Campeonatos estaduais de futebol do Brasil
Os campeonatos estaduais de futebol do Brasil são as competições masculinas profissionais adultas de futebol no Brasil que ocorrem geralmente entre janeiro e maio em cada uma das unidades federativas do Brasil. Historicamente, por questões econômicas e geográficas, as distâncias entre as principais cidades do país fizeram com que o povo brasileiro desenvolvesse uma forte cultura de disputa por estados. Assim, cada Unidade da Federação brasileira possui seu próprio campeonato, hoje em dia durando em torno de quatro meses.[1][2]
Por causa desses campeonatos, algumas disputas entre rivais do mesmo estado ou cidade tem peso equivalente ou maior a uma disputa com os principais clubes de outros estados. Esses jogos são chamados de clássicos. Alguns exemplos são Fla-Flu, Clássico da Amizade, Clássico dos Milhões, Clássico Vovô, Clássico dos Gigantes e Clássico da Rivalidade, no Rio de Janeiro; Derby, Choque Rei, Majestoso, Clássico Alvinegro, Clássico da Saudade e San-São, em São Paulo; Grenal, no Rio Grande do Sul; Clássico Mineiro, em Minas Gerais; Atletiba, no Paraná; Clássico dos Clássicos e Clássico das Multidões, em Pernambuco; Ba-Vi, na Bahia; Clássico de Florianópolis e Clássico do Interior, em Santa Catarina; Clássico-Rei, no Ceará, entre Ceará e Fortaleza, e no Rio Grande do Norte entre ABC e América de Natal; Re-Pa, no Pará; Clássico das Multidões em Alagoas; Super Clássico, no Maranhão; Rivengo, no Piauí; Clássico dos Maiorais, na Paraíba; Derby Sergipano, em Sergipe; Derby do Cerrado, em Goiás; Rio-Nal, no Amazonas; Clássico dos Gigantes, no Espírito Santo; entre outros.
Ao menos o campeão — mais vagas a depender do estado — está automaticamente qualificado para jogar a Copa do Brasil do ano seguinte.[3] Além disso, os clubes mais bem posicionados de cada estado que estão fora das três primeiras divisões nacionais se qualificam para a Série D do Brasileirão do ano seguinte.[4] As melhores equipes em cada liga estadual também podem se qualificar para copas regionais, como a Copa do Nordeste e a Copa Verde. Em alguns estados existem uma recopa entre o campeão do campeonato estadual contra o da copa estadual. Para se preparar para o estadual as equipes fazem jogos-treino e algumas optam por enfrentar selecionados municipais em diversas regiões.
A final do Campeonato Carioca de 1963, um Fla-Flu (vencido pelo Flamengo em penalidades após empate sem gols), detém o recorde mundial de público de partidas entre clubes: 194.603 espectadores.[5][6][7][8]
História
[editar | editar código-fonte]Surgimento dos primeiros campeonatos
[editar | editar código-fonte]O futebol começou a ser difundido no Brasil através de imigrantes europeus que chegavam ao país. A versão comumente aceita é a de que Charles Miller, paulistano que estudara na Inglaterra e retornou à sua terra natal em 1894, teria sido a primeira pessoa a trazer o esporte para o Brasil.[9]
O primeiro clube a se dedicar ao futebol foi o clube paulista São Paulo Athletic Club (SPAC), em 1894, incentivado por Miller, inicialmente praticado exclusivamente por sócios da instituição e progressivamente se espalhando a outros clubes.[9] Em 1901 foi fundada a Liga Paulista de Foot-Ball, articulada por Antonio Casimiro da Costa, esportista filiado ao Sport Club Internacional, inspirado por modelos semelhantes de ligas que conhecera na Europa.[9][10] No ano seguinte, em 1902, ocorreu a primeira edição do Campeonato Paulista de Futebol - vencida pela equipe do SPAC - a qual inaugurou o entusiasmo do público da capital paulista pelo esporte, que não o tinha aderido completamente até então, além do estabelecimento das primeiras rivalidades futebolísticas, como a entre SPAC e Paulistano.[9][11]
Meio classificatório para competições nacionais
[editar | editar código-fonte]As primeiras competições nacionais de clubes eram torneios entre competições estaduais.
Em 1920, a CBD lançou o Campeonato Brasileiro de Clubes Campeões, reunindo os campeões carioca, gaúcho e paulista do ano anterior. O triangular, em pleno amadorismo, é tido como um dos antecedentes do Campeonato Brasileiro de Futebol.
Antes do Torneio Rio-São Paulo, taça que deu origem ao Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata, o mais importante interestadual era a Taça dos Campeões Estaduais Rio–São Paulo, uma supercopa entre os vencedores destes respectivos estaduais. Na primeira metade do século XX, o confronto RJ-SP possuía dimensões nacionais.
Em 1937, a FBF, entidade defensora do profissionalismo, organiza o Torneio dos Campeões, reunindo campeões estaduais de ligas filiadas, em vez de organizar o que seria seu quarto Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais. O certame reuniu 5 campeões estaduais profissionais (antigo DF, ES, MG, antigo RJ, SP) de 1936. Em 2023, foi oficializado pela CBF como primeira edição do Brasileirão.
A Taça Brasil foi jogada de 1959 a 1968, reunindo os campeões estaduais da maioria das unidades federativas do Brasil. Apresentou 16 clubes em sua edição inaugural e 23 na última. Suas dez edições foram unificadas como Campeonato Brasileiro, em 2010.
A Copa do Brasil, a segunda grande competição nacional, jogada desde 1989, possui os estaduais como principal forma de classificação, englobando times de todos os estados.
O Campeonato Brasileiro de Futebol - Série D, estreada em 2009, é jogada por todas as federações, uma vez que utiliza os estaduais como meio classificatório.
Em 2000 e 2001, os campeões carioca e paulista do mesmo ano ganharam vaga na Copa dos Campeões Regionais.
Valor
[editar | editar código-fonte]Protagonistas em quase todo o século XX, sendo reconhecido o papel histórico que tiveram no desenvolvimento do esporte em um país continental e de desigualdades regionais como o Brasil, os estaduais são há algum tempo alvos de críticas e questionamentos por parte dos grandes clubes e impressa especializada, de modo que o "peso" de tal conquista vem diminuindo.[1][2][12][13]
Em que pese ser popular o pensamento de que são exclusividade brasileira, certames regionais/provinciais também existem na Europa, embora quase sempre como uma divisão inferior do sistema de ligas nacional, caso da Inglaterra. Outro caso é o de ficar restrito aos clubes menores e elencos "B" dos principais clubes, como na Copa Cataluña, em que o Barcelona utiliza seu time alternativo. O Brasil difere por ter estaduais com autonomia, calendário e plantel principal de grandes clubes.[14]
Baixo rendimento financeiro; má organização; desinteresse dos torcedores (em um contexto de futebol globalizado), principalmente nas fases inicias; desgaste físico dos jogadores em torneios mais prestigiados; pouco desafio técnico; dentre outros problemas de logística, são alguns apontamentos.[15][16][17]
A principal crítica, no entanto, se refere ao espaço que ocupam no calendário, inflando o total de partidas no ano, o que reduz a pré-temporada e influi negativamente no desempenho dos atletas durante o começo do Campeonato Brasileiro. Além disso, como o Brasileirão é "empurrado", rodadas ocorrem pouco antes das datas da FIFA, o que faz com que a convocação para a Seleção Brasileira desfalque os times em jogos importantes. Sem os estaduais, as rodadas do nacional ocorreriam de forma mais espaçada entre uma e outra, o que refletiria diretamente na qualidade das mesmas.[1][2][13][18][19]
Em 2002, verificou-se um dos calendários mais conturbados do futebol nacional, tendo a CBF de compatibilizar: estaduais, interestaduais, competições nacionais — Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Copa dos Campeões —, Copa Libertadores e a parada para a Copa do Mundo. Ocorreu uma valorização dos interestaduais frente aos estaduais, saindo-se como solução, em alguns estados, a disputa destes últimos apenas por não participantes daqueles, e depois, a confrontação entre os melhores de cada qual em um "superestadual".[20] No ano seguinte, extinguiu-se quase todos os regionais e a Copa dos Campeões.
Porém, também é notório a importância social e econômica que ainda possuem para os clubes pequenos da capital, do interior e de regiões de futebol menos desenvolvido, sendo em muitos casos a única competição na temporada.[18][21][22][23][24] Servem também para que profissionais dos times de menor investimento sejam vistos pelos de maior, servindo de verdadeira vitrine, em especial para os mais jovens.[18][25][26] Outro papel é o de manter e fortalecer rivalidades locais, principalmente em cenário de distanciamento dos rivais no âmbito nacional.[27] Frutos das especificidades do país, estaduais são tidos como elementos importantes da cultura futebolística brasileira, sendo que campanhas ruins nestes possuem o condão de demitir treinadores de clubes da Série A.[26]
Apesar da extinção não estar no plano da CBF e muito menos das federações estaduais, reformas foram feitas, tendo havido nas últimas edições um processo de redução no número de times e datas dos principais estaduais.[18] Pelo Paulistão, por exemplo, os finalistas enfrentaram 23 jogos em 2013, passando para 19 em 2014, 18 em 2017 e 16 desde 2020. O estadual paulista é considerado o mais competitivo e rico, sendo uma exceção em razão da quantidade de times das três primeiras divisões nacionais, mais bem estruturados, portanto.[18][28][29]
Pesquisa de dezembro de 2021 (Convocados/XP Investimentos), sobre a "competição mais amada" pelos torcedores brasileiros (2,3 mil entrevistados), que permitia mais de uma opção, teve os estaduais com 21%, atrás de Brasileiro (60%), Libertadores (58%), Copa do Brasil (57%), Copa do Mundo (54%) e Champions League (36%), mas à frente dos nacionais da Europa, cujo mais votado, Premier League, teve 16%.[30]
O Partido da Causa Operária (PCO) é um partido político que se manifestou em defesa dos estaduais.[31]
Peculiaridade fluminense
[editar | editar código-fonte]O único campeonato estadual a não utilizar o gentílico oficial de quem nasce no estado é o do Rio de Janeiro, já que, popularmente, o torneio se chama Campeonato Carioca (carioca é o gentílico oficial do município do Rio de Janeiro), ao invés de Campeonato Fluminense. Isso ocorre por três motivos: o primeiro, por conta da tradição, já que os quatro grandes clubes e os demais times da atual capital da UF, quando esta era Distrito Federal (1891–1960) ou Estado da Guanabara (1961–1975), disputavam o prestigiado Campeonato Carioca (inaugurado em 1906), e não o desvalorizado Campeonato Fluminense (1915 a 1978), que era disputado pelo que hoje é o interior do Estado (a capital do antigo RJ era Niterói); o segundo, pela razão popular e cultural de carioca ser o gentílico pelo qual os habitantes de todo o estado do RJ são usualmente conhecidos nas demais regiões do país;[32] e o terceiro, por haver uma tradicional agremiação no estado que se chama Fluminense, o que poderia gerar reclamações dos rivais.
Por esses motivos, a competição é oficialmente chamada de Campeonato Estadual do Rio de Janeiro, em convergência com a instituição que o organiza: a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), fruto da fusão, em 1978, entre a Federação Carioca de Futebol (FCF), do extinto Estado da Guanabara, e a Federação Fluminense de Desportos (FFD). Diante da maior força do futebol da capital, optou-se por um nome mais sutil.
Sem participação popular no processo, os estados foram unificados em 1975. O primeiro campeonato unificado, porém, só ocorreu em 1979. Na sua lista oficial de campeões estaduais, a FERJ não considera o Campeonato Fluminense.
Campeonatos estaduais
[editar | editar código-fonte]Estaduais da primeira divisão
[editar | editar código-fonte]Todas as 27 unidades federativas do Brasil possuem a primeira divisão.
- Campeonato Acriano
- Campeonato Alagoano
- Campeonato Amapaense
- Campeonato Amazonense
- Campeonato Baiano
- Campeonato Brasiliense
- Campeonato Capixaba
- Campeonato Carioca
- Campeonato Catarinense
- Campeonato Cearense
- Campeonato Gaúcho
- Campeonato Goiano
- Campeonato Maranhense
- Campeonato Mato-Grossense
- Campeonato Mineiro
- Campeonato Paraense
- Campeonato Paraibano
- Campeonato Paranaense
- Campeonato Paulista
- Campeonato Pernambucano
- Campeonato Piauiense
- Campeonato Potiguar
- Campeonato Rondoniense
- Campeonato Roraimense
- Campeonato Sergipano
- Campeonato Sul-Mato-Grossense
- Campeonato Tocantinense
Estaduais da segunda divisão
[editar | editar código-fonte]Apenas a unidade federativa de Roraima nunca teve a segunda divisão. Apenas o Acre não organizou uma em 2024.
- Campeonato Alagoano - 2ª Divisão
- Campeonato Amapaense - 2ª Divisão
- Campeonato Amazonense - 2ª Divisão
- Campeonato Baiano - 2ª Divisão
- Campeonato Brasiliense - 2ª Divisão
- Campeonato Capixaba - Série B
- Campeonato Carioca - Série A2
- Campeonato Catarinense - Série B
- Campeonato Cearense - Série B
- Campeonato Gaúcho - Série A2
- Campeonato Goiano - 2ª Divisão
- Campeonato Maranhense - 2ª Divisão
- Campeonato Mato-Grossense - 2ª Divisão
- Campeonato Mineiro - Módulo II
- Campeonato Paraense - Série B
- Campeonato Paraibano - 2ª Divisão
- Campeonato Paranaense - 2ª Divisão
- Campeonato Paulista - Série A2
- Campeonato Pernambucano - Série A2
- Campeonato Piauiense - Série B
- Campeonato Potiguar - 2ª Divisão
- Campeonato Rondoniense - 2ª Divisão
- Campeonato Sergipano - Série A2
- Campeonato Sul-Mato-Grossense - Série B
- Campeonato Tocantinense - 2ª Divisão
Estaduais da terceira divisão
[editar | editar código-fonte]Onze unidades federativas tiveram uma terceira divisão em 2023.
- Campeonato Carioca - Série B1
- Campeonato Catarinense - Série C
- Campeonato Cearense - Série C
- Campeonato Gaúcho - 2ª Divisão
- Campeonato Goiano - 3ª Divisão
- Campeonato Mineiro - 2ª Divisão
- Campeonato Paraense de Futebol - Série B2
- Campeonato Paraibano - 3ª Divisão
- Campeonato Paranaense - 3ª Divisão
- Campeonato Pernambucano - Série A3
- Campeonato Paulista - Série A3
Estaduais da quarta divisão
[editar | editar código-fonte]Atualmente, somente duas unidades federativas, Rio de Janeiro e São Paulo, têm a quarta divisão.
Estaduais da quinta divisão
[editar | editar código-fonte]Atualmente, somente duas unidades federativas, Rio de Janeiro e São Paulo, têm a quinta divisão.
Supercampeonatos
[editar | editar código-fonte]- Supercampeonato Paulista
- Supercampeonato Baiano
- Supercampeonato Mineiro
- Supercampeonato Paranaense
Campeonato estadual extra
[editar | editar código-fonte]Outros estaduais extintos ou sem disputa
[editar | editar código-fonte]Entre os estaduais que não são mais disputados, temos um de primeira divisão: o Campeonato Fluminense, que acabou devido a fusão dos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara
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Torneios extras
[editar | editar código-fonte]Estes títulos são designados aos times de melhor campanha após os times de maior investimento do Brasil que estão na disputa do estadual. Em alguns casos é jogado um mata-mata que define o campeão, mas geralmente o time é designado campeão por fazer campanha de destaque.
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Turnos estaduais
[editar | editar código-fonte]Ao final de um turno do campeonato estadual, seus vencedores levam o troféu que designam figuras que remetem a cultura e história do estado. Se destacam por ter uma tradição muito grande. Ídolos e finais marcantes fazem parte de sua história.
Abaixo as unidades federativas com turnos definidos. À esquerda corresponde ao primeiro turno, e à direita ao segundo turno:
- Campeonato Amazonense — Taça Estado do Amazonas/Taça Cidade de Manaus
- Campeonato Carioca — Taça Guanabara/Taça Rio
- Campeonato Carioca - Série A2 — Taça Santos Dumont/Taça Corcovado
- Campeonato Carioca - Série B1 — Taça Maracanã/Taça Waldir Amaral
- Campeonato Gaúcho — Taça Piratini/Taça Farroupilha
- Campeonato Potiguar — Taça Rio Grande do Norte/Taça Cidade de Natal
- Campeonato Roraimense — Taça Boa Vista/Taça Roraima
Estatísticas
[editar | editar código-fonte]Atuais e maiores campeões
[editar | editar código-fonte]O clube mais vezes campeão estadual no Brasil é o ABC, vencedor de 57 títulos potiguares, o que lhe rende o recorde mundial de mais títulos em uma mesma competição. Esta equipe também detém o recorde de títulos seguidos, dez (entre 1932 e 1941), ao lado do América Mineiro (que ganhou o Campeonato Mineiro seguidamente entre 1916 e 1925). Bahia e Paysandu aparecem em segundo, com 50 taças; Rio Branco-AC e Atlético-MG aparecem em seguida, com 49 títulos fechando o top-5.[33][34][34]
ABC é também o com mais títulos em relação ao número de edições do respectivo estadual: 55,33% (o único com mais de 50%).
Os campeões em mais de um estado, por razão de desmembramento, foram Operário (ganhou 4 títulos no MT e 11 no MS) e Comercial (ganhou 1 título no MT e 9 no MS).[35]
Em sublinhado, maior campeão de sua respectiva região.
Todos os campeonatos de 2024 foram encerrados
Campeões estaduais por século
[editar | editar código-fonte]Estes são os clubes que obtiveram o maior número de títulos em seus estados no século XX e no século XXI.
Cronologia
[editar | editar código-fonte]Atualizado até 2023
Maiores goleadas
[editar | editar código-fonte]Estado | Divisão | Data | Mandante | Placar | Visitante | Estádio | Fontes |
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Acre | Primeira Divisão | 8 de março de 1958 | Independência | 20 — 0 | Botafogo Futebol Clube (Rio Branco) | José de Melo | |
Segunda Divisão | 26 de agosto de 2014 | São Francisco | 0 — 7 | Amax | Florestão | ||
Alagoas | Primeira Divisão | 28 de janeiro de 1945[nota 5] | Maceió | 0 — 22 | CSA | Pajuçara | |
Segunda Divisão | 1943 | Andaraí | 11 — 0 | Torre | |||
Amapá | Primeira Divisão | 27 de outubro de 2004 | São José | 17 — 2 | Santos | Zerão | |
Segunda Divisão | 1988 | Cristal | 5 — 0 | Lagoa | |||
Amazonas | Primeira Divisão | 24 de setembro de 1922 | Nacional | 24 — 0 | Brasil Sport | [67] | |
Segunda Divisão | 2 de dezembro de 2007 | Nacional B | 9 — 0 | CDC Manicoré | Vivaldo Lima | ||
Terceira Divisão | Desconhecido | ||||||
Bahia | Primeira Divisão | 1 de maio de 1930 | Ypiranga | 16 — 0 | Democrata | ||
Segunda Divisão | 9 de julho de 2023 | UNIRB | 9 — 0 | Leônico | Arena Cajueiro | ||
Terceira Divisão | 5 de novembro de 2000 | Itapetinga | 11 — 1 | Renascente | Primavera | ||
Ceará | Primeira Divisão | 1919 | Bangu | 16 — 0 | Hespéria | ||
Segunda Divisão | 10 de junho de 2004 | América | 0 — 10 | Uruburetama | Antony Costa | ||
21 de fevereiro de 2016 | Ferroviário | 10 — 0 | Campo Grande | Presidente Vargas | [68] | ||
Terceira Divisão | 27 de setembro de 2009 | Pacajuense | 19 — 1 | Aliança Atlética | Assis Benício | ||
Distrito Federal | Primeira Divisão | 30 de julho de 1961 | Rabello | 12 — 0 | Sobradinho | Paulo Linhares | |
Segunda Divisão | 3 de outubro de 2021 | ARUC | 10 — 0 | Bolamense | Defelê | ||
Terceira Divisão | 24 de outubro de 2006 | Legião | 12 — 0 | Bosque | Mané Garrincha | ||
Espírito Santo | Primeira Divisão | 10 de fevereiro de 2010 | Espírito Santo | 2 — 14 [nota 6] | Rio Branco | Sumaré | |
Segunda Divisão | 29 de junho de 2002 | CTE Colatina | 8 — 1 | Riachuelo | Justiniano de Melo e Silva | ||
9 de abril de 2016 | Castelo | 7 — 0 | ESSE | Emílio Nemer | |||
Antigo Rio de Janeiro | Primeira Divisão | 4 de março de 1944 | Petropolitano | 14 — 4 | Portela | Carlos Guinle | |
13 de dezembro de 1942 | Fluminense | 11 — 1 | Cordeiro | ||||
Segunda Divisão | 12 de novembro de 1978 | Rio das Ostras | 0 — 5 | Costeira | |||
Goiás | Primeira Divisão | 12 de setembro de 1948 | Atlético | 14 — 0 | Botafogo | ||
Segunda Divisão | 10 de junho de 2004 | Goiânia | 10 — 0 | América | Pedro Ludovico | ||
Terceira Divisão | 9 de novembro de 2008 | Inhumas | 12 — 1 | Monte Cristo | Zico Brandão | ||
Maranhão | Primeira Divisão | 2 de setembro de 1934 | Sampaio Corrêa | 20 — 0 | Santos Dumont | ||
Segunda Divisão | 23 de novembro de 2008 | JV Lideral | 6 — 0 [nota 7] | Urbano Santos | Walter Lira | ||
Mato Grosso | Primeira Divisão | 7 de novembro de 1943 | Dom Bosco | 15 — 1 | Estado Novo | ||
9 de julho de 1980 | Mixto | 14 — 0 | Humaitá | ||||
21 de março de 2010 | Cáceres | 0 — 14 | Sorriso | Geraldão | |||
Segunda Divisão | 20 de agosto de 2009 | Mixto | 14 — 0 | Tangará | Dutrinha | ||
Terceira Divisão | 23 de agosto de 2008 | Sorriso | 8 — 1 | Vera | |||
17 de agosto de 2008 | Matupá | 7 — 0 | Guarantã do Norte | ||||
26 de outubro de 2008 | Água Boa | 7 — 0 | Porto Alegre do Norte | ||||
Mato Grosso do Sul | Primeira Divisão | 5 de novembro de 1980 | Operário | 11 — 0 | Taveirópolis | Morenão | |
Segunda Divisão | 15 de setembro de 2012 | Corumbaense | 23 — 1 | Coxim | Arthur Marinho | [69] | |
Terceira Divisão | 3 de agosto de 2008 | Nova Andradina | 7 — 0 | Alcinópolis | Andradão | ||
Minas Gerais | Primeira Divisão | 17 de junho de 1928 | Palestra Itália | 14 — 0 | Alves Nogueira | Estádio do Barro Preto | |
29 de julho de 1928 | América | 14 — 0 | Palmeiras | ||||
Segunda Divisão | 31 de julho de 1932 | Tupy | 10 — 0 | Montes Claros | |||
Terceira Divisão | 11 de setembro de 2016 | Arsenal | 0 — 9 [nota 8] | Coimbra | Arena do Jacaré | ||
Pará | Primeira Divisão | 11 de junho de 1922 | Paysandu | 17 — 0 | Panther FC | Curuzu | |
Segunda Divisão | 25 de outubro de 2015 | Águia de Marabá | 12 — 1 | Tiradentes | Zinho de Oliveira | ||
Paraíba | Primeira Divisão | 1 de junho de 1941 | Botafogo | 16 — 1 | Sport | ||
24 de agosto de 1941 | Treze | 15 — 0 | Sport | ||||
Segunda Divisão | 27 de junho de 2009 | Perilima | 1 — 9 | Atlético Cajazeirense | Amigão | ||
17 de maio de 2009 | Cruzeiro | 8 — 0 | Perilima | José Cavalcanti | |||
21 de julho de 2012 | Sport Campina | 0 — 8 | Desportiva Guarabira | Amigão | |||
26 de setembro de 2018 | Queimadense | 0 — 8 | Perilima | Romerão | [70] | ||
Terceira Divisão | 17 de Novembro de 2021 | Paraíba | 5 — 0 | Santos-PB | Zezão | ||
Paraná | Primeira Divisão | 7 de setembro de 1931 | Palestra Itália | 16 — 0 | Paranaense | ||
Segunda Divisão | 30 de março de 2000 | Cataratas | 19 — 0 | Real Beltronense | Estádio do ABC | ||
Terceira Divisão | 15 de julho de 2001 | Roma Apucarana | 10 — 0 | Tamandaré | Bom Jesus da Lapa | ||
Quarta Divisão | 28 de outubro de 2001 | Dois Vizinhos | 7 — 0 | Quatro Barras | Frederico Galvão | ||
Pernambuco | Primeira Divisão | 1 de julho de 1945 | Náutico | 21 — 3 | Flamengo | Aflitos | [71] |
Segunda Divisão | 11 de maio de 2003 | Petrolândia | 0 — 9 | Serrano | Galegão | ||
15 de setembro de 2013 | Araripina | 9 — 0 | Flamengo | Chapadão do Araripe | |||
4 de outubro de 2017 | Ferroviário do Cabo | 0 — 9 | Cabense | Gileno de Carli | |||
Terceira Divisão | 14 de maio de 2000 | Comercial | 5 — 0 | Nacional | |||
Piauí | Primeira Divisão | 18 de dezembro de 1960 | Botafogo | 14 — 3 | Rio Negro | ||
20 de novembro de 1960 | Auto Esporte | 12 — 1 | Santa Cruz | Lindolfo Monteiro | |||
2 de outubro de 1960 | Flamengo | 11 — 0 | Santa Cruz | ||||
Segunda Divisão | 21 de novembro de 2015 | Altos | 6 — 0 | Comercial | Felipão | ||
Rio de Janeiro | Primeira Divisão | 30 de maio de 1909 | Botafogo | 24 — 0 | Mangueira | Voluntários da Pátria | [72] |
Segunda Divisão | 5 de novembro de 1933 | São Christóvão | 14 — 0 | Édison | Figueira de Melo | ||
Terceira Divisão | 13 de março de 2011 | Duquecaxiense | 13 — 0 | Futuro Bem Próximo | Maracanãzinho | ||
Quarta Divisão | 15 de outubro de 2017 | 7 de Abril | 8 — 0 | Riostense | Los Larios | ||
Quinta Divisão | 11 de julho de 2021 | Belford Roxo | 9 — 0 | Bela Vista | CFZ | ||
Rio Grande do Norte | Primeira Divisão | 1 de dezembro de 1944 | Santa Cruz | 13 — 0 | Atlético Potiguar | ||
Segunda Divisão | 6 de agosto de 2005 | Macau | 9 — 0 | Universal | Walter Bichão | ||
Rio Grande do Sul | Primeira Divisão | 23 de maio de 1976 | Internacional | 14 — 0 | Ferro Carril | Beira-Rio | |
Segunda Divisão | 13 de junho de 1985 | Santa Cruz | 11 — 0 | Encantado | Plátanos | ||
Terceira Divisão | 31 de maio de 2015 | Garibaldi | 0 — 8 | Palmeirense | Alcides Santa Rosa | ||
1 de maio de 2016 | Sapucaiense | 0 — 8 | Guarany | Cristo Rei | |||
4 de maio de 2016 | Sapucaiense | 0 — 8 | Rio Grande | Cristo Rei | |||
Rondônia | Primeira Divisão | 14 de maio de 2006 | Ulbra Ji-Paraná | 21 — 0 | Shallon | Biancão | [73] |
Segunda Divisão | 25 de setembro de 2005 | Ulbra Ji-Paraná | 17 — 1 | Operário | Biancão | ||
Roraima | Primeira Divisão | 20 de abril de 2002 | Atlético Roraima | 16 — 1 | Progresso | Canarinho | |
Santa Catarina | Primeira Divisão | 20 de janeiro de 1963 | Metropol | 12 — 1 | Flamengo | Euvaldo Lodi | |
Segunda Divisão | 5 de junho de 2015 | Juventus | 9 — 0 | Blumenau | Victório Pierozan | ||
Terceira Divisão | 12 de setembro de 2013 | Pinheiros | 14 — 0 | Maga | Estádio Domingos Silveira Gonzales | ||
16 de setembro de 2018 | Próspera | 14 — 0 | Curitibanos | Mário Balsini | |||
São Paulo | Primeira Divisão | 16 de maio de 1920 | A.A. das Palmeiras | 0 — 12 | Paulistano | Chácara da Floresta | [74] |
Segunda Divisão | 12 de dezembro de 1955 | Ferroviária | 15 — 1 | Velo Clube | Fonte Luminosa | [75] | |
Terceira Divisão | 9 de novembro de 1986 | Descalvadense | 15 — 1 | Estrela da Bela Vista | Felisberto Bortoletto | ||
Quarta Divisão | 16 de agosto de 2015 | Grêmio Mauaense | 14 — 2 | ECUS | Pedro Benedetti | [76] | |
Quinta Divisão | 18 de abril de 1999 | Flamengo | 10 — 0 | Jacareí | Ninho do Corvo | ||
Sexta Divisão | 25 de agosto de 2002 | Grêmio Barueri | 9 — 0 | Gazeta | Vila Porto | ||
Sergipe | Primeira Divisão | 6 de junho de 1996 | Sergipe | 14 — 0 | Propriá | João Hora | |
Segunda Divisão | 23 de outubro de 2011 | Neópolis | 12 — 0 | Canindé | Velho Chico | ||
Tocantins | Primeira Divisão | 12 de março de 2022 | Tocantinópolis | 13 — 1 | Tocantins | Ribeirão | [77] |
Segunda Divisão | 7 de novembro de 2015 | Tocantins | 13 — 0 | Nova Conquista | Castanheirão |
Jogadores com mais títulos
[editar | editar código-fonte]# | Jogadores | NT | NC | NE | NR | Estaduais | APT | AUT | Tempo |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1º | Quaretinha | 12 | 1 | 1 | 1 | PA (12) | 1956 (PA) | 1972 (PA) | 16 anos |
Givanildo Oliveira | 12 | 4 | 3 | 2 | PE (10), RJ, SP | 1969 (PE) | 1982 (PE) | 13 anos | |
Durval | 12 | 5 | 5 | 4 | DF, PA, PB, PE (6), SP (3) | 2003 (PB) | 2017 (PE) | 14 anos | |
Jorge Henrique de Souza | 12 | 8 | 8 | 4 | CE, DF, PE (3), PR, RJ, RS (2), SC e SP (2) | 2001 (PE) | 2021 (SC) | 20 anos | |
5º | Quarenta | 10 | 1 | 1 | 1 | PA (10) | 1928 (PA) | 1945 (PA) | 17 anos |
Fontes:[78][79][80][81][82][83][84] |
NT = número de títulos; NC = número de clubes; NE = número de estados; NR = número de regiões; APT = ano primeiro título; AUT = ano último título.
Por times:
- Quarentinha: Paysandu (12), maior campeão por um mesmo estado e mesmo clube;[80]
- Givanildo: Santa Cruz (7), Sport (3), Corinthians, Fluminense;
- Durval: Sport (6), Santos (3), Athletico Paranaense, Botafogo-PB, Brasiliense. Venceu 10 vezes em 10 anos, de 2003 a 2012 (o que inclui um tetracampeonato com o Sport e um tri com o Santos);[85]
- Jorge Henrique: Náutico (3), Corinthians (2), Athletico Paranaense, Brasiliense, Ceará, Figueirense, Internacional, Vasco da Gama. Venceu ainda um Mineiro - Segunda Divisão (terceiro nível estadual), em 2022, pelo North EC;
- Quarenta: Paysandu (10).
Treinadores com mais títulos
[editar | editar código-fonte]# | Treinadores | NT | NC | NE | NR | Estaduais | APT | AUT | Tempo |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1º | Givanildo Oliveira | 19 | 10 | 6 | 3 | AL (2), BA, CE (2), MG, PA (8), PE (5) | 1986 (AL) | 2018 (PA) | 32 anos |
2º | Maurício Simões | 14 | 6 | 4 | 1 | MA, PB (3), PI (3), SE (7) | 1994 (PI) | 2008 (SE) | 14 anos |
Vanderlei Luxemburgo | 14 | 9 | 5 | 2 | ES, MG (2), PE, RJ, SP (9) | 1983 (ES) | 2020 (SP) | 37 anos | |
4º | Ferdinando Teixeira | 13 | 4 | 2 | 1 | CE (2), RN (11) | 1984 (RN) | 2008 (RN) | 24 anos |
5º | Hélio dos Anjos | 12 | 6 | 4 | 3 | BA, GO (5), PA (2), PE (4) | 1992 (BA) | 2021 (PE) | 29 anos |
Fontes:[81][86][87][88] |
NT = número de títulos; NC = número de clubes; NE = número de estados; NR = número de regiões; APT = ano primeiro título; AUT = ano último título.
Por times:
- Givanildo: Paysandu (5), Sport (4), Remo (3), CRB, CSA, América-MG, Ceará, Fortaleza, Santa Cruz, Vitória;
- Maurício Simões: Confiança (4), Picos (3), Sergipe (3), Treze (2), Campinense, Maranhão;
- Vanderlei: Palmeiras (5), Santos (2), Atlético-MG, Bragantino, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Rio branco, Sport;
- Ferdinando Teixeira: ABC (5), América-RN (4), Alecrim (2), Fortaleza (2). Venceu ainda um Alagoano Segunda Divisão, em 2005, pelo CSA;
- Hélio dos Anjos: Goiás (5), Sport (3), Naútico, Paysandu, Remo, Vitória. Venceu ainda um Paulista - Série A2, em 2023, pela Ponte Preta;
Givanildo e Vanderlei empatam em títulos no século XXI (9). Givanildo venceu por mais times diferentes neste século (8).[89]
Conquistas como jogador: Givanildo: 12 (sub-título acima), sendo o maior campeão geral (como jogador e treinador: 31 taças); Vanderlei Luxemburgo: 3 Cariocas (pelo Flamengo); Hélio dos Anjos: 5 (RJ: 3, pelo Flamengo; SC: 2, pelo Joinville).
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais
- Campeonato do Interior
- Competições esportivas
- Copas estaduais de futebol do Brasil
- Sistema de ligas de futebol do Brasil
- Lista de títulos interestaduais do futebol brasileiro
Notas e referências
Notas
- ↑ 1978.
- ↑ a b c d e Esses campeonatos começaram no mesmo ano, mas:
- o Campeonato Fluminense começou no dia 2 de maio;
- o Campeonato Paranaense começou no dia 23 de maio;
- o Campeonato Mineiro começou no dia 4 de julho;
- o Campeonato Pernambucano começou no dia 1º de agosto;
- e o Campeonato Cearense começou em uma data indeterminada, provavelmente depois dos campeonatos Mineiro e Pernambucano.
- ↑ A última edição, em 1978, possuiu seis times.
- ↑ a b c A federação considera apenas a fase profissional.
- ↑ A partida válida pelo Campeonato de 1944
- ↑ Em 1919, o Vitória venceu o Moscoso por 19 a 0, porém, como ambas as equipes desistiram, essa partida foi cancelada
- ↑ Em 2009, o Viana venceu o Chapadinha por 11 a 0, porém, devido a uma suspeita de manipulação de resultado, o jogo foi cancelado.
- ↑ Em 2016, o Itaúna (representado pelo Guarani de Conselheiro Lafaiete) venceu o Venda Nova por 11 a 0, porém, devido ao Itaúna ser eliminado da competição por não registrar seus jogadores, essa partida foi cancelada.
Referências
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