada. Para Daniela Ortega e James Cimino da Folha de S.Paulo a novela é "divertida, e tem tudo para cair no gosto do público", elogiando ainda o bom empenho de Patrícia Travassos como a Milionária Geórgia. A personagem Madô de Deborah Bloch também foi elogiada pelos jornalistas, que destacaram ainda o núcleo da família de Ademilde (Arlete Salles) e o romance entre Heloísa e Gustavo, personagens de Adriana Esteves e Wagner Moura: "a química do casal provoca torcida para que o romance dê certo".[31]

Para Bia Abramo, também da Folha de S.Paulo, "vez por outra, uma novela consegue criar e ainda cair no gosto do público. Sem fazer concessões estrambóticas, sem humilhar a inteligência do público". Afirmando ainda que "o espectador, ao mesmo tempo em que pode usufruir do prazer do previsível, é também surpreendido e até afrontado[...]passa por um equilíbrio muito delicado entre o humor e o escracho -há graça, há piada e há um sentido do dramático como há tempos não se via em novelas".[32]

Nilson Xavier, do site Teledramaturgia, também fez criticas positivas à novela, afirmando que "a sua maior qualidade foi a trama redonda, bem costurada, e o texto caprichado".[33]

O jornalista Alê Cavalcante, do site O Canal, escreveu que "a novela de Miguel Falabella tinha uma trama simples, mas eficiente, e ainda acertou ao fazer com maestria uma transição entre mocinho e vilão, quando o personagem de Marcos Pasquim se revelou um bandido depois de meses como namorado romântico da mocinha". Também elogiou o bom empenho de Wagner Moura afirmando que "ter Wagner Moura no elenco, por si só, já devia ser motivo suficiente para que A Lua Me Disse ganhasse uma segunda exibição".[34]

Audiência[editar | editar código-fonte]

Herdando a baixa audiência de Começar de Novo, a trama estreou com 32 pontos, o segundo pior resultado de uma "novela das sete" até então, atrás apenas de Desejos de Mulher – que enfrentou um apagão em seu primeiro capítulo.[35] Enfrentando a reta final de A Escrava Isaura, da RecordTV, a audiência de A Lua Me Disse foi caindo gradativamente e, em 29 de abril, marcou apenas 25 pontos, ficando à apenas 6 pontos de distância da concorrente na média geral e em segundo lugar por alguns minutos.[36] Após o fim da telenovela concorrente, A Lua Me Disse conseguiu se estabilizar entre 29 e 33 pontos, porém se tornou a menos assistida da emissora, atrás da "novela das seis" Alma Gêmea e da décima segunda temporada de Malhação.[37][38] Seu último capítulo teve média de 40 pontos, com picos de 44, sete a mais que a antecessora.[39] A Lua Me Disse teve média geral de 33 pontos, a quarta pior média da história das "novelas da sete" até então.[40]


Referências

  1. «Novelas da Globo no Exterior». designnova.blogspot.com. Consultado em 16 de novembro de 2011 
  2. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab ac ad ae af ag ah ai aj ak al am an ao ap aq ar as at au av aw ax ay az ba bb bc bd be bf bg bh bi bj bk bl bm bn bo bp bq br bs bt bu bv bw bx by bz ca cb cc cd ce cf cg ch ci cj ck cl cm cn co cp cq cr cs ct cu cv cw cx cy cz «A Lua me Disse». Teledramaturgia. Consultado em 21 de fevereiro de 2016. Cópia arquivada em 21 de fevereiro de 2016 
  3. a b c Memória Globo. «A Lua Me Disse». Consultado em 10 de janeiro de 2014 
  4. «Beco da Baiúca recebe gente nova em A Lua me Disse». Terra. 18 de maio de 2005. Consultado em 3 de dezembro de 2016 
  5. a b «Globo vai 'descongelar' Miguel Falabella». Folha de S.Paulo. 1 de maio de 2004. Consultado em 23 de abril de 2020 
  6. «Em 1998, Globo barrou Escândalo de Miguel Falabella às 19h». TV História. Consultado em 23 de abril de 2020 
  7. «Globo grava "A Lua Me Disse" na Áustria». Terra. 14 de março de 2005. Consultado em 4 de julho de 2016 
  8. a b «Muitos jovens atores se dão mal ao interpretar as personagens principais das novelas». Tribuna do Paraná. Consultado em 23 de abril de 2020 
  9. «Costureiro substitui Clodovil na Rede TV». Folha de S.Paulo. Consultado em 23 de abril de 2020 
  10. «Globo vai 'descongelar' Miguel Falabella». Folha de S.Paulo. Consultado em 23 de abril de 2020 
  11. «Ângelo Paes Leme integra elenco de A Lua me Disse». Terra. Consultado em 23 de abril de 2020 
  12. «"A Lua me Disse foi um presente", diz Monique Alfradique». Terra. Consultado em 23 de abril de 2020 
  13. «Wagner Moura deixa cinema de lado para fazer galã em novela». Folha Ilustrada. 24 de janeiro de 2005. Consultado em 24 de novembro de 2019 
  14. «Núcleo negro da novela "A Lua Me Disse" vai discutir preconceito». Folha de S.Paulo. Consultado em 28 de abril de 2020 
  15. a b «A Lua Me Disse: Estreava há 15 anos, com polêmica envolvendo atriz indígena». Aqui Tem Fofoca. Consultado em 28 de abril de 2020 
  16. «Autores de "A Lua me Disse" vão abrandar "castigo" de Latoya». UOL. Consultado em 28 de abril de 2020 
  17. «Após gays, índios boicotam novela de Miguel Falabella». Folha de S.Paulo. 13 de julho de 2005. Consultado em 24 de novembro de 2019 
  18. «Com índia maltratada e denúncia de racismo, novela da Globo virou caso de Justiça». UOL. Consultado em 28 de abril de 2020 
  19. «Procuradora veta ofensa a índia na novela "A Lua me Disse"». Folha de S.Paulo. 30 de agosto de 2005. Consultado em 4 de julho de 2016 
  20. «"Preconceito ou incorreção política?"». Folha de S.Paulo. Consultado em 28 de abril de 2020 
  21. «Grupo Gay da Bahia deve processar Miguel Falabella». UOL. 7 de julho de 2005. Consultado em 24 de novembro de 2019 
  22. «Cartela de aviso sobre A Lua me Disse ser disponibilizada na íntegra, alertando sobre as problemáticas e a realização de debates encima das cenas». Twitter. Consultado em 31 de julho de 2023 
  23. «Zezeh Barbosa quebra o silêncio sobre polêmica de racismo com Miguel Falabella na Globo». observatoriodosfamosos.uol.com.br. Consultado em 31 de julho de 2023 
  24. «Lucas Pasin - 'Minhas novelas não eram bem vistas dentro da Globo', diz Miguel Falabella». www.uol.com.br. Consultado em 31 de julho de 2023 
  25. Lima, Paulo (3 de fevereiro de 2004). «Da cor do preconceito». Observatório da Imprensa. Consultado em 31 de julho de 2023 
  26. Dia, O. «'Da Cor do Pecado': Canal VIVA inclui aviso após a reprise do primeiro capítulo | Televisão | O Dia». odia.ig.com.br. Consultado em 31 de julho de 2023 
  27. «Antiga novela da Globo terá cenas polêmicas cortadas | VEJA Gente». VEJA. Consultado em 31 de julho de 2023 
  28. «A Lua Me Disse». Teledramaturgia. Consultado em 23 de abril de 2020 
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  30. «Lançamentos de julho no Globoplay». Globo Imprensa. 30 de junho de 2023. Consultado em 30 de junho de 2023 
  31. «Primeira semana de "A Lua Me Disse" mantém audiência do horário». Folha de S.Paulo. Consultado em 28 de abril de 2020 
  32. «Falabella e Talma operam milagre às sete». Folha de S.Paulo. Consultado em 28 de abril de 2020 
  33. «A Lua Me disse». Seção Bastidores. Consultado em 10 de agosto de 2021 
  34. «5 novelas "fora do radar" que a Globo poderia reprisar às 19h». O Canal. Consultado em 28 de abril de 2020 
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  36. «Último capítulo de A Escrava Isaura rende pico de 23 pontos para a Record». Area Vip. 29 de abril de 2005. Consultado em 2 de janeiro de 2014. Arquivado do original em 1 de julho de 2016 
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  38. «"Alma Gêmea" recupera audiência da Globo». Estadão. Consultado em 28 de abril de 2020 
  39. «Fim de A Lua Me Disse rende média de 40 pontos». Terra. 30 de setembro de 2005. Consultado em 31 de março de 2015 
  40. «Ibope de novelas desaba na Globo; veja a queda - 18/09/2008 - UOL Notícias - Ooops!». Consultado em 29 de Dezembro de 2010 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]