Brasileiros brancos

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Brasileiros brancos
População total

Brancos
91 051 646 brasileiros brancos
47,73% da população do Brasil[15]

Regiões com população significativa
Todas as regiões do Brasil. Predominante nas regiões Sul e Sudeste.
Línguas
Predominantemente português
Religiões
Católicos romanos 74,66% · Protestantes 15,16% · Sem religião 6,09% · Kardecismo 1,87% · Outros cristãos (inclui as Testemunhas de Jeová, Católicos brasileiros, Mormons e Ortodoxos) 1,19%.[16] Grupos minoritários incluem caucasianos que professam o budismo, judaísmo e islamismo.
Grupos étnicos relacionados
Brasileiros, Portugueses, Italianos, Alemães, Espanhóis, Árabes, Polacos, Ucranianos, Libaneses, Estadunidenses brancos, Franceses, Holandeses, Lituanos, Judeus

Os brasileiros brancos formam 47,73% da população do Brasil, são 91 051 646 pessoas, de acordo com o censo de 2010 do IBGE.[17] Os brancos estão presentes em todo o território brasileiro, embora as principais concentrações sejam encontradas no Sul e em algumas partes do Sudeste como São Paulo e Rio de Janeiro.

Os brasileiros brancos são todas as pessoas que são descendentes ou parcialmente descendentes de imigrantes europeus e de outros imigrantes brancos. As principais ascendências dos brasileiros brancos são de portugueses, italianos, espanhóis, alemães, incluindo austríacos, grupos eslavos e árabes, como libaneses.[18]

História

Colonização portuguesa

O Brasil recebeu mais imigrantes europeus na sua época colonial do que os Estados Unidos da América. Entre 1500 e 1760, 700.000 europeus se instalaram no Brasil, enquanto 530.000 europeus se instalaram nos Estados Unidos no mesmo período.[19]

Uma característica da colonização portuguesa é que ela era dominantemente masculina. A emigração portuguesa para o Brasil nos séculos XVI e XVII foi composta praticamente somente por homens. O colono português típico no Brasil era um jovem no fim da adolescência ou com pouco mais de vinte anos, preveniente das províncias do Norte de Portugal, mais notadamente do Minho, de Trás-os-Montes e do Alto Douro, ou das ilhas atlânticas. Mulheres brancas em idade de se casar eram raras em todo o império marítimo português. As poucas famílias portuguesas que imigraram para o Brasil tendiam a ficar no litoral, nos portos marítimos, raramente penetrando o interior. A situação se modificou um pouco no século XVIII, quando aumentou a migração de famílias oriundas das ilhas dos Açores e da Madeira.[20]

"A Primeira Missa no Brasil", por Victor Meirelles.

Além do fato de que eram raras as mulheres portuguesas que chegavam à colônia em idade de se casar, as poucas mulheres brancas que restavam frequentemente se mantinham celibatárias, pois era tradição entre as famílias brancas aristocráticas ou de maior poder aquisitivo enviar suas filhas para conventos, onde seguiam o caminho religioso.[20]

Dada essa ausência de mulheres brancas disponíveis ao matrimônio, se mostrava inevitável que o colono português tomasse como amante uma mulher de origem africana ou indígena. A preocupação da Coroa Portuguesa com a escassez de casamentos entre brancos sacramentados pela igreja se mostrou evidente em 1732, quando dom João V proibiu a saída de mulheres do Brasil, salvo algumas exceções. Visando coibir a miscigenação, em decreto real de 1726, o rei exigia que todos os candidatos a cargos nas câmaras municipais de Minas Gerais deveriam ser brancos e maridos ou viúvos de mulheres brancas. Medidas restritivas como esta, porém, não conseguiriam restringir a tendência natural à miscigenação na colônia.[20]

Assim, a população "branca" do Brasil colonial não se formou pela multiplicação de famílias europeias na colônia, como ocorreu, por exemplo, nos Estados Unidos, mas pela miscigenação entre pais europeus e mães africanas ou indígenas, dando origem a uma população "branca por definição", quase toda mestiçada, em maior ou em menor grau. Esta população, falando português e completamente integrada à cultura neobrasileira, ajudaria o colonizador a impôr sua marca dominante no Brasil.[21] O grau de "brancura" no Brasil colonial não era medido apenas pela ascendência ou pelo fenótipo (cor da pele, tipo de cabelo, traços físicos), mas também por qualidades como classe social, riqueza, posição social. Havia uma flexibilidade nas classificações raciais, o que alguns autores chamam de "válvula de escape mulata", uma vez que na América Portuguesa, diferente de outros pontos das Américas, uma pessoa não era irrevogavelmente negra ou branca, havendo maior permeação. Em suma, havia tantas "exceções" que a exceção se tornava a regra no Brasil colonial.[20]

Os brancos sempre foram minoria durante todo o período colonial, nunca ultrapassando os 30% do conjunto da população, enquanto caboclos, negros, mulatos e índios compunham os 70% restantes.[22] Apesar disso, a minoria branca sempre gozou de privilégios concedidos pela Coroa Portuguesa.[20] Os colonos brancos do Brasil eram conscientes de sua inferioridade numérica em comparação à população de cor escrava ou livre e viviam temerosos de uma possível "rebelião negra", à semelhança do que aconteceria no Haiti no final do século XIX. A posição dos brancos como setor dominante da sociedade colonial era fortalecido por decretos reais e leis locais. A Coroa, os vice-reis, os governadores, as câmaras municipais e os colonos brancos compartilhavam da ideia de que os portugueses eram os detentores da cultura, da ordem moral, da cristandade e da autoridade constituída.[20]

As restrições impostas pelo governo português afetavam principalmente a população de origem africana, já que índios e filhos de ameríndios com brancos recebiam alguma proteção da lei portuguesa. Ao assumir o governo de Minas Gerais e São Paulo em 1710, uma das primeiras medidas adotadas por Antônio de Albuquerque Coelho foi proibir que negros, mulatos, índios carijós ou mestiços, livres ou libertos, pudessem portar espada ou arma de fogo, sob pena de açoitamento público no pelourinho. Na relação com a justiça, havia um conjunto de leis e punições voltadas para os brancos e outras para os não brancos. Na São Paulo do século XVIII, os acusados brancos por contrabando de ouro eram penalizados com o banimento para Angola e multa de 2.000 cruzados, enquanto negros, mulatos e índios, além do banimento, recebiam quatrocentas chicotadas. Era comum que juízes condenassem um indivíduo de origem africana à revelia, sem a necessidade de provas.[20]

Desembarque da princesa Leopoldina no Rio de Janeiro em 1817. A família real portuguesa estabeleceu-se no Brasil para fugir da invasão da Península Ibérica pelas tropas de Napoleão.

Para ocupar serviços públicos da Coroa, da municipalidade, do judiciário, nas igrejas e nas ordens religiosas era necessário comprovar a "pureza de sangue", ou seja, apenas se admitiam brancos, banindo negros e mulatos, "dentro dos quatro graus em que o mulatismo é impedimento". Era exigida a comprovação da "brancura" dos candidatos a cargos. Este processo envolvia interrogatório de testemunhas, sindicâncias longas no Brasil e em Portugal para atestar a inquestionável origem branca e cristã-velha do indivíduo.[20] Caso o homem fosse casado, essa exigência também se aplicava à esposa. Apesar da insistência da Coroa Portuguesa na "pureza de sangue", às vezes essa regra tinha que ser flexibilizada, principalmente nas regiões onde era escassa a população branca. Por exemplo, no inicio do século XVIII, a falta de candidatos brancos para ocupar vagas de vereador em Minas Gerais levou à aceitação de mulatos para os cargos. Porém essa tolerância foi extinta em 1726 pelo rei João V, sob a alegação de que já havia famílias de "nascimento limpo" na capitania para ocupar essas vagas, tornando-se "indecoroso que eles (os cargos) sejam ocupados por pessoas em que haja semelhante defeito".[20]

Nos primeiros dois séculos de colonização, estima-se que 100 mil portugueses foram para o Brasil. É notável que a maioria dos colonos portugueses chegou ao Brasil no século XVIII: 600.000 em um período de apenas 60 anos. A exploração de ouro na região de Minas Gerais foi um fator crucial para a chegada deste contingente de imigrantes.[23]

O impacto demográfico dos europeus no período colonial não foi pequeno.[24]: "um 'rush' de proporções gigantescas, que relativamente às condições da colônia é ainda mais acentuado e violento que o famoso 'rush' californiano do séc. XIX" Caio Prado Júnior.[25] Em razão desse movimento migratório é que o economista Celso Furtado pôde dizer que: "Como o grosso desses imigrantes eram lusitanos, cabe deduzir que Portugal contribuiu com um maior contigente de população para o Brasil do que a Espanha para todas as suas colônias da América".[26] Nas palavras do português Simão Ferreira Machado em Triunfo Eucarístico, livro publicado em Lisboa em 1734, ao se referir ao rush do Ouro [27]: "Viu-se em breve tempo transplantado meio Portugal a este empório".

O impacto da imigração açoriana para o sul do Brasil foi tão forte que em 1780 os açorianos respondiam por 55% de toda a população da capitania do Rio Grande do Sul.[28] A fecundidade dos casais açorianos era enorme. Raro era o casal que não contava mais de seis filhos. Alguns, como a de um Lopes, atingiram a fabulosa cifra de vinte e um filhos; o de um Manuel Jacintho, a de trinta filhos, sendo quinze de cada uma das mulheres com quem foi casado.[29]

Antes do século XIX, os franceses invadiram o país duas vezes, estabelecendo assentamentos pequenos e breves (Rio de Janeiro, 1555-60; Maranhão, 1612-15);[30] Em 1630, os holandeses fizeram o ataque mais significativo ao controle português sobre o Brasil. Na época, Portugal estava em uma união dinástica com a Espanha e a hostilidade holandesa contra a Espanha foi transferida para Portugal. Os holandeses chegaram a controlar a maior parte do Nordeste brasileiro - então a parte mais dinâmica do Brasil - por cerca de 25 anos, mas foram incapazes de alterar a composição étnica da população colonizadora, que permaneceu maioritariamente de origem e cultura portuguesa.[31]

No início, a maioria dos imigrantes eram etnicamente portugueses, mas alguns dos primeiros colonos eram, na verdade, portugueses judeus.[32] De acordo com Manolo Florentino e Cacilda Machado, 45% dos portugueses que se estabeleceram em São Paulo em 1801 eram do Minho, 20% a partir das Ilhas dos Açores, 16% de Lisboa e 19% de outras partes. Durante toda a história do Brasil, a maioria dos imigrantes vieram do Norte de Portugal.[33] Um número muito pequeno de outros europeus, que não eram portugueses, conseguiram entrar no Brasil.[34]

Imigração em massa de europeus

Imigrantes portugueses esperando um navio para partir para o Brasil em 1920
Imigrantes italianos posando para fotografia no pátio central da Hospedaria dos Imigrantes (atual Memorial do Imigrante), em São Paulo, ca. 1890
Alemães no sul do Brasil
Família de imigrantes ucranianos no Brasil em 1891
Família de italianos em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, em 1901

O principal grupo imigrante a aportar no Brasil a partir do final do século XIX foram os italianos, e estes se dirigiram sobretudo para São Paulo. Nos primeiros tempos, predominaram os imigrantes da Itália setentrional, sobretudo do Vêneto, porém, no final do século, cresceu a corrente meridional, sobretudo de Campânia e da Calábria. Os italianos, premidos pela pobreza que assolava o país, rumaram para núcleos coloniais do sul do Brasil, onde se tornaram pequenos agricultores, assim como para as fazendas de café do sudeste, onde substituíam o trabalho escravo. Outros, sobretudo os meridionais, iam direto para os centros urbanos.[35] O segundo grupo em importância numérica foram os portugueses que, somados aos povoadores dos primeiros séculos, formam o grupo europeu mais importante na constituição do Brasil. A fragmentação e o desaparecimento da pequena propriedade no Norte de Portugal no final do século XIX estimulou uma crescente emigração para o Brasil, que era visto pelos portugueses como uma terra de abundância e oportunidades de enriquecimento. Dos que chegavam, a maioria rumava para a cidade do Rio de Janeiro. Os jovens imigrantes que chegavam apoiados numa rede de solidariedade pré-existente representavam de 8 a 11% do total, os qualificados ou possuidores de capital para investir no Brasil constituíam cerca de 10% do total, enquanto que os imigrantes sem nenhum tipo de qualificação perfaziam nada menos que 80% dos portugueses que chegavam ao Rio no fim do século XIX.[36] O terceiro grupo mais numeroso foram os espanhóis. Estes, frequentemente esquecidos pela historiografia brasileira, rumaram sobretudo para São Paulo, para trabalharem nas lavouras de café. Eram sobretudo provenientes do sul da Espanha, da região da Andaluzia, embora o fluxo da Galiza também fosse importante.[37] O quarto grupo mais relevante foi dos alemães. A promoção da imigração alemã já era antiga, remontando a 1824, com a presença de imigrantes que tiveram uma grande importância na ocupação do sul do Brasil. Eles fundaram comunidades rurais, que mais tarde se tornaram cidades prósperas, como foi o caso de São Leopoldo, Joinville e Blumenau.[38]

O período da grande imigração europeia no Brasil, entre 1880 e 1930, trouxe ao país mais de 5 milhões de europeus. A maioria eram italianos e portugueses, seguidos pelos espanhóis, alemães e eslavos, poloneses,[39] e ucranianos. É notável que a maior parte da onda mais recente de imigração europeia para o Brasil se assentou no Sul e Sudeste do Brasil.

Foi somente em 1818, depois de 700.000 portugueses se terem estabelecido em território brasileiro,[40] que os governantes portugueses abandonaram o princípio de restringir a entrada de pessoas que não eram portuguesas. Nesse ano, mais de dois mil imigrantes suíços do cantão de Friburgo vieram a se estabelecer em uma área inóspita perto do Rio de Janeiro que mais tarde seria rebatizada de Nova Friburgo.[41]

Muito antes do fim do Império, a elite brasileira se preocupava com a necessidade de "vender" o país no exterior. A imagem de um país majoritariamente mestiço e negro, como era o Brasil, desagradava à elite e, não por acaso, o ideal de branqueamento combinou-se ao liberalismo político e econômico para construir uma autoimagem nacional mais definida.[42] A política do branqueamento nasceu do medo paranoico que a elite branca tinha de ser "tragada" pela massa mestiça e negra majoritária da população brasileira. Foi assim que ela promoveu a entrada de 4 milhões de imigrantes europeus no país em um período de trinta anos, número equivalente aos 4 milhões de escravos africanos que segundo estimativas teriam entrado ao longo de três séculos.[43]

Ao invés de procurar a mão de obra desocupada de outras regiões do país, sobretudo do Nordeste, que estava estagnado economicamente, as classes dirigentes do final do século XIX acreditavam piamente na necessidade de atrair imigrantes europeus, inclusive proibindo a entrada de imigrantes asiáticos e africanos, por meio do decreto de 28 de junho de 1890.[42] Mas não eram somente considerações de caráter étnico que estiveram por trás do estímulo à imigração europeia: a população brasileira era no geral muito pequena, para um território muito grande. A ocupação do território, para a defesa dele, era outro fator importante por trás da necessidade de trazer levas de pessoas para assentarem o país, sendo que "pela proposta colonizatória se pretendia criar novas condições econômicas, políticas e sociais, formando uma mentalidade que permitisse ao país superar todos os obstáculos decorrentes de sua formação inicial, sustentada pelo tripé: latifúndio, monocultura e escravidão.[44]

A corrente imigratório europeia se dirigiu sobretudo para o estado de São Paulo. O eixo da produção do café, no final do século XIX, migrou do Vale do Paraíba, historicamente escravagista, para o Oeste Paulista. A decadência do sistema escravista necessitava de um aumento constante da reposição da mão de obra, o que levou os cafeicultores da região a incentivar, sobretudo a partir da década de 1880, a vinda de imigrantes.[45]

O fim do comércio de escravos (1850) e da abolição da escravatura (1888) foram cruciais para a entrada de milhões de europeus no Brasil. A produção de café, principal produto do Brasil na época, começou a sofrer com a escassez de trabalhadores. Os produtores de café, temerosos com a crise na mão de obra, passaram a pressionar o Poder Legislativo a facilitar a entrada de trabalhadores estrangeiros para serem inseridos na lavoura cafeeira. Para isso, leis foram criadas facilitando o ingresso de imigrantes e o governo passou a despender dinheiro público subsidiando a passagem de imigrantes. O estado de São Paulo, na primeira década do regime republicano, destinou cerca de 9% da sua receita para cobrir os gastos na promoção à imigração. De 1884 a 1891, o estado gastou o equivalente a quase 4,5 milhões de dólares com incentivo à imigração e, até 1930, os gastos totalizaram cerca de 37 milhões de dólares.[45]

Pesquisas sobre ancestralidade

Brancos por país
População total
Regiões com população significativa
 Estados Unidos 229.773.131[46]
 Rússia 125.000.000[47]
 Brasil 91.051.646[48]
 Alemanha 81.000.000[49]
 Itália 56.000.000[50]
Línguas
Religiões

O censo brasileiro, diferentemente do que ocorre nos Estados Unidos, Canadá ou Austrália, não pergunta de onde vieram os antepassados da população. Desta forma, não há números oficiais que mostrem quantas pessoas descendem (ou dizem descender) de cada nacionalidade que imigrou para o Brasil.

Porém, uma pesquisa do IBGE realizada em 2008 nos estados do Amazonas, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal analisou aspectos relacionados à raça e à ancestralidade. Ao serem indagados sobre sua origem familiar, 43,5% dos entrevistados disseram ser europeia. A maior porcentagem foi verificada no Rio Grande do Sul (64,5%) e a menor na Paraíba (12,1%). Origem familiar judaica foi apontada por 0,6% das pessoas e do Oriente Médio por 0,9%.[51]

Na pesquisa, 49% dos entrevistados se disseram brancos, 21,7% morenos, 13,6% pardos, 7,8% negros, 1,5% amarelos, 1,4% pretos, 0,4% indígenas e 4,6% deram outras respostas.[51] Houve também quem identificou sua cor ou raça com uma nacionalidade europeia: 0,5% se disseram de cor/raça alemã e 0,4% italiana (quase todos no Rio Grande do Sul). Dos que se disseram brancos, 63,8% alegaram ser a família de origem europeia, 22,9% não sabiam, 14,2% indígena e 5,7% africana.[51]

Uma outra pesquisa realizada em 1998, pelo sociólogo mineiro Simon Schwartzman, entrevistou cerca de 34 milhões de brasileiros, dos quais quase vinte milhões se declaram brancos. Perguntada a origem étnica dos participantes de cor ou raça branca, uma pluralidade apontou somente origem brasileira (45,53%). Mais da metade, porém, conseguiu apontar uma origem estrangeira: 15,72% apontou ancestralidade italiana, 14,50% portuguesa, 6,42% espanhola, 5,51% alemã e 12,32% outras origens, que incluem africana, indígena, judaica e árabe.[52]

Os números condizem fortemente com o passado imigratório no Brasil. Entre o final do século XIX e início do século XX, sobretudo após a Abolição da Escravatura, o Estado brasileiro passou a incentivar a vinda de imigrantes para substituir a mão-de-obra africana. Entre 1870 e 1951, de Portugal e da Itália chegaram números próximos de imigrantes, cerca de 1,5 milhão de italianos e 1,4 milhão de portugueses. Da Espanha chegaram cerca de 650 mil e da Alemanha em torno de 260 mil imigrados. Os números refletem as porcentagens das origens declaradas pelos brancos brasileiros.[53]

A origem da população branca do Brasil, portanto, não é homogênea, embora não seja muito variada: 42,15% dos entrevistados disseram descender de apenas quatro povos: italianos, portugueses, espanhóis e alemães, o que não é nenhuma surpresa, haja vista que quase 90% da imigração para o Brasil foi composta por estas quatro nacionalidades. Porém, foi alto o número de pessoas brancas (45,53%), que apenas disseram ser de ancestralidade "brasileira", não conseguindo apontar um país específico.[54] Os brasileiros brancos se mostram bem diferentes dos norte-americanos: no censo oficial dos Estados Unidos, 92% dos brancos conseguem especificar o país de onde vieram seus ancestrais.[55]

Renda mensal

A pesquisa também mostrou que o grupo branco não é homogêneo do ponto de vista econômico. Os descendentes de árabes ou judeus são os mais bem sucedidos economicamente. O salário mensal dos brasileiros brancos de origem judaica era de R$ 2.047,24 e dos árabes de R$ 1.759,26. No grupo intermediário estavam os descendentes de italianos (R$1.135.66), de espanhóis (R$ 1.134,55), de portugueses (R$ 1.071,97), de japoneses (R$ 1.038,87 - dos que se identificaram como "brancos") e de alemães (R$ 976,59). Por outro lado, os brancos que recebiam menos foram aqueles que apontaram ancestralidade brasileira, africana, negra ou indígena. O salário mensal de um branco de origem brasileira era de R$ 778,09, de origem africana R$ 698,84, negra R$ 651,16 e indígena R$ 645,93.[54]

A pesquisa mostra, claramente, que os brasileiros brancos descendentes de imigrantes mais recentes estavam no topo da pirâmide social, enquanto que os brancos que apontaram origem "brasileira" ou origem não europeia (africana ou indígena) ganhavam salários significativamente menores[54]. Interessante notar que, mesmo entre os pardos, quem apontou alguma ascendência estrangeira tinha uma renda cerca de 50% superior a quem apontou somente ascendência brasileira. Por exemplo, os pardos que apontaram ter ascendência italiana ganhavam mensalmente R$ 655,50, enquanto que os pardos que apontaram somente ascendência brasileira ganhavam R$ 431,64[54].

Porém, a renda mensal de um brasileiro branco, independentemente de sua origem ancestral, foi de R$ 848,41, maior do que entre indígenas (R$ 515,07), pardos (R$ 440,14) e pretos (R$ 400,84)[54].

Identificação como brasileiros

Desfile durante a Oktoberfest de Igrejinha, no Rio Grande do Sul.

A pesquisa mostrou, também, o grau de identificação como "brasileiros" entre os brancos. Como já apontado, 45,53% dos entrevistados que se disseram brancos identificaram a sua ancestralidade como "brasileira", sem especificar nenhuma outra origem. Outros 37,58% também identificaram sua origem como brasileira, porém também apontaram uma ancestralidade estrangeira. Portanto, 83,11% dos brancos identificaram a sua ancestralidade como brasileira, sozinha ou combinada com outra (italiana, portuguesa etc)[54].

Os descendentes de imigrantes mais recentes identificam a sua origem mais fortemente com o país de onde saíram seus antepassados. Isso varia de região para região: enquanto que em Recife (Pernambuco), independentemente da cor ou raça do entrevistado, 96% das pessoas se identificaram como brasileiras, essa porcentagem caiu para 83% em São Paulo e para 70% em Porto Alegre, regiões de imigração mais recente. Mais da metade de todos os grupos ancestrais se identificaram também como brasileiros. O grupo branco que mais se identifica como brasileiro é, curiosamente, o judeu que, apesar de ter vindo de lugares longínquos, como a Polônia, quase 60% marcaram sua ancestralidade como judaica e brasileira. Portugueses, italianos e espanhóis também se identificaram fortemente como brasileiros, mais da metade de todos. O único grupo que fugiu à regra foram os alemães, menos da metade (48,60%) se identificando como alemão e brasileiro, índice apenas superado pelos japoneses (41,10%)[54].

A pesquisa também mostrou que, quanto mais jovem é a pessoa, maior a identificação como brasileira. Os idosos tendem a identificar mais fortemente a origem dos ancestrais e os jovens mais se identificam como brasileiros, denotando o progressivo grau de assimilação dos grupos imigrantes no país[54].

Genética

DNA autossômico

Obra Redenção de Can[56] (1895). Avó negra, filha mulata, genro e neto brancos, para o governo brasileiro da época, a cada geração o brasileiro ficaria mais branco. Quadro de Modesto Brocos y Gomes.

Os brasileiros ("brancos", "pardos" e "negros"), no geral, possuem ancestralidades europeia, africana e indígena. A europeia sendo importante sobretudo nos "brancos" e "pardos". A ancestralidade "africana" é maior entre os "negros". A ancestralidade indígena encontra-se presente em todas as regiões, em "brancos", "pardos" e "negros" brasileiros, embora tendendo a um grau menor.

De acordo com um estudo feito em 2010 pela Universidade Católica de Brasília e publicado no American Journal of Human Biology, a herança genética europeia é a predominante no Brasil, respondendo por volta de 80% do total, sendo que no Sul esse percentual é mais alto e chega a 90%.[57] Os resultados também mostram que, no Brasil, indicadores de aparência física, como cor da pele, dos olhos e dos cabelos, têm relativamente pouca relação com a ascendência de cada pessoa (ou seja, o fenótipo de uma pessoa não indica claramente o seu genótipo)[58][59][60] Esse estudo foi realizado com base em amostras de testes de paternidade gratuitos, conforme exposto pelos pesquisadores: "os teste de paternidade foram gratuitos, as amostras da população envolvem pessoas de variável perfil socioeconômico, embora provavelmente com um viés em direção ao grupo dos 'pardos'".[60]

De acordo com um estudo genético, 45% ou 77 milhões de brasileiros possuem 90% ou mais de genes africanos subsaarianos. Mais de 75% dos brancos do Norte, Nordeste ou Sudeste apresentam ancestralidade africana superior a 10%. Mesmo no Sul, com seu marcante histórico de imigração europeia, este valor é na ordem de 49%. Em comparação, nos Estados Unidos apenas 11% dos brancos apresentam mais de 10% de genes africanos. Conclui-se que 86% dos brasileiros, ou 146 milhões de pessoas, possuem mais de 10% de genes africanos.[61]

De acordo com um estudo de DNA autossômico de 2008, conduzido pela Universidade de Brasília (UnB), com "brancos", "pardos" e "negros", a ancestralidade europeia é a predominante em todas as regiões do Brasil, respondendo por 65,90% da herança da população, seguida de uma grande contribuição africana (24,80%) e de uma contribuição indígena menor (9,3%).[62]

De acordo com o estudo autossômico de 2011, com aproximadamente 1000 amostras de brasileiros "brancos", "pardos" e "negros", levado a cabo pelo geneticista brasileiro Sérgio Pena, o componente europeu é o predominante na população do Brasil, em todas as regiões nacionais, com contribuições africanas e indígenas. De acordo com esse estudo, a ancestralidade europeia responde por 70% da herança da população brasileira.[63] Esse estudo foi realizado com base em doadores de sangue, sendo que a maior parte dos doadores de sangue no Brasil vêm das classes mais baixas (além de enfermeiros e demais pessoas que laboram em entidades de saúde pública, representando bem, assim, a população brasileira).[64]. Esse estudo constatou que os brasileiros de diferentes regiões são geneticamente muito mais homogêneos do que se esperava, como consequência do predomínio europeu (o que já havia sido mostrado por vários outros estudos genéticos autossômicos, como se pode ver abaixo). “Pelos critérios de cor e raça até hoje usados no censo, tínhamos a visão do Brasil como um mosaico heterogêneo, como se o Sul e o Norte abrigassem dois povos diferentes”, comenta o geneticista. “O estudo vem mostrar que o Brasil é um país muito mais integrado do que pensávamos.” A homogeneidade brasileira é, portanto, muito maior entre as regiões do que dentro delas, o que valoriza a heterogeneidade individual. Essa conclusão do trabalho indica que características como cor da pele são, na verdade, arbitrárias para categorizar a população.[65]

Outro estudo genético autossômico, de 2009, também indica que a ancestralidade europeia é mais importante, seguida da africana, e depois da ameríndia. "Todas as amostras (regiões) encontram-se mais perto dos Europeus do que dos africanos ou dos mestiços do México", do ponto de vista genético.[66][67]

Um estudo genético de 2013, com base em populações urbanas de várias partes do Brasil, chegou à seguinte conclusão: "seguindo um gradiente Norte Sul, a ancestralidade europeia foi a principal em todas as população urbanas (com valores até 74%). As populações do Norte têm proporção significativa de ancestralidade indígena que é duas vezes maior do que a contribuição africana. No Nordeste, Centro Oeste e Sudeste, a ancestralidade africana foi a segunda mais importante. Todas as populações estudadas são no geral miscigenadas, sendo a variação maior entre indivíduos do que entre populações".[68]

Um estudo genético de 2015, o qual também analisou dados de 25 estudos de 38 diferentes populações brasileiras concluiu que: a ancestralidade europeia é quem mais contribuiu para a ancestralidade dos brasileiros, seguida da ancestralidade africana, e ameríndia. O percentual encontrado foi: 62% de contribuição europeia, 21% africana e 17% indígena. A região sul tem o maior percentual de ancestralidade europeia (77%). A região nordeste tem o maior percentual de contribuição africana (27%). E a região norte tem o maior percentual de contribuição indígena (32%).[69]

Linhagens paternas e maternas

Através de um importante mapeamento genético, chegou-se à conclusão que o brasileiro identificado como "branco" é descendente quase que exclusivamente de europeus do lado paterno (90%) (haplogrupos paternos encontrados no cromossomo y). Já no lado materno (haplogrupos maternos, DNA mitocondrial), apresenta 33% de linhagens ameríndias, 28% de africanas e 39% de européias.[70] Isso é explicado historicamente: no início da colonização, nem todos colonos portugueses trouxeram suas mulheres, o que acarretou no relacionamento entre homens portugueses com mulheres indígenas e, mais tarde, com as africanas. As linhagens paternas e maternas permitem inferir o padrão de relacionamento no Brasil colônia: homens europeus (que controlavam o lugar) com mulheres europeias e não europeias. A absorção de ancestralidade indígena deu-se através de mulheres indígenas. O que aconteceu foi que muitos dos frutos dessas uniões iniciais vieram a se casar com recém chegados da Europa, dessa forma diluindo a contribuição não europeia.[71] As linhagens maternas e paternas não determinam nem o fenótipo nem o coeficiente de "mistura". São retratos de apenas uma linhagem, de antepassado remoto, não servindo para quantificar o grau de ancestralidade em uma determinada população, o que é possível somente estudos através de DNA autossômico, os quais revelam todos os antepassados de uma dada pessoa, e não apenas uma linhagem materna ou paterna. Nos Brasileiros "brancos" e "pardos" a ancestralidade autossômica (a soma dos antepassados de um determinado indivíduo)tende na maior parte dos casos, de acordo com os estudos genéticos já levados a cabo, a ser predominantemente europeia, com um DNA mitocondrial (linhagem materna) não europeu (o que acusa uma antepassada não europeia em algum lugar no passado na linhagem materna), o que é explicado por sucessivas casamentos de mulheres brasileiras com novos colonizadores, durante a formação do povo brasileiro.[71] Em "O Feudo", Luiz Alberto Moniz Bandeira conta história similar [72]: a história dos descendentes da indígena Catarina Paraguaçu com o colonizador português conhecido como Caramuru. Todos os seus descendentes casaram-se com europeus que vieram em seguida, sendo que esse processo repetiu-se nas gerações seguintes. Em "São Paulo no século XVI", Afonso d'Escragnolle Taunay tem um capítulo inteiro dedicados às mulheres europeias que vieram ao Brasil colônia (o que está amplamente demonstrado; como exemplo cite-se Genebra Leitão de Vasconcelos, esposa de Antonio de Oliveira, bem como Madalena Fernandes Feijó de Madureira, esposa de Estêvão Ribeiro Baião Parente, que vieram ao Brasil no século XVI), o que já havia sido demonstrado por Frei Gaspar da Madre de Deus e também por Pedro Taques de Almeida Paes Leme. A herança europeia seria dominante, por volta de 80% do patrimônio genético da população (chegando a 90% na região sul do país)[73].

Demografia

  – Estados com maioria da população branca.
  – Estados com maioria da população parda.

A distribuição de pessoas brancas pelo território brasileiro não é uniforme, devido a fatores históricos de colonização e povoamento. O Sul do Brasil é, historicamente, a região com maior percentual de brancos, somando hoje 78,5%. Isto deve-se ao seu modelo colonizador: até meados do século XIX, tratava-se de uma região muito pouco povoada, após a redução da população nativa do Brasil. A chegada de imigrantes, em sua maioria alemães e italianos, teve um enorme peso demográfico, pois povoaram regiões anteriormente vazias ou habitadas pelos índios.[74] O Sudeste do Brasil também é uma região de maior percentual de brancos, compondo hoje 56,7%, pois foi grande receptor de imigrantes europeus, como portugueses, italianos e espanhóis. Porém, o componente negro africano e mestiço foi de fundamental importância étnica regional.[75] No restante do país, o número de brancos é superado pelo número de pardos.

Segundo pesquisa de Estados do Brasil por porcentagem de raça feita pelo IBGE segundo dados de 2007, regiões do Nordeste como o Recôncavo baiano e a maior parte litorânea são em sua maioria de mestiços, como mulatos e mamelucos ou mesmo uma mistura dos três grupos étnicos, além de uma boa parcela de caboclos, seguidos de brancos.[76] A demografia das etnias brasileiras é um tema delicado: nos censos mais recentes, a prática mais aceita quanto a etnia era deixar a atribuição de etnia que a pessoa entrevistada tem de si própria. Os dados do censo, portanto, não refletem a ascendência genética, mas a autoconsciência cultural sobre a própria etnia.

Por estado

Estados de acordo com a percentagem de brancos em 2009.

Os estados brasileiros com as percentagens mais elevadas de brancos são os três localizados no Sul do país: Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, além do estado de São Paulo. Essas unidades federativas foram predominantemente povoadas por imigrantes italianos, alemães, eslavos (poloneses e ucranianos), portugueses e espanhóis. Os outros estados brasileiros são aqueles cuja população branca é principalmente de ascendência portuguesa. Em números absolutos, os brasileiros brancos habitam sobretudo o estado de São Paulo, com mais de 26 milhões de pessoas, seguido do Rio Grande do Sul, com quase nove milhões.

Dados de 2009:[75][75]

  1. Santa Catarina: 85,7% de brancos (5.354.909 de pessoas)
  2. Rio Grande do Sul: 81,4% (8.704.858)
  3. Paraná: 71,3% (7.446.947)
  4. São Paulo: 64,4% (26.572.856)
  5. Rio de Janeiro: 55,8% (8.922.380)
  6. Mato Grosso do Sul: 49,6% (2.399.000)

Os estados brasileiros com as menores percentagens de brancos estão situados nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Ambas têm uma forte influência africana e indígena em suas populações. Três unidades federativas da Região Centro-Oeste e duas da Região Sudeste também possuem percentagens menores de brancos.

Por região

Segundo o censo do IBGE, a região Sudeste concentra quase metade da população branca de todo o Brasil (48,6%) e o Sul 23,6%. Portanto, 72,2% dos brancos brasileiros vivem nessas duas regiões.[77]

As grandes regiões do Brasil por porcentagem de indivíduos brancos (dados de 2009[75]):

  1. Região Sul: 78,5% de brancos (21.498.709 de pessoas)
  2. Região Sudeste: 56,7% (45.566.620)
  3. Região Centro-Oeste: 41,7% (5.862.225)
  4. Região Nordeste: 28,8% (15.287.601)
  5. Região Norte: 23,6% (3.744.011)

Por município

Blumenau, em Santa Catarina, onde 89,32% se declarou branca.

Segundo dados do recenseamento de 2000, feito pelo IBGE,[78] dos dez municípios brasileiros com maior população autodeclarada branca, seis estavam no Rio Grande do Sul e quatro em Santa Catarina, zonas de tradicional imigração alemã e italiana.

  1. Montauri (RS) - 100%
  2. Leoberto Leal (SC) - 99,82%
  3. Pedras Grandes (SC) - 99,81%
  4. Capitão (RS) - 99,77%
  5. Santa Teresa (RS) - 99,69%
  6. Cunhataí (SC) - 99,67%
  7. São Martinho (SC) - 99,64%
  8. Guabiju (RS) - 99,62%
  9. Marques de Sousa (RS) - 99,56%
  10. Três Arroios (RS) - 99,52%

Ver também

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Referências

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