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Ernesto Geisel: diferenças entre revisões

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'''Ernesto Beckmann Geisel''' {{small|[[Ordem Militar de Sant'Iago da Espada|GColSE]] • [[Ordem do Infante D. Henrique|GColIH]]}} ([[Bento Gonçalves (Rio Grande do Sul)|Bento Gonçalves]], {{dtlink|lang=br|3|8|1907}} – [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], {{dtlink|lang=br|12|9|1996}}) foi um [[político]] e [[militar]] [[brasil]]eiro, que entre 1974 e 1979 foi o [[Lista de presidentes do Brasil|29º]] [[Presidente do Brasil]], sendo o quarto na [[ditadura militar brasileira]].<ref>{{citar web|url=http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/governo-geisel-1974-1979-distensao-oposicoes-e-crise-economica.jhtm|título="Distensão", oposições e crise econômica|autor=Renato Cancian||publicado=UOL Educação|acessodata=14 de outubro de 2011}}</ref>
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Filho de [[Imigração alemã no Brasil|imigrantes]] [[luteranismo|luteranos]] [[Povo alemão|alemães]], estudou no Colégio Martinho Lutero de [[Estrela (Rio Grande do Sul)|Estrela]] e no [[Colégio Militar de Porto Alegre]], formando-se aspirante a oficial na Escola Militar de Realengo, atual [[Escola Militar de Realengo|Academia Militar das Agulhas Negras]], na arma de artilharia.<ref name="UOL - Educação"/> Ingressou na carreira política ao ser nomeado chefe da Casa Militar do governo do Presidente [[Humberto de Alencar Castelo Branco|Castelo Branco]], em 1964. Fez parte do grupo de militares castelistas que combateram a candidatura do Marechal [[Costa e Silva]] à presidência da República.<ref name="UOL - Educação"/> Castelo promoveu-o ainda a [[General-de-exército]] em 1966 e nomeou-o [[Ministro]] do [[Superior Tribunal Militar]] em 1967. No governo de [[Emílio Médici]], tornou-se presidente da [[Petrobras]], enquanto seu irmão [[Orlando Geisel]] tornara-se [[Ministério do Exército (Brasil)|Ministro do Exército]]; o apoio de Orlando foi decisivo para que Médici o escolhesse como candidato à Presidência em 1974. Em 1974, [[Eleição presidencial brasileira de 1974|candidatou-se à presidência]] pela [[Aliança Renovadora Nacional]] (ARENA), tendo [[Adalberto Pereira dos Santos]] como vice, vencendo com quatrocentos votos (84,04%) a chapa oposicionista de [[Ulysses Guimarães]] e [[Barbosa Lima Sobrinho]] do [[Movimento Democrático Brasileiro|MDB]], que obteve 76 votos (15,96%).<ref name= "acervo"/>
Filho de [[Imigração alemã no Brasil|imigrantes]] [[luteranismo|luteranos]] [[Povo alemão|alemães]], estudou no Colégio Martinho Lutero de [[Estrela (Rio Grande do Sul)|Estrela]] e no [[Colégio Militar de Porto Alegre]], formando-se aspirante a oficial na Escola Militar de Realengo, atual [[Escola Militar de Realengo|Academia Militar das Agulhas Negras]], na arma de artilharia.<ref name="UOL - Educação"/> Ingressou na carreira política ao ser nomeado chefe da [[Casa Militar (Brasil)|Casa Militar]] do governo do Presidente [[Humberto de Alencar Castelo Branco|Castelo Branco]], em 1964. Fez parte do grupo de militares castelistas que combateram a candidatura do Marechal [[Costa e Silva]] à presidência da República.<ref name="UOL - Educação"/> Castelo promoveu-o ainda a [[General-de-exército]] em 1966 e nomeou-o [[Ministro]] do [[Superior Tribunal Militar]] em 1967. No governo de [[Emílio Médici]], tornou-se presidente da [[Petrobras]], enquanto seu irmão [[Orlando Geisel]] tornara-se [[Ministério do Exército (Brasil)|Ministro do Exército]]; o apoio de Orlando foi decisivo para que Médici o escolhesse como candidato à Presidência em 1974. Em 1974, [[Eleição presidencial brasileira de 1974|candidatou-se à presidência]] pela [[Aliança Renovadora Nacional]] (ARENA), tendo [[Adalberto Pereira dos Santos]] como vice, vencendo com quatrocentos votos (84,04%) a chapa oposicionista de [[Ulysses Guimarães]] e [[Barbosa Lima Sobrinho]] do [[Movimento Democrático Brasileiro|MDB]], que obteve 76 votos (15,96%).<ref name= "acervo"/>


Assumiu a Presidência do Brasil em 15 de março de 1974.<ref name="InfoEscola"/> Seu governo foi marcado pelo início de uma abertura política e amenização da repressão imposta pela ditadura militar, mas encontrou fortes oposições de políticos chamados de [[linha-dura]].<ref name="InfoEscola">{{citar web |url=http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/governo-de-ernesto-geisel/ |título=Governo de Ernesto Geisel |acessodata=25 de agosto de 2012 |autor=Antonio Gasparetto Junior |coautores= |data=9 de setembro de 2008 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=InfoEscola |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> Durante seu mandato, ficaram marcados os seguintes acontecimentos: a fusão da [[Guanabara]] ao [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], a divisão do [[Mato Grosso]] com a criação do [[Mato Grosso do Sul]], reatamento de relações diplomáticas com a [[República Popular da China]], reconhecimento da [[independência]] de [[Angola]], realização de acordos nucleares com a [[Alemanha Ocidental]], início do processo de redemocratização do país, extinção do [[Ato Institucional Número Cinco|AI-5]] e grande adiantamento da construção da [[Usina Hidrelétrica de Itaipu]].<ref name="InfoEscola"/>
Assumiu a [[Presidente do Brasil|Presidência do Brasil]] em 15 de março de 1974.<ref name="InfoEscola"/> Seu governo foi marcado pelo início de uma abertura política e amenização da repressão imposta pela [[Ditadura militar brasileira|ditadura militar]], mas encontrou fortes oposições de políticos chamados de [[linha-dura]].<ref name="InfoEscola">{{citar web |url=http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/governo-de-ernesto-geisel/ |título=Governo de Ernesto Geisel |acessodata=25 de agosto de 2012 |autor=Antonio Gasparetto Junior |coautores= |data=9 de setembro de 2008 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=InfoEscola |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> Durante seu mandato, ficaram marcados os seguintes acontecimentos: a fusão da [[Guanabara]] ao [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], a divisão do [[Mato Grosso]] com a criação do [[Mato Grosso do Sul]], reatamento de relações diplomáticas com a [[República Popular da China]], reconhecimento da [[independência]] de [[Angola]], realização de acordos nucleares com a [[Alemanha Ocidental]], início do processo de redemocratização do país, extinção do [[Ato Institucional Número Cinco|AI-5]] e grande adiantamento da construção da [[Usina Hidrelétrica de Itaipu]].<ref name="InfoEscola"/>


Em sua vida pós-presidência, Geisel manteve influência sobre o Exército ao longo da [[década de 1980]] e, nas [[Eleição presidencial brasileira de 1985|eleições presidenciais de 1985]], apoiou o candidato oposicionista vitorioso [[Tancredo Neves]], o que levou à diminuição das resistências a Tancredo no meio militar. Foi presidente da Norquisa, empresa ligada ao setor [[petroquímico]].
Em sua vida pós-presidência, Geisel manteve influência sobre o [[Exército Brasileiro|Exército]] ao longo da [[década de 1980]] e, nas [[Eleição presidencial brasileira de 1985|eleições presidenciais de 1985]], apoiou o candidato oposicionista vitorioso [[Tancredo Neves]], o que levou à diminuição das resistências a Tancredo no meio militar. Foi presidente da Norquisa, empresa ligada ao setor [[petroquímico]].


== Início de vida ==
== Início de vida ==
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===Presidente da República===
===Presidente da República===
O Governo de Ernesto Geisel foi marcado pela necessidade de se administrar o avanço das oposições legais frente os sinais de crise da [[Ditadura militar brasileira|ditadura]]. O processo de eleição do novo presidente foi marcado por eleições indiretas onde o [[Movimento Democrático Brasileiro (1966)|MDB]] lançou os nomes de [[Ulysses Guimarães]] e [[Barbosa Lima Sobrinho]] enquanto “concorrentes” do candidato do [[Aliança Renovadora Nacional|ARENA]]. Mesmo sabendo que não chegariam ao poder, a chapa do MDB correu em campanha denunciado as falhas do regime militar e a opressão do sistema.<ref name=":0">{{Citar web|url=https://brasilescola.uol.com.br/historiab/ernesto-geisel.htm|titulo=Governo Geisel (1974 - 1979)|acessodata=2023-01-15|website=Brasil Escola|lingua=pt-br}}</ref>
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Entretanto, as reformas não repercutiam o efeito esperado, pois a economia nacional não tinha condições próprias para se recuperar de seus problemas. Assim como o Brasil sofreu os efeitos da crise do petróleo, as grandes potências econômicas também passavam por um momento de retração generalizada. Em meio a uma economia enfraquecida, os setores de oposição política oficial ganhavam maior força de atuação política.

A busca por reformas foi sentida nas eleições parlamentares de 1974, onde mais de 40% das cadeiras do [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]] foram ocupadas por integrantes do [[Movimento Democrático Brasileiro (1980)|MDB]]. Os militares da chamada “linha dura” começaram a perceber a desaprovação popular frente o regime. Em contrapartida, outros integrantes do regime defendiam a necessidade de flexibilização que pudesse dar maior longevidade ao governo militar.

O contexto marcado por contradições acabou incitando os setores mais radicais do regime a cometerem atos de extremo autoritarismo. Em outubro de 1975, o jornalista [[Vladimir Herzog]] foi assassinado nos corredores do II Exército de São Paulo. Segundo as fontes oficiais, o jornalista teria se matado na prisão. No entanto, as fotos do incidente estranhamente mostravam seu pescoço amarrado a um lençol e com os pés ao chão.

O episódio acabou dando forças para que diversas entidades representativas se unissem em torno de duas grandes reivindicações: a anistia aos presos políticos e a realização de uma nova Constituinte. Entre as entidades que encabeçaram essas lutas se destacavam a [[Ordem dos Advogados do Brasil]], a Associação Brasileira para o Progresso da Ciência, a [[Associação Brasileira de Imprensa]], Comitê Brasileiro pela Anistia, as [[Comunidades Eclesiais de Base]] e a [[União Nacional dos Estudantes|União dos Estudantes do Brasil]].<ref name=":0" /><ref>{{Citar web|url=https://www.todamateria.com.br/ernesto-geisel/|titulo=Quem foi Ernesto Geisel? Tudo sobre o Governo de Ernesto Geisel|acessodata=2023-01-15|website=Toda Matéria|lingua=pt-br}}</ref>


Geisel dedicou-se à abertura política, articulada pelo general [[Golbery do Couto e Silva]], que encontrou resistência nos militares da chamada linha-dura, sendo que o episódio mais dramático foi a demissão do [[Ministério do Exército (Brasil)|ministro do exército]], [[Sylvio Frota]], em 12 de outubro de 1977.
Geisel dedicou-se à abertura política, articulada pelo general [[Golbery do Couto e Silva]], que encontrou resistência nos militares da chamada linha-dura, sendo que o episódio mais dramático foi a demissão do [[Ministério do Exército (Brasil)|ministro do exército]], [[Sylvio Frota]], em 12 de outubro de 1977.

Revisão das 16h50min de 15 de janeiro de 2023

Ernesto Geisel
Ernesto Geisel
29.º Presidente do Brasil
Período 15 de março de 1974
a 15 de março de 1979
Vice-presidente Adalberto Pereira dos Santos
Antecessor(a) Emílio Garrastazu Médici
Sucessor(a) João Figueiredo
13.º Presidente da Petrobras
Período 5 de novembro de 1969
a 6 de julho de 1973
Antecessor(a) Waldemar Levy Cardoso
Sucessor(a) Floriano Peixoto Faria Lima
Ministro do Superior Tribunal Militar
Período 20 de março de 1967
a 27 de outubro de 1969
Antecessor(a) Floriano de Lima Brayner
Sucessor(a) Jurandir Bizarria Mamede
Ministro-chefe do Gabinete Militar
Período 15 de abril de 1964
a 15 de março de 1967
Antecessor(a) André Fernandes de Sousa
Sucessor(a) Jaime Portela de Melo
Período 25 de agosto de 1961
a 8 de setembro de 1961
Antecessor(a) Pedro Geraldo de Almeida
Sucessor(a) Amaury Kruel
Dados pessoais
Nome completo Ernesto Beckmann Geisel
Nascimento 3 de agosto de 1907
Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul
Morte 12 de setembro de 1996 (89 anos)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Progenitores Mãe: Lydia Beckmann
Pai: Wilhelm August Geisel
Alma mater Escola Militar do Realengo
Cônjuge Lucy Markus (1939–1996)
Filhos(as) Amália (n.1945)
Orlando (1940-1957)
Partido Aliança Renovadora Nacional
Religião Luteranismo/agnosticismo[1]
Profissão militar
Assinatura Assinatura de Ernesto Geisel
Serviço militar
Lealdade  Brasil
Serviço/ramo Exército Brasileiro
Anos de serviço 19271969
Graduação General de Exército
Conflitos Revolução de 1930
Revolução Constitucionalista
Discurso de Ernesto Geisel, em 1975.

Ernesto Beckmann Geisel GColSEGColIH (Bento Gonçalves, 3 de agosto de 1907Rio de Janeiro, 12 de setembro de 1996) foi um político e militar brasileiro, que entre 1974 e 1979 foi o 29º Presidente do Brasil, sendo o quarto na ditadura militar brasileira.[2]

Filho de imigrantes luteranos alemães, estudou no Colégio Martinho Lutero de Estrela e no Colégio Militar de Porto Alegre, formando-se aspirante a oficial na Escola Militar de Realengo, atual Academia Militar das Agulhas Negras, na arma de artilharia.[3] Ingressou na carreira política ao ser nomeado chefe da Casa Militar do governo do Presidente Castelo Branco, em 1964. Fez parte do grupo de militares castelistas que combateram a candidatura do Marechal Costa e Silva à presidência da República.[3] Castelo promoveu-o ainda a General-de-exército em 1966 e nomeou-o Ministro do Superior Tribunal Militar em 1967. No governo de Emílio Médici, tornou-se presidente da Petrobras, enquanto seu irmão Orlando Geisel tornara-se Ministro do Exército; o apoio de Orlando foi decisivo para que Médici o escolhesse como candidato à Presidência em 1974. Em 1974, candidatou-se à presidência pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA), tendo Adalberto Pereira dos Santos como vice, vencendo com quatrocentos votos (84,04%) a chapa oposicionista de Ulysses Guimarães e Barbosa Lima Sobrinho do MDB, que obteve 76 votos (15,96%).[4]

Assumiu a Presidência do Brasil em 15 de março de 1974.[5] Seu governo foi marcado pelo início de uma abertura política e amenização da repressão imposta pela ditadura militar, mas encontrou fortes oposições de políticos chamados de linha-dura.[5] Durante seu mandato, ficaram marcados os seguintes acontecimentos: a fusão da Guanabara ao Rio de Janeiro, a divisão do Mato Grosso com a criação do Mato Grosso do Sul, reatamento de relações diplomáticas com a República Popular da China, reconhecimento da independência de Angola, realização de acordos nucleares com a Alemanha Ocidental, início do processo de redemocratização do país, extinção do AI-5 e grande adiantamento da construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu.[5]

Em sua vida pós-presidência, Geisel manteve influência sobre o Exército ao longo da década de 1980 e, nas eleições presidenciais de 1985, apoiou o candidato oposicionista vitorioso Tancredo Neves, o que levou à diminuição das resistências a Tancredo no meio militar. Foi presidente da Norquisa, empresa ligada ao setor petroquímico.

Início de vida

Geisel nasceu em Bento Gonçalves, em 3 de agosto de 1907. Seu pai era Wilhelm August Geisel, imigrante alemão luterano,[3] que chegou ao Brasil em 1883, oriundo de Herborn, no estado de Hesse. No Brasil, mudou seu nome para Guilherme Augusto Geisel, a fim de facilitar a pronúncia. Sua mãe foi Lydia Beckmann, brasileira de Teutônia (RS), filha de pais alemães oriundos de Osnabruque, no estado da Baixa Saxônia. Em Bento Gonçalves, onde Geisel nasceu, havia apenas duas famílias de origem alemã - os Geisel e os Dreher- enquanto que a maioria da população era composta por imigrantes italianos. Sobre o contato com os imigrantes italianos locais durante sua infância, Geisel descreveu os contrastes culturais entre a educação estrita e rigorosa que seus pais alemães impunham, em comparação com a liberdade e o modo de vida mais livre que seus amigos italianos tinham, os quais ele admirava. Geisel foi criado numa família luterana (o avô era pastor), a qual ele classificava como de classe média baixa, relativamente pobre.[6] Em entrevista, Ernesto Geisel declarou que, em sua infância, entendia e falava o alemão, embora nunca tendo aprendido a ler nesse idioma. Na idade adulta, entendia o idioma, mas falava com dificuldade.[7] Tinha quatro irmãos: Amália, Bernardo, Henrique e Orlando. Passou a infância em Teutônia e Estrela.[8]

Dois de seus irmãos também ingressaram na carreira das armas e tornaram-se generais: Henrique Geisel e Orlando Geisel, que chegou a ser ministro do exército durante o governo de Emílio Garrastazu Médici.

Geisel e Getúlio Vargas. Recife, 1940.

Início de carreira

Ernesto Geisel ingressou no Colégio Militar de Porto Alegre em 1921 e em 1928 formou-se oficial na Escola Militar de Realengo. Participou de ações militares na Revolução de 1930 como tenente.[9] Fez parte das tropas federais que combateram a Revolução Constitucionalista, de 1932.

No início dos anos 30 também desempenhou as funções de secretário de fazenda da Paraíba, quando os tenentes da Revolução de 1930 passaram a ocupar cargos políticos.

Em 1940 Geisel casou com sua prima de primeiro grau, Lucy, com quem teve dois filhos: Amália e Orlando, este último falecido num acidente de trem em 1957.[10]

Vida política

Na década de 1950, Geisel comandou a guarnição de Quitaúna e gerenciou a refinaria de Cubatão, ambas no estado de São Paulo. Durante este período, ele estreitou suas ligações com o grupo militar que mais tarde seria conhecido como "Sorbonne", ligado à Escola Superior de Guerra.[9]

Geisel sempre teve interesse na área de extração petrolífera, tendo dirigido a refinaria de Cubatão em 1956, a Petrobras (1969 a 1973) e, após 1979, a Norquisa, depois de ter deixado a presidência da República.

Ernesto Geisel durante jantar oferecido ao presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, 29 de março de 1978. Ao lado de Geisel a primeira-dama norte-americana, Rosalynn Carter.

Em sua gestão na presidência da Petrobras, empresa estatal que deteve até a década de 90 o monopólio da extração de petróleo no Brasil, concentrou esforços na exploração da plataforma submarina, tendo obtido resultados positivos. Conseguiu acordos no exterior para a pesquisa e firmou convênios com o Iraque, o Egito e o Equador.[9]

Após o Golpe de Estado em 1964, em 15 de abril de 1964 foi nomeado chefe da Casa Militar pelo presidente Castelo Branco,[3] que o encarregou de averiguar denúncias de torturas em unidades militares do Nordeste do Brasil.

Geisel fez parte do grupo de militares castelistas que combateram a candidatura do marechal Costa e Silva à presidência da República.

Castello Branco promoveu-o a general de exército em 1966, e nomeou-o ainda ministro do Superior Tribunal Militar em 1967.

Com a posse de Costa e Silva na presidência, Geisel caiu no ostracismo político. No governo de Emílio Médici tornou-se presidente da Petrobras, enquanto seu irmão Orlando Geisel se tornou o ministro do Exército.[5] O apoio do irmão Orlando foi decisivo para que Médici o escolhesse como candidato à presidência da república para o mandato de 1974-1979.[5]

Presidente da República

O Governo de Ernesto Geisel foi marcado pela necessidade de se administrar o avanço das oposições legais frente os sinais de crise da ditadura. O processo de eleição do novo presidente foi marcado por eleições indiretas onde o MDB lançou os nomes de Ulysses Guimarães e Barbosa Lima Sobrinho enquanto “concorrentes” do candidato do ARENA. Mesmo sabendo que não chegariam ao poder, a chapa do MDB correu em campanha denunciado as falhas do regime militar e a opressão do sistema.[11]

Lançado oficialmente candidato da ARENA à presidência em 18 de junho de 1973, foi eleito presidente com 400 votos, contra 76 do "anticandidato" Ulysses Guimarães, do MDB, em 15 de janeiro de 1974.[4][9]

Em face aos problemas enfrentados naquela época, o governo Geisel convocou Mario Henrique Simonsen para assumir o Ministério da Fazenda. Anunciado o II Plano Nacional de Desenvolvimento (II-PND), o governo buscava conciliar a retomada do crescimento econômico com a contenção da onda inflacionária. Dando prioridade ao desenvolvimento de bens de capital, o novo governo investiu principalmente nas empresas estatais.

Entretanto, as reformas não repercutiam o efeito esperado, pois a economia nacional não tinha condições próprias para se recuperar de seus problemas. Assim como o Brasil sofreu os efeitos da crise do petróleo, as grandes potências econômicas também passavam por um momento de retração generalizada. Em meio a uma economia enfraquecida, os setores de oposição política oficial ganhavam maior força de atuação política.

A busca por reformas foi sentida nas eleições parlamentares de 1974, onde mais de 40% das cadeiras do Congresso Nacional foram ocupadas por integrantes do MDB. Os militares da chamada “linha dura” começaram a perceber a desaprovação popular frente o regime. Em contrapartida, outros integrantes do regime defendiam a necessidade de flexibilização que pudesse dar maior longevidade ao governo militar.

O contexto marcado por contradições acabou incitando os setores mais radicais do regime a cometerem atos de extremo autoritarismo. Em outubro de 1975, o jornalista Vladimir Herzog foi assassinado nos corredores do II Exército de São Paulo. Segundo as fontes oficiais, o jornalista teria se matado na prisão. No entanto, as fotos do incidente estranhamente mostravam seu pescoço amarrado a um lençol e com os pés ao chão.

O episódio acabou dando forças para que diversas entidades representativas se unissem em torno de duas grandes reivindicações: a anistia aos presos políticos e a realização de uma nova Constituinte. Entre as entidades que encabeçaram essas lutas se destacavam a Ordem dos Advogados do Brasil, a Associação Brasileira para o Progresso da Ciência, a Associação Brasileira de Imprensa, Comitê Brasileiro pela Anistia, as Comunidades Eclesiais de Base e a União dos Estudantes do Brasil.[11][12]

Geisel dedicou-se à abertura política, articulada pelo general Golbery do Couto e Silva, que encontrou resistência nos militares da chamada linha-dura, sendo que o episódio mais dramático foi a demissão do ministro do exército, Sylvio Frota, em 12 de outubro de 1977.

Em 1977, em Sarandi, acontece uma invasão de terras na fazenda Annoni que dá início ao MST existente até hoje.[9]

Outro fato marcante foi a exoneração do General Ednardo D'Ávila Mello, comandante do II Exército, após as mortes do jornalista Wladimir Herzog, em 1975, e do metalúrgico Manuel Fiel Filho, em 1976, em dependências militares paulistas.

Geisel conseguiu fazer seu sucessor João Figueiredo, que continuou a abertura política do país.

Posse de Ernesto Geisel como Presidente da República, 1974. Arquivo Nacional.

Principais realizações do Governo Geisel

Posse do presidente Ernesto Geisel e de seu vice Adalberto Pereira dos Santos, em sessão conjunta do Congresso Nacional.

Estes foram alguns dos principais planos do governo Geisel:[9]

Condecorações

Em 1 de junho de 1977 foi agraciado pelo estado português, com o Grande-Colar da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e em 13 de fevereiro de 1979 foi agraciado com o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique.[17]

Memorando da CIA

Um memorando da CIA afirma que o general conhecia e autorizou a execução de opositores durante a ditadura militar. Esse documento, de 11 de abril de 1974, foi elaborado pelo então diretor da CIA, William Egan Colby, e endereçado ao secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger, tendo sido revelado no Brasil em maio de 2018, pelo pesquisador Matias Spektor, da Fundação Getúlio Vargas, quando foi tornado público pelo governo americano. O texto se refere a um suposto encontro, em 30 de março de 1974, entre Geisel, João Batista Figueiredo, então chefe do Serviço Nacional de Informações, e os generais Milton Tavares de Souza e Confúcio Danton de Paula Avelino, que trabalhavam no Centro de Inteligência do Exército (CIE). O general Milton, segundo o documento, disse que o Brasil não poderia ignorar a "ameaça terrorista e subversiva", e que "os métodos extralegais deveriam continuar a ser empregados contra subversivos perigosos". Além disso, Geisel teria dito ao general Figueiredo que a política deveria continuar, mas que se deveria tomar "muito cuidado para assegurar que apenas subversivos perigosos fossem executados". Ainda conforme o memorando, todas as execuções deveriam ser aprovadas por Figueiredo, sucessor de Geisel até 1985. Partes do documento permanecem em sigilo.[18]

Segundo os dados da Comissão Nacional da Verdade (CNV), 89 pessoas morreram ou desapareceram no Brasil por motivos políticos, a partir de 1º de abril de 1974, a data posterior àquela em que o encontro dos generais teria ocorrido, isto é, desde que Geisel teria autorizado a execução de opositores. Além disso, houve onze pessoas que podem ter morrido ou desaparecido e possivelmente muitos casos que não foram registrados. Conforme o relato divulgado, Geisel pediu para pensar durante o fim de semana de 1974. Então, no dia 1º de abril, ele e Figueiredo decidiram implantar as ações propostas, mas destacaram que apenas "subversivos perigosos" deveriam ser executados. Figueiredo concordou com a consulta ao presidente quando o CIE apreendesse uma pessoa. As informações sobre as vítimas do regime militar estão nos relatórios da CNV, que foi criada para apurar violações de diretos humanos entre 1946 e 1988. A informação agora disponível muda a imagem de Geisel, antes tido como moderado, visto que se pensava que as execuções ocorriam contra a sua vontade.[19][20]

No entanto, fontes dos Estados Unidos reforçam trecho do memorando da CIA de 1974 no qual o então diretor da agência, William Colby, disse que o Presidente Geisel buscaria ter o controle sobre o principal órgão de repressão do Exército, o CIE (Centro de Informações do Exército). Esse fato efetivamente aconteceu, o que confirma a ação fundamental do Presidente na abertura política.[21]

Vida após a presidência

Como ex-presidente, manteve influência sobre o exército ao longo dos anos 80, e em 1985, seu apoio à candidatura de Tancredo Neves, nas eleições indiretas daquele ano, derrotando Paulo Maluf. Seu apoio diminuiu as resistências a Tancredo no meio militar. Também foi presidente da Norquisa, empresa ligada ao setor petroquímico.

Em 1997, a Fundação Getúlio Vargas publicou a transcrição de seu depoimento, no qual narrou sua vida particular, militar e política.

Depois de deixar a presidência, Geisel passou a alternar sua residência entre dois locais: um apartamento no Edifício Debret,[22] no bairro Ipanema, residência na qual morou até a sua morte, e uma granja de sua propriedade na cidade de Teresópolis.[23]

Morte
Túmulo de Ernesto Geisel e demais membros da família.
Túmulo de Ernesto e Lucy Geisel no Cemitério Evangélico de Porto Alegre

Ernesto Geisel morreu aos 89 anos, no dia 12 de setembro de 1996, de câncer generalizado.[5] Foi sepultado no Cemitério de São João Batista na cidade do Rio de Janeiro,[24] mas no ano de 2003 os restos mortais de Ernesto e Lucy Geisel foram transladados para o Cemitério Evangélico de Porto Alegre.

Bibliografia

  • _______, Viagem do Presidente Geisel À Alemanha, Assessoria da Presidência da República, Editora Brasília, 1978.
  • ______, Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro, Fundação Getúlio Vargas, 1984.
  • ABREU, Hugo de Andrade, O outro lado do poder, Nova Fronteira, 1979.
  • ARAÚJO, Maria Celina de, CASTRO, Celso, orgs, Ernesto Geisel , Editora FGV, RJ, 1997.
  • BARROS, Adirson de, Geisel e a Revolução Brasileira, Editora Artenova, 1976.
  • CASTRO, Celso, Dossiê Geisel , Editora FGV,RJ, 2002.
  • CURY, Levy, Um Homem Chamado Geisel, Editora Horizonte, 1978.
  • GEISEL, Ernesto, Discursos, 5 volumes, 1978, Assessoria de Imprensa da Presidência, 1979.
  • GÓES, Waldemar de, O Brasil do General Geisel, Nova Fronteira, 1978.
  • JORGE, Fernando, As Diretrizes Governamentais do Presidente Ernesto Geisel, Edição do Autor, 1976.
  • JORGE, Fernando, Geisel - o Presidente da Abertura, Companhia Editora Nacional, 2007.
  • FALCÃO, Armando, Tudo a declarar, Nova Fronteira, 1989.
  • FALCÃO, Armando, Geisel do Tenente ao Presidente, Editora Nova Fronteira, 1995.
  • FROTA, Sylvio, Ideais Traídos, Jorge Zahar, 2006.
  • OLIVEIRA, Eliézer Rizzo de, De Geisel a Collor Forças Armadas, Transição e Democracia, Editora Papirus, 1984.
  • SILVA, Hélio, Ernesto Geisel - 25ª Presidente do Brasil, Editora Três, 1983.
  • STUMPF, Andre Gustavo, PEREIRA Filho, Segunda Guerra: Sucessão de Geisel, Editora Brasiliense, 1979.
  • VIEIRA, R. A. Amaral, Crônica dos Anos Geisel, Editora Forense Universitária, 1987.

Ver também

Referências

  1. A Ditadura Derrotada, Elio Gaspari, p. 361 e 362. "Luterano por hábito familiar, o general era um agnóstico discreto e anticlerical assumido. Acreditava quando muito na existência de uma força criadora do universo, a qual, no entanto, seria um ente da física, não uma divindade. Nunca se dirigira ao sobrenatural. Entendia as religiões como sacrários de princípios. Lembrava-se dos padres de Bento Gonçalves ameaçando com o inferno quem entrasse em templo protestante, da professora primária ensinando que a Santa Madre era a Igreja “única e verdadeira”. Em condições normais, Geisel era anticlerical por agnóstico. Com uma Igreja na oposição, à sua esquerda, por convicção."
  2. Renato Cancian. «"Distensão", oposições e crise econômica». UOL Educação. Consultado em 14 de outubro de 2011 
  3. a b c d «Ernesto Geisel - Biografia». Centro de Informação de Acervos dos Presidentes da República e Almanaque Abril. UOL - Educação. Consultado em 25 de agosto de 2012 
  4. a b «Geisel eleito, por 400 votos a 76». Folha de S.Paulo. 16 de janeiro de 1974. Consultado em 22 de março de 2016 
  5. a b c d e f Antonio Gasparetto Junior (9 de setembro de 2008). «Governo de Ernesto Geisel». InfoEscola. Consultado em 25 de agosto de 2012 
  6. KOIFMAN, Fábio. Presidentes Do Brasil: De Deodoro A FHC.
  7. D'ARAUJO, Maria Celina. Ernesto Geisel.
  8. GASPARI, Elio. A Ditadura Derrotada. São Paulo:Companhia da Letras, 2003. p.29
  9. a b c d e f Rainer Sousa. «Governo Geisel (1974-1979)». R7. Brasil Escola. Consultado em 25 de agosto de 2012 
  10. «Morte de Lucy Markus Geisel». 15 de março de 2000. Consultado em 13 de dezembro de 2010 
  11. a b «Governo Geisel (1974 - 1979)». Brasil Escola. Consultado em 15 de janeiro de 2023 
  12. «Quem foi Ernesto Geisel? Tudo sobre o Governo de Ernesto Geisel». Toda Matéria. Consultado em 15 de janeiro de 2023 
  13. «GDP growth (annual %) | Data». data.worldbank.org (em inglês). Consultado em 16 de junho de 2017 
  14. «Inflação e Dívida Pública». R7. Consultado em 26 de fevereiro de 2018 
  15. «Ernesto Geisel». Educacao UOL. Consultado em 13 de junho de 2014 
  16. «Lei nº 6.515, de 28 de junho de 1977». Planalto. Consultado em 12 de novembro de 2017 
  17. «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Ernesto Geisel". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 24 de março de 2016 
  18. «Em memorando, diretor da CIA diz que Geisel autorizou execução de opositores durante ditadura». G1. 10 de maio de 2018. Consultado em 11 de maio de 2018 
  19. «89 morreram ou desapareceram após reunião relatada pela CIA em que Geisel autoriza mortes; veja lista». G1. 12 de maio de 2018. Consultado em 12 de maio de 2018 
  20. Marília Marques (11 de maio de 2018). «Memorando da CIA reforça que imagem de 'moderado' de Geisel era falsa, dizem historiadores». G1. Consultado em 12 de maio de 2018 
  21. «Geisel quis controlar repressão, dizem EUA». FSP. 16 de maio de 2018. Consultado em 19 de maio de 2018 
  22. GASPARI, Élio. A Ditadura Acabada. Editora Intrínseca, 2016
  23. Folha de S.Paulo. "Patrimônios presidenciais". Coluna de Mário Sergio Conti. 02/02/2016
  24. Folha online (12 de setembro de 1996). «Geisel será enterrado no Rio nesta sexta». Consultado em 1 de julho de 2016 

Ligações externas

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Brasil.
29º Presidente do Brasil

1974 — 1979
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