Xangai

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 Nota: Para o cantor, violeiro e compositor baiano, veja Xangai (músico).
Xangai (上海)
Do topo, sentido horário: Centro financeiro de Pudong; Bund em Puxi; Jardim Yuyuan; Placas de neon na Rua de Nanquim; e Pavilhão Chinês no Eixo da Expo 2010.
Do topo, sentido horário: Centro financeiro de Pudong; Bund em Puxi; Jardim Yuyuan; Placas de neon na Rua de Nanquim; e Pavilhão Chinês no Eixo da Expo 2010.
Do topo, sentido horário: Centro financeiro de Pudong; Bund em Puxi; Jardim Yuyuan; Placas de neon na Rua de Nanquim; e Pavilhão Chinês no Eixo da Expo 2010.
Localização da cidade na China
Localização da cidade na China
Localização da cidade na China
País República Popular da China
Prefeito Han Zheng
Área  
  Total 6 340,5[1] km²
    Água   697 km²
População  
  Cidade (2012) 23 710 000[2]
    Densidade   3 739,45/km²
Fuso horário +8 (UTC)
Website: www.shangai.gov.cn

Xangai (em chinês: 上海; pinyin: Shànghǎi ouça; no dialeto wu: Zanhe, AFI/z̥ɑ̃̀hé/), por vezes também designada pela forma inglesa Shanghai, é a maior cidade da República Popular da China e uma das maiores áreas metropolitanas do mundo, com mais de 20 milhões de habitantes.[3] Localizada na costa central da China oriental, na foz do rio Yangtze, a cidade é administrada como um município chinês, com estatuto de nível de uma província.[4]

Originalmente uma vila cuja economia era baseada na pesca e no setor têxtil, Xangai ganhou importância no século XIX devido a localização favorável do seu porto e por ser uma das cidades abertas ao comércio exterior pelo Tratado de Nanquim, em 1842.[5] A cidade floresceu como um centro comercial entre o Oriente e o Ocidente e tornou-se um polo financeiro internacional na década de 1930.[6] No entanto, quando o Partido Comunista da China chegou ao poder em 1949, a influência internacional da cidade declinou. Em 1990, as reformas econômicas introduzidas por Deng Xiaoping levaram a um intenso desenvolvimento da cidade e, em 2005, Xangai tornou-se o maior porto de cargas do mundo.[7]

A cidade é um destino turístico famoso por seus marcos históricos, como o Bund, o Templo Cidade de Deus, o moderno e em constante expansão centro financeiro de Pudong, onde está localizada a famosa Torre Pérola Oriental, e por sua nova reputação como um centro cosmopolita cultural.[8][9] Xangai é o maior centro comercial e financeiro na China continental e tem sido descrita como o grande exemplo da pujança da economia chinesa.[10]

História

Período imperial

A Cidade Antiga de Xangai durante a Dinastia Ming.

Durante a dinastia Song (960-1279) Xangai era originalmente uma vila e ganhou o estatuto de "cidade-mercado" em 1074. Em 1172 um segundo quebra-mar foi construído para estabilizar o litoral, complementando um dique anterior.[11] A partir da Dinastia Yuan em 1292 até se tornar oficialmente uma cidade pela primeira vez em 1927, Xangai foi designada meramente como um condado, administrado pela prefeitura de Songjiang.[12]

Dois eventos importantes influenciaram o desenvolvimento da cidade durante a dinastia Ming. A muralha de Xangai foi construída pela primeira vez em 1554 para proteger a cidade das invasões de piratas japoneses. Ela media dez metros de altura e cinco quilômetros de circunferência.[13] Durante o reinado Wanli (1573-1620), Xangai ganhou um importante impulso cultural com a construção do Templo Cidade de Deus em 1602. Este privilégio era geralmente reservado para lugares com estatuto de uma cidade, como a capital de uma prefeitura, normalmente não concedido a uma cidade-condado, como Xangai era naquela época. Isto provavelmente refletia a sua importância econômica, em oposição ao seu baixo estatuto político.[13]

Durante a dinastia Qing, Xangai tornou-se um dos portos marítimos mais importantes da região do Delta do Rio Yangtze, devido a duas importantes mudanças políticas do governo central: Em primeiro, o imperador Kangxi em 1684 inverteu a proibição anterior de navegação oceânica de carga - uma proibição que estava em vigor desde 1525. Em segundo, em 1732 o imperador Yongzheng transferiu a aduana marítima da província de Jiangsu para Xangai, e deu ao Xangai o controle exclusivo sobre a coleta de impostos do comércio exterior da província de Jiangsu. Como resultado dessas duas decisões críticas, em 1735 Xangai tornou-se o porto marítimo mais importante de toda região sul do rio Yangtzé, apesar de estar ainda no nível mais baixo na hierarquia administrativa política.[14]

Século XIX

O Bund em 1928.

O seu desenvolvimento mercantil e financeiro internacional no século XIX iniciou-se quando, no fim da Guerras do Ópio (Tratado de Nanquim, 1842), teve de se abrir ao comércio e tráfico de Ópio com os países ocidentais. Em breve as forças britânicas adquiriram o monopólio de metade do comércio externo da China, atingindo um grande desenvolvimento urbano e demográfico.

Antes da Segunda Guerra Mundial, era o maior centro comercial do Extremo Oriente, com 4 300 630 habitantes, e constituía uma parte chinesa e outra europeia, gozando esta do direito de extraterritorialidade, com um regime jurídico próprio.

Este aspecto peculiar da cidade nasceu dos excessos da Rebelião Taiping durante o período de domínio que exerceram sobre ela, de Setembro de 1853 a Fevereiro de 1855. Xangai foi então internacionalizada, e o serviço da Alfândega marítima passou a mãos estrangeiras, regime que se tornou extensivo, em 1858, a todos os portos incluídos no contrato que se celebrou. Depois de criada esta situação, uma nova tentativa de conquista da cidade, levada a efeito, em 1860-1861, pelos mesmos rebeldes chineses, foi repelida por voluntários e por forças da marinhas britânicas e francesa.

Assim se transformou Xangai, com caráter efetivo, numa colônia cosmopolita, em cuja administração intervinham as potências signatárias do Tratado, por intermédio dos seus representantes consulares. Esta posição especial permitiu-lhe observar a neutralidade durante a Primeira Guerra Sino-Japonesa de 1894-1895 e a revolta dos boxers de 1900.

Século XX

Um bebê chora em meio as ruínas de Xangai, após o bombardeio japonês, em agosto 1937.

Durante a República da China (1912-1949), o estatuto político de Xangai foi finalmente elevado ao de um município em 14 de julho de 1927. Embora o território das concessões estrangeiras estivessem excluído do seu controle, este novo município chinês ainda cobria uma área de 828,8 quilômetros quadrados, incluindo os bairros modernos de Baoshan, Yangpu, Zhabei, Nanshi e Pudong. Chefiada por um prefeito chinês e um conselho municipal, a primeira nova tarefa da prefeitura foi a de criar um novo centro na vila de Jiangwan, distrito de Yangpu, fora dos limites das concessões estrangeiras. Este novo centro da cidade foi planejado para incluir um museu público, uma biblioteca, um ginásio de esportes e a sede da prefeitura.[15]

Em 28 de janeiro de 1932, as forças japonesas atacaram e os chineses resistiram, lutando para uma paralisação, quando um cessar-fogo foi negociado em maio. A Batalha de Xangai, em 1937, resultou na ocupação das partes chinesas de Xangai, administrados fora do Acordo Internacional e da Concessão Francesa. O Acordo Internacional foi ocupada pelos japoneses em 8 de dezembro de 1941 e permaneceu ocupado até a rendição do Japão, em 1945, período em que crimes de guerra foram cometidos.[16]

Em 27 de maio de 1949, o Exército Popular de Libertação assumiu o controle de Xangai, que se tornou um dos três municípios da antiga República da China que não se fundiram com províncias vizinhas ao longo da próxima década (os outros são Pequim e Tianjin).[17] Xangai foi submetida a uma série de alterações nos limites das suas subdivisões, especialmente na década seguinte. Depois de 1949, a maioria das empresas estrangeiras mudou seus escritórios de Xangai para Hong Kong, como parte de um desinvestimento estrangeiro devido à vitória comunista no país.

Durante os anos 1950 e 1960 , Xangai tornou-se um centro industrial e da esquerda radical; a esquerdista Jiang Qing e seus três companheiros, que junto formavam o Bando dos Quatro, estavam baseados na cidade.[18] No entanto, mesmo durante os tempos mais tumultuosos da Revolução Cultural promovida pelo Partido Comunista, Xangai foi capaz de manter a alta produtividade da sua economia e a estabilidade social relativa. Na maior parte da história da República Popular da China (RPC), a fim de canalizar a riqueza para as áreas rurais, Xangai tem sido um importante contribuinte na receita fiscal do governo central chinês. A sua importância para o bem-estar fiscal do governo central também propiciou liberalizações econômicas iniciadas em 1978. Xangai foi finalmente autorizada a iniciar reformas econômicas em 1991, iniciando o desenvolvimento maciço ainda visto hoje, principalmente com o nascimento e desenvolvimento de Lujiazui em Pudong.

Panorama de Pudong visto do Bund.

Geografia

A área urbana de Xangai pode ser vista nesta imagem de satélite em falsa cor.

Xangai está localizada na foz do Delta do Rio Yangtze na costa leste da República Popular da China, no eixo entre Pequim e Hong Kong. O município está dividido na península entre o Yangtze e a Baía de Hangzhou, Chongming (a terceira maior ilha da China) e uma série de ilhas menores.[19] Faz fronteira ao norte com a Província de Jiangsu, a sul com a Província de Zhejiang e a leste com o Mar da China Oriental. A cidade é dividida pelo Rio Huangpu, um afluente do rio Yangtze. O centro histórico da cidade, chamado de Puxi, está localizado no lado oeste do Huangpu, enquanto o novo centro financeiro, chamado de Pudong, está sendo desenvolvido na margem oriental.[carece de fontes?]

A grande maioria dos 6 218 quilômetros quadrados da área de Xangai é plana, além de alguns morros a sudoeste, com uma altitude média de apenas quatros metros.[20] A posição da cidade em planície aluvial praticamente obrigou que os novos arranha-céus fossem construídos com bases de concreto para se assentarem sem nenhum problema no terreno plano. O ponto mais alto da cidade chega a 103 metros e se encontra na Ilha Dajinshan. A cidade possui muitos rios, canais, córregos e lagos e é conhecida por sua riqueza de recursos hídricos, sendo parte da bacia hidrográfica do Lago Taihu.[21]

Os investimentos públicos em meio ambiente na cidade tem tido um grande crescimento, inclusive a conscientização de seus residentes. Entre esta série de investimentos recentes, está a limpeza do Rio Suzhou, que passa pelo centro da cidade e está avaliada em 1 bilhão de dólares e tem previsão de durar dez anos. A poluição em Xangai é baixa em comparação com outras cidades chinesas, como Pequim, mas o rápido desenvolvimento nas últimas décadas, significa que ainda é alta em padrões mundiais, e é comparada regularmente aos níveis de Los Angeles.[carece de fontes?]

Panorama do Bund.

Clima

O clima de Xangai é considerado subtropical úmido (Cfa na classificação climática de Köppen-Geiger), com as quatro estações bem definidas. As estações mais agradáveis são a primavera, que não tem padrões climáticos fixos, e o outono, que é geralmente ensolarado e seco. Xangai possui, em média, 1 878 horas de sol por ano, com a temperatura mais alta já registrada em 40 °C, e a menor em -12 °C. O número médio de dias chuvosos é de 129 por ano, enquanto o mês mais chuvoso é junho. No inverno, os ventos frios do norte da Sibéria fazem com que as temperaturas noturnas sejam negativas, embora a maioria dos anos, há apenas um ou dois dias de neve. O verão é muito quente e úmido, com chuvas ocasionais e trovoadas fracas. A cidade também está na rota de tufões, mas nenhum nos últimos anos tem causado danos consideráveis.[22] Predefinição:Tabela climática de Xangai

Demografia

A única rua pedestre em Nanjing.

O censo de 2010 estimou a população total de Xangai em 23 019 148, um crescimento de 37,53% em relação aos 16 737 734 registrados em 2000.[23][24] Estima-se que 89,3% da população, ou 20,6 milhões de pessoas vivam em áreas urbanas, enquanto 10,7%, ou 2,5 milhões de habitantes, vivam em regiões rurais.[25] Com base na população total de sua área administrativa, Xangai é o segundo maior dos quatro municípios da China, atrás de Chongqing, mas é geralmente considerada a maior cidade chinesa, porque a população urbana da Chongqing é muito menor.[26]

Religião

A religião predominante em Xangai é budismo maaiana e taoismo também é seguido por muitos moradores. Devido à sua história cosmopolita, Xangai tem uma mistura rica de patrimônio religioso como mostram os edifícios e instituições religiosas ainda espalhadas pela cidade. O taoísmo está presente em Xangai, na forma de vários templos, incluindo a Templo Cidade de Deus, no coração da cidade velha, e um templo dedicado ao general Guan Yu dos Três Reinos. O Wenmiao é um templo dedicado a Confúcio. O budismo está presente em Xangai desde tempos antigos. O Templo Longhua, o maior templo de Xangai, e o Templo Jing'an, foram construídos no período dos Três Reinos. Outro templo importante é o Templo do Buda de Jade, que é nomeado em homenagem a uma grande estátua de Buda esculpida em Jade no templo. Nas últimas décadas, dezenas de templos modernos foram construídos em toda a cidade.

Templo Donglin.

Xangai tem o maior percentual de católicos da China continental (2003).[27] Entre as igrejas católicas, a Catedral de São Inácio em Xujiahui é um dos maiores, enquanto que a Basílica She Shan é o único local de peregrinação ativo no país. Outras formas de cristianismo em Xangai incluem minorias ortodoxas orientais e, desde 1996, registradas igrejas cristãs protestantes. Durante a Segunda Guerra Mundial, milhares de judeus desembarcaram em Xangai, em um esforço para fugir da Alemanha Nazista liderada por Adolf Hitler. Os judeus viveram lado a lado em uma área designada chamada "Gueto de Xangai" e formaram uma comunidade vibrante centrada na sinagoga Ohel Moishe,[28] que é remanescente dessa parcela do passado religioso da cidade.[29]

Segundo uma pesquisa de 2012, apenas cerca de 13% da população da cidade pertence a religiões organizadas, sendo que os maiores grupos são os budistas (10,4%), seguidos pelos protestantes (1,9%), católicos (0,7%) e outras religiões (0,1%). Cerca de 87% da população é irreligiosa ou participa de religiões tradicionais, ritos taoistas, culto a deuses e ancestrais.[30]

Governo

Prédio do Governo Municipal de Xangai.

Como praticamente todas as instituições que governam na República Popular da China, o governo de Xangai é estruturado em um sistema bipartidário,[31] onde o representante local do Partido Comunista (atualmente Han Zheng) está acima do prefeito (atualmente Yang Xiong).

O poder político em Xangai é amplamente visto como um trampolim para cargos mais altos no governo nacional. Desde que Jiang Zemin tornou-se o chefe do partido nacional em junho de 1989, todos, exceto um, dos chefe do partido em Xangai foram elevados ao Comitê Permanente do Politburo, o órgão político máximo, de facto, na China,[31] incluindo o próprio Jiang (Secretário-Geral e Presidente),[32] Zhu Rongji,[33] Wu Bangguo,[34] Huang Ju,[35] Xi Jinping[36] e Yu Zhengsheng. Zeng Qinghong, um ex-vice-chefe do partido em Xangai, também subiu ao Comitê Permanente do Politburo e tornou-se o vice-presidente.[37] A única exceção é Chen Liangyu, que foi demitido em 2006 e mais tarde condenado por corrupção política.[38] Os funcionários com vínculo com a administração de Xangai formar uma poderosa e influente facção no governo nacional.[39]

Cidades-irmãs

Economia

Centro financeiro de Pudong, em Xangai.
Fachada da Bolsa de Valores de Xangai, a maior da China e uma das cinco maiores do mundo.

Xangai é o maior centro comercial da China e um dos cinco maiores centros financeiros do mundo.[41] Era a maior e mais próspera cidade do Extremo Oriente durante a década de 1930, e a com mais rápido desenvolvimento em 1990[42]. Isto é exemplificado pelo Distrito de Pudong, que se tornou uma área piloto para reformas econômicas integradas. Até o final de 2009, havia 787 instituições financeiras instaladas na cidade, dos quais 170 eram estrangeiras[43].

Em 2009, a Bolsa de Valores de Xangai ficou em terceiro lugar entre as bolsas de valores em todo o mundo em termos de volume de negociação e sexto em termos de capitalização total — e o volume de comércio de seis produtos básicos, incluindo o cobre, borracha e zinco na Shanghai Futures Exchange estavam todos os classificados em primeiro lugar no mundo[44].

Nas últimas duas décadas Xangai foi uma das cidades com o mais rápido desenvolvimento no mundo. Desde 1992, Xangai registrou crescimento económico de cerca de 10% todos os anos, exceto durante a recessão global de 2008 e 2009[45], em que o crescimento da economia de Xangai ficou entre 8 e 9,5%. Em 2010, o Produto Metropolitano Bruto total de Xangai ficou em ¥1,6 trilhão (o que equivale a cerca de US$256 bilhões), com um PIB per capita de cerca de ¥7,6 mil (quase US$1 mil)[46]. As três maiores indústrias de serviços são os serviços financeiros, os de varejo e o imobiliário. O setor industrial e o agrícola representaram 39,9% e 0,7% do PIB, respectivamente[47]. A renda anual média dos moradores da cidade, com base nos três primeiros trimestres de 2009, era ¥21,8 mil (ou algo perto de US$3,8 mil)[44].

Localizado no coração do rio Yangtze, Xangai é o principal porto da China, e, consequentemente, o mais movimentado do mundo, com movimento de pouco mais de 29 milhões de conteiners só em 2010[48].

Xangai é um dos principais centros industriais da China, desempenhando um papel fundamental em indústrias pesadas do país. Um grande número de zonas industriais, incluindo a Zona de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico de Xangai-Hongqiao e a de Minhang, a Zona Jinqiao de Exportação e Processamento da Economia e Zona de Desenvolvimento de Alta Tecnologia de Xangai-Caohejing, são pilares da indústria secundária da região metropolitana de Xangai. As atividades indústriais pesadas, como por exemplo a indústria química e metalurgica, foi responsável ​​por cerca de 78% da produção bruta industrial de Xangai em 2009. A Baosteel Group., a maior empresa do ramo siderugico da China e o estaleiro de Jiangnan, um dos mais antigos estaleiros da China são ambos localizados em Xangai[49].

A atividade automobilistica é outro setor importante na economia da cidade. A Shanghai Automotive Industry Corporation, a SAIC, é uma das "três grandes" do setor na China. A empresa tem uma parceria estratégica com a Volkswagen e com a General Motors.

Porto de Xangai, em uma ilha da Baía de Hangzhou, se tornou o mais movimentado do mundo em 2010

Infraestrutura

Educação

Distrito universitário em Songjiang

Xangai alcançou o primeiro lugar no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) de 2009 e 2012, um estudo mundial de desempenho acadêmico feito com estudantes de 15 anos de idade e conduzido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os estudantes de Xangai, incluindo as crianças migrantes, marcaram os mais altos pontos em todos as disciplinas (matemática, leitura e ciências) no mundo. O estudo concluiu que as escolas com financiamento público na cidade tem a mais alta qualidade de ensino do planeta.[50][51] Os críticos dos resultados do PISA apontam que em Xangai e outras cidades chinesas, a maioria dos filhos dos trabalhadores migrantes só podem frequentar as escolas da cidade até a nona série e então devem retornar para as cidades de origem de seus pais para cursar o ensino médio devido a restrições hukou, o que distorce a composição dos estudantes do ensino médio da cidade em favor das mais ricas famílias locais.[52]

A cidade foi a primeira do país a implementar o 9º ano do ensino obrigatório. O censo de 2010 mostra que, do total da população, 22,0% tinham uma educação universitária, o dobro do nível de 2000, enquanto 21,0% tinham o ensino médio, 36,5% ensino fundamental e 1,35% o ensino primário. Cerca de 2,74% dos moradores com 15 anos ou mais eram analfabetos.[53]

Xangai tem mais de 930 jardins de infância, 1200 instituições de ensino primário e 850 escolas de ensino médio. Mais de 760 mil alunos de escolas de nível médio e 871 mil alunos do ensino fundamental recebem aulas de 76 mil e 64 mil professores, respectivamente.[54]

Transportes

O Metrô de Xangai é um dos sistemas que cresceu mais rápido do mundo.

Xangai tem um extenso sistema de transporte público, largamente baseado em ônibus, ônibus elétricos, táxis, e um sistema de metrô em rápida expansão. Todas estes meios de transportes públicos podem ser acessados usando o bilhete de transporte público de Xangai, que utiliza frequências de rádio para que o bilhete não precisa de tocar fisicamente o scanner.

O sistema do Metrô de Xangai e os trilhos elevados tem dez linhas (linhas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 11), no presente e se estende a todos os distritos do núcleo urbano como bem como os distritos vizinhos suburbanos como Songjiang, Minhang e Jiading. De acordo com o cronograma de desenvolvimento do governo municipal, até o ano 2010, outras duas linhas (números 10 e 13) serão construídas, enquanto as extensões estão também em curso para as linhas 2, 6, 8, 9. É um dos sistemas de metropolitano de mais rápido crescimento do mundo, a primeira linha inaugurada em 1995, e a partir de 2009 o Metro de Xangai é o nono sistema mais movimentado. Xangai também tem o mais extenso sistema de ônibus do mundo com cerca de mil linhas de ônibus, operadas por numerosas empresas de transporte. Nem todas as rotas de ônibus de Xangai são numeradas, algumas têm nomes exclusivamente em chinês. Duas ferrovias se cruzam em Xangai: a Ferrovia Jinghu (Pequim-Xangai) passando por Nanquim e Ferrovia Huhang (em Xangai Hangzhou). Xangai é servida por duas estações ferroviárias principais, Estação Ferroviária de Xangai e a Estação Ferroviária do Sul de Xangai. O serviço expresso para Pequim através de comboios Z-series é bastante conveniente.

O Maglev, com o Aeroporto Internacional de Xangai Pudong ao fundo.
Estação Ferroviária de Xangai

Com o aumento da renda, os automóveis particulares em Xangai, também aumentou nos últimos anos. O número de carros é limitado, entretanto, pelo número de matrícula, disponíveis em leilão. Desde 1998, o número de matrículas de veículos novos é limitado a 50 000 veículos por ano. Em cooperação com o Município de Xangai e de Xangai Maglev Transportation Development Co. (SMT), a alemã Transrapid construiu o primeira ferrovia de alta velocidade Maglev no mundo em 2002, da estação de metrô de Xangai Longyang Road em Pudong para Aeroporto de Pudong. A operação comercial foi iniciada em 2003. A viagem de 30 km em 7 minutos e 21 segundos e atinge uma velocidade máxima de 431 km/h. A velocidade normal é de 431 kmh, mas durante um teste, o Maglev alcançou uma velocidade máxima de 501 km/h.

Mais de seis vias expressas nacionais (prefixados com "G") de Pequim conectam-se com Xangai desde Pequim e da região em torno de Xangai. Xangai tem seis vias expressas elevadas (skyways) no núcleo urbano e 18 vias expressas municipais (prefixado com "A"). Há planos ambiciosos para construir vias expressas conectando a Ilha de Xangai ao núcleo urbano. Para uma cidade do tamanho de Xangai, o tráfego ainda é bastante suave e conveniente, mas ficando cada vez mais congestionado com o número de carros aumentando rapidamente.

Xangai tem dois aeroportos comerciais: Aeroporto de Hongqiao e o Aeroporto de Pudong, o último dos quais tem o terceiro maior tráfego na China, na sequência do Aeroporto Internacional de Pequim e Aeroporto Internacional de Hong Kong. O Aeroporto de Pudong no entanto tem mais tráfego internacional do que o Aeroporto de Pequim, com mais de 17,15 milhões de passageiros internacionais transportados em 2006 em comparação com 12,6 milhões de passageiros do Aeroporto de Pequim. Hongqiao serve principalmente para rotas domésticas, com alguns voos para Tóquio Aeroporto de Haneda e para Seul. O Aeroporto de Hongqiao dista cerca de 10 quilômetros a oeste da cidade. Uma das vantagens do aeroporto é que é muito mais próximo do centro da cidade que o aeroporto de Pudong.

Ver também

Referências

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