Sistema Automático de Transporte Urbano: diferenças entre revisões
Não se sabe que destino será dado às infra-estruturas. Estas permanecem, mas estão trancadas, fechadas, e abandonadas. |
O SATU (ou SATUO, ou SATUOeiras [1] — Sistema Automático de Transporte Urbano de Oeiras) foi um sistema de transporte urbano por cabo sobre carris e sem tripulação instalado em Paço de Arcos, no concelho de Oeiras, em Portugal. Ligava “Navegantes |
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Devido a prejuízos acumulados, a suspensão do serviço começou a ser equacionada em outubro de 2014 e a sua extinção foi anunciada em Abril de 2015, com efeitos a partir de 31 de Maio desse ano, data em que foi dissolvida a empresa municipal que operava o serviço.<ref name="Publico">[http://www.publico.pt/local/noticia/satu-acaba-em-maio-mas-camara-de-oeiras-nao-fica-com-as-dividas-1691859 SATU de Oeiras fará a última viagem a 31 de Maio], ''Público'', 9 de Abril de 2015. Vista em 9 de Abril de 2015.</ref> |
Devido a prejuízos acumulados, a suspensão do serviço começou a ser equacionada em outubro de 2014 e a sua extinção foi anunciada em Abril de 2015, com efeitos a partir de 31 de Maio desse ano, data em que foi dissolvida a empresa municipal que operava o serviço.<ref name="Publico">[http://www.publico.pt/local/noticia/satu-acaba-em-maio-mas-camara-de-oeiras-nao-fica-com-as-dividas-1691859 SATU de Oeiras fará a última viagem a 31 de Maio], ''Público'', 9 de Abril de 2015. Vista em 9 de Abril de 2015.</ref> |
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Não se sabe que destino será dado às infra-estruturas. Estas permanecem, mas estão trancadas, fechadas, e abandonadas. |
Não se sabe que destino será dado às infra-estruturas. Estas permanecem, mas estão trancadas, fechadas, e portanto, abandonadas. |
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== Rede e expansões == |
== Rede e expansões == |
Revisão das 07h39min de 7 de maio de 2016
SATU | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Viaduto em Paço de Arcos | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Diagrama da da linha | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Comprimento: | 1 km | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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O SATU (ou SATUO, ou SATUOeiras [1] — Sistema Automático de Transporte Urbano de Oeiras) foi um sistema de transporte urbano por cabo sobre carris e sem tripulação instalado em Paço de Arcos, no concelho de Oeiras, em Portugal. Ligava “Navegantes”, na estação ferroviária de Paço de Arcos (Linha de Cascais), a “Forum” — no Centro Comercial Oeiras Parque. Foi inaugurado em 7 de junho de 2004 e percorria pouco mais de um quilómetro; estava previsto seu prolongamento para norte até à estação ferroviária de Agualva-Cacém (Linha de Sintra)[2].
Nos primeiros meses de 2015, antes do encerramento definitivo, tinha uma média diária de 550 passageiros.
Devido a prejuízos acumulados, a suspensão do serviço começou a ser equacionada em outubro de 2014 e a sua extinção foi anunciada em Abril de 2015, com efeitos a partir de 31 de Maio desse ano, data em que foi dissolvida a empresa municipal que operava o serviço.[3]
Não se sabe que destino será dado às infra-estruturas. Estas permanecem, mas estão trancadas, fechadas, e portanto, abandonadas.
Rede e expansões
A rede estendia-se desde o centro histórico de Paço de Arcos (Estação “Navegantes”) até ao centro comercial Oeiras Parque (Estação “Forum”) passando pelo bairro da Tapada do Mocho (Estação “Tapada”).
Uma 2.ª fase, prevista desde a construção, previa o prolongamento até ao Lagoas Park em Porto Salvo.[4] Em sucessivos adiamentos e reformulações, este acrescento manteve-se sem alterações no projeto.
A 3.ª fase atingiria o TagusPark, com as estações intermédias de Penalvas (designada por Campo da Bola em versões anteriores do projeto[4]), Ermida, Mercado, Leião, e Santa Bárbara.[5]
A 4.ª fase, levaria a linha do SATU até ao Cacém,[5] possibilitando assim ligação entre a Linha de Sintra e a Linha de Cascais — um objetivo último frequentemente ventilado desde o início do projeto.[2] As novas estações intermédias seriam Católica e Casal do Cotão, a construir no prolongamento a partir do TagusPark.[5] Esta fase contemplava, desde 2013, um ramal com término em São Marcos e uma estação intermédia, Cabanas, que se inseriria na linha principal à esquerda à saída da estação “Católica”, no sentido oriundo do Cacém.[5]
Horário
O SATU funcionava todos os dias, das 08:00 às 00:30. A frequência máxima de passagem era de quatro minutos (com toda a frota de carruagens a circular ininterruptamente) mas nas horas de menos movimento as carruagens podem imobilizar-se passando a reagir por “chamada” (como um elevador) assim que for franqueada entrada a passageiros.
Características técnicas
Circulavam duas cabinas não-motorizadas, sem tripulação, com capacidade para 106 passageiros cada[6], ligadas a um cabo sem-fim traccionado centralmente (motor eléctrico na estação-base, “Navegantes”) e apoiadas sobre um trilho de dois carris num leito instalado sobre um viaduto de betão, atingindo uma velocidade máxima de 40 km/h[6]. A linha era de via única, cruzando-se as cabinas nas paragens (de ambos os lados da respectiva plataforma central), que são antecedidas e precedidas de entroncamentos em "Y". Tecnicamente designado por um sistema APM (automatic people mover, transporte hectométrico)[6], pode ser considerado como um teleférico sobre carris.
Bilhética
O título de transporte válido a bordo do SATU é exclusivo, não participando dos acordos respeitantes aos passes sociais da região de Lisboa.
Tarifário
- 1,15 € - bilhete de ida, válido no dia da aquisição.
- 1,65 € - bilhete de ida e volta, válido no dia da aquisição.
- 2,85 € - bilhete sem limite de viagens, válido no dia da aquisição.
- 6,15 € - bilhete de 10 viagens, válido por 90 dias. (Para utilização individual em diferido ou simultânea em grupo.)
- 10,25 € - bilhete de 20 viagens, válido por 90 dias.
Na primeira aquisição, ao valor da tarifa acrescia o custo do cartão recarregável (0,50 €): «O cartão é recarregável, não o deite fora!»
O tarifário do SATU assentava nos seguintes pressupostos:
- Os bilhetes de ida, ida e volta e 1 dia são bilhetes mais apropriados para serem adquiridos por passageiros ocasionais, sendo estes utilizados quando se viaja no SATU uma única vez ou menos que 2 a 3 vezes por mês.
- Os bilhetes de 10 e 20 viagens são bilhetes mais apropriados para serem adquiridos por passageiros frequentes, sendo estes, utilizados quando se viaja no SATU pelo menos 1 ou 2 vezes por semana, ficando o custo unitário de cada viagem aproximadamente a 0,62 € e 0,51 € respectivamente.
História
O programa do SATU foi lançado durante a primeira presidência municipal de Isaltino Morais em Oeiras, tendo sido concluído durante o mandato de Teresa Zambujo, em 2004. Este resultou de uma parceria entre a Câmara Municipal Oeiras e a empresa Teixeira Duarte. Foi então criada a SATUOEIRAS - Sistema Automático de Transporte Urbano, E.M., detida a 51% pela Câmara Municipal de Oeiras sendo os restantes 49% detidos pela Teixeira Duarte. O investimento envolvido para a construção da 1.ª fase envolveu cerca de 23 milhões de euros.
Em 2007 os proveitos operacionais da SATUOEIRAS - Sistema Automático de Transporte Urbano, E.M. foram de 243 milhares de Euros, registando-se um aumento de 19% no número de utentes e 14% nas receitas.[7]
Os presidentes das câmaras municipais de Oeiras e de Sintra assinaram um protocolo de cooperação em julho de 2009, declarando que contam negociar com o Banco Europeu de Investimento, recorrer a fundos comunitários e solicitar apoio estatal para financiar a ligação dos dois concelhos pelo SATU. Segundo declarações ao Diário de Notícias:
Isaltino Morais arrisca que «a ligação ao Lagoas Park faz-se num ano e pouco e que havendo projectos e financiamento, em cinco ou seis anos chega ao Cacém». Já Fernando Seara diz esperar que o protocolo «tenha êxito nos próximos 10 anos»[2].
Nos termos de legislação aprovada em 2012, as empresas municipais que apresentem prejuízos durante três anos consecutivos são encerradas:[carece de fontes] A 18 de outubro de 2014 foi anunciado que a empresa municipal SATUOeiras seria alvo de «dissolução oficiosa» por decisão do Ministério das Finanças de 29 de agosto desse ano, devido à «verificação de três das quatro situações de natureza financeira que implicam a dissolução obrigatória das empresas muncipais»,[8] inviabillizando, assim, a proposta e o financiamento do projecto de extensão da rede até à estação ferroviária do Cacém, aprovados pela Câmara de Oeiras a 25 de julho de 2013.[9] Os prejuízos rondam os três milhões de euros por ano.[carece de fontes] A sua extinção, a partir de 31 de maio de 2015, foi anunciada a 8 de abril de 2015.[3]
Polémicas
O SATU e a sua implementação foi tudo menos pacíficos. As vantagens a ele inerentes não evitaram a formulação de críticas e processos judiciais por parte dos moradores do bairro da Tapada do Mocho, reportadas ao ruído por este emitido, bem como pelo facto de a linha do SATU estar junto a janelas, rente a edifícios de habitação preexistentes, sombra criada sobre os edifícios e perda de vistas para o mar, destruição de espaços verdes e praga de pombos que usam a estação como refúgio, tratando-se ainda de um meio de transporte sem utilizadores, sendo conhecido como 'comboio-fantasma'. A isso juntam-se também os protestos dos vereadores da oposição pelos elevados custos de manutenção aliados às baixas taxas de ocupação. A estas críticas o presidente da câmara Isaltino Morais respondeu sustentando que o SATU só atingirá o break-even aquando da conclusão da segunda fase até ao LagoasPark. [10]
Referências
- ↑ Estas três denominações podem ser constatadas em documentos emanados da (ou citados pela) própria Câmara Municipal de Oeiras: Uma procura efectuada a 2008.06.26 devolveu "SATU", "SATUO", e "SATUOeiras".
- ↑ a b c «DN 01 Agosto 2009 - Autarcas unem Sintra a Oeiras através da linha ferroviária» Parâmetro desconhecido
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ignorado (|acessodata=
) sugerido (ajuda) - ↑ a b SATU de Oeiras fará a última viagem a 31 de Maio, Público, 9 de Abril de 2015. Vista em 9 de Abril de 2015.
- ↑ a b «Movimento Oeiras Mais à Frente (25-05-2009) SATU Fase II» (PDF) [ligação inativa] Parâmetro desconhecido
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) sugerido (ajuda) - ↑ a b c d «Mapas Económico-Financeiros Previsionais Avaliação do Equilíbrio Plurianual de Resultados» (PDF) Parâmetro desconhecido
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ignorado (|acessodata=
) sugerido (ajuda) - ↑ a b c Especialização em Transportes e Vias de Comunicação da Ordem dos Engenheiros; CT 162 (Comissão Técnica de Normalização N.º 162 - Instalações por Cabo para o Transporte de Pessoas); CATIM (Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica) (3 de março de 2008). «Resumo do relatório do Painel dedicado ao tema: "Instalações por Cabo para Transporte de Pessoas (Funiculares, Teleféricos e APM's)"». Consultado em 1 de janeiro de 2009
- ↑ «Teixeira Duarte (2007) Relatório de Gestão do Conselho de Administração (p. 78)» (PDF) Parâmetro desconhecido
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) sugerido (ajuda) - ↑ «Ministra das Finanças acabou com o sonho ferroviário de Isaltino Morais» Parâmetro desconhecido
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) sugerido (ajuda) - ↑ «Câmara de Oeiras garante dez milhões de euros para levar o SATU até ao Cacém» Parâmetro desconhecido
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) sugerido (ajuda) - ↑ Protestos dos moradores da Tapada do Mocho, RTP