Uga Uga

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Uga Uga
Uga Uga
Informação geral
Formato Telenovela
Gênero comédia de ação
Duração 50 minutos
Criador(es) Carlos Lombardi
Elenco
País de origem Brasil
Idioma original português
Episódios 221
Produção
Diretor(es) Wolf Maya
Câmera multicâmera
Roteirista(s) Margareth Boury
Tiago Santiago
Tema de abertura "Kotahitanga", Hinewehi Mohi
Exibição
Emissora original TV Globo
Distribuição TV Globo
Formato de exibição 480i (SDTV)
Transmissão original 8 de maio de 2000 – 19 de janeiro de 2001
Cronologia
Vila Madalena
Um Anjo Caiu do Céu

Uga Uga é uma telenovela brasileira produzida pela TV Globo e exibida originalmente de 8 de maio de 2000 a 19 de janeiro de 2001 em 221 capítulos,[2] com o último capítulo reexibido no dia subsequente, 20 de janeiro.[1] Substituiu Vila Madalena e foi substituída por Um Anjo Caiu do Céu, sendo a 60ª "novela das sete" exibida pela emissora.

Escrita por Carlos Lombardi, com a colaboração de Margareth Boury e Tiago Santiago, teve direção de João Camargo e Ary Coslov. A direção geral foi de Alexandre Avancini e Wolf Maya, também diretor de núcleo.[2]

Contou com as atuações de Cláudio Heinrich, Humberto Martins, Vivianne Pasmanter, Lima Duarte, Marcello Novaes, Betty Lago, Nair Bello e Marcos Pasquim.[1]

Enredo[editar | editar código-fonte]

Cláudio Heinrich caracterizado como Tatuapú.

Os biólogos Nikos Junior e Mag são assassinados por índios rebeldes durante uma expedição na Amazônia, deixando o pequeno Adriano – com apenas três anos – sozinho na selva, sendo salvo e cuidado pelo Pajé Anru de uma pacífica tribo. Passados vinte anos, agora sob o nome nativo de Tatuapú, o rapaz se tornou um legítimo índio, nem fazendo ideia que seu avô, Nikos, nunca deixou de procurá-lo e que ele é herdeiro único da poderosa fábrica de brinquedos Tróia. A insistência em encontrar o neto é um estorvo para a ambiciosa Santa, cunhada de Nikos, que deseja que o filho Rolando seja o herdeiro por hierarquia e ordena que este voe até o local onde Adriano desapareceu para simular interesse nas buscas. Ironicamente o avião de Rolando cai na selva e ele é salvo exatamente por Tatuapú. Em meio a esse acidente ainda estava Baldochi, homem que precisou forjar a própria morte anos antes, para fugir do bandido Turco, que ele havia ajudado a enviar para a cadeia, e que fugiu para se vingar.

Ele descobre que Tatuapú é Adriano e o leva para sua família no Rio de Janeiro, tornando-se seu mentor na cidade grande. Ao contar a todos que está vivo, Baldochi tem que lidar com Maria João, ex-noiva que ele deixou no altar no dia do casamento para fugir de Turco e que agora o odeia. Decidido a reconquistá-la, ele passa a disputar a amada com seu novo namorado, o malandro Beterraba, embora nem imagine que o irmão dela, Dinho, é na verdade filho dos dois. Já Tatuapú, além de uma nova vida que ele jamais imaginou que existia, enfrenta o dilema em estar dividido entre o amor puro de Guinevére e as aventuras com Bionda, moça doidivanas, que fugiu diversas vezes de casamentos arranjados pelos pais, Felipe e Vitória, exatamente no altar, fazendo a família sempre ser alvo de humilhação pública. Ela é irmã da ambiciosa Bruna, que só pensa em dinheiro e colocar as mãos na fortuna dos pais.

As duas são primas da atrapalhada Tati, uma pobretona da parte falida da família, que é facilmente enganada por todos por ser ingênua demais, inclusive pelo namorado, Rolando, mas que encontra o verdadeiro amor nos braços do mulherengo Van Damme, irmão de Baldochi, com quem tem uma fogosa relação. Já Bionda se divide entre três amores: o excêntrico de Tatuapú, o policial Salomão – com quem vive uma cômica relação de amor e ódio – e o sensual Amon. Já Stella é uma operária da fábrica de brinquedos que ignora os sentimentos de Ary por querer um homem rico, embora ele seja disputado por Shiva. Ainda há Brigitte, ex-aeromoça demitida quando descobrem que ela contrabandeava produtos no avião e que se torna tutora de Tatuapú.

Elenco[editar | editar código-fonte]

Intérprete Personagem[1]
Cláudio Heinrich Tatuapú Guapurú / Adriano Karabastos
Humberto Martins Bernardo Baldochi (Cala-Calú) / Bento
Vivianne Pasmanter Maria João Portela
Lima Duarte Nikolaos Karabastos (Nikos)
Marcello Novaes Darcy dos Santos (Beterraba)
Betty Lago Brigitte Limeira / Alice
Nair Bello Pierina Baldocchi
Vera Holtz Santa Karabastos
Marcos Pasquim Casemiro Baldochi (Van Damme)
Danielle Winits Tatiana da Silva Prado
Mariana Ximenes Bionda Arruda Prado
Ângelo Paes Leme Detetive Salomão Vargas
Marcelo Faria Detetive Amon Rá Guerra
Stepan Nercessian João Guerra
Nívea Stelmann Guinevére Anísio
Tato Gabus Mendes Anísio Karabastos
Heitor Martinez Rolando Karabastos
Roberto Bonfim Pajé Anrú Guapurú
Lúcia Veríssimo Maria Pellegrino (Maria Louca)
Sílvia Pfeifer Victória Arruda Prado
Wolf Maya Filipe Arruda Prado
Rita Guedes Stella Valim
Nelson Freitas Nilo
Mário Gomes Ladislau Pomeranz
Françoise Forton Larissa Vargas Pomeranz
Juliana Baroni Shiva Maria Vargas Pomeranz
Tatyane Goulart Lilith Vargas Pomeranz
Mateus Rocha Ary Torres
Alexandre Schumacher Zen
Delano Avelar Antônio Argel
Joana Limaverde Bruna Amaral
John Herbert Veludo Herrera
Geórgia Gomide Gherda Herrera
Oswaldo Loureiro Querubim Portela
Alexandre Lemos Bernardo Portela Baldocchi (Dinho)
Maria Ceiça Rosa Fontes
João Camargo Padre Euclides
Jorge Pontual Mutuca
Luiz Guilherme Turco
Hayrton Júnior Yvone Shirley
Beth Lamas Madá
Marcela Raffea Dóris
Hugo Gross Batista
Mônica Mattos Tânia
Pia Manfroni Penha
Vick Militello Dominatrix
Vanessa Nunes Penélope
João Carlos Barroso Pereirinha
Augusto Vargas Beto
Emanuelle Soncini Patuapá
Rachel Nunes Tuiuiú
Silvia Nobre Crocoká
George Bezerra José Carlos Fontes (Zeca)

Participações especiais[editar | editar código-fonte]

Intérprete Personagem
Marcos Frota Nikolaos Karabastos Júnior (Nikos Júnior)
Denise Fraga Magnólia Karabastos (Mag)
Luciano Szafir Pedro Paulo Amaral (PP)
Luiz Fernando Guimarães Comandante Varella
Inês Galvão Comandante Mendonça
Ricardo Petraglia Investigador Roberto
Jardel Mello Delegado Cunha
Bemvindo Sequeira Maurício
Edwin Luisi Gerárd
Cássia Linhares Lulu
Lolita Rodrigues Carmem
Bianca Castanho Ametista
Sokram Sommar Tupã
Taís Araújo Emilinha
Gabriel Braga Nunes Otacílio
Daniele Suzuki Sarah
Paula Burlamaqui Kate
Isadora Ribeiro Marlene
Carlos Bonow Xavier
Walter Breda Braz
Marcos Breda Gumercindo
Sérgio Loroza Pimpão
Clarice Niskier Amélia
Cláudia Lira Suzi
Oswaldo Louzada Dr. Moretti
Elias Gleizer Cego
Norma Geraldy Norma
Alexandre Zacchia Jambo
Miriam Pires Cecília
Cláudio Mamberti Paulão
Carlos Machado Alexandre
Betty Erthal Violeta
Regina Restelli Josefina
Osvaldo Mil Geraldão
Roberto Lopes Leão
Roney Villela Sardinha
Cláudia Liz Priscila
Tetê Vasconcelos Ruivão
Louise Ladvocat Teca
Daniel de Assis Trindade Ilorilá

Produção[editar | editar código-fonte]

As gravações externas ocorreram em Xerém, no Rio de Janeiro.

Originalmente a novela estrearia na faixa das 18h como substituta Força de um Desejo. No entanto, Carlos Lombardi nunca entregou o número de capítulos prévios suficientes para que a história inicial fosse avaliada e aprovada dentro do prazo limite – até setembro de 1999 – e Esplendor, de Ana Maria Moretzsohn, acabou ficando com a vaga para o horário.[3] O autor foi informado que teria mais cinco meses de prazo, uma vez que seu projeto foi promovido para "novela das sete" e estrearia em maio de 2000, substituindo Vila Madalena e em uma tentativa de inserir comédia para tentar salvar o horário.[4]

As gravações começaram em setembro de 1999.[4] As cenas iniciais de Baldochi, ambientadas na Costa Rica, foram gravadas em Vassouras, interior do Rio de Janeiro, cuja arquitetura cinquentista estava bem preservada.[1] As cachoeiras de Lumiar, também no Rio de Janeiro foram utilizadas para as sequências iniciais de Tatuapú, enquanto a reserva natural de Xerém serviram de cenário para a floresta que o personagem morava, onde a equipe também gravou diversas cenas de vista aéreas para dar veracidade às cenas da tribo, que eram de estúdio. Outras gravações ocorreram em Angra dos Reis e Miguel Pereira. Os cenógrafos Mário Monteiro e Maurício Rohlfs ficam responsáveis pela criação da cidade cenográfica que foi construída nos Estúdios Globo, sendo dividida em dois espaços principais: o primeiro era uma réplica do bairro carioca de Santa Teresa, onde a maior parte dos personagens morava, enquanto o segundo era a tribo de Tatuapú – a qual teve todo o cenário reaproveitado da tribo utilizada na minissérie A Muralha.[2]

A novela foi uma das que menos utilizaram os estúdios da emissora, tendo 30% de cenas de estúdio e 70% de externas.[5] Cada capítulo foi orçado em R$ 180 mil.[5] Inicialmente Uga Uga foi planejada para ter 160 capítulos porém a emissora pediu que ela fosse expandida para 250 capítulos, devido ao sucesso. O autor recusou, alegando que a história perderia fôlego com tanto tempo no ar, fechando um acordo para escrever mais 61 capítulos, totalizando 221, mais dois meses e meio no ar.[6]

Referências[editar | editar código-fonte]

Mogli e Tarzan foram duas das principais referências para a novela.

Carlos teve a ideia de escrever a novela após ler uma notícia nos jornais ocorrida em Belém, no Pará, sobre um fazendeiro que pedia ajuda para encontrar seu filho perdido desde a infância, quando indígenas que incendiaram seu sítio, mataram parte de sua família e levaram a criança.[7] Para evitar controvérsias, a história foi contrabalanceada com outro povo indígena que salva o protagonista.[7] Outra inspiração veio das diversas lendas que vinham desde o século XIX sobre crianças criadas sozinhas na natureza que retornaram com dificuldade à civilização e chegavam a atacar outros humanos, além da história verdadeira de Jean-Claude Auger.[8] O autor também citou como referências os personagens Tarzan e Mogli, presentes nos livros Tarzan, O Filho das Selvas, publicado pelo estadunidense Edgar Rice Burroughs em 1912, e O Livro da Selva, do britânico Rudyard Kipling em 1894, além do filme O Enigma de Kaspar Hauser, de 1974, sobre a real história da criança-fera Kaspar Hauser.[8]

Pela criação do personagem, Tatuapú classifica-se como um tarzanide, termo criado pelo crítico literário francês Francis Lacassin para definir personagens similares ao homem-macaco.[9] Além disso Carlos fez uma referência a personagem Tiazinha, interpretada por Suzana Alves no Programa H, da Band, ao escrever as cenas onde a personagem Santa saia pelas noites buscando rapazes novos para levar para a cama usando uma máscara e um chicote.[10] Já a abertura foi criada pelo diretor Gustavo Garnier e referencia a cultura das histórias em quadrinhos para atrair o público jovem, sendo que também a cada final de capítulo o gibi era "fechado" de forma animada.[2]

Escolha do elenco[editar | editar código-fonte]

Susana Vieira foi convidada para interpretar a antagonista Santa, porém a atriz recusou apenas por achar o nome da novela de mau gosto.[11][12] Originalmente Murilo Benício foi convidado para interpretar Beterraba, porém o ator já estava escalado como protagonista de Esplendor.[13] Marcos Palmeira chegou a aceitar o papel, porém foi deslocado antes do início das gravações para Porto dos Milagres, passando o personagem enfim para Marcello Novaes.[13] Carlos Lombardi queria um ator loiro para interpretar o protagonista para que o público não pudesse achar que em algum momento o personagem fosse indígena, deixando clara a intenção de ser um órfão perdido criado por povos originários, optando especialmente por Cláudio Heinrich, com quem o autor já havia trabalhado em Malhação.[14] O elenco contou com alguns nomes escolhidos pessoalmente pelo autor e já tradicionais em suas novelas, como Humberto Martins, Betty Lago, Françoise Forton, Mário Gomes, Marcelo Novaes e Tatyane Goulart.[15]

Para se preparar para o personagem, Cláudio Heinrich passou a fazer aulas intensivas de musculação para conquistar um corpo definido, além de passar por sessões de bronzeamento artificial para ficar com o bronzeado similar a alguém que nunca usou protetor.[16] O ator também passou uma semana no Parque Indígena do Xingu convivendo com indígenas Uailapiti e descendentes de indígenas, tendo também aulas de línguas tupi-guaranis para criar a língua própria do povo fictício da história.[16]

"Descamisados"[editar | editar código-fonte]

Mateus Rocha, Cláudio Heinrich, Humberto Martins, Marcos Pasquim e Marcello Novaes na capa da Isto É Gente como os "descamisados".

A tradição dos personagens seminus na maioria do tempo e cenas altamente sensuais em trabalhos de Carlos Lombardi também esteve presente em Uga Uga.[17] A revista Isto É avaliou que o público era atraído para a trama pelas cenas de Danielle Winits com trajes molhados e transparentes e Cláudio Heinrich usando apenas uma tanga.[17] Marcos Pasquim tornou-se um dos maiores símbolos sexuais da época, pelo corpo torneado e com pelos naturais – o protótipo da virilidade masculina na época – o que intensificou suas cenas usando apenas cueca e se relacionando com diversas mulheres ao longo da história.[17] O autor declarou que a sexualização da história era intencional: "No outono/inverno, o telespectador é atraído pelos cenários iluminados".[17] Tamanho foi o sucesso que a revista Isto É Gente realizou uma matéria especial falando sobre os "descamisados", trazendo Marcello Novaes, Mateus Rocha, Cláudio Heinrich, Humberto Martins e Marcos Pasquim sem camisa na capa.[18]

A imprensa tratou a repercussão como a invasão do "homem-objeto", alegando que a televisão estava repleta de mulheres seminuas há anos e que Uga Uga trouxe o homem como objeto também para o desejo das mulheres.[19] Cláudio Heinrich teve que parar uma das gravações na praia após um acumulo excessivo de pessoas em volta dele, que chegaram a cercar o carro de uma reportagem acreditando que o ator estivesse dentro.[19] Mateus Rocha chegou a ter seu órgão genital apalpado por mulheres e recebeu propostas em dinheiro para trocar favores sexuais, enquanto Marcello Novaes foi cercado por mulheres durante um desfile que fazia em Fortaleza, que furaram o cordão de segurança e atrapalharam o trabalho para assediá-lo.[19] Marcos Pasquim recebeu diversos convites para posar nu, mas não aceitou.[20] Apesar de interpretarem policiais, Ângelo Paes Leme e Marcelo Faria passaram a fazer cenas sem roupa e apareceram em nu traseiro.[21][21]

Para agradar o público masculino o autor também intensificou as cenas em que Danielle Winits e Joana Limaverde apareciam com amplos decotes ou de roupas íntimas, além de incorporar Mariana Ximenes e Nívea Stelmann em cenas na tribo de Tatuapú com trajes indígenas reveladores.[22] Porém, o excessivo apelo sexual da trama recebeu críticas da imprensa, como do jornal Folha de S.Paulo, que alegou que a novela deveria se chamar Sexo Sexo e que "...não importa a história. Tudo é motivo para estimular a libido dos telespectadores".[22] A novela chegou a ser notificada pelo Ministério da Justiça pelo excesso de sensualidade, ameaçando reclassifica-la para 12 anos, o que impediria sua exibição antes das 20h, porém isso não chegou a acontecer mesmo com o autor mantendo o teor das cenas.[23]

Conteúdo transmídia[editar | editar código-fonte]

Em setembro de 2000, devido ao sucesso da personagem Bionda com as crianças, a emissora fechou uma parceria com a empresa fabricante de brinquedos Estrela para lançar uma versão da boneca Susi com os traços e roupas do papel de Mariana Ximenes, com uma produção de cem mil unidades, além de relançar o tradicional boneco da década de 1980 Sapo Chulé, personagem criado pelo quadrinhista Paulo José,[24] que seria aromatizado com essência de queijo gorgonzola, e que na novela representaria o índio Tatuapú.[25][26] Os tererês metalizados utilizados também por Bionda também se tornaram um item comercial, apesar de não pelas empresas Globo, tendo sido vendido em lojas e bancas de camelô de forma informal.[2]

Trilha sonora[editar | editar código-fonte]

Nacional[editar | editar código-fonte]

Uga Uga: Nacional
Uga Uga
Trilha sonora de vários intérpretes
Lançamento 12 de setembro de 2000
Gênero(s)
Duração 57:48
Formato(s) CD
Gravadora(s) Som Livre

A primeira trilha sonora da telenovela foi lançada em 12 de setembro de 2000 pela Som Livre. A capa do álbum teve caricaturas presentes na abertura da novela.[1]

Lista de faixas
N.º TítuloMúsicaPersonagem tema Duração
1. "Viralata de Raça (Ao Vivo)"  Ney MatogrossoRolando 3:28
2. "Metamorfose Ambulante"  Primo JohnnyBionda 3:11
3. "Kotahitanga (Union)"  Hinewehi MohiAbertura 4:00
4. "Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim"  Ivete SangaloMaria João e Baldochi 4:09
5. "Aquela"  RaimundosBeterraba 3:22
6. "Fogueira"  Sandra de SáMaria João e Beterraba 3:53
7. "Tô Sem Grana"  ElétrikaBaldochi 4:06
8. "Vem"  Patrícia CoelhoTema Geral 3:52
9. "Deixa o Amor Acontecer (Betcha by Golly Wow)"  Roupa NovaTatuapú e Gui 3:45
10. "Não Tô Entendendo"  P.O.BoxTatiana 4:02
11. "Uma Antiga Manhã"  Marina LimaVitória 2:53
12. "Feelings"  Morris AlbertNikos 3:34
13. "Killing Me Softly (With His Song)"  Milton NascimentoVitória 4:59
14. "Minha Timidez"  Fat FamilySalomão 5:02
15. "Amar, Amar (True Love)"  João BoscoBrigite 3:24
Duração total:
57:48

Internacional[editar | editar código-fonte]

Uga Uga: Internacional
Uga Uga
Trilha sonora de vários intérpretes
Lançamento 12 de setembro de 2000
Gênero(s)
Duração 64:21
Formato(s) CD
Gravadora(s) Som Livre

A segunda trilha sonora da telenovela foi lançada em 12 de setembro de 2000 pela Som Livre, compilando canções internacionais. Cláudio Heinrich ilustrou a capa do álbum.[1]

Lista de faixas
N.º TítuloMúsicaPersonagem tema Duração
1. "I Turn to You"  Christina AguileraMaria João e Baldochi 4:04
2. "You Sang to Me"  Marc AnthonyVitória 5:46
3. "Hold Me Tight"  Michael AllenGeral 3:35
4. "Kayomani"  Kundalini RisingTatuapú 3:42
5. "I Try"  Macy GrayBrigite 3:52
6. "Back At One"  Brian McKnightVan Damme e Tati 4:21
7. "Lovin' You"  FernandaTatuapú e Gui 3:48
8. "Are You Still Having Fun?"  Eagle-Eye CherryGeral 3:06
9. "Northern Star"  Melanie CAry 4:39
10. "Thank You For Loving Me"  Bon JoviAmon 5:07
11. "I'll Be Holding On"  RomeoGui 3:33
12. "Breathless"  The CorrsBionda 3:25
13. "I Wanna Be With You"  Mandy MooreTatuapú e Bionda 4:12
14. "Back For Good"  Giselle HallerBruna 3:48
15. "Where Are You?"  BossonTatuapú 3:39
16. "Anything You Want"  BengalooBeterraba 3:38
Duração total:
64:21

Audiência[editar | editar código-fonte]

Uga Uga estreou com 42 pontos de média e picos de 47, representando um aumento de dez pontos em relação a estreia da anterior, Vila Madalena, tornando-se também a maior audiência da emissora naquele dia, empatada com a "novela das oito" Terra Nostra.[27]

A média da primeira semana fechou em 37 pontos, a melhor em três anos.[17] Durante os dois primeiros meses os índices se mantiveram positivos entre 35 e 36 pontos, um aumento de três pontos em relação a antecessora e seis a Andando nas Nuvens.[28] Em 23 de agosto a trama bateu seu recorde com 51 pontos.[29]

O último capítulo marcou 40 pontos, com picos de 51. Uga Uga teve média geral de 38 pontos, acima do esperado pela emissora – a meta para o horário na época era de 30 – sendo a melhor audiência das "novelas das sete" desde Cara & Coroa, em 1995.[30]

Apesar do grande sucesso de audiência na época e dos pedidos de exibição por parte dos telespectadores, a novela nunca foi reprisada.[31]

Outras mídias[editar | editar código-fonte]

Dando continuidade ao processo de resgate, através do Projeto Resgate[32], a novela foi disponibilizada na íntegra no Globoplay em 27 de fevereiro de 2023.[33]

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

A personagem de Betty Lago foi alvo de protestos por parte do Sindicato Nacional dos Aeronautas, que reclamaram do comportamento pouco ortodoxo da aeromoça.[34]

O estereótipo criado na novela causou imensa revolta entre indígenas, que afirmavam que a novela estava incentivando a sexualização de povos nativos, além de serem retratados como "animais de atração em um circo, usados para chamar a atenção".[35]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

  • Prêmio Millenium

Melhor Atriz: Mariana Ximenes

Atriz Revelação: Mariana Ximenes

  • Prêmio Magnífico

Melhor Atriz: Mariana Ximenes

Melhor Atriz: Mariana Ximenes

Melhor Atriz: Mariana Ximenes

Referências

  1. a b c d e f g «Teledramaturgia». Teledramaturgia. Consultado em 30 de março de 2018 
  2. a b c d e Memória Globo. «Uga Uga». Consultado em 19 de janeiro de 2001 
  3. «Pressa é a palavra de ordem em "Esplendor"». Folha de S.Paulo. Consultado em 30 de março de 2018 
  4. a b «Na selva». Jornal Virtual. Consultado em 30 de março de 2018 
  5. a b «Confira o que vai acontecer na novela Uga Uga». Terra. Consultado em 30 de março de 2018 
  6. Daniel Castro (9 de setembro de 2000). «"Uga Uga" é espichada e vai vender bonecos». Folha de S Paulo. Consultado em 3 de dezembro de 2017 
  7. a b «Uga Uga, a novela que surgiu a partir de uma notícia de jornal». Junior de astro. Consultado em 30 de março de 2018 
  8. a b «Uga Uga fez história ao vencer outras duas estreias há 17 anos». Observatório da Televisão. Consultado em 30 de março de 2018 
  9. Association pour la diffusion de la pensée française, France. Direction générale des relations culturelles (2001). Bulletin critique du livre français, Edições 628-630. [S.l.]: Association pour la diffusion de la pensée française 
  10. «Vera Holtz encarna uma "tiazona" na novela das sete da Globo». Folha de S.Paulo. Consultado em 30 de março de 2018 
  11. «Susana Vieira diz que recusou papel em 'Uga Uga' por achar feio o nome da novela». Folha de S.Paulo. Consultado em 30 de março de 2018 
  12. «Durante "Vídeo Show", Susana Vieira revela que recusou papel em "Uga Uga" por um motivo muito curioso». Revista Veja. Consultado em 30 de março de 2018 
  13. a b «Novela traz tipos "repetidos"». Folha de S.Paulo. Consultado em 30 de março de 2018 
  14. «Estética jovem, diálogos palpitantes e divertidas caricaturas devem repetir sucesso de Lombardi». Terra. Consultado em 30 de março de 2018 
  15. «Os "queridinhos" dos autores». Revista Época. Consultado em 30 de março de 2018 
  16. a b «Mim galã, você índio». Terra. Consultado em 30 de março de 2018 
  17. a b c d e «Carlos Lombardi transforma a novela global das sete Uga uga num sucesso de audiência graças ao festival de bíceps e seios de seus atores». Revista Isto É. Consultado em 30 de março de 2018 
  18. «Isto É Gente Magazine [Brazil] (2 October 2000)». Famous Fix. Consultado em 30 de março de 2018 
  19. a b c «Elas querem descamisados». Terra. Consultado em 30 de março de 2018 
  20. «Assédio à flor da pele». Terra. Consultado em 30 de março de 2018 
  21. a b «A serviço da arte dramática». Terra. Consultado em 30 de março de 2018 
  22. a b «"Uga Uga" deveria se chamar "Sexo Sexo"». Folha de S.Paulo. Consultado em 30 de março de 2018 
  23. «Pelados em rede nacional: cinco cenas do tempo em que a nudez era normal». UOL. Consultado em 30 de março de 2018 
  24. «"Uga Uga" é espichada e vai vender bonecos». Folha de S.Paulo. 9 de setembro de 2000 
  25. «"Uga Uga" vai vender bonecos da Estrela». Diário de Cuiabá. Consultado em 30 de março de 2018. Arquivado do original em 1 de abril de 2018 
  26. «Acordo com a Globo deve elevar vendas da Estrela». Estadão. Consultado em 30 de março de 2018. Arquivado do original em 4 de março de 2016 
  27. «"Uga Uga" estréia com boa audiência, mas Record naufraga». Folha Ilustrada. 9 de maio de 2000. Consultado em 3 de dezembro de 2017 
  28. «Bonitões e muito humor levantam a audiência da novela das sete». Terra. Consultado em 30 de março de 2018 
  29. «Audiência detalhada: "Uga Uga"». TV Audiência. Consultado em 30 de março de 2018 
  30. «Ibope de novelas desaba na Globo; veja a queda». UOL. Consultado em 30 de março de 2018 
  31. Costa, Fábio. «Dancin' Days e Uga Uga devem ser as novelas de fevereiro no Projeto Resgate do Globoplay». Observatório da TV. Consultado em 28 de fevereiro de 2023. Cópia arquivada em 28 de fevereiro de 2023 
  32. Costa, Fábio. «Projeto Resgate e Projeto Originalidade confundem alguns assinantes do Globoplay, mas alvoroçam a "bolha noveleira"». Observatório da TV. Consultado em 3 de março de 2023. Cópia arquivada em 3 de março de 2023 
  33. «Destaques de fevereiro no Globoplay». Globo Imprensa. 31 de janeiro de 2023. Consultado em 31 de janeiro de 2023 
  34. «Turbulência no ar - Veja On-Line 21-06-2000» 
  35. Cristian Klein (19 de novembro de 2000). «Índios protestam contra estereótipos de "Uga Uga"». Folha de S Paulo. Consultado em 3 de dezembro de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]